6. Anatomia Humana II
1. Sistema nervoso
1.1. Medula espinal:
Estrutura do sistema nervoso é constituído por:
Parte central do sistema nervoso (SNC);
Parte periférica do sistema nervoso (SNP).
Funcionalmente divide-se em:
Divisão somática do sistema nervoso (SNS);
Divisão autónoma do sistema nervoso (SNA).
O tecido nervoso é constituído por dois tipos de células: neurónios (célula nervosa) e neuroglia
(células da glia), estas últimas sustentam os neurónios.
1.1.1. Neurónios:
Corpo celular;
Dendrites – extensões dos corpos celulares;
Axónios – conduz impulsos que entram (entram nas dendrites) e saem (axónios) do
corpo celular.
A mielina é uma camada de lípidos e substâncias proteínas que formam a bainha de mielina –
aumentam muito a velocidade do impulso nervoso.
Os neurónios comunicam entre si através de sinapses Neurotransmissores (células
secretadas ou libertadas pelo neurónio.
Continuando ou impedindo a transmissão de impulso Excitam ou inibem o
neurónio
1.1.2. Neuroglia:
Mais abundante que os neurónios;
Não são neurónios nem excitáveis;
Sustenta, isola e nutre o neurónio;
SNC – pequenas células da glia;
SNP – células satélite ao redor do neurónio nos gânglios sensitivos espinais e
autónomos e células do neurolema (schawann).
SNC constituído por:
Encéfalo;
Anatomia Humana II – exame teórico Página 6
7. Anatomia Humana II
Medula espinal (substancia branca e cinzenta);
Funções do sistema nervoso central:
Integrar e coordenar sinais neuronais que chegam e saem, e realizam funções mentais
superiores – como raciocínio e o aprendizado.
NOTA:
Núcleo (SNC) – conjunto de corpos de células nervosas;
Trato – é um feixe de fibras nervosas (axónios) que ligam um núcleo a outras vizinhas ou
distantes do SNC.
Os corpos das células nervosas estão na substância cinzenta e as fibras estão na
substancia branca.
A medula possui substância cinzenta, substancia branca, cornos anteriores e posteriores e um
canal ependimário.
Meninges
Pia-máter – camada transparente e a mais externa;
Aracnóide-máter
Dura-máter – mais espessa e rígida.
As meninges e o líquido cefalo cerebroespinal (LCE) circulam e protegem o SNC. O LCE está
localizado entre a pia-máter e a Aracnóide-mater.
NOTA:
Quando há uma lesão na medula ou no encéfalo na maioria dos casos os neurónios não se
recuperam. Os cotos dos neurónios próximos crescem no âmbito da regeneração, mas por
outro lado a proliferação dos astrócitos impedem a regeneração.
Anatomia Humana II – exame teórico Página 7
8. Anatomia Humana II
1.1.3. SNP:
Fibras nervosas
Corpos celulares fora do SNC.
A função do sistema nervoso é organizada em nervos que unem a parte central à periferia.
Fibras nervosas nervos
As fibras nervosas estão nos axónios, neurolema – células de schawann – separa os axónios
uns dos outros e no tecido conjuntivo endoneural circulante.
O nervo periférico é constituído por: endoneuro – tecido conjuntivo laxo que reveste as células
do neurolema e axónios, o perineuro – tecido conjuntivo denso que envolve o fascículo de
fibras periféricas e o epineuro –
circunda e encerra o feixe de
fascículos, formando o
revestimento externo do nervo.
O nervo periférico é semelhante
a um cabo eléctrico: o axónio é
revestido por neurolema e
endoneuro, estes são revestidos
pelo epineuro. O epineuro forma
o revestimento externo.
1.1.4. Há vários tipos de nervos
Os nervos cranianos saem da cavidade craniana, através de forames no crânio e são
identificados por um nome específico ou algarismo romano. Apenas 11 dos 12 nervos
cranianos tem origem no encéfalo, só o nervo craniano XI origina-se na medula espinal. Os
nervos espinais saem da coluna através de forames intervertebrais. Todos os 31 pares se
originam na medula espinal e são identificados por uma letra e um número (ex.T4). Estes
nervos espinais inicialmente originam-se na medula espinal nas radículas que convergem para
formar as raízes nervosas. A raiz ventral (anterior) possui fibras motoras (eferentes), saem das
células nervosas no corno anterior de substância cinzenta. A raiz dorsal (posterior) tem as
fibras sensitivas (aferentes). Vêm do gânglio sensitivo que se estende ate as terminações
sensitivas e centralmente até o corno posterior da substância cinzenta. As raízes posteriores e
anteriores unem-se antes de sair do forame intervertebral e formam um nervo espinal misto,
mas dividem-se rapidamente em dois ramos primários, um anterior (motor) e posterior
(sensitivo). Denominam-se de sensitivo ou motor pela abundância de fibras, pois estão
misturadas os dois tipos de fibras.
Exemplo: os nervos da porção abdominal têm 40% de fibras sensitivas, conduzem a
informação da propriacepção e da dor. A porção cutânea tem fibras motoras para
suprir as glândulas, mas maioritariamente são sensitivas.
Anatomia Humana II – exame teórico Página 8
9. Anatomia Humana II
NOTA:
Nervo que inerva a pele (unilateral) – dermátomo
Nervo que inerva o músculo (unilateral) – miótomo
A inervação dos membros é através dos ramos anteriores e adjacentes – plexos
nervosos – aqui misturam-se os dois tipos de as fibras nervosas e formam-se os
nervos periféricos multissegmentares
Os ramos anteriores dos nervos segmentares que participam na formação do plexo enviam
fibras para múltiplos nervos periféricos originados no plexo nervoso. Portanto, os nervos
periféricos originados pelo plexo contêm fibras de vários nervos espinais. É importante a
distinção entre a distribuição das fibras conduzidas por nervos espinais e das fibras conduzidas
por ramos de um plexo. Os nervos espinais – dermátomos e miótimos. As fibras conduzidas
por ramos do plexo são os nervos periféricos e identificados por um nome. Estes dois tipos de
nervos têm distribuição diferente excepto na zona do abdómen.
1.1.5. Nervos cranianos:
Alguns nervos possuem apenas fibras sensitivas, outras apenas motoras. E ainda outras que
possuem os dois tipos de fibras. Há comunicação entre os nervos cranianos e entre os nervos
cranianos e espinais (cervicais). Assim um nervo que inicialmente conduzia apenas motoras
pode conduzir também fibras sensitivas unidas distalmente do seu trajecto e vice-versa.
Excepto os dois primeiros nervos responsáveis pelo olfacto e a visão – nervos sensitivos que
levam a informação para o encéfalo através dos gânglios sensitivos.
Existem ainda dois tipos de fibras somáticas e viscerais. As fibras somáticas podem ser
sensitivas ou motoras. As fibras sensitivas gerais (fibras aferentes somáticas gerais)
transmitem sensações do corpo para SNC, podem ser sensações esteroceptivas da pele (dor,
temperatura, tacto e pressão). As fibras motoras gerais (fibras eferentes somáticas gerais)
transmitem impulsos do SN para os músculos esqueléticos (voluntário). As fibras viscerais
podem ser de dois tipos: sensitivas e motoras. As fibras sensitivas viscerais (fibras aferentes
viscerais gerais) transmitem sensações reflexas viscerais subconscientes – informações sobre
distensão, gases sanguíneos e níveis de pressão arterial – de órgãos ocos e vasos sanguíneos
para o SNC. As fibras motoras viscerais (fibras eferentes viscerais gerais) transmitem impulsos
para os músculos lisos e tecidos glandulares (pré-sináptica e pós-sináptica).
Estes dois tipos de fibras sensitivas somáticas e viscerais possuem processos de neurónios
pseudo-unipolares com corpos celulares localizados em gânglios sensitivos de nervos espinais
ou cranianos. NOTA:
As fibras motoras são axónios de neurónios
multipolares e os seus corpos estão localizados
na substância cinzenta na medula espinal (pré-
sináptica). As fibras pós-sinápticas estão
localizadas fora do SNC – nos gânglios viscerais.
Anatomia Humana II – exame teórico Página 9
10. Anatomia Humana II
O sistema nervoso é dividido ainda em duas porções a somática e a autónoma. O sistema
somático sensitivo transmite sensações de tacto, dor, temperatura e posição a partir dos
receptores sensoriais (temos consciência delas). O sistema motor somático inerva apenas o
músculo-esquelético, estimulando o movimento voluntário ou reflexo, causando contracção
muscular, como ocorre quando se agarra um ferro quente. O sistema motor visceral (sistema
nervoso visceral) consiste em fibras motoras que estimulam o músculo liso (involuntário), o
músculo cardíaco (complexo estimulante do coração) e as células glandulares (secretoras).
Nota:
As fibras eferentes viscerais do SNA são acompanhadas por fibras eferentes viscerais.
As fibras nervosas eferentes e os gânglios do SNA são originados em duas partes: simpático
(toracomotor) e parassimpático (craniossacral). Ao contrario da enervação somática na qual a
passagem de impulso entre o SNC e a terminação sensitiva envolve um único neurónio. Nas
duas partes do SNA, a condução do impulso do SNC para o órgão efector envolve uma serie de
2 neurónios multipolares.
A distribuição autónoma entre as duas partes do
SNA baseia-se:
1. Localização dos corpos celulares pré-sináptios;
2. Nervos que conduzem fibras pré-sinápticas para
o SNC.
A sinapse normalmente liberta noradrenalina
(simpática) excepto nas glândulas sudoriparas e
acetilcolina (parassimpático).
1.1.6. Parassimpático:
Os corpos celulares dos neurónios só se encontram
nas colunas celulares intermédias ou núcleo da
medula espinal (T1-T12 e L1-L2/L3 – medula espinal).
