SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 12
MITO E RAZÃO
A passagem do mito à Filosofia
Definições importantes e
basilares (tarefa aula anterior)
• Ideologia: ideias próprias de certos grupos sociais e políticos. Por um lado, pode atuar como uma forma de
consciência da realidade, mas uma consciência parcial e ilusória, que se baseia na criação de conceitos e
preconceitos como instrumentos de dominação. Nesse caso, seus traços gerais são:
• Anterioridade: a ideologia predetermina o pensamento e a ação, desprezando a história e a prática na qual
cada pessoa se insere, vive e produz;
• Generalização: produz consenso coletivo, senso comum em torno de certas teses e valores. O “bem de
alguns” é difundido como se fosse “bem comum”.
• Lacuna: a ideologia desenvolve uma lógica montada para ocultar e silenciar em vez de revelar, falsear em vez
de esclarecer.
• Por outro lado, a ideologia pode se prestar à orientação da vida prática dos indivíduos, ou seja, de fornecer a
base para a resolução dos problemas práticos da vida em sociedade.
• Alienação: palavra que vem do latim alienare, tonar algo alheio a alguém. Em termos filosóficos, alienação é o
processo pelo qual os atos de uma pessoa são dirigidos por outros e se transformam em uma força estranha
colocada em posição superior e contrária a quem produziu (de acordo com o pensamento de Karl Marx).
O que perguntavam os primeiros
filósofos?
• Por que os seres nascem e morrem?
• Por que os semelhantes dão origem aos semelhantes, de uma
árvore nasce outra árvore, de um cão nasce outro cão, de uma
mulher nasce uma criança?
• Por que tudo muda? A criança se torna adulta, amadurece,
envelhece e desaparece?
• Por que a doença invade os corpos, rouba-lhes a cor, a força?
• Sem dúvida, a religião, as tradições e os mitos explicavam
todas essas coisas, mas suas explicações já não satisfaziam
aos que interrogavam sobre as causas da mudança, da
permanência, da repetição, da desaparição e do
ressurgimento de todos os seres. Havia perdido força
explicativa, não convenciam nem satisfaziam a quem desejava
conhecer a verdade sobre o mundo.
O que é um mito?
• Um mito é uma narrativa sobre a origem de alguma
coisa (origem dos astros, da Terra, dos homens, das
plantas, dos animais, do fogo, da água etc.).
• A palavra mito vem do grego, mythos, e deriva de dois
verbos: do verbo mytheyo (contar, narrar, falar alguma
coisa para outros) e do verbo mytheo (conversar, contar,
anunciar, nomear, designar).
Homero e Hesíodo e sua importância para a
evolução do pensamento na GréciaAntiga
• Homero (800 a.C -701 a.C) e Hesíodo (750 a.C - 650 a.C)
foram dois grandes poetas gregos da idade arcaica. Ambos
narraram obras importantes para o pensamento mítico que
influenciaram na formação da sociedade e cultura grega da
época.
• Teogonia (em grego theos, deus + genea, origem) Narrada por
Hesíodo, a teogonia é um poema mitológico para a origem dos
deuses. O poema se constitui no mito cosmogônico (descrição da
origem do mundo) dos gregos, que se desenvolve com geração
sucessiva dos deuses, e na parte final, com o envolvimento
destes com os homens originando assim os heróis.
• Ilíada: narrada por Homero, a Ilíada é um poema mitológico que
narra a famosa guerra de Troia, que influenciou fortemente a
cultura clássica.
• Odisseia: narrada por Homero, é um dos principais poemas
mitológicos, que narra em uma sequência a Ilíada, o desfecho da
batalha de Troia.
Quem narra o mito?
• O poeta-rapsodo. Quem é ele? Por que tem autoridade?
• Acredita-se que o poeta é um escolhido dos deuses, que
lhe mostram os acontecimentos passados e permitem
que ele veja a origem de todos os seres e de todas as
