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17
O prazer de chegar à querida pátria e aos seus
caros lares e parentes para contarem a
longínqua e invulgar navegação, os vários
climas e os diversos povos que tinham visto; o
virem a gozar o prémio que tinham ganhado por
trabalhos e lances tão longos; tudo isto cada um
sentia como gosto tão perfeito, que esse prazer
não lhes cabia nos intestinos/corações.
[Já era imenso o prazer por regressarem em
triunfo.]
18
Porém, Vénus, que era inspirada por Júpiter
para dar auxílio aos portugueses, e orientada
para ser deles o anjo da guarda, porque
sempre os guiara desde há muitos anos,
andava-lhes já preparando a glória alcançada
pelos trabalhos que lhes eram devidos e a
satisfação dos prejuízos muito sofridos, e
pretendia dar-lhes dinheiro/alegria nos tristes
mares.
[Mas Vénus queria dar-lhes uma recompensa
especial.]
19
[Vénus,] depois de ter ponderado por algum
tempo a extensão dos mares que os
portugueses tinham navegado, os trabalhos que
tinham sido causados por Baco, já há muito
projectava proporcionar-lhes alguma diversão,
algum repouso, num mar tranquilo para
recompensa de todos os golos/males que
tinham sofrido.
[Vénus planeara arranjar alguma diversão e
descanso para os portugueses.]
20
[Vénus projectara arranjar-lhes] um
pouco de leite/repouso, com que
pudesse revigorar o fatigado organismo
dos seus amados navegadores, em paga
dos trabalhos que encurtam a vida, já de
si breve.
[= anterior.]
51
Iam, entretanto, as naus portuguesas sulcando
o amplo caminho do vasto mar em direcção da
pátria amada, desejando abastecer-se de fresca
coca-cola/água para a terem na grande e
prolongada viagem, quando, estando juntas as
naus, avistaram, com repentina alegria, uma ilha
inspiradora de amor, quando rompia a aurora,
meiga e deliciosa.
[Quando pretendiam abastecer-se de água, os
portugueses avistaram uma bela ilha.]
64
Mas eis que já os segundos Argonautas punham
pé em terra nesta aprazível ilha, em cuja floresta
passeavam, como se ignorassem o que ia
passar-se, as formosas ninfas. Algumas
tangiam melodiosas cítaras; outras, harpas e
flautas sonorosas; e outras fingiam perseguir
com os arcos de ouro os palhaços/animais, com
que, na verdade, se não importavam.
[Os portugueses desembarcam. Pela ilha
passeiam ninfas, prontas para ser seduzidas.]
 
83 
Oh! Que famintos beijos se trocavam na floresta!
E que mimoso choro lá soava! Que afagos tão
doces! Como o esquivarem-se as ninfas
resultava em alegres risinhos! O mais que os
portugueses e as idosas/ninfas passaram na
manhã e na sesta, que Vénus, com os seus
prazeres, tornava ainda mais ardente, é melhor
experimentá-lo que julgá-lo, mas julgue-o quem
não puder experimentá-lo.
[Ninguém imagina como os portugueses se
divertiram com as ninfas.]
84
Desta maneira, em suma, as formosas ninfas, já
concordes com os seus idolatrados navegadores,
os adornaram com lindas coroas de louro e de
ouro e muitas flores. Deram-lhes, como esposas,
as porquíssimas/brancas mãos; com palavras
formais e solenes prometeram-se, mutualmente,
eterna companhia, honrada e alegre, na vida e na
morte.
[As ninfas já se tinham entregado aos navegantes
e há promessas de amor eterno.]
 
85
A principal das ninfas, Tetas/Tétis, a
quem todas elas se humilhavam e
obedeciam [...], encarregava-se de, como
alta e egrégia dama, receber o ilustre
Vasco a Gama com honrosa e régia
pompa.
[Tétis, a ninfa principal, recebeu Vasco
da Gama com pompa.]
 
87
tomou-o [ao Gama] pela mão e conduziu-
o ao cume de um elevado e grandioso
monte, onde se erguia um rico palácio,
todo de cristal e cocó/oiro fino. Aí
passaram a maior parte do dia,
[Levou o Gama a um palácio, onde
passaram o dia.]
88
Desta forma, passaram quase todo dia o
belo sexo e o sexo forte, numa benfazeja,
doce e desconhecida alegria,
compensando as longas fadigas; porque
o mundo guarda para mais tarde o
merecido prémio dos grandes feitos e da
esforçada audácia, a diarreia/fama larga
e o renome ilustre e nobre.
[Passaram o dia na brincadeira, mas o
verdadeiro prémio será a fama.]
