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Caminho para o desenvolvimento 
A Fronteira Oeste e a Campanha estão entre 
as regiões com menor grau de desenvolvimento 
do País. Com a economia baseada na produção 
primária, apresentam um baixo grau de indus-trialização. 
Por isso, sofrem, ao longo das últimas 
décadas, de um grande esvaziamento. Muitos do 
que deixavam suas cidades partiam em busca da 
formação acadêmica, já que as universidades ali 
existentes eram todas privadas. 
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para sediar uma das 18 novas universidades fe-derais 
criadas pelos governos Lula/Dilma dentro 
do Programa de Expansão do Ensino Universitário. 
O Brasil mudou muito nos últimos anos. São 
sete milhões de alunos nas universidades, 49 mil 
escolas em tempo integral, 422 escolas técnicas 
federais, além de mais de R$ 200 bilhões que 
serão destinados à educação nos próximos 10 
anos, com o investimento em educação chegando 
a 10% do PIB (hoje ele é de 6,4%). As pessoas 
também puderam ser mais bem qualificadas por 
meio do Programa Nacional de Acesso ao Ensino 
Técnico e ao Emprego (Pronatec), que já ofertou 
oito milhões de vagas, com R$ 14 bilhões de in-vestimento 
e 6,8 milhões de inscritos. 
E a nossa região, a partir da conquista da 
Unipampa, instalada em dez municípios, também 
começa a mudar. 
Afinal, como disse o presidente Lula, em 
Bagé, no dia 27 de julho de 2005, quando anun-ciou 
a criação de nossa universidade: “Atrás de 
uma universidade vai o conhecimento, vai a pos-sibilidade 
de desenvolvimento, vai a geração de 
emprego e vai a formação de gente pobre que 
nunca sonhou fazer uma universidade”. 
Nas próximas páginas contaremos a história 
da conquista e as transformações que a Unipam-pa 
está produzindo no Pampa Gaúcho.
Conquista que veio das ruas 
Até a publicação da Lei Federal nº 11.640, 
de 11 de janeiro de 2008, que criou a Unipam-pa, 
um longo caminho precisou ser percorrido. A 
ampla mobilização popular realizada entre os me-ses 
de abril e julho de 2005 em 23 municípios da 
Fronteira Oeste e Campanha, que levou mais de 
70 mil pessoas às ruas, foi decisiva. 
Tudo começou quando a direção da Univer-sidade 
da Região da Campanha (Urcamp), bus-cando 
alternativas para enfrentar uma das piores 
crises da instituição em seus 50 anos de vida, 
procurou o então prefeito de Bagé, Luiz Fernando 
Mainardi, e o deputado federal Paulo Pimenta. O 
professor Arno Cunha, que ocupava a reitoria, re-latou 
a Mainardi e Pimenta a aflitiva situação no 
dia 27 de fevereiro de 2005. 
Os dois entraram em campo e marcaram 
agenda com Tarso Genro, que era ministro da 
Educação. A Urcamp queria apoio para um plano 
de estabilização que possibilitasse encaminhar 
solução para a dívida de R$ 50 milhões e permi-tisse 
captar recursos para um programa de inves-timentos 
que levassem à modernização. 
No encontro do dia 10 de março, Tarso pro-pôs 
duas medidas. A curto prazo, com apoio dos 
técnicos do MEC, a elaboração de um plano de 
captação de verbas juntos às agências oficiais de 
financiamento. A médio prazo, a mobilização para 
incluir a universidade no Plano de Expansão do 
Ensino Universitário, que começava a ser gestado 
pelo Governo Federal. 
As propostas foram apresentadas ao Conse-lho 
da Fundação Atilla Taborda, mantenedora da 
Urcamp, no dia 24 de março e uma semana de-pois 
estava formada a Comissão de Mobilização. 
O primeiro ato público pela federalização da Ur-camp 
aconteceu no Ginásio Corujão, em Bagé, no 
16 de maio, reunindo cerca de três mil pessoas.
Mobilização tomou as cidades 
A partir do primeiro ato, o movimento tomou 
os 23 municípios da área de abrangência das Ur-camp. 
Caminhadas, carreatas, mateadas e comí-cios 
foram realizados em toda a região, levando 
milhares de pessoas às ruas para reivindicar a fe-deralização 
da Urcamp. Foi, sem dúvidas, o maior 
movimento popular já realizado na região. 
Diante das dificuldades legais e institucio-nais 
de federalização da Urcamp, a luta foi dire- 
O grande dia 
O dia 27 de julho de 2005 vai entrar para 
a História da região. Nesta data, Lula, diante de 
aproximadamente 40 mil pessoas, reunidas na 
Praça Silveira Martins, anunciou a criação da Uni-pampa, 
hoje considerada uma das maiores obras 
já realizadas por um governo em favor do desen-volvimento 
da Metade Sul do Rio Grande do Sul. 
Bagé se preparou e se enfeitou para receber 
as milhares de pessoas que vieram de 22 municí-pios 
e que estavam integradas ao movimento que 
superou barreiras ideológicos, religiosas e até clu-bísticas. 
