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Vinde! Façamos tijolos e cozamo-los ao fogo! O tijolo lhes serviu de pedra e o betume de argamassa. Gênesis 11: 4
Metrô de Moscou
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A Grande Muralha,  China
[object Object],COMO TUDO COMEÇOU Entre os sistemas construtivos a alvenaria, certamente é dos mais antigos. Podemos classificar que, junto com o uso da madeira e outros elementos vegetais, nenhum outro método é tão longevo e ligado aos primórdios da civilização humana. Recorrendo ao uso da terra, que facilmente manipulada se presta a formação de blocos ou mesmo de aglomerado no sistema de taipa, a alvenaria constitui solução econômica e rápida na Arquitetura vernacular.  Pensando nas antigas civilizações o que nos vem à mente das cidades antigas são as casas baixas, com lajes no teto onde se podia colocar os grãos colhidos para secar e também se armazenar. Das casas rústicas no oriente médio antigo (Nínive, Tiro, Ur, Babilônia, Sidon, Egito etc) até as nossas casas de pau-a-pique no nordeste, a alvenaria acompanha grande parte da história humana na Terra.  Grande História Universal , da editora Fólio, de 2006, aponta o neolítico como o período em que, ao surgir a agricultura, os agrupamentos humanos iniciaram projetos arquitetônicos  com uso do barro, muitas vezes associado à madeira, que cumpria função estrutural. Segue, mais à frente, trechos desta obra, destacados em itálico.  Parede do antigo muro de Babilônia. A cidade foi centro da dominação mundial e local de várias obras grandiosas, todas feitas em alvenaria. Foi conquistada em 537 AEC e pouco resta hoje de seu antigo esplendor. Sua torre de Babel, seus jardins suspensos e seu muro que era ladeado pelo rio Eufrates, que a envolvia por todos os lados, foram o ponto alto no uso da alvenaria até então.
Ruínas do muro de Babilônia. Note sua largura. Sabemos que em alguns trechos ele chegava a ter 100 metros de espessura, sendo que havia uma rua por cima dele, na qual circulavam carroças e animais. Em muitos pontos havia casas e pessoas morando dentro dele. A altura subia a 30 metros em certos pontos.  Já se usava aqui o adobe queimado, o que conferia mais resistência ao tijolo.
PRIMÓRDIOS DA ARQUITETURA HUMANA Grande História Universal,  editora Fólio, de 2006   Já no início da colonização neolítica os cidadãos da Tessália eram sedentários. Isso favoreceu o desenvolvimento das técnicas de edificação e o uso do tijolo de barro.  (...) Remonta à fase avançada do Neolítico a introdução do mégaron, modelo arquitetônico típico dos palácios micênicos, constituído por um grande espaço regular que se abria para um pátio através de um pórtico. Com a introdução da cultura de Dimini (Grécia)  e a difusão da prática da guerra surgiram as fortificações, primeiramente simples paliçadas e mais tarde verdadeiros muros.  Na zona do Mediterrâneo ocidental, os edifícios habitáveis e os povoados apareceram com os primeiros artesãos dos metais e refletiam, ainda que irregularmente, as plantas da cultura da Tessália. Na Europa temperada, a forma e os sistemas de construção das casas variam segundo as culturas dos povos que  povoaram a área. A madeira é o material mais usado, pelo menos na estrutura, dada a grande abundância de florestas; mais a norte prevaleciam a terra, a pedra e os ossos de baleia. Os camponeses danubianos, que introduziram a agricultura na Europa central, habitavam em grandes edifícios alongados circundados por buracos (covas de onde se extraíam os materiais para rebocar as paredes). Estas, em certos casos, eram feitas de traves de madeira introduzidas em buracos escavados no solo; o interior do edifício dividia-se em duas partes: habitação e armazém.  Durante o regime de Saddam Hussein vários pontos antigos de Babilônia foram reconstruídos, como se pode ver aqui o palácio de Nabucodonosor. Não sabemos em que base se recolheram informações no projeto de reconstrução, mais é evidente o papel da alvenaria em todo o palácio.
Partes do muro original de Babilônia.  Note os relevos que o adornam. Saddam Hussein reconstruiu diversos prédios da antiga Babilônia. No alto, as duas imagens mostram o palácio de Nabucodonosor. Abaixo a restauração de um antigo coliseu.
Reconstrução do Portão de Istar, antiga deusa babilônica. À direita a sala do trono de Nabucodonosor, onde se nota o uso de arcos que se sobressaem em relevo. O fino acabamento em pastilhas cerâmicas coloridas e o belo cálculo construtivo nos arcos comprovam a excelência da Arquitetura antiga. O portão de Istar original foi roubado pelos ingleses  e está em Londres, no Museu Britânico.
Igreja ortodoxa em São Petesburgo, Rússia
DATAÇÃO – O GRANDE DESAFIO A imagem mais antiga de aplicação da alvenaria mostra o aglomerado de Dimini,uma pequena aldeia sobre uma pequena elevação, em Tessália, Grécia. Uma planta baixa do complexo de templos de Tarxein, em Malta é datado como de 2.000 A.E.C. A idéia aceita é que as cavernas e as cabanas frágeis, cobertas de folhas vegetais, foram a primeira construções humanas, vindo a seguir o uso da alvenaria quando as tribos se assentam para cuidar da produção agrícola. Pensa-se que inicialmente o uso do barro teria sido usado largamente como revestimento de buracos grandes que serviram de abrigo, depois seguido do uso de blocos de adobe.  A Grande História Universal comenta  como segue: Numerosas são as aldeias neolíticas postas a descoberto pelas escavações arqueológicas em toda a área do Oriente Próximo. Os dados obtidos permitem-nos reconstruir a evolução da tipologia dos aglomerados ao longo de um espaço que vai desde 8.500 AEC, no Iraque setentrional, até cerca de 5.000 AEC, na Anatólia. Os primeiros aglomerados estáveis, que surgem contemporaneamente à difusão da agricultura irrigada, são caracterizados por um modelo arquitetônico de planta circular; trata-se de cabanas de lama e canas, compostas de uma única sala  e por vezes, circundadas por um muro de blocos de argila. A esta primeira forma, por volta de 6.500 AEC, sucedem-se habitações de planta retangular dotadas de maior número de quartos, como se pode observar no mais importante aglomerado desta fase Qal’at Jarmo, no Iraque setentrional. Também neste caso o material de construção usado com maior frequência é a lama, modelada em blocos e recoberta por canas entrelaçadas   Ruínas de um banheiro encontrado na Síria e datado de c. 2200 AEC.
A torre de Babel era um zigurate: uma construção com base retangular que se erguia com pavimentos cada vez menor. Esta construção se repete com poucas variações em vários lugares do mundo
RELIGIÃO E MORADIA  –  A ALVENARIA PRESENTE E EVOLUINDO O aglomerado neolítico mais importante pela extensão e pela articulação organizativa é Jericó, às margens do Mar Morto, segundo Grande História Universal Nossa pesquisa mostrou que a antiguidade da alvenaria e sua larga aplicação até nossos dias falam de sua praticidade, envolvendo grandes vantagens no conforto ambiental, pelo controle natural da temperatura interna devido ao efeito insulante do barro.  O grupo entende ser importante destacar o aspecto estético que foi levado grandes alturas pela civilização árabe, que soube construir arcos belíssimos feitos sob criterioso cálculo matemático, assim como suas cúpulas, colunas e ornamentos externos e internos.  A Europa pré-medieval fez uso elementar da alvenaria, só chegando ao requinte nas construções góticas, que são de espantosa complexidade arquitetônica, ainda que releguem o uso da luz e do conforto interno a plano desprezível.  Na busca de datar o início da alvenaria, descobrimos ser este um desafio maior que o esperado. História do Mundo Ocidental, dos professores A. Pedro, L.S. Lima e Y. Carvalho, encontramos que 3.200 AEC teria sido o início das civilizações sedentárias na Mesopotâmia. Assim, é razoável crer que esta data valha como o princípio da alvenaria construtiva.
