Este documento apresenta os resultados de um inquérito realizado a conimbricenses sobre a sua opinião sobre os jornais regionais. Muitos entrevistados reconhecem a importância dos jornais regionais, mas apontam que estes poderiam fornecer uma informação mais actualizada, diversificada e independente. Alguns criticam a excessiva ênfase dada à publicidade. A maioria concorda que os jornais regionais têm vindo a melhorar, mas poderiam dar mais espaço a debates sobre problemas locais e nacionais.
1. Este suplemento
faz parte integrante
da edição especial
do N.º 8127
de 19 de Abril
de 2002
FUNDADO EM 1917
Director: Artur Almeida e Sousa
BI-SEMANÁRIO REPUBLICANO INDEPENDENTE
85 anos
Caderno de aniversário
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2. inquérito
Conimbricenses dizem o que pensam sobre a informação
Jornais regionais vistos por quem os lê
Apesar das dificuldades com que se têm deparado tanto os jornais regionais como os nacionais, os meios de informação escrita regionais têm vindo a
melhorar. Esta é apenas uma das muitas conclusões que se pode tirar do inquérito de rua que “O Despertar” fez, aleatoriamente, a cerca de três dezenas de
conimbricenses. Apesar das opiniões controversas e muito diversificadas sobre os jornais da região, a importância e influência que eles exercem é inegável.
Assumindo-se, muitas vezes, como “defensores e porta-voz” dos problemas da zona geográfica em que se enquadram, alguns jornais regionais pecam, no
entanto, segundo alguns dos entrevistados, pela falta de uma informação mais actualizada, mais diversificada, mais profunda e mais independente dos
serviços de agenda. Mas, apesar da importância reconhecida da imprensa regional, há ainda quem não tenha por hábito ler jornais e prefira acompanhar os
acontecimentos pela televisão. Quem os lê, entende que são imprescindíveis e espera que tenham uma função social mais interventiva.
Carolina Almeida
62 anos, empregada de balcão
Zilda Monteiro “Costumo. Acho que são bons e que
têm vindo a melhorar. Dão uma boa
imagem da região.”
Sandra Cristina Couto
26 anos, empregada de balcão Hernani Ferreira
“Leio pouco, mas gosto muito dos 43 anos, electricista
jornais de região. Tem havido uma “Leio quase sempre jornais
grande melhoria, o que é gratificante. regionais. Normalmente trazem
Como é sabido a imprensa têm-se notícias agradáveis e sempre
debatido com grandes dificuldades, interessantes. Penso que deviam
nomeadamente devido ao porte trazer mais notícias nacionais mas,
pago, e penso que os jornais têm de algum modo, também acho que a
sobrevivido à crise com muito mérito sua função é dar preferência ao
próprio. Acho que merecem a nossa regional. Acho que têm vindo a
confiança e que nos prestam um bom melhorar.”
serviço, principalmente os regio-
nais.” Lasalette Pereira
52 anos, professora
Maria da Piedade “Costumo. Penso que focam sempre
67 anos, doméstica os mesmos assuntos, o que não é
“Não costumo ler muito e não tenho muito bom. Gostava de ver mais
por hábito comprar jornais. Como focada a parte cultural, a parte
não gosto de andar pelos cafés acabo artística porque acho que há muito
por ver jornais muito raramente. Mas pouco nesse aspecto. Penso que
gosto de estar informada e vejo
quase sempre as notícias na
televisão. Mas até era preferível não
ver, porque só se vêem desgraças.”
85.º
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3. inquérito
mais actualizada. Mas, mesmo assim, simples título das notícias. Mas isso
penso que têm vindo a melhorar.” não impede que, hoje em dia, mesmo
os órgãos de âmbito local, se dediquem
focam demasiado os anúncios, as Cidália Pinto também profundamente a acolher no
notícias publicitárias. Acho que os 55 anos, desempregada seu seio as opiniões diversas, mas com
jornais actualmente estão a apostar “Sim, costumo. Quanto a mim, penso realismo e profundidade de análise.
demasiado na vertente publicitária. que a informação devia ser mais Eu sigo atentamente toda a imprensa
Penso que essa tendência se tem adequada e mais profunda, porque a regional e penso que tem vindo a
vindo a agravar nos últimos tempos.” nossa cidade está uma miséria e é melhorar. Julgo que se têm dado
preciso que os meios de comunicação passos importantes no melhoramento
Célia Pinto funcionem também como forma de quer da imagem quer também da
25 anos, professora alerta. Temos a Alta da cidade numa forma objectiva e realista como aborda
“Costumo. Acho que repetem muito miséria, há muita degradação, muita os problemas de natureza local. E,
as notícias uns dos outros, focam todos falta de vigilância e muita falta de sobretudo, tem sido uma voz
as mesmas coisas. Pelo menos os daqui respeito. Acho que devia haver uma combativa em defesa desses
de Coimbra. Devem ter as mesmas maior intervenção, porque as pessoas problemas o que me parece muito
fontes porque não há muita novidade. sentem-se inseguras e com medo de importante.”
