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Métodos gravimétricos 
Endler Marcel Borges de Souza
 HARRIS (Análise Química Quantitativa, 7ª ed.) 
Capítulo 27 
 SKOOG (Fundamentos de Química Analítica, 8ª ed.) 
Capítulo 12
Vários métodos analíticos baseiam-se em medidas de massa. 
Na gravimetria por precipitação, o analito é separado de 
uma solução da amostra como um precipitado e é convertido 
a uma espécie de composição conhecida que pode ser 
pesada. 
Os métodos gravimétricos são quantitativos e se baseiam na 
determinação da massa de um composto puro ao qual o analito 
está quimicamente relacionado
Classificação dos métodos analíticos 
Clássicos 
Instrumentais 
Análises 
qualitativas 
Análises 
quantitativas 
Gravimétricos Volumétricos
Gravimetria por precipitação 
Analito 
Precipitado 
pouco solúvel 
Filtrado, 
lavado 
Produto de comp. 
conhecida 
Pesagem 
ideal 
• reage 
seletivo 
ideal 
• Insolúvel 
• Facilmente filtrável 
• Puro 
• Composição conhecida
Métodos Gravimétricos - vantagens 
• Não necessitam de etapas de calibração ou padronização 
(resultados são calculados de um resultado experimental e de massas atômicas); 
• Quando o número de amostras é pequeno, envolve menos tempo e esforço que um 
processo que requer o preparo de padrões e calibração; 
• Poucos equipamentos necessários (bequer, balança, filtro, fornos,...): Baixo custo e 
disponíveis na maioria dos laboratórios 
 Têm sido desenvolvidos para 
• a maioria dos cátions e ânions inorgânicos e também espécies neutras (H2O, SO2, 
CO2 e I2). 
• várias substâncias orgânicas (salicilatos em preparações farmacêuticas, 
fenolftaleínas em laxantes, nicotina, pesticidas, colesterol em cereais).
Mecanismo de Formação do Precipitado 
Nucleação é um processo que envolve um número mínimo de 
átomos, íons ou moléculas que se juntam para formar um sólido 
estável. 
Precipitados são formados por nucleação e por crescimento de 
partículas. Se a nucleação predomina, o resultado é um grande 
número de partículas muito pequenas; se o crescimento das 
partículas predomina, um número menor de partículas de tamanho 
maior é obtido.
Um colóide consiste em partículas 
sólidas com diâmetros que são 
menores que 10-4 cm. 
Sob luz difusa, as suspensões 
coloidais podem ser perfeitamente 
límpidas e parecem não conter 
sólidos. A presença da segunda fase 
pode ser detectada, contudo, 
direcionando-se um feixe de luz 
diretamente para a solução. Como 
as partículas de dimensão coloidal 
espalham a radiação visível, o 
caminho do feixe que atravessa a 
solução pode ser visto a olho nu. 
Esse fenômeno é chamado efeito 
Tyndall.
Fatores que Determinam o Tamanho das Partículas de 
Precipitados 
supersaturação relativa = Q-S/S (equação 1) 
Nessa equação, Q é a concentração do soluto em qualquer 
instante e S, a sua solubilidade no equilíbrio 
Uma solução supersaturada é uma solução instável que contém uma 
concentração do soluto mais elevada que uma solução saturada. Com o 
tempo, a supersaturação desaparece pela precipitação do excesso de 
soluto 
A Equação 1 é conhecida como a equação de Von Weimarn em 
reconhecimento ao cientista que a propôs em 1925. 
Assim, quando (Q -S)/S é grande, o precipitado tende a ser coloidal; 
quando (Q -S)/S é pequeno, a formação de um sólido cristalino é mais 
provável.
Controle Experimental do Tamanho das Partículas 
As variáveis experimentais que minimizam a supersaturação 
e, portanto, produzem os precipitados cristalinos incluem 
•Temperaturas elevadas para aumentar a solubilidade do 
precipitado (S na Equação 1), 
•Soluções diluídas (para minimizar Q) 
•Adição lenta do agente precipitante, sob agitação eficiente. 
•As duas últimas medidas também minimizam a concentração 
do soluto (Q) a qualquer instante 
Os precipitados que possuem solubilidades muito baixas, como, 
por exemplo, muitos sulfetos e óxidos hidratados, geralmente 
são coloidais.
Partícula coloidal de AgCl crescendo em uma solução 
contendo excesso de Ag+, H+ e NO3 
- . 
Adsorção 
de íons Ag+ => 
superfície da partícula 
tem excesso de (+) => 
atrai ânions e repele cátions 
• Partícula (+) e atmosfera iônica (-): 
dupla camada elétrica 
Partículas coloidais têm que colidir para coalescer. Atmosferas carregadas (-) repelem-se. 
Energia cinética deve vencer a repulsão. 
Coagulação: - Aquecimento (↑ energia cinética). 