As colunas IM são responsáveis pela inervação da cabeça que se situa-se superiormente, e a
inervação pelas vísceras pélvicas e dos membros inferiores estão localizadas inferiormente. As
distribuições dos corpos celulares pós-sinápticos desenvolvem-se através dos gânglios
paravertebrais e gânglios pré-vertebrais. Os gânglios paravertebrais estão associados para
formar o tronco sináptico direito e esquerdo, e estendem-se ao longo da coluna vertebral. Este
gânglio superior (cervical) situa-se na base do crânio e o gânglio impar situa-se entre os dois
troncos se unem ao nível do cóccix. Os gânglios pré-vertebrais situam-se nos plexos que
circundam a origem da aorta abdominal, como os 2 grandes gânglios celíacos que circundam a
origem do tronco celíaco.
Nos troncos simpáticos as fibras pré-sinápticas podem seguir quatro trajectos:
1. Ascender o tronco simpático para fazer sinapse com um neurónio pós-sináptico de um
gânglio paravertebral mais alto;
2. Descer no tronco simpático para fazer sinapse com um neurónio pós-simpático de um
gânglio paravertebral mais baixo;
Anatomia Humana II – exame teórico Página 10
11. Anatomia Humana II
3. Entrar e fazer sinapse imediatamente com um neurónio pós-sináptico do gânglio
paravertebral naquele nível.
4. Atravessar o tronco simpático sem fazer sinapse, continuando através de um nervo
esplénico abdominopelvico para chegar a gânglios paravertebrais.
As fibras pré-sinápticas são responsáveis pela inervação autónoma: cabeça, tronco, parede do
corpo, membros e cavidade torácica. Já as fibras pós-sinápticas inervam também cabeça,
tronco, membros e parede do corpo. Estas fibras seguem os gânglios paravertebrais
anteriores, para ramos adjacentes dos nervos especiais através de ramos comunicantes
cinzentos (sem bainha de mielina). Desta forma, entram todos nos 31 pares de nervos espinais
para estimular vasos sanguíneos (vasomotricidade) e estimular músculos erectores dos pêlos –
piloerecção (pode causar sudorese). As fibras simpáticas pós sinápticas executam funções na
cabeça pois possuem os corpos celulares no gânglio cervical superior.
NOTA:
Neurónios pré-sinápticos----------> T1-T12 e L1-L2/L3
O sistema nervoso simpático atinge praticamente todas as partes do corpo, com a rara
excepção do tecido avascular, como cartilagens e unhas. Com dois grupos de gânglios
simpáticos estão posicionados centralmente no corpo e estão próximos da linha média, nessa
parte as fibras pré-sinápticas são relativamente curtos, enquanto as fibras pós-sináptico são
relativamente longas, devendo estender-se a todas as partes do corpo.
Na substancia cinzenta sacral da medula espinal (S2-S4), as fibras saem do SNC através das
raízes anteriores dos nervos espinais sacrais e os nervos esplénicos pélvicos – porção pélvica
parassimpática.
Na parte cinzenta do tronco encefálico, as fibras saem do SNC nos nervos cranianos (NC) – III,
VII, IX e X – parte cranial parassimpática. Esta região é responsável pela inervação
parassimpática da cabeça. O nervo vago (NC X) inerva vísceras torácicas e abdominais (a
porção torácica gastrointestinal, porção pélvica gastrointestinal, cólon descendente, sigmoide
e recto). Possui uma distribuição muito mais restrita do que o SN simpático, não inerva os
membros inferiores nem superiores e local S2-S4 não pertence aos nervos espinais,
exceptuando o ultimo. Há quatro tipos de gânglios distintos na cabeça. Em outras partes as
fibras pré-sinápticas fazem sinapse com os corpos celulares pós-sinápticos que ocorrem
isoladamente ou não parede orgão-alvo. Consequentemente nessa parte, a maioria das fibras
pré-sináptios são muito longas, estendendo-se do SNC até ao órgão efector, enquanto as fibras
pós-sináptico são muito curtas seguido de um gânglio localizado perto ou incrustado no órgão
efector.
1.1.7. Funções das partes do SNA:
Embora o sistema simpático e parassimpático inervam estruturas involuntárias, possuem
efeitos diferentes, geralmente contrastantes, porem coordenados.
Anatomia Humana II – exame teórico Página 11
12. Anatomia Humana II
A sua função principal é controlar os vasos sanguíneos, isto é, mantém num estado de repouso
de vasoconstrição moderada. Uma estimulação do simpático aumenta a vaso constrição e
inibição do simpático aumenta a vasodilatação. Há alguns vasos que estão sempre
vasodilatados.
Excepção:
Vasos coronários e dos músculos esqueléticos após uma inervação simpática os vasos
sofrem dilatação.
1.1.8. Sensibilidade visceral:
Os reflexos viscerais controlam a pressão arterial e a bioquímica mediante a alteração de
funções como frequência cardíaca e respiratória e resistência vascular. A sensibilidade visceral
que atinge um nível consciente, geralmente é mal localizada ou é uma forma de cólica ou
náusea. Mas uma estimulação adequada pode sentir-se o verdadeiro problema através de:
distensão súbita, espasmos e contracções fortes, irritações químicas, estimulação mecânica
quando o órgão é activo e distúrbios patológicos (ex: isquemia). A maioria dos impulsos de dor
visceral seque em direcção central ao longo das fibras aferentes viscerais que acompanham as
fibras simpáticas.
1.2. Vias motoras e vias sensitivas
Transposição entre o que é o SNC e o SNP é feita normalmente ou a nível cranianos através
dos doze pares de nervos cranianos – tem a sua origem no interior da cavidade craniana ou a
nível raquidiano através do nervos raquidianos - partem efectivamente do SNC mas ao nível do
raquis (coluna vertebral) – partem da espinal medula através de duas raízes, uma posterior e
uma anterior. Normalmente a raiz anterior é uma raiz motora, como em quase todas as
estruturas do sistema nervoso a parte
anterior normalmente é sempre motora,
e a raiz posterior uma raiz sensitiva
(normalmente). Estas raízes irão juntar-
se mais tarde, normalmente, num
gânglio, que encontra-se geralmente
situado nos buracos de conjugação (na
vista lateral da coluna vertebral –
sobreposição das vertebral na zona do
pedículo) que imergem a partir da
espinal medula. Estes gânglios vão
acabar por fazer uma redistribuição de
fibras que anteriormente estariam
Anatomia Humana II – exame teórico Página 12
13. Anatomia Humana II
separadas numa raiz anterior (motora) e numa posterior (sensitiva).
Vai-se encontrar de dois tipos de fibras motoras: fibras parietais/somáticas que se vão dirigir
para os músculos, articulações, ou seja, vão-se dirigir para as paredes – parietais. Fibras
viscerais/ do SN simpático estas fibras não se vão dirigir tanto para as paredes ósseas,
musculares e articulares, mas sim para as todas as vísceras do corpo humano – pulmões,
fígado, laringe, esófago…
As fibras motoras somáticas atribui-se o nome típico de somaticomotoras. Já a fibra simpática
vai-se atribuir o nome de simpaticoeferentes. Normalmente estas fibras somaticomotoras e
simpaticoeferentes são fibras que as vamos incluir originalmente na raiz anterior do nervo
raquidiano. Sendo que na raiz posterior vai-se encontrar fibras sensitivas de origem somática
(somaticosensitivas) ou simpática (simpaticoaferentes).
NOTA:
Aferente – sensitivo
Eferente - motor
Vai-se encontrar 3 tipos diferentes de nervos raquidianos: nervos exclusivamente sensitivos –
que as suas fibras vêm essencialmente da raiz posterior, que depois do gânglio vão formar o
nervo com a exclusividade de fibras sensitivas. Nervos exclusivamente motores – as fibras que
vêm das fibras da raiz anterior. E nervos que vão ser mistos - resultantes de uma reorganização
de fibras que vêm da raiz anterior e posterior – também desta reorganização vão estar fibras
que somaticomotoras e também simpaticoeferentes, e estes nervos mistos vão ser os mais
comuns, pois conseguem transportar mais informação. Para os estímulos chegarem a estes
nervos raquidianos vão ter de fazer um trajecto pelo SNC.