TEMPLO MAIA E  PIRÂMIDES EGÍPCIAS Os elementos mais frequentes na alvenaria em toda sua história: base mais larga que o topo e formas geométricas simples.  A religião sempre exigiu empenho dos arquitetos para criar projetos de grande visibilidade e durabilidade. A repetição do modelo piramidal quadrado sugere ter havido um fonte comum a essas civilizações, pois as variações são pequenas.  Normalmente haviam as escadas laterais, mas as pirâmides não as exibiam, pois visavam ser invioláveis.
Atenas, Grécia
Ruínas do templo de Palenque México Chitzen-Itza México Templo Azteca México Templo Maia, América Central O zigurate é uma construção de alvenaria em forma piramidal. A base sempre mais larga que o topo é um princípio estrutural comum que garante a estabilidade do edifício.  Os quatro lados com medidas iguais também é usual nestes prédios de uso religioso e próprio para oferendas e a busca de comunicação com o alto.
Tecotihualcan, México Cusco, Perú As impressionantes pirâmides astescas são frequentes na América Central, tendo sido produzidas também pelos Maias. Acima o famoso muro de Cuzco, que sem possuir argamassa, permanece sólido ate hoje apoiada na qualidade de seu recorte e encaixe.
 
DA LAMA AO ADOBE,  DEPOIS A QUEIMA DO ADOBE  Ao passo que as transações comerciais no crescente fértil evoluíam, as cidades se fortalecem e desenvolvem-se várias habilidades construtivas. Tem sido comum nesta região, que envolve desde o Egito até as cidades mesopotâmicas, passando pela palestina, o antigo Israel, Síria e Líbano, as casas feitas com blocos de barro, com largas paredes e pequenas aberturas servindo para ventilação.  Quando se aprendeu que a queima do adobe aumenta grandemente sua resistência e vida útil, as construções se tornaram mais longevas.  No domínio árabe podia-se encontrar largas paredes, pois isso diminuía o aquecimento interno durantes as tardes muito quentes e, ao mesmo tempo, reduziam a perda de calor quando anoitecia, retendo nos cômodos uma temperatura agrádavel e com baixa amplitude térmica. Outra prática comum era construir-se um pátio interno, muitas vezes com bela vegetação, produzindo assim uma área mais amena para socialização e repouso.  Desta forma as casas simples, normalmente retangulares, com janelas pequenas e portas bastante seguras, apresentavam um cenário surpreendente e hospitaleiro aos que eram recebido ali.  Construir no sub-solo era outra maneira de se lutar contra o calor. Porões eram frequentes nas boas construções, como também torres de ventilação, que tinham no seu alto aberturas que permitiam uma circulação do vento mais intensa, tornando mais agradável viver ali.
A GEOMETRIA, O APEGO PELA CASA E O CÁLCULO FATORES DETERMINANTES PARA A QUALIDADE E BELEZA  DA ARQUITETURA ÁRABE Se para um inglês sua casa é seu castelo, para um árabe sua casa é hotel. Este dizer comumente repetido se dá em vista da grande atividade social e intenso uso da casa por um grande número de pessoas, entre os povos árabes. Seja pela poligamia, que exige áreas distintas  e confortáveis para cada esposa e seu sub-núcleo familiar, seja pela hospitalidade própria dos povos árabes ou pela intensa atividade comercial e política, o fato é que a casa árabe é uma praça a receber diversas pessoas a qualquer hora do dia ou da noite.  Talvez por isso a Arquitetura árabe se desenvolveu com mais requintes e cuidados, tornando na comparação com outros povos, evidente o avanço de suas técnicas de construção e acabamento. O fato de não se permitirem o uso da figura humana em seus adornos e painéis, incentivou os árabes a criarem infinitos arabescos graciosos, que até hoje podem ser admirados mundialmente. O domínio da matemática  permitiu a construção de elegantes arcos e delicadas colunas sustentando capitéis e abóbadas de suprema beleza.  Sua alvenaria destacou-se na história por  sair da simples construção quadrada e elementar,  para elaboradas edificações que conjugam o conforto térmico, boa ventilação e solidez. Ao lado temos um exemplo que revela tudo isso. Basta que se imagine a simplicidade e rudeza de um castelo medieval europeu para se reconhecer a grande contribuição árabe no uso da alvenaria em seu mais requintado padrão.
 
Duomode, Florença
A BÍBLIA E A ALVENARIA O registro bíblico fala muito da Arquitetura antiga. O livro de Ezequiel menciona a cana de medir, objeto que tinha uso semelhante ao metro usado até hoje em nosso dia-a-dia. Havia também um cordão de medir, que tinha a mesma função, porém sendo de transporte mais cômodo.  O prumo, o corte nas pedras como bloco construtivo e a pedra angular também são mencionados nos escritos hebraicos (Velho Testamento). Há detalhes interessantes sobre a construção do templo de Salomão e de como a madeira foi usada junto com a alvenaria. Mesmo as casas também surgem com alguns detalhes, como em Ageu, que menciona painéis usado em fachadas nas melhores residencias. Também é comum a referência à uma laje que servia para depósito de grãos e outros serviços.  Aquedutos, construções de muralhas, produção do adobe com palha e muito mais surge no relato histórico sagrado.
San Francesco, Umbria
IGREJA N.SRA. MUNIQUE- 1590 As colunas formadas por tijolos dobrados revelam uma solução estrutural que não só aumenta a segurança como também permite paredes mais longas e mais altas.  Os arcos das varandas compõem um jogo volumétrico alternado visto que os arcos superiores se intercalam em relação às colunas dos arcos inferiores, conferindo maior estabilidade aos elementos.  Note os grandes arcos como pórticos, sem função prática, uma vez que os portões são bem menores. Esses grandes arcos evidenciam uma preocupação estética determinada a produzir novos padrões de beleza com velha e boa alvenaria. O mesmo se pode dizer da franja que surge no alto de cada pavimento, que acrescenta alguma leveza à pesada construção alemã que tenta ser agradável, sem contudo , abrir mão de sua imponência.
ALVENARIA – A EVOLUÇÃO NA BUSCA DO CONFORTO E DURABILIDADE Ao passo que as transações comerciais no crescente fértil evoluíam, as cidades se fortalecem e desenvolvem-se várias habilidades construtivas. Tem sido comum nesta região, que envolve desde o Egito até as cidades mesopotâmicas, passando pela palestina, o antigo Israel, Síria e Líbano, as casas feitas com blocos de barro, com largas paredes e pequenas aberturas servindo para ventilação. Quando se aprendeu que a queima do adobe aumenta grandemente sua resistência e vida útil, as construções se tornaram mais longevas.  No domínio árabe podia-se encontrar largas paredes, pois isso diminuía o aquecimento interno durantes as tardes muito quentes e, ao mesmo tempo, reduziam a perda de calor quando anoitecia, retendo nos cômodos uma temperatura agradável e com baixa amplitude térmica. Outra prática comum era construir-se um pátio interno, muitas vezes com bela vegetação, produzindo assim uma área mais amena para socialização e repouso.  Desta forma as casas simples, normalmente retangulares, com janelas pequenas e portas bastante seguras, apresentavam um cenário surpreendente e hospitaleiro aos que eram recebido ali. Construir no sub-solo era outra maneira de se lutar contra o calor. Porões eram frequentes nas boas construções, como também torres de ventilação, que tinham no seu alto aberturas que permitiam uma circulação do vento mais intensa, tornando mais agradável viver ali.  Pode se ver o contraste da bela construção árabe com a rude construção medieval, como surge abaixo.
 
Monteleone – Rocca Doria
Chiesa del Gesu Nuovo Minarete,Tijuana
Versalhes, França
1163 - 1250 Notre Dame, França
Escorial, Espanha
A sóbria imponência dos  colleges  americanos e ingleses está presente aqui nos clássicos prédios do Mackenzie . Os ninhos de pombo, estas reentrâncias que seguem pela horizontal compondo uma cinta no prédio, tentam reduzir um pouco a obviedade do grande bloco vermelho, assim como também as colunas aparentes que surgem ou em duplas ou singulares, fazem parte do visual clássico, vindo da arquitetura romana e grega, aprendido também da renascença italiana, com seu relevo a dar ritmo na fachada simples.  Da alvenaria salta aos olhos a onipresença do vermelho, como a transmitir retidão, honestidade, simplicidade, virilidade e segurança.  Mesmo a esquadria moderna e o vidro fechando todas as janelas não conseguem diminuir a força da robusta alvenaria, que aqui, se apresenta sem pudores, como a forma de excelência e robustez.