coisas para que possa transmiti-la aos ouvintes. Sua
palavra - o mito – é sagrada porque vem de uma
revelação divina. O mito é, pois, incontestável e
inquestionável.
Saber mítico x pensamento
racional
• Saber mítico: alegórico acredita-se nele ou não,
conforme a própria vontade, mediante um ato de fé, caso
pareça belo ou verossímil.
• Pensamento racional: logos (λόγος) argumentação
que pretende convencer.
• MITO DE ÉDIPO, utilizado pelo dramaturgo Sófocles: reflexão
sobre as questões da culpa e da responsabilidade dos
homens perante as normas e tabus (Freud).
• Leitura: página 81 (unidade 2 / capítulo 5).
A Filosofianascedeumatransformaçãogradualdos
mitosou deumarupturaradicalcomosmitos?
• Duas foram as respostas dadas.
• A primeira delas foi dada nos fins do século XIX e
começo do século XX, quando reinava um grande
otimismo sobre os poderes científicos e capacidades
técnicas do homem. Dizia-se, então, que a Filosofia
nasceu por uma ruptura radical com os mitos, sendo a
primeira explicação científica da realidade produzida
pelo Ocidente.
• A segunda resposta foi dada a partir de meados do
século XX, quando os estudos dos antropólogos e dos
historiadores mostraram a importância dos mitos na
organização social e cultural das sociedades e como os
mitos estão profundamente entranhados nos modos de
pensar e de sentir de uma sociedade.
A Filosofianascedeumatransformaçãogradualdos
mitosou deumarupturaradicalcomosmitos?
• Por isso, dizia-se que os gregos, como qualquer outro
povo, acreditavam em seus mitos e que a Filosofia
nasceu, vagarosa e gradualmente, do interior dos
próprios mitos, como uma racionalização deles.
• Atualmente consideram-se as duas respostas
exageradas e afirma-se que a Filosofia, percebendo as
contradições e limitações dos mitos, foi reformulando e
racionalizando as narrativas míticas, transformando-as
numa outra coisa, numa explicação inteiramente nova e
diferente.
Quais são as diferenças entre
Filosofia e mito?
• Podemos apontar três como as mais importantes:
• 1. O mito pretendia narrar como as coisas eram ou
tinham sido no passado imemorial, longínquo e
fabuloso, voltando-se para o que era antes que tudo
existisse tal como existe no presente. A Filosofia, ao
contrário, se preocupa em explicar como e por que, no
passado, no presente e no futuro (isto é, na totalidade
do tempo), as coisas são como são;
• 2. O mito narrava a origem através de genealogias e
rivalidades ou alianças entre forças divinas
sobrenaturais e personalizadas, enquanto a Filosofia,
ao contrário, explica a produção natural das coisas por
elementos e causas naturais e impessoais.
Quais são as diferenças
entre Filosofia e mito?
• O mito falava em Urano, Ponto e Gaia; a Filosofia fala em céu,
mar e terra. O mito narra a origem dos seres celestes (os
astros), terrestres (plantas, animais, homens) e marinhos pelos
casamentos de Gaia com Urano e Ponto. A Filosofia explica o
surgimento desses seres por composição, combinação e
separação dos quatro elementos - úmido, seco, quente e frio, ou
água, terra, fogo e ar.
• 3. O mito não se importava com contradições, com o fabuloso e
o incompreensível, não só porque esses eram traços próprios
da narrativa mítica, como também porque a confiança e a
crença no mito vinham da autoridade religiosa do narrador. A
Filosofia, ao contrário, não admite contradições, fabulação e
coisas incompreensíveis, mas exige que a explicação seja
coerente, lógica e racional; além disso, a autoridade da
explicação não vem da pessoa do filósofo, mas da razão, que é
a mesma em todos os seres humanos.
• Tarefa:
a) Atividades do capítulo 1: De 1 a 4 (p. 24)
b) Atividades do capítulo 2: De 1 a 8. (p.55)