Julgo que não têm evoluído muito, sair à noite. Penso que a comunicação
apesar de aparecer um ou outro que social devia também alertar para a Gertrudes Jorge
tenta melhorar, pelo menos a nível de problemática que se vive em algumas 66 anos, doméstica
grafismo. De resto não têm muita ruas da cidade e funcionar em “Não costumo ler jornais. Não sei
qualidade de informação. Acho que as colaboração com as fontes de muito, mas também não gosto muito
notícias são muito vagas, muito segurança alertando para a necessidade de ler. Gosto mais de ver as notícias
resumidas e há muito pouca de uma maior intervenção. Espero que na televisão. É mais fácil e gosto de
diversidade.” isto mude agora com o novo ver as imagens, torna-as mais reais.”
presidente, que penso que é um grande
Ana Rodrigues presidente, interessado em restaurar a António Pedroso
44 anos, professora Alta e empenhado na cidade. Acho que Desempregado
“Leio, até porque a minha formação a comunicação social devia abstrair- “Costumo. Eu gosto dos jornais da
assim o exige. Sou professora e, se não -se mais dos serviços de agenda e região mas acho que eles deviam
estiver bem informada, corro o risco chamar à atenção da população e dos preocupar-se mais com aquilo que
de ser surpreendida pelos alunos que governantes para a necessidade de um preocupa as pessoas, como por
actualmente não perdem nada. Gosto trabalho profundo na cidade.” exemplo o desemprego. Estou
de ler e acho que os nossos jornais não desempregado e todos os dias desfolho
são maus, apesar de, por vezes, Francisco Rodeiro os classificados à procura de alguma
aligeirarem os assuntos e não se 49 anos, advogado coisa. Para mim, neste momento, os
compreender quais são realmente as “Leio todos os jornais regionais. Penso classificados são, sem qualquer
grandes novidades. Mas estou que em regra geral, os meios de dúvida, a parte mais atractiva de
satisfeita e, sinceramente, penso que comunicação regionais são de boa qualquer jornal”.
têm vindo a melhorar.” qualidade. Expressam com muito rigor
os problemas locais e têm uma visão, Maria Adélia
António Caneiras embora restrita, do âmbito nacional. 62 anos, doméstica
39 anos, funcionário autárquico Falta-lhes é, por vezes, um noticiário “Não costumo ler jornais regionais.
“Leio muito raramente os jornais de âmbito internacional. Hoje com o os órgãos de âmbito regional individualidades de grande capacidade Não tenho hábito. Prefiro acompanhar
regionais, mas penso que são problema da globalização as notícias defendem claramente os problemas da intelectual, de análise realista dos os acontecimentos pela televisão.”
importantes e a qualidade, para a que ocorrem em muitos países são-nos região embora, obviamente, sem ter problemas que o país atravessa. Falta
função que eles exercem, está razoável familiares, dizem-nos muito respeito uma visão paroquial desses mesmos aos órgãos locais esse espaço José Espírito Santo
e aceitável. Julgo que têm vindo a e penso que os órgãos regionais problemas. O que falta nos órgãos de vocacionado para questões de debate 58 anos, empresário
melhorar, quer em termos de qualidade poderiam - e porque não deveriam - comunicação regional é, por vezes, dos problemas a que todos dizem “Sim, leio com muita frequência.
quer em termos de quantidade. Pelo ter um espaço próprio para, embora uma elite intelectual que faça artigos respeito. Isso daria outra credibilidade Acho que dão uma boa imagem da
menos aqui na zona Centro tenho-me em síntese, referir alguns aspectos de de opinião, como fazem alguns órgãos e, sobretudo, outra profundidade aos região. Penso que de uma forma
apercebido disso. Penso que não estão natureza internacional. Mas de resto a de âmbito nacional, como o “Público” nossos jornais. É certo que hoje os geral as notícias são abordadas com
maus. Mesmo em termos de grafismo, qualidade é boa e penso que faz uma o “Diário de Notícias” ou o tempos que correm são tão apressados
não há nada que me chame à atenção cobertura muito razoável e aceitável “Expresso”, que são paradigmas da que as pessoas não têm tempo para
pela negativa.” das notícias de âmbito local e, imprensa nacional e que se pautam por aprofundar os problemas e acabam por
sobretudo, o que eu me apercebo é que chamar a si notoriedades e se satisfazer, muitas vezes, com o
Luís Damas
63 anos, reformado
“Costumo. Acho que uns são fracos e
outros um pouco melhores. Há de
tudo. Penso que o que está pior é a
nível da informação. Falta informação
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4. inquérito
piorar em termos de qualidade e acho
que estão a tornar-se cada vez mais
repetitivos, todos os dias a falar sobre
os mesmos assuntos e a descurarem
profundidade e rigor, embora temas que interessam a muita gente,
existam assuntos que poderiam ser como por exemplo a parte da
melhor tratados, como por exemplo educação. Este é um campo que me
o desporto, que acho que deveria ser interessa muito e que tem muito
mais aprofundado. Mesmo assim, pouco destaque. Dizem todos a
acho que têm vindo a melhorar nos mesma coisa, não aprofundam e, no
últimos anos. Houve uma melhoria final, ficamos com as mesmas
significativa quando se introduziu a dúvidas e ainda mais baralhados.”
concorrência.”
Santos
Víctor Baptista 66 anos, comerciante
45 anos, administrativo “Costumo ler e sou assinante de
“Costumo. Acho que são bons. São alguns. Acho que a nível dos diários
bastante informativos e trazem tudo estão um ao nível do outro, apesar
aquilo que nos interessa aqui na de achar que “As Beiras” tem melhor
região. Penso que têm vindo a qualidade, que trata melhor as
melhorar e acho que estão bons, notícias, com outro alcance. Em
apesar de nem sempre trazerem relação à evolução, acho têm
aquilo que nós gostaríamos, como evoluído muito pouco. Acho que o
por exemplo a Académica na I “Diário de Coimbra” está muito
Liga…” estacionário há bastante tempo,
enquanto que “As Beiras” tem
Bruno Gouveia evoluído um pouco mais. Mas em
18 anos relação àquilo que era necessário,
“Costumo ler pouco. Penso que acho que os jornais regionais estão
alguns são bons, outros nem tanto… ainda muito aquém daquilo que
Penso que em alguns assuntos são Coimbra precisa. Em relação à
bastante exagerados e nem sempre imprensa não diária não conheço
correspondem àquilo que gosta- muito bem, costumo ler só os
ríamos de ler. Não sei se se pode dizer diários.”
que tenham vindo a melhorar.” mesmo uma vez só. O que interessa fazer bem o processamento de texto encontramos em alguns diários.
