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UNIVERSIDADE GAMA FILHO


Centro de Pós-Graduação e Pesquisa




 PROJETO VISÃO OLÍMPICA 2012




       Márcio Pires Antonio




           SÃO PAULO

              2008
Márcio Pires Antonio




PROJETO VISÃO OLÍMPICA 2012




                    Projeto apresentado à Universidade
                    Gama Filho, como requisito parcial
                    para obtenção do título de
                    especialista em Administração e
                    Marketing Esportivo




        SÃO PAULO

           2008
Para Paula, amiga e diretora do
Centro        Olímpico,       pela
oportunidade,           conselhos,
inspiração e liderança.

E para todos os funcionários do
Centro Olímpico pelo apoio
direto e indireto.
Projeto Visão Olímpica 2012|4

                                                       SUMÁRIO


APRESENTAÇÃO.................................................................................................. 5

DIAGNÓSTICO ...................................................................................................... 7

OBJETIVOS ......................................................................................................... 16

METAS ................................................................................................................. 18

MÉTODO .............................................................................................................. 19

RECURSOS HUMANOS ...................................................................................... 22

RECURSOS INSTITUCIONAIS ........................................................................... 23

RECURSOS FINANCEIROS ................................................................................ 24

COORDENAÇÃO ................................................................................................. 25

CRONOGRAMA ................................................................................................... 26

AVALIAÇÃO ........................................................................................................ 27

BIBLIOGRAFIA .................................................................................................... 28

ANEXO 1: Imagens ............................................................................................. 30

ANEXO 2: Sugestões de marketing .................................................................. 36

ANEXO 3: Currículo resumido da diretora do Centro Olímpico ..................... 38

ANEXO 4: Informações detalhadas sobre o Centro Olímpico ........................ 39

ANEXO 5: Documentação para apresentação ao Ministério do Esporte ....... 49

ANEXO 6: Formulários para apresentação ao Ministério do Esporte ............ 51




       Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa / Associação Desportiva Centro Olímpico
Projeto Visão Olímpica 2012|5

                                   APRESENTAÇÃO

          O Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa Marechal Mário Ary Pires

(COTP) é um equipamento da Secretaria Municipal de Esportes, Lazer e Recreação

da Cidade de São Paulo (SEME) criado em 1976. Sua missão é promover o

desenvolvimento de atletas e equipes competitivas nas categorias de base, com

apoio e suporte técnicos efetivos (São Paulo, 2008b), ou, de outra maneira, oferecer

treinamento esportivo gratuito para crianças e adolescentes com o objetivo de

formar atletas e equipes de competição. A visão que o equipamento projeta para seu

futuro é ser um centro de excelência em esporte no município de São Paulo,

formando e encaminhando atletas de alto rendimento para o esporte brasileiro.

          Cerca de 900 crianças e adolescentes, com idades basicamente entre

sete a 17 anos, treinam no Centro Olímpico e disputam os campeonatos mais

importantes das suas faixas etárias, num trabalho que prioriza a participação em

competições realizadas por federações paulistas e confederações brasileiras de

cada uma de suas 10 modalidades: atletismo, basquete, boxe, futebol, ginástica

artística, handebol, judô, luta olímpica, natação e voleibol. O foco do equipamento,

portanto, é o esporte de alto rendimento não-profissional, especificamente nas

categorias de base.

          Trabalhando de maneira complementar, existe a Associação Desportiva

Centro Olímpico, entidade esportiva responsável pela inscrição dos atletas que

treinam no Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa em competições e pelo

gerenciamento administrativo, financeiro e logístico das atividades desenvolvidas

pelas modalidades (Associação, 2007b). Assim, para melhor entendimento do leitor,

enfatiza-se aqui que o Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa é um local físico

público e a Associação Desportiva Centro Olímpico é uma entidade jurídica privada


    Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa / Associação Desportiva Centro Olímpico
Projeto Visão Olímpica 2012|6

de natureza esportiva sem fins econômicos (vide anexo 5).

          Uma característica comum a todos os equipamentos e serviços públicos

brasileiros é a suscetibilidade às mudanças periódicas de administrações, pois cada

uma destas possui suas próprias prioridades dentro do seu momento histórico e

político de atuação. No entanto, a prática do esporte de alto rendimento no Centro

Olímpico e sua conseqüente exigência de recursos específicos para a realização de

treinamentos especializados e participações em competições são itens fortemente

impactados pelas mudanças de disponibilidade de recursos orçamentários e

institucionais, as quais colaboraram em grande parte para gerar uma subutilização

do equipamento ao longo de seus quase 32 anos de existência.

          O Projeto Visão Olímpica 2012 propõe um conjunto de ações visando o

aprimoramento do trabalho hoje desenvolvido para que o Centro Olímpico possa,

além de cumprir melhor sua missão atual, aproximar-se de sua visão almejada,

tomando por base os Jogos Olímpicos que acontecerão daqui a quatro anos. No

entanto, por se tratar de um projeto abrangente, o trabalho apresentado cobre

inicialmente um ano de atuação, período ao final do qual será reavaliado para

discussão dos resultados obtidos. Para isto, será apresentado um plano de trabalho

que possa ser enquadrado na Lei Federal de Incentivo ao Esporte nº 11.438

publicada por Brasil (2008) e que possibilite à Associação o aporte de novos

recursos oriundos da iniciativa privada. A proposta é investir contra a subutilização

do Centro Olímpico, garantir maior segurança contra as mudanças políticas, gerar

maior autonomia administrativa, alcançar maior visibilidade para o serviço oferecido

à população e possibilitar retorno institucional para os patrocinadores envolvidos.




     Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa / Associação Desportiva Centro Olímpico
Projeto Visão Olímpica 2012|7

                                    DIAGNÓSTICO

         Conforme aprofundado no anexo 5, as mudanças dos cenários político e

esportivo durante as mais de três décadas de existência do Centro Olímpico criaram

pontos que hoje podem ser considerados gargalos que dificultam o andamento do

trabalho. Entretanto, também consideramos forças e oportunidades que não podem

ser desprezadas para o bom desenvolvimento do Projeto Visão Olímpica 2012. A

seguir, destacaremos cada ponto isoladamente.



                                        Gargalos

                                 Volatilidade política

         Apenas como ilustração, destacamos que desde 2005 a cidade de São

Paulo teve dois prefeitos e três secretários municipais na pasta de esportes, cada

um com seu próprio olhar a respeito do Centro Olímpico. O próprio equipamento,

que hoje atravessa uma fase de relativa estabilidade, com a atual diretora

completando o seu sexto ano de mandato em duas gestões diferentes, passou por

seis administrações diferentes nos últimos 10 anos (Associação, 2007c).

         Em função da reduzida velocidade com que os processos internos se

desenvolvem, cada nova gestão perde meses consideráveis até que tenha plena

consciência de todos os detalhes do trabalho cotidiano e adquira uma razoável

agilidade profissional. Além disso, cada eventual mudança de prioridade

administrativa por parte das instâncias administrativas superiores ao Centro

Olímpico representa um risco considerável para as atividades realizadas.

         Por fim, a constante troca de comando político implica na ausência de

uma efetiva integração entre o Centro Olímpico e outras unidades da SEME, o que

também implica que as outras unidades (mais de 40 Clubes da Cidade e mais de


    Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa / Associação Desportiva Centro Olímpico
Projeto Visão Olímpica 2012|8

200 Clubes da Comunidade) não indiquem ao COTP crianças e adolescentes que

poderiam ser avaliados visando uma possível carreira esportiva.



                                  Recursos humanos

           O equipamento continua com o mesmo organograma de 1976 (São Paulo,

1976), quando foi projetado com uma finalidade bastante diferente da atual. O

organograma contempla cada seção técnica, como são chamadas as modalidades,

com apenas um técnico, sendo que os outros postos necessários são ocupados por

servidores públicos pertencentes ao quadro da SEME conforme a disponibilidade de

pessoal – que muitas vezes não existe. Um agravante é que os servidores possuem

cargas de trabalho diferenciadas entre si, com jornadas de quatro, seis ou oito horas

diárias.

           Com o passar dos anos, soluções alternativas e informais foram sendo

incorporadas ao funcionamento padrão da unidade, como a presença cada vez

maior de voluntários e estagiários, que hoje já somam mais de 50% do total de

postos da área técnica, além de profissionais de outras unidades da SEME que

passam a fazer parte das comissões técnicas sem conhecimento mais aprofundado

da modalidade. Em todos os casos, os chefes de seção acabam sendo

sobrecarregados, pois precisam fazer a formação dos outros profissionais além de

coordenar o trabalho cotidiano.

           Outra solução alternativa incorporada são os chamados “desvios de

função”, com servidores que, por possuírem formação em Educação Física, deixam

de exercer sua função para serem aproveitados nas comissões técnicas. Esta

situação cria “chefes de seção” que ocupam a coordenação da modalidade mas que




     Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa / Associação Desportiva Centro Olímpico
Projeto Visão Olímpica 2012|9

recebem um salário menor que seus pares em função de seu cargo não existir

formalmente.

          Vale ressaltar que esta situação não se limita à área técnica. Na área

médica, também há um déficit de profissionais e, mais importante, uma equipe que

não possui um perfil especializado em medicina esportiva. O problema dos desvios

de função também é sentido aqui: os cargos do responsável pela coordenação dos

setores de medicina, enfermagem, odontologia, psicologia, fisioterapia e serviço

social e do responsável pela produção de conhecimento a partir de pesquisas com

os atletas não estão disponíveis para o Centro Olímpico.

          Com este quadro, a questão de recursos humanos acaba pressionando a

própria – e reduzida – equipe responsável pela alta administração do equipamento,

que é composta apenas pela diretora, seus dois assistentes diretos, um coordenador

técnico e o presidente da Associação Desportiva, e que acaba desempenhando uma

quantidade maior de atividades operacionais do que de atividades de planejamento.



                                 Processos internos

          Há uma grande quantidade de atividades desenvolvidas pelas 10

modalidades do Centro Olímpico. Somente no mês de outubro de 2007 foram mais

de 70 competições disputadas. No entanto, não há no equipamento um sistema de

informações centralizado, o que dificulta tanto o acompanhamento dos resultados

por parte da diretoria como a produção de relatórios anuais das atividades

desempenhadas. Pitts e Stotlar (2002) estimam que os executivos do esporte

utilizem cerca de 80% de seu tempo intercambiando informações.

          Desta forma, a falta de um sistema de informações no Centro Olímpico

pode ser vista como um fator que contribui para a diminuição da qualidade do


    Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa / Associação Desportiva Centro Olímpico
P r o j e t o V i s ã o O l í m p i c a 2 0 1 2 | 10

trabalho. Outra vez vemos a carência de servidores públicos, aqui se refletindo na

ausência de profissionais no setor de informática em número suficiente para o

desenvolvimento de uma ferramenta que facilite a tomada de decisões gerenciais.



                                  Agilidade de compras

           Outro gargalo é a aquisição de materiais e a contratação de serviços. Para

a garantia da lisura dos processos de compras públicas, existe a necessidade de um

rigoroso detalhamento de especificações técnicas, o que, por força da falta de

profissionais no departamento de compras e em outras áreas da SEME, já chegou a

provocar demoras de mais de dois anos para a compra de materiais de primeira

necessidade como uniformes para treinamento, materiais elétricos e outros produtos

de uso rotineiro.

           Já a contratação de serviços corriqueiros de manutenção, como poda de

árvores, muitas vezes esbarra na necessidade do agrupamento das contratações de

serviços do Centro Olímpico com as outras unidades da Secretaria. No entanto,

mais uma vez a morosidade interna acaba por fazer com que vários serviços deixem

de ser contratados e executados.



                                       Comunicação

           A despeito das limitações aqui apresentadas, o Centro Olímpico pode ser

considerado uma força dentro do esporte de base na cidade de São Paulo. Porém,

esta é uma condição desconhecida pelo grande público, mesmo com a unidade

tendo uma localização nobre dentro da zona sul do município. Esta situação tanto

ocorre por força da falta de comunicação visual sinalizando a entrada do

equipamento quanto pela própria falta de cobertura jornalística sobre o esporte de


     Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa / Associação Desportiva Centro Olímpico
P r o j e t o V i s ã o O l í m p i c a 2 0 1 2 | 11

base, além da postura de grande parte dos veículos de comunicação de não

divulgarem serviços prestados pelo poder público a não ser em caso de falhas.



                            Vulnerabilidade do público-alvo

           Embora o serviço oferecido pelo Centro Olímpico possa ser considerado

de bom nível técnico, com diversas modalidades disputando os primeiros lugares de

suas competições e muitas vezes sagrando-se vencedoras, uma queixa comum a

vários chefes de seção é a dificuldade de reter seus principais atletas quando estes

são assediados por outras agremiações que disputem as mesmas competições.

           Lembrando que o público usuário do Centro Olímpico é composto em

grande parte por crianças e adolescentes de famílias de baixa renda e que não

poderiam pagar pela prática desportiva em uma instituição particular, os relatos

referem-se ao sentimento de possibilidade de ascensão financeira e social que os

atletas passam a ter a partir do momento que se transferem para clubes particulares.

           A principal causa citada é a possibilidade do atleta, por meio dos contatos

pessoais que passam a ser realizados em seu novo clube com sócios, técnicos e

outros atletas, conseguir bolsas de estudos, empregos ou pura e simplesmente

relacionamentos pessoais com indivíduos de outras camadas sociais. Os relatos

citados por profissionais do Centro Olímpico encontram correspondência no

fenômeno relatado especificamente sobre o futebol por Nunes (2006).

           Outro fator de perda de atletas é o fato de que muitas vezes os

adolescentes sofrem pressão de seus pais para que deixem a prática da modalidade

e passem a contribuir com a renda familiar encontrando um emprego, principalmente

entre os maiores de 15 anos.




     Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa / Associação Desportiva Centro Olímpico
P r o j e t o V i s ã o O l í m p i c a 2 0 1 2 | 12

                                      Oportunidades

                Interesse por Responsabilidade Social Empresarial

           Nos últimos anos, a Responsabilidade Social Empresarial tornou-se um

tema de extremo interesse para corporações de todos os tamanhos. A imagem que

os consumidores têm de produtos, serviços e companhias passou muitas vezes a

estar atrelada às suas atitudes e iniciativas para com seus fornecedores,

funcionários, clientes e a comunidade em geral.

           Instituto (2003) declara que a Responsabilidade Social Empresarial (RSE)

tornou-se um fator de competitividade para os negócios, pelo retorno que traz em

termos de reconhecimento de imagem e de melhores condições de competir no

mercado, além de contribuir substancialmente para o futuro do país. Com isso,

numerosas empresas passaram a apoiar projetos que sinalizem a seus diversos

públicos a adoção de uma postura de respeito e comprometimento com o bem

comum.

           Mais uma vez, é importante frisar que o Centro Olímpico não é um projeto

com preocupações prioritariamente sociais e sim técnicas, que focam o trabalho

esportivo de alto rendimento nas categorias de base. No entanto, por se tratar de um

equipamento público, que por esta razão atende a uma população muitas vezes

vulnerável, muitas vezes é confundido por interlocutores externos com um projeto

social.



                               Lei de Incentivo ao Esporte

           Nos moldes da Lei Federal de Incentivo à Cultura, Brasil (2008) criou e

regulamentou a Lei Federal de Incentivo ao Esporte, permitindo que pessoas

jurídicas de direito público ou privado sem finalidade econômica de natureza


     Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa / Associação Desportiva Centro Olímpico
P r o j e t o V i s ã o O l í m p i c a 2 0 1 2 | 13

esportiva possam apresentar, executar e prestar contas de projetos desportivos ou

paradesportivos (entendidos como conjuntos de ações organizadas e sistematizadas

por entidades de natureza esportiva, destinados à implementação, à prática, ao

ensino, ao estudo, à pesquisa e ao desenvolvimento do desporto), sendo que

patrocínios e doações para a realização destes projetos possam ser descontados do

Imposto de Renda devido por pessoas físicas e jurídicas.



                       Associação Desportiva Centro Olímpico

           A criação em 1981 do Clube Desportivo Padote, atual Associação

Desportiva Centro Olímpico, teve a finalidade de eliminar uma barreira que impedia

que os atletas das equipes do COTP disputassem competições contra atletas de

clubes, já que os regulamentos de confederações, federações, ligas esportivas e

demais entidades organizadoras proíbem a inscrição de órgãos públicos nas

disputas esportivas.

           Porém, os últimos anos demonstraram que a Associação possui potencial

para ser mais do que um instrumento para federar atletas. Em 2003, a Prefeitura de

São Paulo passou a permitir a co-participação entre clubes da capital e o poder

público. Surgiu assim o primeiro convênio entre a Prefeitura, por meio da SEME, e o

então Padote, possibilitando que o Centro Olímpico pudesse começar a sistematizar

seu planejamento financeiro. Ainda hoje, a quase totalidade das receitas da

Associação provém deste convênio. Vale dizer que esta não é uma solução adotada

unicamente pelo município de São Paulo: numerosas cidades do interior paulista

utilizam mecanismos semelhantes, até com mais ênfase do que a capital estadual, já

que a disputa dos Jogos Abertos do Interior mobiliza fortemente as populações de

cada município.


     Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa / Associação Desportiva Centro Olímpico
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           Outro aspecto a ser destacado é a já existência de contratos firmados

entre a Associação e empresas que patrocinam três modalidades do Centro

Olímpico (futebol, judô e voleibol) e que podem ser potencializados a partir de agora,

com a Lei de Incentivo ao Esporte (São Paulo, 2007a).

           Para Rein, Kotler e Shields (2008), patrocinadores esportivos são um

elemento que proporciona,entre outros aspectos, suporte financeiro e exposição. No

entanto, os autores avaliam duas possibilidades distintas: se uma instituição

esportiva aceitar um grau muito amplo de envolvimento de seu patrocinador, seus

torcedores podem ver nisto uma intromissão comercial inadmissível. Por outro lado,

sem um patrocinador, a marca esportiva pode ter problemas quanto à sua própria

sobrevivência. Concluindo, os autores consideram necessária uma preocupação

com a manutenção de um equilíbrio entre as duas possibilidades.



                     União do poder público e iniciativa privada

           Há diversas declarações de membros do poder executivo e legislativo

brasileiro em favor das chamadas Parcerias Público-Privadas e de outras formas de

trabalhos conjuntos entre o poder público e iniciativa privada. Não é o foco deste

trabalho se aprofundar neste assunto, mas é interessante destacar um caso

existente na própria cidade de São Paulo: a administração do Auditório Ibirapuera,

equipamento cuja gestão fica a cargo de uma Oscip (Organização Social de

Interesse Público) cujas receitas provêm de um convênio firmado com a empresa de

telefonia Tim e a Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de

Cultura (Auditório, 2008). Assim, vê-se um precedente na administração municipal

para a captação de recursos da iniciativa privada visando a gestão de equipamentos

com uma melhor qualidade e agilidade.


     Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa / Associação Desportiva Centro Olímpico
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           A Secretaria Municipal de Esportes, Lazer e Recreação já desenvolveu um

projeto que tem como objetivo passar o gerenciamento de Clubes da Cidade, Clubes

da Comunidade e outros clubes municipais para organizações sociais sem fim

lucrativo (Furlan, 2007). Vislumbra-se então uma possibilidade de que a Associação

Desportiva Centro Olímpico possa no futuro assumir formalmente todo o

gerenciamento do Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa.



                                         Conclusão

           Em face de todos os aspectos descritos anteriormente, pode-se considerar

de grande importância para o fomento do esporte de rendimento brasileiro o

aproveitamento das atuais possibilidades macro ambientais para iniciar uma etapa

de desenvolvimento planejado no Centro Olímpico, captando recursos - financeiros

ou em forma de parcerias, produtos ou serviços - visando seu desenvolvimento em

aspectos que não podem ser completamente resolvidos pelo poder público.




     Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa / Associação Desportiva Centro Olímpico
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                                        OBJETIVOS

                                       Objetivo geral

            Planejar, implantar e avaliar um conjunto de ações visando a melhoria

geral do trabalho voltado à prática do esporte de alto rendimento não-profissional

nas categorias de base desenvolvido no Centro Olímpico de Treinamento e

Pesquisa.



                                  Objetivos específicos

1. Aumentar o volume de recursos próprios da Associação Desportiva, aumentando

   sua autonomia administrativa, sua agilidade de compras e minimizando as

   flutuações causadas por mudanças político-partidárias.

2. Possibilitar a contratação de recursos humanos qualificados para reforçar o

   quadro do Centro Olímpico nas áreas técnica, médica e de gestão.

3. Desenvolver um sistema de informações que possibilite o armazenamento,

   avaliação e controle do trabalho desenvolvido de maneira completa, clara e

   rápida.

4. Divulgar    o   trabalho    realizado    pelo   Centro   Olímpico,    aumentando      seu

   conhecimento por parte da população e posicionando o equipamento como uma

   referência em esporte de rendimento de base, associando-o à cidade, ao

   conceito de vitória e ainda posicionando-o adicionalmente como um serviço

   público que atinge um público-alvo em grande parte socialmente desfavorecido.

5. Apoiar diretamente os atletas do Centro Olímpico, oferecendo benefícios que

   aumentem sua adesão aos treinamentos e que ofereçam um estímulo contrário

   aos assédios de outras agremiações e às preocupações com as necessidades

   financeiras de suas próprias famílias.


     Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa / Associação Desportiva Centro Olímpico
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6. Aumentar o número de atletas treinando no Centro Olímpico, como conseqüência

   da contratação de profissionais e do oferecimento dos benefícios citados nos

   itens anteriores.

7. Apresentar sugestões, usando ferramentas de marketing, para que                       o

   patrocinador do Projeto Visão Olímpica 2012, caso deseje, possa aproveitar a

   visibilidade do trabalho desenvolvido para a sua própria comunicação

   institucional.




     Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa / Associação Desportiva Centro Olímpico
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                                           METAS

           Cada um dos objetivos específicos citados anteriormente pode ser

traduzido em uma meta mensurável. Na tabela a seguir, são apresentados os dados

correspondentes.

Item         Objetivo                           Meta                     Indicador
  1  Aumentar o volume de            Captar 100% dos              Recursos efetivamente
     recursos próprios da            recursos constantes na       captados
     Associação Desportiva           planilha de recursos
                                     financeiros

  2     Contratar recursos           Contratar 100% dos           Recursos efetivamente
        humanos qualificados         recursos constantes na       contratados
                                     planilha de recursos
                                     humanos

  3     Desenvolver um sistema       Desenvolver uma              Acesso a relatórios
        de informações               ferramenta informatizada     gerenciais, com
                                     para armazenamento,          informações técnicas e
                                     avaliação e controle do      financeiras em tempo real
                                     trabalho

  4     Aumentar o número de         Atingir 1.500 atletas        Controle de inscrição de
        atletas em treinamento       inscritos no Centro          atletas
                                     Olímpico

  5     Divulgar o trabalho          Posicionar, em dois anos,    Pesquisa quantitativa a
        realizado pelo Centro        a marca do Centro            ser realizada
        Olímpico                     Olímpico como a mais
                                     lembrada no esporte de
                                     base na cidade de São
                                     Paulo

  6     Apoiar diretamente os        Oferecer 500 bolsas-         Quantidade de atletas
        atletas do Centro            atletas, 500 cestas          atendidos
        Olímpico                     básicas e 500 cursos de
                                     inglês mensais

  7     Apresentar sugestões,        Desenvolver plano de         Material apresentado no
        usando ferramentas de        sugestões de marketing       anexo 2
        marketing, para o
        patrocinador do Projeto
        Visão Olímpica 2012




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                                          MÉTODO

           Todo o projeto de ação aqui apresentado baseia-se na captação de

recursos proporcionada pelos mecanismos de renúncia fiscal constantes na Lei de

Incentivo ao Esporte n° 11.438/06 (Brasil, 2006), que foi regulamentada pelo

governo federal brasileiro por meio do decreto n° 6.180 (Brasil, 2007) e

posteriormente alterada pela Lei n º 11.472 (Brasil, 2007). A Lei permite que

patrocínios e doações para a realização de projetos desportivos e paradesportivos

sejam descontados do Imposto de Renda devido por pessoas físicas e jurídicas.

           Assim, o primeiro passo deverá ser a adaptação do Projeto Visão Olímpica

2012 à formatação exigida pelo Ministério do Esporte. Embora muitas das

informações solicitadas sejam as mesmas apresentadas neste documento, é

necessário que as mesmas sejam transportadas para os formulários oficiais (Brasil,

2007).

           Desta forma, deverá ser feito o download de arquivos específicos para tal

fim no site do Ministério do Esporte. No mesmo site, a Associação deverá ser

cadastrada como sendo a entidade esportiva proponente do projeto. Com isso, a

Associação ganhará um número de registro para que seu processo possa ser

acompanhado. Por fim, os formulários deverão ser preenchidos e enviados

juntamente com a documentação devida para o Ministério. Para referência, os

formulários disponibilizados por Brasil (2007) e já preenchidos com os dados

necessários para o desenvolvimento deste projeto encontram-se no anexo 6.

           A seguir, o Ministério fará a análise de todo o material. Sendo aprovado, o

Projeto Visão Olímpica 2012 poderá receber recursos incentivados fiscalmente. De

acordo com o decreto 6.180, pessoas físicas poderão descontar até 6% do Imposto

de Renda devido, e pessoas jurídicas, até 1%.


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           É importante frisar que a aprovação do Projeto Visão Olímpica 2012 pelo

Ministério não quer dizer que qualquer recurso financeiro passe a estar

imediatamente disponível. Pelo contrário: a aprovação do projeto é apenas a

oficialização de que o mesmo está enquadrado na Lei de Incentivo e que pode ser

apresentado para potenciais doadores e/ou patrocinadores. Neste ponto, portanto, é

necessária a captação de recursos, que deverá ser feita por uma empresa

contratada para este fim específico.

           Após a efetiva captação e disponibilização dos recursos, a primeira ação

será a criação de um “marco zero” para os indicadores de desempenho, com a

aplicação de uma pesquisa visando captar qual é o grau de satisfação dos

funcionários e dos atletas com as condições de trabalho e com o serviço prestado

pelo Centro Olímpico. Segundo Kotler e Lee (2008), o “feedback” dos cidadãos é um

componente central da avaliação de programas e campanhas e pode ser usado na

avaliação de programas e serviços públicos.

           Na seqüência, será reforçada a equipe de trabalho. Serão contratados três

coordenadores técnicos, sendo um para as modalidades coletivas, um para as

modalidades de lutas (boxe, judô e luta olímpica) e um para as modalidades de

performance (atletismo, ginástica artística e natação), sendo que a atual

coordenação passará a supervisionar os três novos postos. Cada uma das 10

modalidades citadas terá um preparador físico exclusivo e 17 novos técnicos serão

distribuídos conforme a necessidade de cada seção técnica.

           A área clínica também será reforçada com mais quatro médicos, duas

enfermeiras e uma profissional responsável pelo diagnóstico e acompanhamento

nutricional dos atletas. Por fim, a diretoria passará a contar com dois estagiários de

gestão esportiva.


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            A supervisão técnica e a assistência social do Centro Olímpico deverão

elaborar em conjunto um estudo selecionando 500 atletas para receber uma bolsa-

atleta no valor de R$ 380,00 (um salário mínimo em dezembro de 2007), uma cesta

básica e um curso de inglês básico, sempre priorizando os atletas com melhor nível

técnico.

            Uma empresa especializada deverá desenvolver uma intranet: um sistema

gerencial informatizado com uma base de informações unificada, integrando todos

os departamentos e possibilitando em tempo real o acompanhamento do trabalho

realizado por todas as áreas. Esta empresa deverá manter contato constante com o

Setor de Serviços de Informática da SEME para a realização do trabalho, sendo que

todo o trabalho desenvolvido deverá ter seus códigos-fonte entregues para a

Prefeitura de São Paulo.

            Também deverá ser contratada uma empresa de assessoria de imprensa

que será responsável pela produção de releases informativos e criação de pautas

para veículos de comunicação sobre as atividades desenvolvidas e resultados

alcançados. Esta empresa deverá manter contato constante com a Assessoria de

Imprensa da SEME para potencializar o trabalho de ambos os lados e evitar

eventuais duplicidades.

            Outra empresa deverá ser contratada para a prestação de serviços de

manutenção rotineiros, como pequenas pinturas, reparos elétricos, podas de árvores

etc.

            Com o trabalho de divulgação e a disponibilidade de novos profissionais, a

capacidade de atendimento deverá atingir a meta de 1.500 atletas, representando

um crescimento de 66% em relação ao número atual, além da melhoria da qualidade

do trabalho.


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                                 RECURSOS HUMANOS

            Os recursos humanos envolvidos no Projeto Visão Olímpica 2012 podem

ser divididos em duas partes: os que já existem no Centro Olímpico e aqueles que

passarão a compor a equipe, sendo contratados como prestadores de serviços.

            Dada a importância da proposta, será necessária não só a participação de

toda a atual equipe de funcionários, estagiários e voluntários (77 pessoas, no total),

como um cuidadoso trabalho de integração para que não haja estranhamento ou

rejeição dos novos colegas por parte da equipe atual, o que poderia dividir o Centro

Olímpico em duas turmas, os funcionários “antigos e da Prefeitura” e os “novos e do

projeto”.

            Os novos recursos, como citado no método, serão os seguintes:

•   Três coordenadores técnicos com experiência competitiva em pelo menos uma

    das modalidades a serem trabalhadas;

•   10 preparadores físicos com experiência competitiva em sua modalidade;

•   17 técnicos de educação física com experiência competitiva em sua modalidade;

•   Quatro médicos com especialização em medicina esportiva;

•   Duas enfermeiras com especialização em medicina esportiva;

•   Uma nutricionista especializada em nutrição esportiva;

•   Dois estagiários de gestão esportiva.

            A diretoria do Centro Olímpico será a responsável pela coordenação do

Projeto Visão Olímpica 2012.




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                              RECURSOS INSTITUCIONAIS

           Todas     as    áreas   do   Centro     Olímpico   serão    utilizadas   para   o

desenvolvimento dos trabalhos:

•   Três quadras poliesportivas para basquete, vôlei, futsal e handebol;

•   Piscina olímpica coberta e aquecida;

•   Ginásio para ginástica artística;

•   Dojô para a prática do judô;

•   Sala para luta olímpica;

•   Dois campos de futebol;

•   Pista de atletismo;

•   Academia de boxe;

•   Área clínica (setores de medicina, enfermagem, odontologia, fisioterapia,

    psicologia e assistência social)

•   Auditório para 100 pessoas.

           Também deverão ser utilizados os departamentos de apoio institucional

disponíveis na SEME:

•   Assessoria Jurídica;

•   Departamento de Convênios;

•   Assessoria de Comunicação;

•   Setor de Serviços de Informática;

•   Coordenadoria de Recursos Humanos.




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                                RECURSOS FINANCEIROS

              Os custos abaixo foram estimados usando-se o parâmetro de um ano.

RESUMO FINANCEIRO (em R$)
Recurso                                     Valor unitário      Valor mensal        Valor anual
RECURSOS HUMANOS
3 coordenadores técnicos                           3.652,70         10.958,10          131.497,20
17 técnicos                                        2.435,14         41.397,38          496.768,56
10 preparadores físicos                            2.029,28         20.292,80          243.513,60
4 médicos                                          3.459,00         13.836,00          166.032,00
2 enfermeiras                                      2.075,40          4.150,80           49.809,60
1 nutricionista                                    2.651,90          2.651,90           31.822,80
2 estagiários de gestão                                576,50        1.153,00           13.836,00
TOTAL RECURSOS HUMANOS                                              94.439,98        1.133.279,76


APOIO DIRETO AO ATLETA
500 bolsas-atletas                                     380,00       190.000,00       2.280.000,00
500 cestas básicas                                     184,00        92.000,00       1.104.000,00
500 cursos de inglês                                   150,00        75.000,00         900.000,00
TOTAL APOIO DIRETO AO ATLETA                                        357.000,00       4.284.000,00


OUTROS RECURSOS
Assessoria de imprensa                            10.000,00          10.000,00         120.000,00
Manutenção e jardinagem                            5.000,00              5.000,00       60.000,00
Sistema de gestão                                 30.000,00          -                  30.000,00
TOTAL OUTROS                                                                           210.000,00


SUBTOTAL                                                                             5.627.279,76


SERVIÇOS DE PRODUÇÃO
Consultoria e captação de recursos (5% sobre o subtotal)                              281.363,99
TOTAL GERAL                                                                         5.908.643,75




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                                     COORDENAÇÃO


           O Projeto Visão Olímpica 2012 será coordenado pela diretora do Centro

Olímpico de Treinamento e Pesquisa, Maria Paula Gonçalves da Silva, cujo currículo

se encontra no anexo 3, assessorada diretamente por sua equipe de trabalho no

equipamento, a qual acompanhará na prática as atividades desenvolvidas pelas

empresas contratadas e o envolvimento dos recursos institucionais da SEME.




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                                      CRONOGRAMA

Período                                         Ação

01 a 15.01.2008                                 Elaboração e revisão do projeto

16.01.2008                                      Apresentação do projeto ao Ministério

17 a 31.01.2008 (estimativa)                    Análise e aprovação pelo Ministério

11 a 29.02.2008                                        1. Adaptação do projeto a eventuais
                                                          correções do Ministério
                                                       2. Elaboração da sistemática a ser
                                                          utilizada para a captação de
                                                          recursos

01.03 a 31.05.2008                              Captação de recursos

01 a 30.06.2008                                 Contratação de recursos, produtos e
                                                serviços

01.07 a 15.12.2008                              Primeiro semestre de funcionamento do
                                                Projeto Visão Olímpica 2012

16.12.2008 a 31.01.2009                         Avaliação dos trabalhos desenvolvidos
                                                no primeiro semestre do Projeto

01.02 a 30.06.2009                              Segundo semestre do Projeto Visão
                                                Olímpica 2012

01.02 a 30.06.2009                              Renovação e, caso possível, ampliação
                                                da captação de recursos visando o
                                                segundo ano do Projeto

01 a 31.07.2009                                 Avaliação dos trabalhos desenvolvidos
                                                no segundo semestre do Projeto




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                                        AVALIAÇÃO

           A avaliação do Projeto Visão Olímpica 2012 será realizada pela direção do

Centro Olímpico, que deverá apresentar relatórios semestrais à SEME e às

empresas aportadoras de recursos no projeto.

           As avaliações deverão apresentar os indicadores contidos nas metas

deste documento, mas não se limitar aos mesmos. Além de todos os indicadores

parciais ali enfocados, como valores captados, recursos humanos contratados,

atletas inscritos, grau de conhecimento do Centro Olímpico por não-usuários, cestas

básicas e cursos de inglês ofertados, deverá ser repetida anualmente a pesquisa de

satisfação com as condições de trabalho e com a qualidade do serviço prestado

para que possa ser sempre mensurada a evolução dos resultados obtidos.

           Embora a melhoria dos resultados técnicos não tenha sido em nenhum

momento citada neste trabalho, que tem o foco de sanar diversos gargalos de

natureza estrutural, entende-se que naturalmente uma melhor estrutura possa

refletir-se em melhores resultados nas competições, mesmo que estes não

aconteçam imediatamente. Assim, um estudo comparativo detalhado por cada

categoria (faixa etária) deverá ser realizado, mostrando quais os resultados

alcançados por cada modalidade em alguns marcos indicadores:

•   Julho de 2007 (doze meses antes do início do Projeto Visão Olímpica 2012)

•   Dezembro de 2007 (seis meses antes do início)

•   Julho de 2008 (início do Projeto)

•   Dezembro de 2008 (seis meses de Projeto)

•   Julho de 2009 (doze meses de Projeto)




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SÃO PAULO (Cidade). Decreto 12.593, de 3 de fevereiro de 1976. Cria na
Secretaria Municipal de Esportes o Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa, e
dá outras providências. Diário Oficial do Município, São Paulo, SP, 05 fev. 1976,
p.1.

SÃO PAULO (Cidade). Secretaria Municipal de Esportes, Lazer e Recreação.
Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa: histórico. Disponível em:
<http://portal.prefeitura.sp.gov.br/secretarias/esportes/centro_olimpico/historia/0002>
. Acesso em: 08 jan. 2008b.




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ANEXO 1: Imagens




                                          Vista aérea




                                            Piscina




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                                      Quadra de basquete




                                    Quadras poliesportivas

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                                  Ginásio de ginástica artística




                                          Dojô para judô




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                                       Quadra de handebol




                                            Auditório




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                                      Montanaro, ex-atleta




                                         Fofão, ex-atleta

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                                 Site: www.adcentroolimpico.com.br




                      Uniformes do voleibol, basquete e agasalho de treinamento




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ANEXO 2: Sugestões de marketing

           Por existirem diversas modalidades, cada uma com seu próprio potencial

de posicionamento, existem também inúmeras possibilidades de combinações de

ações de marketing que podem ser trabalhadas por uma empresa apoiadora do

Projeto Visão Olímpica 2012. Por esta razão, este documento não detalhará

profundamente um plano de marketing mas sim sucintamente algumas sugestões

que podem ser encampadas por patrocinadores.



                                 Assessoria de imprensa

           A visibilidade de um projeto deste porte pode ser potencializada por ações

de assessoria de imprensa, focando pautas de responsabilidade social empresarial,

apoio à infância e esporte de base, entre outras. Vale lembrar que a contratação de

uma assessoria já está incluída na planilha financeira do Projeto e que pode

trabalhar lado a lado com a estrutura de comunicação do apoiador.



                              Site da A. D. Centro Olímpico

           O site, já em funcionamento e com atualização constante, publica

resultados, próximas competições, calendários de peneiras seletivas, informações

institucionais e dados sobre patrocinadores e parceiros.



                          Ações promocionais de lançamento

           O lançamento do Projeto poderá utilizar o próprio espaço do Centro

Olímpico, incluindo seu auditório. Outra possibilidade é a realização de uma corrida

promocional, aproveitando a localização privilegiada do equipamento, que poderia




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passar por vias de grande circulação de Moema ou circundar o quase vizinho

Parque do Ibirapuera.



                     Aplicação do logotipo em uniformes de jogo

           O Centro Olímpico possui 14 equipes coletivas, cada uma com seu próprio

jogo de uniformes, além de agasalho e uniformes de treinamento. Todo esse

material pode receber a marca de apoiadores.



                                     Hospitality center

           As instalações do Centro Olímpico podem ser utilizadas para eventos

esporádicos de marketing de relacionamento da empresa patrocinadora. Destacam-

se o auditório, para palestras e reuniões, e as quadras poliesportivas, para

campeonatos internos.




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ANEXO 3: Currículo resumido da diretora do Centro Olímpico

           Maria Paula Gonçalves da Silva, a Magic Paula, estreou na seleção

brasileira adulta de basquete aos 14 anos, em 1976. Foram 24 anos nas quadras até

sua despedida, no ano 2000. Campeã mundial na Austrália em 1994, campeã pan-

americana em Cuba em 1991 e medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Atlanta

em 1996, foi escolhida como Atleta do Ano pelo Comitê Olímpico Brasileiro em 1997,

entre inúmeras outras conquistas.

           Após encerrar a carreira como jogadora, Paula especializou-se em gestão

esportiva. Dirigiu o Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa da Prefeitura de São

Paulo entre 2001 e 2003, onde reorganizou o funcionamento e reconstruiu a infra-

estrutura de um dos principais centros esportivos brasileiros. Após ocupar o cargo

de Secretária Nacional de Esportes de Alto Rendimento, órgão ligado ao Ministério

dos Esportes, retornou ao Centro Olímpico no início de 2005.

           Paralelamente ao seu trabalho como administradora esportiva, Paula

coordena o projeto social “Passe de Mágica”, que atende 400 crianças carentes em

São Paulo, Diadema e Piracicaba, além de ministrar palestras motivacionais para

empresas.




     Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa / Associação Desportiva Centro Olímpico
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ANEXO 4: Informações detalhadas sobre o Centro Olímpico

                                        Infra-estrutura

A estrutura do Centro Olímpico inclui:

•   Três quadras poliesportivas para basquete, vôlei, futsal e handebol;

•   Piscina olímpica coberta e aquecida;

•   Ginásio para ginástica artística;

•   Dojô para a prática do judô;

•   Sala para luta olímpica;

•   Dois campos de futebol;

•   Pista de atletismo;

•   Academia de boxe;

•   Área clínica (setores de medicina, enfermagem, odontologia, fisioterapia,

    psicologia e assistência social)

•   Auditório para 100 pessoas.

•   Total de 10.000 m² de área construída e 50.000 m² de área total.



                                Benefícios para os atletas

As equipes de competição do Centro Olímpico contam com vários recursos gratuitos:

•   Técnicos especializados em cada modalidade;

•   Atendimento médico;

•   Atendimento odontológico;

•   Atendimento psicológico;

•   Atendimento social;

•   Atendimento fisioterapêutico;

•   Lanches;

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•   Auxílio-transporte.



                                      Como participar

           As peneiras são testes de seleção para cada modalidade oferecida pelo

Centro Olímpico. Para participar, o candidato deverá obrigatoriamente estar

estudando e preferencialmente ter experiência na modalidade. O público-alvo do

Centro Olímpico varia de sete a 17 anos de idade, mas algumas modalidades como

boxe, judô e luta olímpica, pelas suas características, podem ultrapassar este limite.

Os candidatos aprovados nas peneiras somente serão considerados aptos para o

treinamento após uma avaliação médica.



                       Modalidades, categorias e faixas etárias

Atletismo (masculino e feminino)

•   Pré-mirim (11 e 12 anos)

•   Mirim (13 e 14 anos)

•   Menores (15 a 17 anos)

•   Juvenil (18 e 19 anos)



Basquete (feminino)

•   Iniciação (até 11 anos)

•   Pré-mini (até 12 anos)

•   Mini (até 13 anos)

•   Mirim (até 14 anos)

•   Infantil (até 15 anos)

Boxe (masculino e feminino)

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•   Infantil (12 a 14 anos)

•   Cadete (15 e 16 anos)

•   Juvenil (17 e 18 anos)



Futebol (feminino)

•   Sub-15

•   Sub-17

•   Sub-20



Ginástica artística (feminino)

•   Pré-infantil (8 a 10 anos)

•   Infantil (11 e 12 anos)

•   Juvenil (13 a 15 anos)

•   Adulto (16 anos)



Handebol (feminino)

•   Pré-mirim (10 e 11 anos)

•   Mirim (12 anos)

•   Infantil (13 e 14 anos)

•   Cadete (15 e 16 anos)

•   Juvenil (17 e 18 anos)



Judô (masculino e feminino)

•   Mirim (7 e 8 anos)

•   Infantil (9 e 10 anos)

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•   Infanto-juvenil (11 e 12 anos)

•   Pré-juvenil (13 e 14 anos)

•   Juvenil (15 e 16 anos)

•   Júnior (17 a 19 anos)



Luta olímpica (masculino e feminino)

•   Pré-escolar (7 a 10 anos)

•   Escolar (11 a 13 anos)

•   Cadete (14 a 16 anos)

•   Júnior (17 a 19 anos)



Natação (masculino e feminino)

•   Pré-mirim (07 e 08 anos)

•   Mirim (09 e 10 anos)

•   Petiz (11 e 12 anos)

•   Infantil (13 e 14 anos)

•   Juvenil (15 e 16 anos)

•   Júnior (17 e 18 anos)



Voleibol (masculino)

•   Pré-mirim (13 anos)

•   Mirim (14 anos)

•   Infantil (15 e 16 anos)

•   Infanto-juvenil (17 e 18 anos)



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                       Histórico detalhado do Centro Olímpico

           O Centro Olímpico foi criado em fevereiro de 1976 para receber os atletas

do Programa Adote um Atleta, sendo uma unidade destinada ao aperfeiçoamento de

atletas das categorias de base (crianças e adolescentes) que já fossem expoentes

de suas modalidades e que tivessem potencial para integrar futuras seleções

brasileiras adultas. Estes atletas treinavam meio período em seus clubes e meio

período no Centro Olímpico.

           O Programa Adote Um Atleta foi idealizado pela Secretaria Municipal de

Esportes, Lazer e Recreação da Cidade de São Paulo. A idéia era oferecer o Centro

Olímpico para treinamentos de jovens atletas que seriam patrocinados pela iniciativa

privada. No final da década de 1970, adolescentes como Hortência, Amauri, Ricardo

Prado, Montanaro e outros, que ficariam mundialmente famosos alguns anos depois,

foram beneficiados com um salário mínimo como estímulo para a continuidade de

seus treinamentos.

           Paralelamente, havia o Programa de Ação Desportiva (PAD), outro

programa municipal onde os antigos Centros Esportivos Educacionais (unidades

dedicadas ao esporte de participação, atualmente conhecidas como Clubes da

Cidade) trabalhavam de forma integrada com o Centro Olímpico de Treinamento e

Pesquisa, indicando crianças e adolescentes com potencial para a prática esportiva

de rendimento.

           Porém, com o passar dos anos e com as mudanças que aconteceram na

própria estrutura do esporte dito "amador", o projeto inicial foi sofrendo interferências

do ambiente externo. Empresas como Pirelli, Minercal, Bradesco, Supergasbrás e

outras passaram a investir no marketing esportivo e preferiram criar suas próprias

estruturas de treinamento, incluindo recursos que eventualmente não pudessem ser


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oferecidos pelo Centro Olímpico, como fisioterapeutas, preparadores físicos,

nutricionistas, fisiologistas etc. e com a vantagem de não precisar ver seus principais

atletas treinando meio período afastados do restante da equipe. Ao mesmo tempo,

as Federações e Confederações passaram a se organizar melhor e a muitas vezes

desenvolver seus próprios centros de treinamento.

           Percebendo que o Centro Olímpico perdia cada vez mais atletas de ponta

e se afastava de sua missão original, a Secretaria Municipal de Esportes decidiu

alterar o foco do equipamento, que passou então a formar equipes de competição e

a inscrever seus atletas nas principais disputas de suas faixas etárias.

           No entanto, os regulamentos de confederações, federações, ligas

esportivas e demais entidades organizadoras proíbem a inscrição de órgãos

públicos nas disputas esportivas. Não é possível que uma prefeitura dispute um jogo

contra um clube, por exemplo. A saída foi, em 25 de janeiro de 1981, criar-se o

Clube Desportivo Padote, uma entidade privada com seu próprio estatuto, diretoria,

conselho deliberativo e registros no CND, CNPJ e CCM. O nome Padote veio da

união da sigla “PAD” e da palavra “Adote”, referindo-se aos dois grandes programas

da Secretaria.

           Com esse novo formato, o Centro Olímpico formou durante a década de

1980 uma geração de atletas que atingiram resultados expressivos como a

levantadora da seleção brasileira de vôlei feminino Fofão, que disputou quatro Jogos

Olímpicos. No entanto, a década seguinte veria o fim do PAD e do Adote Um Atleta

e a mudança de prioridades da SEME. O Centro Olímpico passou a viver um cenário

com menos recursos financeiros e manutenção física, o que acarretou seu

afastamento das disputas federativas e uma nova e forçosa mudança de foco, agora

em lazer e recreação. A interrupção dos concursos públicos para contratação de


     Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa / Associação Desportiva Centro Olímpico
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novos profissionais de educação física, situação que perdura até hoje, também criou

um gargalo para o desenvolvimento de um trabalho de qualidade. No final do ano

2000, cerca de apenas 100 atletas treinavam no Centro Olímpico.

           A partir de 2001, uma nova administração tornou a priorizar o Centro

Olímpico e a destinar recursos para sua manutenção e para a execução do trabalho

competitivo. Um processo que durou mais de três anos culminou na reforma de toda

a área interna (quadras, ginásio de ginástica artística, dojô, sala de luta olímpica e

piscina, além das áreas de apoio administrativo) e ampliando a construção (novas

salas para academia de musculação, sala de avaliação física e luta olímpica). Ao

mesmo tempo, foi criado um convênio entre a SEME e o Padote para o pagamento

das despesas cotidianas, conforme detalhado em tópico a seguir, e firmadas duas

parcerias: com a Universidade Ibirapuera (Unib) para a realização de estágios de

estudantes de educação física no trabalho das modalidades, diminuindo a falta de

postos de trabalho, e com o Centro de Estudos em Traumatologia do Exercício

(Cete) da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), responsável por uma nova

área de tratamento de fisioterapia.

           Em 2005, visando fortalecer a principal marca envolvida e unificar as

nomenclaturas existentes, o Padote trocou seu nome para Associação Desportiva

Centro Olímpico, a atual entidade jurídica privada responsável por inscrever os

atletas que treinam no Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa em competições

organizadas por federações, confederações e demais entidades competentes.

Assim, o Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa (COTP) é um local físico e a

Associação Desportiva Centro Olímpico é um clube enquanto entidade jurídica. No

dia-a-dia, ambos trabalham de forma unificada e são chamados simplesmente de

Centro Olímpico.


     Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa / Associação Desportiva Centro Olímpico
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           Também em 2005, a A. D. Centro Olímpico formalizou o primeiro

patrocínio de sua história, realizando um contrato com a operadora de telefonia

Transit Telecom, que passou a estampar sua marca nas camisas do voleibol. No

ano seguinte, o judô acertou com a fabricante de refrescos Ativ Plus e em 2007 foi a

vez da empresa de tecnologia Ingresso Fácil acertar com o futebol.



                      O convênio SEME/Associação Desportiva

           A prática do esporte de rendimento cria uma série de situações que

dependem de uma agilidade administrativa que muitas vezes não pode ser atendida

pelos trâmites-padrão da administração pública. Exemplificando apenas uma

situação, uma equipe de basquete depende do resultado de um jogo numa semifinal

para saber se vai disputar ou não uma decisão de campeonato após dois ou três

dias. Evidentemente, pelo rigor que necessariamente cerca as compras públicas,

muitas vezes esse prazo é insuficiente para que sejam organizados todos os

aspectos inerentes a um evento desse tipo, como a contratação de um serviço de

transporte intermunicipal, autorização para o pagamento de despesas de

alimentação durante a viagem e pagamento das taxas de arbitragem que são

cobradas pela federação organizadora, entre outras despesas eventuais.

           Quando se pensa que uma modalidade esportiva como o basquete possui

várias categorias (divisões por faixas etárias) e que o Centro Olímpico trabalha com

10 modalidades esportivas diferentes, com todas elas disputando diferentes

competições em diferentes categorias, chega-se a um número considerável de

fornecedores a serem pagos e de logísticas a serem administradas.

           Em 2003, a Prefeitura de São Paulo passou a permitir a co-participação

entre clubes da capital e o poder público. Surgiu assim o primeiro convênio entre a


     Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa / Associação Desportiva Centro Olímpico
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Prefeitura e o então Padote, para que o Centro Olímpico pudesse começar a

sistematizar seu planejamento financeiro.

           Com a evolução do trabalho técnico do Centro Olímpico, cujos atletas

passaram a disputar competições estaduais, nacionais e até internacionais, o

pagamento das despesas mensais se tornou cada vez mais necessário. Assim, em

agosto de 2006 foi feito um novo convênio no valor de R$ 20.000,00 mensais. Um

ano depois, o convênio foi aditado em 25% de seu valor, passando para R$

25.000,00 e com alguns pontos da redação original sendo alterados para garantir

maior praticidade na administração financeira. E é com este valor que hoje o Centro

Olímpico administra as atividades competitivas mensais de 10 modalidades e 900

atletas.




     Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa / Associação Desportiva Centro Olímpico
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Personalidades de destaque

Alguns atletas, técnicos, médicos, diretores e voluntários do Centro Olímpico que se
destacaram no meio do esporte ou em outros campos
Nome                           Modalidade                     Medalhista?
Andréa Maio Saramento          Handebol                       Pan-americana
Alessandra Oliveira            Basquete                       Olímpica / pan-americana
Amauri Ribeiro                 Voleibol                       Olímpico / pan-americano
Ana Lúcia Motta                Basquete                       Pan-americana
Carlos Eduardo Motta           Judô                           Pan-americano
("Tico")
Edson Bispo dos Santos         Basquete                       Olímpico / pan-americano
Francisco de Jesus             Boxe                           Pan-americano
("Chiquinho de Jesus")
Hélia de Souza ("Fofão")       Voleibol                       Olímpica
Henrique Guimarães             Judô                           Olímpico / pan-americano
Hortência de Fátima Marcari    Basquete                       Olímpica / pan-americana
João Carlos de Oliveira        Atletismo                      Olímpico / pan-americano
(“João do Pulo”)
José Montanaro Júnior          Voleibol                       Olímpico / pan-americano
Luiz Carlos Fabre              Boxe                           Olímpico / pan-americano
Martha de Souza Sobral         Basquete                       Olímpica / pan-americana
Ricardo Cardoso ("Cadum")      Basquete                       Pan-americano
Ricardo Prado                  Natação                        Olímpico / pan-americano
Servílio de Oliveira           Boxe                           Olímpico
Silvio Malvezzi                Basquete                       Pan-americano
Vivian Cristina Lopes          Basquete                       Pan-americana
Wanderley Demétrio de          Boxe                           Pan-americano
Oliveira
Northon Nascimento             Ex-atleta; ator
Carlos Cavalcanti              Ex-atleta; jornalista
Pedro Henrique Toledo          Técnico de atletismo
Nelson Barros                  Técnico de atletismo
Cláudio Mortari                Técnico de basquete
Antonio Carlos Moreno          Técnico de voleibol
Marli Kekorius                 Médica
Victor Matsudo                 Médico
Osmar de Oliveira              Médico
Maria Angélica Gonçalves da Ex-voluntária                     Olímpica / pan-americana
Silva ("Branca")


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ANEXO 5: Documentação para apresentação ao Ministério do Esporte

(Pessoa Jurídica de Direito Privado sem fins econômicos)



Encaminhar duas cópias autenticadas dos documentos abaixo listados

•   Do representante legal da entidade:

       o Cédula de identidade - RG;

       o Cédula de CPF - CIC;

       o Comprovante de residência.



•   Da associação:

       o Estatuto (ao menos um dos objetivos deve ter a finalidade esportiva), ata

           de fundação, posse de diretoria e alterações realizadas;

       o Cartão de CNPJ;

       o Currículo da empresa, destacando atuação na área esportiva, em especial

           relacionado ao objeto do projeto a ser apresentado (comprovação da

           capacidade técnico-operativa)

       o Currículo do dirigente da empresa.



•   Certidões (Todas retiradas via internet, com exceção da Estadual e Municipal):

       o Certidão negativa conjunta de tributos federais (CQTF e Dívida Ativa da

           União);

       o Certidão negativa de débito junto ao INSS;

       o Certidão negativa de débito junto ao FGTS;

       o Certidão negativa de tributos estaduais;

       o Certidão negativa de tributos municipais.


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•   Do projeto (constam no formulário, com exceção da Procuração):

       o Pedido de Avaliação do projeto dirigido à Comissão Técnica, com

           indicação da manifestação desportiva;

       o Formulário contendo a descrição do projeto com justificativa, objetivos,

           cronograma de execução física e financeira, estratégias de ação, metas

           qualitativas e plano de aplicação dos recursos;

       o Orçamento analítico e comprovação de que os preços orçados são

           compatíveis com os praticados no mercado ou enquadrados nos

           parâmetros estabelecidos pelo Ministério do Esporte Plano de Distribuição

           de Produtos;

       o Procuração.




     Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa / Associação Desportiva Centro Olímpico
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ANEXO 6: Formulários para apresentação ao Ministério do Esporte

           As 18 páginas seguintes apresentam os formulários preenchidos para

apresentação do Projeto Visão Olímpica 2012 ao Ministério do Esporte, razão pela

qual a estética do cabeçalho apresenta-se diferente do restante deste documento.

           As informações são praticamente as mesmas apresentadas até aqui, com

as principais diferenças sendo o layout, a ordem e alguns aspectos da redação

usada.




     Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa / Associação Desportiva Centro Olímpico
Projeto Visão Olímpica 2012


                     DESCRIÇÃO DE PROJETO

I. NÚMERO DE CADASTRO DO PROPONENTE                        02SP018332008
 (login)

II. IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO
Título:
Projeto Visão Olímpica 2012

Proponente:
Associação Desportiva Centro Olímpico

CNPJ: 49.079.692/0001-02

Nome do titular ou responsável legal do proponente:
José Paulo Ruiz Canavesi

Manifestação desportiva:
Desporto de rendimento

Local de execução do projeto:
Av. Ibirapuera, 1315 – Vila Clementino – São Paulo – SP


III. PERÍODO DE EXECUÇÃO PREVISTO:
INÍCIO:                              TÉRMINO:
01.07.2008                           30.06.2009


IV. BREVE DESCRIÇÃO DO PÚBLICO BENEFICIÁRIO
Público-alvo: crianças e adolescentes com interesse e aptidão na prática esportiva de
rendimento
Faixa etária: 7 a 17 anos                     Estimativa de público: 1.500 beneficiários


                              PEDIDO DE AVALIAÇÃO

             Solicitamos que o presente projeto seja analisado e aprovado,
   para efeito dos benefícios de que tratam a Lei nº 11.438/06 e o Decreto nº
   6.180/07.

                                    Local/data: ______________, ___/___/___.


           __________________________________________________
            Assinatura do Titular ou Responsável Legal do Proponente
Projeto Visão Olímpica 2012                                                                    |

V. OBJETIVOS

(Indique os objetivos do projeto, isto é, o que se deseja realizar, a sua devida adequação à

manifestação desportiva citada (art. 4º, Decreto nº 6.180/07), a delimitação e especificação, se

possível, do público que será diretamente beneficiado pelo projeto, bem como os resultados

esperados).



APRESENTAÇÃO

O Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa (COTP) é um equipamento da

Secretaria de Esportes, Lazer e Recreação da Cidade de São Paulo (SEME) criado

em 1976. Sua missão é “promover o desenvolvimento de atletas e equipes

competitivas nas categorias de base, com apoio e suporte técnicos efetivos”, ou, de

outra maneira, oferecer treinamento esportivo gratuito para crianças e adolescentes

com o objetivo de formar atletas e equipes de competição. A visão que o

equipamento projeta para seu futuro é “ser um centro de excelência em esporte no

município de São Paulo, formando e encaminhando atletas de alto rendimento para

o esporte brasileiro”.



Cerca de 900 crianças e adolescentes, com idades basicamente entre sete a 17

anos, treinam no Centro Olímpico e disputam os campeonatos mais importantes das

suas faixas etárias, num trabalho que prioriza a participação em competições

realizadas pelas principais entidades organizadoras (federações paulistas e

confederações brasileiras) de cada uma de suas 10 modalidades: atletismo,

basquete, boxe, futebol, ginástica artística, handebol, judô, luta olímpica, natação e

voleibol. O foco do equipamento, portanto, é o esporte de alto rendimento não-

profissional, especificamente nas categorias de base.

Trabalhando de maneira complementar, existe a Associação Desportiva Centro
Projeto Visão Olímpica 2012                                                           |

Olímpico, entidade esportiva fundada em 1981 com o nome original de Clube

Desportivo Padote e responsável pela inscrição dos atletas que treinam no Centro

Olímpico de Treinamento e Pesquisa em competições e pelo gerenciamento

administrativo,   financeiro   e   logístico   das   atividades   desenvolvidas   pelas

modalidades. Assim, para melhor entendimento do leitor, enfatiza-se aqui que o

Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa é um local físico público e a Associação

Desportiva Centro Olímpico é uma entidade jurídica privada.



