ÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptx
Gestão amb. da água
1. UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO – UFRPE
DEPARTAMENTO DE TECNOLOGIA RURAL – DTR
PROGª DE GRADUAÇÃO EM ENGª AGRÍCOLA & AMBIENTAL
CONTROLE AMBIENTAL
DA ÁGUA
José Marcelo Cordeiro Possas
E-mail : jmcpossas@yahoo.com.br
3. As águas superficiais apesar
ÁGUA SALGADA – 97%
de ser a menor parcela
disponível é de onde se retira a
maior quantidade d’água para
as mais diversas finalidades e
é onde são lançados os
resíduos dessa utilização.
ÁGUA DOCE – 0,6%
GELO – 2,4%
50% Disponível ÁGUAS SUB.
97%
50% Indisponível
(há ± 800m de profund.)
ÁGUAS SUP.
3%
4. A ciência que trata da água na Terra chama-se HIDROLOGIA
6. ÁGUA: conceitos básicos, fundamentos
e importância
A água é um recurso natural e está presente em toda a
natureza nos estados sólido, líquido e gasoso;
É parte integrante dos seres vivos e essencial a vida;
No homem representa cerca de 60% de seu peso, nas
plantas atinge 90% e em certos animais aquáticos pode
atingir até 98%;
Fator de produção de bens de consumo e produtos
agrícolas;
É a única substância que o estado sólido é menos denso
que o estado líquido.
7. Percentuais de uso dos recursos hídricos
no Mundo e no Brasil
consumo
doméstico MUNDO
8%
indústria
23%
69%
agricultura
BRASIL
8. DISTRIBUIÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS,
SUPERFÍCIE E POPULAÇÃO NO BRASIL
80
68,5 Rec. Hídricos
70
Superfície
60
População
50 45,3
42,65
% 40
28,91
30
18,8 18,3
20 15,7 15,05
10,8
10 6,98 6,41 6,5 6,8 6,0
3,3
0
Norte Centro-Oeste Sul Sudeste Nordeste
Fonte: www.mma.gov.br/port/srh (Manual de Consumo Sustentável, 2002)
9. USOS MÚLTIPLOS DA ÁGUA
Abastecimento público;
Abastecimento industrial;
Atividades agropastoris;
Preservação da fauna e da flora;
Recreação e lazer;
Geração de energia elétrica;
Navegação;
Diluição e transporte de efluente.
10. Consumo de água para diversas
atividades industriais
• Para fabricar 1 carro são necessários 400.000 L de água;
• Para 1 litro de combustível são necessários 18 L de água;
• Para fabricar 1 telefone celular são necessários 1.300 L de
água;
• Para a produção de 1 kg de papel são necessários de 30 a
200 L de água;
• Para 1 litro de cerveja são necessários de 4 a 12 L de
água;
• Para a produção de 1 kg de leite em pó ou de queijo são
necessários de 3 a 5 L de água.
11. POLUIÇÃO DAS ÁGUAS
Alteração das características físicas, químicas e
biológicas, que prejudicam um ou mais de seus
usos preestabelecidos.
CLASSIFICAÇÃO DOS CORPOS DE ÁGUA
“Resolução CONAMA N° 357 de 17 /03/ 2005”.
12.
13. 1. Poluição Natural
Ocorre devido ao arraste pelas águas das chuvas:
De partículas orgânicas e inorgânicas do solo;
Resíduos de animais silvestres;
Resíduos de folhas e galhos da vegetação.
Dificilmente altera a qualidade da água para seu
uso mais nobre e pode ser utilizada para
abastecimento público após simples desinfecção.
14. 2. Poluição Produzida por Esgotos Domésticos
A Alteração das características dos corpos d’água será maior ou
menor em função do grau de tratamento dos esgotos domésticos.
Esgotos domésticos de uma área urbanizada = Σ (residências, comércio, industria)
Principal preocupação com o meio ambiente: matéria orgânica,
microorganismos patogênicos, concentração de fósforo e nitrogênio.
Domicílios atendidos por rede coletora de esgoto
REGIÃO PERCENTUAL
Sudeste 71,4
Nordeste 16,3
Norte 7,3
Fonte: IBGE, 1998
15. 3. Poluição Produzida por Efluentes Industriais
As atividades industriais geram efluentes com caracte-
rísticas qualitativas e quantitativas bastante diversificada.