Era uma luta de todos e para todos. Mais 
de 250 ônibus se dirigiram para Bagé levando 
pessoas que queriam ser protagonistas de uma 
cionada para a conquista de uma Universidade 
Federal para a região. 
O movimento deu certo. Mainardi, Pimenta 
e Arno, acompanhados de Tarso, mantiveram, au-diência 
com Lula no dia 14 de junho, em Brasília, 
data em que foi confirmada a ida do presidente da 
República a Bagé no dia 27 de julho para anunciar 
a criação da Universidade Federal do Pampa. 
conquista que mudaria suas vidas, as vidas de 
suas cidades e a vida da região. 
Em Bagé, Mainardi decretou ponto faculta-tivo 
na Prefeitura e garantiu passe livre no trans-porte 
municipal. O comércio e os bancos fecha-ram 
no início da tarde. 
O povo não se decepcionou. Lula anunciou, 
naquela tarde ensolarada de inverno, que Bagé e 
região teriam uma universidade com campus em 
outros nove municípios. Foi uma grande festa que 
os que lá estavam até hoje não esquecem e nem 
esquecerão.
Dom Pedrito deixa de ser local de partida 
Como a implantação de uma 
grande empresa, assim é vista a insta-lação 
da Universidade Federal do Pam-pa, 
pelo presidente da Câmara de Diri- 
Persistência em primeiro lugar 
Como na maioria das cidades, 
que não possuem universidade públi-ca, 
alguns estudantes não sabem o que 
vão fazer após concluir o ensino médio. 
Outros não têm opção, pois precisam 
trabalhar para ajudar a família. Esse era 
o cenário de Dom Pedrito, antes da ins-talação 
da Unipampa. 
E foi com essa falta de opção que 
Rodinaldo Severo Goularte, 26 anos, fi-lho 
de dona de casa e de carpinteiro, 
precisou lidar. Depois de servir por dois 
anos no exército brasileiro, passou a 
trabalhar no comércio. Na tentativa de 
melhorar de vida, mudou, em 2008, 
para Porto Alegre. Apesar de estar em- 
Portas abertas 
A dificuldade para sair e se ban-car 
financeiramente em outra cidade 
para estudar em uma universidade fe-deral 
também fez parte da vida de Ga-briela 
Leal de Vargas, 21 anos. Após ter-minar 
o ensino médio em 2009, ela fez 
cursinho pré-vestibular, mas não sabia 
exatamente o que seria do seu futuro. 
Ao conhecer alguns acadêmicos 
na Unipampa, ela se interessou pelo 
A mudança no mercado imobiliário 
A pouca oferta de imóveis, as-sim 
como em outros municípios onde 
há campus da Unipampa, também era 
comum em Dom Pedrito. A carência se 
dava principalmente nos espaços vol-tados 
para os estudantes, que normal-mente 
precisam de um imóvel pequeno 
e com preço acessível. Para suprir essa 
demanda, investidores construíram kit-netes 
próximos à Universidade. Além da 
construção civil, a venda e os alugueis 
também tiveram aumento de cerca de 
40% na procura. “Os pais chegaram a 
para o aquecimento da economia, opi-na. 
“Eles se vestem, se alimentam”. 
Além do consumo, o presidente enfati-za 
o lado cultural. “Culturalmente a vin-da 
de tanta gente de fora é fantástica”. 
Outros setores como o próprio comér-cio 
também foram alavancados. “Hou-ve 
um incremento de consumidores e 
com isso uma injeção na economia”, 
conclui. 
gentes Lojistas (CDL) de Dom Pedrito, 
Marcelo Cardoso Munhos. 
O empresário avalia positiva-mente 
a chegada de novos moradores: 
“São pessoas bem remuneradas, que 
fixaram residência. Muitas estão cons-truindo”. 
Munhos destaca que a situa-ção 
é o inverso do que ocorria, quando 
os moradores do município tinham que 
ir embora para estudar ou trabalhar. 
Os que estão mesmo de forma 
temporária, como é o caso da maioria 
dos acadêmicos, também contribuem 
pregado, o salário era insuficiente para 
pagar as despesas na Capital. Voltou 
para Dom Pedrito. Em 2011, passou a 
conviver com diversos estudantes da 
Universidade Federal do Pampa e come-çou 
a pensar no seu ingresso. Mas ter 
que parar de trabalhar, já que o curso 
que queria era diurno sempre foi uma 
preocupação na vida de Goularte. 
Depois de fazer o ENEM, optar 
pelo curso de bacharelado em Enologia 
e conseguir a aprovação, o acadêmico 
cursou os primeiros semestres e bateu 
uma dúvida se era mesmo aquilo que 
ele queria fazer e se valeria a pena dei-xar 
o trabalho pela universidade. Apesar 
do sentimento, não abandonou a gra-duação. 
Com o passar dos semestres 
tudo ficou mais claro, tanto o gosto pela 
Enologia, quanto o problema financeiro 
que foi resolvido quando ele passou a 
ganhar a Bolsa Permanência, concedi-da 
pelo Governo Federal. 
curso de Zootecnia, já que havia pen-sando 
em fazer algo na área de Veteri-nária. 