Uma característica comum a todos os equipamentos e serviços públicos brasileiros é

a suscetibilidade às mudanças periódicas de administrações, pois cada uma destas

possui suas próprias prioridades dentro do seu momento histórico e político de

atuação. No entanto, a prática do esporte de alto rendimento no Centro Olímpico e

sua conseqüente exigência de recursos específicos para a realização de

treinamentos especializados e participações em competições são itens fortemente

impactados pelas mudanças de disponibilidade de recursos orçamentários e

institucionais, as quais colaboraram em grande parte para gerar uma subutilização

do equipamento ao longo de seus quase 32 anos de existência.



O Projeto Visão Olímpica 2012 propõe um conjunto de ações visando o

aprimoramento do trabalho hoje desenvolvido para que o Centro Olímpico possa,

além de cumprir melhor sua missão atual, aproximar-se de sua visão almejada,

tomando por base os Jogos Olímpicos que acontecerão daqui a quatro anos. No

entanto, por se tratar de um projeto abrangente, o trabalho apresentado cobre

inicialmente um ano de atuação, período ao final do qual será reavaliado para

discussão dos resultados obtidos. Para isto, será apresentado um plano de trabalho
Projeto Visão Olímpica 2012                                                           |

que possa ser enquadrado na Lei Federal de Incentivo ao Esporte (11.438/06) e que

possibilite à Associação o aporte de novos recursos oriundos da iniciativa privada. A

proposta é investir contra a subutilização do Centro Olímpico, garantir maior

segurança contra as mudanças políticas, gerar maior autonomia administrativa,

alcançar maior visibilidade para o serviço oferecido à população e possibilitar retorno

institucional para os patrocinadores envolvidos.



OBJETIVO GERAL

Planejar, implantar e avaliar um conjunto de ações visando a melhoria geral do

trabalho voltado à prática do esporte de alto rendimento não-profissional nas

categorias de base desenvolvido no Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa.



OBJETIVOS ESPECÍFICOS

1. Aumentar o volume de recursos próprios da Associação Desportiva, aumentando

   sua autonomia administrativa, sua agilidade de compras e minimizando as

   flutuações causadas por mudanças político-partidárias.

2. Possibilitar a contratação de recursos humanos qualificados para reforçar o

   quadro do Centro Olímpico nas áreas técnica, médica e de gestão.

3. Desenvolver um sistema de informações que possibilite o armazenamento,

   avaliação e controle do trabalho desenvolvido de maneira completa, clara e

   rápida.

4. Divulgar   o   trabalho   realizado   pelo   Centro   Olímpico,   aumentando    seu

   conhecimento por parte da população e posicionando o equipamento como uma

   referência em esporte de rendimento de base, associando-o à cidade, ao
Projeto Visão Olímpica 2012                                                        |

   conceito de vitória e ainda posicionando-o adicionalmente como um serviço

   público que atinge um público-alvo em grande parte socialmente desfavorecido.

5. Apoiar diretamente os atletas do Centro Olímpico, oferecendo benefícios que

   aumentem sua adesão aos treinamentos e que ofereçam um estímulo contrário

   aos assédios de outras agremiações e às preocupações com as necessidades

   financeiras de suas próprias famílias.

6. Aumentar o número de atletas treinando no Centro Olímpico, como conseqüência

   da contratação de profissionais e do oferecimento dos benefícios citados nos

   itens anteriores.

7. Apresentar sugestões, usando ferramentas de marketing, para que o

   patrocinador do Projeto Visão Olímpica 2012, caso deseje, possa aproveitar a

   visibilidade do trabalho desenvolvido para a sua própria comunicação

   institucional.
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VI. JUSTIFICATIVA

(Por que se propõe o projeto, sua importância para o desenvolvimento do esporte no País e/ou na

região geográfica de execução e justifique a conveniência de utilização de apoio financeiro com

recursos incentivados de que trata a Lei nº 11.438/06).




As mudanças dos cenários político e esportivo durante as mais de três décadas de

existência do Centro Olímpico criaram pontos que hoje podem ser considerados

gargalos que dificultam o andamento do trabalho. A seguir, destacaremos cada

ponto isoladamente.



                                             Gargalos

                                      Volatilidade política

Apenas como ilustração, destacamos que desde 2005 a cidade de São Paulo teve

dois prefeitos e três secretários municipais na pasta de esportes, cada um com seu

próprio olhar a respeito do Centro Olímpico. O próprio equipamento, que hoje

atravessa uma fase de relativa estabilidade, com a atual diretora completando o seu

sexto ano de mandato em duas gestões diferentes, passou por seis administrações

diferentes nos últimos 10 anos.



Em função da reduzida velocidade com que os processos internos se desenvolvem,

cada nova gestão perde meses consideráveis até que tenha plena consciência de

todos os detalhes do trabalho cotidiano e adquira uma razoável agilidade

profissional. Além disso, cada eventual mudança de prioridade administrativa por

parte das instâncias administrativas superiores ao Centro Olímpico representa um

risco considerável para as atividades realizadas.
Projeto Visão Olímpica 2012                                                            |

Por fim, a constante troca de comando político implica na ausência de uma efetiva

integração entre o Centro Olímpico e outras unidades da SEME, o que também

implica que as outras unidades (mais de 40 Clubes da Cidade e mais de 200 Clubes

da Comunidade) não indiquem ao COTP crianças e adolescentes que poderiam ser

avaliados visando uma possível carreira esportiva.



                                Recursos humanos

O equipamento continua com o mesmo organograma de 1976, quando foi projetado

com uma finalidade bastante diferente da atual. O organograma contempla cada

seção técnica, como são chamadas as modalidades, com apenas um técnico, sendo

que os outros postos necessários são ocupados por servidores públicos

pertencentes ao quadro da SEME conforme a disponibilidade de pessoal – que

muitas vezes não existe. Um agravante é que os servidores possuem cargas de

trabalho diferenciadas entre si, com jornadas de quatro, seis ou oito horas diárias.



Com o passar dos anos, soluções alternativas e informais foram sendo incorporadas

ao funcionamento padrão da unidade, como a presença cada vez maior de

voluntários e estagiários, que hoje já somam mais de 50% do total de postos da área

técnica, além de profissionais de outras unidades da SEME que passam a fazer

parte das comissões técnicas sem conhecimento mais aprofundado da modalidade.

Nos três casos, os chefes de seção acabam sendo sobrecarregados, pois precisam

fazer a formação dos outros profissionais além de coordenar o trabalho cotidiano.



Outra solução alternativa incorporada são os chamados “desvios de função”, com

servidores que, por possuírem formação em Educação Física, deixam de exercer
Projeto Visão Olímpica 2012                                                      |

sua função para serem aproveitados nas comissões técnicas. Esta situação cria

“chefes de seção” que ocupam a coordenação da modalidade mas que recebem um

salário menor que seus pares em função de seu cargo não existir formalmente.



Vale ressaltar que esta situação não se limita à área técnica. Na área médica,

também há um déficit de profissionais e, mais importante, uma equipe que não

possui um perfil especializado em medicina esportiva. O problema dos desvios de

função também é sentido aqui: os cargos do responsável pela coordenação dos

setores de medicina, enfermagem, odontologia, psicologia, fisioterapia e serviço

social e do responsável pela produção de conhecimento a partir de pesquisas com

os atletas não estão disponíveis para o Centro Olímpico.



Com este quadro, a questão de recursos humanos acaba pressionando a própria – e

reduzida – equipe responsável pela alta administração do equipamento, que é

composta apenas pela diretora, seus dois assistentes diretos, um coordenador

técnico e o presidente da Associação Desportiva, e que acaba desempenhando uma

quantidade maior de atividades operacionais do que atividades de planejamento.



                               Processos internos

Há uma grande quantidade de atividades desenvolvidas pelas 10 modalidades do

Centro Olímpico. Somente no mês de outubro de 2007 foram mais de 70

competições disputadas. No entanto, não há um banco de dados que armazene toda

a informação produzida, o que dificulta tanto o acompanhamento dos resultados por

parte da diretoria como a produção de relatórios anuais das atividades

desempenhadas. Outra vez vemos a carência de servidores públicos, aqui se
Projeto Visão Olímpica 2012                                                        |

refletindo na ausência de profissionais no setor de informática em número suficiente

para o desenvolvimento de uma ferramenta que facilite a tomada de decisões

gerenciais.



                              Agilidade de compras

Outro gargalo é a aquisição de materiais e a contratação de serviços. Para a

garantia da lisura dos processos de compras públicas, existe a necessidade de um

rigoroso detalhamento de especificações técnicas, o que, por força da falta de

profissionais no departamento de compras e em outras áreas da SEME, já chegou a

provocar demoras de mais de dois anos para a compra de materiais de primeira

necessidade como uniformes para treinamento, materiais elétricos e outros produtos

de uso rotineiro.



Já a contratação de serviços corriqueiros de manutenção, como poda de árvores,

muitas vezes esbarra na necessidade do agrupamento das necessidades do Centro

Olímpico com as outras unidades da Secretaria. No entanto, mais uma vez a

morosidade interna acaba por fazer com que vários serviços deixem de ser

contratados e executados.



                                  Comunicação

Embora o Centro Olímpico, a despeito dos gargalos aqui apresentados, possa ser

considerado uma força dentro do esporte de base na cidade de São Paulo, esta

condição é desconhecida pelo grande público, mesmo com a unidade tendo uma

localização nobre dentro da zona sul do município. Esta situação tanto ocorre por

força da falta de comunicação visual sinalizando a entrada do equipamento quanto
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pela própria falta de cobertura jornalística sobre o esporte de base, além da postura

de grande parte dos veículos de comunicação de não divulgarem serviços prestados

pelo poder público a não ser em caso de falhas.



                         Vulnerabilidade do público-alvo

Embora o serviço oferecido pelo Centro Olímpico possa ser considerado de bom

nível técnico, com diversas modalidades disputando os primeiros lugares de suas

competições e muitas vezes sagrando-se vencedoras, uma queixa comum a vários

chefes de seção é a dificuldade de reter seus principais atletas quando estes são

assediados por outras agremiações que disputem as mesmas competições.



Lembrando que o público usuário do Centro Olímpico é composto em grande parte

por crianças e adolescentes de famílias de baixa renda e que não poderiam pagar

pela prática desportiva em uma instituição particular, os relatos referem-se ao

sentimento de possibilidade de ascensão financeira e social que os atletas passam a

ter a partir do momento que se transferem para clubes particulares, causado pela

possibilidade de, por meio dos contatos que passam a ser realizados com sócios,

técnicos e outros atletas, conseguir bolsas de estudos, empregos ou mesmo

relacionamentos pessoais com indivíduos de outras camadas sociais.



Outro fator de perda de atletas é o fato de que muitas vezes os adolescentes sofrem

pressão de seus pais para que deixem a prática da modalidade e passem a

contribuir com a renda familiar encontrando um emprego.
Projeto Visão Olímpica 2012                                                    |

                                  Conclusão

Em face de todos os aspectos descritos anteriormente, pode-se considerar de

grande importância para o fomento do esporte de rendimento brasileiro o

aproveitamento das atuais possibilidades macro ambientais para iniciar uma etapa

de desenvolvimento planejado no Centro Olímpico, captando recursos - financeiros

ou em forma de parcerias, produtos ou serviços - visando seu desenvolvimento em

aspectos que não podem ser completamente resolvidos pelo poder público.
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VII. METAS QUALITATIVAS E QUANTITATIVAS

(Indique as metas previstas, de qualidade e quantidade, relacionadas ao público diretamente

beneficiado pelo projeto e, se existirem, os reflexos em outros públicos ou regiões do País).




Cada um dos objetivos específicos citados anteriormente pode ser traduzido em uma

meta mensurável. Na tabela a seguir, são apresentados os dados correspondentes.

Item         Objetivo                              Meta                         Indicador
  1  Aumentar o volume de               Captar 100% dos                  Recursos efetivamente
     recursos próprios da               recursos constantes na           captados
     Associação Desportiva              planilha de recursos
                                        financeiros

  2     Contratar recursos              Contratar 100% dos               Recursos efetivamente
        humanos qualificados            recursos constantes na           contratados
                                        planilha de recursos
                                        humanos

  3     Desenvolver um sistema          Desenvolver uma                  Acesso a relatórios
        de informações                  ferramenta informatizada         gerenciais, com
                                        para armazenamento,              informações técnicas e
                                        avaliação e controle do          financeiras em tempo real
                                        trabalho

  4     Aumentar o número de            Atingir 1.500 atletas            Controle de inscrição de
        atletas em treinamento          inscritos no COTP                atletas

  5     Divulgar o trabalho             Posicionar a marca do            Pesquisa quantitativa a
        realizado pelo Centro           Centro Olímpico como a           ser realizada em dois
        Olímpico                        mais lembrada no esporte         anos
                                        de base na cidade de São
                                        Paulo

  6     Apoiar diretamente os           Oferecer 500 bolsas-             Quantidade de atletas
        atletas do Centro               atletas, 500 cestas              atendidos
        Olímpico                        básicas e 500 cursos de
                                        inglês mensais

  7     Apresentar sugestões de         Desenvolver plano de             Material apresentado no
        marketing para o                sugestões de marketing           anexo 2
        patrocinador do Projeto
        Visão Olímpica 2012
Projeto Visão Olímpica 2012                                                                           |

VIII. ESTRATÉGIAS DE AÇÃO:

(Divida o projeto em grupos de iniciativas que serão as ações necessárias para atingir o(s) objetivo(s)

desejado(s). Denomine-as, enumere-as, descreva-as e explique como pretende desenvolvê-las. As

ações de despesas administrativas (art. 11, do Decreto nº 6.180/07) e contratação de serviços

destinados à elaboração de projetos desportivos/paradesportivos ou à captação de recursos (art. 12,

do Decreto nº 6.180/07 c/c art. 21 da Portaria/ME nº 177 de 11/09/07), caso necessárias à execução

do projeto, deverão ser especificadas separadamente, com as respectivas denominações de

Despesas Administrativas e Serviços de Produção).




A) Recursos humanos: Serão contratados três coordenadores técnicos, sendo um

para as modalidades coletivas (basquete, futebol, handebol e voleibol), um para as

modalidades de lutas (boxe, judô e luta olímpica) e um para as modalidades de

performance (atletismo, ginástica artística e natação), sendo que a atual

coordenação passará a ocupar uma posição sênior, supervisionando o trabalho dos

três novos postos. Cada uma das 10 modalidades citadas terá um preparador físico

exclusivo e 17 novos técnicos serão distribuídos conforme a necessidade de cada

seção técnica.



A área clínica também será reforçada com mais quatro médicos, duas enfermeiras e

uma profissional responsável pelo diagnóstico e acompanhamento nutricional dos

atletas. Por fim, a diretoria passará a contar com dois estagiários de gestão

esportiva.



B) Apoio direto ao atleta: A supervisão técnica e a assistência social do Centro

Olímpico deverão elaborar em conjunto um estudo selecionando 500 atletas para

receber uma bolsa-atleta no valor de R$ 350,00, uma cesta básica e um curso de

inglês básico, sempre priorizando os atletas com melhor nível técnico.
Projeto Visão Olímpica 2012                                                                  |



C) Suporte para a gestão: Uma empresa especializada deverá desenvolver um

sistema gerencial informatizado que deverá criar uma base de informações

unificada, integrando todos os departamentos e possibilitando o acompanhamento

do trabalho realizado por todas as áreas. Esta empresa deverá manter contato

constante com o Setor de Serviços de Informática da SEME para realizar o trabalho

de maneira integrada, sendo que todos os sistemas desenvolvidos deverão ter seus

códigos-fonte entregues para a Prefeitura de São Paulo.



D) Comunicação: Também deverá ser contratada uma empresa de assessoria de

imprensa que será responsável pela produção de releases informativos e criação de

pautas para veículos de comunicação sobre as atividades desenvolvidas e

resultados alcançados. Esta empresa deverá manter contato constante com a

Assessoria de Imprensa da SEME para realizar o trabalho de maneira integrada.



E) Manutenção: Outra empresa deverá ser contratada para a prestação de serviços

de manutenção rotineiros, como pequenas pinturas, reparos elétricos, podas de

árvores etc.



F) Serviços de produção: Consultoria para estruturação do projeto e captação de

recursos.




IX. RESUMO DAS FONTES DE RECURSOS
PARA O FINANCIAMENTO DO PROJETO (R$)
(Nesse formulário economicamente mensuráveis, envolvidos na execução do projeto - art. 14,
Decreto nº 6.180/07). O proponente deverá citar todas as previsões de receitas e apoios.
Projeto Visão Olímpica 2012                                                                           |

                               FONTES                                         VALOR (R$)

1.           Recursos próprios                                                                   0,00
              (se houver, detalhe no formulário X)

2.           Recursos públicos (*)                                                               0,00
              (se houver, detalhe no formulário X)

3.           Outros incentivos fiscais (**)                                                      0,00
              (se houver, detalhe no formulário X)

4.           Outros recursos (***)                                                               0,00
             (se houver, detalhe no formulário X)

5.           Receitas previstas (****)                                                           0,00
             (se houver, detalhe no formulário X)
VALOR PLEITEADO
PARA EFEITO DA LEI 11.438/06 (*****)                                                  5.908.643,75
TOTAL GERAL                                                                           5.908.643,75

(*) Recursos da Administração Direta ou Indireta de Prefeituras, Governos Estaduais ou do Distrito
Federal, envolvidos na execução do projeto.
(**) Outros incentivos fiscais previstos em Leis Federais, Estaduais, Municipais ou Distrito Federal.
(***) Outros recursos envolvidos na execução do projeto, cuja fonte não seja nenhuma das citadas
anteriormente.
(****) Receitas eventualmente geradas com a execução do projeto.
(*****) O cronograma de execução física e financeira e o orçamento analítico (formulários XI, XII e
XIII), deverão ser elaborados com base no valor pleiteado para efeito dos benefícios que trata a Lei nº
11.438/06.
Observação: O custeio das ações no valor pleiteado para efeito dos benefícios da Lei nº 11.438/06,
não poderá estar duplicado nas outras fontes de recursos.
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TCC Márcio Pires - Universidade Gama Filho

