SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  11
Télécharger pour lire hors ligne
Cálculo de Luminotécnica
 Método Ponto a ponto
Lei do Inverso do Quadrado da distância




I = Intensidade luminosa em candelas
(cd) - A potência de radiação luminosa
numa dada direção denomina-se
intensidade luminosa. - Uma fonte
luminosa em geral não emite igual
potência luminosa em todas as direções.
Exemplo 1
Calcular a iluminância da luminária de destaque de uma
loja sobre um balcão. Lâmpada utilizada: halógena
OSRAM DECOSTAR 51 50W - facho de luz de 10o
Intensidade Luminosa da lâmpada: I=12.500 cd
Altura: h= 3,70m

          E = 12500 / 3.702
          E = 913 lux
 Considerando-se, por exemplo, que a
 iluminação geral dessa loja é de 500 lux,
 temos um fator de aproximadamente 2:1
Exemplo 2
Calcular a iluminância sobre a mesa de
trabalho:




                        I α = ( cd / 1000) x F
Luminária: PHILIPS TBS 050-M2 para 2 lâmpadas
fluorescentes tubulares ECO MASTER de 32 W com
2.700 lúmens cada uma
Cada luminária tem sua curva de distribuição luminosa
(CDL), com as respectivas intensidades luminosas:
Os fabricantes fornecem gráficos onde as curvas são
expressas em candelas (cd) por 1000 lúmens ( lm) de acordo
com ângulos de incidência (0, 30, 50, 60, 90, 120, 130, 150,
180 graus) nos sentidos transversal e longitudinal da
luminária.
                                 Para calcular a
                                 iluminância em um
                                 ponto na mesa de
                                 trabalho situado a um
                                 ângulo de 30 graus,
                                 temos que a
                                 Intensidade Luminosa
                                 ( I ), tirada diretamente
                                 do gráfico é de 240 cd
                                 (candelas)
Como os valores nos gráficos são padronizados a cada
1000 lúmens, temos:

              I = ( cd / 1000) x F
I – Intensidade luminosa em candelas
F - fluxo luminoso da Luminária em lm (lúmens)


 Portanto, para o nosso exemplo:

 I = (240/1000) x (2 x 2700)

 I = 1296 cd (candelas)
E = ( 1296 x Cos3 30o ) / 2 2
 E = 210 lux
Caso o nível mínimo recomendado pela norma
fosse de 500 lux, uma luminária nessa posição
não seria suficiente para iluminar a sala

Contenu connexe

Tendances

Projeto luminotécnico
Projeto luminotécnicoProjeto luminotécnico
Projeto luminotécnico
Bianca Solanho
 
Luminotecnia
LuminotecniaLuminotecnia
Luminotecnia
Estudante
 
Estruturas de sustentação dos alimentadores n1 n2-n3-n4 e meio beco
Estruturas de sustentação dos alimentadores n1 n2-n3-n4 e meio becoEstruturas de sustentação dos alimentadores n1 n2-n3-n4 e meio beco
Estruturas de sustentação dos alimentadores n1 n2-n3-n4 e meio beco
Jonatas Ramos
 
Introdução à luminotécnica
Introdução à luminotécnicaIntrodução à luminotécnica
Introdução à luminotécnica
rmpatron
 
Eng04482 aula 09_divisao_instalacao
Eng04482 aula 09_divisao_instalacaoEng04482 aula 09_divisao_instalacao
Eng04482 aula 09_divisao_instalacao
Leandro Santos
 
Cálculo de demanda para medição de cliente em baixa tensão
Cálculo de demanda para medição de cliente em baixa tensãoCálculo de demanda para medição de cliente em baixa tensão
Cálculo de demanda para medição de cliente em baixa tensão
Gustavo Brito Beltrame
 

Tendances (20)

Projeto Luminotécnico
Projeto LuminotécnicoProjeto Luminotécnico
Projeto Luminotécnico
 
Porque raiz 3 nos circuitos trifasicos
Porque raiz 3 nos circuitos trifasicosPorque raiz 3 nos circuitos trifasicos
Porque raiz 3 nos circuitos trifasicos
 
Projeto luminotécnico
Projeto luminotécnicoProjeto luminotécnico
Projeto luminotécnico
 
Eng04482 aula 06
Eng04482 aula 06Eng04482 aula 06
Eng04482 aula 06
 
Luminotecnica: Parte 1) Fator Conforto e outras definições.
Luminotecnica: Parte 1) Fator Conforto e outras definições.Luminotecnica: Parte 1) Fator Conforto e outras definições.
Luminotecnica: Parte 1) Fator Conforto e outras definições.
 
