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Alimentos Funcionais:
                 Seu Papel na Prevenção de Doenças
                      e na Promoção da Saúde
                       http://www.geocities.com/quackwatch/ff.html

                  Uma Publicação do Institute of Food Technologists
              Painel de Especialistas em Segurança Alimentar e Nutrição

                                Claire M. Hasler, Ph.D.

O princípio "Deixe o alimento ser teu remédio e o remédio ser teu alimento", exposto por
Hipócrates aproximadamente 2.500 anos atrás, está recebendo um interesse renovado. Em
particular, tem havido uma explosão do interesse dos consumidores no papel de alimentos
específicos ou componentes alimentares ativos fisiologicamente, os supostos alimentos
funcionais de melhorar a saúde (Hasler, 1998). Obviamente, todos os alimentos são
funcionais, por proporcionarem sabor, aroma ou valor nutritivo. Durante a última década,
entretanto, o termo funcional como aplicado aos alimentos tem adotado uma conotação
diferente -- que é a de proporcionar um benefício fisiológico adicional além daquele de
satisfazer as necessidades nutricionais básicas.

Este Sumário do Status Científico revisa a literatura de alimentos primários de origem
animal e vegetal que têm sido ligados a benefícios fisiológicos. Ainda que uma profusão de
compostos ativos biologicamente tenham sido identificados com relação a isto (Kuhn,
1998), esta revisão focaliza os alimentos, ao invés de compostos específicos isolados dos
alimentos.

Definindo os Alimentos Funcionais

O termo alimentos funcionais foi primeiramente introduzido no Japão em meados dos anos
80 e se refere aos alimentos processados contendo ingredientes que auxiliam funções
específicas do corpo além de serem nutritivos. Até esta data, o Japão é o único país que
formulou um processo de regulação específico para os alimentos funcionais. Conhecidos
como Alimentos para Uso Específico de Saúde (FOSHU), estes alimentos são qualificados
e trazem um selo de aprovação do Ministério de Saúde e Previdência Social japonês (Arai,
1996). Atualmente, 100 produtos estão licenciados como alimentos FOSHU no Japão. Nos
Estados Unidos, a categoria de alimentos funcionais não é reconhecida legalmente.
Independente disto, muitas organizações têm proposto definições para esta nova e
emergente área da ciência dos alimentos e nutrição. O Comitê de Alimentos e Nutrição do
Institute of Medicine (IOM/FNB, 1994) definiu alimentos funcionais como "qualquer
alimento ou ingrediente que possa proporcionar um benefício à saúde além dos nutrientes
tradicionais que ele contêm". As novas gerações mais preocupadas com a saúde têm feito
dos alimentos funcionais o carro mestre da indústria alimentícia dos EUA (Meyer, 1998).
Entretanto, as estimativas da magnitude deste mercado variam significativamente, como
não há consenso no que constitui um alimento funcional. A Decision Resources, Inc.
(Waltham, 1998) estima o valor de mercado dos alimentos funcionais em 28,9 bilhões de
dólares. Mais significativo, talvez, é o potencial dos alimentos funcionais de mitigar
doenças, promover a saúde e reduzir os custos da assistência à saúde.

Alimentos Funcionais Provenientes de Fontes Vegetais

Evidência esmagadora a partir dos dados de estudos epidemiológicos, in vivo, in vitro e
ensaios clínicos indicam que uma dieta baseada em plantas pode reduzir o risco de doenças
crônicas, particularmente o câncer. Em 1992, uma revisão de 200 estudos epidemiológicos
(Block et al., 1992) mostrou que o risco de câncer em pessoas que consumiam dietas ricas
em frutas e vegetais foi somente a metade daquelas que consumiam pouco destes alimentos.
Está claro agora que há componentes em uma dieta baseada em plantas que são diferentes
dos nutrientes tradicionais e que podem reduzir o risco de câncer. Steinmetz e Potter
(1991a) identificaram mais de uma dezena de classes dessas substâncias químicas de
origem vegetal e que são ativas biologicamente, agora conhecidas como "fitoquímicos".

Os profissionais da saúde estão gradualmente reconhecendo o papel dos fitoquímicos na
melhoria da saúde (ADA, 1995; Howard and Kritcheveky, 1997), auxiliados em parte pelo
Nutrition Labeling and Education Act de 1990 (NLEA). O NLEA exigiu rótulos com
valores nutricionais para a maioria dos alimentos e permitiu mensagens relacionadas com
doenças ou com a saúde nos rótulos dos alimentos.

Aveia. Produtos com aveia são uma fonte dietética amplamente estudada de fibras solúveis
b-glucan redutoras de colesterol. Há agora uma concordância científica significativa de que
o consumo deste alimento vegetal em particular pode reduzir o colesterol total e a
lipoproteína de baixa densidade (LDL), desse modo reduzindo o risco de doenças cardíacas
coronarianas. Por isso, o Food and Drug Administration (FDA) outorgou o primeiro
alimento específico com alegação de promoção de saúde em janeiro de 1997 (DHHS/FDA,
1997), em resposta a uma petição submetida pela Quaker Oats Company (Chicago, EUA).

Em sua petição de alegação de promoção de saúde, a Quaker Oats Company sintetizou 37
ensaios de intervenção clínica em humanos conduzidos entre 1980 e 1995. A maioria destes
estudos revelou reduções estatisticamente significativas no colesterol total e LDL em
pessoas com hipercolesterolemia que consumiram ou uma dieta americana típica ou uma
dieta com baixo teor em gorduras. A quantidade diária de farelo ou farinha de aveia
consumida nos estudos acima variou de 34 g a 123g. A Quaker Oats determinou que 3
gramas de b-glucan seria necessário para alcançar uma redução de 5% do colesterol no
plasma, uma quantidade equivalente a aproximadamente 60 g de farinha de aveia ou 40 g
de farelo de aveia (peso bruto). Assim, um alimento que traga uma alegação de promoção
de saúde deve conter 13 g de farelo de aveia [oat bran] ou 20 g de farinha de aveia
[oatmeal], e proporcionar, sem enriquecimento, pelo menos 1 grama de b-glucan por
porção. Em fevereiro de 1998, a alegação de promoção de saúde das fibras solúveis foi
ampliada para incluir a fibra psyllium.