  • 1. UNIVERSIDADE GAMA FILHO Centro de Pós-Graduação e Pesquisa PROJETO VISÃO OLÍMPICA 2012 Márcio Pires Antonio SÃO PAULO 2008
  • 2. Márcio Pires Antonio PROJETO VISÃO OLÍMPICA 2012 Projeto apresentado à Universidade Gama Filho, como requisito parcial para obtenção do título de especialista em Administração e Marketing Esportivo SÃO PAULO 2008
  • 3. Para Paula, amiga e diretora do Centro Olímpico, pela oportunidade, conselhos, inspiração e liderança. E para todos os funcionários do Centro Olímpico pelo apoio direto e indireto.
  • 4. Projeto Visão Olímpica 2012|4 SUMÁRIO APRESENTAÇÃO.................................................................................................. 5 DIAGNÓSTICO ...................................................................................................... 7 OBJETIVOS ......................................................................................................... 16 METAS ................................................................................................................. 18 MÉTODO .............................................................................................................. 19 RECURSOS HUMANOS ...................................................................................... 22 RECURSOS INSTITUCIONAIS ........................................................................... 23 RECURSOS FINANCEIROS ................................................................................ 24 COORDENAÇÃO ................................................................................................. 25 CRONOGRAMA ................................................................................................... 26 AVALIAÇÃO ........................................................................................................ 27 BIBLIOGRAFIA .................................................................................................... 28 ANEXO 1: Imagens ............................................................................................. 30 ANEXO 2: Sugestões de marketing .................................................................. 36 ANEXO 3: Currículo resumido da diretora do Centro Olímpico ..................... 38 ANEXO 4: Informações detalhadas sobre o Centro Olímpico ........................ 39 ANEXO 5: Documentação para apresentação ao Ministério do Esporte ....... 49 ANEXO 6: Formulários para apresentação ao Ministério do Esporte ............ 51 Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa / Associação Desportiva Centro Olímpico
  • 5. Projeto Visão Olímpica 2012|5 APRESENTAÇÃO O Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa Marechal Mário Ary Pires (COTP) é um equipamento da Secretaria Municipal de Esportes, Lazer e Recreação da Cidade de São Paulo (SEME) criado em 1976. Sua missão é promover o desenvolvimento de atletas e equipes competitivas nas categorias de base, com apoio e suporte técnicos efetivos (São Paulo, 2008b), ou, de outra maneira, oferecer treinamento esportivo gratuito para crianças e adolescentes com o objetivo de formar atletas e equipes de competição. A visão que o equipamento projeta para seu futuro é ser um centro de excelência em esporte no município de São Paulo, formando e encaminhando atletas de alto rendimento para o esporte brasileiro. Cerca de 900 crianças e adolescentes, com idades basicamente entre sete a 17 anos, treinam no Centro Olímpico e disputam os campeonatos mais importantes das suas faixas etárias, num trabalho que prioriza a participação em competições realizadas por federações paulistas e confederações brasileiras de cada uma de suas 10 modalidades: atletismo, basquete, boxe, futebol, ginástica artística, handebol, judô, luta olímpica, natação e voleibol. O foco do equipamento, portanto, é o esporte de alto rendimento não-profissional, especificamente nas categorias de base. Trabalhando de maneira complementar, existe a Associação Desportiva Centro Olímpico, entidade esportiva responsável pela inscrição dos atletas que treinam no Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa em competições e pelo gerenciamento administrativo, financeiro e logístico das atividades desenvolvidas pelas modalidades (Associação, 2007b). Assim, para melhor entendimento do leitor, enfatiza-se aqui que o Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa é um local físico público e a Associação Desportiva Centro Olímpico é uma entidade jurídica privada Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa / Associação Desportiva Centro Olímpico
  • 6. Projeto Visão Olímpica 2012|6 de natureza esportiva sem fins econômicos (vide anexo 5). Uma característica comum a todos os equipamentos e serviços públicos brasileiros é a suscetibilidade às mudanças periódicas de administrações, pois cada uma destas possui suas próprias prioridades dentro do seu momento histórico e político de atuação. No entanto, a prática do esporte de alto rendimento no Centro Olímpico e sua conseqüente exigência de recursos específicos para a realização de treinamentos especializados e participações em competições são itens fortemente impactados pelas mudanças de disponibilidade de recursos orçamentários e institucionais, as quais colaboraram em grande parte para gerar uma subutilização do equipamento ao longo de seus quase 32 anos de existência. O Projeto Visão Olímpica 2012 propõe um conjunto de ações visando o aprimoramento do trabalho hoje desenvolvido para que o Centro Olímpico possa, além de cumprir melhor sua missão atual, aproximar-se de sua visão almejada, tomando por base os Jogos Olímpicos que acontecerão daqui a quatro anos. No entanto, por se tratar de um projeto abrangente, o trabalho apresentado cobre inicialmente um ano de atuação, período ao final do qual será reavaliado para discussão dos resultados obtidos. Para isto, será apresentado um plano de trabalho que possa ser enquadrado na Lei Federal de Incentivo ao Esporte nº 11.438 publicada por Brasil (2008) e que possibilite à Associação o aporte de novos recursos oriundos da iniciativa privada. A proposta é investir contra a subutilização do Centro Olímpico, garantir maior segurança contra as mudanças políticas, gerar maior autonomia administrativa, alcançar maior visibilidade para o serviço oferecido à população e possibilitar retorno institucional para os patrocinadores envolvidos. Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa / Associação Desportiva Centro Olímpico
  • 7. Projeto Visão Olímpica 2012|7 DIAGNÓSTICO Conforme aprofundado no anexo 5, as mudanças dos cenários político e esportivo durante as mais de três décadas de existência do Centro Olímpico criaram pontos que hoje podem ser considerados gargalos que dificultam o andamento do trabalho. Entretanto, também consideramos forças e oportunidades que não podem ser desprezadas para o bom desenvolvimento do Projeto Visão Olímpica 2012. A seguir, destacaremos cada ponto isoladamente. Gargalos Volatilidade política Apenas como ilustração, destacamos que desde 2005 a cidade de São Paulo teve dois prefeitos e três secretários municipais na pasta de esportes, cada um com seu próprio olhar a respeito do Centro Olímpico. O próprio equipamento, que hoje atravessa uma fase de relativa estabilidade, com a atual diretora completando o seu sexto ano de mandato em duas gestões diferentes, passou por seis administrações diferentes nos últimos 10 anos (Associação, 2007c). Em função da reduzida velocidade com que os processos internos se desenvolvem, cada nova gestão perde meses consideráveis até que tenha plena consciência de todos os detalhes do trabalho cotidiano e adquira uma razoável agilidade profissional. Além disso, cada eventual mudança de prioridade administrativa por parte das instâncias administrativas superiores ao Centro Olímpico representa um risco considerável para as atividades realizadas. Por fim, a constante troca de comando político implica na ausência de uma efetiva integração entre o Centro Olímpico e outras unidades da SEME, o que também implica que as outras unidades (mais de 40 Clubes da Cidade e mais de Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa / Associação Desportiva Centro Olímpico
  • 8. Projeto Visão Olímpica 2012|8 200 Clubes da Comunidade) não indiquem ao COTP crianças e adolescentes que poderiam ser avaliados visando uma possível carreira esportiva. Recursos humanos O equipamento continua com o mesmo organograma de 1976 (São Paulo, 1976), quando foi projetado com uma finalidade bastante diferente da atual. O organograma contempla cada seção técnica, como são chamadas as modalidades, com apenas um técnico, sendo que os outros postos necessários são ocupados por servidores públicos pertencentes ao quadro da SEME conforme a disponibilidade de pessoal – que muitas vezes não existe. Um agravante é que os servidores possuem cargas de trabalho diferenciadas entre si, com jornadas de quatro, seis ou oito horas diárias. Com o passar dos anos, soluções alternativas e informais foram sendo incorporadas ao funcionamento padrão da unidade, como a presença cada vez maior de voluntários e estagiários, que hoje já somam mais de 50% do total de postos da área técnica, além de profissionais de outras unidades da SEME que passam a fazer parte das comissões técnicas sem conhecimento mais aprofundado da modalidade. Em todos os casos, os chefes de seção acabam sendo sobrecarregados, pois precisam fazer a formação dos outros profissionais além de coordenar o trabalho cotidiano. Outra solução alternativa incorporada são os chamados “desvios de função”, com servidores que, por possuírem formação em Educação Física, deixam de exercer sua função para serem aproveitados nas comissões técnicas. Esta situação cria “chefes de seção” que ocupam a coordenação da modalidade mas que Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa / Associação Desportiva Centro Olímpico
  • 9. Projeto Visão Olímpica 2012|9 recebem um salário menor que seus pares em função de seu cargo não existir formalmente. Vale ressaltar que esta situação não se limita à área técnica. Na área médica, também há um déficit de profissionais e, mais importante, uma equipe que não possui um perfil especializado em medicina esportiva. O problema dos desvios de função também é sentido aqui: os cargos do responsável pela coordenação dos setores de medicina, enfermagem, odontologia, psicologia, fisioterapia e serviço social e do responsável pela produção de conhecimento a partir de pesquisas com os atletas não estão disponíveis para o Centro Olímpico. Com este quadro, a questão de recursos humanos acaba pressionando a própria – e reduzida – equipe responsável pela alta administração do equipamento, que é composta apenas pela diretora, seus dois assistentes diretos, um coordenador técnico e o presidente da Associação Desportiva, e que acaba desempenhando uma quantidade maior de atividades operacionais do que de atividades de planejamento. Processos internos Há uma grande quantidade de atividades desenvolvidas pelas 10 modalidades do Centro Olímpico. Somente no mês de outubro de 2007 foram mais de 70 competições disputadas. No entanto, não há no equipamento um sistema de informações centralizado, o que dificulta tanto o acompanhamento dos resultados por parte da diretoria como a produção de relatórios anuais das atividades desempenhadas. Pitts e Stotlar (2002) estimam que os executivos do esporte utilizem cerca de 80% de seu tempo intercambiando informações. Desta forma, a falta de um sistema de informações no Centro Olímpico pode ser vista como um fator que contribui para a diminuição da qualidade do Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa / Associação Desportiva Centro Olímpico
  • 10. P r o j e t o V i s ã o O l í m p i c a 2 0 1 2 | 10 trabalho. Outra vez vemos a carência de servidores públicos, aqui se refletindo na ausência de profissionais no setor de informática em número suficiente para o desenvolvimento de uma ferramenta que facilite a tomada de decisões gerenciais. Agilidade de compras Outro gargalo é a aquisição de materiais e a contratação de serviços. Para a garantia da lisura dos processos de compras públicas, existe a necessidade de um rigoroso detalhamento de especificações técnicas, o que, por força da falta de profissionais no departamento de compras e em outras áreas da SEME, já chegou a provocar demoras de mais de dois anos para a compra de materiais de primeira necessidade como uniformes para treinamento, materiais elétricos e outros produtos de uso rotineiro. Já a contratação de serviços corriqueiros de manutenção, como poda de árvores, muitas vezes esbarra na necessidade do agrupamento das contratações de serviços do Centro Olímpico com as outras unidades da Secretaria. No entanto, mais uma vez a morosidade interna acaba por fazer com que vários serviços deixem de ser contratados e executados. Comunicação A despeito das limitações aqui apresentadas, o Centro Olímpico pode ser considerado uma força dentro do esporte de base na cidade de São Paulo. Porém, esta é uma condição desconhecida pelo grande público, mesmo com a unidade tendo uma localização nobre dentro da zona sul do município. Esta situação tanto ocorre por força da falta de comunicação visual sinalizando a entrada do equipamento quanto pela própria falta de cobertura jornalística sobre o esporte de Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa / Associação Desportiva Centro Olímpico
  • 11. P r o j e t o V i s ã o O l í m p i c a 2 0 1 2 | 11 base, além da postura de grande parte dos veículos de comunicação de não divulgarem serviços prestados pelo poder público a não ser em caso de falhas. Vulnerabilidade do público-alvo Embora o serviço oferecido pelo Centro Olímpico possa ser considerado de bom nível técnico, com diversas modalidades disputando os primeiros lugares de suas competições e muitas vezes sagrando-se vencedoras, uma queixa comum a vários chefes de seção é a dificuldade de reter seus principais atletas quando estes são assediados por outras agremiações que disputem as mesmas competições. Lembrando que o público usuário do Centro Olímpico é composto em grande parte por crianças e adolescentes de famílias de baixa renda e que não poderiam pagar pela prática desportiva em uma instituição particular, os relatos referem-se ao sentimento de possibilidade de ascensão financeira e social que os atletas passam a ter a partir do momento que se transferem para clubes particulares. A principal causa citada é a possibilidade do atleta, por meio dos contatos pessoais que passam a ser realizados em seu novo clube com sócios, técnicos e outros atletas, conseguir bolsas de estudos, empregos ou pura e simplesmente relacionamentos pessoais com indivíduos de outras camadas sociais. Os relatos citados por profissionais do Centro Olímpico encontram correspondência no fenômeno relatado especificamente sobre o futebol por Nunes (2006). Outro fator de perda de atletas é o fato de que muitas vezes os adolescentes sofrem pressão de seus pais para que deixem a prática da modalidade e passem a contribuir com a renda familiar encontrando um emprego, principalmente entre os maiores de 15 anos. Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa / Associação Desportiva Centro Olímpico
  • 12. P r o j e t o V i s ã o O l í m p i c a 2 0 1 2 | 12 Oportunidades Interesse por Responsabilidade Social Empresarial Nos últimos anos, a Responsabilidade Social Empresarial tornou-se um tema de extremo interesse para corporações de todos os tamanhos. A imagem que os consumidores têm de produtos, serviços e companhias passou muitas vezes a estar atrelada às suas atitudes e iniciativas para com seus fornecedores, funcionários, clientes e a comunidade em geral. Instituto (2003) declara que a Responsabilidade Social Empresarial (RSE) tornou-se um fator de competitividade para os negócios, pelo retorno que traz em termos de reconhecimento de imagem e de melhores condições de competir no mercado, além de contribuir substancialmente para o futuro do país. Com isso, numerosas empresas passaram a apoiar projetos que sinalizem a seus diversos públicos a adoção de uma postura de respeito e comprometimento com o bem comum. Mais uma vez, é importante frisar que o Centro Olímpico não é um projeto com preocupações prioritariamente sociais e sim técnicas, que focam o trabalho esportivo de alto rendimento nas categorias de base. No entanto, por se tratar de um equipamento público, que por esta razão atende a uma população muitas vezes vulnerável, muitas vezes é confundido por interlocutores externos com um projeto social. Lei de Incentivo ao Esporte Nos moldes da Lei Federal de Incentivo à Cultura, Brasil (2008) criou e regulamentou a Lei Federal de Incentivo ao Esporte, permitindo que pessoas jurídicas de direito público ou privado sem finalidade econômica de natureza Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa / Associação Desportiva Centro Olímpico
  • 13. P r o j e t o V i s ã o O l í m p i c a 2 0 1 2 | 13 esportiva possam apresentar, executar e prestar contas de projetos desportivos ou paradesportivos (entendidos como conjuntos de ações organizadas e sistematizadas por entidades de natureza esportiva, destinados à implementação, à prática, ao ensino, ao estudo, à pesquisa e ao desenvolvimento do desporto), sendo que patrocínios e doações para a realização destes projetos possam ser descontados do Imposto de Renda devido por pessoas físicas e jurídicas. Associação Desportiva Centro Olímpico A criação em 1981 do Clube Desportivo Padote, atual Associação Desportiva Centro Olímpico, teve a finalidade de eliminar uma barreira que impedia que os atletas das equipes do COTP disputassem competições contra atletas de clubes, já que os regulamentos de confederações, federações, ligas esportivas e demais entidades organizadoras proíbem a inscrição de órgãos públicos nas disputas esportivas. Porém, os últimos anos demonstraram que a Associação possui potencial para ser mais do que um instrumento para federar atletas. Em 2003, a Prefeitura de São Paulo passou a permitir a co-participação entre clubes da capital e o poder público. Surgiu assim o primeiro convênio entre a Prefeitura, por meio da SEME, e o então Padote, possibilitando que o Centro Olímpico pudesse começar a sistematizar seu planejamento financeiro. Ainda hoje, a quase totalidade das receitas da Associação provém deste convênio. Vale dizer que esta não é uma solução adotada unicamente pelo município de São Paulo: numerosas cidades do interior paulista utilizam mecanismos semelhantes, até com mais ênfase do que a capital estadual, já que a disputa dos Jogos Abertos do Interior mobiliza fortemente as populações de cada município. Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa / Associação Desportiva Centro Olímpico
  • 14. P r o j e t o V i s ã o O l í m p i c a 2 0 1 2 | 14 Outro aspecto a ser destacado é a já existência de contratos firmados entre a Associação e empresas que patrocinam três modalidades do Centro Olímpico (futebol, judô e voleibol) e que podem ser potencializados a partir de agora, com a Lei de Incentivo ao Esporte (São Paulo, 2007a). Para Rein, Kotler e Shields (2008), patrocinadores esportivos são um elemento que proporciona,entre outros aspectos, suporte financeiro e exposição. No entanto, os autores avaliam duas possibilidades distintas: se uma instituição esportiva aceitar um grau muito amplo de envolvimento de seu patrocinador, seus torcedores podem ver nisto uma intromissão comercial inadmissível. Por outro lado, sem um patrocinador, a marca esportiva pode ter problemas quanto à sua própria sobrevivência. Concluindo, os autores consideram necessária uma preocupação com a manutenção de um equilíbrio entre as duas possibilidades. União do poder público e iniciativa privada Há diversas declarações de membros do poder executivo e legislativo brasileiro em favor das chamadas Parcerias Público-Privadas e de outras formas de trabalhos conjuntos entre o poder público e iniciativa privada. Não é o foco deste trabalho se aprofundar neste assunto, mas é interessante destacar um caso existente na própria cidade de São Paulo: a administração do Auditório Ibirapuera, equipamento cuja gestão fica a cargo de uma Oscip (Organização Social de Interesse Público) cujas receitas provêm de um convênio firmado com a empresa de telefonia Tim e a Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Cultura (Auditório, 2008). Assim, vê-se um precedente na administração municipal para a captação de recursos da iniciativa privada visando a gestão de equipamentos com uma melhor qualidade e agilidade. Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa / Associação Desportiva Centro Olímpico
