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Algumas reflexões sobre

 O poema musicado
         de
 Vinícius de Morais
Contexto histórico
• No poema de Vinícius de Morais “Rosa de Hiroshima”, a
  utilização das figuras de linguagem chegam a ser
  emblemáticas quando nos recordamos das bombas
  atômicas jogadas em Hiroshima e Nagasaki. Foram
  bombas com poder de destruição absurdo utilizadas
  contra a população civil para criar horror em um Japão
  orgulhoso e resistente. Tais bombas carbonizaram pessoas
  que estava até um raio de 12 quilômetros de seu
  epicentro, cegaram, mutilaram, fizeram órfãos e viúvas.
  Anos depois ainda havia vítimas, crianças que não
  viveram a guerra nasceram com
  deformidades, desenvolveram câncer pois seus pais
  haviam sofrido o efeito da radiação. Descobriu-se o que
  eram bombas hereditárias.
• Chamar a Bomba de Hiroshima de rosa? É possível?

• A imagem aérea da explosão de uma bomba atômica
  pode ser considerada bela por sua plasticidade e colorido
  aos olhos de um poeta.

• O texto citado apresenta palavras com sentido
  figurado, diferente daquele em que convencionalmente
  são empregadas.
Vamos conferir?

• O poema é dividido em duas partes.
  A primeira parte mostra as consequências da bomba.
  A segunda parte apresenta a própria bomba como:
  hereditária, radioativa, estúpida , inválida e por
  consequência causadora de todos os males
Função da linguagem no poema
• Função poética
  A linguagem exerce função poética quando valoriza o
  texto na sua elaboração, ou seja, quando o autor faz
  uso de combinação de palavras, figuras de linguagem
  (metáfora, antítese, hipérbole, aliteração, etc.), explora
  ção dos sentidos e sentimentos, expressão do chamado
  eu lírico, dentre outros.
Ex: Rosa radioativa, rosa hereditária - metáforas
• A função apelativa é usada quando o objetivo da
  transmissão da mensagem é persuadir
  o receptor, seduzi-lo com uma mensagem persuasiva.
  Ex: Os verbos do poema que estão no modo imperativo
“Pensem nas feridas
           Como rosas cálidas”

• Neste trecho, o poeta usa a comparação (É a aproximação
  de dois termos entre os quais existe alguma relação de
  semelhança) para demonstrar as feridas com “rosas
  cálidas”, subjetivamente comparando-as a chagas ainda
  latentes, quentes, ainda frescas, que estariam ali
  aflorando de maneira ardente.
“ Da rosa da rosa
            Da rosa de Hiroxima
                    (...)
            A rosa com cirrose”
• Um das figuras de linguagem de fácil identificação é a
  aliteração (consiste em repetir sons consonantais
  idênticos ou semelhantes em um verso ou em
  uma frase, especialmente as sílabas tônicas), como no
  trecho acima destacado, onde ocorre a repetição do
  fonema /z/ e do fonema /r/.
“Pensem nas meninas
                       (...)
               Pensem nas mulheres
                       (...)
                Pensem nas feridas”

• No trecho acima destacado temos a repetição do
  verbo para intensificar a ordem que é expressa por
  ele, o recurso da anáfora (repetição da mesma
  palavra ou grupo de palavras no princípio de frases ou
  versos consecutivos ) é empregado juntamente com o
  recurso de encadeamento durante todo o primeiro
  período do poema.
“A rosa hereditária”



• A metáfora (palavra ou expressão que produz sentidos
  figurados por meio de comparações implícitas) acima
  empregada representa a bomba, nos remete a questão
  das feridas como rosas cálidas, e reforça a ideia de que as
  feridas ainda estão expostas, pois são
  hereditárias, portanto os males desta “rosa” irão
  permanecer por muito tempo.

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  • 3. Contexto histórico • No poema de Vinícius de Morais “Rosa de Hiroshima”, a utilização das figuras de linguagem chegam a ser emblemáticas quando nos recordamos das bombas atômicas jogadas em Hiroshima e Nagasaki. Foram bombas com poder de destruição absurdo utilizadas contra a população civil para criar horror em um Japão orgulhoso e resistente. Tais bombas carbonizaram pessoas que estava até um raio de 12 quilômetros de seu epicentro, cegaram, mutilaram, fizeram órfãos e viúvas. Anos depois ainda havia vítimas, crianças que não viveram a guerra nasceram com deformidades, desenvolveram câncer pois seus pais haviam sofrido o efeito da radiação. Descobriu-se o que eram bombas hereditárias.
  • 4. • Chamar a Bomba de Hiroshima de rosa? É possível? • A imagem aérea da explosão de uma bomba atômica pode ser considerada bela por sua plasticidade e colorido aos olhos de um poeta. • O texto citado apresenta palavras com sentido figurado, diferente daquele em que convencionalmente são empregadas.
  • 5. Vamos conferir? • O poema é dividido em duas partes. A primeira parte mostra as consequências da bomba. A segunda parte apresenta a própria bomba como: hereditária, radioativa, estúpida , inválida e por consequência causadora de todos os males
  • 6. Função da linguagem no poema • Função poética A linguagem exerce função poética quando valoriza o texto na sua elaboração, ou seja, quando o autor faz uso de combinação de palavras, figuras de linguagem (metáfora, antítese, hipérbole, aliteração, etc.), explora ção dos sentidos e sentimentos, expressão do chamado eu lírico, dentre outros. Ex: Rosa radioativa, rosa hereditária - metáforas • A função apelativa é usada quando o objetivo da transmissão da mensagem é persuadir o receptor, seduzi-lo com uma mensagem persuasiva. Ex: Os verbos do poema que estão no modo imperativo
  • 7. “Pensem nas feridas Como rosas cálidas” • Neste trecho, o poeta usa a comparação (É a aproximação de dois termos entre os quais existe alguma relação de semelhança) para demonstrar as feridas com “rosas cálidas”, subjetivamente comparando-as a chagas ainda latentes, quentes, ainda frescas, que estariam ali aflorando de maneira ardente.
  • 8. “ Da rosa da rosa Da rosa de Hiroxima (...) A rosa com cirrose” • Um das figuras de linguagem de fácil identificação é a aliteração (consiste em repetir sons consonantais idênticos ou semelhantes em um verso ou em uma frase, especialmente as sílabas tônicas), como no trecho acima destacado, onde ocorre a repetição do fonema /z/ e do fonema /r/.
  • 9. “Pensem nas meninas (...) Pensem nas mulheres (...) Pensem nas feridas” • No trecho acima destacado temos a repetição do verbo para intensificar a ordem que é expressa por ele, o recurso da anáfora (repetição da mesma palavra ou grupo de palavras no princípio de frases ou versos consecutivos ) é empregado juntamente com o recurso de encadeamento durante todo o primeiro período do poema.
  • 10. “A rosa hereditária” • A metáfora (palavra ou expressão que produz sentidos figurados por meio de comparações implícitas) acima empregada representa a bomba, nos remete a questão das feridas como rosas cálidas, e reforça a ideia de que as feridas ainda estão expostas, pois são hereditárias, portanto os males desta “rosa” irão permanecer por muito tempo.