Soja. A soja tem estado na berlinda durante os anos 90. A soja não apenas é uma proteína
de alta qualidade, conforme avaliação pelo método "Escore de Aminoácidos Corregido pela
Digestibilidade Protéica" (Protein Digestibility Corrected Amino Acid Score) do FDA, mas
agora tem se pensado que ela desempenha um papel preventivo e terapêutico na doença
cardiovascular (DCV), câncer, osteoporose e o alívio dos sintomas da menopausa.

O efeito da soja em diminuir o colesterol é o efeito fisiológico mais bem documentado.
Uma meta-análise de 1995 de 38 estudos diferentes (envolvendo 743 pessoas) descobriu
que o consumo da proteína da soja resultou em reduções significativas no colesterol total
(9,3%), LDL-colesterol (12,9%) e triglicerídeos (10,5%), com um pequeno porém
insignificante aumento (2,4%) da proteína de alta-densidade (HDL) (Anderson et al., 1995).
Análise de regressão linear indicou que o nível limiar de ingestão de soja no qual os efeitos
sobre os lipídeos do sangue se tornaram significativos foi de 25 g. No que se refere ao
componente específico responsável pelo efeito da soja em diminuir o colesterol,
recentemente tem se dado atenção as isoflavonas (Potter, 1998). As isoflavonas, todavia,
não foram eficazes em diminuir o colesterol em dois estudos recentes (Hodgson et al.,
1998; Nestle et al., 1997). O mecanismo exato pelo qual a soja exerce seu efeito
hipocolesterolêmico não foi completamente elucidado.

Em 4 de maio de 1998, a Protein Technologies International (PTI, de St. Louis, Missouri)
solicitou ao FDA um pedido de alegação de promoção de saúde para os produtos que
contêm proteína da soja relativo a redução do risco de doenças coronarianas. Baseado em
um nível diário eficaz de 25 g de proteína da soja, a PTI propôs que a quantidade de
proteína da soja necessária para qualificar um alimento individual de sustentar a alegação
de promoção de saúde é de 6,25 g com um mínimo de 12,5 mg de isoflavonas totais (forma
aglicone) por quantidade de referência habitualmente consumida. Em 12 de agosto, o FDA
aceitou a petição da PTI e está em processo de formulação de uma proposta de
regulamentação.

Diversas classes de anti-carcinogênicos têm sido identifcados nos grãos de soja, incluindo
inibidores de protease, fitoesteróis, saponinas, ácidos fenólicos, ácidos fíticos e isoflavonas
(Messina e Barnes, 1991). Destes, as isoflavonas (genisteina e daidzeina) são
particularmente notáveis porque a soja é a única fonte dietética significativa destes
componentes. As isoflavonas são fenóis heterocíclicos estruturalmente similares aos
esteróides estrogênicos. Devido ao fato de elas serem estrogênios fracos, as isoflavonas
podem agir como anti-estrogênios por competir com os estrogênios endógenos de
ocorrência natural e que são mais potentes (por ex., 17b-estradiol) ao ligarem-se ao receptor
de estrogênio. Isso pode explicar porque populações que consumem quantidades
significativas de soja (por ex., sudeste da Ásia) têm um risco reduzido de câncer
dependente de estrogênio. Entretanto, os dados epidemiológicos sobre a ingestão de soja e
o risco de câncer são inconsistentes atualmente (Messina et al., 1997). Até esta data, não há
nenhum ensaio de intervenção clínica publicado que investigue o papel da soja em reduzir o
risco de câncer.

A soja também pode beneficiar a saúde dos ossos (Anderson e Garner, 1997). Um estudo
clínico recente envolvendo 66 mulheres pós-menopausa conduzido pela University of
Illinois (Erdman and Potter, 1997) descobriu que 40 g de proteína de soja isolada (ISP) por
dia (contendo 90 mg de isoflavonas totais) significativamente aumentou (aproximadamente
2%) tanto o conteúdo mineral como a densidade óssea na coluna lombar após 6 meses. A
teoria de que a soja pode aliviar os sintomas da menopausa foi sugerida pela observação de
que mulheres asiáticas relatavam níveis significativamente menores de fogachos (ondas de
calor) e suores noturnos quando comparadas com as mulheres ocidentais. Mais
recentemente, 60 gramas de ISP diariamente por 3 meses reduziu os fogachos em 45% em
104 mulheres pós-menopausa (Albertazzi et al., 1998). Ainda que essas observações sejam
animadoras, há um significativo efeito placebo nestes estudos, e é muito prematuro sugerir
que a soja possa ser um substituto para a terapia de reposição hormonal.

Linhaça. Entre os principais óleos extraídos de sementes, o óleo de linhaça contém o maior
conteúdo (57%) do ácido graxo ômega-3, um ácido a-linolênico. As pesquisas atuais,
todavia, têm se concentrado mais especificamente nos compostos associados a fibras
conhecidos como lignanas. As duas lignanas primárias de mamíferos, enterodiol e seu
produto oxidado, enterolactona, são formadas no trato intestinal pela ação bacteriana sobre
precursores da lignana vegetal (Setchell et al., 1981). A linhaça é a fonte mais rica de
precursores de lignana de mamíferos (Thompson et al., 1991). Devido ao fato que o
enterodiol e a enterolactona são estruturalmente similares tanto aos estrogênios sintéticos
como aos de ocorrência natural, e porque vem sendo mostrado que eles possuem atividades
estrogênica fraca e anti-estrogênica, eles podem desempenhar um papel na prevenção de
cânceres dependentes de estrogênios. Entretanto, não há nenhum dado epidemiológico e
relativamente poucos estudos com animais para apoiar esta hipótese. Em roedores, a
linhaça demonstrou diminuir tumores do cólon e da glândula mamária (Thompson, 1995)
bem como do pulmão (Yan et al., 1998).