  • 15. P r o j e t o V i s ã o O l í m p i c a 2 0 1 2 | 15 A Secretaria Municipal de Esportes, Lazer e Recreação já desenvolveu um projeto que tem como objetivo passar o gerenciamento de Clubes da Cidade, Clubes da Comunidade e outros clubes municipais para organizações sociais sem fim lucrativo (Furlan, 2007). Vislumbra-se então uma possibilidade de que a Associação Desportiva Centro Olímpico possa no futuro assumir formalmente todo o gerenciamento do Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa. Conclusão Em face de todos os aspectos descritos anteriormente, pode-se considerar de grande importância para o fomento do esporte de rendimento brasileiro o aproveitamento das atuais possibilidades macro ambientais para iniciar uma etapa de desenvolvimento planejado no Centro Olímpico, captando recursos - financeiros ou em forma de parcerias, produtos ou serviços - visando seu desenvolvimento em aspectos que não podem ser completamente resolvidos pelo poder público. Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa / Associação Desportiva Centro Olímpico
  • 16. P r o j e t o V i s ã o O l í m p i c a 2 0 1 2 | 16 OBJETIVOS Objetivo geral Planejar, implantar e avaliar um conjunto de ações visando a melhoria geral do trabalho voltado à prática do esporte de alto rendimento não-profissional nas categorias de base desenvolvido no Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa. Objetivos específicos 1. Aumentar o volume de recursos próprios da Associação Desportiva, aumentando sua autonomia administrativa, sua agilidade de compras e minimizando as flutuações causadas por mudanças político-partidárias. 2. Possibilitar a contratação de recursos humanos qualificados para reforçar o quadro do Centro Olímpico nas áreas técnica, médica e de gestão. 3. Desenvolver um sistema de informações que possibilite o armazenamento, avaliação e controle do trabalho desenvolvido de maneira completa, clara e rápida. 4. Divulgar o trabalho realizado pelo Centro Olímpico, aumentando seu conhecimento por parte da população e posicionando o equipamento como uma referência em esporte de rendimento de base, associando-o à cidade, ao conceito de vitória e ainda posicionando-o adicionalmente como um serviço público que atinge um público-alvo em grande parte socialmente desfavorecido. 5. Apoiar diretamente os atletas do Centro Olímpico, oferecendo benefícios que aumentem sua adesão aos treinamentos e que ofereçam um estímulo contrário aos assédios de outras agremiações e às preocupações com as necessidades financeiras de suas próprias famílias. Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa / Associação Desportiva Centro Olímpico
  • 17. P r o j e t o V i s ã o O l í m p i c a 2 0 1 2 | 17 6. Aumentar o número de atletas treinando no Centro Olímpico, como conseqüência da contratação de profissionais e do oferecimento dos benefícios citados nos itens anteriores. 7. Apresentar sugestões, usando ferramentas de marketing, para que o patrocinador do Projeto Visão Olímpica 2012, caso deseje, possa aproveitar a visibilidade do trabalho desenvolvido para a sua própria comunicação institucional. Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa / Associação Desportiva Centro Olímpico
  • 18. P r o j e t o V i s ã o O l í m p i c a 2 0 1 2 | 18 METAS Cada um dos objetivos específicos citados anteriormente pode ser traduzido em uma meta mensurável. Na tabela a seguir, são apresentados os dados correspondentes. Item Objetivo Meta Indicador 1 Aumentar o volume de Captar 100% dos Recursos efetivamente recursos próprios da recursos constantes na captados Associação Desportiva planilha de recursos financeiros 2 Contratar recursos Contratar 100% dos Recursos efetivamente humanos qualificados recursos constantes na contratados planilha de recursos humanos 3 Desenvolver um sistema Desenvolver uma Acesso a relatórios de informações ferramenta informatizada gerenciais, com para armazenamento, informações técnicas e avaliação e controle do financeiras em tempo real trabalho 4 Aumentar o número de Atingir 1.500 atletas Controle de inscrição de atletas em treinamento inscritos no Centro atletas Olímpico 5 Divulgar o trabalho Posicionar, em dois anos, Pesquisa quantitativa a realizado pelo Centro a marca do Centro ser realizada Olímpico Olímpico como a mais lembrada no esporte de base na cidade de São Paulo 6 Apoiar diretamente os Oferecer 500 bolsas- Quantidade de atletas atletas do Centro atletas, 500 cestas atendidos Olímpico básicas e 500 cursos de inglês mensais 7 Apresentar sugestões, Desenvolver plano de Material apresentado no usando ferramentas de sugestões de marketing anexo 2 marketing, para o patrocinador do Projeto Visão Olímpica 2012 Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa / Associação Desportiva Centro Olímpico
  • 19. P r o j e t o V i s ã o O l í m p i c a 2 0 1 2 | 19 MÉTODO Todo o projeto de ação aqui apresentado baseia-se na captação de recursos proporcionada pelos mecanismos de renúncia fiscal constantes na Lei de Incentivo ao Esporte n° 11.438/06 (Brasil, 2006), que foi regulamentada pelo governo federal brasileiro por meio do decreto n° 6.180 (Brasil, 2007) e posteriormente alterada pela Lei n º 11.472 (Brasil, 2007). A Lei permite que patrocínios e doações para a realização de projetos desportivos e paradesportivos sejam descontados do Imposto de Renda devido por pessoas físicas e jurídicas. Assim, o primeiro passo deverá ser a adaptação do Projeto Visão Olímpica 2012 à formatação exigida pelo Ministério do Esporte. Embora muitas das informações solicitadas sejam as mesmas apresentadas neste documento, é necessário que as mesmas sejam transportadas para os formulários oficiais (Brasil, 2007). Desta forma, deverá ser feito o download de arquivos específicos para tal fim no site do Ministério do Esporte. No mesmo site, a Associação deverá ser cadastrada como sendo a entidade esportiva proponente do projeto. Com isso, a Associação ganhará um número de registro para que seu processo possa ser acompanhado. Por fim, os formulários deverão ser preenchidos e enviados juntamente com a documentação devida para o Ministério. Para referência, os formulários disponibilizados por Brasil (2007) e já preenchidos com os dados necessários para o desenvolvimento deste projeto encontram-se no anexo 6. A seguir, o Ministério fará a análise de todo o material. Sendo aprovado, o Projeto Visão Olímpica 2012 poderá receber recursos incentivados fiscalmente. De acordo com o decreto 6.180, pessoas físicas poderão descontar até 6% do Imposto de Renda devido, e pessoas jurídicas, até 1%. Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa / Associação Desportiva Centro Olímpico
  • 20. P r o j e t o V i s ã o O l í m p i c a 2 0 1 2 | 20 É importante frisar que a aprovação do Projeto Visão Olímpica 2012 pelo Ministério não quer dizer que qualquer recurso financeiro passe a estar imediatamente disponível. Pelo contrário: a aprovação do projeto é apenas a oficialização de que o mesmo está enquadrado na Lei de Incentivo e que pode ser apresentado para potenciais doadores e/ou patrocinadores. Neste ponto, portanto, é necessária a captação de recursos, que deverá ser feita por uma empresa contratada para este fim específico. Após a efetiva captação e disponibilização dos recursos, a primeira ação será a criação de um “marco zero” para os indicadores de desempenho, com a aplicação de uma pesquisa visando captar qual é o grau de satisfação dos funcionários e dos atletas com as condições de trabalho e com o serviço prestado pelo Centro Olímpico. Segundo Kotler e Lee (2008), o “feedback” dos cidadãos é um componente central da avaliação de programas e campanhas e pode ser usado na avaliação de programas e serviços públicos. Na seqüência, será reforçada a equipe de trabalho. Serão contratados três coordenadores técnicos, sendo um para as modalidades coletivas, um para as modalidades de lutas (boxe, judô e luta olímpica) e um para as modalidades de performance (atletismo, ginástica artística e natação), sendo que a atual coordenação passará a supervisionar os três novos postos. Cada uma das 10 modalidades citadas terá um preparador físico exclusivo e 17 novos técnicos serão distribuídos conforme a necessidade de cada seção técnica. A área clínica também será reforçada com mais quatro médicos, duas enfermeiras e uma profissional responsável pelo diagnóstico e acompanhamento nutricional dos atletas. Por fim, a diretoria passará a contar com dois estagiários de gestão esportiva. Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa / Associação Desportiva Centro Olímpico
  • 21. P r o j e t o V i s ã o O l í m p i c a 2 0 1 2 | 21 A supervisão técnica e a assistência social do Centro Olímpico deverão elaborar em conjunto um estudo selecionando 500 atletas para receber uma bolsa- atleta no valor de R$ 380,00 (um salário mínimo em dezembro de 2007), uma cesta básica e um curso de inglês básico, sempre priorizando os atletas com melhor nível técnico. Uma empresa especializada deverá desenvolver uma intranet: um sistema gerencial informatizado com uma base de informações unificada, integrando todos os departamentos e possibilitando em tempo real o acompanhamento do trabalho realizado por todas as áreas. Esta empresa deverá manter contato constante com o Setor de Serviços de Informática da SEME para a realização do trabalho, sendo que todo o trabalho desenvolvido deverá ter seus códigos-fonte entregues para a Prefeitura de São Paulo. Também deverá ser contratada uma empresa de assessoria de imprensa que será responsável pela produção de releases informativos e criação de pautas para veículos de comunicação sobre as atividades desenvolvidas e resultados alcançados. Esta empresa deverá manter contato constante com a Assessoria de Imprensa da SEME para potencializar o trabalho de ambos os lados e evitar eventuais duplicidades. Outra empresa deverá ser contratada para a prestação de serviços de manutenção rotineiros, como pequenas pinturas, reparos elétricos, podas de árvores etc. Com o trabalho de divulgação e a disponibilidade de novos profissionais, a capacidade de atendimento deverá atingir a meta de 1.500 atletas, representando um crescimento de 66% em relação ao número atual, além da melhoria da qualidade do trabalho. Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa / Associação Desportiva Centro Olímpico
  • 22. P r o j e t o V i s ã o O l í m p i c a 2 0 1 2 | 22 RECURSOS HUMANOS Os recursos humanos envolvidos no Projeto Visão Olímpica 2012 podem ser divididos em duas partes: os que já existem no Centro Olímpico e aqueles que passarão a compor a equipe, sendo contratados como prestadores de serviços. Dada a importância da proposta, será necessária não só a participação de toda a atual equipe de funcionários, estagiários e voluntários (77 pessoas, no total), como um cuidadoso trabalho de integração para que não haja estranhamento ou rejeição dos novos colegas por parte da equipe atual, o que poderia dividir o Centro Olímpico em duas turmas, os funcionários “antigos e da Prefeitura” e os “novos e do projeto”. Os novos recursos, como citado no método, serão os seguintes: • Três coordenadores técnicos com experiência competitiva em pelo menos uma das modalidades a serem trabalhadas; • 10 preparadores físicos com experiência competitiva em sua modalidade; • 17 técnicos de educação física com experiência competitiva em sua modalidade; • Quatro médicos com especialização em medicina esportiva; • Duas enfermeiras com especialização em medicina esportiva; • Uma nutricionista especializada em nutrição esportiva; • Dois estagiários de gestão esportiva. A diretoria do Centro Olímpico será a responsável pela coordenação do Projeto Visão Olímpica 2012. Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa / Associação Desportiva Centro Olímpico
  • 23. P r o j e t o V i s ã o O l í m p i c a 2 0 1 2 | 23 RECURSOS INSTITUCIONAIS Todas as áreas do Centro Olímpico serão utilizadas para o desenvolvimento dos trabalhos: • Três quadras poliesportivas para basquete, vôlei, futsal e handebol; • Piscina olímpica coberta e aquecida; • Ginásio para ginástica artística; • Dojô para a prática do judô; • Sala para luta olímpica; • Dois campos de futebol; • Pista de atletismo; • Academia de boxe; • Área clínica (setores de medicina, enfermagem, odontologia, fisioterapia, psicologia e assistência social) • Auditório para 100 pessoas. Também deverão ser utilizados os departamentos de apoio institucional disponíveis na SEME: • Assessoria Jurídica; • Departamento de Convênios; • Assessoria de Comunicação; • Setor de Serviços de Informática; • Coordenadoria de Recursos Humanos. Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa / Associação Desportiva Centro Olímpico
  • 24. P r o j e t o V i s ã o O l í m p i c a 2 0 1 2 | 24 RECURSOS FINANCEIROS Os custos abaixo foram estimados usando-se o parâmetro de um ano. RESUMO FINANCEIRO (em R$) Recurso Valor unitário Valor mensal Valor anual RECURSOS HUMANOS 3 coordenadores técnicos 3.652,70 10.958,10 131.497,20 17 técnicos 2.435,14 41.397,38 496.768,56 10 preparadores físicos 2.029,28 20.292,80 243.513,60 4 médicos 3.459,00 13.836,00 166.032,00 2 enfermeiras 2.075,40 4.150,80 49.809,60 1 nutricionista 2.651,90 2.651,90 31.822,80 2 estagiários de gestão 576,50 1.153,00 13.836,00 TOTAL RECURSOS HUMANOS 94.439,98 1.133.279,76 APOIO DIRETO AO ATLETA 500 bolsas-atletas 380,00 190.000,00 2.280.000,00 500 cestas básicas 184,00 92.000,00 1.104.000,00 500 cursos de inglês 150,00 75.000,00 900.000,00 TOTAL APOIO DIRETO AO ATLETA 357.000,00 4.284.000,00 OUTROS RECURSOS Assessoria de imprensa 10.000,00 10.000,00 120.000,00 Manutenção e jardinagem 5.000,00 5.000,00 60.000,00 Sistema de gestão 30.000,00 - 30.000,00 TOTAL OUTROS 210.000,00 SUBTOTAL 5.627.279,76 SERVIÇOS DE PRODUÇÃO Consultoria e captação de recursos (5% sobre o subtotal) 281.363,99 TOTAL GERAL 5.908.643,75 Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa / Associação Desportiva Centro Olímpico
  • 25. P r o j e t o V i s ã o O l í m p i c a 2 0 1 2 | 25 COORDENAÇÃO O Projeto Visão Olímpica 2012 será coordenado pela diretora do Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa, Maria Paula Gonçalves da Silva, cujo currículo se encontra no anexo 3, assessorada diretamente por sua equipe de trabalho no equipamento, a qual acompanhará na prática as atividades desenvolvidas pelas empresas contratadas e o envolvimento dos recursos institucionais da SEME. Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa / Associação Desportiva Centro Olímpico
  • 26. P r o j e t o V i s ã o O l í m p i c a 2 0 1 2 | 26 CRONOGRAMA Período Ação 01 a 15.01.2008 Elaboração e revisão do projeto 16.01.2008 Apresentação do projeto ao Ministério 17 a 31.01.2008 (estimativa) Análise e aprovação pelo Ministério 11 a 29.02.2008 1. Adaptação do projeto a eventuais correções do Ministério 2. Elaboração da sistemática a ser utilizada para a captação de recursos 01.03 a 31.05.2008 Captação de recursos 01 a 30.06.2008 Contratação de recursos, produtos e serviços 01.07 a 15.12.2008 Primeiro semestre de funcionamento do Projeto Visão Olímpica 2012 16.12.2008 a 31.01.2009 Avaliação dos trabalhos desenvolvidos no primeiro semestre do Projeto 01.02 a 30.06.2009 Segundo semestre do Projeto Visão Olímpica 2012 01.02 a 30.06.2009 Renovação e, caso possível, ampliação da captação de recursos visando o segundo ano do Projeto 01 a 31.07.2009 Avaliação dos trabalhos desenvolvidos no segundo semestre do Projeto Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa / Associação Desportiva Centro Olímpico
  • 27. P r o j e t o V i s ã o O l í m p i c a 2 0 1 2 | 27 AVALIAÇÃO A avaliação do Projeto Visão Olímpica 2012 será realizada pela direção do Centro Olímpico, que deverá apresentar relatórios semestrais à SEME e às empresas aportadoras de recursos no projeto. As avaliações deverão apresentar os indicadores contidos nas metas deste documento, mas não se limitar aos mesmos. Além de todos os indicadores parciais ali enfocados, como valores captados, recursos humanos contratados, atletas inscritos, grau de conhecimento do Centro Olímpico por não-usuários, cestas básicas e cursos de inglês ofertados, deverá ser repetida anualmente a pesquisa de satisfação com as condições de trabalho e com a qualidade do serviço prestado para que possa ser sempre mensurada a evolução dos resultados obtidos. Embora a melhoria dos resultados técnicos não tenha sido em nenhum momento citada neste trabalho, que tem o foco de sanar diversos gargalos de natureza estrutural, entende-se que naturalmente uma melhor estrutura possa refletir-se em melhores resultados nas competições, mesmo que estes não aconteçam imediatamente. Assim, um estudo comparativo detalhado por cada categoria (faixa etária) deverá ser realizado, mostrando quais os resultados alcançados por cada modalidade em alguns marcos indicadores: • Julho de 2007 (doze meses antes do início do Projeto Visão Olímpica 2012) • Dezembro de 2007 (seis meses antes do início) • Julho de 2008 (início do Projeto) • Dezembro de 2008 (seis meses de Projeto) • Julho de 2009 (doze meses de Projeto) Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa / Associação Desportiva Centro Olímpico
  • 28. P r o j e t o V i s ã o O l í m p i c a 2 0 1 2 | 28 BIBLIOGRAFIA ASSOCIAÇÃO Desportiva Centro Olímpico. Parceiros. São Paulo, 2007a. Disponível em: <http://www.adcentroolimpico.com.br/parceiros.html>. Acesso em: 08 jan. 2008. _______. Quem somos. São Paulo, 2007b. Disponível em: <http://www.adcentroolimpico.com.br/quem_somos.html>. Acesso em: 08 jan. 2008. _______. Relação de diretores. São Paulo, 2007c. Disponível em: <http://www.adcentroolimpico.com.br/diretores.html>. Acesso em: 08 jan. 2008. AUDITÓRIO Ibirapuera. Auditório Ibirapuera. São Paulo, 2008. Disponível em: <http://www.auditorioibirapuera.com.br/auditorio.html>. Acesso em: 08 jan. 2008. BRASIL. Decreto nº 6.180, de 03 de agosto de 2007 - Regulamenta a Lei nº 11.438, de 29 de dezembro de 2006, que trata dos incentivos e benefícios para fomentar as atividades de caráter desportivo. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 6 ago. 2007. Disponível em: <http://portal.esporte.gov.br/arquivos/leiIncentivo/Decreto_n6180_03082007.pdf> . Acesso em: 08 jan.2008. _______. Lei nº 11.438, de 29 de dezembro de 2006 - Dispõe sobre incentivos e benefícios para fomentar as atividades de caráter desportivo e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 29 dez. 2006, Edição Extra. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004- 2006/2006/Lei/L11438compilado.htm>. Disponível em: . Acesso em: 08 jan.2008. _______. Lei n º 11.472, de 2 de maio de 2007 - Altera e acresce dispositivos à Lei nº 11.438, de 29 de dezembro de 2006, que dispõe sobre incentivos e benefícios para fomentar as atividades de caráter desportivo. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 3 maio 2007. Disponível em: <http://portal.esporte.gov.br/arquivos/leiIncentivo/Lei_n11472_02052007.pdf> . Acesso em: 08 jan.2008. BRASIL. Ministério do Esporte. Formulários para apresentação de projeto. Brasília, 2007. Disponível em: <http://portal.esporte.gov.br/leiIncentivoEsporte/formularios.jsp>. Acesso em: 08 jan. 2008. FURLAN, Rodrigo. Prefeitura anuncia propostas de mudanças nos clubes esportivos. São Paulo, 19 mar. 2007. Disponível em: <http://www6.prefeitura.sp.gov.br/noticias/sec/esportes/2007/03/0042>. Acesso em: 08 jan. 2008a. INSTITUTO ETHOS DE EMPRESAS E RESPONSABILIDADE SOCIAL; SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS (SEBRAE). Responsabilidade social empresarial para micro e pequenas empresas: passo a passo. São Paulo, 2003. 70p. Disponível em: <http://www.uniethos.org.br/_Uniethos/Documents/responsabilidade_micro_empresa Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa / Associação Desportiva Centro Olímpico
  • 29. P r o j e t o V i s ã o O l í m p i c a 2 0 1 2 | 29 s_passo.pdf>. Acesso em: 08 jan. 2008. KOTLER, Philip; LEE, Nancy. Marketing no setor público: um guia para um desempenho mais eficaz. Porto Alegre: Bookman, 2008. 350 p. NUNES, Cauê. Jovens buscam ascensão social nos gramados. ComCiência: Revista Eletrônica de Jornalismo Científico, n.79, 10/08/2006. Disponível em <http://www.comciencia.br/comciencia/?section=8&edicao=16&id=159>. Acesso em: 08 jan. 2008. PITTS, Brenda G.; STOTLAR, David K. Fundamentos de marketing esportivo. São Paulo: Phorte, 2002. 324 p. REIN, Irving; KOTLER, Philip; SHIELDS, Ben. Marketing esportivo: a reinvenção do esporte na busca por torcedores. Porto Alegre: Bookman, 2008. 360 p. SÃO PAULO (Cidade). Decreto 12.593, de 3 de fevereiro de 1976. Cria na Secretaria Municipal de Esportes o Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa, e dá outras providências. Diário Oficial do Município, São Paulo, SP, 05 fev. 1976, p.1. SÃO PAULO (Cidade). Secretaria Municipal de Esportes, Lazer e Recreação. Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa: histórico. Disponível em: <http://portal.prefeitura.sp.gov.br/secretarias/esportes/centro_olimpico/historia/0002> . Acesso em: 08 jan. 2008b. Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa / Associação Desportiva Centro Olímpico
  • 30. P r o j e t o V i s ã o O l í m p i c a 2 0 1 2 | 30 ANEXO 1: Imagens Vista aérea Piscina Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa / Associação Desportiva Centro Olímpico
  • 31. P r o j e t o V i s ã o O l í m p i c a 2 0 1 2 | 31 Quadra de basquete Quadras poliesportivas Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa / Associação Desportiva Centro Olímpico