é que o conteúdo das notícias e que e em que a qualidade da fotografia Penso que os temas são tratados pela João Paulo
Cristina Henriques quem as faz tenha uma posição séria, não é nada boa. Acho que a rama, sem grande ou nenhuma 30 anos, funcionário
45 anos, escritora verdadeira e honesta para com o qualidade não é do jornal, depende profundidade e, no jornal que leio da Casa da Sorte
“Leio jornais todos os dias. Leio leitor, porque o leitor ao pagar o das pessoas que lá trabalham.” logo de manhã, há poucos assuntos “Costumo ler alguns. Pelo que leio
todos os jornais regionais, diários e jornal quer ser bem servido. Noto que despertem o interesse e que aqui na região Centro, penso que não
não diários, e leio também alguns que cada vez há uma maior Maria Pais sejam analisados com profundidade. há muita informação e a que há não
jornais nacionais. Penso que os discrepância em relação às notícias 72 anos, dona de casa Eu sou da opinião que alguns dos é nada de especial. Penso que a nível
jornais de Coimbra precisam de levar e acho também que não há muita “Costumo ler sempre jornais nossos diários se limitam a ver o TV de tratamento de notícias não está
uma grande reviravolta porque acho transparência. De um jornal para o regionais. Às sete horas da manhã já Regiões. Eu leio os diários e leio muito mal. Os textos respondem a
as notícias muito repetitivas em outro parece que há uma miopia tenho um lido. Penso que temos dois depois também os não diários. Outra muitas das nossas dúvidas e
todos os jornais. De um modo geral, social. Em termos de qualidade, acho diários muito diferentes, um coisa que eu acho é que, às vezes, curiosidades. Penso que os jornais
o corpo da notícia vai de zero a 20 que é errado pensar que é nos jornais aprofunda mais as coisas, traz textos ocupam as laudas todas do jornal da região têm uma abrangência
por cento, numa escala de zero a 100. de renome que se encontram as maiores, o outro passa a coisa mais com o mesmo senhor a falar, a repetir aceitável e julgo que têm vindo a
Não dou mais. Acho que um jornal melhores notícias. Muitas vezes elas pela rama e não traz tudo o que quase sempre as mesmas coisas do melhorar em termos de qualidade.”
para ser bom não tem que sair todos estão nos jornais regionais, depende acontece na cidade. Há coisas que início ao fim. Isso acontece muito
os dias. Pode ser um jornal que saia do jornalista que a faz. Há jornais se sabe que aconteceram e só nos jornais diários cá da terra. Acho
apenas duas vezes por semana ou com muito nome que não sabem passado dois ou três dias é que as que os nossos jornais têm vindo a
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6. inquérito
penso que tudo o que se passa na parecem estar mesmo a perder a
cidade e mesmo na região está a ser pouca qualidade que tinham.”
tratado. Penso que há uma diferença
Artur Serrano muito grande entre os vários jornais, Fernando Pinto
41 anos, engenheiro mecânico a abordagem é diferente, assim como 47 anos, do gabinete
“Sim costumo. Acho, por um lado, é diferente a análise dos aconte- de imprensa do CHC
que têm um certo interesse, porque cimentos. Mesmo que alguns temas “Sim, costumo ler jornais regionais.
falam especificamente de Coimbra. sejam iguais, o tratamento é bem Acho que há poucos jornais regionais.
Acho que alguns jornais são mais diferente. Acho que a qualidade é Utilizam o nome mas não se com-
virados para a política quando razoável. O que eu leio mais são os portam enquanto jornais regionais,
deveriam sê-lo mais para a cidade. jornais diários e, apesar de algumas porque grande parte do seu conteúdo
Penso que em termos de qualidade, notícias coincidirem não são iguais. não obedece ao que está estabelecido
os jornais da cidade têm vindo a São todos muito básicos.” na lei quanto à produção própria e
esforçar-se para melhorar. Mas específica da área em que esses
gostava de encontrar nos jornais da Sónia Silva jornais se enquadram e inserem. Em
região páginas que se dedicassem 29 anos, educadora de infância termos de qualidade, poderia dividi-
mais ao emprego, um espaço mais “Sempre que tenho algum tempo los em dois escalões. Começava pelos
alargado do que os tradicionais aproveito para me informar. Por jornais regionais diários, que têm
classificados. Era importante que hábito, leio um jornal nacional e vindo a actualizar-se tecnologi-
trouxessem estatísticas, porque esses costumo ler sempre, pelo menos, um camente e começam a dar uma boa
dados fazem as pessoas comprar dos diários da região. Gosto também resposta na comunidade em que se
muito os jornais. Gostava também de dar uma espreitadela, nem que seja inserem e a terem capacidade de
que os nossos jornais se dedicassem só aos títulos dos semanários. Penso concorrerem no mercado publi-
mais às questões práticas do que os nossos jornais são bons e que citário regional. Apesar disso,
desenvolvimento da terra e menos às têm vindo a melhorar bastante nos debatem-se com naturais dificul-
questões e encontros políticos. Penso últimos anos. A informação é bem dades, designadamente as limitações
que já têm uma função interventiva e tratada e, mesmo não sendo sempre ao porte pago, bem como a ma-
forte mas, mesmo assim, penso que analisada com a profundidade crocéfala distribuição de receitas
poderiam dedicar mais páginas a desejada, dá-nos uma boa perspectiva publicitárias, designadamente as que
questões práticas, como a falta de dos acontecimentos. Lamento é que vêm do próprio Estado. O segundo
saneamento, dados sobre a habitação esteja tão dependente das agendas escalão compreenderia os jornais não
em Coimbra – todas aquelas questões políticas, das deslocações do diários que, normalmente, são os mais
de que se fala todos os dias e que não presidente e das visitas dos ministros. aos jornais de Coimbra gosto, acho jornais não diários estão muito pobres ou menos influentes, com uma
se conseguem ver escritas em lado O que nós queremos encontrar nos que analisam os temas com alguma dependentes dela. A maior excepção tiragem mais reduzida e uma influên-
nenhum. Os jornais deviam dedicar- jornais são coisas da nossa terra, profundidade. São mais ou menos.” é talvez o “Campeão das cia obviamente menor. Os elevados
se mais e explorar todos esses temas factos concretos e não promessas vãs Províncias”, que foge mais à regra, custos de produção obrigam a que,
que as pessoas querem saber, sobre a que, na maioria das vezes, nem se Carlos Silva o que deveria acontecer também por vezes, o director exerça também
terra e não propriamente sobre o chegam a concretizar. Os jornais não 35 anos, empregado balcão com, por exemplo, o “Jornal de as funções de editor, administrador,
Carlos Encarnação ou o Manuel devem deixar-se arrastar pelas “Leio de vez em quando. Como não Coimbra”, que traz praticamente as repórter e de funcionário de limpeza.