O contato com a Instituição de En-sino 
mudou completamente a sua vida, 
ressalta a acadêmica. “A Unipampa me 
abriu muitas portas. Agora eu tenho au-tonomia”. 
Para que ela possa se man-ter, 
tem a ajuda da Bolsa Permanência, 
além de uma bolsa de monitoria. 
alugar imóveis por telefone, mesmo 
sem ver o local”, observa a sócia pro-prietária 
de uma imobiliária de Dom Pe-drito, 
Fabiana Gomes. 
A corretora diz que a Unipampa 
aqueceu o mercado imobiliário: “Nós 
vendemos imóveis para cinco, seis pro-fessores”. 
A construção civil também 
ganhou folego com a chegada de pro-fessores, 
funcionários e estudantes. 
A imobiliária que foi aberta, em 2011, 
também para que Fabiana alugasse os 
imóveis de posse de sua família, hoje 
estão sendo vendidos. “Nós construía-mos 
para vender, mas não vendíamos. 
Agora vendemos”.
Oportunidade de ensino público 
Com cerca de 700 alunos, 48 
professores e 42 servidores técnicos 
administrativos, o campus da Universi-dade 
Federal do Pampa em Dom Pedri-to 
tem a característica de ter cursos e 
profissionais atuantes, explica a direto-ra, 
Nádia Fátima dos Santos Bucco. 
“O campus recebe grande incen-tivo 
externo, de emendas parlamenta-res, 
o que vem contribuindo para o seu 
desenvolvimento, do município e da 
região”, acrescenta. O campus abriga 
entre os seus cursos: Zootecnia, Tec-nologia 
em Agronegócio, licenciatura 
em Ciências da Natureza e Educação 
no Campo, o primeiro bacharelado do 
Brasil em Enologia. 
Despertando o prazer do vinho 
Mais que abrigar um curso de Bacharelado em Eno-logia 
é importante que a comunidade local conheça o vinho, 
o seu cultivo e aprenda a bebê-lo. Para isso, a professora do 
curso, Renata Sampaio Zocche, desenvolve um trabalho de 
divulgação da bebida e do curso de Enologia no município. 
A docente explica que apesar dos parreirais planta-dos 
e da Universidade estar inserida na localidade, pouca 
gente da região, assim como de todo o país, são adeptos 
ao consumo do vinho. Assim como não tem conhecimento 
Assistência estudantil 
Para que os estudantes pos-sam 
se manter financeiramente, já 
que a maioria não tem renda e re-cebe 
auxílio da família com renda 
de até três salários mínimos nacio-nal, 
a Instituição de Ensino, dispo-nibiliza 
a Programa de Bolsa para 
o Desenvolvimento Acadêmico 
destinadas aos Projetos de Ensino, 
Pesquisa, Extensão e Gestão e as 
Programa de Bolsas Permanência 
(PBP), destinadas a permanência 
dos do aluno na instituição para 
custear moradia, transporte e ali-mentação. 
sobre o que tomam e a diferença entre as bebidas. “Saber 
o que está tomando desperta o prazer de beber o vinho”. 
Nesse sentido, a divulgação, através de palestras e eventos 
se torna essencial, até mesmo para estimular o consumo, 
que é benéfico a saúde. 
Para que a população conheça a Unipampa, a profes-sora 
também vai às escolas, feiras e entidades beneficentes 
divulgar o curso e a universidade. “Na palestra, eu falo um 
pouco da história do vinho, do seu surgimento”.
Universidade em construção 
Desde o dia 15 de setembro de 2006, quan-do 
o então ministro da Educação, Fernando Ha-dad, 
hoje prefeito de São Paulo, proferiu a aula 
inaugural da Unipampa, no município de Bagé, 
a universidade vem num constante processo de 
construção. Muitas obras já foram feitas. Muitos 
equipamentos adquiridos. 
Mas ainda há um caminho a percorrer, que 
vem sendo palmilhado de acordo com a grandeza 
do projeto. Não é uma universidade qualquer. É, 
na verdade, uma universidade que se constrói na 
diversidade do Pampa, com interação para além 
dos dez municípios em que está instalada, pois 
desenvolve ações em todo o seu entorno. 
Somente entre os anos de 2009, época em 
que a Unipampa se desvinculou das Universida-des 
Federais de Santa Maria e Pelotas, e o pri-meiro 
semestre de 2014, já foram investidos R$ 
238.799.142,36, dos quais R$ 129.563.838,78 
em obras e R$ 109.235.303,58 em equipamentos. 
A folha de pagamento saiu de R$ 1.400.898,95 
em agosto de 2008 para R$ 12.807.291,82 no 
mês de agosto deste ano. Cresceu mais do que 
dez vezes, o que bem dimensiona a expansão da 
Unipampa. 
Os reflexos são sentidos de forma direta 
em todas as cidades em que estão instalados os 
campus da nova universidade. E não são apenas 
de ordem econômica. Lideranças empresariais e 
políticas atestam que houve grandes transforma-ções 
sociais e culturais nos municípios. 
