O documento descreve o plano de ensino para a disciplina de Teoria da Imagem em uma faculdade de fotografia e cinema. O curso aborda conceitos fundamentais da imagem em uma perspectiva interdisciplinar, analisa as máquinas de produção de imagens e apresenta ferramentas para análise crítica de imagens. As aulas incluem exposições, seminários e avaliações individuais.
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Teoria da Imagem
1. ESCOLA DE FOTOGRAFIA E CINEMA
FACULDADE CAMBURY
Fotografia e
Teoria da Imagem Imagem
http://incinerrante.com/teoriadaimagem/ 40 horas-aula
Marcelo Rodrigues Souza Ribeiro
Segundo
marcelo@incinerrante.com período
Base Tecnológica Habilidades e Competências
• Teorias e conceitos da comunicação nas • Compreender os sistemas de
relações sociais. representação e comunicação através das
imagens.
• Comunicação semiótica e simbólica. • Compreender os processos de construção
simbólica na cultura contemporânea.
• Processo de construção e representação • Refletir e analisar, de maneira crítica,
do imaginário na cultura contemporânea. sobre os meios de comunicação do ponto
de vista das representações simbólicas.
• Processo de interação social através das • Conceituar e analisar imagens no
representações simbólicas nos vários contexto cultural contemporâneo e seus
meios de comunicação. valores simbólicos na sociedade e nos
meios de comunicação de massa.
• Imagens, signos e comunicação nas –
mídias
Objetivos
A disciplina de Teoria da Imagem busca apresentar um panorama das principais
abordagens para o estudo da imagem, tal como esta se constitui em suas diferentes
manifestações técnicas, estéticas e culturais. No intuito de fundamentar a análise crítica
de imagens, os principais objetivos são:
1. Apresentar alguns dos conceitos fundamentais que devem ser articulados na
construção de uma teoria da imagem a partir de uma abordagem interdisciplinar,
com base na filosofia, na antropologia, na semiótica, nas teorias da comunicação, na
análise do discurso, na narratologia, nos estudos culturais, entre outros campos.
2. Discutir e analisar as diferentes máquinas ou aparelhos de produção de imagens e
suas configurações como dispositivos tecnológicos e culturais, inscritos em
contextos históricos e culturais que os atravessam e os marcam.
3. Introduzir alguns procedimentos analíticos e críticos para o estudo das imagens,
especificamente das chamadas imagens técnicas, isto é, a fotografia, o cinema, o
vídeo e a imagem eletrônico-digital em suas diversas configurações, sugerindo uma
caixa de ferramentas conceitual para a experiência imagética contemporânea.
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PLANO DE ENSINO DE TEORIA DA IMAGEM
2. ESCOLA DE FOTOGRAFIA E CINEMA
FACULDADE CAMBURY
Conteúdo programático
Unidade 1
Conceitos fundamentais para uma teoria da imagem
1.1.) A imagem: conceituações e definições em uma abordagem interdisciplinar
1.1.1) A imagem como representação, comunicação e significação
1.1.2) A imagem técnica: mediações, aparelhos, dispositivos
1.2) O conceito de signo e sua aplicação à imagem (a partir da teoria da fotografia)
1.2.1) Ferdinand de Saussure e a semiologia a partir da linguística
1.2.2) Mikhail Bakhtin e a filosofia da linguagem
1.2.3) Charles Sanders Peirce e a semiótica
1.2.3.1) A questão do referente: ícone (imitação), índice (traço) e símbolo (convenção)
1.3) As imagens entre revelação e engano (a partir da teoria do cinema)
1.3.1) Estética e técnica, ética e política: ponto de vista ótico, ponto de vista ideológico,
sutura