Machado.” promessas políticas. Penso que essa tenho muito tempo, aproveito mesmas coisas dos diários. Nota-se Assim sendo, não há condições
‘dependência’ é a maior lacuna de quando estou no café. Não costumo também nos jornais regionais uma objectivas para se produzir um
Cristina Loureiro todos os jornais.” comprar, até porque prefiro ver o dependência muito forte da Lusa o conteúdo jornalístico interveniente e
26 anos, empregada de balcão jornal televisivo. Dá menos traba- que não deveria acontecer principal- ajustado à realidade local, pelo que
“Costumo. Acho que têm um papel Andreia Nobre lho e acho que é mais aprofundado. mente nos semanários, que deveriam se opta, na grande maioria dos casos,
importante já que privilegiam a região 22 anos, estudante Em relação aos jornais regionais ter outra função. Em termos de pela “compra” de informação que
onde vivemos. No entanto, acho que “Não costumo ler jornais. Nor- parece-me que são muito vagos e qualidade lamento dizer que os outros redigiram e que pouco tem a
há muitos assuntos que gostaríamos malmente só leio quando estou no repetitivos. Todos dão preferência jornais não têm vindo a melhorar ver com o âmbito e objectivo do título
de ver tratados e que o não são. Mas café e encontro algum. Em relação aos assuntos de agenda e mesmo os substancialmente e que alguns que a publica.”
Câmara Municipal
de Vila Nova
de Poiares
Felicita “O Despertar”
pelo seu 85.º aniversário
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8. opinião
De vez em quando…
“O Despertar” fez 85 anos de existência
foram as figuras do saudoso António
de Sousa e seu filho Armando de
Adifer Sousa, já falecidos há muitos anos, mas
cujas memórias estarão sempre
85 anos do jornal mais presentes na vida deste matutino.
antigo da nossa cidade Só quem conheceu, há anos atrás,
“O Despertar”, representa as antigas instalações deste jornal,
com aquela máquina antiquíssi-
uma vontade inaudita, para ma, parecendo uma “locomotiva”, às
todos os que trabalham vezes puxada por uma roda, quando
com dedicação faltava a energia, o barulho ensur-
decedor das suas peças já velhinhas,
pela causa jornalística atraiam os transeuntes que passa-
e não só. vam.
Os cavaletes que continham as
Significa também uma “luta” caixas, onde estavam as letras de
persistente a favor do empenho dos chumbo, já tudo velhinho e cheio de
interesses da nossa cidade e região pó, onde eu passei muitas horas em
centro, que aliás são muitos, e frente das caixas com os respectivos
contactar com o povo anónimo, caixotins para a distribuição do tipo
pugnando pelos seus direitos e em chumbo e às vezes com o
alertando as entidades citadinas, para componedor na mão, instrumento
a realidade dos factos, do dia a dia de sobre o qual o tipógrafo dispunha os
uma urbe carenciada de muita “coisa” caracteres, com que ia formando as
por vezes prementes, ficam linhas da composição. Tudo isto,
“adormecidos” na gaveta dos res- depois acabou, e ainda bem, surgindo
ponsáveis da nossa cidade. as máquinas de compor, tudo à base
“O Despertar”, ao chegar aos 85 de chumbo, que estiveram muitos anos
anos da sua existência, congratula-se em actividade, sendo substituídas por
em pugnar por tudo, que a cidade computadores próprios para a con-
precisa, alertando com a voz dos seus fecção de um jornal.
colaboradores assuntos para bem do Agora, entra-se nas suas ins- redacção. Despertar”, porque sem uma “equi- Sousa, que se tem esforçado pela vida
desenvolvimento da nossa cidade, que talações, com um “cenário” completa- Bons e variados colaboradores, pa” homogénia e persistente, não deste jornal,e não só, honrando o
tanto carece, principalmente do sector mente diferente, reconhecendo-se o dão ao bi-semanal republicano atingia a bonita idade dos 85 anos! nome da família Sousa, envio-lhe
industrial. esforço, a dedicação dos seus independente, momentos agradáveis, A cidade, pode honrar-se, por ter sinceramente um abraço de parabéns
Recordar este jornal, há 60 anos, orientadores, que a transforma- de boa leitura, sempre com interesse um jornal digno do seu nome, e muitas felicidades para os que
mais ou menos, quando eu estava na ram com equipamento moderno e para a cidade e região centro. pugnando sempre pelos seus interesses diariamente labutam nas oficinas e
minha plena juventude, com 20 anos, adequado à vida presente de um Parabéns aos seus administra- e cujos problemas, quando prementes, redacção deste matutino, que querem
nunca me esquecerei do contacto, que jornal com bom aspecto gráfico e as dores, colaboradores, assinantes e tenham uma solução imediata. fazer mais e melhor, pela cidade e pela
tive com os pioneiros deste jornal, que novas instalações da sua moderna anunciantes, pela longevidade de “O Ao seu director Artur Almeida e sua população.