Luminotecnica
LuminotecnicaLuminotecnica
Luminotecnica
 
Projeto de instalação elétrica residencial
Projeto de instalação elétrica residencialProjeto de instalação elétrica residencial
Projeto de instalação elétrica residencial
 
Iluminação LED - Eficiência Energética
Iluminação LED - Eficiência EnergéticaIluminação LED - Eficiência Energética
Iluminação LED - Eficiência Energética
 
Luminotecnia
LuminotecniaLuminotecnia
Luminotecnia
 
Estruturas de sustentação dos alimentadores n1 n2-n3-n4 e meio beco
Estruturas de sustentação dos alimentadores n1 n2-n3-n4 e meio becoEstruturas de sustentação dos alimentadores n1 n2-n3-n4 e meio beco
Estruturas de sustentação dos alimentadores n1 n2-n3-n4 e meio beco
 
Introdução à luminotécnica
Introdução à luminotécnicaIntrodução à luminotécnica
Introdução à luminotécnica
 
Abnt - Nbr 5413 - iluminância de interiores.pdf
Abnt - Nbr 5413 - iluminância de interiores.pdfAbnt - Nbr 5413 - iluminância de interiores.pdf
Abnt - Nbr 5413 - iluminância de interiores.pdf
 
Projeto eletrico pdf
Projeto eletrico pdfProjeto eletrico pdf
Projeto eletrico pdf
 
Eng04482 aula 09_divisao_instalacao
Eng04482 aula 09_divisao_instalacaoEng04482 aula 09_divisao_instalacao
Eng04482 aula 09_divisao_instalacao
 
Instalações elétricas industriais_slides_parte_ii
Instalações elétricas industriais_slides_parte_iiInstalações elétricas industriais_slides_parte_ii
Instalações elétricas industriais_slides_parte_ii
 
DET1 Simbologia Desenho Elétrico
DET1 Simbologia Desenho ElétricoDET1 Simbologia Desenho Elétrico
DET1 Simbologia Desenho Elétrico
 
projetos eletricos industriais
projetos eletricos industriaisprojetos eletricos industriais
projetos eletricos industriais
 
Cálculo de demanda para medição de cliente em baixa tensão
Cálculo de demanda para medição de cliente em baixa tensãoCálculo de demanda para medição de cliente em baixa tensão
Cálculo de demanda para medição de cliente em baixa tensão
 
Dimensionamento de Eletrodutos
Dimensionamento de EletrodutosDimensionamento de Eletrodutos
Dimensionamento de Eletrodutos
 
Guia orientativo para elaboracao de projeto eletrico residencial
Guia orientativo para elaboracao de projeto eletrico residencialGuia orientativo para elaboracao de projeto eletrico residencial
Guia orientativo para elaboracao de projeto eletrico residencial
 

En vedette

2.01 _luminotecnica_e_lampadas_eletricas_(apostila)
2.01  _luminotecnica_e_lampadas_eletricas_(apostila)2.01  _luminotecnica_e_lampadas_eletricas_(apostila)
2.01 _luminotecnica_e_lampadas_eletricas_(apostila)
shanthon
 
Tabela iluminacao-profissional-2012-alteracoes-junho-2
Tabela iluminacao-profissional-2012-alteracoes-junho-2Tabela iluminacao-profissional-2012-alteracoes-junho-2
Tabela iluminacao-profissional-2012-alteracoes-junho-2
Miguel Silva
 
Tarcila De Paiva Biodesigner Zip Pt
Tarcila De Paiva  Biodesigner Zip PtTarcila De Paiva  Biodesigner Zip Pt
Tarcila De Paiva Biodesigner Zip Pt
Tarcila de Paiva
 

En vedette (18)

OSRAM > Manual Luminotécnico Pratico
OSRAM > Manual Luminotécnico PraticoOSRAM > Manual Luminotécnico Pratico
OSRAM > Manual Luminotécnico Pratico
 