Um número menor de estudos tem avaliado os efeitos da alimentação com linhaça sobre
marcadores de risco para câncer em humanos. Phipps et al. (1993) demonstrou que a
ingestão de 10 g de linhaça por dia desencadeou diversas mudanças hormonais associadas
com a redução do risco de câncer de mama. Adlercreutz et al. (1982) descobriu que a
excreção urinária de lignana foi significativamente menor em pacientes pós-menopausa
com câncer de mama quando comparadas com controles que se alimentavam com uma
dieta normal variada ou uma dieta lactovegetariana.

Também tem se demonstrado que o consumo de linhaça pode reduzir o colesterol total e o
LDL (Bierenbaum et al., 1993; Cunnane et al., 1993), bem como agregação plaquetária
(Allman et al., 1995).

Tomate. Selecionado pela revista Eating Well como o Vegetal do Ano em 1997, o tomate
vem recebendo uma atenção significativa nos últimos três anos por causa do interesse no
licopene, o carotenóide primário encontrado nesta fruta (Gerster, 1997), e seu papel na
redução do risco de câncer (Weisburger, 1998).

Num estudo de coorte prospectivo com mais de 47.000 homens, aqueles que consumiram
produtos a base de tomate 10 vezes ou mais por semana tiveram menos da metade do risco
de desenvolver câncer de próstata avançado (Giovannucci et al., 1995). Interessantemente,
o licopene é o carotenóide mais abundante na glândula prostática (Clinton et al., 1996).
Outros cânceres cujo risco tem sido inversamente associado com os níveis sangüíneos ou
teciduais de licopene incluem o de mama, trato digestivo, colo uterino, bexiga e pele
(Clinton, 1998) e possivelmente pulmão (Li et al., 1997). Os mecanismos propostos pelos
quais o licopene poderia influenciar o risco de câncer estão relacionados com suas funções
antioxidantes. O licopene é o mais eficiente extintor de oxigênio isolado em sistemas
biológicos (Di Mascio et al., 1989). A função antioxidante do licopene pode também
explicar a observação recente de um estudo multicêntrico europeu de que níveis de
carotenóides no tecido adiposo estavam inversamente associados com o risco de infarto do
miocárdio (Kohlmeier et al., 1997b).

Alho. O alho (Allium sativum) é provavelmente a erva mais amplamente citada na
literatura por propriedades medicinais (Nagourney, 1998). Desse modo, não é uma surpresa
que o alho tenha alcançado o posto de segunda erva mais vendida nos Estados Unidos nos
últimos dois anos (Anon., 1998). Os benefícios à saúde propostos para o alho são
numerosos, incluindo quimioprevenção do câncer, propriedades antibióticas, anti-
hipertensivas e redutoras do colesterol (Srivastava et al., 1995).

O sabor e o odor característico do alho se devem a uma abundância de elementos hidro e
lipossolúveis que contêm enxofre, que também são provavelmente responsáveis pelos
vários efeitos medicinais atribuídos a esta planta. Entretanto, bulbos intactos de alho
contêm somente alguns dos componentes ativos medicinalmente. O bulbo de alho intacto
contém um aminoácido inodoro, a alina [alliin], que é convertida enzimaticamente pela
alinase em alicina quando o dente de alho é moído (Block, 1992). Este último componente
é responsável pelo odor característico do alho fresco. A alicina então espontaneamente se
decompõe para formar numerosos compostos que contêm enxofre, alguns dos quais têm
sido investigados por suas atividades quimiopreventivas.

Tem sido demonstrado que componentes do alho inibem a tumorigênese em diversos
modelos experimentais (Reuter et al., 1996). Entretanto, relatos adicionais têm demonstrado
que o alho é ineficaz. Os resultados inconclusivos são provavelmente devido a diferenças
no tipo de componentes do alho ou de preparações usadas por vários investigadores. Tem
sido demonstrado variações consideráveis na quantidade dos compostos organossulfurados
disponíveis em alhos in natura e em produtos à base de alho disponíveis comercialmente
(Lawson et al., 1991).

Diversos estudos epidemiológicos mostram que o alho pode ser eficaz em reduzir o risco de
câncer em humanos (Dorant et al., 1993). Uma investigação caso-controle relativamente
grande conduzida na China mostrou uma forte relação inversa entre o risco de câncer de
estômago e o aumento da ingestão de plantas do gênero Allium (You et al., 1988). Mais
recentemente, em um estudo com mais de 40.000 mulheres pós-menopausa, o consumo de
alho foi associado com uma redução de aproximadamente 50% no risco de câncer de cólon
(Steinmetz et al., 1994). Nem todos os estudos epidemiológicos, todavia, têm demonstrado
que o alho tenha um efeito protetor contra a carcinogênese. Uma revisão de 1991 de 12
estudos caso-controle (Steinmetz e Potter, 1991b), descobriu que oito mostraram uma
associação negativa, um não mostrou nenhuma associação, e três estudos mostraram uma
associação positiva. Uma revisão mais recente de 20 estudos epidemiológicos (Ernst, 1997)
sugere que os vegetais do gênero Allium, incluindo a cebola, podem conferir um efeito
protetor sobre cânceres do trato gastrointestinal.

