Reunião Comitê Gestor de Projeto Monitores Ambientais 060509
Água Na Propriedade Rural - Tratamento de água e esgoto na propriedade rural
1. Tratamento de água e esgoto na propriedadeTratamento de água e esgoto na propriedade
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15/01/201515/01/2015
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2. A preservação da qualidade da água constitui, hoje, um dos principais desafios da
humanidade.
O Saneamento rural é quase inexistente no Brasil, ao contrário das cidades que
dispõem de água tratada por empresas de saneamento básico.
A qualidade da água é necessária em todas as etapas de produção do leite.
alimentação dos animais;
limpeza dos tetos;
lavagem e desinfecção dos vasilhames e equipamentos de ordenha;
higienização das instalações.
QUALIDADE DA ÁGUA
3. A IMPORTÂNCIA DA ÁGUA
Demanda de água na bovinocultura:
TIPO DE CONSUMO VOLUME DE CONSUMO
DE ÁGUA
Bebida 40 a 120 litros/animal adulto
Produção de leite 100 litros/vaca ordenhada + 6
litros de água/litro de leite
produzido
Limpeza das instalações 25 litros/m2
de área de limpeza
Produção de queijo 56 litros/Kg queijo
Produção de leite pasteurizado 2 litros/litro de leite
empacotado
Abate em frigorífico 1500 litros/animal abatido
4. Para preservar e proteger os mananciais de água doce é necessário:
tratar os resíduos da produção leiteira;
manejar adequadamente os animais, plantas e solo para não causar
degradação ambiental;
conservar as águas de chuva (propiciar a infiltração no solo)
A manutenção dos mananciais depende da taxa de infiltração das águas
de chuva nos solos
5. Águas Superficiais
São formadas pelas águas dos rios, córregos, lagoas,
represas e açudes.
Vantagens
Atendimento, em geral, de grandes demandas;
Facilidade na determinação da vazão anual;
Autodepuração (interação entre fatores físicos,
biológicos e químicos);
Segurança no planejamento das atividades de
produção animal, especialmente quanto ao crescimento
do rebanho e ao uso da irrigação para o plantio de
grãos e forragens para alimentação animal.
6. Desvantagens
Necessidade de “tratamento” para eliminar a contaminação do ambiente;
Aumento da matéria orgânica, argila, areia, folhas, resíduos de
agrotóxicos/adubos, etc, na época das chuvas
Pode ocorrer o fenômeno de “reversão
de corrente”, contrário ao da
autodepuração, com a mistura entre a
água e a “lama” depositada no fundo do
manancial, como resultado pode
ocorrer morte de peixes.
OBS. As águas de “minas” ou nascentes (miradouros, brejos, olhos
d'água, quando correm a céu aberto, passam a serem consideradas
águas superficiais
7. Captação de águas superficiais
a)Verificar se o manancial está protegido do ponto de vista ambiental.
b)Vistoriar a área de captação para avaliar se há riscos de degradação por
assoreamento, contaminantes, poluentes e agrotóxicos.
c)Fazer a captação um pouco afastada das margens e a alguns centímetros de
profundidade. Com esses cuidados evita-se o excesso de matéria orgânica presente
nas margens e na superfície.
d)Perfurar e revestir a extremidade do cano com uma tela fina.
e)Usar um recipiente perfurado (tambor), suspenso por uma bóia de isopor, para
impedir que o cano atinja o fundo do curso d'água.
8. Tratamento de águas superficiais
Objetivo
Promover a clarificação da água para remover a
matéria orgânica e inorgânica e ganhar maior
eficiência na filtração e cloração.
Tipo de Tratamento
Considerar o “Tratamento Apropriado” que consta de
procedimentos relativamente simples, eficientes e de
baixo custo. Não inclui fases de coagulação/floculação
química da água (tratamento clássico).
9. Tratamento de águas superficiais
Fases
Clarificação preliminar (1º etapa), realizada por caixas de
passagem/telas/caixa de acumulação ou caixas de areia ou
decantação (tanque de decantação) ou pré-filtração.
Filtração e Cloração (2º etapa), quando chegar o momento
de ser filtrada. A sua turbidez não pode ultrapassar 30
mg/L.
O filtro é composto por camadas de pedra brita 1, cascalho
rolado ou brita zero, areia em mediadas de 0,1 m 0,3 m e
0,6 m respectivamente, sendo este modelo de filtração
descendente.
16. Cloração é a última etapa do processo de tratamento
de água.
Cloração
17. Para volumes menores, podem ser usados cloradores por
difusão ou fluturadores do tipo piscina, com pastilhas de cloro,
ou ainda este modelo de instalação simples desenvolvido pela
Embrapa Instrumentação Agropecuária.
http://www.cnpdia.embrapa.br/produtos/clorador.html
CAPTAÇÃO DE ÁGUA
DETALHE E OPÇÃO DE USO
RESERVATÓRIO
PARA USO
18. Para volumes de água superiores a 5 mil litros/dia, recomenda-
se usar um clorador por gotejamento ou ainda o clorador de
pastilhas.