 
A montanha, o mar, o céu. A alvenaria milenar se apresenta na sua forma elementar,  e frequentemente encantadora, ou como se vê nas escarpas: arrebatadora! .
 
Litoral grego Seja no austero mosteiro construído à beira de um penhasco, seja na agradável composição áurea das aldeias gregas no Mediterrâneo ou no belo hotel de inspiração mourisca, em todos os lados se vê a inconteste verdade: a memória arquitetônica do mundo é a memória da alvenaria.
Casa de Pablo Neruda, Valparaíso, Chile
Versalhes, França
 
PANTEON Qualquer visitante do território italiano logo percebe o grande legado greco nos diversos monumentos históricos que se encontram ali.  O Panteon foi construído como um templo romano usando diversos elementos construtivos do classicismo grego. A construção da cúpula utilizou uma argamassa feita à base de cinzas vulcânicas. Tal processo mostrou-se resistente ao tempo e permitiu o resultado belíssimo da abóbada sustentada sobre si mesmo. Assim se confirma que apesar de parecer tradicional e elementar, a alvenaria sempre procura novos materiais para alcançar soluções construtivas inovadoras. Além do uso desta argamassa que foi, de certo modo, o antepassado do cimento moderno, notamos que todo o desenho obedece a um bem calculado estudo matemático para se manter a proporcionalidade visual e segurança estrutural. O buraco no alto proporciona um jogo de luz sempre mutante, com o sol penetrando no interior do prédio.  Curiosamente vemos esta mesma solução em vários prédios religiosos de inspiração pós-modernistas. Conhecendo as obras clássicas da Arquitetura podemos ver a fonte de onde beberam.  A foto que vemos aqui e a anteriro foi feita por Ian Scabia  in loco .
PINACOTECA 1897 a 1900 A alvenaria nua que fez moda.
1897 a 1900 Diferente do nosso college, a alvenaria da Pinacoteca não apresenta o acabamento esmerado, nem os tilolos lapidados e assentados com precisão. Sua alvenaria em carne viva traz uma indiferença e agride quem a vê. Ela parece dizer – Dane-se.  Eu sou assim. Só quando sabemos que não foi uma intenção projetual, mas uma mera falta de tempo e de verba que causou esse carne exposta é que conseguimos relaxar e entender que alvenaria bem trabalhada também é um tipo de humor. Ainda que rude. Mas dificilmente conseguiríamos um efeito tão curioso no contraste das delicadas estátuas como esse que as paredes mal acabadas da Pinacoteca proporcionam. Talvez nenhum outro museu do mundo tenha se aproximado disso.
A ESTRUTURA  Prontas para receber a alvenaria, as colunas, vigas e lajes já são evidentes nos andares, exceto o último, de onde ainda não se retirou as formas de concretagem.
Definição : Alvenaria  é a construção de estruturas e de paredes utilizando unidades unidas entre si por uma massa aglutinante.  ELEMENTOS  BÁSICOS O tijolo de barro queimado O assentamento com linhas alternadas, para travamento da parede A argamassa aglutinante, unindo os tijolos O reboco primário O reboco fino, na superfície final
TAIPA DE PILÃO ,[object Object]
Fonte: www.arq.ufsc.br/ Torchis – Entramado trançado   Terra projetada   Formas para o bloco   Pilões para condensar  o barro Escola de Artes Plásticas de Oaxaca, México  –  feito em taipa de pilão. Projeto do Arquiteto Murício Rocha   Palecete do Visconde da Palmeira  – A maior parede de taipa de pilão do Brasil
Taipa de mão A solução rápida, fácil e  sem financiamento de 30 anos!
 
 
ALVENARIA DE PEDRA O Muro
Pedras com aparelho parcial dispostas em camadas. Pedras roladas não aparelhadas. Pedras angulosas dispostas irregularmente com uma face aparelhada Perpianho
 
EXECUÇÃO
Princípio básico
 
ASSENTAMENTO ALTERNADO PRODUZ MAIS DO QUE APENAS  SOLIDEZ  O método simples de justapor os blocos construtivos é um dos princípios milenares da alvenaria. Mas como vemos na construção de alguns muros de grande beleza, mesmo na ordenação dos blocos ou tijolos, existe uma arte, como se vê no exemplo da direita, onde um discreto relevo na face dos blocos produz um efeito muito interessantes. Mais adiante apresentamos os diversos modos em que se pode assentar pedras e blocos na alvenaria
O lado esquerdo da imagem mostra com uma parede pode receber um revestimento de rápida instalação e sem fixação estrutural. No lado direito aprende-se como fazer a fixação deste painel.  A parede dupla recebe no seu interior armação de ferro que lhe confere ainda maior resistência. É usada em locais de forte incidência de ventos fortes ou sujeita à abalos sísmicos. Tal alvenaria gauteada também é chamada de alvernaria armada ou cintada.  A alvenaria gauteada consiste na colocação de recheio aglutinante entre duas paredes de alvenaria.  A alvenaria sólida procura aumentar a resistência da parede usando dois modos. Por se inverter ocasionalmente o bloco ou o tijolo, obtém-se o dobro da espessura e tendo todas sua áreas intermediárias preenchidas com argamassa. As subparedes se apoiam em perpianos de alvenaria ou barras metálicas. Parede composta – junção de duas paredes com espessuras diferentes. Tirantes – elementos de metal que reforçam a união das paredes.  Tirante ajustável – permite a junção das paredes com altura diferente nas juntas horizontais. Nesta imagem trata-se da ferragem na parte mais alta do desenho. Fiada, ou linha de assentamento
Aparelho de pedregulho regular – pedras aparelhadas quadradas, alinhadas a cada 3ª. ou 4ª. Fileira. Pedregulho irregular – leitos e fiadas descontínuos com alguma nivelação.  Intervalo irregular de cantaria – fiadas descontínuas Intervalo irregular – as alturas das fiadas podem se dividir em duas ou mais, em intervalos esparsos.  Parede ciclópica -  acomodação de pedras grandes, sem aparelhamento, com encaixe natural sem argamassa.  Aparelho de cantaria regular – cada fileira posui pedras de altura regular, mas a altura das fileira varia. Aparelho de pedregulho irregular- as pedras estão aparelhadas e quadradas, alinhadas acada 3ª. ou 4ª. Pedra. Aparelho de pedras poligonais Aparelho de pedregulho regular
Empena é o nome que se dá a parte da frente de um telhado, sendo esta parte feita de alvenaria. Aqui vemos uma empena escalonada, e os degraus dessa empena chamamos redente  Frontão – nome que se dá à empena que oculta o declive natural do telhado. Normalmente possui desenho sinuoso para se obter um efeito estético apurado. Pingadouro – nome da cornija ou moldura  Saliente cuja função é desviar do prédio águas de chuva. Balanço – é o resultado do assentamento que gradualmente avança além do limite da parede .  Pode se ver nos prédios antigos do Mackenzie este arranjo simples porém de belo resultado. Aparelho alternado – pedras angulares assentadas alternadamente na vertical e na horizontal Graute – massa colante bem fluida que é jogada entre as paredes.  Cunha de expansão – peça colocada em aberturas numa pedra ou peça de concreto a ser transportada. Ela se expande após entra na peça.