Via medular consciente - Vias sensitivas são as que trazem a sensibilidade das paredes
musculares e ósseas. A sensibilidade muscular consciente é uma sensibilidade que entra no
SNC através de outros nervos cranianos que chegam as raízes posteriores dos nervos
raquidianos, ou seja, ao gânglio através de uma fibra somaticosensitiva, e irão dirigir-se para a
região do feixe grácil e do feixe cuneiforme. Chegados a espinal medula estes feixes (estes
impulsos) seguirão para o bulbo raquidiano. Os núcleos do feixe grácil e cuneiforme serão os
seus núcleos ao nível do bulbo raquidiano, nesta região estas fibras apanham o núcleo
arqueado (fibras arqueadas) na região da ponte e posteriormente para a região do leminisco
medial – Cinta de Reil na ponte. Posteriormente vai-se dirigir para o tálamo que é como um
secretário da informação, toda a informação que vai-se dirigir do córtex cerebral para o tronco
cerebral ou vice-versa, normalmente passa pelo tálamo, onde é estabelecida a prioridade
entre informações de saída e entrada no cérebro. As vias sensitivas musculares conscientes
evidente que irão dirigir para o tálamo óptico, para que a informação de uma dor qualquer do
dedo pequeno do pé não supere a dor ao nível da grade costal, este tipo de prioridades estão
normalmente associadas a nossa sobrevivência. Estes estímulos passarão através da coroa
radiada e se irão dirigir para circunvalação parietal ascendente (configuração externa,
exclusiva da parte sensitiva cerebral). As fibras musculares inconsciente o seu trajecto não será
cortical, será ao nível do cerebelo ou próximo dos pedúnculos cerebrais ou quanto muito ao
nível do tálamo. A informação a nível postural a parte sensitiva inconsciente está relacionada
com a percepção em termos posturais e espaciais, esta informação não processamos
corticalmente. Estas fibras podem chegar através de três vias: passa através do núcleo
Anatomia Humana II – exame teórico Página 13
14. Anatomia Humana II
cuneiforme e grácil (essencialmente das vias sensitivas musculares conscientes) e vai em
direcção do núcleo cerebelar inferior, dirigindo-se para o cerebelo (menos comum). As vias
mais comuns, passam pelos feixes que estão situados na margem lateral do cordão lateral da
espinal medula, o feixe espinho cerebelar dorsal e o feixe espinho cerebelar central, para a
transmissão da via sensitiva muscular consciente. Os neurónios que aproveitam o feixe
espinho cerebelar dorsal são neurónios que têm os seus núcleos na região da haste posterior
de substancia cinzenta da espinal medula principalmente através do núcleo dorsal. A nível do
tórax estão muito bem organizados, na região cervical e lombar não quer dizer que não
existam, só não esta organizados como na região torácica. Tendo o núcleo ao nível da haste
posterior vão-se colocar no feixe cerebeloso directo/espinho cerebelar posterior, este feixe
entra no cerebelo ao nível dos pedúnculos cerebelares anterior, ou seja, situa-se perto dos
corpos restiformes e entra no cerebelo através dos pedúnculos cerebelares inferiores. Em
relação ao núcleo do feixe espinho cerebelar central ou feixe de Gower, este é também uma
via de transporte de vias sensitivas musculares inconsciente, mas esta informação já está mais
relacionada com o feixe de Gower (coloca-se ao pé da oliva no bulbo raquidiano, atravessa a
região da ponte até os pedúnculos cerebrais, o topo deste feixe encontra-se ao nível dos
tubérculos quadrigémios anteriores) com o núcleo rubro com o cerebelo, e este é a sede da
parte sensitiva da postura e o núcleo rubro é a sede da parte motora da postura. Então este
feixe de Gower dirige-se primeiro para a região do núcleo rubro – pedúnculos cerebrais – parte
dessa informação fica no núcleo rubro e outra parte dirige-se para o cerebelo. No entanto
alguma das decisões a nível postural não são tomadas exclusivamente pelo cerebelo mas
podem ser tomadas automaticamente pelo núcleo rubro – uma via bastante mais eficiente a
via que apanha a região do núcleo rubro.
Algumas vias específicas da via sensitiva - via da temperatura – esta via não é completamente
compreensível, a via mais comum é uma via que tem origem na haste posterior da espinal
medula para pela fissura branca pelo lado contra-lateral para se colocarem novamente no
feixe do Gower. Algumas destas fibras que são constituídas por neurónios fazem também
sinapses a nível do tálamo. As decisões relacionadas com a integração desta informação
correspondente a temperatura (externa) normalmente chegam ao tálamo, a informação do
que fazer nesta situação. No entanto a decisão nesses casos é uma decisão que é tomada
imediatamente – parte reflexa, estes mecanismos não são perfeitamente identificáveis.
Quando se põe a mão numa panela a ferver, a
reacção de tirar de lá a mão verificou-se na
substância gelatinosa de rolando. Normalmente
estas decisões nem saem da espinal medula, é
transmitido para a espinal medula a informação,
que chega a substância cinzenta e sai
imediatamente pela via motora. No entanto
apesar de não se saber bem que vias os reflexos
usam, sabe-se que esta região da medula.
Raramente os mecanismos de temperatura e dor
são assim tão rápidos – mecanismos reflexos – p.e.
a temperatura da água quando tentamos perceber
se está quente ou frio, neste caso e na maior parte
dos casos que não sejam extremos esta via
Anatomia Humana II – exame teórico Página 14
15. Anatomia Humana II
chegará ao tálamo e até mesmo ao córtex. Percepção táctil - tacto – chega ao sistema nervoso
central, através do feixe cuneiforme ou do feixe grácil, chegando a região do tálamo até aqui
pela cápsula interna e pela circunvalação parietal ascendente. Chega no fundo através da via
normal da sensibilidade muscular consciente. Há duas grandes vias motoras: vias conscientes e
as inconscientes. As vias motoras conscientes também podemos designa-las por vias
piramidais – para compreensão do trajecto – e as vias motoras inconscientes chamadas as vias
extra-piramidais (para compreender melhor o seu trajecto). As vias conscientes é uma
informação que parte do SNC e que se dirige para p sistema nervoso periférico, por esta razão
o seu ponto de partida normalmente ao nível do SNC. O trajecto das vias piramidais a principal
região motora é o lobo frontal. Os neurónios que irão ter os seus núcleos no córtex na
circunvalação parietal ascendente vão aproveitar a região da coroa radiata, colocam-se para a
cápsula interna (fibras com mielina) – fibras piramidais. Mas há fibras que tem origem na
terceira e segunda circunvalação frontal, estas fibras para alcançarem a cápsula interna têm de
fazer um trajecto ligeiramente curvo formando um joelho, e então estas fibras são designadas
por fibras geniculadas.
Estes dois tipos de fibras encontram-se em locais distintos na cápsula interna: as fibras
geniculadas encontram-se mais próximas do tálamo óptico e as fibras piramidais mais
próximas do núcleo lenticular. As fibras vão encontrar-se na região mais anterior do pedúnculo
cerebral – as fibras geniculadas mais internamente e as piramidais mais afastadas. Na ponte as
fibras piramidais estão situadas na parte mais anterior da ponte e as fibras geniculadas
também se situam mais ou menos por essa zona. Na transição da ponte para o bulbo, as fibras
geniculadas e piramidais vão ocupar a pirâmide anterior do bulbo raquidiano. Estas fibras vão-
se agrupar nas pirâmides anteriores. Na transição do bulbo para a espinal medula era marcada
na face anterior por uma interrupção do sulco mediano anterior da espinal medula –
decussação das pirâmides – local onde as pirâmides anteriores - fibras geniculares e fibras
piramidais – que 90% das fibras cruzam para o lado oposto e se colocar no cordão lateral –
feixe piramidal cruzado – as restantes 10% de fibras vão-se colocar na linha medial próximo do
sulco mediano anterior constituindo o chamado feixe piramidal directo. Os neurónios vão-se
colocar na haste inferior da haste cinzenta e divergirem pelas raízes anteriores da medula.
Vias extra-piramidais não controlam a motricidade voluntaria, mas controlam a mobilidade
involuntária, ou seja, o equilíbrio do corpo, é uma forma postural que o ser humano tem em
inconsciência. Da mesma forma a coordenação motora normalmente é feita
inconscientemente. Esta é uma informação que para não chegar ao córtex e uma decisão que
é tomada é através de neurónios em que o seu núcleo é ao nível do núcleo rubro. Este núcleo
rubro não só recebe aferencias sensitivas em relação a nossa postura (p.e) como é também ele
que toma a decisão em relação a estimulação dos músculos postural. Estas fibras são fibras
que descem da espinal medula através das goteiras rubroespinhais e encontram-se na
proximidade do feixe piramidal rodado.
Plexo óptico a decisão motora que decorre da observação de algo, não pode ser considerado
um reflexo, porque este tipo de órgão sensorial tem de ter por trás da acção pelo menos o
tronco cerebral, normalmente ao nível do tálamo óptico. A maior parte das decisões de reflexo
são tomadas nos tubérculos quadrigémios anteriores ou do tálamo óptico, poucos são na
medula espinal.
Anatomia Humana II – exame teórico Página 15
16. Anatomia Humana II
1.3. Bulbo raquidiano
Continuo inferiormente com a espinal medula e superiormente com a protuberância anelar ou
ponte de Varólio.
Tronco cerebral é a região da ponte de Varólio com o bulbo raquidiano.
O bulbo raquidiano possui semelhanças com a espinal medula, sendo uma fase de transição.
Mede aproximadamente 3 cm e possui o peso aproximado de 17 gramas. O bulbo encontra-se
na chamada Fossa craniana posterior, onde se encontra o buraco occipital (principalmente as
estruturas do osso occipital), no interior da parte craniana. Na fossa craniana posterior
normalmente consideramos que o bulbo raquidiano fica na proximidade ósseas do chamado
clivo, que é a parte superior da apófise basilar do osso occipital. A distinção do que é bulbo
raquidiano e medula espinal não ocorre na linha média mas sim no sulco mediano anterior da
espinal medula vai ser contínua com o sulco mediano anterior do bulbo raquidiano. No
entanto a transição, parece haver uma confusão de fibras quando se da união do sulco
mediano anterior da medula com o do bulbo raquidiano, a esta confusão de fibras atribui-se o
nome de decussação das pirâmides. Esta estrutura vai ser extremamente importante na
descrição das vias motoras. Como na medula existe vias motoras, de motricidade que estão
ligadas as vias piramidais, e por esta razão esta decussação das pirâmides, cruzamento de
fibras, é perfeitamente perceptível no plano anterior do sulco mediano anterior e é isto que
genuinamente marca a divisão do bulbo raquidiano e a medula espinal.
O sulco mediano anterior superiormente vai terminar na bulbo tuberancial, marca novamente
o limite superior do sulco mediano anterior. No limite superior também se encontra o buraco
cego. Cada um dos lados do sulco mediano anterior, vão permanecer também as duas
formações semelhantes ao cordão anterior, no entanto atribui-se o nome de pirâmides
anteriores do bulbo raquidiano. Estas pirâmides encontram-se limitadas lateralmente por um
sulco, denominado sulco colateral anterior ou sulco pré-olivar. Na vista posterior do bulbo
raquidiano existe no interior da espinal medula, encontrava-se o canal do ependimo ate se
abrir superiormente numa grande cisterna do líquido cefaloraquidiano. Esta cisterna encontra-
se posteriormente ao bulbo raquidiano e da ponte de Varólio e anteriormente ao cerebelo.