NBR 5413
NBR 5413 NBR 5413
NBR 5413
 
Nbr 8995 1 iluminacao
Nbr 8995 1 iluminacaoNbr 8995 1 iluminacao
Nbr 8995 1 iluminacao
 
Luminotecnica
LuminotecnicaLuminotecnica
Luminotecnica
 
2.01 _luminotecnica_e_lampadas_eletricas_(apostila)
2.01  _luminotecnica_e_lampadas_eletricas_(apostila)2.01  _luminotecnica_e_lampadas_eletricas_(apostila)
2.01 _luminotecnica_e_lampadas_eletricas_(apostila)
 
Tabela iluminacao-profissional-2012-alteracoes-junho-2
Tabela iluminacao-profissional-2012-alteracoes-junho-2Tabela iluminacao-profissional-2012-alteracoes-junho-2
Tabela iluminacao-profissional-2012-alteracoes-junho-2
 
A ribeira das naus
A ribeira das nausA ribeira das naus
A ribeira das naus
 
Projeto de elaboração de instalaçoes de gás
Projeto de elaboração de instalaçoes de gásProjeto de elaboração de instalaçoes de gás
Projeto de elaboração de instalaçoes de gás
 
Citybook Curitiba - Iluminação
Citybook Curitiba - IluminaçãoCitybook Curitiba - Iluminação
Citybook Curitiba - Iluminação
 
Tarcila De Paiva Biodesigner Zip Pt
Tarcila De Paiva  Biodesigner Zip PtTarcila De Paiva  Biodesigner Zip Pt
Tarcila De Paiva Biodesigner Zip Pt
 
Revista Casa Cor Minas Gerais - 2003
Revista Casa Cor Minas Gerais - 2003Revista Casa Cor Minas Gerais - 2003
Revista Casa Cor Minas Gerais - 2003
 
A formação do designer no Brasil
A formação do designer no BrasilA formação do designer no Brasil
A formação do designer no Brasil
 
Leds
LedsLeds
Leds
 
Api2.3
Api2.3Api2.3
Api2.3
 
Conceitos de automação + programação zelio logic
Conceitos de automação + programação zelio logicConceitos de automação + programação zelio logic
Conceitos de automação + programação zelio logic
 
Diagramas complexos exemplo n°4
Diagramas complexos exemplo n°4Diagramas complexos exemplo n°4
Diagramas complexos exemplo n°4
 
Casadesign moveis-planejados
Casadesign moveis-planejadosCasadesign moveis-planejados
Casadesign moveis-planejados
 
Processo de criação de design
Processo de criação de designProcesso de criação de design
Processo de criação de design
 

Plus de Carlos Elson Cunha

Westlund, olle. s(t)imulating a social psychology mead and the reality of t...
Westlund, olle. s(t)imulating a social psychology   mead and the reality of t...Westlund, olle. s(t)imulating a social psychology   mead and the reality of t...
Westlund, olle. s(t)imulating a social psychology mead and the reality of t...
Carlos Elson Cunha
 

Plus de Carlos Elson Cunha (20)

Wittgenstein, ludwig. tractatus logico philosophicus (1968)
Wittgenstein, ludwig. tractatus logico philosophicus (1968)Wittgenstein, ludwig. tractatus logico philosophicus (1968)
Wittgenstein, ludwig. tractatus logico philosophicus (1968)
 
Westlund, olle. s(t)imulating a social psychology mead and the reality of t...
Westlund, olle. s(t)imulating a social psychology   mead and the reality of t...Westlund, olle. s(t)imulating a social psychology   mead and the reality of t...
Westlund, olle. s(t)imulating a social psychology mead and the reality of t...
 
