O documento discute a importância de ouvir com cuidado antes de falar e controlar a ira. Também enfatiza a necessidade de não apenas ouvir a Palavra de Deus, mas praticá-la, perseverando tanto no ouvir quanto no agir de acordo com ela.
4. Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
• Aprender sobre estar "pronto para ouvir" e
"tardio para falar".
• Compreender a importância de ser
praticante, e não só ouvinte.
• Saber qual é a religião pura e verdadeira.
OBJETIVOS
Pr.MoisésSampaiodePaula
4
7. I. PRONTO PARA OUVIR E TARDIO PARA FALAR (Tg
1.19,20)
1. Pronto para ouvir.
2. Tardio para falar.
3. Controle a sua ira.
II. PRATICANTE E NÃO APENAS OUVINTE DA PALAVRA
(Tg 1.21-25)
1. Enxertai-vos da Palavra (21).
2. Praticai a Palavra (22-24).
3. Persevere ouvindo e agindo (v.25).
III. A RELIGIÃO PURA E VERDADEIRA (Tg 1.26,27)
1. A falsa religiosidade.
2. A verdadeira religião (v.27).
3. Guardando-se da corrupção (v.27).
Esboço da Lição
Pr.MoisésSampaiodePaula
7
8. INTRODUÇÃO
• Na lição dessa semana vamos
estudar a maneira adequada de
o crente usar um instrumento
maravilhoso, mas ao mesmo
tempo, potencialmente perigoso:
a fala.
• Este assunto está interligado à
temática da verdadeira religião
que agrada a Deus.
Pr.MoisésSampaiodePaula
8
9. INTRODUÇÃO
• O fenômeno da fala é uma das
fontes de expressão do
pensamento humano, como
também é responsável pelo
processo de comunicação e de
formação da identidade cultural
de uma sociedade. As pessoas
querem falar às outras àquilo
que pensam. O crente, todavia,
tem o compromisso de não
apenas falar o que pensa, mas
agir como propõe o Evangelho.
Pr.MoisésSampaiodePaula
9
10. Pense nisso!
Ouvir não é uma atitude fácil.
Demanda tempo, paciência,
perseverança e concentração.
O ato de ouvir é uma obra
doadora. Quem ouve uma
pessoa, doa o seu tempo e a
sua atenção. A princípio, quem
ouve pode aparentar uma
atitude passiva, mas na
verdade esta pessoa realiza
uma intensa atividade de
pensar e de raciocinar.
Pr.MoisésSampaiodePaula
10
11. I. PRONTO PARA OUVIR E TARDIO
PARA FALAR (Tg 1.19,20)
• 1. Pronto para ouvir.
• 2. Tardio para falar.
• 3. Controle a sua ira.
Pr.MoisésSampaiodePaula
11
12. I. PRONTO PARA OUVIR E TARDIO
PARA FALAR (Tg 1.19,20)
• Para alguns crentes, a
pessoa sábia é a que
sempre tem algo a falar.
• Ouvir é um
empreendimento
trabalhoso e, por isso,
ignorado por muitos.
Pr.MoisésSampaiodePaula
12
1. Pronto para ouvir.
13. I. PRONTO PARA OUVIR E TARDIO
PARA FALAR (Tg 1.19,20)
• Diferentemente, as
Escrituras admoestam-nos
a ser prontos para ouvir.
• No versículo 19, Tiago
introduz o seu ensino sobre
o "ouvir" e o "falar"
destacando a expressão
sabei isto.
Pr.MoisésSampaiodePaula
13
1. Pronto para ouvir.
Com essa expressão, ele
demonstra a sua preocupação
pastoral com os seus leitores.
14. I. PRONTO PARA OUVIR E TARDIO
PARA FALAR (Tg 1.19,20)
• Outro termo no versículo 19
chama-nos a atenção:
pronto.
• No grego, a palavra
significa "rápido", "ligeiro"
e "veloz". Ali, o escritor
sacro incentiva-nos a estar
disponíveis a ouvir.