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Filosofia 02 - Sócrates, Platão e Aristóteles
Filosofia 02 - Sócrates, Platão e  AristótelesFilosofia 02 - Sócrates, Platão e  Aristóteles
Filosofia 02 - Sócrates, Platão e AristótelesDiego Bian Filo Moreira
 
1 teoria do conhecimento
1 teoria do conhecimento1 teoria do conhecimento
1 teoria do conhecimentoErica Frau
 
Slides da aula de Filosofia (João Luís) sobre Ciência e Religião
Slides da aula de Filosofia (João Luís) sobre Ciência e ReligiãoSlides da aula de Filosofia (João Luís) sobre Ciência e Religião
Slides da aula de Filosofia (João Luís) sobre Ciência e ReligiãoTurma Olímpica
 
2. sócrates, sofistas, platão e aristóteles
2. sócrates, sofistas, platão e aristóteles2. sócrates, sofistas, platão e aristóteles
2. sócrates, sofistas, platão e aristótelesTiago Kestering Pereira
 
do Teocentrismo ao Antropocentrismo
do Teocentrismo ao Antropocentrismodo Teocentrismo ao Antropocentrismo
do Teocentrismo ao AntropocentrismoLarissa Barreis
 
Dogmatismo, Ceticismo e Criticismo
Dogmatismo, Ceticismo e CriticismoDogmatismo, Ceticismo e Criticismo
Dogmatismo, Ceticismo e CriticismoMariana Couto
 
2 filosofia antiga e medieval filosofia
2 filosofia antiga e medieval   filosofia2 filosofia antiga e medieval   filosofia
2 filosofia antiga e medieval filosofiaDaniele Rubim
 
Filosofia - Idealismo Alemão e outros
Filosofia - Idealismo Alemão e outrosFilosofia - Idealismo Alemão e outros
Filosofia - Idealismo Alemão e outrosRodrigo Moysés
 
Slide a origem da filosofia
Slide a origem da filosofiaSlide a origem da filosofia
Slide a origem da filosofiairanildespm
 
Aula de filosofia antiga, tema: Sofistas
Aula de filosofia antiga, tema: SofistasAula de filosofia antiga, tema: Sofistas
Aula de filosofia antiga, tema: SofistasLeandro Nazareth Souto
 
Racionalismo e Empirismo
Racionalismo e EmpirismoRacionalismo e Empirismo
Racionalismo e Empirismolipexleal
 
Sobre Positivismo - Auguste Comte
Sobre Positivismo - Auguste ComteSobre Positivismo - Auguste Comte
Sobre Positivismo - Auguste ComtePaulinha2011
 

Mais procurados (20)

Filosofia 04 - Filosofia Medieval
Filosofia 04 - Filosofia MedievalFilosofia 04 - Filosofia Medieval
Filosofia 04 - Filosofia Medieval
 
Filosofia
Filosofia Filosofia
Filosofia
 
Mito e Filosofia
Mito e FilosofiaMito e Filosofia
Mito e Filosofia
 
Filosofia 02 - Sócrates, Platão e Aristóteles
Filosofia 02 - Sócrates, Platão e  AristótelesFilosofia 02 - Sócrates, Platão e  Aristóteles
Filosofia 02 - Sócrates, Platão e Aristóteles
 
1 teoria do conhecimento
1 teoria do conhecimento1 teoria do conhecimento
1 teoria do conhecimento
 
Slides da aula de Filosofia (João Luís) sobre Ciência e Religião
Slides da aula de Filosofia (João Luís) sobre Ciência e ReligiãoSlides da aula de Filosofia (João Luís) sobre Ciência e Religião
Slides da aula de Filosofia (João Luís) sobre Ciência e Religião
 
Empirismo
EmpirismoEmpirismo
Empirismo
 
2. sócrates, sofistas, platão e aristóteles
2. sócrates, sofistas, platão e aristóteles2. sócrates, sofistas, platão e aristóteles
2. sócrates, sofistas, platão e aristóteles
 
do Teocentrismo ao Antropocentrismo
do Teocentrismo ao Antropocentrismodo Teocentrismo ao Antropocentrismo
do Teocentrismo ao Antropocentrismo
 