Características Quantitativas
FONTE DE DESPEJOS VOLUME POR ATIVIDADE
Esgoto doméstico 120 a 160 L / hab.dia
Abatedouro bovino 1.500 a 2.000 L / boi
Abatedouro avícola 17 a 20 L / ave
Fabricação de cerveja 8 L / L cerveja
Fabricação de queijos 20 l / kg queijo
Fabricação de leite 1 L / L leite
Fabricação de couro 800 a 1.000 L / couro
Fabricação de papel 50 a 100 L / kg papel
16. 3. Poluição Produzida por Efluentes Industriais
Características Quantitativas
FONTE DE DESPEJOS EQUIVALENTE POPULACIONAL
Abatedouro bovino 55 hab. / boi
Abatedouro avícola 200 hab. / 1000 aves
Fabricação de cerveja 175 hab. / m³ cerveja
Fabricação de queijos 2 hab. / kg queijo
Fabricação de leite 20 hab / 100 L leite
Fabricação de couro 40 hab. / pele bovina
Fabricação de papel 460 hab. / t papel
carga DBO INDUST [kg/d]
EP =
0,054 [kg/d]
17. 4. Poluição Produzida por Drenagens
de Áreas Urbanas e Agrícolas
Nas áreas urbanas os materiais acumulados
nas valas e bueiros são arrastados pelas águas
pluviais quando da ocorrência de chuvas.
↓ LIMPEZA PÚBLICA ↑ POLUIÇÃO
Em áreas agrícolas, os efeitos da poluição
dependem muito das práticas utilizadas em
cada região e da época do ano.
18. EFEITOS DA POLUIÇÃO DA ÁGUAS
O lançamento de efluentes líquidos, tratados ou
não, provocam alterações nas características
dos corpos d’água.
A utilização do corpo d’água poderá ser
inviabilizada dependendo da intensidade da
carga poluidora e a finalidade da água.
19. EFEITOS DA POLUIÇÃO DA ÁGUAS
Abastecimento Público
• Contaminação microbiológica
esgotos: doenças de veiculação hídrica;
• Qualidade das águas dos mananciais
dependendo dos poluentes lançados a montante
de uma captação para abastecimento e da
capacidade da ETA e cuidados tomados pelos
técnicos, a água, mesmo tratada, pode causar
efeitos nocivos sobre a saúde do homem;
• Encarecimento do tratamento → A poluição dos mananciais leva a
busca de novas fontes, gerando maiores gastos no transporte da água
bem como na utilização de uma maior quantidade de produtos que
serão necessários para o seu tratamento.
20. EFEITOS DA POLUIÇÃO DA ÁGUAS
Abastecimento Industrial
• Limitação para uso em determinadas indústrias
• Operação e manutenção de caldeiras
Indústria da Pesca
Navegação
Agricultura e Pecuária
Contaminação do leite e hortaliças
Recreação
21.
22. PROCESSOS DE TRATAMENTO
DE ÁGUAS RESIDUÁRIAS
Um sistema de tratamento de águas residuárias
é constituído por uma série de operações e
processos (físicos, químicos e biológicos) que
são empregados para remoção de substâncias
indesejáveis da água ou para transformação em
outras formas aceitáveis.
23. Processos Físicos
São utilizados para separar sólidos em suspensão nas
águas residuárias.
• Remoção de sólidos grosseiros;
• Remoção de sólidos sedimentares;
• Remoção de sólidos flutuantes;
• Remoção de umidade de lodo.
Dispositivos:
Grades de limpeza (manual ou mecanizada);
Caixas de areia simples ou aeradas;
Tanques de retenção de materiais flutuantes;
Decantadores;
Leito de secagem de lodo.
24. Processos Químicos
São processos em que a utilização de produtos
químicos são necessário para aumentar a eficiência da
remoção de um elemento ou substância que causam
cor, turbidez, odor, etc.
Os principais são:
• Coagulação-floculação;
• Precipitação química;
• Oxidação;
• Cloração;
• Neutralização ou correção do pH.
25. Processos Biológicos
São aqueles que dependem da ação de
microorganismos (aeróbios ou anaeróbios).
Os mais usuais são:
• Lodo ativado e suas variações;
• Filtros biológicos anaeróbios ou aeróbios;
• Lagoas aeradas;
• Lagoas de estabilização facultativas e anaeróbias;
• Digestores anaeróbios de fluxo ascendente.
26. CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS DE TRATAMENTO
ƒ(material a ser removido, eficiência de remoção)
1. Tratamento Preliminar
Tem a finalidade de remover sólidos grosseiros e é aplicado a
qualquer tipo de água residuária.
2. Tratamento Primário
É mais apropriado para águas residuárias de natureza orgânica.
Finalidade: remover resíduos finos em suspensão nos efluentes.
3. Tratamento Secundário
É utilizado para depurar águas residuárias por processos
biológicos. Finalidade: reduzir o teor de matéria orgânica solúvel
nos despejos.
27. CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS DE TRATAMENTO
4. Tratamento Terciário
Estágio mais avançado e visa remover substâncias não
eliminadas nos tratamentos anteriores (nutrientes, microorganismos
patogênicos, etc).
5. Tratamento de Lodos
Visa a desidratação ou adequação para disposição final de
qualquer tipo de lodo.