Alexandria sem muros monografia 2016
Alexandria sem muros   monografia 2016Alexandria sem muros   monografia 2016
Alexandria sem muros monografia 2016
 
Shopping das artes
Shopping das artesShopping das artes
Shopping das artes
 
Atitude mental correta para falar em público
Atitude mental correta para falar em públicoAtitude mental correta para falar em público
Atitude mental correta para falar em público
 
Introduções para falar em público
Introduções para falar em públicoIntroduções para falar em público
Introduções para falar em público
 
O temor de falar em público
O temor de falar em públicoO temor de falar em público
O temor de falar em público
 
Mec solo ms
Mec solo msMec solo ms
Mec solo ms
 
Xadrez é fácil com o aluno eterno
Xadrez é fácil   com o aluno eternoXadrez é fácil   com o aluno eterno
Xadrez é fácil com o aluno eterno
 
Canvas do Carlão - Exemplo do modelo Canvas
Canvas do Carlão - Exemplo do modelo Canvas Canvas do Carlão - Exemplo do modelo Canvas
Canvas do Carlão - Exemplo do modelo Canvas
 
B n
B nB n
B n
 
Guindaste de palitos de picolé
Guindaste de palitos de picoléGuindaste de palitos de picolé
Guindaste de palitos de picolé
 
Atribuições arquiteto
Atribuições arquitetoAtribuições arquiteto
Atribuições arquiteto
 
Todas as árvores do largo da concórdia
Todas as árvores do largo da concórdiaTodas as árvores do largo da concórdia
Todas as árvores do largo da concórdia
 
R caetano pinto
R caetano pintoR caetano pinto
R caetano pinto
 
Levantamento fotográfico v oprr bras
Levantamento fotográfico v oprr brasLevantamento fotográfico v oprr bras
Levantamento fotográfico v oprr bras
 
Lançamento de livros enanparq
Lançamento de livros enanparqLançamento de livros enanparq
Lançamento de livros enanparq
 
Drenagem urbana.2007
Drenagem urbana.2007Drenagem urbana.2007
Drenagem urbana.2007
 
Domótica em bibliotecas
Domótica em bibliotecasDomótica em bibliotecas
Domótica em bibliotecas
 
Cdhu principais programas e tipologias
Cdhu principais programas e tipologiasCdhu principais programas e tipologias
Cdhu principais programas e tipologias
 

Metodo ponto a ponto

  • 1. Cálculo de Luminotécnica Método Ponto a ponto
  • 2. Lei do Inverso do Quadrado da distância I = Intensidade luminosa em candelas (cd) - A potência de radiação luminosa numa dada direção denomina-se intensidade luminosa. - Uma fonte luminosa em geral não emite igual potência luminosa em todas as direções.
  • 3. Exemplo 1 Calcular a iluminância da luminária de destaque de uma loja sobre um balcão. Lâmpada utilizada: halógena OSRAM DECOSTAR 51 50W - facho de luz de 10o
  • 4.
  • 5. Intensidade Luminosa da lâmpada: I=12.500 cd Altura: h= 3,70m E = 12500 / 3.702 E = 913 lux Considerando-se, por exemplo, que a iluminação geral dessa loja é de 500 lux, temos um fator de aproximadamente 2:1
  • 6. Exemplo 2 Calcular a iluminância sobre a mesa de trabalho: I α = ( cd / 1000) x F
  • 7. Luminária: PHILIPS TBS 050-M2 para 2 lâmpadas fluorescentes tubulares ECO MASTER de 32 W com 2.700 lúmens cada uma
  • 8. Cada luminária tem sua curva de distribuição luminosa (CDL), com as respectivas intensidades luminosas:
  • 9. Os fabricantes fornecem gráficos onde as curvas são expressas em candelas (cd) por 1000 lúmens ( lm) de acordo com ângulos de incidência (0, 30, 50, 60, 90, 120, 130, 150, 180 graus) nos sentidos transversal e longitudinal da luminária. Para calcular a iluminância em um ponto na mesa de trabalho situado a um ângulo de 30 graus, temos que a Intensidade Luminosa ( I ), tirada diretamente do gráfico é de 240 cd (candelas)
  • 10. Como os valores nos gráficos são padronizados a cada 1000 lúmens, temos: I = ( cd / 1000) x F I – Intensidade luminosa em candelas F - fluxo luminoso da Luminária em lm (lúmens) Portanto, para o nosso exemplo: I = (240/1000) x (2 x 2700) I = 1296 cd (candelas)
  • 11. E = ( 1296 x Cos3 30o ) / 2 2 E = 210 lux Caso o nível mínimo recomendado pela norma fosse de 500 lux, uma luminária nessa posição não seria suficiente para iluminar a sala