Também tem se defendido o uso do alho para a prevenção de doenças cardiovasculares,
possivelmente através de propriedades anti-hipertensivas. De acordo com Silagy e Neil
(1994a), todavia, ainda há evidência insuficiente para recomendá-lo como uma terapia
clínica de rotina para o tratamento de pessoas hipertensas. Os efeitos cardioprotetores são
mais provavelmente devido ao seu efeito de reduzir o colesterol. Em uma meta-análise,
Warshafsky et al. (1993) resumiu os resultados de cinco ensaios clínicos placebo-
controlados, randomizados, envolvendo 410 pacientes. Eles mostraram que uma média de
900 mg de alho/dia (tão pouco quanto metade ou um dente de alho) poderia diminuir os
níveis séricos de colesterol total em aproximadamente 9%. Numa segunda meta-análise
envolvendo 16 ensaios, Silagy e Neil (1994b) relatou que 800 mg de alho/dia reduziu os
níveis de colesterol total em 12%. A validade de ambos os trabalhos, entretanto, é reduzida
por deficiências metodológicas, incluindo o fato de que a ingestão dietética, peso, e/ou
ingestão exógena de alho nem sempre foi bem controlada. Em um recente ensaio clínico
placebo-controlado, randomizado, multicêntrico em que o acesso dietético e a supervisão
foram estritamente controlados, 12 semanas de tratamento com alho foi ineficaz em reduzir
os níveis de colesterol em pessoas com hipercolesterolemia (Isaacsohn et al., 1998).
Atualmente não está claro qual componente no alho é responsável por seu efeito de reduzir
o colesterol.

Brócolis e outros Vegetais Crucíferos. Evidência epidemiológica tem associado o
consumo freqüente de vegetais crucíferos com a diminuição do risco de câncer. Em uma
revisão recente de 87 estudos caso-controle, Verhoeven et al. (1996) demonstraram uma
associação inversa entre o consumo total de vegetais brassica e o risco de câncer. A
porcentagem dos estudos caso-controle que mostraram uma associação inversa entre o
consumo de repolho, brócolis, couve-flor e couve de Bruxelas e risco de câncer foi de 70,
56, 67 e 29%, respectivamente. Verhoeven et al. (1997) atribuiu as propriedades anti-
carcinogênicas dos vegetais crucíferos ao seu conteúdo relativamente alto de
glicosinolatos.

Oa glicosinolatos são um grupo de glicosídeos armazenados dentro dos vacúolos celulares
de todos os vegetais crucíferos. A mirosinase, uma enzima encontrada em células vegetais,
catalisa estes componentes em uma variedade de produtos hidrolisados, incluindo
isotiocianatos e indoles. O indole-3 carbinol (I3C) está atualmente sob investigação por
suas propriedades quimiopreventivas do câncer, particularmente da glândula mamária.
Além da indução da fase I e II das reações de desintoxicação, o I3C pode reduzir o risco de
câncer por modular o metabolismo do estrogênio. As hidroxilações do C-16 e C-2 do
estrogênio envolvem vias dependentes do citocromo P-450 rivais, cada uma
compartilhando um estrogênio comum do pool do substrato. Estudos sugerem que a
formação aumentada dos metabólitos do estrogênio 2-hidroxilado (catecol) em relação as
formas 16-hidroxilada, pode proteger contra o câncer, conforme o estrogênio catecol pode
agir como anti-estrogênio em cultura de células. Em contraste, o 16-hidroxiestrona é
estrogênico e pode se ligar ao receptor do estrogênio. Em humanos, a administração de 500
mg de I3C diariamente (o equivalente a 350-500 g de repolho/dia) por uma semana
aumentou significativamente a quantidade de estradiol 2-hidroxilado em mulheres
(Michnovicz e Bradlow, 1991), sugerindo que este componente pode ser uma nova
abordagem para redução do risco de câncer de mama. Entretanto, uma vez que também tem
sido demonstrado que o I3C pode intensificar a carcinogênese in vivo, deve-se ter cautela
antes de continuar com ensaios clínicos extensos (Dashwood, 1998), embora ensaios de
fase I estejam atualmente sendo realizados (Wong et al., 1998).
Ainda que tenha sido demonstrado que uma grande variedade de isotiocianatos de
ocorrência natural e sintética previnem câncer em animais (Hecht, 1995), tem sido dada
atenção a um isotiocianato em particular isolado do brócolis, conhecido como sulforafano.
O sulforafano tem demonstrado ser o principal indutor de um tipo particular de enzima de
fase II, a quinona redutase. Fahey et al., (1997) recentemente demonstrou que brotos de
brócolis de 3 dias contêm níveis de 10 a 100 vezes maiores de glicorafanina (o
glicosinolato do sulforafano) que o correspondente nas plantas maduras. Entretanto, do
ponto de vista da importância de um padrão dietético geral na redução do risco de câncer,
as implicações clínicas de um único fitoquímico em isolamento têm sido questionadas
(Nestle, 1998).

Frutas Cítricas. Diversos estudos epidemiológicos têm demonstrado que as frutas cítricas
possuem um efeito protetor contra uma variedade de cânceres humanos. Ainda que laranjas,
limões, limas e toranjas [grapefruits] sejam uma das principais fontes de importantes
nutrientes como vitamina C, folato e fibras, Elegbede et al. (1993) tem sugerido que outro
componente seja o responsável pela atividade anti-câncer. As frutas cítricas são
particularmente ricas em uma classe de fitoquímicos conhecida como limonóides
(Hasegawa e Miyake, 1996).