Este líquido vai ser descrito como o quarto ventrículo. Este quarto ventrículo inferiormente
comunica com o canal do ependimo, o que nos permite marcar de um forma evidente duas
metades da parte posterior do bulbo raquidiano. No canal do ependimo como no quarto
ventrículo há líquido cefaloraquidiano, há comunicação.
O bulbo raquidiano em relação a espinal medula parece que vai alargando. Cada um dos lados,
daquilo como era descrito o cordão posterior da espinal medula. Junto do sulco colateral
posterior da espinal medula vamos encontrar o sulco colateral posterior do bulbo raquidiano
ou sulco retro olivar. Pela vista posterior do bulbo raquidiano vamos encontrar o sulco
parasiano que já marcava a separação ente o feixe grácil e o feixe cuneiforme na medula e
agora também entre no bulbo (cordão posterior do bulbo raquidiano). Parte inferior do bulbo
raquidiano é designada por região posterior. A estrutura que era designada por feixe grácil,
como vai-se alargando vão-se designar por pirâmides posteriores do bulbo raquidiano. O feixe
cuneiforme na espinal medula, estava entre o sulco colateral posterior e sulco parasiano. O
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17. Anatomia Humana II
bulbo raquidiano vai-se comunicar directamente com o cerebelo, transformando-se nos sulcos
cerebelares inferiores ou pedúnculos inferiores do cerebelo. Estes pedúnculos são como a
porta de entrada de qualquer fibra que queira vir do bulbo raquidiano em direcção ao
cerebelo. O feixe cuneiforme está ligado as vias sensitivas. Os pedúnculos cerebelares
inferiores não são estruturas que em termos de funcionais estejam continuas com o feixe
cuneiforme, não esta ligado incondicionalmente aos pedúnculos (funcionalmente não
morfologicamente).
Continuando superiormente (problemas de audição por causa da tosse da patrícia):
Existem três regiões de forma triangular, duas delas com uma cor mais esbranquiçada sendo
outra com uma cor mais acinzentadas. Estas três regiões serão uma asa branca interna, uma
asa branca externa e asa cinzenta. Quando o bulbo raquidiano tem ligação com o quarto
ventrículo, nesta região onde estariam as pirâmides posteriores do bulbo raquidiano
transforma-se em asa branca interna, asa branca externa e asa branca cinzenta. As duas asas
brancas parecem se cruzarem em dois gomos. As asas brancas são saliências e a asa cinzenta
uma escavação.
NOTA:
Núcleo do nervo vago – asa branca interna
Núcleo do nervo hipoblosso – asa branca externa
Fosseta inferior do bulbo raquidiano – asa cinzenta
Superiormente encontram-se as estrias medulares, marcam genuinamente a separação ente o
bulbo raquidiano e a ponte de Varólio. Pedículo facial não pertence ao bulbo raquidiano.
Na metade superior do bulbo raquidiano há uma alteração morfológica, uma ligação das
pirâmides do bulbo raquidiano para se transformarem nas duas asas brancas e na asa cinzenta.
1.3.1. Vista lateral:
O cordão lateral na medula espinal, encontra-se entre o sulco colateral posterior e as raízes
anteriores do bulbo raquidiano. Neste caso, no bulbo raquidiano apresenta praticamente a
mesma estrutura. Torna-se cada vez mais largo. Mais superiormente vamos encontrar uma
saliência em forma de azeitona, que se vai atribuir o nome de oliva. Esta oliva é uma
característica quase específica do bulbo raquidiano, pois também a encontramos no cerebelo e
na ponte de Varólio. A região da oliva no bulbo raquidiano marca na realidade a região do
bulbo raquidiano. O sulco colateral posterior que passa pela oliva agora tem mais sentido
denomina-lo, por sulco retro olivar. O sulco colateral anterior na medula espinal passa a
denominar-se sulco pré olivar no bulbo raquidiano, pois este sulco passa a frente da oliva.
Superiormente a esta oliva passamos a encontrar também uma pequena escavação, fosseta
supra olivar. Desta fosseta nasce o chamado nervo espacial, um dos doze nervos cranianos.
Na medula tínhamos substância branca na periferia e internamente a massa cinzenta. Vai
arrastando posteriormente esta massa cinzenta, chegando ao bulbo raquidiano encontra-se
uma grande concentração de substância cinzenta. Em algumas regiões do bulbo raquidiano já
possuem alguma diferenciação. No caso do quarto ventrículo a transformação do canal do
ependimo. Na parte interna do bulbo raquidiano encontra-se a oliva, descrita lateralmente,
encontra-se no seu interior um núcleo olivar inferior.
Anatomia Humana II – exame teórico Página 17
18. Anatomia Humana II
Os neurónios que se encontram fazendo parte do feixe grácil e do feixe cuneiforme, o seu
núcleo encontra-se precisamente ao nível do bulbo raquidiano.
À periferia do núcleo olivar inferior encontram-se dois núcleos paraolivares (corpos
restiformes). Neurónios que fazem parte do feixe grácil e cuneiforme (face posterior),
neurónios diamielinicos e amielinicos, a toda esta região vai-se chamar a formação reticular do
bulbo raquidiano. Fibras restiformes do bulbo raquidiano, superiormente a este, na região
mais inferior do quarto ventrículo. Os pedúnculos cerebelares inferiores são a cabeça dos
corpos restiformes. Na comunicação dos corpos restiformes do lado direito e esquerdo vamos
encontrar as fibras restiformes. Estas fibras têm a função de unir os corpos restiformes. Os
neurónios são vias de comunicação, do sistema nervoso central para a periferia ou vice-versa.
Todos os neurónios vão ter ligação com o bulbo raquidiano, isto é, um qualquer estímulo que
nos queiramos transmitir da nossa região cortical para a periferia.
Vias da motricidade voluntária, ou seja, as vias piramidais. O feixe piramidal directo que se
encontraria nas margens do sulco medial anterior (na medula), na realidade no bulbo
raquidiano faz parte das pirâmides anteriores são sequenciais com o cordão anterior da
espinal medula. Este feixe piramidal directo mantém-se nas pirâmides anteriores do bulbo
raquidiano. O feixe piramidal cruzado na espinal medula encontra-se no cordão lateral,
quando esta na zona de transição na espinal medula e bulbo raquidiano estas fibras vão
cruzar, e vão-se dirigir anteriormente do bulbo raquidiano, para que elas ocupem as pirâmides
anteriores bulbo raquidiano.
Aproximadamente 90% do estímulo nervoso passar pelo feixe piramidal cruzado e apenas 10%
no feixe piramidal directo.
A mudança de posição do feixe piramidal cruzado vai fazer com que invada o espaço da asa
anterior cinzenta, obrigando os neurónios que se encontrariam nesta posição a caminharem
em direcção lateral e progressivamente também a agregarem-se e formarem a formação
reticular. Na decussação sensitiva em que o feixe grácil e cuneiforme, vão cruzar as suas fibras,
vai fazer que a asa anterior de substancia cinzenta seja desestruturada, fazendo que os seus
neurónios se espalhem.
1.3.2. Ponte de Varólio:
Esta na transição entre o bulbo raquidiano e os pedúnculos cerebrais. Esta parece uma ponte
entre os dois hemisférios cerebelares (direito e esquerdo). Ou seja, em princípio farão a
comunicação entre eles, através da ponte de Varólio. Também vai ter a obrigação de
transportar neurónios desde o bulbo raquidiano para os pedúnculos cerebrais e vice-versa. O
sulco basilar que vai se inserir a artéria basilar. As raízes do nervo trigémeo, uma raiz mais fina
(sensitiva) e uma mais espessa (motora), emergem a nível da ponte de Varólio (face anterior).
1.3.3. Configuração interna:
Parte posterior da ponte de Varólio encontra-se o quarto ventrículo, de forma triangular.
Nesta massa difusa de substancia branca e de substancia cinzenta. Existem 3 tipos de fibra na
substancia branca: fibras transversais – são aquelas que passam do hemisfério cerebelar
direito para o esquerdo e vice-versa (direcção transversal); fibras intercerebelosas, que fazem
a comunicação entre o cerebelo do lado direito e o esquerdo; ainda algumas fibras vinda do
cerebelo, vão-se unir a neurónios que estão na ponte de Varólio (cerebelo ponticas). Fibras
Anatomia Humana II – exame teórico Página 18
19. Anatomia Humana II
longitudinais estão presentes em quatro regiões, fazem união entre estruturas do bulbo
raquidiano e de estruturas do pedúnculo cerebelar (as fibras do fascículo piramidal e o
fascículo genicular). Cinta de Reil, é precisamente o local onde o feixe cuneiforme e o feixe
grácil iriam colocar os seus neurónios para conseguirem atravessar a região da ponte.
Posterior e interiormente nas margens do quarto ventrículo está a cinta longitudinal posterior.
Nesta cinta estarão o feixe de Gower e os feixes do fascículo fundamental do cordão antero-
lateral. As fibras restiformes vêm do cordão antero-lateral aproveita para se curvar em
direcção lateral, mas que na realidade acabam todas elas por ir parar a cinta longitudinal
posterior. Substância cinzenta é constituída por uma série de núcleos, que vem da região do
bulbo raquidiano e outros tem origem na ponte, e são 12 pares de nervos. Os nervos cranianos
são semelhantes aos nervos raquidianos, a diferença é que os nervos raquidianos nas cem ao
nível da coluna (raquis), e os nervos cranianos nascem no interior da cavidade craniana. Nervo
trigémeo, abducente, facial, patético, troclear, auditivo, todos estes nervos, e outros como o
nervo vago, irão ter núcleos, vão estar presentes dentro da ponte e no interior do bulbo
raquidiano. Fazendo com que essa região (ponte) seja pontuada (num corte transversal) por
muitas aglomerações de substância cinzenta.