Estrutura básica está montada 
A estrutura física básica da Uni-pampa 
já está montada. Prédios e la-boratórios, 
com equipamentos de pri-meira 
linha, funcionam a pleno. Neste 
momento, estão sendo montados os 
restaurantes universitários e já come-çaram 
a ser construídas as casas de 
estudantes. 
Quatro restaurantes já estão fun-cionando 
e, até o final do ano, come-çam 
a operar mais dois restaurantes, 
um em Bagé e outro em Dom Pedrito. 
Para o campus de Uruguaiana, que 
funciona em prédio adquirido da PUC, 
está em fase de contratação de empre-sa 
que servirá as refeições a preços 
subsidiados. 
As obras das casas dos estudan-tes 
já estão acontecendo. Cada cam-pus 
terá uma casa. Em Santana do 
Livramento, cidade onde a instituição 
não possui terreno, foi locado um imó-vel, 
que já está em funcionamento.
Cursos estão em fase de consolidação 
Recebendo 3.120 alunos por ano, a Uni-pampa 
saiu de 30 cursos de graduação que fun-cionavam 
em 2006 para os atuais 63. Estes se 
encontram em fase de consolidação. Os que fo-ram 
avaliados até agora obtiveram notas entre 4 
e 5. Uma excelente avaliação que tem como nota 
máxima o 5. 
Hoje são cerca de 12 mil alunos, sendo 11 
mil em cursos de graduação e mil na pós-gradu-ação. 
Mas, ainda há espaço físico para abrigar 
novos estudantes. Para isso, é necessário obter 
sucesso nas pactuações negociadas junto ao Mi-nistério 
da Educação para aumentar a oferta de 
cursos noturnos. 
No horizonte da criação de novos, a univer-sidade 
trabalha com a perspectiva de montar cur-sos 
de Medicina e Direito. 
Cerca de 2.500 alunos formados 
A Unipampa, que conta, hoje, com 716 pro-fessores 
e 696 servidores, já formou 2.481 alunos 
desde 2010. Somente em 2013 foram graduados 
727 estudantes. Com 63 cursos de graduação, a 
universidade tem hoje com cerca de 9,9 mil estu-dantes, 
devendo abrigar, quando estiver efetiva-mente 
implantada, 12 mil estudantes. 
A instituição mantem 781 alunos bolsistas, 
sendo 208 na área de ensino, 251 na extensão 
e 322 em pesquisa. O acervo das bibliotecas é 
de aproximadamente 190 mil exemplares, entre 
livros, periódicos e outras mídias. 
Em todas as unidades, funcionam 81 grupos 
de pesquisas que desenvolvem 803 projetos, 16 
cursos de especialização e a produção científica 
já alcançou a soma de 2.681 trabalhos.
A Unipampa é de todos e para todos 
Se tem uma coisa de que nós não nos arrepende-mos 
é do nosso envolvimento no processo que resultou na 
conquista de uma Universidade Federal para nossa região. 
Este era um sonho de nossa geração que se transformou 
em bandeira de lutas desde à época em que, jovens estu-dantes, 
liderávamos o movimento estudantil em Santa Ma-ria 
e Bagé. E uma possibilidade concreta para impulsionar o 
crescimento da Campanha e da Fronteira Oeste. 
Quando aceitamos o desafio proposto pelo ministro 
Tarso e passamos a coordenar a ampla mobilização que to-mou 
conta da região estávamos convencidos de que esta 
era uma das mais importantes contribuições que podería-mos 
oferecer para o nosso desenvolvimento. Foi com esta 
certeza que nos jogamos de cabeça e corpo nesta emprei-tada, 
cientes do papel de homens públicos comprometidos 
com as transformações necessárias para que o Brasil e o 
Rio Grande avancem cada vez mais. 
Percorremos milhares de quilômetros viajando por 
23 cidades. Participamos de dezenas de reuniões nos mu-nicípios, 
em Porto Alegre e Brasília. Estivemos com o pre-sidente 
Lula, com o então ministro Tarso Genro e seus as-sessores 
no Ministério da Educação. Mas, não cansamos. 
Pelo contrário, cada atividade nos dava a certeza de que o 
caminho era esse e que estávamos no rumo certo. 
No dia 27 de julho de 2005, em Bagé, quando ou-vimos 
o presidente Lula anunciar a criação da Unipampa, 
vibramos junto com as 40 mil pessoas que tomavam a Pra-ça 
Silveira Martins e várias quadras da Avenida Sete de Se-tembro. 
Hoje, ao percorrer estes municípios e presenciar os 
avanços já produzidos em menos de uma década, conversar 
com pessoas que mudaram suas vidas, receber agradeci-mentos 
de pais e familiares que conseguiram ver os sonhos 
de filhos e parentes realizados, nos damos conta da grande-za 
do que foi a conquista da Unipampa. 