1.3.2) Narrativa: montagem e encenação como princípios transversais do estilo
1.3.3) Texto e espectador: subjetividade, subjetivação, identificação, imaginação
1.3.5) Realidade e representação: ficção, não-ficção, documentário
Unidade 2
A imagem técnica: programas técnico-políticos e poéticas da desprogramação
2.1) A questão do dispositivo: a inscrição política da técnica
2.1.1) O dispositivo como programa tecnológico: as máquinas de imagens
2.1.1.1) A perspectiva artificial como matriz representacional
2.1.1.2) Do substrato físico-químico ao abstrato digital
2.1.1.2.1) A câmera escura: máquina de captação ótica
2.1.1.2.2) O aparelho fotográfico: máquina de captação e fixação físico-química
2.1.1.2.3) O cinematógrafo: máquina de captação, fixação e visualização
2.1.1.2.4) O vídeo (e a TV): máquina de captação, fixação, visualização e transmissão
2.1.1.2.5) Computação: máquina de simulação total da imagem
2.1.2) O dispositivo como programa político-ideológico
2.1.2.1) A narrativa como ato socialmente simbólico multimidiático
2.1.2.1.1) Do sonho imóvel do cinema à imersão interativa: arte, instalação, videogame
2.1.2.1.2) A caixa preta como conceito-metáfora da imagem técnica
2.1.3) Da programação técnica e ideológica às poéticas da desprogramação
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3. ESCOLA DE FOTOGRAFIA E CINEMA
FACULDADE CAMBURY
Metodologia e atividades de avaliação
As 40 horas-aula da disciplina serão dedicadas a:
• aulas expositivas e dialógicas baseadas em textos selecionados da bibliografia, com
exibição de imagens e discussão em sala;
• seminários de apresentação de textos por parte de estudantes;
• resumos, resenhas e análises de imagens;
• exercícios em sala, podendo resultar em parte das notas de AD1 e AD2 (avaliações
diversificadas), que valem de 0,0 a 10,0;
• provas individuais e sem consulta, resultando nas notas de AN1 e AN2 (avaliações
normais ou regulares), que valem de 0,0 a 10,0.
Critérios para aprovação
1. A frequência mínima é de 75% da carga horária, o que corresponde a 30 horas-aula.
Qualquer estudante que faltar a mais de 25% das aulas, ou 10 horas-aula, está
automaticamente reprovado/a.
2. A média geral mínima para aprovação é de 6,0 pontos. Isso significa que a soma das
notas de AN1, AD1, AN2 e AD2 deve ser maior ou igual a 24.
3. Como critério adicional, a soma das notas de AN1 e AN2 deve ser maior ou igual a
10,0.
Bibliografia básica
Livros:
AUMONT, Jacques. A imagem. Campinas: Papirus, 2000.
AUMONT, Jacques et al. A estética do filme. Campinas: Papirus, 1996.
BARTHES, Roland. A câmara clara. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1984.
DUBOIS, Philippe. O ato fotográfico e outros ensaios. Campinas, SP: Papirus, 1994.
JOLY, Martine. Introdução à análise da imagem. Campinas, SP: Papirus, 1996.
MACHADO, Arlindo. A arte do vídeo. São Paulo: Brasiliense, 1988.
RAMOS, Fernão Pessoa (org.). Teoria contemporânea do cinema, volume I: pós-
estruturalismo e filosofia analítica. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2005.
______. Teoria contemporânea do cinema, volume II: documentário e narratividade
ficcional. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2005.
SANTAELLA, Lucia; NOTH, Winfried. Imagem: cognição, semiótica, mídia. São
Paulo: Iluminuras, 1998.
XAVIER, Ismail (org.). A experiência do cinema: antologia. Rio de Janeiro: Edições
Graal; Embrafilme, 1983.
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4. ESCOLA DE FOTOGRAFIA E CINEMA
FACULDADE CAMBURY
XAVIER, Ismail. O olhar e a cena: Melodrama, Hollywood, Cinema Novo, Nelson
Rodrigues. São Paulo: Cosac Naify, 2003.