- Aumento da [eletrólito]: ↓ volume da atmosfera iônica => aproximação das partículas.
 Maioria das precipitações gravimétricas: feita na presença de um eletrólito. Por quê?? 
Precipitados coloidais 
• Partículas pequenas demais para retenção em filtros 
• Podemos coagular 
Aquecimento, 
agitação 
Adição de eletrólito 
Suspensões coloidais : estáveis porque todas partículas são carregadas + ou - 
Íons retidos por Adsorção 
na superfície de um sólido 
 Exemplo clássico de análise gravimétrica 
Determinação de Cl- : precipitação com Ag+ em HNO3 0,1 M
Peptização de colóides 
A peptização é um processo no qual um colóide 
coagulado retorna ao seu estado disperso. 
Tratamento Prático de Precipitados Coloidais 
A digestão é um processo no qual um precipitado é 
aquecido por uma hora ou mais na solução em que foi 
formado (a solução-mãe).
Co-precipitação 
Substâncias solúveis são removidas de uma solução durante a formação de precipitados. 
 Contaminação de um precipitado por 2ª subst cujo Kps foi excedido não é co-precipitação 
Tipos: 
• adsorção superficial, 
• formação de cristal misto, 
• oclusão e 
• aprisionamento mecânico. 
Baseados em 
equilíbrio 
Origem na cinética de 
crescimento do cristal
Adsorção Superficial 
Na adsorção, um composto normalmente solúvel é removido da 
solução sobre a superfície de um colóide coagulado. Esse composto 
consiste em um íon primariamente adsorvido e em um íon de carga 
oposta oriundo da camada de contra-íon 
Figura 2: Um colóide 
coagulado. Essa figura 
sugere que um colóide 
coagulado continua a 
expor uma grande área 
superficial para a solução 
a partir da qual foi 
formado.
Formação de Cristal Misto 
A formação de cristal misto é um tipo de co-precipitação na qual 
um íon contaminante substitui um íon no retículo de um cristal 
A formação do cristal misto é um tipo particular de problema de co-precipitação, 
porque pouco pode ser feito a respeito quando certa 
combinação de íons está presente na matriz da amostra. Esse problema 
é encontrado tanto em suspensões coloidais quanto em precipitados 
cristalinos. Quando ocorre a formação de cristal misto, o íon 
interferente pode ter de ser necessariamente separado antes da etapa 
final de precipitação
Oclusão e Aprisionamento Mecânico 
A oclusão é um tipo de coprecipitação no qual um 
composto é aprisionado durante o crescimento rápido de 
um cristal 
A formação de cristal misto pode ocorrer tanto em precipitados 
coloidais quanto em cristalinos, ao passo que a oclusão e o 
aprisionamento mecânico são restritos a precipitados cristalinos
Precipitação a Partir de Uma Solução Homogênea 
+ + 2 OH- 
(H2N)2CO + 3 H2O CO2 + 2 NH4 
 Hidrólise lenta pouco abaixo de 100 oC 
 1 a 2 h até precipitação completa 
 Particularmente aplicada na precipitação de óxidos hidratados 
a partir de seus sais básicos. 
Ex.: óxidos de Fe(III) e Al. 
Convencional homogênea 
Hidróxido de ferro (III) formado pela adição 
direta de amônia (esquerda) e pela produção 
homogênea do hidróxido (direita).
Método de precipitação para determinação de cálcio em águas naturais 
(Association of Official Analytical Chemists). 
2 NH3 + H2C2O4 2 NH4 
Ca2+ (aq) + C2O4 
2- (aq) CaC2O4 (s) 
Analito Agente 
Precipitante 
+ + C2O4 
Precipitado 
2- 
Filtrado, seco e calcinado 
CaC2O4 (s) 
Δ 
CaO (s) + CO (g) + CO2 (g) 
excesso
Secagem e Calcinação de Precipitados 
Após a filtração, um precipitado gravimétrico é 
aquecido até que sua massa se torne constante. O 
aquecimento remove o solvente e qualquer espécie 
volátil arrastada com o precipitado. Alguns 
precipitados também são calcinados para decompor o 
sólido e para formar um composto de composição 
conhecida. Esse novo composto é muitas vezes 
chamado forma de pesagem.
Figura 4: O efeito da 
temperatura na massa de precipitados
Exercício 1. 
O cálcio presente em uma amostra de 200,0 mL de uma água natural foi determinado 
pela precipitação do cátion como CaC2O4. O precipitado foi filtrado, lavado e calcinado 
em um cadinho com uma massa de 26,6002 g quando vazio. A massa do cadinho mais 
CaO (56,077 g/mol) foi de 26,7134 g. Calcule a concentração de Ca (40,078 g/mol) em 
água em unidades de gramas por L de água. 