Junta oblíqua Junta cheia Junta cortada Junta côncava Junta em V Efeitos obtidos com a colher de pedreiro Efeitos obtidos com outro instrumento, e não com a colher de pedreiro Junta talhada. Necessário retirar com  Algum instrumento parte da junta antes da secagem total. Junta saliente Junta refeita Junta cheio, ou raso. Junta macia – fica sob uma plataforma de sustentação e permite a expansão ou contração da parede. Tambémserve para aliviar a carga sobre as fiadas inferiores
Junta rústica Junta tipo sela Grampo que une duas faces de pedra, quando numa extremidade Revestimento interno – feito no lado oculto de uma parede. Função: reduzir risco de umidade Parede de painel – ela não se apóia nas fiadas inferiores e não tem função estrutural Parede econômica – parede fina, com uns 10 cms de espessura, mas que tem a largura dobrada nos pontos em que repousarão as tesouras do telhado.
Pedra de cantaria, - pedra cuidadosamente talhada para permitir junta mínima, usada em construções quadradas. Modilhão esconso – pedra que fica na base do telhado e toma o lugar das cornijas e calhas. Pingadouro de pedra – função: evitar respingos na janela ou porta abaixo. Cornija – fiada projetada da parede Pedra de cimalha – peça que protege a parte alta da parede desguarnecida. Vão alargado – muito usado em janelas, para dar mais amplitude na abertura Reforço de junta – peça colocado em horizontal par aumentar a proteção dada pelas juntas
Blocos de vidro ALVENARIA DE  VEDAÇÃO
Execução Alvenaria de Vedação
Execução Alvenaria de Vedação
Execução Alvenaria de Vedação
Execução Alvenaria de Vedação ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
AGLUTINANTES
 
Aprenda a assentar pisos sem desperdi ç ar argamassa colante Reportagem: Eliane Quinalia Para fazer um bom assentamento de pisos,  é  preciso primeiro estimar a quantidade de argamassa colante que ser á  necess á ria. Vamos mostrar como calcular a quantidade exata usando como exemplos diferentes metragens de obras. Inicialmente, saiba que a argamassa colante, tamb é m conhecida como cimento cola,  é  um produto industrializado, utilizado   no assentamento de revestimentos cerâmicos, porcelanatos, pedras e pastilhas. Aplic á -lo  é  simples: ap ó s a mistura em  á gua do conte ú do industrializado  –  entregue ensacado ou em silos  – , espalha-se uma camada sobre o contrapiso depois assenta-se o revestimento. Na pr ó pria embalagem, algumas orienta ç ões sobre a quantidade recomendada de produto para determinadas metragens podem ser observadas. Em geral, tenha como regra que o consumo de argamassa colante em camadas simples deve ser em m é dia de 5 kg/m2. J á  as aplica ç ões feitas em obras que exijam dupla camada costumam utilizar aproximadamente 8 kg/ m2 no assentamento de pisos.
Assentar sem desperdi ç ar Reportagem: Eliane Quinalia Por essa razão, para assegurar a qualidade do assentamento e o desempenho da argamassa colante, o pedreiro deve seguir todas as instru ç ões da embalagem, desde a indica ç ão da quantidade correta de  á gua, respeitando o tempo m á ximo de utiliza ç ão do produto j á  misturado, que em geral  é  de 2h30 minutos. Al é m disso, as ferramentas e dosagens corretas não podem ser menosprezadas, pois isso garante um bom assentamento. Uma boa dica nestes casos  é  evitar o uso de quantidade de  á gua  “ a olho ”  e utilizar a mistura por tempo maior que o indicado na embalagem. Tais atitudes, comuns em obras, podem prejudicar o desempenho do servi ç o executado. Lembre-se ainda que nas  á reas em que uma grande aplica ç ão de argamassa ser á  necess á ria, recomenda-se esperar o tempo adequado de matura ç ão (ou tempo de caixote). Ou seja, o tempo que a argamassa rec é m-misturada precisa ficar na masseira antes de ser aplicada (aproximadamente 15 minutos). Al é m disso, deve-se considerar tamb é m o tempo em aberto (pr á tico), referente ao prazo m á ximo para assentar o revestimento, ap ó s a extensão dos cordões de argamassa (na maioria dos casos, entre 15 e 20 minutos). Na d ú vida, cheque com o fabricante se existe um guia, geralmente fornecido junto ao produto, para auxiliar a aplica ç ão das argamassas colantes industrializadas.
Chiesa di San Giovanni
EXEMPLO DE CÁLCULO PARA ARGAMASSA Para assentar uma cerâmica de 20 x 20 cm (camada simples = 5 kg/ m2) em uma área de 20 m2, o consumo de argamassa colante será de 100 kg – valor equivalente a cinco sacos de 20 kg. Já para cerâmicas de 40 x 40 cm (camada dupla = 8 kg/m2) em áreas de 30 m2, o consumo será de 240 kg ou 12 sacos de 20 kg. Um jeito simples é calcular a quantidade de acordo com a área a ser assentada, multiplicada pelo consumo. Um bom exemplo seria usar uma sala de 5,0 x 5,0 m (camada simples), com consumo aproximado de 5 kg/ m². Assim: 5 m x 5 m = 25 m² 25 m² x 5 kg/m² = 125 kg Para achar o número de sacos, basta dividir o valor pela quantidade de argamassa de cada saco. Exemplo: 125 kg : 20 kg/saco = 6,25 Como não existe 0,25 saco, arredonda- se o resultado para cima, neste caso chegando a sete sacos de 20 kg no total.
ALVENARIA ESTRUTURAL Monadnock Building, Chicago, IL  Hollard & Roche, Burnham & Root Edifício em Jundiaí Arq. Nivaldo Callegari
 
Execução Alvenaria Estrutural
Amarração tipo “T” Amarração tipo “L” Amarração tipo cruz
Gent, Belgium
BLOCO CERÂMICO  BLOCOS,  TIJOLOS & CIA.
 
Bloco de canto Bloco de canto de 2 furos Bloco de canto Bloco de pilastra Bloco de cimalha Bloco de remate Bloco de lintel Bloco de periplano Bloco para absorver som Bloco de face cortada Bloco estriado Bloco de junta de controle Bloco de viga de amarração Bloco slump, com superfície irregular para absorver  mistura úmida Bloco de tabique, ou elemento vazado. Bloco sombreado Bloco com sua alma – a camada intermediária que o divide Bloco de extrimidade vazada
Solo cimento
BLOCO INOVADOR AMPLIA A FRONTEIRA DA ALVENARIA  A conjunção de blocos furados comvergalhões de ferro foi o modo simples, porém muito inteligente que permitiu os efeitos inovadores como os vistos nas imagens.
ALVENARIA INOVADORA Alguns resultados obtidos com os blocos perfurados que permitem a sinuosidade aliada à rigidez numa alvenaria que é de fechamento e ao mesmo tempo auto-estruturantes
TETOS CURVOS EM ALVENARIA – O DESAFIO Recentes pesquisas com blocos mais finos e leves aplicados sobre formas curvas tem permitido a excecução de formas graciosas e curvilíneas nos telhados.
A VELHA DAMA AINDA GUARDA SEUS SEGREDOS A introdução de vergalhões por dentro dos blocos e a aplicação de argamassa enquanto os blocos se apoiam nas formas encurvadas é o modo rápido de se erigir coberturas leves, bonitas, com resultado inédito no campo da alvenaria.  Além da graciosidade vemos que a parede se transforma em teto, podendo voltar a ser parede no lado oposto, sem o uso de qualquer coluna ou viga. Este sistema confirma que a  velha dama da Arquitetura, a alvenaria, ainda tem muito a nos oferecer, contanto tenha mãos hábeis e cérebos inquietos a lhe cortejar.