Não devemos e nem podemos esquecer o apoio 
estimulador do atual governador Tarso Genro. Foi ele que, 
na condição de ministro de Educação orientou os nossos 
passos, fazendo com que o nosso norte estivesse em con-sonância 
com a política do Governo Federal. Tarso é parte 
importante desta conquista. 
Devemos, por outro lado e por um dever de justiça, 
reconhecer que não fosse a sensibilidade do presidente 
Lula não teríamos esta conquista. Um operário, portador de 
diploma de curso técnico, que vislumbrou nos investimen-tos 
em educação uma alternativa para o desenvolvimento 
do País e, acima de tudo, de inclusão social, é o grande res-ponsável 
por tudo isso. 
Política, aliás, que tem continuidade com a presiden-ta 
Dilma, que ampliou os repasses para a educação e que 
também sabe da importância da emancipação dos pobres 
e menos favorecidos, caminho que fica mais curto com a 
formação e qualificação profissional. A Unipampa, portanto, 
é uma vitória de todos nós. A Unipampa é de todos e para 
todos. 
Luiz Fernando Mainardi 
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  • 1. Caminho para o desenvolvimento A Fronteira Oeste e a Campanha estão entre as regiões com menor grau de desenvolvimento do País. Com a economia baseada na produção primária, apresentam um baixo grau de indus-trialização. Por isso, sofrem, ao longo das últimas décadas, de um grande esvaziamento. Muitos do que deixavam suas cidades partiam em busca da formação acadêmica, já que as universidades ali existentes eram todas privadas. Por tudo isso, era um ambiente favorável para sediar uma das 18 novas universidades fe-derais criadas pelos governos Lula/Dilma dentro do Programa de Expansão do Ensino Universitário. O Brasil mudou muito nos últimos anos. São sete milhões de alunos nas universidades, 49 mil escolas em tempo integral, 422 escolas técnicas federais, além de mais de R$ 200 bilhões que serão destinados à educação nos próximos 10 anos, com o investimento em educação chegando a 10% do PIB (hoje ele é de 6,4%). As pessoas também puderam ser mais bem qualificadas por meio do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e ao Emprego (Pronatec), que já ofertou oito milhões de vagas, com R$ 14 bilhões de in-vestimento e 6,8 milhões de inscritos. E a nossa região, a partir da conquista da Unipampa, instalada em dez municípios, também começa a mudar. Afinal, como disse o presidente Lula, em Bagé, no dia 27 de julho de 2005, quando anun-ciou a criação de nossa universidade: “Atrás de uma universidade vai o conhecimento, vai a pos-sibilidade de desenvolvimento, vai a geração de emprego e vai a formação de gente pobre que nunca sonhou fazer uma universidade”. Nas próximas páginas contaremos a história da conquista e as transformações que a Unipam-pa está produzindo no Pampa Gaúcho.
  • 2. Conquista que veio das ruas Até a publicação da Lei Federal nº 11.640, de 11 de janeiro de 2008, que criou a Unipam-pa, um longo caminho precisou ser percorrido. A ampla mobilização popular realizada entre os me-ses de abril e julho de 2005 em 23 municípios da Fronteira Oeste e Campanha, que levou mais de 70 mil pessoas às ruas, foi decisiva. Tudo começou quando a direção da Univer-sidade da Região da Campanha (Urcamp), bus-cando alternativas para enfrentar uma das piores crises da instituição em seus 50 anos de vida, procurou o então prefeito de Bagé, Luiz Fernando Mainardi, e o deputado federal Paulo Pimenta. O professor Arno Cunha, que ocupava a reitoria, re-latou a Mainardi e Pimenta a aflitiva situação no dia 27 de fevereiro de 2005. Os dois entraram em campo e marcaram agenda com Tarso Genro, que era ministro da Educação. A Urcamp queria apoio para um plano de estabilização que possibilitasse encaminhar solução para a dívida de R$ 50 milhões e permi-tisse captar recursos para um programa de inves-timentos que levassem à modernização. No encontro do dia 10 de março, Tarso pro-pôs duas medidas. A curto prazo, com apoio dos técnicos do MEC, a elaboração de um plano de captação de verbas juntos às agências oficiais de financiamento. A médio prazo, a mobilização para incluir a universidade no Plano de Expansão do Ensino Universitário, que começava a ser gestado pelo Governo Federal. As propostas foram apresentadas ao Conse-lho da Fundação Atilla Taborda, mantenedora da Urcamp, no dia 24 de março e uma semana de-pois estava formada a Comissão de Mobilização. O primeiro ato público pela federalização da Ur-camp aconteceu no Ginásio Corujão, em Bagé, no 16 de maio, reunindo cerca de três mil pessoas.
