1) O documento discute a insistência e apego radical com que o autor afirma seu ceticismo sobre a possibilidade de melhoria da espécie humana e progresso moral.
2) Ele reflete sobre o mau trato conjugal e perseguição insana da mulher pelo homem, históricamente submetida ao poder masculino.
3) Apesar de algumas libertações, a maioria das mulheres continua a viver sob sistemas de relações pouco menos que medievais,
8. Sou em geral conhecido como
pessimista. Ao contrário do que alguma
vez possa ter parecido, dada a insistência
apego com que afirmo o meu radical
integral ceticismo sobre a possibilidade de
qualquer melhoria efetiva e substancial da
espécie homem dentro do que em tempos
não muito distantes se chamou progresso
moral ético, preferiria ser otimista, mesmo
que fosse apenas por ainda conservar a
esperança de que o Sol, por ter nascido
todos os dias até hoje, nasça também
amanhã. Nascerá, mas lá che-gará
9. também o dia em que ele se acabe. O
motivo destas reflexões de abertura
preâmbulo é o mau trato conjugal ou
paraconjugal, a insana tresvariada
(excessiva) perseguição da mulher pelo
homem, seja ele marido, noivo ou amante.
A mulher, historicamente submetida ao
poder masculino, foi reduzida a algo sem
mais préstimo serventia (mérito) que o de
ser criada do homem e simples
restauradora renovadora da sua força de
trabalho, e, mesmo agora, quando a
vemos por toda
10. a parte, liberta de algumas ataduras prisões,
exercer atividades que a vaidade masculina
presumia cria (desconfiava) de exclusivas do
varão macho, parece que não queremos dar-
nos conta de que a esmagadora maioria das
mulheres continua a viver num sistema de
relações pouco menos que medievais. São
espancadas, brutalizadas sexualmente,
escravizadas por tradições, costumes
hábitos e obrigações que elas não escolhe-
ram e que continuam a mantê-las subme-
tidas à tirania despotismo masculina. E,
11. quando chega a hora, matam-nas.
A escola finge ignorar esta realidade
[...]. A família, lugar por excelência
primazia de todas as contradições, ninho
berço perfeito de egoísmos, empresa
negócio em falência perma-nente, está a
viver a mais grave crise de toda a sua
história. Os Estados partem do exato
princípio doutrina de que todos teremos
de morrer e de que as mulheres não
poderiam ser exceção. Para algumas
imaginações delirantes, morrer às mãos
do esposo, do noivo ou do amante, a tiro
12. ou à facada, talvez seja mesmo a maior
prova de amor mútuo, ele matando, ela
morrendo. Às negruras da mente
humana tudo é possível.
Que fazer? Outros o saberão
embora não o tenham dito. Uma vez que
a deli-cada suscetível sociedade em que
vivemos se escandalizaria com medidas
de exclusão privação social permanente
para este tipo de crimes, ao menos que
se agravem até ao máximo as penas de
prisão, excluindo
13. decisivamente as reduções de pena por
bom comportamento. Por bom comporta-
mento, por favor, não me façam rir.
14.
15. Para Leonel Morgado, as fraldas
descartáveis são o resultado de um
avanço tecnológico e, por isso mesmo,
um material que merece o seu lugar na
sociedade, apesar de alguns defeitos que
há necessidade de ultrapassar. Numa
perspetiva muito diferente coloca-se a
Quercus, que, por razões ambientais,
defende as fraldas reutilizáveis, ignorando
todos os aspetos tecnológicos vantajosos
salientados pelo «especialista em mundos
virtuais».
22. A legenda no canto superior esquerdo
pareceria ser do tipo descritivo, como se
estivéssemos a ler um verdadeiro catálogo
de moda. No entanto, se nos detivermos
no segundo dístico («Cinto em cabedal
castanho com fivela de ferro cromada»),
percebemos que menciona objeto que não
figura no vestuário da imagem mas se
deduz seja o causador das nódoas negras
no braço da modelo.
23. Também o slogan na etiqueta em baixo
explora uma ambiguidade permitida pelos
campos lexicais de ‘moda’ e de ‘violência’:
«Há marcas que ninguém deve usar» apro-
veita a polissemia da palavra «marca», cujo
campo semântico inclui a aceção ‘símbolo
que identifica produtos comerciais’ mas,
igualmente, a de ‘nódoa causada por contu-
são’. E é para esta que a APAV pretende
alertar. Afinal, trata-se de um texto sobretu-
do diretivo, de apelo à vigilância relativa-
mente à violência doméstica.
41. A letra foi criada por Variações, e a
música foi modernizada pelos Humanos
A letra foi criada por Variações e a
música foi modernizada pelos Humanos
56. O surgimento da rádio foi o grande azar
de Bertie. Porém, ele venceria a rádio
O surgimento da rádio foi o grande azar
de Bertie. Porém, vencê-la-ia
57. António Variações critica o
novorriquismo nos nomes. António
Variações refere a
O autor de «Maria Albertina» critica o
novorriquismo nos nomes. António
Variações refere a
58. Bertie ficou angustiado. Ele falara pouco
mais do que
Bertie ficou angustiado. Falara pouco
mais do que
elipse
59. O filho de Jorge V era pai de Elisabeth e
Margaret. Ele tinha aquelas duas filhas
O filho de Jorge V era pai de Elisabeth e
Margaret. O Duque de Iorque tinha
aquelas duas filhas
60. O rapaz [de] que o pai era Jorge V
O rapaz cujo pai era Jorge V
61. O século passado, onde nasceu a
telefonia,
O século passado, em que / quando
nasceu a telefonia,
65. A rádio acabava de surgir. Foi a rádio
que
A rádio acabava de surgir. Foi a telefonia
que
66. a escolha dos nomes mostra que os
portugueses têm pouca criatividade.
Essa não originalidade
a escolha dos nomes mostra que os
portugueses têm pouca criatividade.
Essa insipidez / uniformidade
67. A rádio acabava de surgir. Foi a rádio
que
A rádio acabava de surgir. Foi o novo
meio de comunicação que
72. Coesão textual
Apresentamos um perfil de Johann Gambolputty-
de-von-Ausfern-schplenden-schlitter-crass-cren-
bon-fried-digger-dingle-dangle-dongle-dungle-
burstein-von-knacker-thrasher-apple-banger-
horowitz-ticolensic-grander-knotty-spelltinkle-
grandlich-grumblemeyer-spelter-wasser-kurstlich-
himble-eisen-bahnwagen-guten-abend-bitte-ein-
nürnburger-bratwürstel-gespurten-mitz-
weimache-luber-hundsfut-gumberaber-
schönendanker-kalbsfleisch-mittleraucher-von-
Hautkopft of Ulm.
Apresentamos um seu perfil.
73. o seu parente Karl
conhecer esse grande homem
com a sua mulher Sara
acerca do seu amigo
76. Responde ao item 2.1 da p. 22
«O que há, pois, num nome? Aquilo a que
chamamos rosa, mesmo com outro nome,
cheiraria igualmente bem.»
William Shakespeare
Num texto com cerca de cem palavras,
comenta as palavras de Shakespeare,
destacando a tua opinião acerca da
pertinência ou convencionalismo dos
nomes.
77.
78. TPC
Resolve — ou, ao menos, relanceia e
estuda — as páginas sobre coesão no
Caderno de Atividades (59-65); vê
também, em «Coerência e coesão textual»
— que reproduzi de uma gramática —, a
parte sobre ‘Coesão’ (linques em Gaveta
de Nuvens).