BIBLIOGRAFIA www.deviantart.co m Google imagens Revista TECTONICA Cerámica número 15  ano 2003 Manual do Arquiteto Descalço  Johan Van Legen  Editora Livraria do Arquiteto Dicionário visual de Arquitetura  Ching / Francis D. K WMF- Martins Fontes Editora Dados: www.arq.ufsc.br Fornecedores: www.blocobrasil.com.br www.glasser.com.br www.prensil.com.br www.construvan.com.br www.olariaspina.com.br Projetos: www.arquitecturadeterra.com/ Fotos Especiais By Ian Scabia  Panteon,  Notre-Dame Pinacoteca
Universidade Presbiteriana Mackenzie Arquitetura & Urbanismo MATEC III SEMESTRE 17 de maio de 2010 A.D. Outono meridional Professora Ana Maria
Este relatório foi recusado pelo grupo, que o considerou excessivamente ilustrado.  Publicamo-lo agora por considerar que o estudo da  alvenaria  é, de fato, o exame de grande parte da história: a memória construtiva da humanidade é a história da alvenaria.  Outros sistemas (estruturas metálicas, concreto armado etc.) possuem menos de 200 anos. Cremos também que é fundamental analisar a  alvenaria  como arte, daí o esforço na variedade de imagens. Fica aqui esta pesquisa, como modesta contribuição aos estudantes da área.  -  Carlos Elson Lucas da Cunha  Carlos Elson Lucas da Cunha (11) 8072-2581 [email_address]
“ Não importa somente o conhecimento  tecnológico,  mas também o entendimento  potencial para  a expressão poética  que cada material  possui”. Santiago Calatrava

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Alvenaria, Arte e Técnica

  • 1.  
  • 2. Vinde! Façamos tijolos e cozamo-los ao fogo! O tijolo lhes serviu de pedra e o betume de argamassa. Gênesis 11: 4
  • 4.
  • 6.
  • 7. Ruínas do muro de Babilônia. Note sua largura. Sabemos que em alguns trechos ele chegava a ter 100 metros de espessura, sendo que havia uma rua por cima dele, na qual circulavam carroças e animais. Em muitos pontos havia casas e pessoas morando dentro dele. A altura subia a 30 metros em certos pontos. Já se usava aqui o adobe queimado, o que conferia mais resistência ao tijolo.
  • 8. PRIMÓRDIOS DA ARQUITETURA HUMANA Grande História Universal, editora Fólio, de 2006   Já no início da colonização neolítica os cidadãos da Tessália eram sedentários. Isso favoreceu o desenvolvimento das técnicas de edificação e o uso do tijolo de barro. (...) Remonta à fase avançada do Neolítico a introdução do mégaron, modelo arquitetônico típico dos palácios micênicos, constituído por um grande espaço regular que se abria para um pátio através de um pórtico. Com a introdução da cultura de Dimini (Grécia) e a difusão da prática da guerra surgiram as fortificações, primeiramente simples paliçadas e mais tarde verdadeiros muros. Na zona do Mediterrâneo ocidental, os edifícios habitáveis e os povoados apareceram com os primeiros artesãos dos metais e refletiam, ainda que irregularmente, as plantas da cultura da Tessália. Na Europa temperada, a forma e os sistemas de construção das casas variam segundo as culturas dos povos que povoaram a área. A madeira é o material mais usado, pelo menos na estrutura, dada a grande abundância de florestas; mais a norte prevaleciam a terra, a pedra e os ossos de baleia. Os camponeses danubianos, que introduziram a agricultura na Europa central, habitavam em grandes edifícios alongados circundados por buracos (covas de onde se extraíam os materiais para rebocar as paredes). Estas, em certos casos, eram feitas de traves de madeira introduzidas em buracos escavados no solo; o interior do edifício dividia-se em duas partes: habitação e armazém. Durante o regime de Saddam Hussein vários pontos antigos de Babilônia foram reconstruídos, como se pode ver aqui o palácio de Nabucodonosor. Não sabemos em que base se recolheram informações no projeto de reconstrução, mais é evidente o papel da alvenaria em todo o palácio.
  • 9. Partes do muro original de Babilônia. Note os relevos que o adornam. Saddam Hussein reconstruiu diversos prédios da antiga Babilônia. No alto, as duas imagens mostram o palácio de Nabucodonosor. Abaixo a restauração de um antigo coliseu.
  • 10. Reconstrução do Portão de Istar, antiga deusa babilônica. À direita a sala do trono de Nabucodonosor, onde se nota o uso de arcos que se sobressaem em relevo. O fino acabamento em pastilhas cerâmicas coloridas e o belo cálculo construtivo nos arcos comprovam a excelência da Arquitetura antiga. O portão de Istar original foi roubado pelos ingleses e está em Londres, no Museu Britânico.
  • 11. Igreja ortodoxa em São Petesburgo, Rússia
  • 12. DATAÇÃO – O GRANDE DESAFIO A imagem mais antiga de aplicação da alvenaria mostra o aglomerado de Dimini,uma pequena aldeia sobre uma pequena elevação, em Tessália, Grécia. Uma planta baixa do complexo de templos de Tarxein, em Malta é datado como de 2.000 A.E.C. A idéia aceita é que as cavernas e as cabanas frágeis, cobertas de folhas vegetais, foram a primeira construções humanas, vindo a seguir o uso da alvenaria quando as tribos se assentam para cuidar da produção agrícola. Pensa-se que inicialmente o uso do barro teria sido usado largamente como revestimento de buracos grandes que serviram de abrigo, depois seguido do uso de blocos de adobe. A Grande História Universal comenta como segue: Numerosas são as aldeias neolíticas postas a descoberto pelas escavações arqueológicas em toda a área do Oriente Próximo. Os dados obtidos permitem-nos reconstruir a evolução da tipologia dos aglomerados ao longo de um espaço que vai desde 8.500 AEC, no Iraque setentrional, até cerca de 5.000 AEC, na Anatólia. Os primeiros aglomerados estáveis, que surgem contemporaneamente à difusão da agricultura irrigada, são caracterizados por um modelo arquitetônico de planta circular; trata-se de cabanas de lama e canas, compostas de uma única sala e por vezes, circundadas por um muro de blocos de argila. A esta primeira forma, por volta de 6.500 AEC, sucedem-se habitações de planta retangular dotadas de maior número de quartos, como se pode observar no mais importante aglomerado desta fase Qal’at Jarmo, no Iraque setentrional. Também neste caso o material de construção usado com maior frequência é a lama, modelada em blocos e recoberta por canas entrelaçadas Ruínas de um banheiro encontrado na Síria e datado de c. 2200 AEC.
  • 13. A torre de Babel era um zigurate: uma construção com base retangular que se erguia com pavimentos cada vez menor. Esta construção se repete com poucas variações em vários lugares do mundo
  • 14. RELIGIÃO E MORADIA – A ALVENARIA PRESENTE E EVOLUINDO O aglomerado neolítico mais importante pela extensão e pela articulação organizativa é Jericó, às margens do Mar Morto, segundo Grande História Universal Nossa pesquisa mostrou que a antiguidade da alvenaria e sua larga aplicação até nossos dias falam de sua praticidade, envolvendo grandes vantagens no conforto ambiental, pelo controle natural da temperatura interna devido ao efeito insulante do barro. O grupo entende ser importante destacar o aspecto estético que foi levado grandes alturas pela civilização árabe, que soube construir arcos belíssimos feitos sob criterioso cálculo matemático, assim como suas cúpulas, colunas e ornamentos externos e internos. A Europa pré-medieval fez uso elementar da alvenaria, só chegando ao requinte nas construções góticas, que são de espantosa complexidade arquitetônica, ainda que releguem o uso da luz e do conforto interno a plano desprezível. Na busca de datar o início da alvenaria, descobrimos ser este um desafio maior que o esperado. História do Mundo Ocidental, dos professores A. Pedro, L.S. Lima e Y. Carvalho, encontramos que 3.200 AEC teria sido o início das civilizações sedentárias na Mesopotâmia. Assim, é razoável crer que esta data valha como o princípio da alvenaria construtiva.
  • 15. TEMPLO MAIA E PIRÂMIDES EGÍPCIAS Os elementos mais frequentes na alvenaria em toda sua história: base mais larga que o topo e formas geométricas simples. A religião sempre exigiu empenho dos arquitetos para criar projetos de grande visibilidade e durabilidade. A repetição do modelo piramidal quadrado sugere ter havido um fonte comum a essas civilizações, pois as variações são pequenas. Normalmente haviam as escadas laterais, mas as pirâmides não as exibiam, pois visavam ser invioláveis.