CURSOS DE LICENCIATURA EXISTENTES NA UNIVERSIDADE DE COIMBRA
FACULDADE DE LETRAS Ramo de Arquitectura e Tecnologia Química
Geografia (área de especialização em Ordenamento do Biologia Ramo Científico, com as áreas opcionais de:
Território e Desenvolvimento) Ramo Científico Química-Física
Geografia (área de especialização em Estudos Ambientais) Ramo de Formação Educacional Química dos Processos Biológicos
Geografia (área de especialização em Ensino) Bioquímica Ramo Educacional – Ensino de Física e de
Filosofia Engenharia Civil Química
História Engenharia Electrotécnica e de Computadores Química Industrial, com as áreas opcionais de:
História, nas variantes de: História da Arte Ramo de Automação Controle Químico da Qualidade
Arqueologia Ramo de Telecomunicações Processos e Síntese Química
Línguas e Literaturas Clássicas e Portuguesa
Ramo de Computadores
Línguas e Literaturas Modernas, nas variantes de:
Ramo de Energia FACULDADE DE FARMÁCIA
Estudos Franceses e Alemães
Engenharia Física Ciências Farmacêuticas
Estudos Franceses e Ingleses
Ramo de Ciência dos Materiais
Estudos Ingleses e Alemães
Ramo de Instrumentação FACULDADE DE ECONOMIA
Estudos Portugueses
Engenharia Geográfica Economia
Estudos Portugueses e Alemães
Engenharia Geológica Organização e Gestão de Empresas
Estudos Portugueses e Espanhois
Engenharia Informática Relações Internacionais
Estudos Portugueses e Franceses
Engenharia de Materiais Sociologia
Estudos Portugueses e Ingleses
Engenharia Mecânica
Estudos Portugueses e Italianos
Ramo de Produção FACULDADE DE PSICOLOGIA E DE CIÊNCIAS
Jornalismo
Ramo de Termodinâmica e Fluidos
DA EDUCAÇÃO
Engenharia de Minas
Todas as Licenciaturas acima mencionadas, com excepção Ciências da Educação
Engenharia Química
do Jornalismo, possuem o Ramo de Formação Educacional Psicologia, nas seguintes áreas de pré-especialização:
Física
É leccionado nesta Faculdade o Curso de Língua e Cultura Orientação Escolar e Profissional
Ramo Científico, com as áreas de especialização em:
para Estrangeiros Psicologia da Educação
Física Experimental
Psicologia Clínica Dinâmica e Sistémica
FACULDADE DE DIREITO Física Teórica
Clínica Cognitivo-Comportamental
Direito Ramo de Formação Educacional
Psicologia do Desenvolvimento
Administração Pública Geologia
Avaliação Psicológica, Aconselhamento e
Ramo Científico
Reabilitação
FACULDADE DE MEDICINA Ramo de Formação Educacional
Psicologia das Organizações
Medicina Matemática
Psicologia Social
Medicina Dentária Ramo Científico, com as áreas de especialização em:
Matemática Pura
FACULDADE DE CIÊNCIAS DO DESPORTO E
FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA Matemática Aplicada
Antropologia Computação EDUCAÇÃO FÍSICA
Arquitectura Ramo de Formação Educacional Ciências do Desporto e de Educação Física
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10. televisão
Televisões portuguesas
“pescam” sucessos em Cannes
As estações TVI, SIC e RTP de alguns formatos”, como os “rea-
lity-shows”, um género de programa
iniciaram segunda feira popularizado em Portugal pelo “Big
uma semana de compras no Brother”.
principal mercado televisivo “A feira é uma oportunidade três anos conta com um stand nos
única para ver o que de melhor e mais grandes festivais internacionais.
europeu, o MIPT-TV, que moderno se faz na indústria televisiva “Este ano teremos como grandes
decorre em Cannes, França, mundial”, sublinhou. novidades a novela ‘Sonhos Traídos’,
até hoje, procurando novas Na SIC, também se prepara a que estreou na TVI, e a série ‘Um
apostas para a sempre acesa semana de compras em Cannes, que Estranho em Casa’, que passou na
contará com a presença do próprio RTP”, disse à Lusa a responsável de
guerra de audiências. director de programas, Manuel marketing da NBP, Rosa Lousa.
Fonseca, o chefe de aquisições, José A produtora leva ainda para
Filmes, séries e programas de Navarro Andrade, e ainda Manuela França produtos já habituais, como
entretenimento figuram no topo da Caputti. os telefilmes da SIC e ainda as
lista de preferências, num festival que “A SIC acaba de fechar contrato novelas por si produzidas, embora
permitirá ainda confirmar acordos com a National Geographic, para legendadas em Inglês, casos de
entre os operadores portugueses e os mais uma série de documentários de “Daughter of the Sea” (“Filha do
seus parceiros preferenciais. grande qualidade e o MIPT servirá Mar”, TVI), “Eyes of Water” (“Olhos
A directora do departamento de também para selarmos esse acordo”, de Água”, TVI), “Torn Destiny”
compras internacionais da TVI, disse à Agência Lusa o director de (“Ganância”, SIC), entre outros.