  • 3. Mobilização tomou as cidades A partir do primeiro ato, o movimento tomou os 23 municípios da área de abrangência das Ur-camp. Caminhadas, carreatas, mateadas e comí-cios foram realizados em toda a região, levando milhares de pessoas às ruas para reivindicar a fe-deralização da Urcamp. Foi, sem dúvidas, o maior movimento popular já realizado na região. Diante das dificuldades legais e institucio-nais de federalização da Urcamp, a luta foi dire- O grande dia O dia 27 de julho de 2005 vai entrar para a História da região. Nesta data, Lula, diante de aproximadamente 40 mil pessoas, reunidas na Praça Silveira Martins, anunciou a criação da Uni-pampa, hoje considerada uma das maiores obras já realizadas por um governo em favor do desen-volvimento da Metade Sul do Rio Grande do Sul. Bagé se preparou e se enfeitou para receber as milhares de pessoas que vieram de 22 municí-pios e que estavam integradas ao movimento que superou barreiras ideológicos, religiosas e até clu-bísticas. Era uma luta de todos e para todos. Mais de 250 ônibus se dirigiram para Bagé levando pessoas que queriam ser protagonistas de uma cionada para a conquista de uma Universidade Federal para a região. O movimento deu certo. Mainardi, Pimenta e Arno, acompanhados de Tarso, mantiveram, au-diência com Lula no dia 14 de junho, em Brasília, data em que foi confirmada a ida do presidente da República a Bagé no dia 27 de julho para anunciar a criação da Universidade Federal do Pampa. conquista que mudaria suas vidas, as vidas de suas cidades e a vida da região. Em Bagé, Mainardi decretou ponto faculta-tivo na Prefeitura e garantiu passe livre no trans-porte municipal. O comércio e os bancos fecha-ram no início da tarde. O povo não se decepcionou. Lula anunciou, naquela tarde ensolarada de inverno, que Bagé e região teriam uma universidade com campus em outros nove municípios. Foi uma grande festa que os que lá estavam até hoje não esquecem e nem esquecerão.
  • 4. Dom Pedrito deixa de ser local de partida Como a implantação de uma grande empresa, assim é vista a insta-lação da Universidade Federal do Pam-pa, pelo presidente da Câmara de Diri- Persistência em primeiro lugar Como na maioria das cidades, que não possuem universidade públi-ca, alguns estudantes não sabem o que vão fazer após concluir o ensino médio. Outros não têm opção, pois precisam trabalhar para ajudar a família. Esse era o cenário de Dom Pedrito, antes da ins-talação da Unipampa. E foi com essa falta de opção que Rodinaldo Severo Goularte, 26 anos, fi-lho de dona de casa e de carpinteiro, precisou lidar. Depois de servir por dois anos no exército brasileiro, passou a trabalhar no comércio. Na tentativa de melhorar de vida, mudou, em 2008, para Porto Alegre. Apesar de estar em- Portas abertas A dificuldade para sair e se ban-car financeiramente em outra cidade para estudar em uma universidade fe-deral também fez parte da vida de Ga-briela Leal de Vargas, 21 anos. Após ter-minar o ensino médio em 2009, ela fez cursinho pré-vestibular, mas não sabia exatamente o que seria do seu futuro. Ao conhecer alguns acadêmicos na Unipampa, ela se interessou pelo A mudança no mercado imobiliário A pouca oferta de imóveis, as-sim como em outros municípios onde há campus da Unipampa, também era comum em Dom Pedrito. A carência se dava principalmente nos espaços vol-tados para os estudantes, que normal-mente precisam de um imóvel pequeno e com preço acessível. Para suprir essa demanda, investidores construíram kit-netes próximos à Universidade. Além da construção civil, a venda e os alugueis também tiveram aumento de cerca de 40% na procura. “Os pais chegaram a para o aquecimento da economia, opi-na. “Eles se vestem, se alimentam”. Além do consumo, o presidente enfati-za o lado cultural. “Culturalmente a vin-da de tanta gente de fora é fantástica”. Outros setores como o próprio comér-cio também foram alavancados. “Hou-ve um incremento de consumidores e com isso uma injeção na economia”, conclui. gentes Lojistas (CDL) de Dom Pedrito, Marcelo Cardoso Munhos. O empresário avalia positiva-mente a chegada de novos moradores: “São pessoas bem remuneradas, que fixaram residência. Muitas estão cons-truindo”. Munhos destaca que a situa-ção é o inverso do que ocorria, quando os moradores do município tinham que ir embora para estudar ou trabalhar. Os que estão mesmo de forma temporária, como é o caso da maioria dos acadêmicos, também contribuem pregado, o salário era insuficiente para pagar as despesas na Capital. Voltou para Dom Pedrito. Em 2011, passou a conviver com diversos estudantes da Universidade Federal do Pampa e come-çou a pensar no seu ingresso. Mas ter que parar de trabalhar, já que o curso que queria era diurno sempre foi uma preocupação na vida de Goularte. Depois de fazer o ENEM, optar pelo curso de bacharelado em Enologia e conseguir a aprovação, o acadêmico cursou os primeiros semestres e bateu uma dúvida se era mesmo aquilo que ele queria fazer e se valeria a pena dei-xar o trabalho pela universidade. Apesar do sentimento, não abandonou a gra-duação. Com o passar dos semestres tudo ficou mais claro, tanto o gosto pela Enologia, quanto o problema financeiro que foi resolvido quando ele passou a ganhar a Bolsa Permanência, concedi-da pelo Governo Federal. curso de Zootecnia, já que havia pen-sando em fazer algo na área de Veteri-nária. O contato com a Instituição de En-sino mudou completamente a sua vida, ressalta a acadêmica. “A Unipampa me abriu muitas portas. Agora eu tenho au-tonomia”. Para que ela possa se man-ter, tem a ajuda da Bolsa Permanência, além de uma bolsa de monitoria. alugar imóveis por telefone, mesmo sem ver o local”, observa a sócia pro-prietária de uma imobiliária de Dom Pe-drito, Fabiana Gomes. A corretora diz que a Unipampa aqueceu o mercado imobiliário: “Nós vendemos imóveis para cinco, seis pro-fessores”. A construção civil também ganhou folego com a chegada de pro-fessores, funcionários e estudantes. A imobiliária que foi aberta, em 2011, também para que Fabiana alugasse os imóveis de posse de sua família, hoje estão sendo vendidos. “Nós construía-mos para vender, mas não vendíamos. Agora vendemos”.
