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A benevolência para com os seus
  semelhantes, fruto do amor ao próximo,
produz a afabilidade e a doçura, que lhe são
        a forma de manifestar-se.

  Entretanto, nem sempre há que fiar nas
               aparências.
A educação e a freqüentação do mundo podem
  dar ao homem o verniz dessas qualidades.
Quantos há cuja fingida bonomia não passa de
máscara para o exterior, de uma roupagem cujo
  talhe primoroso dissimula as deformidades
                  interiores!
O mundo está cheio dessas criaturas que têm
  nos lábios o sorriso e no coração o veneno;
  que são brandas, desde que nada as agaste,
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    cuja língua, de ouro quando falam pela
frente, se muda em dardo peçonhento, quando
A essa classe também pertencem esses homens,
de exterior benigno, que, tiranos domésticos,
 fazem que suas famílias e seus subordinados
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está associado, só há hipocrisia.
Aquele cuja afabilidade e doçura não são
fingidas nunca se desmente: é o mesmo, tanto
 em sociedade, como na intimidade. Esse, ao
   demais, sabe que se, pelas aparências, se
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                       pacíficos, porque serão
                     chamados filhos de Deus”
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                      Texto: Mensagem mediúnica
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                          (Paris, 1861).Livro:
                        “O Evangelho Segundo o
                             Espiritismo”




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A afabilidade e a doçura (benfeitor espiritual lázaro 1861)

  • 1.
  • 2. A benevolência para com os seus semelhantes, fruto do amor ao próximo, produz a afabilidade e a doçura, que lhe são a forma de manifestar-se. Entretanto, nem sempre há que fiar nas aparências.
  • 3. A educação e a freqüentação do mundo podem dar ao homem o verniz dessas qualidades. Quantos há cuja fingida bonomia não passa de máscara para o exterior, de uma roupagem cujo talhe primoroso dissimula as deformidades interiores!
  • 4. O mundo está cheio dessas criaturas que têm nos lábios o sorriso e no coração o veneno; que são brandas, desde que nada as agaste, mas que mordem à menor contrariedade; cuja língua, de ouro quando falam pela frente, se muda em dardo peçonhento, quando
  • 5. A essa classe também pertencem esses homens, de exterior benigno, que, tiranos domésticos, fazem que suas famílias e seus subordinados lhes sofram o peso do orgulho e do despotismo, como a quererem desforrar-se do constrangimento que, fora de casa, se impõem a si mesmos.
  • 6. Não se atrevendo a usar de autoridade para com os estranhos, que os chamariam à ordem, acham que pelo menos devem fazer-se temidos daqueles que lhes não podem resistir.
  • 7. Envaidecem-se de poderem dizer: “Aqui mando e sou obedecido”, sem lhes ocorrer que poderiam acrescentar: “E sou detestado”.
  • 8. Não basta que dos lábios manem leite e mel. Se o coração de modo algum lhes está associado, só há hipocrisia.
  • 9. Aquele cuja afabilidade e doçura não são fingidas nunca se desmente: é o mesmo, tanto em sociedade, como na intimidade. Esse, ao demais, sabe que se, pelas aparências, se consegue enganar os homens, a Deus ninguém engana.
  • 10. “ Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus” - Jesus. (Mateus - 5:9) Texto: Mensagem mediúnica do Benfeitor Espiritual Lázaro (Paris, 1861).Livro: “O Evangelho Segundo o Espiritismo” rosaneph@gmail.com LEIA KARDEC