1.4. Cerebelo
O quarto ventrículo é uma das cavidades que constitui o sistema ventricular. Situa-se entre a
ponte de Varólio, cerebelo e bulbo raquidiano.
O cerebelo encontra-se mais posteriormente a região da ponte de Varólio e também mais
posteriormente ao bulbo raquidiano. Tem uma relação indirecta com lóbulo occipital externo.
Recebe o nome de cerebelo pelo facto de parecer um cérebro pequeno. Está separado do
bulbo raquidiano e da ponte de Varólio por causa do quarto ventrículo. Considera-se que o
cerebelo constitui o tecto do quarto ventrículo.
O cerebelo possui duas faces e uma circunferência. A face superior que é uma face que esta
dirigida para o lóbulo occipital externo do cérebro, mas tem uma relação indirecta com este
lóbulo. Este apresenta dois hemisférios cerebelares, um do lado esquerdo e outro do lado
direito, em que na linha média é como uma união entre os dois hemisférios, sendo atribuído o
verme do cerebelo. Este verme encontra-se em cima do lóbulo médio do cerebelo.
A face inferior direito tem uma estrutura quando idêntica a superior, tem dois hemisférios: um
esquerdo e outro direito, e na linha média encontra-se novamente o verme cerebelar. Esta
parte inferior do cerebelo apresenta uma chanfradura cerebelar mediana que corresponde a
escavação que os dois hemisférios fazem. Na união dos hemisférios, nos 2/3 posteriores, há
uma região mais ampla aproximadamente na linha média, e esta zona vai-se designar de
pirâmides de Malacarne. Anteriormente as pirâmides de Malacarne podem encontrar a região
da úvula. Tanto a úvula como as pirâmides de Malacarne situam-se no verme do cerebelo, logo
estas nomes são regiões destes, que permitem diferenciar as faces do cerebelo. São todas
estas regiões que permitem diferenciar as partes do cerebelo. Se seguirmos pelo cerebelo em
direcção ao quarto ventrículo, perto do quarto ventrículo estará presente a válvula de Tarin ou
véu medular inferior (ou posterior). Já a circunferência que constituí a forma do cerebelo
apresenta duas chanfraduras. Há uma chanfradura mais anterior - chanfradura semilunar - e
outra mais posterior e talvez mais profunda – chanfradura marsupial. O cerebelo apresenta
sulcos, o que o torna irregular, dai ser designado por cérebro pequeno pelos primeiros
anatomistas.
Anatomia Humana II – exame teórico Página 19
20. Anatomia Humana II
Os chamados sulcos de primeira ordem é que vão dar esse relevo quer pela parte superior
quer pela parte inferior. Na proximidade do quarto ventrículo situa-se o flóculo do nervo vago
ou flóculo do lado esquerdo, esta insinuação inferior ao quarto ventrículo é bastante evidente.
Também é bastante evidente, mais inferior ainda ao flóculo, está situada a chamada amígdala
cerebelosa. Esta ocupa uma zona muito particular do cérebro, está extremamente próximo do
buraco occipital. Inclusivamente esta região considera-se sendo a parte do cerebelo que está
parcialmente dentro do canal vertebral. Está tão próximo do buraco occipital, que em certas
posições da cavidade craniana a amígdala continua genuinamente para o interior, e fica
alojada dentro do canal vertebral. Por causa da presença de alguns lóbulos e de alguns sulcos
de primeira ordem. No entanto todo o cerebelo tem o aspecto granular. Este aspecto granular
quer da parte superior (que é mais evidente) quer da parte inferior. No entanto parece que os
sulcos de primeira ordem têm mais relevância do que os outros. Na face anterior da vista
superior do cerebelo encontra-se o lóbulo anterior. O lóbulo posterior é contínuo para a face
inferior.
Um patologista há algum tempo atrás atribuiu características aos lóbulos, por exemplo, o
lóbulo anterior do cerebelo representa em termos toda a região da cabeça e do pescoço. Isto
é, as fibras que se dirigem para o cerebelo tendo origem na cabeça e no pescoço, todas estas
fibras terminam ao nível do lóbulo anterior.
Ainda na parte superior progressivamente após a curvatura da parte superior para a parte
inferior, vão estar alguns sulcos, mas mais profundamente. Um deste é o lóbulo simplex está
imediatamente adjacente ao lóbulo anterior do cerebelo. Este lóbulo está também relacionado
com a região do tronco. Sequencialmente acompanhando a curvatura dos hemisférios
cerebelares, vais estar o lóbulo médio e na parte inferior o lóbulo paramedio, estes dois
lóbulos também estão relacionados com a região do tronco. O lóbulo ansiforme é onde as
fibras cerebelosas do membro inferior e superior irão terminar, e simultaneamente mais
próximo da região da amígdala, vai-se encontrar os chamados lóbulos vermiculares. Estes
lóbulos possuem vias vermiculosas que se situam mais ou menos na zona lombar, nunca é
muito certo. No lóbulo posterior vai-se encontrar o lóbulo médio, lóbulo paramedio, lóbulo
ansiforme e o lóbulo vermicular.
Os sulcos de segunda ordem (a segmentação de segunda ordem), ocorrem no interior dos
sulcos de primeira ordem. Alguns dos sulcos de segunda ordem são tão profundos que
marcam os tais lóbulos e flóculos. Na profundidade dos sulcos de primeira ordem também vai-
se encontrar substancia branca e cinzenta, como em quase todas as zonas do SNC. A
configuração interna do cerebelo assemelha-se muito com a configuração interna do cérebro,
pois também no cérebro se encontrará sulcos, e também se vai encontrar esse aspecto de
substancia cinzenta a periferia e alguns núcleos de substancia cinzenta na sua profundidade. A
substancia de periferia será designada de córtex. No caso do cerebelo esta substancia cinzenta
que se verifica na periferia adapta-se aos sulcos de primeira ordem da mesma forma aos sulcos
de segunda ordem e passa a designar-se córtex cerebelar. Já a substancia cinzenta no cérebro,
a mais profunda é designada por substancia cinzenta central. No caso do cerebelo apresenta
um núcleo extremamente bem identificado, este núcleo e visível quer no hemisfério cerebelar
esquerdo quer no direito, e este núcleo vai ser designado como núcleo dentado porque tem a
forma de dentes. Na proximidade do núcleo dentado ou oliva cerebelosa, vão-se encontrar os
núcleos paraolivares (que estão a periferia). O mais próximo desta oliva terá a forma de
êmbolo e por esta razão atribui-se o nome de núcleo emboliforme. Já mais próximo do verme,
Anatomia Humana II – exame teórico Página 20
21. Anatomia Humana II
encontram-se dois núcleos rubosos, e no lóbulo médio do cerebelo estão situado os núcleos
fastigiais. As fibras cerebelos dirigem-se para a substancia cinzenta central do cerebelo que na
maior parte dos casos terminam no núcleo dentado.
A substancia branca que se encontra na profundidade do cerebelo o aspecto desta é muito
diferente.
O cerebelo tem a principal função de coordenação motora como o equilíbrio. No entanto se
relacionarmos as relações com o a ponte de Varólio e o bulbo raquidiano pode-se considerar
também, que em toda região do tronco os núcleos são responsáveis pela respiração,
motricidade, etc. O cerebelo se relaciona com o resto do sistema nervoso através de 3 vias
apenas: pedúnculo cerebeloso inferior que tem relação com a face posterior do bulbo
raquidiano; Pedúnculo cerebeloso médio estabelecesse essencialmente a relação e conexão
entre o cerebelo e a ponte de Varólio; o pedúnculo cerebeloso superior vai estabelecer ligação
entre o cerebelo entre os pedúnculos cerebrais. Na organização dos pedúnculos não é muito
evidente, pode-se diferenciar o inferior dos restantes, mas o superior e o médio estão
extremamente próximos. O pedúnculo cerebeloso superior mantém a união entre os dois
pedúnculos superiores, encontra-se uma comissura entre os dois pedúnculos superiores de
ambos os lados do cerebelo. Essa comissura será designada por válvula de Vieussens. Esta
válvula também tem relação com o quarto ventrículo, fica extremamente próximo do ângulo
superior do quarto ventrículo (em forma de losango). Esta válvula faz parte do tecto do quarto
ventrículo e algumas fibras do pedúnculo cerebeloso superior cruzam por esta válvula.
Vias aferentes vêm para o para o sistema nervoso central, e vias eferentes saem do sistema
nervoso central. As aferencias são essencialmente sensitivas e as eferencias são motoras. No
caso do cerebelo as vias aferentes podem ter várias origens, podem vir da espinal medula, do
bulbo raquidiano, da ponte de Varólio ou do núcleo vestibular. No caso da origem medular
estarem em contacto com o cerebelo através do espinho-cerebelar central cerebelar posterior
ter relação com o feixe espinho-cerebelar posterior (o feixe cerebeloso directo ou espinho-
cerebelar dorsal). Na de origem bulbar, mas tem a sua origem na oliva cerebelosa - núcleo
olivar inferior – um conjunto de neurónios dirige-se para a região do cerebelo. Estas fibras vão
ser designadas de fibras olivares. As fibras da ponte de Varólio ou cerebelo pontinas (ponto-
cerebelosas) têm origem na ponte e vão para o cerebelo. Têm origem no núcleo vestibular e o
núcleo hipoglosso. As fibras eferentes, as fibras que saem do cerebelo para outras regiões,
para o SNC, SN periférico. O fascículo mas superior aquele que se vais dirigir através do
pedúnculo cerebelar superior e serão chamados: fascículo cerebelo talâmico, fascículo
cerebelo púbico. No pedúnculo cerebral está o núcleo rubro, e é aqui que temos o fascículo
cerebelo-pubico, que não é mais do que um feixe que se vai dirigir para o pedúnculo cerebral.