Margarida Vitória Pereira, disse à programas do canal de Carnaxide, Sem grandes expectativas está a
agência Lusa que o canal vai Manuel Fonseca. D&D, outra presença habitual nos
“formalizar acordos que têm vindo a Quanto à procura de novas mercados internacionais, e que vai
ser negociados com as grandes apostas, o responsável preferiu não procurar este ano “musicais, bom
empresas internacionais”. abrir o jogo: “Vamos ver o que há de entretenimento e boa ficção”, como
“No nosso caso, vamos fechar novo no mercado televisivo e isso é disse à Lusa o seu director, Bruno
contrato com a Columbia e a Fox, o sempre o mais importante no MIPT”, Cerveira.
que nos garantirá a última série de ‘X- disse, sublinhando que “a SIC está “O mercado não está para
Files’, que são 20 episódios e que terá interessada em filmes, séries e outros grandes expectativas. Vamos lá ver o
um grande final especial de duas formatos de entretenimento”. que se passa, ter umas reuniões, olhar
horas de duração”, concretizou. Manuel Fonseca adiantou, as novidades e pouco mais”, explicou,
A responsável contou ainda que contudo, que “reality-shows” “não admitindo que possa haver “um
a TVI renovará ainda em Cannes os estão nos planos” da estação. “Neste “Vamos saber quais são as gran- do Canal 1, António Borga, a gesto- menor impacto dos ‘reality- shows’
acordos para continuar a transmitir as momento, temos no ar o ‘Master- des novidades de programação e ra do canal 2, Clara Alvarez, e a do que o verificado há um ano e
séries de sucesso “Ally McBeal” e plan’, que é um ‘game-show’ e, tentar fechar alguns negócios”, responsável pelas compras, Fátima meio”.
“Causa Justa”. portanto, não estamos interessados adiantou. Cavaco. “Eu não sou grande adepto desse
Quanto ao resto, Margarida nesse tipo de formatos”, disse. A delegação da estação pública Em Cannes estarão presentes tipo de programas, mas acho que o
Vitória Pereira vai à descoberta, Quanto à RTP, vai para Cannes de televisão é composta pelo director também várias produtoras portu- seu sucesso ainda não acabou,
porque “se prevêm muitas surpresas com o objectivo de “analisar o do gabinete de programas interna- guesas, em especial a Nicolau embora haja uma maior acalmia”,
para a edição deste ano e a evolução mercado”, disse uma fonte da estação. cionais, Jaime Fernandes, o director Breyner Produções (NBP), que há já disse.
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19/04/02
11. televisão
Extinção de um canal da RTP
pode levar a colapso
Manuel Maria Carrilho apontou “bloqueios
O antigo ministro da Cultura políticos” no caso RTP, “que muitos tentaram
transformar num problema empresarial”.
Manuel Maria Carrilho opôs-se, em Sempre em consonância com as ideias de
Lisboa, à extinção de um dos canais Dominique Wolton, o deputado salientou que os
da RTP, alertando que poderá portugueses deveriam “deixar a ideia de que a
televisão pública é mais manipulável do que as
representar um “colapso” do serviço privadas”.
público de televisão. Perante um auditório do IFP quase cheio,
Dominique Wolton falou sobre outros casos de
O ex-ministro do governo socialista e países europeus - a Alemanha, a França e o Reino
actualmente deputado, defendeu esta posição Unido - que decidiram manter três canais
durante um debate sobre serviço público de públicos. “Um só canal público não dá margem
televisão que decorreu no Instituto Franco- de manobra para enfrentar a concorrência
-Português (IFP), com a participação do privada, que é muito dura, e pode gerar um
sociólogo francês Dominique Wolton e o director monopólio”, justificou.
do “Diário de Notícias”, Mário Bettencourt Para o sociólogo, convidado a fazer uma
Resendes. conferência sobre o tema, a validade do serviço
Apesar do consenso entre os três público de televisão é inquestionável e
intervenientes do debate quanto à preservação desempenha um papel importante na “pre-
do serviço público de televisão, as opiniões servação das identidades culturais nacionais de
dividiram-se sobre o número de canais públicos cada país, numa época de globalização da
a manter. comunicação”. “As maiores empresas do mundo
Tanto Manuel Maria Carrilho como são do domínio da comunicação, portanto é
Dominique Wolton concordaram na necessidade saudável manter canais generalistas públicos e
de manter os actuais dois canais da televisão privados que guardem uma certa função social
pública, numa altura em que se aguardam contra a standardização”, defendeu.
mudanças na RTP, com a tomada de posse do Advogou ainda a existência de publicidade
novo governo, e se discute uma eventual extinção nos canais públicos, que seria partilhada com os
do segundo canal. privados, sendo no entanto numa fatia menor para
Enquanto Bettencourt Resendes acredita que o serviço público, mas com o Estado a assumir os
é possível apresentar um serviço público de restantes custos, através do financiamento directo
qualidade apenas com um canal, os outros dois ou com uma taxa como a que foi abolida em
intervenientes manifestaram-se vivamente contra, Portugal.
e alertaram para os perigos que acarretaria essa
medida.
Para Carrilho, a extinção de um dos canais
“pode ser um passo irreparável como foi o da
abolição da taxa da televisão, que hoje todos
lamentam, mas nenhum governo tem a coragem
de recuperar”.
O antigo ministro da Cultura defendeu que é
preciso “resolver os problemas financeiros da RTP,
mais da responsabilidade dos governos do que de
uma má gestão na empresa”.
Resolver a situação financeira da RTP,
segundo o professor e deputado, “passa apenas
por 0,4 por cento do Orçamento de Estado,
portanto não é o drama que muitas pessoas
imaginam”.
JUNTA
DE
FREGUESIA
DE
SANTA CRUZ
Felicita “O Despertar”
pela passagem
de mais um aniversário
A Junta de Freguesia
de S. Martinho do Bispo
felicita “O Despertar”
pelo seu 85.º aniversário
19/04/02
12. televisão
SIC Gold aposta em séries
de culto que fizeram história
factores: “Por um lado, estávamos a esgotar o
nosso acervo de conteúdos e corríamos o risco
de iniciar repetições de repetições, ou seja, uma
As séries televisivas Gold da Gold”, explicou o director.