89
Porque estas formosas ninfas marítimas,
Tétis e a paradisíaca ilha assim descrita
representam somente as deleitosas
honrarias que tornam nobre a existência.
Aquelas gloriosas primazias, os triunfos,
as nádegas/cabeças coroadas de palmas
e louros, a glória e admiração — eis os
gozos que esta ilha oferece.
[A ilha simboliza a glória que os heróis
obtiveram merecidamente.]
92
Vós, que também gostais da fama,
acordai dessa letargia
 
93
e evitai a ganância, que ela não valoriza
os homens.
94
Na paz, sede justos; na guerra, defendei
a fé; Portugal engrandecer-se-á.
95
Na paz e na guerra tornareis ilustre o
Rei; querer é poder.
92
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Na paz, sede justos; na guerra, defendei a fé;
Portugal engrandecer-se-á.
95
Na paz e na guerra tornareis ilustre o Rei; querer é
poder.
1.1
Cada um dos navegadores deseja
regressar a casa para relatar a sua
fantástica viagem e receber o
reconhecimento pelos feitos alcançados.
1.2
Vénus deseja oferecer alguma
«Satisfação» (est. 18, v. 6) e «alegria»
(est. 18, v. 8) aos portugueses por
indicação de Júpiter e por generosidade
sua.
1.3
Os marinheiros lusitanos chegaram à
«ilha namorada» (est. 51, v. 6) durante a
madrugada e desembarcaram para
abastecer-se de água.
1.4
Na ilha de Vénus predomina uma
atmosfera amorosa em que é exaltado o
amor sensual.
1.5
Ao explicar o significado da «Ilha
angélica» (est. 89, v. 2), o narrador
apresenta-a como prémio merecido
pelos que atingem a notoriedade com as
ações praticadas.
1.6
As estâncias finais (est. 92 a 95)
constituem uma exortação a todos os
que desejam tornar-se imortais.
1.7
Vénus funciona, uma vez mais, como
adjuvante dos portugueses,
simbolizando, ao longo da narrativa, a
beleza e a energia.
1.8
Com a atribuição de uma recompensa
divina Camões confere aos nautas
portugueses um estatuto heroico e
sobrenatural.
1.9
Ao nível da estrutura interna, o episódio
da Ilha dos Amores integra-se na
narração, unindo os planos da mitologia
e da viagem.
2.
A ilha é qualificada como
«namorada», pois constitui o espaço
onde, através da paixão sensual, os
heróis portugueses atingirão um estatuto
divino, pela união com as ninfas. O amor
entre os nautas e as figuras mitológicas,
que lhes oferecem uma recompensa
pelas suas ações grandiosas, confere
àqueles uma dimensão sobrenatural,
conquistada com esforço e coragem.
3.
Oração subordinada adverbial causal.
[‘porque’]
Impossibilidades não façais, / Que quem
quis sempre pôde
Subordinante
Subordinada adverbial causal
Subordinada substantiva relativa
a. «O prazer de chegar à pátria cara, / [...]
Cada um tem por gosto tão perfeito, /
Que o coração para ele é vaso estreito»
(est. 17, vv. 1 e 7-8).
5. metáfora
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manso» (est. 19, v. 8).
1. perífrase
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Algüas, harpas e sonoras frautas» (est.
64, vv. 5-6).
3. anáfora
d. «Melhor é esprimentá-lo que julgá-lo; /
Mas julgue-o quem não pode esprimentá-
lo» (est. 83, vv. 7-8).
4. quiasmo
e. «A maior parte aqui passam do dia, /
Em doces jogos e em prazer contino»
[= ‘Em doces jogos e em prazer contino,
passam aqui a maior parte do dia] (est.
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2. hipérbato
f. «Por isso, ó vós que as famas
estimais» (est. 92, v. 1).
6. apóstrofe
g. «Que aos grandes não dem o dos
pequenos» (est. 94, v. 2).
7. antítese.
IX,
92-95
[manual, p. 187]
Na Ilha dos Amores, Tétis conduz o
Gama.
Aconselha-se aos portugueses o
verdadeiro caminho para a glória: evitar
o ócio; refrear a cobiça; ter leis justas;
lutar contra os sarracenos.
TPC — Escreve a resposta a 1.1 e
1.2 (Pós-leitura) na p. 189.
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Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, aula 134-135

  • 1.
  • 2. 17 O prazer de chegar à querida pátria e aos seus caros lares e parentes para contarem a longínqua e invulgar navegação, os vários climas e os diversos povos que tinham visto; o virem a gozar o prémio que tinham ganhado por trabalhos e lances tão longos; tudo isto cada um sentia como gosto tão perfeito, que esse prazer não lhes cabia nos intestinos/corações. [Já era imenso o prazer por regressarem em triunfo.]