Com o passar da última década foi se acumulando evidência em apoio ao efeito preventivo
do limoneno contra o câncer (Gould, 1997). Crowell (1997) demonstrou que este composto
é eficaz contra uma variedade de tumores de roedores tanto espontâneos como induzidos
quimicamente. Baseado nessas observações, e porque ele tem pouco ou nenhuma
toxicidade em humanos, o limoneno tem sido sugerido como um bom candidato para uma
avaliação em ensaios clínicos de quimioprevenção em humanos. Um metabólito do
limoneno, o álcool perrilil, está atualmente sendo submetido a fase I de ensaio clínico em
pacientes com tumores malignos avançados (Ripple et al., 1998).

Oxicoco (arando, uva-do-monte) [Cranberry]. O suco do oxicoco tem sido reconhecido
como eficaz no tratamento de infecções do trato urinário desde 1914, quando Blatherwick
(1914) relatou que esta fruta rica em ácido benzóico causava acidificação da urina.
Investigações recentes têm se concentrado na capacidade do suco do oxicoco em inibir a
aderência da Escherichia coli às células uroepiteliais (Schmidt e Sobota, 1988). Este
fenômeno tem sido atribuído a dois componentes: frutose e um composto polimérico não
dialisável. Descobriu-se que este último componente, subseqüentemente isolado dos sucos
do oxicoco e do fruto do vacínio [blueberry] (Ofek et al., 1991), inibe adesinas presentes
nos cílios da superfície de certas E. coli patogênicas.

Avorn et al. (1994) publicou os resultados do primeiro ensaio clínico placebo-controlado,
duplo-cego, randomizado desenhado para determinar o efeito de um suco de oxicoco
comercial sobre as infecções do trato urinário. Cento e cinqüenta e três mulheres idosas que
consumiram 300 ml por dia da bebida de oxicoco tiveram uma incidência
significativamente reduzida (58%) de bacteriúria com piúria quando comparadas com o
grupo controle após seis meses. Baseado nos resultados desses estudos, as crenças correntes
sobre os benefícios do suco do oxicoco sobre o trato urinário parecem ser justificadas.
Chá. O chá perde apenas para água como a bebida mais consumida no mundo. Uma grande
atenção tem sido dirigida aos constituintes polifenólicos do chá, particularmente do chá
verde (Harbowy e Balentine, 1997). Os polifenóis abrangem mais de 30% do peso bruto
total das folhas do chá fresco. As catequinas são os polifenóis predominantes e mais
significativos do chá (Graham, 1992). As quatro principais catequinas do chá verde são
epigalocatequina-3-galato, epigalocatequina, epicatequina-3-galato e epicatequina.

Nos últimos anos têm havido um grande interesse nos efeitos farmacológicos do chá (AHF,
1992). Até agora, a maior parte das pesquisas sobre os benefícios do chá à saúde tem
focalizado seus efeitos quimiopreventivos contra o câncer, ainda que os estudos
epidemiológicos sejam inconclusivos até agora (Katiyar and Mukhtar, 1996). Em uma
revisão de 1993 de 100 estudos epidemiológicos (Yang e Wang, 1993), aproximadamente
2/3 dos estudos não encontraram nenhuma relação entre o consumo de chá e o risco de
câncer, enquanto 20 encontraram uma relação positiva e somente 14 estudos mostraram que
o consumo de chá reduzia o risco de câncer. Uma revisão mais recente sugere que os
benefícios do consumo de chá são restritos a uma ingestão grande em populações de alto
risco (Kohlmeier et al., 1997a). Esta hipótese apóia os achados recentes de que o consumo
de cinco ou mais xícaras de chá verde por dia estava associado com a diminuição da
recorrência do câncer de mama de estágio I e II em mulheres japonesas (Nakachi et al.,
1998).

Em contraste com os resultados inconclusivos dos estudos epidemiológicos, achados de
pesquisa em animais de laboratório claramente sustentam um efeito quimiopreventivo dos
componentes do chá contra o câncer. De fato, Dreosti et al.(1997) declarou que "nenhum
outro agente testado para possíveis efeitos quimiopreventivos em modelos animais tem
evocado uma atividade tão forte quanto o chá e seus componentes nas concentrações
normalmente consumidas pelos humanos".

Há alguma evidência de que o consumo de chá também pode reduzir o risco de doenças
cardiovasculares. Hertog e colegas (1993) relataram que o consumo de chá foi a maior
fonte de flavonóides numa população de homens idosos na Holanda. A ingestão de cinco
flavonóides (qüercetina, caempferol, miricetina, apigenina e luteolina), a maioria dos quais
eram derivados do consumo do chá, foi de maneira significativa inversamente associada
com a mortalidade por doenças cardiovasculares nesta população. Ainda que diversos
outros estudos prospectivos tenham demonstrado uma redução substancial no risco de
doenças cardiovasculares com o consumo de chá, a evidência não é atualmente conclusiva
(Tijburg et al., 1997).

Vinho e Uvas. Há uma evidência crescente de que o vinho, particularmente o vinho tinto,
pode reduzir o risco de doenças cardiovasculares. A ligação entre a ingestão de vinho e a
doença cardiovascular tornou-se pela primeira vez aparente em 1979 quando St. Leger et al.
(1979) encontrou uma forte correlação negativa entre a ingestão de vinho e morte por
doença cardíaca isquêmica tanto em homens como em mulheres de 18 países. A França em
particular tem uma taxa relativamente baixa de doenças cardiovasculares apesar da dieta
rica em gordura proveniente dos latícinios (Renaud e de Lorgeril, 1992). Ainda que este
"paradoxo francês" possa ser parcialmente explicado pela capacidade do álcool em
aumentar o colesterol HDL, investigações mais recentes tem focalizado os componentes
não-alcoólicos do vinho, em particular, os flavanóides.

