1. MAABE
Metodologias de Operacionalização l
1. Escolha do Domínio e selecção dos indicadores
O domínio escolhido para a tarefa desta sessão foi o domínio B – Leitura e
Literacia.
A escolha deste domínio justifica-se, desde logo, pelo facto de representar
uma área essencial para que a BE cumpra os seus objectivos no processo
educativo. Por outro lado, poderemos considerar este domínio como uma
área de acção “forte” na BE, pelo que pretendemos aferir o seu real impacto
na escola. O facto de se desenvolverem projectos directamente
vocacionados para a promoção da leitura, será outro dos factores que
facilitará o seu acompanhamento mais incisivo e respectiva avaliação.
2. Selecção e análise dos indicadores:
Neste domínio seleccionei os indicadores:
B1 – Trabalho da BE ao serviço da promoção da leitura na
escola/agrupamento.
B3 - Impacto do trabalho da BE nas atitudes e competências dos
alunos, no âmbito da leitura e da literacia.
Relativamente aos indicadores seleccionados, o indicador B1, referente ao
Processo, foca a promoção da leitura em diversos suportes, junto dos
alunos. Nessas escolhas procura-se ir ao encontro dos seus interesses e
necessidades. Neste caso, poderia destacar como factores críticos de
sucesso:
a realização de projectos de promoção da leitura recreativa e
informativa, em articulação com os docentes;
o desenvolvimento de actividades no âmbito do PNL;
o incentivo ao uso de novos ambientes digitais.
2. O outro indicador seleccionado - B3, considerado de impacto, permite
percepcionar a eficácia das acções da BE, no âmbito da promoção da leitura
e da literacia, nas aprendizagens dos alunos.
Enquanto o primeiro indicador se reporta às acções da BE para conseguir
realizar, efectivamente, o domínio no qual se enquadra; o segundo permite
verificar em que medida essas acções produzem resultados e quais, aos
níveis do trabalho, atitudes e competências dos alunos. Estes resultados
possibilitam a verificação dos efeitos dessas acções na própria BE, ou seja,
a eficácia do seu trabalho. Desse modo, apresentam linhas orientadoras
para a implementação de um plano de acção com vista a uma melhoria.
3. Plano de Avaliação
“An evaluation plan is a (…) written document that specifies the
evaluation design and details the practices and procedures to use to
conduct the evaluation.”
The Program Manager’s Guide to Evaluation
Problema / Diagnóstico
A escolha do domínio B e dos respectivos indicadores pareceu (-nos) a mais
adequada, pelo facto de ir ao encontro da missão da BE na escola.
Uma vez que a “Promoção da leitura e da escrita com vista à aquisição
da literacia”, é um dos objectivos estratégicos do Projecto Educativo de
Agrupamento, será importante vir a conhecer o contributo da BE para a sua
concretização. Importa saber em que medida a BE contribui para a aquisição
de competências de leitura e literacia, por parte dos alunos.
3. Identificação do objecto da avaliação
A avaliação do domínio B vai incidir sobre os indicadores B1 e B3
adores Factores críticos de Sucesso Evidências Acções para a
melhoria/ exemplos
B.1 Trabalho da BE ao serviço da promoção da leitura na
escola/agrupamento.
Factores Críticos de Sucesso:
A BE disponibiliza uma colecção variada e adequada aos gostos, interesses e
necessidades dos utilizadores.
A BE identifica novos públicos e adequa a colecção e as práticas às necessidades
desses públicos (CEF, EFA, CNO, outros – alunos estrangeiros).
A BE identifica problemáticas e dificuldades neste domínio e delineia acções e
programas que melhorem as situações identificadas.
A BE promove acções formativas que ajudem a desenvolver as competências na
área da leitura.
A BE incentiva o empréstimo domiciliário.
A BE está informada relativamente às linhas de orientação e actividades
propostas pelo PNL e desenvolve as acções implicadas na sua implementação.
A BE incentiva a leitura informativa, articulando com os departamentos
curriculares no desenvolvimento de actividades de ensino e aprendizagem ou em
projectos e acções que incentivem a leitura.
A BE desenvolve, de forma sistemática, actividades no âmbito da promoção da
leitura: sessões e clubes de leitura, fóruns, blogs ou outras actividades que
associem formas de leitura, de escrita ou de comunicação em diferentes ambientes
e suportes.
A BE promove encontros com escritores ou outros eventos culturais que
aproximem os alunos dos livros ou de outros materiais/ambientes e incentivem o
gosto pela leitura.
A BE incentiva a leitura em ambientes digitais explorando as possibilidades
facultadas pela WEB, como o hipertexto, o e-mail, blogs, wikis, slideshare,
youtube…
A BE organiza e difunde recursos documentais que, associando-se a diferentes
temáticas ou projectos, suportam a acção educativa e garantem a transversalidade
e o desenvolvimento de competências associadas à leitura.