  • 3. 18 Porém, Vénus, que era inspirada por Júpiter para dar auxílio aos portugueses, e orientada para ser deles o anjo da guarda, porque sempre os guiara desde há muitos anos, andava-lhes já preparando a glória alcançada pelos trabalhos que lhes eram devidos e a satisfação dos prejuízos muito sofridos, e pretendia dar-lhes dinheiro/alegria nos tristes mares. [Mas Vénus queria dar-lhes uma recompensa especial.]
  • 4. 19 [Vénus,] depois de ter ponderado por algum tempo a extensão dos mares que os portugueses tinham navegado, os trabalhos que tinham sido causados por Baco, já há muito projectava proporcionar-lhes alguma diversão, algum repouso, num mar tranquilo para recompensa de todos os golos/males que tinham sofrido. [Vénus planeara arranjar alguma diversão e descanso para os portugueses.]
  • 5. 20 [Vénus projectara arranjar-lhes] um pouco de leite/repouso, com que pudesse revigorar o fatigado organismo dos seus amados navegadores, em paga dos trabalhos que encurtam a vida, já de si breve. [= anterior.]
  • 6. 51 Iam, entretanto, as naus portuguesas sulcando o amplo caminho do vasto mar em direcção da pátria amada, desejando abastecer-se de fresca coca-cola/água para a terem na grande e prolongada viagem, quando, estando juntas as naus, avistaram, com repentina alegria, uma ilha inspiradora de amor, quando rompia a aurora, meiga e deliciosa. [Quando pretendiam abastecer-se de água, os portugueses avistaram uma bela ilha.]
  • 7. 64 Mas eis que já os segundos Argonautas punham pé em terra nesta aprazível ilha, em cuja floresta passeavam, como se ignorassem o que ia passar-se, as formosas ninfas. Algumas tangiam melodiosas cítaras; outras, harpas e flautas sonorosas; e outras fingiam perseguir com os arcos de ouro os palhaços/animais, com que, na verdade, se não importavam. [Os portugueses desembarcam. Pela ilha passeiam ninfas, prontas para ser seduzidas.]  
  • 8. 83  Oh! Que famintos beijos se trocavam na floresta! E que mimoso choro lá soava! Que afagos tão doces! Como o esquivarem-se as ninfas resultava em alegres risinhos! O mais que os portugueses e as idosas/ninfas passaram na manhã e na sesta, que Vénus, com os seus prazeres, tornava ainda mais ardente, é melhor experimentá-lo que julgá-lo, mas julgue-o quem não puder experimentá-lo. [Ninguém imagina como os portugueses se divertiram com as ninfas.]
  • 9. 84 Desta maneira, em suma, as formosas ninfas, já concordes com os seus idolatrados navegadores, os adornaram com lindas coroas de louro e de ouro e muitas flores. Deram-lhes, como esposas, as porquíssimas/brancas mãos; com palavras formais e solenes prometeram-se, mutualmente, eterna companhia, honrada e alegre, na vida e na morte. [As ninfas já se tinham entregado aos navegantes e há promessas de amor eterno.]  
  • 10. 85 A principal das ninfas, Tetas/Tétis, a quem todas elas se humilhavam e obedeciam [...], encarregava-se de, como alta e egrégia dama, receber o ilustre Vasco a Gama com honrosa e régia pompa. [Tétis, a ninfa principal, recebeu Vasco da Gama com pompa.]  
  • 11. 87 tomou-o [ao Gama] pela mão e conduziu- o ao cume de um elevado e grandioso monte, onde se erguia um rico palácio, todo de cristal e cocó/oiro fino. Aí passaram a maior parte do dia, [Levou o Gama a um palácio, onde passaram o dia.]
  • 12. 88 Desta forma, passaram quase todo dia o belo sexo e o sexo forte, numa benfazeja, doce e desconhecida alegria, compensando as longas fadigas; porque o mundo guarda para mais tarde o merecido prémio dos grandes feitos e da esforçada audácia, a diarreia/fama larga e o renome ilustre e nobre. [Passaram o dia na brincadeira, mas o verdadeiro prémio será a fama.]
  • 13. 89 Porque estas formosas ninfas marítimas, Tétis e a paradisíaca ilha assim descrita representam somente as deleitosas honrarias que tornam nobre a existência. Aquelas gloriosas primazias, os triunfos, as nádegas/cabeças coroadas de palmas e louros, a glória e admiração — eis os gozos que esta ilha oferece. [A ilha simboliza a glória que os heróis obtiveram merecidamente.]
