2. Dom Pedro I foi o primeiro imperador do
Brasil. Seu nome completo era Pedro de
Alcântara Francisco António João Carlos
Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim
José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de
Bragança e Bourbon.
3. Nasceu na cidade portuguesa de Queluz em 12 de
outubro de 1798. Chegou ao Brasil em 1808, com 9
anos de idade, em companhia da mãe, D. Carlota
Joaquina, e do pai, D. João VI de Portugal.
Carlota Joaquina Dom Pedro aos 9 anos
4. Desde criança apresentou forte
espírito de liderança. Quando,
aos 22 anos, assumiu o governo
brasileiro na condição de príncipe
regente, agiu como brasileiro
visando aos interesses de nosso
povo. Também por este motivo,
decidiu ficar no Brasil quando a
corte portuguesa o chamou de
volta a Portugal. Nessa ocasião,
conhecida como Dia do Fico (9 de
janeiro de 1822), ele demonstrou
seu grande amor pelo Brasil,
levando-o a proclamar a nossa
independência em 7 de Setembro
de 1822.
5. Foi imperador do Brasil entre 1822 e
1831. D.Pedro foi o principal responsável
pela consolidação da independência
brasileira, embora tenha tido um governo
bastante tumultuado em função das
revoltas e conflitos ocorridos no Brasil
durante seu reinado.
6. D.Pedro I foi o soberano que abdicou a
duas coroas. Herdou do pai a coroa
portuguesa, porém renunciou-a em favor
da filha, D. Maria da Glória. Para terminar
com as lutas entre brasileiros e
portugueses e com os conflitos no Brasil,
renunciou a coroa brasileira, passando-a
ao filho, Pedro de Alcântara, que seria
D.Pedro II.
7. Em Portugal, sua filha,
D.Maria da Glória,
encontrava-se com
problemas na corte, pois
seu tio, D.Miguel,
tentava apossar-se do
trono português. Pedro I
correu em socorro da
filha, afastando D.Miguel
de suas pretensões
políticas.
8. Aos 36 anos de idade, contraiu
tuberculose, doença fatal na época.
Faleceu em sua cidade natal em 24 de
setembro de 1834.
9. O charque é uma carne salgada
e seca ao sol com o objetivo de
mantê-la própria ao consumo por
mais tempo.
Tem uma salga e exposição solar
Maiores que outras carnes
dessecadas; sendo empilhada
como mantas em lugares secos
para desidratação.
Não é raro a utilização dos
termos charque, carne-seca e
carne de sol como sinônimos,
no entanto a diferença reside
basicamente no modo de
preparação.
10. História do Charque
No Brasil, o charque tem grande popularidade no Nordeste, cuja ocupação do seu
interior no fim do século XVII, depois da Guerra dos Bárbaros, se intensificou com
a implantação das estâncias de gado.
Os mercados produtores de carne
bovina eram os estados de Ceará,
Rio Grande do Norte e Paraíba.
Pernambuco e Bahia eram os
mercados consumidores. Com a
desvalorização do rebanho durante
o transporte para abate nos mercados
consumidores, os produtores
começaram a abater os animais e
conservar a carne em sal, nos locais
mais próximos aos portos, como
Aracati no Ceará, e das salinas de
Mossoró. Gado e Sal, foram um
negócio que rendeu lucros para suas
capitanias produtoras.
11. Porém com a seca iniciada em 1777, conhecida como a
Seca dos três setes, que prolongou-se com estiagens até
1779 a produção de charque no nordeste se tornou
inviável devido a morte dos rebanhos das fazendas
produtoras, o que provocou uma crise econômica e
social na região.
Em 1780, na cidade de Pelotas
foi construída a primeira
charqueada que se tem registro,
por José Pinto Martins.
Pouco depois, numerosos outros
estabelecimentos foram
construídos, e o charque passou
a ser exportado ao Nordeste,
iniciando-se o Ciclo do charque
em Pelotas.
12. A diferença entre Carne Seca, Carne de Sol e Carne de
Charque reside basicamente na técnica de preparo. Todas
são feitas com carne bovina, sendo que a carne de sol,
depois de cortada, é
ligeiramente salgada e
deixada em locais cobertos
e bem ventilados. Como
exige um clima muito seco,
o preparo da carne de sol
só é possível nas regiões
semi-áridas do Nordeste.
A secagem é rápida,
formando uma espécie de
casca protetora que conserva
a parte de dentro da carne
úmida e macia. Dos três tipos
de carne desidratada, é a que cozinha com maior rapidez.
13. Chaquer: de Boi ou de Jumento?
Em meados do século XIX, quando Grossos ainda era conhecida por ilha de
Grossos – posteriormente passou a se chamar somente de Grossos –
chegou por aqui um cidadão por nome de Souza Machado, este instalou
uma fazenda para a criação de gado e começou a organizar atividade
salineira na região. Como de besta ele não tinha era nada, logo percebeu
a grande abundância de sal que se tinha na região. Com uma visão futurista,
montou uma charqueada, ou seja, criou uma “fabrica” de charque, esta foi
então a primeira charqueada do Nordeste. O negócio deu certo – e como não
poderia dar?– ele era o dono do gado e do sal. O negocio se expandiu e em
pouco tempo ele começou a negocia a charque para os portos para estas
serem exportadas para a Bahia, Província do Pernambuco e até para a África
onde era usada na troca por escravos.
14. Para carregar a charque do local de produção até o porto
era coisa de cinema, alem de muita areia e caatinga, tinha
que atravessar toda a várzea e aí não bastava ter escravos,
precisavam de mulas. Porém mulas não era fácil, já que
era um animal precioso para o transporte de gente, a
solução então foi buscar na
própria várzea, onde tinha aos
montes, jumentos soltos sem
nenhum dono aparente.
Souza Marchado não pensou duas
vezes, logo a charque estava
sendo transportada em jumentos,
dentro de balaios apegados aos
cambitos, hoje isso não se ver
mais, porém foi muito usado
para o transporte de mercadoria.
15. As pessoas que estavam acostumadas
a ver muitos jumentos correrem soltos
na várzea perceberam que os animais
estavam diminuindo, ou seja, enquanto
a produção de charque aumentava a de
jumentos soltos diminuía, logo as
pessoas fizeram a ligação: rapaz, Souza
Machado esta matando jumento para
fazer charque. Hora, sai mais barato é
ou não é?
Apesar de Souza Machado ter explicado
várias e várias vezes o motivo do qual
ele perseguia os jumentos, muitos não
acreditaram e até hoje, tem gente que
acredita que carne de charque é
produzido a parti do jumento.