E neste pedúnculo irá haver sinapses no núcleo rubro e no fascículo cerebelo-pubico. Estas
fibras também se dirigem para os núcleos vestibulares, fibras que se dirigem através do
pedúnculo cerebeloso inferior para o cerebelo espinhais.
Pedúnculo cerebeloso inferior: encontra-se a manter a união entre o cerebelo e o fundo do
bulbo raquidiano e a medula espinal. Portanto as estruturas que constituem o pedúnculo
cerebeloso inferior: serão de origem da espinal medula ou do bulbo raquidiano, ou então tem
origem no cerebelo. No caso das vias aferentes irá se encontrar essencialmente o feixe
cerebeloso directo (feixe da espinal medula), o feixe oliva cerebeloso (bulbo raquidiano), o
feixe vestíbulo cerebeloso (núcleos da face posterior do bulbo raquidiano). As fibras eferentes
que partem do cerebelo vão-se dirigir pelo pedúnculo cerebeloso inferior só se podem dirigir
Anatomia Humana II – exame teórico Página 21
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ou para o bulbo, para a espinal medula ou para os tais núcleos vestibulares no interior do
bulbo.
Pedúnculo cerebeloso médio: tem uma íntima relação com a ponte de Varólio. Esta ponte é
assim designada porque estabelecia ligação entre os dois hemisférios. O ponto de união do
cerebelo com a ponte vão estar os pedúnculos cerebelosos médios possui no seu interior
feixes cerebelo-ponticos e outros feixes. Os feixes que ocupam o pedúnculo cerebeloso
superior vão-se dirigir para o tálamo, fascículo cerebelo talâmico e o fascículo cerebelo púbico.
O feixe de Gower tem origem na medula espinal mas no entanto não entra no cerebelo.
1.5. Quarto ventrículo
É uma estrutura do sistema reticular da parte craniana do sistema nervoso central. São
cisternas que têm uma dimensão suficiente para serem considerados ventrículo e não apenas
canais. Na região craniana o canal do ependimo termina ao nível do bulbo raquidiano. O
líquido cefaloraquidiano que se encontra no interior das estruturas do sistema nervoso central
vai-se encontrar em cisternas, que se vai atribuir o nome de ventrículos. Vamos encontrar
alguns na porção craniana e na região do tronco cerebral, o sistema ventricular que está
presente, é precisamente designado como quarto ventrículo. Este quarto ventrículo apresenta
uma forma de um losango com um ângulo superior, um ângulo inferior e dois ângulos laterais.
Terá uma parede que corresponde a parede posterior do tronco cerebral, ou seja, corresponde
a face posterior da ponte e do bulbo raquidiano pela forma vai-se atribuir o nome de soalho. E
uma parede que corresponde a parte anterior do cerebelo e que se vai designar de tecto do
quarto ventrículo. A designação de soalho e tecto não parece muito evidente, pelo facto de
não se encontrar num plano longitudinal puro, o ventrículo tem uma posição inclinada,
ligeiramente oblíquo e desta forma. Logo aquilo que deveria ser face anterior (parece do
tronco cerebral) passa-se a chamar de soalho e a face posterior (parede de cerebelo) irá
chamar-se de tecto.
Em relação ao soalho do quarto ventrículo apresenta no fundo duas metades, uma metade
superior é um pouco mais extensa que a metade inferior. A metade inferior corresponde a
estruturas do bulbo raquidiano e a metade superior correspondendo a estruturas da ponte de
Varólio. As estruturas do bulbo raquidiano são: a asa branca interna, asa branca externa e asa
cinzenta, que são os vários núcleos que se encontram superiormente, mas na realidade vai-se
atribuir o nome de núcleo do nervo vago, núcleo do nervo hipoglosso e núcleo do nervo
vestibular (perto do núcleo do nervo hipoglosso e em simultâneo com o núcleo do nervo
coclear). Existe uma pequena fosseta, designada por fosseta inferior. O limite que separa a
parte superior da parte inferior, são as estrias acústicas (vão-se dirigir para o nervo auditivo). O
triângulo superior corresponde a face posterior da ponte. Existe um sulco mediano na ponte
de Varólio que pode ser designado por sulco mediano anterior ou posterior, mas não é o mais
correcto. Pois não existe dois sulcos logo não é necessário haver distinção. Cada um dos lados
do sulco mediano vão-se encontrar dois folículos que têm a foram arredondada por esta razão
designou-se: folículos esteres. Nestes folículos na sua profundidade podemos identificar o
núcleo do nervo facial ou folículo facial. De cada um dos lados destes folículos esteres, vai
existir uma pequena fosseta e acima dessa pequena fosseta, uma região ligeiramente mais
acinzentada. Esta fosseta é análoga a fosseta inferior encontrada no bulbo raquidiano, e esta
encontra-se na região da ponte. E a superfície encontra-se mais acinzentada, é desta
tonalidade pelo facto de no seu interior estar o núcleo sensitivo do nervo trigémeo. Cócus
Anatomia Humana II – exame teórico Página 22
23. Anatomia Humana II
ceruleus sabe-se que marca onde se encontra o núcleo sensitivo do nervo trigémeo (nervo
motor da face e da região craniana).
O tecto do quarto ventrículo é constituído principalmente pela face anterior do cerebelo. Esta
parede anterior é constituída também por um prolongamento que parte do cerebelo em
direcção aos tubérculos quadrigémios do pedúnculos cerebelar. Este prolongamento do
cerebelo para o tubérculo vai ser designado de membrana tectória. Já a inferior a válvula de
Tarin (véu medular superior) esta dirigindo-se inferiormente para a região do bulbo e da
espinal medula. A membrana tectória e a válvula de Tarin são recobertas de umas células
coróideas. Esta célula coroidea é responsável por segregar o líquido cefaloraquidiano. Este
epitélio é alimentado através de uns prolongamentos laterais destas células coróideas, que vão
fazer o aporte sanguíneo à célula coroidea. Estes prolongamentos vão-se designar de plexos
coróides. Nos restantes sistemas ventriculares também ocorrem veias coróideas e plexos
coróides.
O quarto ventrículo superiormente comunica-se com o terceiro ventrículo. O terceiro
ventrículo faz parte do sistema ventricular. Comunica-se superiormente através do aqueduto
de Sylvius. Este aqueduto de Sylvius é uma insinuação na profundidade da região do
pedúnculo cerebral. Inferiormente o quarto ventrículo é contínuo com o canal do ependimo. A
comunicação entre o quarto ventrículo com o canal do ependimo vai-se designar de pico do
cálamo. Lateralmente no quarto ventrículo irá se encontrar o plexo lateral de Reichert. O plexo
coroideo insinua-se para o plexo lateral de Reichert, vamos observar lateralmente orifícios que
vão fazer a comunicação entre o quarto ventrículo e líquido cefaloraquidiano, que se encontra
a periferia da camada de SNC. Simultaneamente ao líquido cefaloraquidiano no interior do
quarto ventrículo e os restantes ventrículos do SNC, também se vai encontrar este liquido a
periferia. E é da equivalência de forças entre a pressão que o líquido a periferia exerce, e a
pressão que o líquido cefaloraquidiano no interior do SNC faz, é deste equilíbrio de forças que
conseguimos manter a forma do cerebelo (p.e.). O líquido cefaloraquidiano que se encontra a
periferia comunica com o liquido cefaloraquidiano que se encontra no quarto ventrículo
através de um orifício. Este orifício ocupa também o ângulo inferior do quarto ventrículo em
simultâneo com o pico do cálamo, este orifício vai-se designar o nome de buraco de Magendie.
Lateralmente os plexos de Reichert permitem a comunicação com o sistema do líquido
cefaloraquidiano do ventrículo para a periferia através de dois orifícios, designados de buracos
de luschka.
Os pedúnculos cerebrais fazem a transição entre o tronco cerebral e o cérebro propriamente
dito. São duas saliências, duas grandes colunas, uma do lado esquerdo e outra do direito. Estas
duas são divergentes pela parte anterior, de baixo para cima, e posteriormente não se torna
muito evidente essa forma divergente. Mas tem uma característica diferente, tem 4 tubérculos
gémeos, designados como tubérculos quadrigémios semelhantes entre si. Superiormente os
pedúnculos cerebrais têm relação directa com o tálamo óptico, região mais inferior que toma
relação com o pedúnculo cerebral. Inferiormente os pedúnculos cerebrais vão ter uma relação
anterior com a ponte e no exterior com o cerebelo. A face anterior destes pedúnculos, esta
divergência, atribui uma fossa, designada fosse interpeninsular, porque se encontra
precisamente no local de separação dos pedúnculos cerebrais. Desta fossa peduncular aloja-se
o nervo oculomotor. É precisamente o vértice inferior que se encontra a fossa
interpeduncular. A periferia do aqueduto de Sylvius, a região central possui substancia
cinzenta. No entanto o que genuinamente marca o pedúnculo cerebral são três regiões
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separadas pelo chamado lócus Níger, uma região de substancia negra. Os núcleos dos
neurónios têm dendrites muito volumosas o que fazem com que esta região chamada lócus
Níger seja bastante mais negra do que a substancia cinzenta que habitualmente encontrada no
SNC.
