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o  menino  da sua mãe nostalgia da infância
No plaino abandonado Que a morna brisa aquece, De balas trespassado- Duas, de lado a lado-, Jaz morto, e arrefece. Raia-lhe a farda o sangue. De braços estendidos, Alvo, louro, exangue, Fita com olhar langue E cego os céus perdidos. Tão jovem! Que jovem era! (agora que idade tem?) Filho único, a mãe lhe dera Um nome e o mantivera: «O menino de sua mãe.» o  menino  da sua mãe Caiu-lhe da algibeira A cigarreira breve. Dera-lhe a mãe. Está inteira E boa a cigarreira. Ele é que já não serve. De outra algibeira, alada Ponta a roçar o solo, A brancura embainhada De um lenço… deu-lho a criada Velha que o trouxe ao colo. Lá longe, em casa, há a prece: “Que volte cedo, e bem!” (Malhas que o Império tece!) Jaz morto e apodrece O menino da sua mãe nostalgia da infância
2.1.  A utilização e repetição desta expressão pretende chamar a atenção para o facto de se tratar de uma pessoa muito nova. A morte é sempre um drama, mas quando se trata de um “menino” ainda mais. Esta expressão sublinha ainda a ligação afectiva com a mãe, ele que seria “filho único”. o  menino  da sua mãe nostalgia da infância
2.1.  A utilização e repetição desta expressão pretende chamar a atenção para o facto de se tratar de uma pessoa muito nova. A morte é sempre um drama, mas quando se trata de um “menino” ainda mais. Esta expressão sublinha ainda a ligação afectiva com a mãe, ele que seria “filho único”. 2.2. A algibeira e o lenço são marcas da relação com sua mãe e a criada respectivamente. o  menino  da sua mãe nostalgia da infância
2.1.  A utilização e repetição desta expressão pretende chamar a atenção para o facto de se tratar de uma pessoa muito nova. A morte é sempre um drama, mas quando se trata de um “menino” ainda mais. Esta expressão sublinha ainda a ligação afectiva com a mãe, ele que seria “filho único”. 2.2. A algibeira e o lenço são marcas da relação com sua mãe e a criada respectivamente. o  menino  da sua mãe nostalgia da infância «menino da  sua mãe» cigarreira «inteira» «boa» «ele já não serve»
No plaino abandonado Que a morna brisa aquece, De balas trespassado- Duas, de lado a lado-, Jaz morto, e arrefece. Raia-lhe a farda o sangue. De braços estendidos, Alvo, louro, exangue, Fita com olhar langue E cego os céus perdidos. Tão jovem! Que jovem era! (Agora que idade tem?) Filho único, a mãe lhe dera Um nome e o mantivera: «O menino de sua mãe.» o  menino  da sua mãe Caiu-lhe da algibeira A cigarreira breve. Dera-lhe a mãe. Está inteira E boa a cigarreira. Ele é que já não serve. De outra algibeira, alada Ponta a roçar o solo, A brancura embainhada De um lenço… deu-lho a criada Velha que o trouxe ao colo. Lá longe, em casa, há a prece: “Que volte cedo, e bem!” (Malhas que o Império tece!) Jaz morto e apodrece O menino da sua mãe nostalgia da infância
No plaino abandonado Que a morna brisa  aquece , De balas trespassado- Duas, de lado a lado-, Jaz  morto, e arrefece. Raia-lhe  a farda o sangue. De braços estendidos, Alvo, louro, exangue, Fita  com olhar langue E cego os céus perdidos. Tão jovem! Que jovem era! (Agora que idade  tem ?) Filho único, a mãe lhe dera Um nome e o mantivera: «O menino de sua mãe.» o  menino  da sua mãe Caiu-lhe da algibeira A cigarreira breve. Dera-lhe a mãe.  Está  inteira E boa a cigarreira. Ele é que já não  serve . De outra algibeira, alada Ponta a roçar o solo, A brancura embainhada De um lenço… deu-lho a criada Velha que o trouxe ao colo. Lá longe, em casa,  há  a prece: “Que volte cedo, e bem!” (Malhas que o Império tece!) Jaz  morto e  apodrece O menino da sua mãe nostalgia da infância
Conclusões http://esbatalha.ccems.pt/romanicas/12ano/correccao_teste1_o6.pdf   o  menino  da sua mãe nostalgia da infância
 
 
 
 