Clorador tipo EPEX, clorador de pastilhas para volumes acima de 5 m3
/dia. Foto Clézio
Ravanhani.
19. Cloro difusor
• O clorador tem funcionamento simples;
• É necessário fazer análises para acompanhar o cloro
residual periodicamente.
20. O cloro
• O cloro utilizado para essa finalidade é o de pastilha;
• A substância ativa é: Tricloro-S-Triazina triona e pesa 200g;
• Não aplicar pastilhas de cloro com algicida.
21.
22. Medida do Cloro livre a aplicação do cloro como
oxidante deve ser realizada com acompanhamento do
teor de cloro na água de distribuição.
Este acompanhamento deve ser realizado na sala de
ordenha, por exemplo, na água de lavagem dos tetos.
Medida do Cloro
23. Realização da análise de água deve ser realizada com uso de Kits de
análise, e pelo menos anualmente em laboratório de referência, por exemplo
departamentos municipais de água e esgoto.
24. Teste de comparação de cor O cloro livre pode ser medido com métodos
como cloro DPD ou ortotoluidina, que baseia-se na variação da intensidade
de cor como referência da concentração de cloro na amostra, veja abaixo:
25. Podem ser usados produtos à base de cloro líquidos (hipoclorito de sódio:
solução a 10% e água sanitaria 2%) e sólidos (hipoclorito de cálcio, em
pastilhas ou granulado).
Estas dosagens devem ser acompanhadas de medições do teor de cloro
livre com cloroscópio, para garantia da eficiência e manutenção do cloro
residual, dentro dos parâmetros da Portaria MS Nº 2914 de 12/12/2011.
É obrigatória a manutenção de, no mínimo, 0,2 mg/L de cloro residual livre
Recomenda-se que o teor máximo de cloro residual livre de 2 mg/L.
Para facilidade de utilização do cloroscópio indico de 0,5 a 2,0 mg/L.
26. Quantidade de Cloro para tratar 1000 litros de água
(1 mg/L de cloro aplicado)
Produto a base de cloro Dose/1m3
(1 mg/L)
Hipoclorito de sódio 20 a 30% de Cl (líquido) 30 a 50 mL
Água sanitária a 2% (líquido) 100 a 200 mL
Hipoclorito de cálcio a 10% (pó) 10 gramas
Claro granulado a 65% (pó) 1,54 gramas
Cloro estabilizado em pastilhas (65 a 90% de
cloro)
Seguir instruções do
fabricante
Indicativo da dosagem de cloro ativo
28. Fossa séptica
• Principais objetivos:
– Tratar o esgoto, a baixo custo para o produtor rural;
– Reduzir a chance de doenças adquiridas por esgoto
a céu aberto;
– Utilizar o efluente como um adubo orgânico,
minimizando gastos com adubação química, ou seja,
melhorar o saneamento rural e desenvolver a
agricultura orgânica.
29. Como funciona a fossa
• É feita a separação e a transformação físico-química da
matéria sólida contida no esgoto.
• Bactérias anaeróbias agem sobre a parte sólida do
esgoto decompondo-o.
• Parte do resíduo pode ser utilizado como adubo.
34. • Material digerido → pode ser armazenado e
aplicado em terrenos agrícolas nas épocas
apropriadas
• Fertilizante natural → seguindo os princípios
racionais de aplicação no solo, rico em fósforo
e potássio e facilmente aplicável no solo.
• Digestão anaeróbia → representa uma tecnologia de tratamento
útil aos agricultores para diminuir as suas necessidades de
utilização de fertilizantes inorgânicos e de fontes convencionais
de energia.
Biofertilizante
35. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
3P TECHNIK. Soluções para o Manejo Sustentável das Águas Pluviais. [Homepage
Institucional]. Disponível em: http://www.agua-de-chuva.com. Acesso em: 19 Outubro 2009.
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Resolução CONAMA n° 357 de 17 de março de
2005. Brasília, 2005. 23p. Dispõe sobre classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais
para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de
efluentes, e dá outras providências. Acesso em 26 fev 2009. Disponível em:
<http://www.mma.gov.br/conama/res/res05 /res35705.pdf>.
EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA (EMBRAPA). Clorador Embrapa.
Instrumentação Agropecuária. São Carlos – SP. 2004. Folder explicativo.
PATERNIANI, J. E. S, CONCEIÇÃO, C. H. Z., Eficiência da Pré-Filtração e Filtração Lenta no
Tratamento de Água para Pequenas Comunidades, Engenharia Ambiental, Espírito Santo do
Pinhal. v. 1, n. 1, p. 17-24, jan/dez, 2004.
VIANA, F. C. Qualidade da Água – Processos de captação e tratamento (ITAMBÉ). Cooperativa
Central de Minas Gerais. 2002. Folheto explicativo.
36. OBRIGADO PELA ATENÇÃO
Marcelo Henrique Otenio
Gestão Ambiental, Recursos Hídricos e Efluentes
e-mail: marcelo.otenio@embrapa.br
Tel. (32) 3311 7404