Pr.MoisésSampaiodePaula
14
1. Pronto para ouvir.
É uma atitude que depende de uma disposição e também da
decisão em ouvir o outro.
15. I. PRONTO PARA OUVIR E TARDIO
PARA FALAR (Tg 1.19,20)
• A exemplo do profeta Samuel,
que desde a sua infância foi
ensinado a ouvir a voz divina
(1 Sm 3.10; 16.6-13), o povo
de Deus deve persistir em
escutar os desígnios do Pai,
pois nesses últimos dias têm
Ele falado através do seu
Filho, o Verbo Vivo de Deus
(Hb 1.1; cf. Jo 1.1).
Pr.MoisésSampaiodePaula
15
1. Pronto para ouvir.
16. I. PRONTO PARA OUVIR E TARDIO
PARA FALAR (Tg 1.19,20)
• Quem ouve com atenção
adquire a rara capacidade
de opinar acerca de
qualquer assunto.
• É justamente por isso que a
Carta de Tiago exorta-nos a
ser tardios para falar (v.19).
Pr.MoisésSampaiodePaula
16
2. Tardio para falar.
Uma palavra dita sem pensar, fora de tempo, e sem
conhecimento dos fatos, pode provocar verdadeiras
tragédias.
17. I. PRONTO PARA OUVIR E TARDIO
PARA FALAR (Tg 1.19,20)
• Diante de Faraó, José aproveitou
sabiamente um momento ímpar
em sua vida.
1. Antes de responder às
perguntas sobre os sonhos do
monarca, José as ouviu e
refletiu sobre elas.
2. Em seguida, orientado pelo
Senhor, respondeu sabiamente
Faraó (Gn 41.16).
Pr.MoisésSampaiodePaula
17
2. Tardio para falar.
18. I. PRONTO PARA OUVIR E TARDIO
PARA FALAR (Tg 1.19,20)
• Temos de aprender a refletir sobre
o que vamos dizer e falar no
tempo certo.
• Pese bem as palavras, e ore como
o rei Davi: "Põe, ó SENHOR, uma
guarda à minha boca; guarda a
porta dos meus lábios" (Sl
141.3).
Pr.MoisésSampaiodePaula
18
2. Tardio para falar.
20. I. PRONTO PARA OUVIR E TARDIO
PARA FALAR (Tg 1.19,20)
• Uma terceira admoestação
encontrada no versículo 19
da carta de Tiago expressa
o seguinte: tardios para se
irar.
• A ira é um profundo
sentimento de ódio e
rancor contra a outra
pessoa.
Pr.MoisésSampaiodePaula
20
3. Controle a sua ira.
21. I. PRONTO PARA OUVIR E TARDIO
PARA FALAR (Tg 1.19,20)
• Uma vez descontrolada,
ela não produz a justiça
de Deus, mas uma
justiça segundo o critério
da pessoa que sofreu o
dano: a vingança.
Pr.MoisésSampaiodePaula
21
3. Controle a sua ira.
22. I. PRONTO PARA OUVIR E TARDIO
PARA FALAR (Tg 1.19,20)
• A Palavra de Deus não proíbe o
crente de ficar indignado contra a
injustiça (Is 58.1,7; Lc 19.45).
• Ao mesmo tempo, ela estabelece
limites para o nosso
temperamento não se achar
irrefletido, descontrolado,
deixando-nos impulsivamente
irados (Ef 4.26; Pv 17.27).
Pr.MoisésSampaiodePaula
22
3. Controle a sua ira.
23. I. PRONTO PARA OUVIR E TARDIO
PARA FALAR (Tg 1.19,20)
• O cristão, templo do Espírito
Santo, tem de levar a sua mente
cativa a Cristo (2 Co 10.5) e
manifestar o fruto do Santo
Espírito: o domínio próprio (Gl
5.22 - ARA).
Pr.MoisésSampaiodePaula
23
3. Controle a sua ira.
Fuja da aparência do mal.
Tenha autocontrole.