O rico conteúdo fenólico do vinho tinto, que é de cerca de 20-50 vezes mais alto do que no
vinho branco, é devido a incorporação das cascas da uva na fermentação do suco de uva
durante a produção. Kanner et al. (1994) demonstraram que uvas pretas sem sementes e
vinhos tintos (i.e., Cabernet Sauvignon e Petite Sirah) contêm altas concentrações de
fenólicos: 920, 1800, e 3200 mg/L, respectivamente, enquanto que as uvas verdes
Thompson contêm somente 260 mg/kg de fenólicos. Frankel e colaboradores (1993)
atribuem os benefícios positivos do vinho tinto à capacidade das substâncias fenólicas de
prevenir a oxidação do LDL, um evento crítico no processo da aterogênese.

Apesar dos benefícios do consumo de vinho sobre a redução do risco de doenças
cardiovasculares parecer promissor, um recente estudo prospectivo com 128.934 pessoas
adultas do norte da Califórnia concluiu que os benefícios do consumo de álcool sobre o
risco coronário não esteve especialmente associado com o vinho tinto (Klatsky et al., 1997).
Além disso, uma certa cautela é a ordem, uma vez que as bebidas alcoólicas de todos os
tipos têm sido ligadas ao aumento do risco de diversos tipos de câncer, incluindo câncer de
mama (Bowlin et al., 1997). Consumo moderado de vinho também tem sido associado com
uma diminuição do risco de degeneração macular relacionada com a idade (Obisesan et al.,
1998).

Aqueles que desejam os benefícios à saúde provindos do vinho sem o risco potencial
podem pensar em utilizar o vinho sem álcool, o qual tem demonstrado poder aumentar a
capacidade antioxidante total do plasma (Serafini et al., 1998). Ainda, Day et al. (1998)
demonstraram que o suco de uva comercial é eficaz em inibir a oxidação de LDL isolado de
amostras humanas. O vinho tinto também é uma fonte significativa de trans-resveratrol,
uma fitoalexina encontrada na casca da uva (Creasy e Coffee, 1988). Também tem sido
demonstrado que o resveratrol possuir propriedades estrogênicas (Gehm et al., 1997) que
podem explicar em parte os benefícios cardiovasculares do ato de beber vinho, e ele tem
demonstrado uma capacidade de inibir a carcinogênese in vivo (Jang et al., 1997).

Alimentos Funcionais Provenientes de Fontes Animais

Ainda que o vasto número de substâncias benéficas à saúde de ocorrência natural sejam de
origem vegetal, há uma série de componentes ativos fisiologicamente encontrados em
produtos de origem animal que merecem atenção por seu papel potencial para uma saúde
melhor.

Peixe. Os ácidos graxos Omega-3 (n-3) são uma classe essencial de ácidos graxos
poliinsaturados (AGPIs) derivados principalmente de óleo de peixe. Tem sido sugerido que
a dieta tipo ocidental é atualmente deficiente em ácidos graxos n-3, a qual é refletida na
taxa dietética de n-6 para n-3 estimada atualmente em 20:25-1, comparada com a taxa de
1:1 na qual os humanos evoluíram (Simopoulos, 1991). Isto tem estimulado os
pesquisadores a examinarem o papel dos ácidos graxos n-3 em uma série de doenças --
particularmente câncer e doenças cardiovasculares -- e mais recentemente, no
desenvolvimento humano precoce.
Que os ácidos graxos n-3 podiam desempenhar um papel importante em doenças
cardiovasculares foi trazido a luz pela primeira vez nos anos 70 quando Bang e Dyerberg
(1972) relataram que os esquimós tinham taxas baixas desta doença apesar de consumirem
uma dieta rica em gordura. O efeito cardioprotetor do consumo de peixe tem sido
observado em algumas investigações prospectivas (Krumhout et al., 1985), mas não em
outras (Ascherio et al., 1995). Os resultados negativos podem ser explicados pelo fato de
que embora tenha sido demonstrado que os ácidos graxos n-3 podem diminuir os
triglicerídeos em 25-30%, eles não diminuíram o LDL-colesterol. Na verdade, uma revisão
recente de 72 ensaios humanos placebo-controlados, mostrou que os ácidos graxos n-3
aumentaram o LDL-colesterol (Harris, 1996).

Embora não tenha sido inequivocadamente demonstrado que o consumo de peixe possa
reduzir o risco de doenças cardiovasculares em homens saudáveis, foi demonstrado que o
consumo de 35 g ou mais de peixe diariamente pode reduzir o risco de morte por infarto do
miocárdio não súbito no Chicago Western Electric Study (Daviglus et al., 1997), e uma
mínima quantidade como uma porção de peixe por semana foi associado com um risco
significativamente reduzido da mortalidade cardiovascular total após 11 anos em mais de
20.000 médicos norte-americanos (Albert et al., 1998).

Laticínios. Não há dúvida de que os laticínios sejam alimentos funcionais. Eles são uma
das melhores fontes de cálcio, um nutriente essencial que pode prevenir a osteoporose e
possivelmente o câncer de cólon. Em vista disto, a National Academy of Sciences
recentemente ampliou as recomendações para este nutriente para a maioria das faixas
etárias. Além do cálcio, entretanto, pesquisas recentes têm se concentrado especificamente
sobre outros componentes nos laticínios, particularmente os laticínios fermentados
conhecidos como probióticos. Os probióticos são definidos como "micróbios vivos
ingeridos como suplementos que afetam de maneira benéfica o animal hospedeiro por
melhorar seu equilíbrio microbial intestinal" (Fuller, 1994).

É estimado que cerca de 400 espécies de bactérias, separadas em duas grandes categorias,
habitam o trato gastrointestinal humano. As categorias são: aquelas consideradas benéficas
(por ex., Bifidobacterium e Lactobacilos) e aquelas consideradas deletérias (por ex.
Enterobacteriaceae e Clostridium spp.). Dos microorganismos benéficos usados
tradicionalmente na fermentação de alimentos, a bactéria ácido láctico tem atraído a maior
atenção (Sanders, 1994). Embora uma variedade de benefícios à saúde tenham sido
atribuídos aos probióticos, suas ações anti-carcinogênica, hipocolesterolêmica e antagonista
perante a patógenos entéricos e outros organismos intestinais têm recebido as maiores
atenções (Mital e Garg, 1995).