Esta massa mais negra encontra-se entre o pé e a calote. Pela região mais posterior que
corresponde a calote vai-se encontrar um sistema reticular (substancia branca intercalada com
substancia cinzenta). Nesta substancia reticular perto do aqueduto de Sylvius encontra-se o
núcleo do nervo oculomotor e na proximidade deste o núcleo do nervo patético. Mas o núcleo
mais relevante que ocupa toda a parte interna da calote, o núcleo rubro. Este núcleo rubro
tem uma importância fundamental nas vias motoras involuntárias (p.e. equilíbrio) – feixe de
Gower transmite a nossa postura.
A substancia branca é uma cinta de Reil vai-se encontrar a maior parte das vias sensitivas que
depois se irá dirigir para o tálamo ou para o córtex cerebral. A grande via sensitiva de
comunicação de substancia branca está localizada na cinta de Reil. Lateralmente encontra-se a
ligação dos pedúnculos cerebrais com o cerebelo através de um pedúnculo cerebeloso
superior. O lócus Níger é constituído normalmente por núcleos de células com dendrites
bastante volumosas e para as quais se dirigem fibras que vem do córtex cerebral e do corpo
estreado (conjunto de núcleos da base do crânio), e estabelecem relação interiormente com
fibras que se dirigem para o bulbo raquidiano e para a medula.
Na base do pé tem-se essencialmente um conjunto de fibras da base do pedúnculo cerebral. A
mais relevante, o fascículo piramidal. Estabelece-se uma regra que no SNC tudo que é anterior
é motor e tudo que é posterior é sensitivo. Simultaneamente algumas fibras da cinta de Reil
têm comunicação com o pé. O fascículo genicular pertence as vias da motricidade. E algumas
fibras que vêm do córtex para a ponte de Varólio.
1.6. Conformação externa do cérebro:
Em cada hemisfério cerebral, os dois sulcos mais importantes são o sulco lateral (de Sylvius) e
o sulco central (de Rolando). O sulco Lateral inicia-se na base do cérebro lateralmente à
substância perfurada anterior, como uma fenda profunda que, separa o lobo frontal do lobo
temporal, dirige-se para a face superior e lateral do cérebro, onde termina dividindo-se em
três ramos: ascendente, anterior e posterior. O ramo ascendente e anterior é curto e
penetram no lobo frontal; o ramo posterior é muito mais largo, dirige-se para trás e para cima,
terminando no lobo parietal. Separa o lobo temporal, situado abaixo, dos lobos frontal e
parietal, situados superiormente. O sulco central é um sulco profundo e geralmente contínuo,
que percorre obliquamente a face superior e lateral do hemisfério, separando o lobo frontal e
parietal. Inicia-se na face medial do hemisfério, aproximadamente no meio de sua borda
dorsal e a partir deste ponto dirige-se para a frente e para baixo, em direcção ao ramo
posterior do sulco lateral, do qual é separado por uma pequena prega cortical.
1.6.1. Lobo Temporal
Na face superior e lateral do cérebro apresenta dois sulcos principais: o sulco temporal
superior: inicia-se próximo ao pólo temporal e dirige-se para trás, paralelamente ao ramo
posterior do sulco lateral, terminando no lobo parietal. E o sulco temporal inferior: paralelo ao
sulco temporal superior, é geralmente formado por duas ou mais partes descontínuas. Entre o
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sulco lateral e temporal superior está o giro temporal superior; entre os sulcos temporal
superior e temporal inferior situa-se o giro temporal médio; abaixo do sulco temporal inferior
localiza-se o giro temporal inferior.
Na face inferior apresenta três sulcos principais:
a. sulco occípitotemporal: limita com o sulco temporal inferior o giro temporal inferior;
medialmente limita com o sulco colateral o giro occípitotemporal lateral (ou giro
fusiforme).
b. sulco colateral: inicia-se próximo ao pólo occipital e se dirige para frente, delimitando
com o sulco calcarino e o sulco do hipocampo, respectivamente, o giro occípito-
temporal medial e o giro para-hipocampal, cuja porção anterior se curva em torno do
sulco do hipocampo para formar o úncus (unco). O sulco colateral pode ser contínuo
com o sulco rinal, que separa a parte mais anterior do giro para-hipocampal do resto
do lobo temporal.
c. sulco do hipocampo: origina-se na região do esplênio do corpo caloso, onde continua
com o sulco do corpo caloso e se dirige para o pólo temporal, onde termina separando
o giro para-hipocampal do úncus.
NOTA:
O giro para-hipocampal se liga posteriormente ao giro do cíngulo através de um giro
estreito, o istmo do giro do cíngulo.
1.6.2. Lobo Parietal
Na face superior e lateral do cérebro apresenta dois sulcos principais:
a. sulco pós-central: quase paralelo ao sulco central, é frequentemente dividido em dois
segmentos, que podem estar mais ou menos distantes um do outro.
b. sulco intraparietal: muito variável e geralmente perpendicular ao pós-central, com o
qual pode estar unido, estende-se para trás para terminar no lobo occipital.
Entre o sulco central e o pós-central fica o giro pós-central, onde se localiza uma das mais
importantes áreas sensitivas do córtex, a área somestésica. O sulco intraparietal separa o
lóbulo parietal superior do lóbulo parietal inferior. Neste último descrevem-se dois giros: o
giro supramarginal, curvado em torno da extremidade do ramo posterior do sulco lateral, e o
giro angular, curvado em torno da porção terminal e ascendente do sulco temporal inferior.
Na face medial existem dois sulcos que passam do lobo frontal para o parietal:
a. sulco do corpo caloso: começa abaixo do rostrum do corpo caloso, contorna o tronco e
o esplênio do corpo caloso, onde continua, já no lobo temporal, com o sulco do
hipocampo.
b. sulco do cíngulo: tem curso paralelo ao sulco do corpo caloso, do qual é separado pelo
giro do cíngulo. Termina posteriormente dividindo-se em dois ramos: o ramo marginal,
que se curva em direcção à margem superior do hemisfério, e o sulco subparietal, que
continua posteriormente.
Destacando-se do sulco do cíngulo em direcção à margem superior do hemisfério, existe quase
sempre o sulco paracentral, que delimita com o sulco do cíngulo e seu ramo marginal, o lóbulo
paracentral, assim denominado em razão de suas relações com o sulco central, cuja
extremidade superior termina aproximadamente no seu meio.
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26. Anatomia Humana II
Acima do corpo caloso temos o giro do cíngulo; mais acima temos, de trás para diante, o pré-
cuneus, o lóbulo paracentral e a face medial do giro frontal superior.
1.6.3. Lobo Occipital
Na face superior e lateral do cérebro o lobo occipital ocupa uma porção relativamente
pequena, onde apresenta pequenos sulcos e giros inconstantes e irregulares. Um importante
desses inconstantes e variáveis sulcos é um sulco em meia-lua, o sulco lunatus.
Na face medial apresenta dois sulcos importantes:
a. sulco calcarino: inicia-se abaixo do esplênio do corpo caloso e tem um trajecto
arqueado em direcção ao pólo occipital.
b. sulco parietoccipital: muito profundo, separa o lobo occipital do parietal e encontra
em ângulo agudo o sulco calcarino.
Entre o sulco parietoccipital e o sulco calcarino, situa-se o cúneus, giro complexo, de forma
triangular. Adiante do cúneus,
por conseguinte já no lobo
parietal temos o pré-cuneus.
Abaixo do sulco calcarino
situa-se o giro occípito-
temporal medial, que continua
anteriormente com o giro
para-hipocampal, já no lobo
temporal.
O cérebro é a maior parte do
encéfalo, constituinte de
expansões do prosencéfalo,
situado na fossa anterior e
média do crânio, muitos
autores são da opinião que
possuímos dois cérebros, um direito e um esquerdo, já que o cérebro é dividido em dois
hemisférios. Esse conjunto, denominado cérebro possui duas grandes divisões: o diencéfalo
(uma porção mais medial, central) e outra, mais periférica, maior, observada nas espécies mais
desenvolvidas, como nos humanos, trata-se do telencéfalo. Observamos nos animais
inferiores, um cérebro mais primitivo, equivalente ao nosso tronco encefálico. Na medida que
vamos evoluindo, observamos a formação telencefálica, sendo os lobos temporais, estruturas
que originaram-se centralmente e descenderam lateralmente, sendo as mais afectadas nos
traumatismos cranianos.
1.6.4. Diencéfalo
O diencéfalo consiste no III ventrículo, e nas estruturas que formam sua parede.
Posteriormente o III ventrículo se estende até o aqueduto mesencefálico e, anteriormente, até
o forame interventricular ou forame de Monro.
O III ventrículo é uma estreita fenda, ímpar, mediana, que comunica-se com os ventrículos
laterais pelo forame interventricular (Monro) e com o IV ventrículo via aqueduto de Sylvius. Há
um sulco hipotalâmico que subdivide o tálamo do hipotálamo. O assoalho do III ventrículo é
Anatomia Humana II – exame teórico Página 26
27. Anatomia Humana II
composto pelo quiasma óptico, pelo infundíbulo, túber cinéreo e corpos mamilares. A parte
posterior do III ventrículo é obscurecida pelo fórnice: feixe grosso de fibras originados no
hipocampo (lobo temporal) passando sobre o tálamo para unir-se aos corpos mamilares. A
porção superior do III ventrículo é composta pelo tecto do III ventrículo consistindo em uma
camada de epêndima que reveste o III ventrículo. Superiormente esse epêndima é recoberto
por uma dobra vascular de pia-máter (tela coróide do III ventrículo).