  • 32. P r o j e t o V i s ã o O l í m p i c a 2 0 1 2 | 32 Ginásio de ginástica artística Dojô para judô Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa / Associação Desportiva Centro Olímpico
  • 33. P r o j e t o V i s ã o O l í m p i c a 2 0 1 2 | 33 Quadra de handebol Auditório Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa / Associação Desportiva Centro Olímpico
  • 34. P r o j e t o V i s ã o O l í m p i c a 2 0 1 2 | 34 Montanaro, ex-atleta Fofão, ex-atleta Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa / Associação Desportiva Centro Olímpico
  • 35. P r o j e t o V i s ã o O l í m p i c a 2 0 1 2 | 35 Site: www.adcentroolimpico.com.br Uniformes do voleibol, basquete e agasalho de treinamento Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa / Associação Desportiva Centro Olímpico
  • 36. P r o j e t o V i s ã o O l í m p i c a 2 0 1 2 | 36 ANEXO 2: Sugestões de marketing Por existirem diversas modalidades, cada uma com seu próprio potencial de posicionamento, existem também inúmeras possibilidades de combinações de ações de marketing que podem ser trabalhadas por uma empresa apoiadora do Projeto Visão Olímpica 2012. Por esta razão, este documento não detalhará profundamente um plano de marketing mas sim sucintamente algumas sugestões que podem ser encampadas por patrocinadores. Assessoria de imprensa A visibilidade de um projeto deste porte pode ser potencializada por ações de assessoria de imprensa, focando pautas de responsabilidade social empresarial, apoio à infância e esporte de base, entre outras. Vale lembrar que a contratação de uma assessoria já está incluída na planilha financeira do Projeto e que pode trabalhar lado a lado com a estrutura de comunicação do apoiador. Site da A. D. Centro Olímpico O site, já em funcionamento e com atualização constante, publica resultados, próximas competições, calendários de peneiras seletivas, informações institucionais e dados sobre patrocinadores e parceiros. Ações promocionais de lançamento O lançamento do Projeto poderá utilizar o próprio espaço do Centro Olímpico, incluindo seu auditório. Outra possibilidade é a realização de uma corrida promocional, aproveitando a localização privilegiada do equipamento, que poderia Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa / Associação Desportiva Centro Olímpico
  • 37. P r o j e t o V i s ã o O l í m p i c a 2 0 1 2 | 37 passar por vias de grande circulação de Moema ou circundar o quase vizinho Parque do Ibirapuera. Aplicação do logotipo em uniformes de jogo O Centro Olímpico possui 14 equipes coletivas, cada uma com seu próprio jogo de uniformes, além de agasalho e uniformes de treinamento. Todo esse material pode receber a marca de apoiadores. Hospitality center As instalações do Centro Olímpico podem ser utilizadas para eventos esporádicos de marketing de relacionamento da empresa patrocinadora. Destacam- se o auditório, para palestras e reuniões, e as quadras poliesportivas, para campeonatos internos. Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa / Associação Desportiva Centro Olímpico
  • 38. P r o j e t o V i s ã o O l í m p i c a 2 0 1 2 | 38 ANEXO 3: Currículo resumido da diretora do Centro Olímpico Maria Paula Gonçalves da Silva, a Magic Paula, estreou na seleção brasileira adulta de basquete aos 14 anos, em 1976. Foram 24 anos nas quadras até sua despedida, no ano 2000. Campeã mundial na Austrália em 1994, campeã pan- americana em Cuba em 1991 e medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Atlanta em 1996, foi escolhida como Atleta do Ano pelo Comitê Olímpico Brasileiro em 1997, entre inúmeras outras conquistas. Após encerrar a carreira como jogadora, Paula especializou-se em gestão esportiva. Dirigiu o Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa da Prefeitura de São Paulo entre 2001 e 2003, onde reorganizou o funcionamento e reconstruiu a infra- estrutura de um dos principais centros esportivos brasileiros. Após ocupar o cargo de Secretária Nacional de Esportes de Alto Rendimento, órgão ligado ao Ministério dos Esportes, retornou ao Centro Olímpico no início de 2005. Paralelamente ao seu trabalho como administradora esportiva, Paula coordena o projeto social “Passe de Mágica”, que atende 400 crianças carentes em São Paulo, Diadema e Piracicaba, além de ministrar palestras motivacionais para empresas. Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa / Associação Desportiva Centro Olímpico
  • 39. P r o j e t o V i s ã o O l í m p i c a 2 0 1 2 | 39 ANEXO 4: Informações detalhadas sobre o Centro Olímpico Infra-estrutura A estrutura do Centro Olímpico inclui: • Três quadras poliesportivas para basquete, vôlei, futsal e handebol; • Piscina olímpica coberta e aquecida; • Ginásio para ginástica artística; • Dojô para a prática do judô; • Sala para luta olímpica; • Dois campos de futebol; • Pista de atletismo; • Academia de boxe; • Área clínica (setores de medicina, enfermagem, odontologia, fisioterapia, psicologia e assistência social) • Auditório para 100 pessoas. • Total de 10.000 m² de área construída e 50.000 m² de área total. Benefícios para os atletas As equipes de competição do Centro Olímpico contam com vários recursos gratuitos: • Técnicos especializados em cada modalidade; • Atendimento médico; • Atendimento odontológico; • Atendimento psicológico; • Atendimento social; • Atendimento fisioterapêutico; • Lanches; Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa / Associação Desportiva Centro Olímpico
  • 40. P r o j e t o V i s ã o O l í m p i c a 2 0 1 2 | 40 • Auxílio-transporte. Como participar As peneiras são testes de seleção para cada modalidade oferecida pelo Centro Olímpico. Para participar, o candidato deverá obrigatoriamente estar estudando e preferencialmente ter experiência na modalidade. O público-alvo do Centro Olímpico varia de sete a 17 anos de idade, mas algumas modalidades como boxe, judô e luta olímpica, pelas suas características, podem ultrapassar este limite. Os candidatos aprovados nas peneiras somente serão considerados aptos para o treinamento após uma avaliação médica. Modalidades, categorias e faixas etárias Atletismo (masculino e feminino) • Pré-mirim (11 e 12 anos) • Mirim (13 e 14 anos) • Menores (15 a 17 anos) • Juvenil (18 e 19 anos) Basquete (feminino) • Iniciação (até 11 anos) • Pré-mini (até 12 anos) • Mini (até 13 anos) • Mirim (até 14 anos) • Infantil (até 15 anos) Boxe (masculino e feminino) Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa / Associação Desportiva Centro Olímpico
  • 41. P r o j e t o V i s ã o O l í m p i c a 2 0 1 2 | 41 • Infantil (12 a 14 anos) • Cadete (15 e 16 anos) • Juvenil (17 e 18 anos) Futebol (feminino) • Sub-15 • Sub-17 • Sub-20 Ginástica artística (feminino) • Pré-infantil (8 a 10 anos) • Infantil (11 e 12 anos) • Juvenil (13 a 15 anos) • Adulto (16 anos) Handebol (feminino) • Pré-mirim (10 e 11 anos) • Mirim (12 anos) • Infantil (13 e 14 anos) • Cadete (15 e 16 anos) • Juvenil (17 e 18 anos) Judô (masculino e feminino) • Mirim (7 e 8 anos) • Infantil (9 e 10 anos) Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa / Associação Desportiva Centro Olímpico
  • 42. P r o j e t o V i s ã o O l í m p i c a 2 0 1 2 | 42 • Infanto-juvenil (11 e 12 anos) • Pré-juvenil (13 e 14 anos) • Juvenil (15 e 16 anos) • Júnior (17 a 19 anos) Luta olímpica (masculino e feminino) • Pré-escolar (7 a 10 anos) • Escolar (11 a 13 anos) • Cadete (14 a 16 anos) • Júnior (17 a 19 anos) Natação (masculino e feminino) • Pré-mirim (07 e 08 anos) • Mirim (09 e 10 anos) • Petiz (11 e 12 anos) • Infantil (13 e 14 anos) • Juvenil (15 e 16 anos) • Júnior (17 e 18 anos) Voleibol (masculino) • Pré-mirim (13 anos) • Mirim (14 anos) • Infantil (15 e 16 anos) • Infanto-juvenil (17 e 18 anos) Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa / Associação Desportiva Centro Olímpico
  • 43. P r o j e t o V i s ã o O l í m p i c a 2 0 1 2 | 43 Histórico detalhado do Centro Olímpico O Centro Olímpico foi criado em fevereiro de 1976 para receber os atletas do Programa Adote um Atleta, sendo uma unidade destinada ao aperfeiçoamento de atletas das categorias de base (crianças e adolescentes) que já fossem expoentes de suas modalidades e que tivessem potencial para integrar futuras seleções brasileiras adultas. Estes atletas treinavam meio período em seus clubes e meio período no Centro Olímpico. O Programa Adote Um Atleta foi idealizado pela Secretaria Municipal de Esportes, Lazer e Recreação da Cidade de São Paulo. A idéia era oferecer o Centro Olímpico para treinamentos de jovens atletas que seriam patrocinados pela iniciativa privada. No final da década de 1970, adolescentes como Hortência, Amauri, Ricardo Prado, Montanaro e outros, que ficariam mundialmente famosos alguns anos depois, foram beneficiados com um salário mínimo como estímulo para a continuidade de seus treinamentos. Paralelamente, havia o Programa de Ação Desportiva (PAD), outro programa municipal onde os antigos Centros Esportivos Educacionais (unidades dedicadas ao esporte de participação, atualmente conhecidas como Clubes da Cidade) trabalhavam de forma integrada com o Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa, indicando crianças e adolescentes com potencial para a prática esportiva de rendimento. Porém, com o passar dos anos e com as mudanças que aconteceram na própria estrutura do esporte dito "amador", o projeto inicial foi sofrendo interferências do ambiente externo. Empresas como Pirelli, Minercal, Bradesco, Supergasbrás e outras passaram a investir no marketing esportivo e preferiram criar suas próprias estruturas de treinamento, incluindo recursos que eventualmente não pudessem ser Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa / Associação Desportiva Centro Olímpico
  • 44. P r o j e t o V i s ã o O l í m p i c a 2 0 1 2 | 44 oferecidos pelo Centro Olímpico, como fisioterapeutas, preparadores físicos, nutricionistas, fisiologistas etc. e com a vantagem de não precisar ver seus principais atletas treinando meio período afastados do restante da equipe. Ao mesmo tempo, as Federações e Confederações passaram a se organizar melhor e a muitas vezes desenvolver seus próprios centros de treinamento. Percebendo que o Centro Olímpico perdia cada vez mais atletas de ponta e se afastava de sua missão original, a Secretaria Municipal de Esportes decidiu alterar o foco do equipamento, que passou então a formar equipes de competição e a inscrever seus atletas nas principais disputas de suas faixas etárias. No entanto, os regulamentos de confederações, federações, ligas esportivas e demais entidades organizadoras proíbem a inscrição de órgãos públicos nas disputas esportivas. Não é possível que uma prefeitura dispute um jogo contra um clube, por exemplo. A saída foi, em 25 de janeiro de 1981, criar-se o Clube Desportivo Padote, uma entidade privada com seu próprio estatuto, diretoria, conselho deliberativo e registros no CND, CNPJ e CCM. O nome Padote veio da união da sigla “PAD” e da palavra “Adote”, referindo-se aos dois grandes programas da Secretaria. Com esse novo formato, o Centro Olímpico formou durante a década de 1980 uma geração de atletas que atingiram resultados expressivos como a levantadora da seleção brasileira de vôlei feminino Fofão, que disputou quatro Jogos Olímpicos. No entanto, a década seguinte veria o fim do PAD e do Adote Um Atleta e a mudança de prioridades da SEME. O Centro Olímpico passou a viver um cenário com menos recursos financeiros e manutenção física, o que acarretou seu afastamento das disputas federativas e uma nova e forçosa mudança de foco, agora em lazer e recreação. A interrupção dos concursos públicos para contratação de Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa / Associação Desportiva Centro Olímpico
  • 45. P r o j e t o V i s ã o O l í m p i c a 2 0 1 2 | 45 novos profissionais de educação física, situação que perdura até hoje, também criou um gargalo para o desenvolvimento de um trabalho de qualidade. No final do ano 2000, cerca de apenas 100 atletas treinavam no Centro Olímpico. A partir de 2001, uma nova administração tornou a priorizar o Centro Olímpico e a destinar recursos para sua manutenção e para a execução do trabalho competitivo. Um processo que durou mais de três anos culminou na reforma de toda a área interna (quadras, ginásio de ginástica artística, dojô, sala de luta olímpica e piscina, além das áreas de apoio administrativo) e ampliando a construção (novas salas para academia de musculação, sala de avaliação física e luta olímpica). Ao mesmo tempo, foi criado um convênio entre a SEME e o Padote para o pagamento das despesas cotidianas, conforme detalhado em tópico a seguir, e firmadas duas parcerias: com a Universidade Ibirapuera (Unib) para a realização de estágios de estudantes de educação física no trabalho das modalidades, diminuindo a falta de postos de trabalho, e com o Centro de Estudos em Traumatologia do Exercício (Cete) da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), responsável por uma nova área de tratamento de fisioterapia. Em 2005, visando fortalecer a principal marca envolvida e unificar as nomenclaturas existentes, o Padote trocou seu nome para Associação Desportiva Centro Olímpico, a atual entidade jurídica privada responsável por inscrever os atletas que treinam no Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa em competições organizadas por federações, confederações e demais entidades competentes. Assim, o Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa (COTP) é um local físico e a Associação Desportiva Centro Olímpico é um clube enquanto entidade jurídica. No dia-a-dia, ambos trabalham de forma unificada e são chamados simplesmente de Centro Olímpico. Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa / Associação Desportiva Centro Olímpico
  • 46. P r o j e t o V i s ã o O l í m p i c a 2 0 1 2 | 46 Também em 2005, a A. D. Centro Olímpico formalizou o primeiro patrocínio de sua história, realizando um contrato com a operadora de telefonia Transit Telecom, que passou a estampar sua marca nas camisas do voleibol. No ano seguinte, o judô acertou com a fabricante de refrescos Ativ Plus e em 2007 foi a vez da empresa de tecnologia Ingresso Fácil acertar com o futebol. O convênio SEME/Associação Desportiva A prática do esporte de rendimento cria uma série de situações que dependem de uma agilidade administrativa que muitas vezes não pode ser atendida pelos trâmites-padrão da administração pública. Exemplificando apenas uma situação, uma equipe de basquete depende do resultado de um jogo numa semifinal para saber se vai disputar ou não uma decisão de campeonato após dois ou três dias. Evidentemente, pelo rigor que necessariamente cerca as compras públicas, muitas vezes esse prazo é insuficiente para que sejam organizados todos os aspectos inerentes a um evento desse tipo, como a contratação de um serviço de transporte intermunicipal, autorização para o pagamento de despesas de alimentação durante a viagem e pagamento das taxas de arbitragem que são cobradas pela federação organizadora, entre outras despesas eventuais. Quando se pensa que uma modalidade esportiva como o basquete possui várias categorias (divisões por faixas etárias) e que o Centro Olímpico trabalha com 10 modalidades esportivas diferentes, com todas elas disputando diferentes competições em diferentes categorias, chega-se a um número considerável de fornecedores a serem pagos e de logísticas a serem administradas. Em 2003, a Prefeitura de São Paulo passou a permitir a co-participação entre clubes da capital e o poder público. Surgiu assim o primeiro convênio entre a Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa / Associação Desportiva Centro Olímpico
  • 47. P r o j e t o V i s ã o O l í m p i c a 2 0 1 2 | 47 Prefeitura e o então Padote, para que o Centro Olímpico pudesse começar a sistematizar seu planejamento financeiro. Com a evolução do trabalho técnico do Centro Olímpico, cujos atletas passaram a disputar competições estaduais, nacionais e até internacionais, o pagamento das despesas mensais se tornou cada vez mais necessário. Assim, em agosto de 2006 foi feito um novo convênio no valor de R$ 20.000,00 mensais. Um ano depois, o convênio foi aditado em 25% de seu valor, passando para R$ 25.000,00 e com alguns pontos da redação original sendo alterados para garantir maior praticidade na administração financeira. E é com este valor que hoje o Centro Olímpico administra as atividades competitivas mensais de 10 modalidades e 900 atletas. Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa / Associação Desportiva Centro Olímpico
  • 48. P r o j e t o V i s ã o O l í m p i c a 2 0 1 2 | 48 Personalidades de destaque Alguns atletas, técnicos, médicos, diretores e voluntários do Centro Olímpico que se destacaram no meio do esporte ou em outros campos Nome Modalidade Medalhista? Andréa Maio Saramento Handebol Pan-americana Alessandra Oliveira Basquete Olímpica / pan-americana Amauri Ribeiro Voleibol Olímpico / pan-americano Ana Lúcia Motta Basquete Pan-americana Carlos Eduardo Motta Judô Pan-americano ("Tico") Edson Bispo dos Santos Basquete Olímpico / pan-americano Francisco de Jesus Boxe Pan-americano ("Chiquinho de Jesus") Hélia de Souza ("Fofão") Voleibol Olímpica Henrique Guimarães Judô Olímpico / pan-americano Hortência de Fátima Marcari Basquete Olímpica / pan-americana João Carlos de Oliveira Atletismo Olímpico / pan-americano (“João do Pulo”) José Montanaro Júnior Voleibol Olímpico / pan-americano Luiz Carlos Fabre Boxe Olímpico / pan-americano Martha de Souza Sobral Basquete Olímpica / pan-americana Ricardo Cardoso ("Cadum") Basquete Pan-americano Ricardo Prado Natação Olímpico / pan-americano Servílio de Oliveira Boxe Olímpico Silvio Malvezzi Basquete Pan-americano Vivian Cristina Lopes Basquete Pan-americana Wanderley Demétrio de Boxe Pan-americano Oliveira Northon Nascimento Ex-atleta; ator Carlos Cavalcanti Ex-atleta; jornalista Pedro Henrique Toledo Técnico de atletismo Nelson Barros Técnico de atletismo Cláudio Mortari Técnico de basquete Antonio Carlos Moreno Técnico de voleibol Marli Kekorius Médica Victor Matsudo Médico Osmar de Oliveira Médico Maria Angélica Gonçalves da Ex-voluntária Olímpica / pan-americana Silva ("Branca") Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa / Associação Desportiva Centro Olímpico
  • 49. P r o j e t o V i s ã o O l í m p i c a 2 0 1 2 | 49 ANEXO 5: Documentação para apresentação ao Ministério do Esporte (Pessoa Jurídica de Direito Privado sem fins econômicos) Encaminhar duas cópias autenticadas dos documentos abaixo listados • Do representante legal da entidade: o Cédula de identidade - RG; o Cédula de CPF - CIC; o Comprovante de residência. • Da associação: o Estatuto (ao menos um dos objetivos deve ter a finalidade esportiva), ata de fundação, posse de diretoria e alterações realizadas; o Cartão de CNPJ; o Currículo da empresa, destacando atuação na área esportiva, em especial relacionado ao objeto do projeto a ser apresentado (comprovação da capacidade técnico-operativa) o Currículo do dirigente da empresa. • Certidões (Todas retiradas via internet, com exceção da Estadual e Municipal): o Certidão negativa conjunta de tributos federais (CQTF e Dívida Ativa da União); o Certidão negativa de débito junto ao INSS; o Certidão negativa de débito junto ao FGTS; o Certidão negativa de tributos estaduais; o Certidão negativa de tributos municipais. Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa / Associação Desportiva Centro Olímpico
  • 50. P r o j e t o V i s ã o O l í m p i c a 2 0 1 2 | 50 • Do projeto (constam no formulário, com exceção da Procuração): o Pedido de Avaliação do projeto dirigido à Comissão Técnica, com indicação da manifestação desportiva; o Formulário contendo a descrição do projeto com justificativa, objetivos, cronograma de execução física e financeira, estratégias de ação, metas qualitativas e plano de aplicação dos recursos; o Orçamento analítico e comprovação de que os preços orçados são compatíveis com os praticados no mercado ou enquadrados nos parâmetros estabelecidos pelo Ministério do Esporte Plano de Distribuição de Produtos; o Procuração. Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa / Associação Desportiva Centro Olímpico
  • 51. P r o j e t o V i s ã o O l í m p i c a 2 0 1 2 | 51 ANEXO 6: Formulários para apresentação ao Ministério do Esporte As 18 páginas seguintes apresentam os formulários preenchidos para apresentação do Projeto Visão Olímpica 2012 ao Ministério do Esporte, razão pela qual a estética do cabeçalho apresenta-se diferente do restante deste documento. As informações são praticamente as mesmas apresentadas até aqui, com as principais diferenças sendo o layout, a ordem e alguns aspectos da redação usada. Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa / Associação Desportiva Centro Olímpico