A massa de CaO é 
26,7134 g _ 26,6002 g = 0,1132 g 
O número de mols de Ca na amostra é igual ao número de mols de CaO ou 
quantidade de Ca =0,1132 g CaO x 
1 푚표푙 퐶푎푂 
56,077 
x 
1 푚표푙 퐶푎 
푚표푙 퐶푎 ) 
= 2,0186 x 10-3 mol Ca 
conc. Ca = 
2,0186 x 10−3 mol Ca x 40,078 g Ca/mol Ca 
0,2퐿 
= 0,4045g/L
Exercício 2: Um minério de ferro foi analisado pela dissolução de uma amostra de 1,1324 g em 
HCl concentrado. A solução resultante foi diluída em água e o ferro(III) foi precipitado na 
forma do óxido de ferro hidratado Fe2O3 xH2O pela adição de NH3. Após a filtração e a 
lavagem, o resíduo foi calcinado a alta temperatura para gerar 0,5394 g de Fe2O3 puro (159,69 
g/mol). Calcule (a) a % de Fe (55,847 g/mol) presentes na amostra. 
Para ambas as partes desse problema, precisamos calcular o número de mols de Fe2O3. Assim, 
quantidade de Fe2O3 = 0,5394 g Fe2O3 x 
1 푚표푙 퐹푒2푂3 
159,69 푔 퐹푒2푂3 
= 3,3778 x 10-3 mol Fe2O3 
O número de mols de Fe é duas vezes o número de mols de Fe2O3 e 
massa Fe = 3,778 x 10-3 mol Fe2O3 x 
2 푚표푙 푑푒 퐹푒 
푚표푙 퐹푒2푂3 
x 55,847 
푔 퐹푒 
푚표푙 퐹푒 
= 0,37728. 
% Fe = 
0,37728 g Fe 
1,1324 푔 푎푚표푠푡푟푎 
x 100% = 33,32
Exercício 3: Como parte de seu trabalho de doutorado. Marie Curie 
determinou a massa atômica do rádio, um novo elemento radioativo que ela 
havia descoberto. Ela sabia que o rádio pertencia a mesma família do 
elemento bário e que, por isso, a fórmula do cloreto de rádio seria RaCl2 
Em um experimento, 0,09192 g de RaCl2 puro foram dissolvidos e tratados 
em excesso de AgNO3, para precipitar 0,08890 g de AgCl. Quantos moles 
de Cl- estão presentes nestes 0,09192 g de RaCl2 A partir desta análise 
determine a massa atômica do Ra. 
O precipitado de AgCl pesado 0,08890 g contém 
0,08890 g/ 143,321 MM AgCl = 6,2029 x 10-4 mol de AgCl. 
Como 1 mol de AgCl contém 1 mol de Cl-, temos 6,209 x 10-4 mol de Cl- 
no RaCl2. Para cada 2 mol de Cl-, deve existir 1 mol de Ra, assim. 
numero de moles de rádio é 6,2029 x 10-4 x 0,5 = 3,1014 x 10-4 
Considere a massa fórmula do RaCl2 como sendo x. Determinemos que 
0,09192 de RaCl2 contém 3,1014 x 10 -4 mol de RaCl2. Portanto
3,1014 x 10 -4 mol de RaCl2 = 0,09192 g/ x MM do RaCl2 
x = 0,09192g RaCl2 / 3,1014 x 10-4 mol RaCl2 = 296,38 
A massa atômica do Cl é 35,453, consequentemente, a massa fórmula do 
RaCl2 é 
Massa fórmula de RaCl2 = massa atômica de Ra + 2(35,453) = 296,38 
g/mol 
massa atômica de Ra = 225,5 g/mol.
APLICAÇÕES DOS MÉTODOS 
GRAVIMÉTRICOS 
Os métodos gravimétricos não requerem uma etapa de calibração 
ou padronização (como todos os outros procedimentos analíticos, 
exceto a coulometria) porque os resultados são calculados 
diretamente a partir dos dados experimentais e massas atômicas. 
Assim, quando apenas uma ou duas amostras devem ser analisadas, 
um procedimento gravimétrico pode ser o método escolhido, uma 
vez que este requer menos tempo e esforço que um procedimento 
que demande preparação de padrões e calibração
Agentes Precipitantes Inorgânicos 
A Tabela a seguir lista alguns agentes precipitantes 
inorgânicos comuns. Esses reagentes tipicamente 
formam sais pouco solúveis, ou óxidos hidratados, com 
o analito. Como você pode ver a partir das várias 
entradas para cada reagente, poucos reagentes 
inorgânicos são seletivos
Agentes Precipitantes Orgânicos 
Numerosos reagentes orgânicos têm sido desenvolvidos para a 
determinação gravimétrica de espécies inorgânicas. Alguns desses 
reagentes são significativamente mais seletivos em suas reações 
que a maioria dos reagentes inorgânicos listados na Tabela a seguir
8-Hidroxiquinolina (oxina)
Dimetilglioxima
Tetrafenilborato de Sódio
Exercício 4: Para determinamos o teor de níquel em um aço, dissolvemos a liga em HCl 
12M e neutralizamos a mistura em presença de íons citrato, que mantém o ferro em 
solução. A solução ligeiramente básica, é aquecida e adicionamos dimetilglioxima 
(DMG) para precipitarmos quantitativamente o complexo vermelho de DGM-níquel. O 
produto é filtrado, lavado com água fria e seco a 100 ºC 
Sabendo que o teor de níquel na liga encontra-se próximo a 3% em peso e que 
desejamos analisar 1,0 g de açom qual é o volume de solução alcoólica de DGM a 1% 
em peso que deve ser usado de modo a existir um excesso de 50% de DMG na análise? 