27. SINOPSE DO TÓPICO (1)
Pr.MoisésSampaiodePaula
27
À luz da Palavra de Deus
aprendemos que o crente
deve ser tardio para falar e
pronto para ouvir. Por isso,
a ira é um sentimento que
deve ser controlado pelo
crente.
28. Perguntas
Pr.MoisésSampaiodePaula
28
1. Tiago introduz o seu ensino sobre
o "ouvir" e o "falar" destacando a
expressão "sabei isto". O que ele
deseja demonstrar com essa
expressão?
R. Com essa expressão, ele demonstra a sua
preocupação pastoral com os seus leitores.
30. II. PRATICANTE E NÃO APENAS
OUVINTE DA PALAVRA (Tg 1.21-25)
• 1. Enxertai-vos da Palavra (21).
• 2. Praticai a Palavra (22-24).
• 3. Persevere ouvindo e agindo (v.25).
Pr.MoisésSampaiodePaula
30
31. II. PRATICANTE E NÃO APENAS
OUVINTE DA PALAVRA (Tg 1.21-25)
• A Palavra de Deus é o guia
maior do crente.
• Para que a Palavra atinja
efetivamente o coração do
servo de Deus, este precisa
acolhê-la com pureza e
sinceridade.
Pr.MoisésSampaiodePaula
31
1. Enxertai-vos da Palavra (21).
32. II. PRATICANTE E NÃO APENAS
OUVINTE DA PALAVRA (Tg 1.21-25)
• Firme uma posição radical rejeitando
toda a imundícia e a malícia mundana
(v.19); recebendo o Evangelho com
mansidão e sobriedade.
1. Leia os Evangelhos!
2. Persiga em conhecer a mensagem
divina de Cristo Jesus, mas,
3. Abra o coração para ouvir a voz do
Senhor.
Pr.MoisésSampaiodePaula
32
1. Enxertai-vos da Palavra (21).
33. II. PRATICANTE E NÃO APENAS
OUVINTE DA PALAVRA (Tg 1.21-25)
• O escritor sacro não tem
interesse em que o leitor da
epístola apenas acolha a
Palavra no coração, antes
deseja que o crente a
pratique (v.22).
• Não pode haver incoerência
entre o que se "diz" e o que se
"faz" para quem é discípulo de
Jesus.
Pr.MoisésSampaiodePaula
33
2. Praticai a Palavra (22-24).
Se amar a Deus e ao
próximo são os
maiores dos
mandamentos, então,
devemos porfiar em
vivê-los.
34. II. PRATICANTE E NÃO APENAS
OUVINTE DA PALAVRA (Tg 1.21-25)
• Quem acolhe a Palavra
rejeita tudo o que é:
Pr.MoisésSampaiodePaula
34
2. Praticai a Palavra (22-24).
imundo
maligno
perverso
injusto,
dissimulado,
insincero.
35. II. PRATICANTE E NÃO APENAS
OUVINTE DA PALAVRA (Tg 1.21-25)
• Não apenas isso, mas
igualmente abre a porta do
coração para
• “Tudo o que é verdadeiro,
tudo o que é honesto,
tudo o que é justo, tudo o
que é puro, tudo o que é
amável, tudo o que é de
boa fama" (Fp 4.8).
Pr.MoisésSampaiodePaula
35
2. Praticai a Palavra (22-24).
36. II. PRATICANTE E NÃO APENAS
OUVINTE DA PALAVRA (Tg 1.21-25)
• Do contrário, seremos
identificados com o
homem que contempla a
própria imagem no
espelho e depois se retira
esquecendo-se
completamente dela.
Pr.MoisésSampaiodePaula
36
2. Praticai a Palavra (22-24).
37. II. PRATICANTE E NÃO APENAS
OUVINTE DA PALAVRA (Tg 1.21-25)
• Há pessoas que olham
para o Evangelho e
ouvem, mas sem memória
e perseverança, não dão
nenhuma resposta ou
sequência ao chamado de
Jesus Cristo (vv.23,24).
Deus nos livre desse
engodo!