Dogmatismo, Ceticismo e Criticismo
Dogmatismo, Ceticismo e CriticismoDogmatismo, Ceticismo e Criticismo
Dogmatismo, Ceticismo e Criticismo
 
Utilitarismo
UtilitarismoUtilitarismo
Utilitarismo
 
Filósofos Pré socráticos
Filósofos Pré socráticosFilósofos Pré socráticos
Filósofos Pré socráticos
 
O pensamento mítico
O pensamento míticoO pensamento mítico
O pensamento mítico
 
2 filosofia antiga e medieval filosofia
2 filosofia antiga e medieval   filosofia2 filosofia antiga e medieval   filosofia
2 filosofia antiga e medieval filosofia
 
Filosofia - Idealismo Alemão e outros
Filosofia - Idealismo Alemão e outrosFilosofia - Idealismo Alemão e outros
Filosofia - Idealismo Alemão e outros
 
Slide a origem da filosofia
Slide a origem da filosofiaSlide a origem da filosofia
Slide a origem da filosofia
 
Aula de filosofia antiga, tema: Sofistas
Aula de filosofia antiga, tema: SofistasAula de filosofia antiga, tema: Sofistas
Aula de filosofia antiga, tema: Sofistas
 
Filosofia medieval
Filosofia medievalFilosofia medieval
Filosofia medieval
 
Racionalismo e Empirismo
Racionalismo e EmpirismoRacionalismo e Empirismo
Racionalismo e Empirismo
 
Sobre Positivismo - Auguste Comte
Sobre Positivismo - Auguste ComteSobre Positivismo - Auguste Comte
Sobre Positivismo - Auguste Comte
 

Semelhante a Mito e-razão

Faceli - Direito - 2° Período - Curso de Filosofia do Direito - 04 - Origem
Faceli - Direito - 2° Período - Curso de Filosofia do Direito - 04 - OrigemFaceli - Direito - 2° Período - Curso de Filosofia do Direito - 04 - Origem
Faceli - Direito - 2° Período - Curso de Filosofia do Direito - 04 - OrigemJordano Santos Cerqueira
 
Mitologia e Filosofia - diferenças
Mitologia e Filosofia - diferençasMitologia e Filosofia - diferenças
Mitologia e Filosofia - diferençasBruno Carrasco
 
A origem e o nascimento da Filosofia e.pptx
A origem e o nascimento da Filosofia e.pptxA origem e o nascimento da Filosofia e.pptx
A origem e o nascimento da Filosofia e.pptxLaryssaMendes17
 
Mitologia e Filosofia
Mitologia e FilosofiaMitologia e Filosofia
Mitologia e Filosofiaex isto
 
A passagem: do Mito à Razão em Filosofia.ppt
A passagem: do Mito à Razão em Filosofia.pptA passagem: do Mito à Razão em Filosofia.ppt
A passagem: do Mito à Razão em Filosofia.pptFabi294142
 
PASSAGEM DO MITO AO LOGOS 1º ANO-combinado.pdf
PASSAGEM DO MITO AO LOGOS 1º ANO-combinado.pdfPASSAGEM DO MITO AO LOGOS 1º ANO-combinado.pdf
PASSAGEM DO MITO AO LOGOS 1º ANO-combinado.pdfMARCELACARNEIROGOMES
 
Apostila de filosofia
Apostila de filosofiaApostila de filosofia
Apostila de filosofiaSandra Covre
 
Mundo de Sofia Resumo
Mundo de Sofia ResumoMundo de Sofia Resumo
Mundo de Sofia ResumoLuci Bonini
 
Passagem do mito à filosofia
Passagem do mito à filosofiaPassagem do mito à filosofia
Passagem do mito à filosofiaPedro Almeida
 

Semelhante a Mito e-razão (20)

Mito a Filosofia.pptx
Mito a Filosofia.pptxMito a Filosofia.pptx
Mito a Filosofia.pptx
 