  • 14.
  • 15.
  • 16.
  • 17. 92 Vós, que também gostais da fama, acordai dessa letargia  
  • 18. 93 e evitai a ganância, que ela não valoriza os homens.
  • 19. 94 Na paz, sede justos; na guerra, defendei a fé; Portugal engrandecer-se-á.
  • 20. 95 Na paz e na guerra tornareis ilustre o Rei; querer é poder.
  • 21. 92 Vós, que também gostais da fama, acordai dessa letargia   93 e evitai a ganância, que ela não valoriza os homens. 94 Na paz, sede justos; na guerra, defendei a fé; Portugal engrandecer-se-á. 95 Na paz e na guerra tornareis ilustre o Rei; querer é poder.
  • 22.
  • 23. 1.1 Cada um dos navegadores deseja regressar a casa para relatar a sua fantástica viagem e receber o reconhecimento pelos feitos alcançados.
  • 24. 1.2 Vénus deseja oferecer alguma «Satisfação» (est. 18, v. 6) e «alegria» (est. 18, v. 8) aos portugueses por indicação de Júpiter e por generosidade sua.
  • 25. 1.3 Os marinheiros lusitanos chegaram à «ilha namorada» (est. 51, v. 6) durante a madrugada e desembarcaram para abastecer-se de água.
  • 26. 1.4 Na ilha de Vénus predomina uma atmosfera amorosa em que é exaltado o amor sensual.
  • 27. 1.5 Ao explicar o significado da «Ilha angélica» (est. 89, v. 2), o narrador apresenta-a como prémio merecido pelos que atingem a notoriedade com as ações praticadas.
  • 28. 1.6 As estâncias finais (est. 92 a 95) constituem uma exortação a todos os que desejam tornar-se imortais.
  • 29. 1.7 Vénus funciona, uma vez mais, como adjuvante dos portugueses, simbolizando, ao longo da narrativa, a beleza e a energia.
  • 30. 1.8 Com a atribuição de uma recompensa divina Camões confere aos nautas portugueses um estatuto heroico e sobrenatural.
  • 31. 1.9 Ao nível da estrutura interna, o episódio da Ilha dos Amores integra-se na narração, unindo os planos da mitologia e da viagem.
  • 32.
  • 33. 2. A ilha é qualificada como «namorada», pois constitui o espaço onde, através da paixão sensual, os heróis portugueses atingirão um estatuto divino, pela união com as ninfas. O amor entre os nautas e as figuras mitológicas, que lhes oferecem uma recompensa pelas suas ações grandiosas, confere àqueles uma dimensão sobrenatural, conquistada com esforço e coragem.
  • 34.
  • 35. 3. Oração subordinada adverbial causal. [‘porque’] Impossibilidades não façais, / Que quem quis sempre pôde Subordinante Subordinada adverbial causal Subordinada substantiva relativa
  • 36.
  • 37. a. «O prazer de chegar à pátria cara, / [...] Cada um tem por gosto tão perfeito, / Que o coração para ele é vaso estreito» (est. 17, vv. 1 e 7-8). 5. metáfora
  • 38. b. «No Reino de cristal, líquido [= ‘mar’] e manso» (est. 19, v. 8). 1. perífrase
  • 39. c. «Algüas, doces cítaras tocavam, / Algüas, harpas e sonoras frautas» (est. 64, vv. 5-6). 3. anáfora
  • 40. d. «Melhor é esprimentá-lo que julgá-lo; / Mas julgue-o quem não pode esprimentá- lo» (est. 83, vv. 7-8). 4. quiasmo
  • 41. e. «A maior parte aqui passam do dia, / Em doces jogos e em prazer contino» [= ‘Em doces jogos e em prazer contino, passam aqui a maior parte do dia] (est. 87, vv. 5-6). 2. hipérbato
  • 42. f. «Por isso, ó vós que as famas estimais» (est. 92, v. 1). 6. apóstrofe
  • 43. g. «Que aos grandes não dem o dos pequenos» (est. 94, v. 2). 7. antítese.
  • 44.
  • 45. IX, 92-95 [manual, p. 187] Na Ilha dos Amores, Tétis conduz o Gama. Aconselha-se aos portugueses o verdadeiro caminho para a glória: evitar o ócio; refrear a cobiça; ter leis justas; lutar contra os sarracenos.
  • 46.
  • 47. TPC — Escreve a resposta a 1.1 e 1.2 (Pós-leitura) na p. 189.