  • 17. Ruínas do templo de Palenque México Chitzen-Itza México Templo Azteca México Templo Maia, América Central O zigurate é uma construção de alvenaria em forma piramidal. A base sempre mais larga que o topo é um princípio estrutural comum que garante a estabilidade do edifício. Os quatro lados com medidas iguais também é usual nestes prédios de uso religioso e próprio para oferendas e a busca de comunicação com o alto.
  • 18. Tecotihualcan, México Cusco, Perú As impressionantes pirâmides astescas são frequentes na América Central, tendo sido produzidas também pelos Maias. Acima o famoso muro de Cuzco, que sem possuir argamassa, permanece sólido ate hoje apoiada na qualidade de seu recorte e encaixe.
  • 19.  
  • 20. DA LAMA AO ADOBE, DEPOIS A QUEIMA DO ADOBE Ao passo que as transações comerciais no crescente fértil evoluíam, as cidades se fortalecem e desenvolvem-se várias habilidades construtivas. Tem sido comum nesta região, que envolve desde o Egito até as cidades mesopotâmicas, passando pela palestina, o antigo Israel, Síria e Líbano, as casas feitas com blocos de barro, com largas paredes e pequenas aberturas servindo para ventilação. Quando se aprendeu que a queima do adobe aumenta grandemente sua resistência e vida útil, as construções se tornaram mais longevas. No domínio árabe podia-se encontrar largas paredes, pois isso diminuía o aquecimento interno durantes as tardes muito quentes e, ao mesmo tempo, reduziam a perda de calor quando anoitecia, retendo nos cômodos uma temperatura agrádavel e com baixa amplitude térmica. Outra prática comum era construir-se um pátio interno, muitas vezes com bela vegetação, produzindo assim uma área mais amena para socialização e repouso. Desta forma as casas simples, normalmente retangulares, com janelas pequenas e portas bastante seguras, apresentavam um cenário surpreendente e hospitaleiro aos que eram recebido ali. Construir no sub-solo era outra maneira de se lutar contra o calor. Porões eram frequentes nas boas construções, como também torres de ventilação, que tinham no seu alto aberturas que permitiam uma circulação do vento mais intensa, tornando mais agradável viver ali.
  • 21. A GEOMETRIA, O APEGO PELA CASA E O CÁLCULO FATORES DETERMINANTES PARA A QUALIDADE E BELEZA DA ARQUITETURA ÁRABE Se para um inglês sua casa é seu castelo, para um árabe sua casa é hotel. Este dizer comumente repetido se dá em vista da grande atividade social e intenso uso da casa por um grande número de pessoas, entre os povos árabes. Seja pela poligamia, que exige áreas distintas e confortáveis para cada esposa e seu sub-núcleo familiar, seja pela hospitalidade própria dos povos árabes ou pela intensa atividade comercial e política, o fato é que a casa árabe é uma praça a receber diversas pessoas a qualquer hora do dia ou da noite. Talvez por isso a Arquitetura árabe se desenvolveu com mais requintes e cuidados, tornando na comparação com outros povos, evidente o avanço de suas técnicas de construção e acabamento. O fato de não se permitirem o uso da figura humana em seus adornos e painéis, incentivou os árabes a criarem infinitos arabescos graciosos, que até hoje podem ser admirados mundialmente. O domínio da matemática permitiu a construção de elegantes arcos e delicadas colunas sustentando capitéis e abóbadas de suprema beleza. Sua alvenaria destacou-se na história por sair da simples construção quadrada e elementar, para elaboradas edificações que conjugam o conforto térmico, boa ventilação e solidez. Ao lado temos um exemplo que revela tudo isso. Basta que se imagine a simplicidade e rudeza de um castelo medieval europeu para se reconhecer a grande contribuição árabe no uso da alvenaria em seu mais requintado padrão.
  • 22.  
  • 24. A BÍBLIA E A ALVENARIA O registro bíblico fala muito da Arquitetura antiga. O livro de Ezequiel menciona a cana de medir, objeto que tinha uso semelhante ao metro usado até hoje em nosso dia-a-dia. Havia também um cordão de medir, que tinha a mesma função, porém sendo de transporte mais cômodo. O prumo, o corte nas pedras como bloco construtivo e a pedra angular também são mencionados nos escritos hebraicos (Velho Testamento). Há detalhes interessantes sobre a construção do templo de Salomão e de como a madeira foi usada junto com a alvenaria. Mesmo as casas também surgem com alguns detalhes, como em Ageu, que menciona painéis usado em fachadas nas melhores residencias. Também é comum a referência à uma laje que servia para depósito de grãos e outros serviços. Aquedutos, construções de muralhas, produção do adobe com palha e muito mais surge no relato histórico sagrado.
  • 26. IGREJA N.SRA. MUNIQUE- 1590 As colunas formadas por tijolos dobrados revelam uma solução estrutural que não só aumenta a segurança como também permite paredes mais longas e mais altas. Os arcos das varandas compõem um jogo volumétrico alternado visto que os arcos superiores se intercalam em relação às colunas dos arcos inferiores, conferindo maior estabilidade aos elementos. Note os grandes arcos como pórticos, sem função prática, uma vez que os portões são bem menores. Esses grandes arcos evidenciam uma preocupação estética determinada a produzir novos padrões de beleza com velha e boa alvenaria. O mesmo se pode dizer da franja que surge no alto de cada pavimento, que acrescenta alguma leveza à pesada construção alemã que tenta ser agradável, sem contudo , abrir mão de sua imponência.
  • 27. ALVENARIA – A EVOLUÇÃO NA BUSCA DO CONFORTO E DURABILIDADE Ao passo que as transações comerciais no crescente fértil evoluíam, as cidades se fortalecem e desenvolvem-se várias habilidades construtivas. Tem sido comum nesta região, que envolve desde o Egito até as cidades mesopotâmicas, passando pela palestina, o antigo Israel, Síria e Líbano, as casas feitas com blocos de barro, com largas paredes e pequenas aberturas servindo para ventilação. Quando se aprendeu que a queima do adobe aumenta grandemente sua resistência e vida útil, as construções se tornaram mais longevas. No domínio árabe podia-se encontrar largas paredes, pois isso diminuía o aquecimento interno durantes as tardes muito quentes e, ao mesmo tempo, reduziam a perda de calor quando anoitecia, retendo nos cômodos uma temperatura agradável e com baixa amplitude térmica. Outra prática comum era construir-se um pátio interno, muitas vezes com bela vegetação, produzindo assim uma área mais amena para socialização e repouso. Desta forma as casas simples, normalmente retangulares, com janelas pequenas e portas bastante seguras, apresentavam um cenário surpreendente e hospitaleiro aos que eram recebido ali. Construir no sub-solo era outra maneira de se lutar contra o calor. Porões eram frequentes nas boas construções, como também torres de ventilação, que tinham no seu alto aberturas que permitiam uma circulação do vento mais intensa, tornando mais agradável viver ali. Pode se ver o contraste da bela construção árabe com a rude construção medieval, como surge abaixo.
  • 28.  
  • 30. Chiesa del Gesu Nuovo Minarete,Tijuana
  • 32. 1163 - 1250 Notre Dame, França
  • 34. A sóbria imponência dos colleges americanos e ingleses está presente aqui nos clássicos prédios do Mackenzie . Os ninhos de pombo, estas reentrâncias que seguem pela horizontal compondo uma cinta no prédio, tentam reduzir um pouco a obviedade do grande bloco vermelho, assim como também as colunas aparentes que surgem ou em duplas ou singulares, fazem parte do visual clássico, vindo da arquitetura romana e grega, aprendido também da renascença italiana, com seu relevo a dar ritmo na fachada simples. Da alvenaria salta aos olhos a onipresença do vermelho, como a transmitir retidão, honestidade, simplicidade, virilidade e segurança. Mesmo a esquadria moderna e o vidro fechando todas as janelas não conseguem diminuir a força da robusta alvenaria, que aqui, se apresenta sem pudores, como a forma de excelência e robustez.
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  • 36. A montanha, o mar, o céu. A alvenaria milenar se apresenta na sua forma elementar, e frequentemente encantadora, ou como se vê nas escarpas: arrebatadora! .