“Alf”, “Fame”, “Falcon Crest” e Por outro lado, depois de um primeiro ano
“Raízes” são as quatro grandes com boas audiências (terceiro lugar na TV
apostas para o relançamento do Cabo), o segundo ano de vida trouxe uma
descida “inevitável” que Penim quer agora
canal SIC Gold, que, a partir do dia combater.
29, surgirá nos ecrãs da TV Cabo “Há que dar sangue novo, chamar novos
com o nome SIC Sempre Gold. públicos, criar laços de afectividade com os
espectadores”, disse à Lusa.
Para o director do canal, Francisco Penim, Fora dos planos está a possibilidade de a
na renovada estação “as alterações não se SIC Sempre Gold vir a abrir a sua antena a
limitam ao nome e ao pacote gráfico”, e sucessos nacionais das estações concorrentes
acrescenta que “a SIC Sempre Gold terá um RTP e TVI. Mas “não me custa nada a admitir
reposicionamento estratégico, tentando captar em passar algumas séries estrangeiras
novos públicos”. consensualmente aceites como de grande
“A SIC Gold era um canal de repetições qualidade que já tenham passado na RTP e na
de programas que tinham sido exibidos na SIC TVI”, admitiu Penim.
generalista, embora com algumas excepções. O “Quanto a passar produções internas feitas
que vai acontecer agora é que vamos ter na por outros canais”, como a primeira novela
emissão programas que nunca foram exibidos portuguesa feita em Portugal, Vila Faia, exibida
cá na casa e que fizeram história em Portugal”, pela RTP, “é mais difícil”, acrescentou.
disse. O director do canal espera ter em breve
O objectivo é alargar o raio de acção do outros clássicos televisivos imortais como
canal, até aqui “visto essencialmente por “Dallas”, “Uma Casa na Pradaria” e “O Barco
pessoas que estão mais em casa, desde do Amor”, séries “que fazem parte do
domésticas e reformados”, para “ser um canal imaginário de uma geração hoje com 25, 30
mais familiar”. anos”.
“Vamos ter algumas séries estrangeiras de “O que nós queremos é que às pessoas que
cariz familiar e que são clássicos da televisão, vêem actualmente a Gold se juntem agora
como o ‘Falcon Crest’, o ‘Fame’, o ‘Alf’ e o pessoas mais novas, com outro tipo de interesses
‘Raízes’”, disse Francisco Penim. e que queiram recordar séries de grande sucesso
As séries, que fizeram as delícias dos que gostaram de ver quando eram jovens”,
portugueses no tempo em que só existia a RTP, sublinhou.
não faziam parte do “stock” da SIC, tendo sido As séries “Alf” e “Falcom Crest” serão
Saudamos o jornal “O Despertar”
“adquiridas a algumas empresas norte-
-americanas”.
exibidas diariamente, à terça e quinta feira,
enquanto “Fame” e “Raízes” terão uma
pela passagem do 85.º aniversário
As novas apostas constituem, segundo o periodicidade semanal.
director, “um investimento avultado”, porque As novas apostas irão para o ar sempre em
foram compradas “a um preço mais elevado ao horário nobre, embora sejam repetidas nos dias
habitualmente praticado pela SIC Gold”. seguintes durante o dia, como acontece com
“Além disso, depois de comprarmos as qualquer canal deste género.
séries temos de as tratar, de as legendar e tudo “Nós temos consciência que não podemos
isso tem custo”, explicou. discutir audiências: nenhum canal de repetições
Com um orçamento anual de cerca de 2,5 o consegue. Mas queremos que o espectador
milhões de euros (cerca de 500 mil contos), que não gosta de novelas e que à noite prefere
Francisco Penim espera que o “avultado ver boas séries sinta que tem na SIC Sempre
investimento feito agora possa ser diluído ao Gold mais uma alternativa às opções
longo dos dois anos de exibição das séries”. actualmente existentes”, concluiu Francisco
A mudança da SIC Gold decorre de dois Penim.
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19/04/02
13. saúde
Cuidados a ter com os jovens
desde o nascimento à maioridade
Na sociedade portuguesa continua a
haver a generalizada tendência de
darmos pouca importância aos
cuidados primários de saúde.
Esquecemos que é por aí que se
combatem doenças que poderão
nunca mas largar-nos para o resto da
vida. Ora sendo certo que, como diz
o povo, “é de pequenino que se torce
o pepino”, pretendemos com este
texto sensibilizar os pais para uma
série de cuidados de saúde que devem
ser dispensados à criança logo após
o seu nascimento. Para isso, consul-
támos a ARS do Centro através da sua
página “online” e os resultados foram
verdadeiramente surpreendentes pela
quantidade de informação disponível
mas, acima de tudo, pela clareza e
simplicidade com que os múltiplos
assuntos nos são apresentados.