O efeito hipocolesterolêmico do leite fermentado foi descoberto a mais de 30 anos atrás
durante estudos conduzidos em membros da tribo Maasai na África (Mann et al., 1964). Os
Maasai têm níveis séricos baixos de colesterol e de doenças coronarianas clínicas apesar da
dieta rica em carne. Entretanto, eles consumem diariamente de 4 a 5 litros de leite integral
fermentado. Ainda que uma série de estudos clínicos em humanos tenha assegurado os
efeitos dos produtos fermentados do leite em reduzir o colesterol (Sanders, 1994), os
resultados são ambíguos. Os resultados dos estudos ficaram confusos devido ao tamanho
inadequado das amostras, falha em controlar a ingestão de nutriente e o consumo de
energia, e variações nos lipídios sangüíneos de base.

Mais evidências apóiam o papel dos probióticos na redução do risco de câncer,
particularmente do câncer de cólon (Mital e Garg, 1995). Esta observação pode ser devido
ao fato de que culturas de ácido láctico podem alterar a atividade de enzimas fecais (por
ex., b-glicuronidase, azorreductase, nitrorreductase) as quais se pensa desempenham um
papel no desenvolvimento do câncer de cólon. Relativamente menos atenção tem sido dada
ao consumo de produtos fermentados do leite e o risco de câncer de mama, apesar de que
uma relação inversa tenha sido observada em alguns estudos (Talamini et al., 1984; van't
Veer et al., 1989).

Além dos probióticos, há um interesse crescente nos carboidratos fermentáveis que
alimentam a microflora benéfica do intestino. Estes prebióticos, definidos por Gibson e
Roberfroid (1995) como "ingredientes alimentares não digeríveis que afetam beneficamente
o hospedeiro por estimular seletivamente o crescimento e/ou atividade de uma ou um
número limitado de bactérias no cólon e desse modo melhorar a saúde do hospedeiro",
podem incluir féculas, fibras dietéticas, outros açúcares não absorvíveis, álcoois do açúcar e
oligossacarídeos (Gibson et al., 1996). Destes, os oligossacarídeos têm recebido a maior
atenção, e numerosos benefícios à saúde têm sido atribuídos a eles (Tomomatsu, 1994). Os
oligossacarídeos consistem de cadeias curtas de polissacarídeos compostos de três e 10
açúcares simples ligados entre si. São encontrados naturalmente em muitas frutas e vegetais
(incluindo banana, alho, cebola, leite, mel, alcachofra). O conceito de prebiótico foi
posteriormente extendido para englobar o conceito de simbiótico, uma mistura de pro e
prebióticos (Gibson e Roberfroid, 1995). Muitos produtos simbióticos estão atualmente no
mercado na Europa.

Carne de Gado. Um ácido graxo anti-carcinogênico conhecido como ácido linoleico
conjugado (ALC) foi isolado pela primeira vez de carne grelhada em 1987 (Ha et al., 1987).
O ALC se refere a uma mistura de isômeros geométricos e de posição do ácido linoleico
(18:2 n-6) em que as cadeias duplas são conjugadas ao invés de existirem na configuração
interrompida metilene típica. Nove isômeros diferentes do ALC foram relatados como de
ocorrência natural nos alimentos. O ALC é único porque é encontrado em maiores
concentrações em gordura proveniente de animais ruminantes (por ex, carne de gado,
lacticínios e carne de cordeiro). A gordura da carne de gado contém de 3,1 a 8,5 mg de
ALC/g de gordura com os isômeros 9-cis e 11-trans contribuindo com 57-85% do ALC
total (Decker, 1995). O interessante é que o ALC aumenta nos alimentos que são cozidos
e/ou processados de alguma forma. Isto é significativo em vista do fato de que muitos
mutagênes e carcinogênes têm sido identificados em carnes cozidas.

Com o passar da última década tem sido demonstrado que o ALC é eficaz na supressão de
tumores do estômago em camundongos, focos de criptas colônicas aberrantes em ratos e
carcinogênese mamária em ratos (Ip e Scimeca, 1997). No modelo de tumor mamário, o
ALC é um anticarcinogênico eficaz na média de 0,1 a 1% na dieta, o que é mais alto que o
consumo estimado de aproximandemente 1 g de ALC/pessoa/dia nos Estados Unidos. Estes
resultados não são devido ao deslocamento do ácido linoleico nas células, sugerindo que
pode haver um mecanismo(s) único pelo qual o ALC modula o desenvolvimento tumoral.
Desse modo têm sido desenvolvidas pesquisas com a finalidade de aumentar o conteúdo de
ALC em laticínios derivados do leite de vaca através de modificação dietética (Kelly et al.,
1998).

Mais recentemente, o ALC tem sido investigado por sua capacidade de mudar a
constituição do corpo, sugerindo um papel como um agente redutor de peso. Camundongos
alimentados com dietas suplementadas com ALC (0,5%) exibiram uma diminuição de 60%
da gordura corporal e um aumento de 14% na massa magra do corpo quando comparados
com os controles (Park et al., 1997), possivelmente pela redução da deposição de gordura e
aumento da lipólise em adipócitos.