Faceli - Direito - 2° Período - Curso de Filosofia do Direito - 04 - Origem
Faceli - Direito - 2° Período - Curso de Filosofia do Direito - 04 - OrigemFaceli - Direito - 2° Período - Curso de Filosofia do Direito - 04 - Origem
Faceli - Direito - 2° Período - Curso de Filosofia do Direito - 04 - Origem
 
Mitologia e Filosofia - diferenças
Mitologia e Filosofia - diferençasMitologia e Filosofia - diferenças
Mitologia e Filosofia - diferenças
 
2a. apostila-de-filosofia
2a. apostila-de-filosofia2a. apostila-de-filosofia
2a. apostila-de-filosofia
 
Aula O nascimento da filosofia 2015
Aula  O nascimento da filosofia 2015Aula  O nascimento da filosofia 2015
Aula O nascimento da filosofia 2015
 
A origem e o nascimento da Filosofia e.pptx
A origem e o nascimento da Filosofia e.pptxA origem e o nascimento da Filosofia e.pptx
A origem e o nascimento da Filosofia e.pptx
 
Aula 1
Aula 1Aula 1
Aula 1
 
Mitologia e Filosofia
Mitologia e FilosofiaMitologia e Filosofia
Mitologia e Filosofia
 
A passagem: do Mito à Razão em Filosofia.ppt
A passagem: do Mito à Razão em Filosofia.pptA passagem: do Mito à Razão em Filosofia.ppt
A passagem: do Mito à Razão em Filosofia.ppt
 
PASSAGEM DO MITO AO LOGOS 1º ANO-combinado.pdf
PASSAGEM DO MITO AO LOGOS 1º ANO-combinado.pdfPASSAGEM DO MITO AO LOGOS 1º ANO-combinado.pdf
PASSAGEM DO MITO AO LOGOS 1º ANO-combinado.pdf
 
Aula 2 - Origens da Filosofia
Aula 2 - Origens da FilosofiaAula 2 - Origens da Filosofia
Aula 2 - Origens da Filosofia
 
Apostila de filosofia
Apostila de filosofiaApostila de filosofia
Apostila de filosofia
 
1º anos (filosofia) Capitulo III Os Mitos
1º anos (filosofia) Capitulo III  Os Mitos1º anos (filosofia) Capitulo III  Os Mitos
1º anos (filosofia) Capitulo III Os Mitos
 
Mito e mitologia
Mito e mitologiaMito e mitologia
Mito e mitologia
 
Mito e mitologia
Mito e mitologiaMito e mitologia
Mito e mitologia
 
Mundo de Sofia Resumo
Mundo de Sofia ResumoMundo de Sofia Resumo
Mundo de Sofia Resumo
 
Aula de filosofia
Aula de filosofia Aula de filosofia
Aula de filosofia
 
Aula de filosofia
Aula de filosofia Aula de filosofia
Aula de filosofia
 
Passagem do mito à filosofia
Passagem do mito à filosofiaPassagem do mito à filosofia
Passagem do mito à filosofia
 
Mito e filosofia
Mito e filosofiaMito e filosofia
Mito e filosofia
 

Último

Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdfFicha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdfFtimaMoreira35
 
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptxSlides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptxMauricioOliveira258223
 
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxDiscurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxferreirapriscilla84
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...IsabelPereira2010
 
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?AnabelaGuerreiro7
 
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃOFASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃOAulasgravadas3
 
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdfAna Lemos
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteVanessaCavalcante37
 
ATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos Descritores
ATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos DescritoresATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos Descritores
ATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos DescritoresAnaCarinaKucharski1
 
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médioapostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médiorosenilrucks
 
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdfHistoria da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdfEmanuel Pio
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfprofesfrancleite
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Ilda Bicacro
 
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕESCOMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕESEduardaReis50
 
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....LuizHenriquedeAlmeid6
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfLeloIurk1
 
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdfplanejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdfmaurocesarpaesalmeid
 

Último (20)

Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdfFicha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
 
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptxSlides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptx
 