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  • 38. Litoral grego Seja no austero mosteiro construído à beira de um penhasco, seja na agradável composição áurea das aldeias gregas no Mediterrâneo ou no belo hotel de inspiração mourisca, em todos os lados se vê a inconteste verdade: a memória arquitetônica do mundo é a memória da alvenaria.
  • 39. Casa de Pablo Neruda, Valparaíso, Chile
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  • 42. PANTEON Qualquer visitante do território italiano logo percebe o grande legado greco nos diversos monumentos históricos que se encontram ali. O Panteon foi construído como um templo romano usando diversos elementos construtivos do classicismo grego. A construção da cúpula utilizou uma argamassa feita à base de cinzas vulcânicas. Tal processo mostrou-se resistente ao tempo e permitiu o resultado belíssimo da abóbada sustentada sobre si mesmo. Assim se confirma que apesar de parecer tradicional e elementar, a alvenaria sempre procura novos materiais para alcançar soluções construtivas inovadoras. Além do uso desta argamassa que foi, de certo modo, o antepassado do cimento moderno, notamos que todo o desenho obedece a um bem calculado estudo matemático para se manter a proporcionalidade visual e segurança estrutural. O buraco no alto proporciona um jogo de luz sempre mutante, com o sol penetrando no interior do prédio. Curiosamente vemos esta mesma solução em vários prédios religiosos de inspiração pós-modernistas. Conhecendo as obras clássicas da Arquitetura podemos ver a fonte de onde beberam. A foto que vemos aqui e a anteriro foi feita por Ian Scabia in loco .
  • 43. PINACOTECA 1897 a 1900 A alvenaria nua que fez moda.
  • 44. 1897 a 1900 Diferente do nosso college, a alvenaria da Pinacoteca não apresenta o acabamento esmerado, nem os tilolos lapidados e assentados com precisão. Sua alvenaria em carne viva traz uma indiferença e agride quem a vê. Ela parece dizer – Dane-se. Eu sou assim. Só quando sabemos que não foi uma intenção projetual, mas uma mera falta de tempo e de verba que causou esse carne exposta é que conseguimos relaxar e entender que alvenaria bem trabalhada também é um tipo de humor. Ainda que rude. Mas dificilmente conseguiríamos um efeito tão curioso no contraste das delicadas estátuas como esse que as paredes mal acabadas da Pinacoteca proporcionam. Talvez nenhum outro museu do mundo tenha se aproximado disso.
  • 45. A ESTRUTURA Prontas para receber a alvenaria, as colunas, vigas e lajes já são evidentes nos andares, exceto o último, de onde ainda não se retirou as formas de concretagem.
  • 46. Definição : Alvenaria é a construção de estruturas e de paredes utilizando unidades unidas entre si por uma massa aglutinante. ELEMENTOS BÁSICOS O tijolo de barro queimado O assentamento com linhas alternadas, para travamento da parede A argamassa aglutinante, unindo os tijolos O reboco primário O reboco fino, na superfície final
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  • 48. Fonte: www.arq.ufsc.br/ Torchis – Entramado trançado Terra projetada Formas para o bloco Pilões para condensar o barro Escola de Artes Plásticas de Oaxaca, México – feito em taipa de pilão. Projeto do Arquiteto Murício Rocha Palecete do Visconde da Palmeira – A maior parede de taipa de pilão do Brasil
  • 49. Taipa de mão A solução rápida, fácil e sem financiamento de 30 anos!
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  • 53. Pedras com aparelho parcial dispostas em camadas. Pedras roladas não aparelhadas. Pedras angulosas dispostas irregularmente com uma face aparelhada Perpianho
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  • 58. ASSENTAMENTO ALTERNADO PRODUZ MAIS DO QUE APENAS SOLIDEZ O método simples de justapor os blocos construtivos é um dos princípios milenares da alvenaria. Mas como vemos na construção de alguns muros de grande beleza, mesmo na ordenação dos blocos ou tijolos, existe uma arte, como se vê no exemplo da direita, onde um discreto relevo na face dos blocos produz um efeito muito interessantes. Mais adiante apresentamos os diversos modos em que se pode assentar pedras e blocos na alvenaria
  • 59. O lado esquerdo da imagem mostra com uma parede pode receber um revestimento de rápida instalação e sem fixação estrutural. No lado direito aprende-se como fazer a fixação deste painel. A parede dupla recebe no seu interior armação de ferro que lhe confere ainda maior resistência. É usada em locais de forte incidência de ventos fortes ou sujeita à abalos sísmicos. Tal alvenaria gauteada também é chamada de alvernaria armada ou cintada. A alvenaria gauteada consiste na colocação de recheio aglutinante entre duas paredes de alvenaria. A alvenaria sólida procura aumentar a resistência da parede usando dois modos. Por se inverter ocasionalmente o bloco ou o tijolo, obtém-se o dobro da espessura e tendo todas sua áreas intermediárias preenchidas com argamassa. As subparedes se apoiam em perpianos de alvenaria ou barras metálicas. Parede composta – junção de duas paredes com espessuras diferentes. Tirantes – elementos de metal que reforçam a união das paredes. Tirante ajustável – permite a junção das paredes com altura diferente nas juntas horizontais. Nesta imagem trata-se da ferragem na parte mais alta do desenho. Fiada, ou linha de assentamento
  • 60. Aparelho de pedregulho regular – pedras aparelhadas quadradas, alinhadas a cada 3ª. ou 4ª. Fileira. Pedregulho irregular – leitos e fiadas descontínuos com alguma nivelação. Intervalo irregular de cantaria – fiadas descontínuas Intervalo irregular – as alturas das fiadas podem se dividir em duas ou mais, em intervalos esparsos. Parede ciclópica - acomodação de pedras grandes, sem aparelhamento, com encaixe natural sem argamassa. Aparelho de cantaria regular – cada fileira posui pedras de altura regular, mas a altura das fileira varia. Aparelho de pedregulho irregular- as pedras estão aparelhadas e quadradas, alinhadas acada 3ª. ou 4ª. Pedra. Aparelho de pedras poligonais Aparelho de pedregulho regular
  • 61. Empena é o nome que se dá a parte da frente de um telhado, sendo esta parte feita de alvenaria. Aqui vemos uma empena escalonada, e os degraus dessa empena chamamos redente Frontão – nome que se dá à empena que oculta o declive natural do telhado. Normalmente possui desenho sinuoso para se obter um efeito estético apurado. Pingadouro – nome da cornija ou moldura Saliente cuja função é desviar do prédio águas de chuva. Balanço – é o resultado do assentamento que gradualmente avança além do limite da parede . Pode se ver nos prédios antigos do Mackenzie este arranjo simples porém de belo resultado. Aparelho alternado – pedras angulares assentadas alternadamente na vertical e na horizontal Graute – massa colante bem fluida que é jogada entre as paredes. Cunha de expansão – peça colocada em aberturas numa pedra ou peça de concreto a ser transportada. Ela se expande após entra na peça.
  • 62. Junta oblíqua Junta cheia Junta cortada Junta côncava Junta em V Efeitos obtidos com a colher de pedreiro Efeitos obtidos com outro instrumento, e não com a colher de pedreiro Junta talhada. Necessário retirar com Algum instrumento parte da junta antes da secagem total. Junta saliente Junta refeita Junta cheio, ou raso. Junta macia – fica sob uma plataforma de sustentação e permite a expansão ou contração da parede. Tambémserve para aliviar a carga sobre as fiadas inferiores
  • 63. Junta rústica Junta tipo sela Grampo que une duas faces de pedra, quando numa extremidade Revestimento interno – feito no lado oculto de uma parede. Função: reduzir risco de umidade Parede de painel – ela não se apóia nas fiadas inferiores e não tem função estrutural Parede econômica – parede fina, com uns 10 cms de espessura, mas que tem a largura dobrada nos pontos em que repousarão as tesouras do telhado.