A superfície lateral do diencéfalo é limitada pela cápsula interna (substância branca – fibras
nervosas) conectando o córtex cerebral com o tronco encefálico. A porção lateral é composta
pelo hipotálamo, bilateralmente. Fibras de feixes nervosos partem para o núcleo habenular
(epitálamo) formando uma crista denominada estria medular talâmica. A porção anterior do
diencéfalo é composta pela lâmina terminalis (lâmina terminal) e pela comissura anterior.
1.6.5. Tálamo.
Grande massa ovóide de substância cinzenta (núcleos celulares) formando a maior parte do
diencéfalo. A extremidade anterior do tálamo é estreitada e arredondada, formando o limite
posterior do forame de Monro. A extremidade posterior forma o pulvinar do tálamo,
localizando-se acima do colículo superior. O corpo geniculado lateral e medial são expansões
arredondadas situada na porção inferior do tálamo. A parte superior do tálamo é recoberta,
medialmente, pela tela coróide e pelo fórnix além do epêndima do ventrículo lateral. O tálamo
esquerdo conecta-se com o tálamo direito pela aderência intertalâmica. O tálamo é separado
do núcleo lentiforme (um dos núcleos da base) pela cápsula interna. Em conjunto os corpos
geniculados laterais e mediais formam o metatálamo (via auditiva e visual). A face inferior do
tálamo faz contacto com o subtálamo e com o hipotálamo.
O tálamo é subdividido em diversos núcleos (estações de retransmissão para o córtex
cerebral e para regiões subcorticais): pulvinar do Tálamo; Corpo Geniculado Lateral e medial;
Núcleo Ventro-Posterior medial; Núcleo Ventro-Posterior Lateral; Núcleo Posterior Lateral;
Núcleo Dorsal Lateral; Núcleo Anterior Ventral; Núcleo Lateral Ventral; Núcleo Anterior;
Lâmina Medular Interna.
1.6.6. Subtálamo
Localiza-se inferiormente ao tálamo, relacionando-se ao tegumento mesencefálico
(posteriormente) e ao hipotálamo (anteriormente). Quanto às estruturas do subtálamo
devemos considerar: núcleo rubro; substância cinzenta e formação reticular; sendo estas três
estruturas, em conjunto, denominada zona incerta do subtálamo. Há também os núcleos
subtalámicos que fazem conexão como o globo pálido pela via pálido-Subtálamo-Palidal.
Lesões no subtálamo ocasionam uma situação clínica denominada hemibalismo.
O subtálamo é extremamente complexo, tanto anatomicamente como funcionalmente: o
subtálamo é atravessado por vários feixes de fibras nervosas. Há também a alça lenticular e o
fascículo subtalámico cuja descrição funcional é feita pela neurofisiologia.
1.6.7. Epitálamo
O epitálamo limita posteriormente o III ventrículo sendo constituído pela glândula pineal
(glândula endócrina secretora de melatonina, capaz de influenciar nas secreções pancreáticas,
hipofisárias, paratireóideas, adrenais e gonadais – em humanos a melatonina parece inibir a
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secreção de FSH e LH hipofisários); comissura posterior; comissura das habenulas; estrias
medulares; trígono das habenulas (contendo os núcleos habenulares).
A glândula pineal não possui barreira hematoencefálica, sendo suas funções, em maior parte,
inibitórias, isto é, inibem as secreções hormonais.
Os núcleos habenulares, posteriores ao tálamo recebe fibras aferentes do núcleo amigdalóide,
via estrias medulares do tálamo. Outras vias de origem hipocampal atingem a os núcleos
habenulares pelo fórnix. Acredita-se que os núcleos habenulares sejam locais de integração
entre as vias aferentes olfatórias, viscerais e somáticas.
1.6.8. Hipotálamo
Estrutura diencefálica que estende-se da região do quiasma óptico até a borda caudal dos
corpos mamilares. Fica abaixo do sulco hipotalâmico, na parede lateral do III ventrículo.
Contém: quiasma óptico; corpos mamilares; túber cinéreo e o infundíbulo. O hipotálamo fica
bem próximo ao sistema límbico, do tálamo, dos tractos ascendentes e descendentes e da
hipófise. Fisiologicamente o hipotálamo é extremamente complexo, não havendo função
orgânica que, de alguma forma, não sofra sua influência. O hipotálamo coordena o sistema
nervoso autónomo, sistemas endócrinos fazendo conexões com o córtex cerebral.
Quiasma óptico é um feixe de fibras nervosas localizadas na junção entre a parede anterior e o
assoalho do III ventrículo. Sua superfície superior prende-se à lâmina terminal, relacionando-se
inferiormente à hipófise (separados pelo diafragma da sela – camada de dura-máter que isola
a hipófise do córtex cerebral propriamente dito). O túber cinéreo é uma massa de substância
cinzenta continuado inferiormente pelo infundíbulo. O infundíbulo, por sua vez, continua-se
com o lobo posterior da hipófise (neuro-hipófise). Os corpos mamilares são massas esféricas
posteriores ao túber cinéreo. Posteriormente aos corpos mamilares encontramos uma área
encefálica perfurada por pequenos orifícios sendo denominada substância perfurada anterior.
1.6.9. Telencéfalo – Hemisférios Cerebrais.
Constituem a maior parte do encéfalo sendo 2 os hemisférios (direito e esquerdo) separados
pela fissura longitudinal do cérebro. Essa fissura contém dobras de dura-máter que se
invaginam por entre os hemisférios até o corpo caloso, sendo denominadas foice cerebral. O
corpo caloso é a maior comissura do cérebro interligando os dois hemisférios cerebrais. Uma
segunda dobra de dura-máter separa o cérebro do cerebelo, trata-se da tenda do cerebelo.
Para que a área seja maior, os hemisférios cerebrais apresentam em sua superfície, dobras ou
giros, formando o que chamamos de circunvoluções. Entre os giros, frestas são observadas e
chamadas de sulcos. Os hemisférios separam-se didacticamente entre lobos frontal, parietal,
occipital, límbico, temporal e insular. Dentre os sulcos temos que observar o sulco central
(sulco de Rolando – sulco profundo que separa o lobo frontal do parietal; paralelos ao giro pré-
central e pós-central); sulco lateral (fissura de Sylvius – separa o lobo frontal do lobo temporal
– possui três ramos: ascendente, anterior e posterior); Sulco Parietoccipital (separando o lobo
parietal do occipital – pré-cuneus do cúneus) e Sulco calcarino (dividindo o lobo occipital em
cúneus e giro occípitotemporal medial).
1.6.9.1. Face superior e Lateral:
Anatomia Humana II – exame teórico Página 28
29. Anatomia Humana II
No lobo frontal encontram-se três sulcos principais: sulco pré-central; sulco frontal superior e
sulco frontal inferior. O lobo central possui os seguintes giros: giro pré-central, giro frontal
superior, giro frontal médio e giro frontal inferior (subdividido em três porções: pars orbitalis,
pars triangularis e pars opercularis). Neste lobo frontal ainda encontramos a Área de Broca
(motricidade da fala) e a área pré-frontal relacionada à memória de trabalho, planeamentos,
cálculos, agressividade, iniciativas, comportamento.
No lobo temporal encontram-se dois sulcos: sulco temporal superior (separa o giro temporal
superior do médio) e sulco temporal inferior (separa o giro temporal médio e inferior). Entre
os giros encontramos o giro temporal superior, giro temporal médio e giro temporal inferior.
Ainda no lobo temporal, encontramos o giro temporal transverso ou giro de Heschl
relacionado à audição e ao equilíbrio (giro temporal superior). Estes giros transversos ligam o
lobo temporal ao lobo da ínsula (lobo pequeno que cresceu pouco durante o desenvolvimento
cerebral). No lobo temporal uma área associativa relacionada à inteligência é encontrada e
denominada área de Wernicke (trata-se de uma área parieto-occipito-temporal).
No lobo parietal e occipital encontra-se no lobo parietal o sulco pós-central e o sulco
intraparietal (perpendicular ao giro pós-central). Dentre os giros no lobo parietal encontramos
o giro pós-central, giro parietal superior e giro parietal inferior (sendo este último dividido em
giro supra-marginal e giro angular). O giro parietal superior é separado do giro parietal inferior
pelo sulco intraparietal. O lobo occipital possui uma incisura pré-occipital (responsável pelos
movimentos sincrónicos dos olhos).
O lobo da ínsula está recoberto pelos lábios superiores e inferiores do sulco lateral. Seu ápice é
voltado para baixo constituindo o límen da ínsula. A ínsula possui três giros curtos (anteriores)
e um giro longo (posterior), separados pelo sulco central da ínsula.
1.6.9.2. Face medial do Cérebro:
Num plano sagital mediano identificamos diversas estruturas de grande importância
anatómicas e fisiológica que devemos saber.
1. Corpo Caloso: maior comissura inter-hemisférica que penetra o centro branco medular
(substância branca cortical) também chamado de centro semi-oval. O corpo caloso é
subdividido em porções: rostrum, joelho, corpo ou tronco, esplênio do corpo caloso. O
rostrum do corpo caloso se continua com a comissura anterior e lâmina terminal.
2. Fórnix: dividido em porções – coluna do fórnix ligada aos corpos mamilares, corpo do
fórnix e perna do fórnix seguido pelas fímbrias do hipocampo (penetram o corno
temporal do ventrículo lateral formando o hipocampo).
3. Septo pelúcido: fina membrana presente entre o corpo caloso e o fórnix. São duas
delgadas lâminas que delimitam a cavidade do ventrículo lateral.
4. Lobo occipital: possui o sulco calcarino (divide o cúneus do giro occípitotemporal
medial) e o sulco parietoccipital que divide o pré-cuneus do cúneus. O giro
occípitotemporal medial continua-se com o giro para-hipocampal formando mais
anteriormente o úncus do lobo temporal.
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