6. Tratamento Físico-Químico
Basicamente utilizado em águas residuárias de natureza
inorgânica, visa a remoção de sólidos em todas as suas formas e a
alteração das características físico-químicas das águas residuárias.
28. REÚSO DA ÁGUA
“A não ser que exista uma grande disponibilidade,
nenhuma água de boa qualidade deve ser utilizada
para usos que tolerem águas de qualidade inferior”.
CONSELHO ECONÔMICO DAS NAÇÕES UNIDAS, 1985
O reaproveitamento ou reúso da água ou ainda, o uso
de águas residuárias é o processo pelo qual a água,
tratada ou não, é reutilizada para o mesmo ou outro
fim.
Dentro dessa ótica, os esgotos tratados têm um papel
fundamental no planejamento e na gestão sustentável
dos recursos hídricos como um substituto para o uso
de águas destinadas a fins agrícolas e de irrigação,
entre outros.
29.
30. QUALIDADE DA ÁGUA:
PRINCIPAIS OBJETIVOS
Avaliar a evolução da qualidade das águas
interiores dos rios e reservatórios;
Propiciar o levantamento das áreas prioritárias
para o controle da poluição das águas;
Identificar trechos de rios onde a qualidade da
água possa estar pior, possibilitando ações
preventivas.
31. Índice de Qualidade da Água - IQA
A partir de estudos realizados pela National Sanitation Foundation
dos EUA (1970), a CETESB adaptou e desenvolveu o IQA, que
vem sendo utilizado para analisar a qualidade das águas em SP.
IQA = [0,100]
n qi: qualidade do i-ésimo parâmetro [0,100],
IQA = ∏ q wi obtido da respectiva “curva média de variação de qualidade”;
i wi: peso correspondente ao i-ésimo parâmetro [0,1].
i =1 Atribuído em função da sua importância para a conformação
global de qualidade.
n: número de variáveis que entram no cálculo do IQA
n
∑W =1
i =1
i
33. Avaliação da Qualidade da Água
A partir do cálculo efetuado, pode-se
determinar a qualidade das águas
brutas, que é indicada pelo IQA,
variando numa escala de 0 a 100,
representado na Tabela abaixo:
35. EXERCÍCIO IQA
Após análise realizada em laboratório das amostras de água coletada em um
determinado rio, obtiveram-se os seguintes resultados:
Coliformes F. = 2400/100mL; pH = 8,6; DBO = 4,6 mg/L; Nitogênio Tot. = 2 mg/L
8,6
Fósforo Tot. = 0,2 mg/L; ∆T = 1°C; Turbidez = 10 UFT; Resíduo Tot. = 1800mg/L
e OD = 17 % sat.
Pede-se: Classificar a qualidade da água do rio segundo a CETESB (IQA).
1° PASSO
Identificar qi no gráfico através do
valor do respectivo parâmetro;
para pH = 8,6 q2 = 67
36. EXERCÍCIO IQA
2° PASSO
Com todos os valores de q obtidos, calcular o IQA associando cada
valor de q ao seu respectivo peso; n
I Q A = ∏qiw i
Ord. q W i =1
1 15 0,15
IQA = 150,15 x 670,12 x 650,1 x 800,1 x 900,1
2 67 0,12
x 900,1 x 740,08 x 320,08 x 100,17
3 65 0,1
4 80 0,1 3° PASSO
5 90 0,1 CLASSIFICAR
6 90 0,1
7 74 0,08 IQA = 39,6
8 32 0,08
9 10 0,17
37. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O índice (IQA), apesar de fornecer uma avaliação
integrada, jamais substituirá uma avaliação detalhada da
qualidade das águas de uma determinada bacia
hidrográfica.
OUTROS ÍNDICES UTILIZADOS PELA CETESB
• IAP - Índice de Qualidade das Águas Brutas para Fins de Abastecimento
Público;
• ISTO – Índice de Substâncias Tóxicas e Organolépticas
• IVA -Índices de Qualidade das Águas para Proteção da Vida Aquática e de
Comunidades Aquáticas
• IPMCA – Índice de Variáveis Mínimas para a Preservação da Vida Aquática
• ICF -Índice da Comunidade Fitoplanctônica
• IB -Índice de Balneabilidade
38. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Dentre toda a água do planeta, as superficiais são as
que se apresentam em menor quantidade, mesmo assim
são as mais utilizadas pelo homem para as mais diversas
atividades, como abastecimento humano e destino final
dos dejetos (em sua maior quantidade sem tratamento
algum).
Se uma atitude séria não for tomada logo para reverter
essa situação, em breve não importará a quantidade de
dinheiro que se tenha, pois não haverá alimentos para
serem vendidos.
39. “Quando o poço seca
é que sabemos realmente o valor da água”
Benjamín Franklin, 1727
OBRIGADO!