  • 64. Pedra de cantaria, - pedra cuidadosamente talhada para permitir junta mínima, usada em construções quadradas. Modilhão esconso – pedra que fica na base do telhado e toma o lugar das cornijas e calhas. Pingadouro de pedra – função: evitar respingos na janela ou porta abaixo. Cornija – fiada projetada da parede Pedra de cimalha – peça que protege a parte alta da parede desguarnecida. Vão alargado – muito usado em janelas, para dar mais amplitude na abertura Reforço de junta – peça colocado em horizontal par aumentar a proteção dada pelas juntas
  • 65. Blocos de vidro ALVENARIA DE VEDAÇÃO
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  • 72. Aprenda a assentar pisos sem desperdi ç ar argamassa colante Reportagem: Eliane Quinalia Para fazer um bom assentamento de pisos, é preciso primeiro estimar a quantidade de argamassa colante que ser á necess á ria. Vamos mostrar como calcular a quantidade exata usando como exemplos diferentes metragens de obras. Inicialmente, saiba que a argamassa colante, tamb é m conhecida como cimento cola, é um produto industrializado, utilizado no assentamento de revestimentos cerâmicos, porcelanatos, pedras e pastilhas. Aplic á -lo é simples: ap ó s a mistura em á gua do conte ú do industrializado – entregue ensacado ou em silos – , espalha-se uma camada sobre o contrapiso depois assenta-se o revestimento. Na pr ó pria embalagem, algumas orienta ç ões sobre a quantidade recomendada de produto para determinadas metragens podem ser observadas. Em geral, tenha como regra que o consumo de argamassa colante em camadas simples deve ser em m é dia de 5 kg/m2. J á as aplica ç ões feitas em obras que exijam dupla camada costumam utilizar aproximadamente 8 kg/ m2 no assentamento de pisos.
  • 73. Assentar sem desperdi ç ar Reportagem: Eliane Quinalia Por essa razão, para assegurar a qualidade do assentamento e o desempenho da argamassa colante, o pedreiro deve seguir todas as instru ç ões da embalagem, desde a indica ç ão da quantidade correta de á gua, respeitando o tempo m á ximo de utiliza ç ão do produto j á misturado, que em geral é de 2h30 minutos. Al é m disso, as ferramentas e dosagens corretas não podem ser menosprezadas, pois isso garante um bom assentamento. Uma boa dica nestes casos é evitar o uso de quantidade de á gua “ a olho ” e utilizar a mistura por tempo maior que o indicado na embalagem. Tais atitudes, comuns em obras, podem prejudicar o desempenho do servi ç o executado. Lembre-se ainda que nas á reas em que uma grande aplica ç ão de argamassa ser á necess á ria, recomenda-se esperar o tempo adequado de matura ç ão (ou tempo de caixote). Ou seja, o tempo que a argamassa rec é m-misturada precisa ficar na masseira antes de ser aplicada (aproximadamente 15 minutos). Al é m disso, deve-se considerar tamb é m o tempo em aberto (pr á tico), referente ao prazo m á ximo para assentar o revestimento, ap ó s a extensão dos cordões de argamassa (na maioria dos casos, entre 15 e 20 minutos). Na d ú vida, cheque com o fabricante se existe um guia, geralmente fornecido junto ao produto, para auxiliar a aplica ç ão das argamassas colantes industrializadas.
  • 74. Chiesa di San Giovanni
  • 75. EXEMPLO DE CÁLCULO PARA ARGAMASSA Para assentar uma cerâmica de 20 x 20 cm (camada simples = 5 kg/ m2) em uma área de 20 m2, o consumo de argamassa colante será de 100 kg – valor equivalente a cinco sacos de 20 kg. Já para cerâmicas de 40 x 40 cm (camada dupla = 8 kg/m2) em áreas de 30 m2, o consumo será de 240 kg ou 12 sacos de 20 kg. Um jeito simples é calcular a quantidade de acordo com a área a ser assentada, multiplicada pelo consumo. Um bom exemplo seria usar uma sala de 5,0 x 5,0 m (camada simples), com consumo aproximado de 5 kg/ m². Assim: 5 m x 5 m = 25 m² 25 m² x 5 kg/m² = 125 kg Para achar o número de sacos, basta dividir o valor pela quantidade de argamassa de cada saco. Exemplo: 125 kg : 20 kg/saco = 6,25 Como não existe 0,25 saco, arredonda- se o resultado para cima, neste caso chegando a sete sacos de 20 kg no total.
  • 76. ALVENARIA ESTRUTURAL Monadnock Building, Chicago, IL Hollard & Roche, Burnham & Root Edifício em Jundiaí Arq. Nivaldo Callegari
  • 77.  
  • 79. Amarração tipo “T” Amarração tipo “L” Amarração tipo cruz
  • 81. BLOCO CERÂMICO BLOCOS, TIJOLOS & CIA.
  • 82.  
  • 83. Bloco de canto Bloco de canto de 2 furos Bloco de canto Bloco de pilastra Bloco de cimalha Bloco de remate Bloco de lintel Bloco de periplano Bloco para absorver som Bloco de face cortada Bloco estriado Bloco de junta de controle Bloco de viga de amarração Bloco slump, com superfície irregular para absorver mistura úmida Bloco de tabique, ou elemento vazado. Bloco sombreado Bloco com sua alma – a camada intermediária que o divide Bloco de extrimidade vazada
  • 85. BLOCO INOVADOR AMPLIA A FRONTEIRA DA ALVENARIA A conjunção de blocos furados comvergalhões de ferro foi o modo simples, porém muito inteligente que permitiu os efeitos inovadores como os vistos nas imagens.
  • 86. ALVENARIA INOVADORA Alguns resultados obtidos com os blocos perfurados que permitem a sinuosidade aliada à rigidez numa alvenaria que é de fechamento e ao mesmo tempo auto-estruturantes
  • 87. TETOS CURVOS EM ALVENARIA – O DESAFIO Recentes pesquisas com blocos mais finos e leves aplicados sobre formas curvas tem permitido a excecução de formas graciosas e curvilíneas nos telhados.
  • 88. A VELHA DAMA AINDA GUARDA SEUS SEGREDOS A introdução de vergalhões por dentro dos blocos e a aplicação de argamassa enquanto os blocos se apoiam nas formas encurvadas é o modo rápido de se erigir coberturas leves, bonitas, com resultado inédito no campo da alvenaria. Além da graciosidade vemos que a parede se transforma em teto, podendo voltar a ser parede no lado oposto, sem o uso de qualquer coluna ou viga. Este sistema confirma que a velha dama da Arquitetura, a alvenaria, ainda tem muito a nos oferecer, contanto tenha mãos hábeis e cérebos inquietos a lhe cortejar.
  • 89. BIBLIOGRAFIA www.deviantart.co m Google imagens Revista TECTONICA Cerámica número 15 ano 2003 Manual do Arquiteto Descalço Johan Van Legen Editora Livraria do Arquiteto Dicionário visual de Arquitetura Ching / Francis D. K WMF- Martins Fontes Editora Dados: www.arq.ufsc.br Fornecedores: www.blocobrasil.com.br www.glasser.com.br www.prensil.com.br www.construvan.com.br www.olariaspina.com.br Projetos: www.arquitecturadeterra.com/ Fotos Especiais By Ian Scabia Panteon, Notre-Dame Pinacoteca
  • 90. Universidade Presbiteriana Mackenzie Arquitetura & Urbanismo MATEC III SEMESTRE 17 de maio de 2010 A.D. Outono meridional Professora Ana Maria
  • 91. Este relatório foi recusado pelo grupo, que o considerou excessivamente ilustrado. Publicamo-lo agora por considerar que o estudo da alvenaria é, de fato, o exame de grande parte da história: a memória construtiva da humanidade é a história da alvenaria. Outros sistemas (estruturas metálicas, concreto armado etc.) possuem menos de 200 anos. Cremos também que é fundamental analisar a alvenaria como arte, daí o esforço na variedade de imagens. Fica aqui esta pesquisa, como modesta contribuição aos estudantes da área. - Carlos Elson Lucas da Cunha Carlos Elson Lucas da Cunha (11) 8072-2581 [email_address]
  • 92. “ Não importa somente o conhecimento tecnológico, mas também o entendimento potencial para a expressão poética que cada material possui”. Santiago Calatrava