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxDiscurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
 
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIXAula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
 
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
 
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃOFASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
 
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
 
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULACINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
 
ATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos Descritores
ATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos DescritoresATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos Descritores
ATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos Descritores
 
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médioapostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
 
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdfHistoria da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
 
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕESCOMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
 
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
 
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdfplanejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
 

Mito e-razão

  • 1. MITO E RAZÃO A passagem do mito à Filosofia
  • 2. Definições importantes e basilares (tarefa aula anterior) • Ideologia: ideias próprias de certos grupos sociais e políticos. Por um lado, pode atuar como uma forma de consciência da realidade, mas uma consciência parcial e ilusória, que se baseia na criação de conceitos e preconceitos como instrumentos de dominação. Nesse caso, seus traços gerais são: • Anterioridade: a ideologia predetermina o pensamento e a ação, desprezando a história e a prática na qual cada pessoa se insere, vive e produz; • Generalização: produz consenso coletivo, senso comum em torno de certas teses e valores. O “bem de alguns” é difundido como se fosse “bem comum”. • Lacuna: a ideologia desenvolve uma lógica montada para ocultar e silenciar em vez de revelar, falsear em vez de esclarecer. • Por outro lado, a ideologia pode se prestar à orientação da vida prática dos indivíduos, ou seja, de fornecer a base para a resolução dos problemas práticos da vida em sociedade. • Alienação: palavra que vem do latim alienare, tonar algo alheio a alguém. Em termos filosóficos, alienação é o processo pelo qual os atos de uma pessoa são dirigidos por outros e se transformam em uma força estranha colocada em posição superior e contrária a quem produziu (de acordo com o pensamento de Karl Marx).
  • 3. O que perguntavam os primeiros filósofos? • Por que os seres nascem e morrem? • Por que os semelhantes dão origem aos semelhantes, de uma árvore nasce outra árvore, de um cão nasce outro cão, de uma mulher nasce uma criança? • Por que tudo muda? A criança se torna adulta, amadurece, envelhece e desaparece? • Por que a doença invade os corpos, rouba-lhes a cor, a força? • Sem dúvida, a religião, as tradições e os mitos explicavam todas essas coisas, mas suas explicações já não satisfaziam aos que interrogavam sobre as causas da mudança, da permanência, da repetição, da desaparição e do ressurgimento de todos os seres. Havia perdido força explicativa, não convenciam nem satisfaziam a quem desejava conhecer a verdade sobre o mundo.
  • 4. O que é um mito? • Um mito é uma narrativa sobre a origem de alguma coisa (origem dos astros, da Terra, dos homens, das plantas, dos animais, do fogo, da água etc.). • A palavra mito vem do grego, mythos, e deriva de dois verbos: do verbo mytheyo (contar, narrar, falar alguma coisa para outros) e do verbo mytheo (conversar, contar, anunciar, nomear, designar).
  • 5. Homero e Hesíodo e sua importância para a evolução do pensamento na GréciaAntiga • Homero (800 a.C -701 a.C) e Hesíodo (750 a.C - 650 a.C) foram dois grandes poetas gregos da idade arcaica. Ambos narraram obras importantes para o pensamento mítico que influenciaram na formação da sociedade e cultura grega da época. • Teogonia (em grego theos, deus + genea, origem) Narrada por Hesíodo, a teogonia é um poema mitológico para a origem dos deuses. O poema se constitui no mito cosmogônico (descrição da origem do mundo) dos gregos, que se desenvolve com geração sucessiva dos deuses, e na parte final, com o envolvimento destes com os homens originando assim os heróis. • Ilíada: narrada por Homero, a Ilíada é um poema mitológico que narra a famosa guerra de Troia, que influenciou fortemente a cultura clássica. • Odisseia: narrada por Homero, é um dos principais poemas mitológicos, que narra em uma sequência a Ilíada, o desfecho da batalha de Troia.