Suponha que a massa específica da solução alcoólica é 0,79 g/mL
Como o teor de Ni está em torno de 3%, 1,0 g de aço conterá cerca de 0,03 g de Ni, o 
que corresponde a 
0,03 g de Ni/ 58,69 MM do Ni = 5,11 x 10-4 mol de Ni 
Esta quantidade de metal requer 
2(5,11 x 10-4 mol de Ni) (116,12 g de MM do No(DMG)2) = 0,119 g de DMG. 
Pois 1 mol de Ni2+ necessita de 2 mol de DMG. Um excesso de 50% de DMG seria 
(1,5)(0,119) g = 0,178 g.Esta quantidade de DMG está contida em 
0,178 g de DMG/ (0,01 g de DMG/g de solução) = 17,8 g de solução. 
Que ocupa um volume de 17,8 g de solução/ (0,79 g de solução/mL) = 23 mL.
Se 1,1634 g de aço deu origem a 0,1795 g de precipitado, qual é a porcentagem de Ni 
existente no aço? 
Para cada mol de Ni existente no aço, será formado 1 mol de precipitado. Portanto, 
0,1795 g de precipitado corresponde a 
17,8 g de Ni(DMG)2/ 288,91 MM do Ni(DMG)2 = 6,213 x 10-4 mol de Ni(DMG)2 
O Ni presente na liga tem que ser, portanto. 
(6,213 x 10-4 mol de Ni) x (58,69 MM do Ni) = 0,03646 g. 
A porcentagem em peso de Ni presente no aço é: 
(0,03646 de Ni/1,1634 g de aço) x100 = 3,134%.
Gravimétrica de volatilização 
 métodos mais comuns determinam água e CO2. 
direta 
• Vapor coletado em sólido dessecante 
• Massa estipulada a partir da massa ganha pelo dessecante 
indireta 
• Quantidade estabelecida pela perda de massa da amostra durante o aquecimento. 
• Considera-se que é o único componente volatilizado 
• o aquecimento pode causar a decomposição de substâncias 
Aplicação: determinação de água em items comerciais (ex.: grãos de cereais).
Volatilização de dióxido de carbono 
NaHCO3 (aq) + H2SO4 (aq) CO2 + H2O (l) + NaHSO4 (aq) 
Aparato para determinação da quantidade de bicarbonato de sódio em comprimidos 
de antiácidos por um procedimento de volatilização gravimétrica
Análise gravimétrica por combustão 
Teor de C e H de compostos orgânicos queimados em excesso de O2. 
Atualmente: contutividade térmica, absorção IR ou coulometria.
Exercício 5: Um composto, pesando 5,714 mg, produziu por combustão 14,414 mg de 
CO2 e 2,529 mg de H2O. Determine a porcemtagem em peso de C e de H na amostra. 
Um mol de CO2 comtém 1 mol de carbonato, Logo 
Número de moles de C na amostra = número de moles de CO2 produzidos. 
14,414 x 10-3 g de CO2/ 44,010 MM do CO2 = 3,275 x 10-4 mol. 
Massa de C na amostra = (3,275 x 10-4 mol de C) (12,0107 MM do CO2) = 
3,934 
Porcentagem em massa de C = (3,934 mg/ 5,714 mg)x 100 = 68,84%.
Um mol de H2O comtém 2 mol de H. Logo 
Número de moles de H na amostra 
= 2(número de moles de H2O produzidos) 
= 2x[(2,529 x 10-3 g de H2O/ 18,015 MM do H2O) = 2,808 x 10-4 mol. 
Massa de H na amostra = (2,808 x 10-4 mol de H) (1,0079 g/mol de H) 
= 2,830 x 10-4 g 
Porcentagem em massa de H = [(0,2830 mg de H)/(5,714 mg de amostra)]x100 = 
4,952%
Diagrama esquemático de um dispositivo para análise elementar de C, H, N e S, que usa uma 
separação por cromatografia gasosa e detecção por condutividade térmica.