Pr.MoisésSampaiodePaula
37
2. Praticai a Palavra (22-24).
38. II. PRATICANTE E NÃO APENAS
OUVINTE DA PALAVRA (Tg 1.21-25)
• Tiago conclui este ponto da
epístola da seguinte
maneira:
Pr.MoisésSampaiodePaula
38
3. Persevere ouvindo e agindo (v.25).
Quem é cuidadoso para com a lei, nela
persevera; não apenas ouvindo-a
negligentemente, mas praticando-a
zelosamente.
39. II. PRATICANTE E NÃO APENAS
OUVINTE DA PALAVRA (Tg 1.21-25)
• Alguém, um dia, disse
que os evangélicos são
poderosos no discurso,
mas fracos na prática do
mesmo discurso.
Falamos, mas não
vivemos!
Pr.MoisésSampaiodePaula
39
3. Persevere ouvindo e agindo (v.25).
40. II. PRATICANTE E NÃO APENAS
OUVINTE DA PALAVRA (Tg 1.21-25)
• Precisamos analisar nossa vida
em amor e sinceridade.
Entremos na presença de Deus
com o rosto descoberto, coração
rasgado e alma despida.
• No tempo em que vivemos não
dá para passar despercebidos
na dissimulação, ou seja,
fingindo ser algo que na verdade
não somos.
Pr.MoisésSampaiodePaula
40
3. Persevere ouvindo e agindo (v.25).
41. SINOPSE DO TÓPICO (2)
Pr.MoisésSampaiodePaula
41
O crente deve encher-se da
Palavra, praticar a Palavra
e perseverar na Palavra.
43. Perguntas
Pr.MoisésSampaiodePaula
43
4. O que ocorre quando não nos
entregamos inteiramente ao Senhor?
R. Quem não se entrega inteiramente ao
Senhor pratica uma religião vã e falsa.
44. III. A RELIGIÃO PURA E
VERDADEIRA (Tg 1.26,27)
• 1. A falsa religiosidade.
• 2. A verdadeira religião (v.27).
• 3. Guardando-se da corrupção (v.27).
Pr.MoisésSampaiodePaula
44
45. III. A RELIGIÃO PURA E
VERDADEIRA (Tg 1.26,27)
• Apesar de algumas pessoas
se considerarem religiosas
por frequentarem um
templo, as Escrituras
revelam o significado da
verdadeira religião.
• Ela reprova todo o ativismo
religioso feito em "nome de
Deus", mas em detrimento
do próximo.
Pr.MoisésSampaiodePaula
45
1. A falsa religiosidade.
46. III. A RELIGIÃO PURA E
VERDADEIRA (Tg 1.26,27)
• Aqui, a língua do crente
tem um papel
importante.
• Tiago diz que é possível
enganar o próprio
coração quando
deixamos de refrear a
nossa língua.
Pr.MoisésSampaiodePaula
46
1. A falsa religiosidade.
47. III. A RELIGIÃO PURA E
VERDADEIRA (Tg 1.26,27)
• Ora, o coração é a sede
dos desejos, dos
sentimentos e das
vontades. E a boca só fala
daquilo que o coração está
cheio (Mt 12.34).
• É incompatível com o
Evangelho, viver a graça de
Deus sem mergulhar no
Reino dEle.
Pr.MoisésSampaiodePaula
47
1. A falsa religiosidade.
48. III. A RELIGIÃO PURA E
VERDADEIRA (Tg 1.26,27)
• Quem não se entrega
inteiramente ao Senhor
pratica uma religião vã e
falsa.
• Não podemos ser como a
pessoa capaz de fazer
uma belíssima oração por
um faminto, e depois
despedi-lo sem lhe dar um
único grão de arroz.
Pr.MoisésSampaiodePaula
48
1. A falsa religiosidade.
49. III. A RELIGIÃO PURA E
VERDADEIRA (Tg 1.26,27)
• A religião pura, santa e
imaculada, de acordo
com o autor sacro, é
suprir a necessidade do
próximo: "Visitar os
órfãos e as viúvas nas
suas tribulações".