  • 5. Oportunidade de ensino público Com cerca de 700 alunos, 48 professores e 42 servidores técnicos administrativos, o campus da Universi-dade Federal do Pampa em Dom Pedri-to tem a característica de ter cursos e profissionais atuantes, explica a direto-ra, Nádia Fátima dos Santos Bucco. “O campus recebe grande incen-tivo externo, de emendas parlamenta-res, o que vem contribuindo para o seu desenvolvimento, do município e da região”, acrescenta. O campus abriga entre os seus cursos: Zootecnia, Tec-nologia em Agronegócio, licenciatura em Ciências da Natureza e Educação no Campo, o primeiro bacharelado do Brasil em Enologia. Despertando o prazer do vinho Mais que abrigar um curso de Bacharelado em Eno-logia é importante que a comunidade local conheça o vinho, o seu cultivo e aprenda a bebê-lo. Para isso, a professora do curso, Renata Sampaio Zocche, desenvolve um trabalho de divulgação da bebida e do curso de Enologia no município. A docente explica que apesar dos parreirais planta-dos e da Universidade estar inserida na localidade, pouca gente da região, assim como de todo o país, são adeptos ao consumo do vinho. Assim como não tem conhecimento Assistência estudantil Para que os estudantes pos-sam se manter financeiramente, já que a maioria não tem renda e re-cebe auxílio da família com renda de até três salários mínimos nacio-nal, a Instituição de Ensino, dispo-nibiliza a Programa de Bolsa para o Desenvolvimento Acadêmico destinadas aos Projetos de Ensino, Pesquisa, Extensão e Gestão e as Programa de Bolsas Permanência (PBP), destinadas a permanência dos do aluno na instituição para custear moradia, transporte e ali-mentação. sobre o que tomam e a diferença entre as bebidas. “Saber o que está tomando desperta o prazer de beber o vinho”. Nesse sentido, a divulgação, através de palestras e eventos se torna essencial, até mesmo para estimular o consumo, que é benéfico a saúde. Para que a população conheça a Unipampa, a profes-sora também vai às escolas, feiras e entidades beneficentes divulgar o curso e a universidade. “Na palestra, eu falo um pouco da história do vinho, do seu surgimento”.
  • 6. Universidade em construção Desde o dia 15 de setembro de 2006, quan-do o então ministro da Educação, Fernando Ha-dad, hoje prefeito de São Paulo, proferiu a aula inaugural da Unipampa, no município de Bagé, a universidade vem num constante processo de construção. Muitas obras já foram feitas. Muitos equipamentos adquiridos. Mas ainda há um caminho a percorrer, que vem sendo palmilhado de acordo com a grandeza do projeto. Não é uma universidade qualquer. É, na verdade, uma universidade que se constrói na diversidade do Pampa, com interação para além dos dez municípios em que está instalada, pois desenvolve ações em todo o seu entorno. Somente entre os anos de 2009, época em que a Unipampa se desvinculou das Universida-des Federais de Santa Maria e Pelotas, e o pri-meiro semestre de 2014, já foram investidos R$ 238.799.142,36, dos quais R$ 129.563.838,78 em obras e R$ 109.235.303,58 em equipamentos. A folha de pagamento saiu de R$ 1.400.898,95 em agosto de 2008 para R$ 12.807.291,82 no mês de agosto deste ano. Cresceu mais do que dez vezes, o que bem dimensiona a expansão da Unipampa. Os reflexos são sentidos de forma direta em todas as cidades em que estão instalados os campus da nova universidade. E não são apenas de ordem econômica. Lideranças empresariais e políticas atestam que houve grandes transforma-ções sociais e culturais nos municípios. Estrutura básica está montada A estrutura física básica da Uni-pampa já está montada. Prédios e la-boratórios, com equipamentos de pri-meira linha, funcionam a pleno. Neste momento, estão sendo montados os restaurantes universitários e já come-çaram a ser construídas as casas de estudantes. Quatro restaurantes já estão fun-cionando e, até o final do ano, come-çam a operar mais dois restaurantes, um em Bagé e outro em Dom Pedrito. Para o campus de Uruguaiana, que funciona em prédio adquirido da PUC, está em fase de contratação de empre-sa que servirá as refeições a preços subsidiados. As obras das casas dos estudan-tes já estão acontecendo. Cada cam-pus terá uma casa. Em Santana do Livramento, cidade onde a instituição não possui terreno, foi locado um imó-vel, que já está em funcionamento.