1050 oC/O2 
C, H, N, S CO2 (g) + H2O (g) + N2 (g) + SO2 (g) + SO3 (g) 
95% de SO2 
Cu + SO3 (g) SO2 (g) + CuO (s) 
Cu + ½ O2 (g) CuO (s)

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  • 1. Métodos gravimétricos Endler Marcel Borges de Souza
  • 2.  HARRIS (Análise Química Quantitativa, 7ª ed.) Capítulo 27  SKOOG (Fundamentos de Química Analítica, 8ª ed.) Capítulo 12
  • 3. Vários métodos analíticos baseiam-se em medidas de massa. Na gravimetria por precipitação, o analito é separado de uma solução da amostra como um precipitado e é convertido a uma espécie de composição conhecida que pode ser pesada. Os métodos gravimétricos são quantitativos e se baseiam na determinação da massa de um composto puro ao qual o analito está quimicamente relacionado
  • 4. Classificação dos métodos analíticos Clássicos Instrumentais Análises qualitativas Análises quantitativas Gravimétricos Volumétricos
  • 5.
  • 6. Gravimetria por precipitação Analito Precipitado pouco solúvel Filtrado, lavado Produto de comp. conhecida Pesagem ideal • reage seletivo ideal • Insolúvel • Facilmente filtrável • Puro • Composição conhecida
  • 7. Métodos Gravimétricos - vantagens • Não necessitam de etapas de calibração ou padronização (resultados são calculados de um resultado experimental e de massas atômicas); • Quando o número de amostras é pequeno, envolve menos tempo e esforço que um processo que requer o preparo de padrões e calibração; • Poucos equipamentos necessários (bequer, balança, filtro, fornos,...): Baixo custo e disponíveis na maioria dos laboratórios  Têm sido desenvolvidos para • a maioria dos cátions e ânions inorgânicos e também espécies neutras (H2O, SO2, CO2 e I2). • várias substâncias orgânicas (salicilatos em preparações farmacêuticas, fenolftaleínas em laxantes, nicotina, pesticidas, colesterol em cereais).
  • 8. Mecanismo de Formação do Precipitado Nucleação é um processo que envolve um número mínimo de átomos, íons ou moléculas que se juntam para formar um sólido estável. Precipitados são formados por nucleação e por crescimento de partículas. Se a nucleação predomina, o resultado é um grande número de partículas muito pequenas; se o crescimento das partículas predomina, um número menor de partículas de tamanho maior é obtido.
  • 9. Um colóide consiste em partículas sólidas com diâmetros que são menores que 10-4 cm. Sob luz difusa, as suspensões coloidais podem ser perfeitamente límpidas e parecem não conter sólidos. A presença da segunda fase pode ser detectada, contudo, direcionando-se um feixe de luz diretamente para a solução. Como as partículas de dimensão coloidal espalham a radiação visível, o caminho do feixe que atravessa a solução pode ser visto a olho nu. Esse fenômeno é chamado efeito Tyndall.
  • 10. Fatores que Determinam o Tamanho das Partículas de Precipitados supersaturação relativa = Q-S/S (equação 1) Nessa equação, Q é a concentração do soluto em qualquer instante e S, a sua solubilidade no equilíbrio Uma solução supersaturada é uma solução instável que contém uma concentração do soluto mais elevada que uma solução saturada. Com o tempo, a supersaturação desaparece pela precipitação do excesso de soluto A Equação 1 é conhecida como a equação de Von Weimarn em reconhecimento ao cientista que a propôs em 1925. Assim, quando (Q -S)/S é grande, o precipitado tende a ser coloidal; quando (Q -S)/S é pequeno, a formação de um sólido cristalino é mais provável.
  • 11. Controle Experimental do Tamanho das Partículas As variáveis experimentais que minimizam a supersaturação e, portanto, produzem os precipitados cristalinos incluem •Temperaturas elevadas para aumentar a solubilidade do precipitado (S na Equação 1), •Soluções diluídas (para minimizar Q) •Adição lenta do agente precipitante, sob agitação eficiente. •As duas últimas medidas também minimizam a concentração do soluto (Q) a qualquer instante Os precipitados que possuem solubilidades muito baixas, como, por exemplo, muitos sulfetos e óxidos hidratados, geralmente são coloidais.
  • 12. Partícula coloidal de AgCl crescendo em uma solução contendo excesso de Ag+, H+ e NO3 - . Adsorção de íons Ag+ => superfície da partícula tem excesso de (+) => atrai ânions e repele cátions • Partícula (+) e atmosfera iônica (-): dupla camada elétrica Partículas coloidais têm que colidir para coalescer. Atmosferas carregadas (-) repelem-se. Energia cinética deve vencer a repulsão. Coagulação: - Aquecimento (↑ energia cinética). - Aumento da [eletrólito]: ↓ volume da atmosfera iônica => aproximação das partículas.