Pr.MoisésSampaiodePaula
49
2. A verdadeira religião (v.27).
50. III. A RELIGIÃO PURA E
VERDADEIRA (Tg 1.26,27)
• O problema hoje é que a
nossa atenção, quase
sempre, está voltada para o
prazer pessoal.
• Temos os olhos fechados
para os necessitados que
na maioria das vezes
cultuam a Deus,
assentados, ao nosso lado.
Pr.MoisésSampaiodePaula
50
2. A verdadeira religião (v.27).
51. III. A RELIGIÃO PURA E
VERDADEIRA (Tg 1.26,27)
• Lembremo-nos da vida
de Jesus Cristo! Ele não
apenas olhou para os
marginalizados, mas foi
até eles e os acolheu
em amor (Mt 25.35-45).
Pr.MoisésSampaiodePaula
51
2. A verdadeira religião (v.27).
52. III. A RELIGIÃO PURA E
VERDADEIRA (Tg 1.26,27)
• A religião que agrada a
Deus é aquela cujos
discípulos professam e
bendizem o seu nome,
visitando e acolhendo os
necessitados nas
aflições.
Pr.MoisésSampaiodePaula
52
2. A verdadeira religião (v.27).
53. III. A RELIGIÃO PURA E
VERDADEIRA (Tg 1.26,27)
• Além de recomendar a
obrigatoriedade de
visitarmos os órfãos e as
viúvas, a Epístola de Tiago
menciona outro aspecto da
verdadeira religião:
guardar-se da
corrupção do mundo.
Pr.MoisésSampaiodePaula
53
3. Guardando-se da corrupção (v.27).
54. III. A RELIGIÃO PURA E
VERDADEIRA (Tg 1.26,27)
• A religião falsa está
mergulhada:
1. No egoísmo,
2. Na corrupção e
3. Nos interesses
maléficos do sistema
pecaminoso.
Pr.MoisésSampaiodePaula
54
3. Guardando-se da corrupção (v.27).
55. III. A RELIGIÃO PURA E
VERDADEIRA (Tg 1.26,27)
• A igreja deve manter-se
longe da corrupção.
•Estamos no mundo,
mas não fazemos
parte do seu
sistema!
• O Evangelho nada tem com
os seus valores e preceitos
Pr.MoisésSampaiodePaula
55
3. Guardando-se da corrupção (v.27).
56. SINOPSE DO TÓPICO (3)
Pr.MoisésSampaiodePaula
56
A verdadeira religião está
em olharmos para o
necessitado, irmos até ele e
acolhê-lo.
57. Perguntas
Pr.MoisésSampaiodePaula
57
5. Segundo a lição, qual é a religião
que agrada a Deus?
R. A religião que agrada a Deus é aquela cujos
discípulos professam e bendizem o seu nome,
visitando e acolhendo os necessitados nas
suas aflições.
58. Conclusão
• Nessa semana aprendemos
sobre o cuidado que devemos
ter com o ouvir e o falar.
Estudamos também acerca da
religião pura e imaculada que
alegra a Deus: visitar os órfãos
e as viúvas nas tribulações e
guardarmo-nos da corrupção do
mundo.
Pr.MoisésSampaiodePaula
58
59. Conclusão
• Que os nossos ouvidos estejam
prontos para ouvir, a nossa
língua para falar sabiamente e a
nossa vida para praticar tudo
quanto aprendemos do
Evangelho. Embora estejamos
em um mundo turbulento,
devemos exalar o bom perfume
de Cristo por onde formos (2 Co
2.15).
Pr.MoisésSampaiodePaula
59
60. Subsídio Bibliológico
Pr.MoisésSampaiodePaula
60
A U X Í L I O B I B L I O G R Á F I C O I
Subsídio Histórico-Cultural
"Se alguém é ouvinte da palavra e não cumpridor, é semelhante ao varão que contempla ao
espelho o seu rosto natural; porque se contempla a si mesmo, e foi-se, e logo se esqueceu de
como era (1.23,24). O verbo traduzido como 'contempla' é katanoounti, que indica 'um
escrutínio atento'. Esta pequena alegoria descreve uma pessoa que encontra um espelho e
olha intensamente para si mesma.