A BE apoia os alunos nas suas escolhas e conhece as novidades literárias e de
divulgação que melhor se adequam aos seus gostos.
B.3 Impacto do trabalho da BE nas atitudes e competências dos alunos,
no âmbito da leitura e da literacia.
Factores Críticos de Sucesso:
4. Os alunos usam o livro e a BE para ler de forma recreativa, para se informar ou
para realizar trabalhos escolares.
Os alunos, de acordo com o seu ano/ciclo de escolaridade, manifestam progressos
nas competências de leitura, lendo mais e com maior profundidade.
Os alunos desenvolvem trabalhos onde interagem com equipamentos e ambientes
informacionais variados, manifestando progressos nas suas competências no âmbito
da leitura e da literacia.
Os alunos participam activamente em diferentes actividades associadas à
promoção da leitura: clubes de leitura, fóruns de discussão, jornais, blogs, outros.
Tipo de avaliação de medida a empreender
A implementação da auto-avaliação da BE é uma parte integrante da
avaliação interna do Agrupamento e é uma base para a avaliação externa
realizada pela Inspecção Geral de Educação.
De acordo com o MAABE, trata-se da implementação de uma auto-avaliação
que se baseia na recolha sistemática de um conjunto de evidências, com
vista a aferir a eficácia da BE e seu impacto nas aprendizagens dos alunos.
A medição dos outcomes, visa dar a “conhecer o benefício para os
utilizadores da sua interacção com a BE”. Deste modo, contraria a
abordagem tradicional de carácter quantitativo, focando-se nos resultados,
ou seja, numa avaliação qualitativa.
Métodos e instrumentos a utilizar
A avaliação é realizada com recurso à recolha sistemática de evidências. A
recolha de evidências é feita em cada indicador através dos instrumentos
sugeridos pelo MAABE, necessitando alguns de adaptação, uma vez que
serão aplicados a alunos de 1ºCEB:
B.1 Trabalho da BE ao serviço da promoção da leitura na
escola/agrupamento.
Estatísticas de requisição, circulação na escola e uso de recursos relacionados
com a leitura.
Estatísticas de utilização informal da BE.
Estatísticas de utilização da BE para actividades de leitura programada /
articulada com outros docentes.
Registos de actividades/projectos.
Questionário aos docentes (QD2).
Questionário aos alunos (QA2).
Entrevistas.
5. B.3 Impacto do trabalho da BE nas atitudes e competências dos alunos,
no âmbito da leitura e da literacia.
Estatísticas de utilização da BE para actividades de leitura.
Estatísticas de requisição domiciliária.
Observação da utilização da BE (O3; O4).
Trabalhos realizados pelos alunos
Análise diacrónica das avaliações dos alunos.
Questionário aos docentes (QD2).
Questionário aos alunos (QA2)
Entrevistas.
Constatamos que de acordo com o leque alargado de fontes de evidências,
apresentado pelo MAABE, as que utilizamos na avaliação deste domínio têm a
seguinte natureza:
a) Dados quantitativos referentes ao funcionamento da BE
b) Consultas a docentes, alunos e outros elementos
c) Observação e análise de recursos e de actividades
d) Análise de documentação
Intervenientes
Implementação – Coordenadora das BE’s, Professora Bibliotecária (não
existem mais elementos na equipa da BE eb1), Director/Coordenadora de
Estabelecimento e Grupo responsável.
Colaboração recolha de evidências – Professores = 30 % = 2
- Alunos = 10% = 18 (1º e 4º anos)
Calendarização
Etapas do processo Calendarização
Constituição do grupo responsável ao nível Julho ou Setembro 2009
da escola/agrupamento pela condução do
processo de AA BE. Dezembro 2009
Reunião da Equipa BE/ grupo responsável
para avaliação diagnóstica, elaboração do Julho ou Setembro 2009
6. perfil da BE e prospecção do domínio a
avaliar. Novembro 2009
Sensibilização e envolvimento do Director Setembro 2009
do Agrupamento e Coordenadora de
Estabelecimento na selecção do domínio. Novembro 2009
------------------------------------------------- Outubro 2009
Elaboração do Plano de Avaliação anual. Novembro 2009
Divulgação do Plano de Avaliação à Outubro 2009
escola/Agrupamento no Conselho Pedagógico Dezembro 2009
Preparação, adaptação dos instrumentos e Novembro/Dezembro 2009
levantamento de recursos necessários. Dezembro 2009
Recolha de dados Janeiro – Maio 2010
Tratamento e análise dos dados:
identificação dos pontos fortes e fracos;
elaboração de avaliações; relação com os
standards de desempenho apresentados no
MAABE. Janeiro – Junho 2010
-------------------------------------------------
Definição do nível de desempenho e perfil
da BE. Junho 2010
Elaboração do Relatório Anual da Biblioteca
Escolar. Julho 2010
Reunião com o Director e Coordenadora de
Estabelecimento para avaliação dos
resultados obtidos e definição de acções Julho 2010
para a melhoria.