  • 13.  Maioria das precipitações gravimétricas: feita na presença de um eletrólito. Por quê?? Precipitados coloidais • Partículas pequenas demais para retenção em filtros • Podemos coagular Aquecimento, agitação Adição de eletrólito Suspensões coloidais : estáveis porque todas partículas são carregadas + ou - Íons retidos por Adsorção na superfície de um sólido  Exemplo clássico de análise gravimétrica Determinação de Cl- : precipitação com Ag+ em HNO3 0,1 M
  • 14. Peptização de colóides A peptização é um processo no qual um colóide coagulado retorna ao seu estado disperso. Tratamento Prático de Precipitados Coloidais A digestão é um processo no qual um precipitado é aquecido por uma hora ou mais na solução em que foi formado (a solução-mãe).
  • 15. Co-precipitação Substâncias solúveis são removidas de uma solução durante a formação de precipitados.  Contaminação de um precipitado por 2ª subst cujo Kps foi excedido não é co-precipitação Tipos: • adsorção superficial, • formação de cristal misto, • oclusão e • aprisionamento mecânico. Baseados em equilíbrio Origem na cinética de crescimento do cristal
  • 16. Adsorção Superficial Na adsorção, um composto normalmente solúvel é removido da solução sobre a superfície de um colóide coagulado. Esse composto consiste em um íon primariamente adsorvido e em um íon de carga oposta oriundo da camada de contra-íon Figura 2: Um colóide coagulado. Essa figura sugere que um colóide coagulado continua a expor uma grande área superficial para a solução a partir da qual foi formado.
  • 17. Formação de Cristal Misto A formação de cristal misto é um tipo de co-precipitação na qual um íon contaminante substitui um íon no retículo de um cristal A formação do cristal misto é um tipo particular de problema de co-precipitação, porque pouco pode ser feito a respeito quando certa combinação de íons está presente na matriz da amostra. Esse problema é encontrado tanto em suspensões coloidais quanto em precipitados cristalinos. Quando ocorre a formação de cristal misto, o íon interferente pode ter de ser necessariamente separado antes da etapa final de precipitação
  • 18. Oclusão e Aprisionamento Mecânico A oclusão é um tipo de coprecipitação no qual um composto é aprisionado durante o crescimento rápido de um cristal A formação de cristal misto pode ocorrer tanto em precipitados coloidais quanto em cristalinos, ao passo que a oclusão e o aprisionamento mecânico são restritos a precipitados cristalinos
  • 19. Precipitação a Partir de Uma Solução Homogênea + + 2 OH- (H2N)2CO + 3 H2O CO2 + 2 NH4  Hidrólise lenta pouco abaixo de 100 oC  1 a 2 h até precipitação completa  Particularmente aplicada na precipitação de óxidos hidratados a partir de seus sais básicos. Ex.: óxidos de Fe(III) e Al. Convencional homogênea Hidróxido de ferro (III) formado pela adição direta de amônia (esquerda) e pela produção homogênea do hidróxido (direita).
  • 20. Método de precipitação para determinação de cálcio em águas naturais (Association of Official Analytical Chemists). 2 NH3 + H2C2O4 2 NH4 Ca2+ (aq) + C2O4 2- (aq) CaC2O4 (s) Analito Agente Precipitante + + C2O4 Precipitado 2- Filtrado, seco e calcinado CaC2O4 (s) Δ CaO (s) + CO (g) + CO2 (g) excesso
  • 21.
  • 22. Secagem e Calcinação de Precipitados Após a filtração, um precipitado gravimétrico é aquecido até que sua massa se torne constante. O aquecimento remove o solvente e qualquer espécie volátil arrastada com o precipitado. Alguns precipitados também são calcinados para decompor o sólido e para formar um composto de composição conhecida. Esse novo composto é muitas vezes chamado forma de pesagem.