A alegoria depende de uma questão simples. Por que as pessoas olham-se no espelho?
Embora alguns possam simplesmente desejar admirar-se, na maioria dos casos nós olhamos
no espelho para guiar nossos atos. Como devo pentear o meu cabelo? Meu rosto está sujo? E
nós agimos com base no que vemos. Mas o que acontece se olharmos com atenção, e nos
afastarmos, simplesmente esquecendo a sujeira em nosso rosto, ou aquela mecha que fica em
pé de maneira tão selvagem? Então o espelho terá provado ser totalmente irrelevante e nosso
exame completamente sem significado. Da mesma maneira, Tiago argumenta que olhar para a
Palavra de Deus e não agir de acordo com o que vemos ali significa que o que encontramos
nas Escrituras não tem significado para nós. Não é a pessoa que conhece o que diz a Bíblia
que é abençoada, mas sim a pessoa que faz o que a Bíblia diz (RICHARDS, Lawrence O.
Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, p.514).
61. Subsídio Bibliológico
Pr.MoisésSampaiodePaula
61
A U X Í L I O B I B L I O G R Á F I C O I I
Subsídio Teológico
"A Religião Pura e Imaculada (1.26,27). Fazendo eco com seu conselho anterior de ser 'tardio no falar' (1.19), e
antecipando discussões mais detalhadas do discurso humano que aparecerão posteriormente (3.2-12; 4.11-16), Tiago
revela, nesse ponto, que um dos sinais para se saber se o comportamento religioso de alguém é ou não agradável a
Deus, é a capacidade de 'manter a língua sob rédeas curtas'.
Nesse conselho ele inclui a proibição contra discursos vulgares ou mal intencionados, porém os dois exemplos de
discurso impróprio, colocados imediatamente após essa declaração, ilustram outras ofensas da linguagem humana que
devem ser refreadas pelos cristãos.
Os crentes devem estar seguros de que suas palavras e suas ações sejam consistentes umas com as outras. Tiago
ilustra esse problema, ao lembrar a seus leitores que já ofenderam a honra das pessoas que estão a seu lado, e que
também acreditam que Deus está especialmente preocupado com o uso de uma linguagem que mostre favoritismo
dentro da comunidade da fé, o que destrói a unidade da vontade de Deus (2.1-5).
O discurso humano tanto pode ser usado como sinal dos cuidados de uma piedade religiosa como serve até de
pretexto para a falta da prática daqueles atos que Deus poderia desejar (2.15,16). Assim, os crentes deveriam falar
apenas daquilo que estão desejosos de colocar em prática: devem 'praticar o que pregam', e não cair em 'vazios
religiosos'. Uma pessoa que não controla sua língua, seu modo de falar, engana a si próprio, e sua religião não serve
para nada (v.26).
[...] Aos olhos de Deus, uma religião pura e imaculada tem tanto a ver com o que fazemos como com o que
deixamos de fazer. Em parte por ter suas raízes nos movimentos de renovação da santidade, em parte por causa de sua
rejeição ao 'movimento do evangelho social' do início do século vinte, os pentecostais foram rápidos em realçar a
santidade das pessoas e lentos ao se pronunciar a respeito da responsabilidade social. Tiago nos lembra que isso não é
uma questão de 'fazer isto ou aquilo' mas de fazer 'tanto isto como aquilo'" (STRONSTAD, Roger; ARRINGTON, French
L. (Eds.) Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. 4.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, pp.1669,70).
62. Pr.MoisésSampaiodePaula
62
Pr. Moisés Sampaio
• Pastor auxiliar da Igreja Assembleia
de Deus em Rio Branco, AC, Brasil.
• Palestrante de seminários e
pregador no Brasil e exterior.
• Contato