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  • 2. o menino da sua mãe nostalgia da infância
  • 3. No plaino abandonado Que a morna brisa aquece, De balas trespassado- Duas, de lado a lado-, Jaz morto, e arrefece. Raia-lhe a farda o sangue. De braços estendidos, Alvo, louro, exangue, Fita com olhar langue E cego os céus perdidos. Tão jovem! Que jovem era! (agora que idade tem?) Filho único, a mãe lhe dera Um nome e o mantivera: «O menino de sua mãe.» o menino da sua mãe Caiu-lhe da algibeira A cigarreira breve. Dera-lhe a mãe. Está inteira E boa a cigarreira. Ele é que já não serve. De outra algibeira, alada Ponta a roçar o solo, A brancura embainhada De um lenço… deu-lho a criada Velha que o trouxe ao colo. Lá longe, em casa, há a prece: “Que volte cedo, e bem!” (Malhas que o Império tece!) Jaz morto e apodrece O menino da sua mãe nostalgia da infância
  • 4. 2.1. A utilização e repetição desta expressão pretende chamar a atenção para o facto de se tratar de uma pessoa muito nova. A morte é sempre um drama, mas quando se trata de um “menino” ainda mais. Esta expressão sublinha ainda a ligação afectiva com a mãe, ele que seria “filho único”. o menino da sua mãe nostalgia da infância
  • 5. 2.1. A utilização e repetição desta expressão pretende chamar a atenção para o facto de se tratar de uma pessoa muito nova. A morte é sempre um drama, mas quando se trata de um “menino” ainda mais. Esta expressão sublinha ainda a ligação afectiva com a mãe, ele que seria “filho único”. 2.2. A algibeira e o lenço são marcas da relação com sua mãe e a criada respectivamente. o menino da sua mãe nostalgia da infância
  • 6. 2.1. A utilização e repetição desta expressão pretende chamar a atenção para o facto de se tratar de uma pessoa muito nova. A morte é sempre um drama, mas quando se trata de um “menino” ainda mais. Esta expressão sublinha ainda a ligação afectiva com a mãe, ele que seria “filho único”. 2.2. A algibeira e o lenço são marcas da relação com sua mãe e a criada respectivamente. o menino da sua mãe nostalgia da infância «menino da sua mãe» cigarreira «inteira» «boa» «ele já não serve»
  • 7. No plaino abandonado Que a morna brisa aquece, De balas trespassado- Duas, de lado a lado-, Jaz morto, e arrefece. Raia-lhe a farda o sangue. De braços estendidos, Alvo, louro, exangue, Fita com olhar langue E cego os céus perdidos. Tão jovem! Que jovem era! (Agora que idade tem?) Filho único, a mãe lhe dera Um nome e o mantivera: «O menino de sua mãe.» o menino da sua mãe Caiu-lhe da algibeira A cigarreira breve. Dera-lhe a mãe. Está inteira E boa a cigarreira. Ele é que já não serve. De outra algibeira, alada Ponta a roçar o solo, A brancura embainhada De um lenço… deu-lho a criada Velha que o trouxe ao colo. Lá longe, em casa, há a prece: “Que volte cedo, e bem!” (Malhas que o Império tece!) Jaz morto e apodrece O menino da sua mãe nostalgia da infância
  • 8. No plaino abandonado Que a morna brisa aquece , De balas trespassado- Duas, de lado a lado-, Jaz morto, e arrefece. Raia-lhe a farda o sangue. De braços estendidos, Alvo, louro, exangue, Fita com olhar langue E cego os céus perdidos. Tão jovem! Que jovem era! (Agora que idade tem ?) Filho único, a mãe lhe dera Um nome e o mantivera: «O menino de sua mãe.» o menino da sua mãe Caiu-lhe da algibeira A cigarreira breve. Dera-lhe a mãe. Está inteira E boa a cigarreira. Ele é que já não serve . De outra algibeira, alada Ponta a roçar o solo, A brancura embainhada De um lenço… deu-lho a criada Velha que o trouxe ao colo. Lá longe, em casa, há a prece: “Que volte cedo, e bem!” (Malhas que o Império tece!) Jaz morto e apodrece O menino da sua mãe nostalgia da infância
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