Periódicos:
Discursos fotográficos. Revista do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da
Universidade Estadual de Londrina. Disponível em: http://www.uel.br/revistas/uel/
index.php/discursosfotograficos. Último acesso em 26/02/2010.
Bibliografia complementar
ARMES, Roy. On video: o significado do vídeo nos meios de comunicação. São Paulo:
Summus, 1999.
AUMONT, Jacques. O olho interminável [cinema e pintura]. São Paulo: Cosac Naify,
2004.
BAUDRILLARD, Jean. Simulacros e simulação. Lisboa: Relógio D’Água, 1981.
BAZIN, André. O cinema: ensaios. São Paulo: Brasiliense, 1991.
BENJAMIN, Walter. Magia e técnica, arte e ciência. São Paulo: Brasiliense, 1996.
BERGER, John. Modos de ver. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.
BORDWELL, David. Figuras traçadas na luz: a encenação no cinema. Campinas, SP:
Papirus, 2009.
DEBORD, Guy. A sociedade do espetáculo. Rio de Janeiro: Contraponto, 1997.
DELEUZE, Gilles. A imagem-movimento: cinema 1. São Paulo: Brasiliense, 1995.
______. A imagem-tempo: cinema 2. São Paulo: Brasiliense, 1990.
DUBOIS, Philippe. Cinema, vídeo, Godard. São Paulo: Cosac Naify, 2004.
DURAND, Gilbert. O imaginário: ensaio acerca das ciências e da filosofia da imagem.
Rio de Janeiro: Difel, 1999.
EISENSTEIN, Sergei. O sentido do filme. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2002.
______. A forma do filme. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2002.
FLUSSER, Vilém. Filosofia da caixa preta. Rio de Janeiro: Relume-Dumará, 2005.
______. O universo das imagens técnicas: elogio da superficialidade. São Paulo:
Annablume, 2008.
FOUCAULT, Michel. Isto não é um cachimbo. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1988.
JAMESON, Fredric. O inconsciente político: a narrativa como ato socialmente
simbólico. São Paulo: Editora Ática, 1992.
JULLIER, Laurent; MARIE, Michel. Lendo as imagens do cinema. São Paulo:
Editora Senac São Paulo, 2009.
KRAUSS, Rosalind. O fotográfico. Barcelona: Gustavo Gilli, 2002.
MACHADO, Arlindo. Arte e mídia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2007.
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5. ESCOLA DE FOTOGRAFIA E CINEMA
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______. O sujeito na tela: modos de enunciação no cinema e no ciberespaço. São
Paulo: Paulus, 2007.
______. A fotografia como expressão do conceito. Studium, n. 2, Instituto de Artes,
Unicamp, inverno 2000. Disponível em http://www.studium.iar.unicamp.br/dois/1.htm.
Último acesso em: 26/01/2010.
RANCIÈRE, Jacques. A partilha do sensível. São Paulo: Editora 34, 2005.
______. O inconsciente estético. São Paulo: Editora 34, 2009.
ROUILLÉ, André. A fotografia: entre documento e arte contemporânea. São Paulo:
SENAC, 2009.
SHOHAT, Ella; STAM, Robert. Crítica da imagem eurocêntrica: multiculturalismo e
representação. São Paulo: Cosac Naify, 2006.
SONTAG, Susan. Sobre fotografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2004.
STAM, Robert. Introdução à teoria do cinema. Campinas, SP: Papirus, 2003.
VIRILIO, Paul. A máquina de visão. Rio de Janeiro: José Olympio, 1994.
______. Guerra e cinema: logística da percepção. São Paulo: Boitempo, 2005.
XAVIER, Ismail. O discurso cinematográfico: a opacidade e a transparência. 3ª edição
rev. e amp. São Paulo: Paz e Terra, 2005.
ZIZEK, Slavoj. Lacrimae Rerum: ensaios sobre cinema moderno. São Paulo:
Boitempo, 2009.
Periódicos diversos disponíveis em: http://www.scielo.br/.
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