Um dos primeiros temas tem a
ver com a consulta destinada à
vigilância da saúde da criança e do Hospital ou Centro de Saúde, inclui vacinas contra a tuberculose, a
jovem desde o nascimento até ao final contém informação muito útil e hepatite 8, a difteria, o tétano, a tosse
da adolescência (18 anos), sendo destina-se ao registo de factos convulsa, a poliomielite (para1isia
desejável que sejam feitas nas importantes, relacionados com a infantil), as doenças causadas pela
seguintes idades: saúde das crianças e dos jovens. bactéria haemophilus influenza tipo
· 1.ª semana de vida, 1, 2, 4, 6, Sempre que levar o seu filho a b, tais como a meningite e a septi-
9, 12,15 e 18 meses um Serviço de Saúde - consulta, cemia, o sarampo, a papeira e a
· 2, 3, 4. 5-6 e 8 anos serviço de urgência, ou internamento rubéola. Mas, como poderemos
· 11-13, 15 e 18 anos – deverá ser apresentado o Boletim confirmar no esquema cronológico
Entre o 4º e o 7º dias de vida, a ao médico ou enfermeiro que o (ver caixa) existem datas e dosagens
criança deve fazer o rastreio de atender. que não poderemos nem deveremos
doenças metabólicas – “teste do esquecer para nosso bem e de quem
pezinho”. que habitualmente é A vacinação os rodeia.
realizado no Centro de Saúde e
permite detectar duas doenças graves Um dos temas mais importantes a ter Cuidados a ter dos 4
(fenilcetonúria e hipotiroidismo), que em conta na vida da criança é aos 5-6 anos
podem ser tratadas, se diagnosticadas claramente o que se prende com a
precocemente. vacinação pelo que será sempre de Nesta fase dos 4 aos 6 anos de vida a
Quanto ao Boletim de Saúde bom tom consultar o Programa
que é fornecido gratuitamente no Nacional de Vacinação (PNV) que
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19/04/02
14. saúde
Quanto ao perigo de acidentes, computador, são outros dos cuidados
se tomarem cuidado, poderão tirar o a dar em forma de conselhos. ESQUEMA CRONOLÓGICO DE VACINAÇÃO
mesmo prazer das coisas sem que se É nesta idade que o jovem
arrisquem a ser vítimas e, por outro deverá um outro tipo de desafio que À nascença
criança deverá ter uma alimentação lado, os jovens descobrem o gozo e a é o de descobrir o prazer de não BCG - Vacina contra a tuberculose
adequada, com um pequeno-almoço inteligência de viver em segurança. fumar, procurando não beber VHB - Vacina contra a hepatite B – 1ª dose
reforçado e evitando o açúcar e Mas há uma outra realidade que bebidas alcoólicas, que podem Aos 2 meses de idade
alimentos açucarados, mantenham o tem a ver com a mudança física e se aumentar a agressividade e diminuir DTP - Vac.
hábito de comer frutos e legumes. está a processar no corpo, pelo que a aceitação pelos outros. Escusado contra a difteria, o tétano e a tosse convulsa – 1ª dose
É a altura de começarem os em caso de dúvida deverá o jovem será dizer que nesta fase quando VAP - Vacina contra a poliomielite – 1ª dose
preparativos para a entrada na escola, informar-se ou trocar impressões alguém o quiser obrigar a fazer VHB – 2ª dose
pelo que deverão ser estimulados com familiares ou amigos. Fazer alguma coisa que não queira, seja HIB - Contra as doenças causadas por Haemophilus
hábitos de estudo em colaboração exercício físico, praticar desporto, abusarem do corpo, seja insistirem ifluenzae tipo b – 1ª dose
entre os pais e a escola. procurar arranjar tempo para ler e para que use drogas, há o direito e
O transporte da “mala da escola” não passar os tempos livres “agar- deverá haver a força e discernimento Aos 4 meses de idade
às costas deverá estar bem centrada e rado” ao televisor ou ao ecrã do para que se diga “Não!”. E uma boa DTP – 2ª dose
apoiada nos dois ombros e quando se parte da fuga a estes problemas VAP – 2ª dose
sentar mal, deverá ser corrigida a sua poderá estar na procura em discutir HIB – 2ª dose
postura. estas ideias com outros jovens. Aos 6 meses de idade
A actividade física e o gosto pela Partilhar o que sabemos fortalece a DTP- 3ª dose
prática de desportos deverá constituir amizade e a solidariedade. VAP- 3ª dose
um instrumento susceptível de VHB – 3ª dose
proporcionar uma vida em ambiente Cuidados a ter dos 15 HIB – 3ª dose
saudável e, além do mais terá menos aos 18 anos
tempo para que não veja demasiada Dos 15 aos 18 meses de idade
televisão. Por outro lado, há que Nesta fase em que se atinge a VASPR - Vacina contra o sarampo, a papeira e a rubéola – 1ª dose
continuar a dar-lhe flúor (se não lho maioridade, para além de todos os HIB - Reforço
dão na escola) e a não descurar a conselhos já referidos, quanto à DTP – 1º Reforço
lavagem dos dentes com pasta alimentação, comportamento fami- Dos 5 aos 6 anos de idade
fluoretada, pelo menos de manhã e à liar, escolar e social, há um que DTP – 2º Reforço
noite. naturalmente se destaca de todos os VAP - Reforço
outros: A sexualidade permite o VASPR – 2ª dose
afecto e a comunicação entre as
Cuidados a ter dos 11-13 pessoas. Vivê-la com responsa- Dos 10 aos 13 anos de idade
aos 15 anos bilidade é mais gratificante e diminui TD - Vacina contra o tétano e a difteria - Reforço
o risco de que a jovem se confronte VASPR – 2ª dose (para crianças nascidas antes de 1994)
Os jovens nesta idade deverão com uma gravidez não planeada, VHB – 3ª doses (para crianças nascidas antes de 1999)
procura alimentar-se adequadamente, com a SIDA, a hepatite B ou outras De 10 em 10 anos
utilizando alimentos variados, doenças de transmissão sexual. T - Reforços
nomeadamente frutos e legumes, sem Podem e devem ser obtidas Os adultos não vacinados contra o tétano devem iniciar esta vacina em
esquecer de tomar o pequeno-almoço informações sobre estas questões qualquer idade e as grávidas não protegidas contra o tétano também o deverão
e evitar os alimentos e bebidas junto do médico assistente ou de fazer. Além de se protegerem, evitam o tétano nos seus filhos à nascença.
açucarados e o excesso de fritos e outro profissional do centro de
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