  • 52. Projeto Visão Olímpica 2012 DESCRIÇÃO DE PROJETO I. NÚMERO DE CADASTRO DO PROPONENTE 02SP018332008 (login) II. IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO Título: Projeto Visão Olímpica 2012 Proponente: Associação Desportiva Centro Olímpico CNPJ: 49.079.692/0001-02 Nome do titular ou responsável legal do proponente: José Paulo Ruiz Canavesi Manifestação desportiva: Desporto de rendimento Local de execução do projeto: Av. Ibirapuera, 1315 – Vila Clementino – São Paulo – SP III. PERÍODO DE EXECUÇÃO PREVISTO: INÍCIO: TÉRMINO: 01.07.2008 30.06.2009 IV. BREVE DESCRIÇÃO DO PÚBLICO BENEFICIÁRIO Público-alvo: crianças e adolescentes com interesse e aptidão na prática esportiva de rendimento Faixa etária: 7 a 17 anos Estimativa de público: 1.500 beneficiários PEDIDO DE AVALIAÇÃO Solicitamos que o presente projeto seja analisado e aprovado, para efeito dos benefícios de que tratam a Lei nº 11.438/06 e o Decreto nº 6.180/07. Local/data: ______________, ___/___/___. __________________________________________________ Assinatura do Titular ou Responsável Legal do Proponente
  • 53. Projeto Visão Olímpica 2012 | V. OBJETIVOS (Indique os objetivos do projeto, isto é, o que se deseja realizar, a sua devida adequação à manifestação desportiva citada (art. 4º, Decreto nº 6.180/07), a delimitação e especificação, se possível, do público que será diretamente beneficiado pelo projeto, bem como os resultados esperados). APRESENTAÇÃO O Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa (COTP) é um equipamento da Secretaria de Esportes, Lazer e Recreação da Cidade de São Paulo (SEME) criado em 1976. Sua missão é “promover o desenvolvimento de atletas e equipes competitivas nas categorias de base, com apoio e suporte técnicos efetivos”, ou, de outra maneira, oferecer treinamento esportivo gratuito para crianças e adolescentes com o objetivo de formar atletas e equipes de competição. A visão que o equipamento projeta para seu futuro é “ser um centro de excelência em esporte no município de São Paulo, formando e encaminhando atletas de alto rendimento para o esporte brasileiro”. Cerca de 900 crianças e adolescentes, com idades basicamente entre sete a 17 anos, treinam no Centro Olímpico e disputam os campeonatos mais importantes das suas faixas etárias, num trabalho que prioriza a participação em competições realizadas pelas principais entidades organizadoras (federações paulistas e confederações brasileiras) de cada uma de suas 10 modalidades: atletismo, basquete, boxe, futebol, ginástica artística, handebol, judô, luta olímpica, natação e voleibol. O foco do equipamento, portanto, é o esporte de alto rendimento não- profissional, especificamente nas categorias de base. Trabalhando de maneira complementar, existe a Associação Desportiva Centro
  • 54. Projeto Visão Olímpica 2012 | Olímpico, entidade esportiva fundada em 1981 com o nome original de Clube Desportivo Padote e responsável pela inscrição dos atletas que treinam no Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa em competições e pelo gerenciamento administrativo, financeiro e logístico das atividades desenvolvidas pelas modalidades. Assim, para melhor entendimento do leitor, enfatiza-se aqui que o Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa é um local físico público e a Associação Desportiva Centro Olímpico é uma entidade jurídica privada. Uma característica comum a todos os equipamentos e serviços públicos brasileiros é a suscetibilidade às mudanças periódicas de administrações, pois cada uma destas possui suas próprias prioridades dentro do seu momento histórico e político de atuação. No entanto, a prática do esporte de alto rendimento no Centro Olímpico e sua conseqüente exigência de recursos específicos para a realização de treinamentos especializados e participações em competições são itens fortemente impactados pelas mudanças de disponibilidade de recursos orçamentários e institucionais, as quais colaboraram em grande parte para gerar uma subutilização do equipamento ao longo de seus quase 32 anos de existência. O Projeto Visão Olímpica 2012 propõe um conjunto de ações visando o aprimoramento do trabalho hoje desenvolvido para que o Centro Olímpico possa, além de cumprir melhor sua missão atual, aproximar-se de sua visão almejada, tomando por base os Jogos Olímpicos que acontecerão daqui a quatro anos. No entanto, por se tratar de um projeto abrangente, o trabalho apresentado cobre inicialmente um ano de atuação, período ao final do qual será reavaliado para discussão dos resultados obtidos. Para isto, será apresentado um plano de trabalho
  • 55. Projeto Visão Olímpica 2012 | que possa ser enquadrado na Lei Federal de Incentivo ao Esporte (11.438/06) e que possibilite à Associação o aporte de novos recursos oriundos da iniciativa privada. A proposta é investir contra a subutilização do Centro Olímpico, garantir maior segurança contra as mudanças políticas, gerar maior autonomia administrativa, alcançar maior visibilidade para o serviço oferecido à população e possibilitar retorno institucional para os patrocinadores envolvidos. OBJETIVO GERAL Planejar, implantar e avaliar um conjunto de ações visando a melhoria geral do trabalho voltado à prática do esporte de alto rendimento não-profissional nas categorias de base desenvolvido no Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa. OBJETIVOS ESPECÍFICOS 1. Aumentar o volume de recursos próprios da Associação Desportiva, aumentando sua autonomia administrativa, sua agilidade de compras e minimizando as flutuações causadas por mudanças político-partidárias. 2. Possibilitar a contratação de recursos humanos qualificados para reforçar o quadro do Centro Olímpico nas áreas técnica, médica e de gestão. 3. Desenvolver um sistema de informações que possibilite o armazenamento, avaliação e controle do trabalho desenvolvido de maneira completa, clara e rápida. 4. Divulgar o trabalho realizado pelo Centro Olímpico, aumentando seu conhecimento por parte da população e posicionando o equipamento como uma referência em esporte de rendimento de base, associando-o à cidade, ao
  • 56. Projeto Visão Olímpica 2012 | conceito de vitória e ainda posicionando-o adicionalmente como um serviço público que atinge um público-alvo em grande parte socialmente desfavorecido. 5. Apoiar diretamente os atletas do Centro Olímpico, oferecendo benefícios que aumentem sua adesão aos treinamentos e que ofereçam um estímulo contrário aos assédios de outras agremiações e às preocupações com as necessidades financeiras de suas próprias famílias. 6. Aumentar o número de atletas treinando no Centro Olímpico, como conseqüência da contratação de profissionais e do oferecimento dos benefícios citados nos itens anteriores. 7. Apresentar sugestões, usando ferramentas de marketing, para que o patrocinador do Projeto Visão Olímpica 2012, caso deseje, possa aproveitar a visibilidade do trabalho desenvolvido para a sua própria comunicação institucional.
  • 57. Projeto Visão Olímpica 2012 | VI. JUSTIFICATIVA (Por que se propõe o projeto, sua importância para o desenvolvimento do esporte no País e/ou na região geográfica de execução e justifique a conveniência de utilização de apoio financeiro com recursos incentivados de que trata a Lei nº 11.438/06). As mudanças dos cenários político e esportivo durante as mais de três décadas de existência do Centro Olímpico criaram pontos que hoje podem ser considerados gargalos que dificultam o andamento do trabalho. A seguir, destacaremos cada ponto isoladamente. Gargalos Volatilidade política Apenas como ilustração, destacamos que desde 2005 a cidade de São Paulo teve dois prefeitos e três secretários municipais na pasta de esportes, cada um com seu próprio olhar a respeito do Centro Olímpico. O próprio equipamento, que hoje atravessa uma fase de relativa estabilidade, com a atual diretora completando o seu sexto ano de mandato em duas gestões diferentes, passou por seis administrações diferentes nos últimos 10 anos. Em função da reduzida velocidade com que os processos internos se desenvolvem, cada nova gestão perde meses consideráveis até que tenha plena consciência de todos os detalhes do trabalho cotidiano e adquira uma razoável agilidade profissional. Além disso, cada eventual mudança de prioridade administrativa por parte das instâncias administrativas superiores ao Centro Olímpico representa um risco considerável para as atividades realizadas.
  • 58. Projeto Visão Olímpica 2012 | Por fim, a constante troca de comando político implica na ausência de uma efetiva integração entre o Centro Olímpico e outras unidades da SEME, o que também implica que as outras unidades (mais de 40 Clubes da Cidade e mais de 200 Clubes da Comunidade) não indiquem ao COTP crianças e adolescentes que poderiam ser avaliados visando uma possível carreira esportiva. Recursos humanos O equipamento continua com o mesmo organograma de 1976, quando foi projetado com uma finalidade bastante diferente da atual. O organograma contempla cada seção técnica, como são chamadas as modalidades, com apenas um técnico, sendo que os outros postos necessários são ocupados por servidores públicos pertencentes ao quadro da SEME conforme a disponibilidade de pessoal – que muitas vezes não existe. Um agravante é que os servidores possuem cargas de trabalho diferenciadas entre si, com jornadas de quatro, seis ou oito horas diárias. Com o passar dos anos, soluções alternativas e informais foram sendo incorporadas ao funcionamento padrão da unidade, como a presença cada vez maior de voluntários e estagiários, que hoje já somam mais de 50% do total de postos da área técnica, além de profissionais de outras unidades da SEME que passam a fazer parte das comissões técnicas sem conhecimento mais aprofundado da modalidade. Nos três casos, os chefes de seção acabam sendo sobrecarregados, pois precisam fazer a formação dos outros profissionais além de coordenar o trabalho cotidiano. Outra solução alternativa incorporada são os chamados “desvios de função”, com servidores que, por possuírem formação em Educação Física, deixam de exercer
  • 59. Projeto Visão Olímpica 2012 | sua função para serem aproveitados nas comissões técnicas. Esta situação cria “chefes de seção” que ocupam a coordenação da modalidade mas que recebem um salário menor que seus pares em função de seu cargo não existir formalmente. Vale ressaltar que esta situação não se limita à área técnica. Na área médica, também há um déficit de profissionais e, mais importante, uma equipe que não possui um perfil especializado em medicina esportiva. O problema dos desvios de função também é sentido aqui: os cargos do responsável pela coordenação dos setores de medicina, enfermagem, odontologia, psicologia, fisioterapia e serviço social e do responsável pela produção de conhecimento a partir de pesquisas com os atletas não estão disponíveis para o Centro Olímpico. Com este quadro, a questão de recursos humanos acaba pressionando a própria – e reduzida – equipe responsável pela alta administração do equipamento, que é composta apenas pela diretora, seus dois assistentes diretos, um coordenador técnico e o presidente da Associação Desportiva, e que acaba desempenhando uma quantidade maior de atividades operacionais do que atividades de planejamento. Processos internos Há uma grande quantidade de atividades desenvolvidas pelas 10 modalidades do Centro Olímpico. Somente no mês de outubro de 2007 foram mais de 70 competições disputadas. No entanto, não há um banco de dados que armazene toda a informação produzida, o que dificulta tanto o acompanhamento dos resultados por parte da diretoria como a produção de relatórios anuais das atividades desempenhadas. Outra vez vemos a carência de servidores públicos, aqui se
  • 60. Projeto Visão Olímpica 2012 | refletindo na ausência de profissionais no setor de informática em número suficiente para o desenvolvimento de uma ferramenta que facilite a tomada de decisões gerenciais. Agilidade de compras Outro gargalo é a aquisição de materiais e a contratação de serviços. Para a garantia da lisura dos processos de compras públicas, existe a necessidade de um rigoroso detalhamento de especificações técnicas, o que, por força da falta de profissionais no departamento de compras e em outras áreas da SEME, já chegou a provocar demoras de mais de dois anos para a compra de materiais de primeira necessidade como uniformes para treinamento, materiais elétricos e outros produtos de uso rotineiro. Já a contratação de serviços corriqueiros de manutenção, como poda de árvores, muitas vezes esbarra na necessidade do agrupamento das necessidades do Centro Olímpico com as outras unidades da Secretaria. No entanto, mais uma vez a morosidade interna acaba por fazer com que vários serviços deixem de ser contratados e executados. Comunicação Embora o Centro Olímpico, a despeito dos gargalos aqui apresentados, possa ser considerado uma força dentro do esporte de base na cidade de São Paulo, esta condição é desconhecida pelo grande público, mesmo com a unidade tendo uma localização nobre dentro da zona sul do município. Esta situação tanto ocorre por força da falta de comunicação visual sinalizando a entrada do equipamento quanto
  • 61. Projeto Visão Olímpica 2012 | pela própria falta de cobertura jornalística sobre o esporte de base, além da postura de grande parte dos veículos de comunicação de não divulgarem serviços prestados pelo poder público a não ser em caso de falhas. Vulnerabilidade do público-alvo Embora o serviço oferecido pelo Centro Olímpico possa ser considerado de bom nível técnico, com diversas modalidades disputando os primeiros lugares de suas competições e muitas vezes sagrando-se vencedoras, uma queixa comum a vários chefes de seção é a dificuldade de reter seus principais atletas quando estes são assediados por outras agremiações que disputem as mesmas competições. Lembrando que o público usuário do Centro Olímpico é composto em grande parte por crianças e adolescentes de famílias de baixa renda e que não poderiam pagar pela prática desportiva em uma instituição particular, os relatos referem-se ao sentimento de possibilidade de ascensão financeira e social que os atletas passam a ter a partir do momento que se transferem para clubes particulares, causado pela possibilidade de, por meio dos contatos que passam a ser realizados com sócios, técnicos e outros atletas, conseguir bolsas de estudos, empregos ou mesmo relacionamentos pessoais com indivíduos de outras camadas sociais. Outro fator de perda de atletas é o fato de que muitas vezes os adolescentes sofrem pressão de seus pais para que deixem a prática da modalidade e passem a contribuir com a renda familiar encontrando um emprego.
  • 62. Projeto Visão Olímpica 2012 | Conclusão Em face de todos os aspectos descritos anteriormente, pode-se considerar de grande importância para o fomento do esporte de rendimento brasileiro o aproveitamento das atuais possibilidades macro ambientais para iniciar uma etapa de desenvolvimento planejado no Centro Olímpico, captando recursos - financeiros ou em forma de parcerias, produtos ou serviços - visando seu desenvolvimento em aspectos que não podem ser completamente resolvidos pelo poder público.
  • 63. Projeto Visão Olímpica 2012 | VII. METAS QUALITATIVAS E QUANTITATIVAS (Indique as metas previstas, de qualidade e quantidade, relacionadas ao público diretamente beneficiado pelo projeto e, se existirem, os reflexos em outros públicos ou regiões do País). Cada um dos objetivos específicos citados anteriormente pode ser traduzido em uma meta mensurável. Na tabela a seguir, são apresentados os dados correspondentes. Item Objetivo Meta Indicador 1 Aumentar o volume de Captar 100% dos Recursos efetivamente recursos próprios da recursos constantes na captados Associação Desportiva planilha de recursos financeiros 2 Contratar recursos Contratar 100% dos Recursos efetivamente humanos qualificados recursos constantes na contratados planilha de recursos humanos 3 Desenvolver um sistema Desenvolver uma Acesso a relatórios de informações ferramenta informatizada gerenciais, com para armazenamento, informações técnicas e avaliação e controle do financeiras em tempo real trabalho 4 Aumentar o número de Atingir 1.500 atletas Controle de inscrição de atletas em treinamento inscritos no COTP atletas 5 Divulgar o trabalho Posicionar a marca do Pesquisa quantitativa a realizado pelo Centro Centro Olímpico como a ser realizada em dois Olímpico mais lembrada no esporte anos de base na cidade de São Paulo 6 Apoiar diretamente os Oferecer 500 bolsas- Quantidade de atletas atletas do Centro atletas, 500 cestas atendidos Olímpico básicas e 500 cursos de inglês mensais 7 Apresentar sugestões de Desenvolver plano de Material apresentado no marketing para o sugestões de marketing anexo 2 patrocinador do Projeto Visão Olímpica 2012
  • 64. Projeto Visão Olímpica 2012 | VIII. ESTRATÉGIAS DE AÇÃO: (Divida o projeto em grupos de iniciativas que serão as ações necessárias para atingir o(s) objetivo(s) desejado(s). Denomine-as, enumere-as, descreva-as e explique como pretende desenvolvê-las. As ações de despesas administrativas (art. 11, do Decreto nº 6.180/07) e contratação de serviços destinados à elaboração de projetos desportivos/paradesportivos ou à captação de recursos (art. 12, do Decreto nº 6.180/07 c/c art. 21 da Portaria/ME nº 177 de 11/09/07), caso necessárias à execução do projeto, deverão ser especificadas separadamente, com as respectivas denominações de Despesas Administrativas e Serviços de Produção). A) Recursos humanos: Serão contratados três coordenadores técnicos, sendo um para as modalidades coletivas (basquete, futebol, handebol e voleibol), um para as modalidades de lutas (boxe, judô e luta olímpica) e um para as modalidades de performance (atletismo, ginástica artística e natação), sendo que a atual coordenação passará a ocupar uma posição sênior, supervisionando o trabalho dos três novos postos. Cada uma das 10 modalidades citadas terá um preparador físico exclusivo e 17 novos técnicos serão distribuídos conforme a necessidade de cada seção técnica. A área clínica também será reforçada com mais quatro médicos, duas enfermeiras e uma profissional responsável pelo diagnóstico e acompanhamento nutricional dos atletas. Por fim, a diretoria passará a contar com dois estagiários de gestão esportiva. B) Apoio direto ao atleta: A supervisão técnica e a assistência social do Centro Olímpico deverão elaborar em conjunto um estudo selecionando 500 atletas para receber uma bolsa-atleta no valor de R$ 350,00, uma cesta básica e um curso de inglês básico, sempre priorizando os atletas com melhor nível técnico.
  • 65. Projeto Visão Olímpica 2012 | C) Suporte para a gestão: Uma empresa especializada deverá desenvolver um sistema gerencial informatizado que deverá criar uma base de informações unificada, integrando todos os departamentos e possibilitando o acompanhamento do trabalho realizado por todas as áreas. Esta empresa deverá manter contato constante com o Setor de Serviços de Informática da SEME para realizar o trabalho de maneira integrada, sendo que todos os sistemas desenvolvidos deverão ter seus códigos-fonte entregues para a Prefeitura de São Paulo. D) Comunicação: Também deverá ser contratada uma empresa de assessoria de imprensa que será responsável pela produção de releases informativos e criação de pautas para veículos de comunicação sobre as atividades desenvolvidas e resultados alcançados. Esta empresa deverá manter contato constante com a Assessoria de Imprensa da SEME para realizar o trabalho de maneira integrada. E) Manutenção: Outra empresa deverá ser contratada para a prestação de serviços de manutenção rotineiros, como pequenas pinturas, reparos elétricos, podas de árvores etc. F) Serviços de produção: Consultoria para estruturação do projeto e captação de recursos. IX. RESUMO DAS FONTES DE RECURSOS PARA O FINANCIAMENTO DO PROJETO (R$) (Nesse formulário economicamente mensuráveis, envolvidos na execução do projeto - art. 14, Decreto nº 6.180/07). O proponente deverá citar todas as previsões de receitas e apoios.
  • 66. Projeto Visão Olímpica 2012 | FONTES VALOR (R$) 1. Recursos próprios 0,00 (se houver, detalhe no formulário X) 2. Recursos públicos (*) 0,00 (se houver, detalhe no formulário X) 3. Outros incentivos fiscais (**) 0,00 (se houver, detalhe no formulário X) 4. Outros recursos (***) 0,00 (se houver, detalhe no formulário X) 5. Receitas previstas (****) 0,00 (se houver, detalhe no formulário X) VALOR PLEITEADO PARA EFEITO DA LEI 11.438/06 (*****) 5.908.643,75 TOTAL GERAL 5.908.643,75 (*) Recursos da Administração Direta ou Indireta de Prefeituras, Governos Estaduais ou do Distrito Federal, envolvidos na execução do projeto. (**) Outros incentivos fiscais previstos em Leis Federais, Estaduais, Municipais ou Distrito Federal. (***) Outros recursos envolvidos na execução do projeto, cuja fonte não seja nenhuma das citadas anteriormente. (****) Receitas eventualmente geradas com a execução do projeto. (*****) O cronograma de execução física e financeira e o orçamento analítico (formulários XI, XII e XIII), deverão ser elaborados com base no valor pleiteado para efeito dos benefícios que trata a Lei nº 11.438/06. Observação: O custeio das ações no valor pleiteado para efeito dos benefícios da Lei nº 11.438/06, não poderá estar duplicado nas outras fontes de recursos.