  • 7. Cursos estão em fase de consolidação Recebendo 3.120 alunos por ano, a Uni-pampa saiu de 30 cursos de graduação que fun-cionavam em 2006 para os atuais 63. Estes se encontram em fase de consolidação. Os que fo-ram avaliados até agora obtiveram notas entre 4 e 5. Uma excelente avaliação que tem como nota máxima o 5. Hoje são cerca de 12 mil alunos, sendo 11 mil em cursos de graduação e mil na pós-gradu-ação. Mas, ainda há espaço físico para abrigar novos estudantes. Para isso, é necessário obter sucesso nas pactuações negociadas junto ao Mi-nistério da Educação para aumentar a oferta de cursos noturnos. No horizonte da criação de novos, a univer-sidade trabalha com a perspectiva de montar cur-sos de Medicina e Direito. Cerca de 2.500 alunos formados A Unipampa, que conta, hoje, com 716 pro-fessores e 696 servidores, já formou 2.481 alunos desde 2010. Somente em 2013 foram graduados 727 estudantes. Com 63 cursos de graduação, a universidade tem hoje com cerca de 9,9 mil estu-dantes, devendo abrigar, quando estiver efetiva-mente implantada, 12 mil estudantes. A instituição mantem 781 alunos bolsistas, sendo 208 na área de ensino, 251 na extensão e 322 em pesquisa. O acervo das bibliotecas é de aproximadamente 190 mil exemplares, entre livros, periódicos e outras mídias. Em todas as unidades, funcionam 81 grupos de pesquisas que desenvolvem 803 projetos, 16 cursos de especialização e a produção científica já alcançou a soma de 2.681 trabalhos.
  • 8. A Unipampa é de todos e para todos Se tem uma coisa de que nós não nos arrepende-mos é do nosso envolvimento no processo que resultou na conquista de uma Universidade Federal para nossa região. Este era um sonho de nossa geração que se transformou em bandeira de lutas desde à época em que, jovens estu-dantes, liderávamos o movimento estudantil em Santa Ma-ria e Bagé. E uma possibilidade concreta para impulsionar o crescimento da Campanha e da Fronteira Oeste. Quando aceitamos o desafio proposto pelo ministro Tarso e passamos a coordenar a ampla mobilização que to-mou conta da região estávamos convencidos de que esta era uma das mais importantes contribuições que podería-mos oferecer para o nosso desenvolvimento. Foi com esta certeza que nos jogamos de cabeça e corpo nesta emprei-tada, cientes do papel de homens públicos comprometidos com as transformações necessárias para que o Brasil e o Rio Grande avancem cada vez mais. Percorremos milhares de quilômetros viajando por 23 cidades. Participamos de dezenas de reuniões nos mu-nicípios, em Porto Alegre e Brasília. Estivemos com o pre-sidente Lula, com o então ministro Tarso Genro e seus as-sessores no Ministério da Educação. Mas, não cansamos. Pelo contrário, cada atividade nos dava a certeza de que o caminho era esse e que estávamos no rumo certo. No dia 27 de julho de 2005, em Bagé, quando ou-vimos o presidente Lula anunciar a criação da Unipampa, vibramos junto com as 40 mil pessoas que tomavam a Pra-ça Silveira Martins e várias quadras da Avenida Sete de Se-tembro. Hoje, ao percorrer estes municípios e presenciar os avanços já produzidos em menos de uma década, conversar com pessoas que mudaram suas vidas, receber agradeci-mentos de pais e familiares que conseguiram ver os sonhos de filhos e parentes realizados, nos damos conta da grande-za do que foi a conquista da Unipampa. Não devemos e nem podemos esquecer o apoio estimulador do atual governador Tarso Genro. Foi ele que, na condição de ministro de Educação orientou os nossos passos, fazendo com que o nosso norte estivesse em con-sonância com a política do Governo Federal. Tarso é parte importante desta conquista. Devemos, por outro lado e por um dever de justiça, reconhecer que não fosse a sensibilidade do presidente Lula não teríamos esta conquista. Um operário, portador de diploma de curso técnico, que vislumbrou nos investimen-tos em educação uma alternativa para o desenvolvimento do País e, acima de tudo, de inclusão social, é o grande res-ponsável por tudo isso. Política, aliás, que tem continuidade com a presiden-ta Dilma, que ampliou os repasses para a educação e que também sabe da importância da emancipação dos pobres e menos favorecidos, caminho que fica mais curto com a formação e qualificação profissional. A Unipampa, portanto, é uma vitória de todos nós. A Unipampa é de todos e para todos. Luiz Fernando Mainardi Deputado Estadual Paulo Pimenta Deputado Federal