Apresentação dos resultados ao Conselho
Pedagógico/Comunidade Educativa e
definição de acções para a melhoria. Julho 2010
Divulgação do Plano de Acção. Setembro 2010
Observações
Atendendo ao desfasamento entre o cronograma ideal do processo de auto-avaliação da BE e a
realidade com a qual me deparo, optei por distinguir:
* Roxo - datas que me parecem aconselháveis para a concretização das etapas a realizar no 1º
período.
* Preto – aquelas que, dada a situação actual, poderão ser concretizadas.
Destaco, ainda, o facto de colocar a constituição do grupo responsável, em Julho, uma vez que essa
função deverá ser ponderada na organização horária dos docentes.
7. Salvaguardando o papel do Director do Agrupamento, a inclusão da Coordenadora de Estabelecimento
em algumas das etapas deste processo justifica-se pelas suas funções na escola de 1º CEB.
8. Planificação da recolha e tratamento de dados
Tarefas Calendarização
Selecção do grupo de alunos a observar e
Professores a envolver Dezembro 2009
Recolha de evidências nos seguintes
documentos: Estatísticas de utilização da BE,
registo de actividades/projectos, Trabalhos
dos alunos Janeiro – Maio 2010
Observação da utilização da BE Janeiro – Maio 2010
Aplicação dos questionários Março/Abril 2010
Entrevistas Março/Abril 2010
Reuniões Janeiro – Maio 2010
Tratamento de dados* Janeiro a Junho de 2010
* O tratamento de dados é realizado em simultâneo com a recolha para evitar acumulação
de dados.
Análise e comunicação da informação
A análise e apreciação dos dados recolhidos permitir-nos-á, não só,
conhecer melhor o trabalho da BE, bem como a forma como é visto e
apreciado pelos utilizadores. Dos dados analisados distinguiremos os
factores positivos e aqueles que têm de ser melhorados. Ambos se
apresentam como linhas orientadoras para a elaboração do plano de acção.
A análise dos dados permitirá um cruzamento entre os factores críticos de
sucesso e os perfis de desempenho, para a identificação de um nível, sendo
este aquele em que se encontrará a BE.
O passo seguinte diz respeito à elaboração de um relatório final que
permite a apresentação sistematizada da informação recolhida e
9. consequentes acções de melhoria. Este relatório está estruturado em três
secções:
Secção A – Elementos relativos ao domínio avaliado
Secção B – Elementos relativos ao trabalho desenvolvido nos restantes
domínio
Secção C – Síntese relativa à avaliação nos quatro domínios
A comunicação dos resultados do processo de auto-avaliação é fundamental
para o envolvimento de toda a Comunidade Educativa. Dando a conhecer os
aspectos positivos mas também aqueles que requerem mais investimento,
conseguimos um maior comprometimento de todos aqueles que, de acordo
com as suas responsabilidades, estão implicados no desenvolvimento e
melhoria da BE e da escola, em geral.
Os resultados devem ser apresentados a:
- Órgãos de administração e gestão da escola/agrupamento
* Conselho Geral;
* Director;
* Coordenadora do 1º Ciclo;
* Coordenadora de estabelecimento;
* Conselho Pedagógico;
- Conselhos de docentes – 1ºCEB
(Departamentos Curriculares – 2º,3ºciclos)
- Coordenadores de Directores de Turma (2º, 3º ciclos)
- Coordenadora de Ensino Especial
- Coordenador das Actividades de Enriquecimento Curricular – 1ºCEB
- Equipa da BE
- Alunos
- Encarregados de Educação/Associação de Pais
- Restantes elementos da Comunidade Educativa
- Direcção Regional de Educação
- Rede de Bibliotecas Escolares
- Comunidade Local: Autarquia
Biblioteca Municipal
Outras entidades com as quais estabelecemos parcerias
A auto-avaliação da BE deve ser parte integrante da auto-avaliação da
escola, tanto mais que a avaliação dos quatro domínios corresponde ao ciclo
de gestão das escolas/agrupamentos. A informação resultante da auto-
avaliação da BE deverá ser incluída no Relatório Anual de Actividades do
Agrupamento. Uma vez que o agrupamento a que pertence esta BE vai ser,
agora, objecto de avaliação externa, a sua súmula deverá incorporar no
10. Relatório de Auto-Avaliação do Agrupamento e ser referida na entrevista
com a IGE.
Limitações
Uma das limitações que podemos encontrar diz respeito à falta de
disponibilidade, por parte dos docentes, para integrarem o grupo
responsável pela aplicação do MAABE.
Levantamento de necessidades
Humanos • Elementos da CE disponíveis
para integrar o grupo
responsável
Recursos • Professores
• Alunos
• Gravador áudio
Materiais • Fotocópias
• Computadores
• Internet
• Material de arquivo
• Gravador áudio = 100 €
Financeiros • Fotocópias = 50 €
• Material de arquivo = 45 €