  • 23. Figura 4: O efeito da temperatura na massa de precipitados
  • 24. Exercício 1. O cálcio presente em uma amostra de 200,0 mL de uma água natural foi determinado pela precipitação do cátion como CaC2O4. O precipitado foi filtrado, lavado e calcinado em um cadinho com uma massa de 26,6002 g quando vazio. A massa do cadinho mais CaO (56,077 g/mol) foi de 26,7134 g. Calcule a concentração de Ca (40,078 g/mol) em água em unidades de gramas por L de água. A massa de CaO é 26,7134 g _ 26,6002 g = 0,1132 g O número de mols de Ca na amostra é igual ao número de mols de CaO ou quantidade de Ca =0,1132 g CaO x 1 푚표푙 퐶푎푂 56,077 x 1 푚표푙 퐶푎 푚표푙 퐶푎 ) = 2,0186 x 10-3 mol Ca conc. Ca = 2,0186 x 10−3 mol Ca x 40,078 g Ca/mol Ca 0,2퐿 = 0,4045g/L
  • 25. Exercício 2: Um minério de ferro foi analisado pela dissolução de uma amostra de 1,1324 g em HCl concentrado. A solução resultante foi diluída em água e o ferro(III) foi precipitado na forma do óxido de ferro hidratado Fe2O3 xH2O pela adição de NH3. Após a filtração e a lavagem, o resíduo foi calcinado a alta temperatura para gerar 0,5394 g de Fe2O3 puro (159,69 g/mol). Calcule (a) a % de Fe (55,847 g/mol) presentes na amostra. Para ambas as partes desse problema, precisamos calcular o número de mols de Fe2O3. Assim, quantidade de Fe2O3 = 0,5394 g Fe2O3 x 1 푚표푙 퐹푒2푂3 159,69 푔 퐹푒2푂3 = 3,3778 x 10-3 mol Fe2O3 O número de mols de Fe é duas vezes o número de mols de Fe2O3 e massa Fe = 3,778 x 10-3 mol Fe2O3 x 2 푚표푙 푑푒 퐹푒 푚표푙 퐹푒2푂3 x 55,847 푔 퐹푒 푚표푙 퐹푒 = 0,37728. % Fe = 0,37728 g Fe 1,1324 푔 푎푚표푠푡푟푎 x 100% = 33,32
  • 26. Exercício 3: Como parte de seu trabalho de doutorado. Marie Curie determinou a massa atômica do rádio, um novo elemento radioativo que ela havia descoberto. Ela sabia que o rádio pertencia a mesma família do elemento bário e que, por isso, a fórmula do cloreto de rádio seria RaCl2 Em um experimento, 0,09192 g de RaCl2 puro foram dissolvidos e tratados em excesso de AgNO3, para precipitar 0,08890 g de AgCl. Quantos moles de Cl- estão presentes nestes 0,09192 g de RaCl2 A partir desta análise determine a massa atômica do Ra. O precipitado de AgCl pesado 0,08890 g contém 0,08890 g/ 143,321 MM AgCl = 6,2029 x 10-4 mol de AgCl. Como 1 mol de AgCl contém 1 mol de Cl-, temos 6,209 x 10-4 mol de Cl- no RaCl2. Para cada 2 mol de Cl-, deve existir 1 mol de Ra, assim. numero de moles de rádio é 6,2029 x 10-4 x 0,5 = 3,1014 x 10-4 Considere a massa fórmula do RaCl2 como sendo x. Determinemos que 0,09192 de RaCl2 contém 3,1014 x 10 -4 mol de RaCl2. Portanto
  • 27. 3,1014 x 10 -4 mol de RaCl2 = 0,09192 g/ x MM do RaCl2 x = 0,09192g RaCl2 / 3,1014 x 10-4 mol RaCl2 = 296,38 A massa atômica do Cl é 35,453, consequentemente, a massa fórmula do RaCl2 é Massa fórmula de RaCl2 = massa atômica de Ra + 2(35,453) = 296,38 g/mol massa atômica de Ra = 225,5 g/mol.
  • 28. APLICAÇÕES DOS MÉTODOS GRAVIMÉTRICOS Os métodos gravimétricos não requerem uma etapa de calibração ou padronização (como todos os outros procedimentos analíticos, exceto a coulometria) porque os resultados são calculados diretamente a partir dos dados experimentais e massas atômicas. Assim, quando apenas uma ou duas amostras devem ser analisadas, um procedimento gravimétrico pode ser o método escolhido, uma vez que este requer menos tempo e esforço que um procedimento que demande preparação de padrões e calibração
  • 29. Agentes Precipitantes Inorgânicos A Tabela a seguir lista alguns agentes precipitantes inorgânicos comuns. Esses reagentes tipicamente formam sais pouco solúveis, ou óxidos hidratados, com o analito. Como você pode ver a partir das várias entradas para cada reagente, poucos reagentes inorgânicos são seletivos
  • 30.
  • 31. Agentes Precipitantes Orgânicos Numerosos reagentes orgânicos têm sido desenvolvidos para a determinação gravimétrica de espécies inorgânicas. Alguns desses reagentes são significativamente mais seletivos em suas reações que a maioria dos reagentes inorgânicos listados na Tabela a seguir
  • 32.
  • 36. Exercício 4: Para determinamos o teor de níquel em um aço, dissolvemos a liga em HCl 12M e neutralizamos a mistura em presença de íons citrato, que mantém o ferro em solução. A solução ligeiramente básica, é aquecida e adicionamos dimetilglioxima (DMG) para precipitarmos quantitativamente o complexo vermelho de DGM-níquel. O produto é filtrado, lavado com água fria e seco a 100 ºC Sabendo que o teor de níquel na liga encontra-se próximo a 3% em peso e que desejamos analisar 1,0 g de açom qual é o volume de solução alcoólica de DGM a 1% em peso que deve ser usado de modo a existir um excesso de 50% de DMG na análise? Suponha que a massa específica da solução alcoólica é 0,79 g/mL
  • 37. Como o teor de Ni está em torno de 3%, 1,0 g de aço conterá cerca de 0,03 g de Ni, o que corresponde a 0,03 g de Ni/ 58,69 MM do Ni = 5,11 x 10-4 mol de Ni Esta quantidade de metal requer 2(5,11 x 10-4 mol de Ni) (116,12 g de MM do No(DMG)2) = 0,119 g de DMG. Pois 1 mol de Ni2+ necessita de 2 mol de DMG. Um excesso de 50% de DMG seria (1,5)(0,119) g = 0,178 g.Esta quantidade de DMG está contida em 0,178 g de DMG/ (0,01 g de DMG/g de solução) = 17,8 g de solução. Que ocupa um volume de 17,8 g de solução/ (0,79 g de solução/mL) = 23 mL.