  • 6. Quem narra o mito? • O poeta-rapsodo. Quem é ele? Por que tem autoridade? • Acredita-se que o poeta é um escolhido dos deuses, que lhe mostram os acontecimentos passados e permitem que ele veja a origem de todos os seres e de todas as coisas para que possa transmiti-la aos ouvintes. Sua palavra - o mito – é sagrada porque vem de uma revelação divina. O mito é, pois, incontestável e inquestionável.
  • 7. Saber mítico x pensamento racional • Saber mítico: alegórico acredita-se nele ou não, conforme a própria vontade, mediante um ato de fé, caso pareça belo ou verossímil. • Pensamento racional: logos (λόγος) argumentação que pretende convencer. • MITO DE ÉDIPO, utilizado pelo dramaturgo Sófocles: reflexão sobre as questões da culpa e da responsabilidade dos homens perante as normas e tabus (Freud). • Leitura: página 81 (unidade 2 / capítulo 5).
  • 8. A Filosofianascedeumatransformaçãogradualdos mitosou deumarupturaradicalcomosmitos? • Duas foram as respostas dadas. • A primeira delas foi dada nos fins do século XIX e começo do século XX, quando reinava um grande otimismo sobre os poderes científicos e capacidades técnicas do homem. Dizia-se, então, que a Filosofia nasceu por uma ruptura radical com os mitos, sendo a primeira explicação científica da realidade produzida pelo Ocidente. • A segunda resposta foi dada a partir de meados do século XX, quando os estudos dos antropólogos e dos historiadores mostraram a importância dos mitos na organização social e cultural das sociedades e como os mitos estão profundamente entranhados nos modos de pensar e de sentir de uma sociedade.
  • 9. A Filosofianascedeumatransformaçãogradualdos mitosou deumarupturaradicalcomosmitos? • Por isso, dizia-se que os gregos, como qualquer outro povo, acreditavam em seus mitos e que a Filosofia nasceu, vagarosa e gradualmente, do interior dos próprios mitos, como uma racionalização deles. • Atualmente consideram-se as duas respostas exageradas e afirma-se que a Filosofia, percebendo as contradições e limitações dos mitos, foi reformulando e racionalizando as narrativas míticas, transformando-as numa outra coisa, numa explicação inteiramente nova e diferente.
  • 10. Quais são as diferenças entre Filosofia e mito? • Podemos apontar três como as mais importantes: • 1. O mito pretendia narrar como as coisas eram ou tinham sido no passado imemorial, longínquo e fabuloso, voltando-se para o que era antes que tudo existisse tal como existe no presente. A Filosofia, ao contrário, se preocupa em explicar como e por que, no passado, no presente e no futuro (isto é, na totalidade do tempo), as coisas são como são; • 2. O mito narrava a origem através de genealogias e rivalidades ou alianças entre forças divinas sobrenaturais e personalizadas, enquanto a Filosofia, ao contrário, explica a produção natural das coisas por elementos e causas naturais e impessoais.
  • 11. Quais são as diferenças entre Filosofia e mito? • O mito falava em Urano, Ponto e Gaia; a Filosofia fala em céu, mar e terra. O mito narra a origem dos seres celestes (os astros), terrestres (plantas, animais, homens) e marinhos pelos casamentos de Gaia com Urano e Ponto. A Filosofia explica o surgimento desses seres por composição, combinação e separação dos quatro elementos - úmido, seco, quente e frio, ou água, terra, fogo e ar. • 3. O mito não se importava com contradições, com o fabuloso e o incompreensível, não só porque esses eram traços próprios da narrativa mítica, como também porque a confiança e a crença no mito vinham da autoridade religiosa do narrador. A Filosofia, ao contrário, não admite contradições, fabulação e coisas incompreensíveis, mas exige que a explicação seja coerente, lógica e racional; além disso, a autoridade da explicação não vem da pessoa do filósofo, mas da razão, que é a mesma em todos os seres humanos.
  • 12. • Tarefa: a) Atividades do capítulo 1: De 1 a 4 (p. 24) b) Atividades do capítulo 2: De 1 a 8. (p.55)