  • 38. Se 1,1634 g de aço deu origem a 0,1795 g de precipitado, qual é a porcentagem de Ni existente no aço? Para cada mol de Ni existente no aço, será formado 1 mol de precipitado. Portanto, 0,1795 g de precipitado corresponde a 17,8 g de Ni(DMG)2/ 288,91 MM do Ni(DMG)2 = 6,213 x 10-4 mol de Ni(DMG)2 O Ni presente na liga tem que ser, portanto. (6,213 x 10-4 mol de Ni) x (58,69 MM do Ni) = 0,03646 g. A porcentagem em peso de Ni presente no aço é: (0,03646 de Ni/1,1634 g de aço) x100 = 3,134%.
  • 39. Gravimétrica de volatilização  métodos mais comuns determinam água e CO2. direta • Vapor coletado em sólido dessecante • Massa estipulada a partir da massa ganha pelo dessecante indireta • Quantidade estabelecida pela perda de massa da amostra durante o aquecimento. • Considera-se que é o único componente volatilizado • o aquecimento pode causar a decomposição de substâncias Aplicação: determinação de água em items comerciais (ex.: grãos de cereais).
  • 40. Volatilização de dióxido de carbono NaHCO3 (aq) + H2SO4 (aq) CO2 + H2O (l) + NaHSO4 (aq) Aparato para determinação da quantidade de bicarbonato de sódio em comprimidos de antiácidos por um procedimento de volatilização gravimétrica
  • 41. Análise gravimétrica por combustão Teor de C e H de compostos orgânicos queimados em excesso de O2. Atualmente: contutividade térmica, absorção IR ou coulometria.
  • 42. Exercício 5: Um composto, pesando 5,714 mg, produziu por combustão 14,414 mg de CO2 e 2,529 mg de H2O. Determine a porcemtagem em peso de C e de H na amostra. Um mol de CO2 comtém 1 mol de carbonato, Logo Número de moles de C na amostra = número de moles de CO2 produzidos. 14,414 x 10-3 g de CO2/ 44,010 MM do CO2 = 3,275 x 10-4 mol. Massa de C na amostra = (3,275 x 10-4 mol de C) (12,0107 MM do CO2) = 3,934 Porcentagem em massa de C = (3,934 mg/ 5,714 mg)x 100 = 68,84%.
  • 43. Um mol de H2O comtém 2 mol de H. Logo Número de moles de H na amostra = 2(número de moles de H2O produzidos) = 2x[(2,529 x 10-3 g de H2O/ 18,015 MM do H2O) = 2,808 x 10-4 mol. Massa de H na amostra = (2,808 x 10-4 mol de H) (1,0079 g/mol de H) = 2,830 x 10-4 g Porcentagem em massa de H = [(0,2830 mg de H)/(5,714 mg de amostra)]x100 = 4,952%
  • 44. Diagrama esquemático de um dispositivo para análise elementar de C, H, N e S, que usa uma separação por cromatografia gasosa e detecção por condutividade térmica.
  • 45. 1050 oC/O2 C, H, N, S CO2 (g) + H2O (g) + N2 (g) + SO2 (g) + SO3 (g) 95% de SO2 Cu + SO3 (g) SO2 (g) + CuO (s) Cu + ½ O2 (g) CuO (s)

Notes de l'éditeur

  1. Instrumentais: medidas de propriedades físicas. Inclui técnicas de separação.
  2. Técnicas auxiliam na otimização das propr. dos precipitados gravimétricos. Ex.: solub. diminui com o resfriamento da slç. Partículas mto pequenas de precip. Podem entupir ou passar pelo filtro. Cristais maiores=> áreas superficiais menores: dificulta agregação de espécies estranhas ao ppt.
  3. Todos os outros métodos analíticos (exceto a coulometria) necessitam de calibração ou padronização.
  4. A precipitação homogênea de precipitados cristalinos resulta em um aumento significativo do tamanho do cristal e igualmente em melhoria na sua pureza.
  5. Produtos de combustão passam por recipiente com P4O10 (absorve água) e NaOH (absorve CO2). Aumento de massa em cada recipiente: quantidade de H e C.