Questões de Segurança

Embora "aumentar a disponibilidade de alimentos mais saudáveis, incluindo alimentos
funcionais, na dieta americana seja decisivo para assegurar uma população mais saudável"
(ADA, 1995), a segurança é uma questão crucial. Os níveis ótimos da maioria dos
componentes ativos biologicamente atualmente sob investigação ainda estão por ser
determinandos. Além disso, uma série de estudos com animais tem demonstrado que alguns
dos próprios fitoquímicos (por ex., allil isotiocianato) em destaque nesta revisão por suas
propriedades preventivas do câncer são carcinogênicos em altas concentrações (Ames et al.,
1990). Deste modo, a doutrina do século XV de Paracelso de que "Todas as substâncias são
venenos . . . a dose certa diferencia um veneno de um remédio" é ainda mais pertinente hoje
devido a tendência por suplementos dietéticos.

Os benefícios e os riscos para os indivíduos e para as populações como um todo devem ser
pesados cuidadosamente quando considerar o uso disseminado de alimentos funcionais
ativos fisiologicamente. Por exemplo, quais são os riscos de se recomendar um aumento na
ingestão de componentes (por ex., isoflavones) que podem modular o metabolismo do
estrogênio? Os fitoestrogênios da soja podem representar uma "faca de dois gumes" por
causa dos relatos de que as genisteinas podem na verdade promover certos tipos de tumores
em animais (Rao et al., 1997). O conhecimento da toxicidade dos componentes dos
alimentos funcionais é crucial para diminuir a razão risco:benefício.

Conclusão

Evidências crescentes corroboram a observação de que alimentos funcionais que contêm
componentes ativos fisiologicamente, sejam de origem animal ou vegetal, podem melhorar
a saúde. Deve ser enfatizado, todavia, que os alimentos funcionais não são uma bala mágica
ou uma panacéia universal para péssimos hábitos de saúde. Não há alimentos "bons" ou
"ruins", mas há dietas boas ou ruins. A ênfase deve ser dada no padrão dietético geral -- um
padrão que siga as Diretrizes Dietéticas dos EUA atuais, e que seja baseado em vegetais,
rico em fibras, com pouca gordura animal e que contenha de 5-9 porções de frutas e
vegetais por dia. Além disso, a dieta é somente um componente de um estilo de vida geral
que pode ter um impacto sobre a saúde; outros componentes incluem tabagismo, atividades
físicas e estresse.
Consumidores preocupados com a saúde estão cada vez mais buscando alimentos
funcionais num esforço para controlar sua própria saúde e o bem-estar. O campo dos
alimentos funcionais, todavia, está em sua infância. As alegações sobre os benefícios à
saúde dos alimentos funcionais devem ser baseados em critérios científicos sólidos
(Clydesdale, 1997). Entretanto, uma série de fatores complicam o estabelecimento de uma
base científica sólida. Estes fatores incluem a complexidade das substâncias presentes nos
alimentos, efeitos sobre o alimento, mudanças metabólicas compensatórias que podem
ocorrer com as mudanças dietéticas, e, falta de marcadores substitutos do desenvolvimento
de doenças. São necessárias pesquisas adicionais para substanciar os potenciais benefícios à
saúde desses alimentos para os quais as relações dieta-saúde não estão de uma maneira
suficiente cientificamente válidas.

A pesquisa em alimentos funcionais não irá trazer avanços para a saúde pública a menos
que os benefícios dos alimentos sejam efetivamente comunicados ao consumidor. A
Harvard School of Public Health (Boston, Mass.) e a International Food Information
Council Foundation (Washington, D.C.) recentemente distribuíram uma série de diretrizes
de comunicação, direcionadas aos cientistas, editores de revistas científicas, jornalistas,
grupos de interesse e outros para melhorar a compreensão pública da ciência emergente. As
diretrizes têm a intenção de ajudar a assegurar que os resultados das pesquisas sobre
nutrição, segurança alimentar e saúde sejam comunicados de uma maneira clara,
equilibrada e não desorientadora (Fineberg e Rowe, 1998). Finalmente, aqueles alimentos
cujos benefícios à saúde são corroborados por substanciação científica suficiente têm o
potencial para ser um componente de uma importância cada vez maior de um estilo de vida
saudável e que seja benéfico ao público e a indústria de alimentos.

Sobre a Autora

Dra. Hasler é diretora executiva do Functional Foods for Health Program do Department
of Food Science and Human Nutrition da University of Illinois, Urbana, Illinois, EUA. Este
artigo pode ser baixado no formato PDF como originalmente publicado (em inglês) na
Food Technology 52(2):57-62, 1998.

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Este artigo foi publicado em 12 de fevereiro de 2001.

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  • 1. Alimentos Funcionais: Seu Papel na Prevenção de Doenças e na Promoção da Saúde http://www.geocities.com/quackwatch/ff.html Uma Publicação do Institute of Food Technologists Painel de Especialistas em Segurança Alimentar e Nutrição Claire M. Hasler, Ph.D. O princípio "Deixe o alimento ser teu remédio e o remédio ser teu alimento", exposto por Hipócrates aproximadamente 2.500 anos atrás, está recebendo um interesse renovado. Em particular, tem havido uma explosão do interesse dos consumidores no papel de alimentos específicos ou componentes alimentares ativos fisiologicamente, os supostos alimentos funcionais de melhorar a saúde (Hasler, 1998). Obviamente, todos os alimentos são funcionais, por proporcionarem sabor, aroma ou valor nutritivo. Durante a última década, entretanto, o termo funcional como aplicado aos alimentos tem adotado uma conotação diferente -- que é a de proporcionar um benefício fisiológico adicional além daquele de satisfazer as necessidades nutricionais básicas. Este Sumário do Status Científico revisa a literatura de alimentos primários de origem animal e vegetal que têm sido ligados a benefícios fisiológicos. Ainda que uma profusão de compostos ativos biologicamente tenham sido identificados com relação a isto (Kuhn, 1998), esta revisão focaliza os alimentos, ao invés de compostos específicos isolados dos alimentos. Definindo os Alimentos Funcionais O termo alimentos funcionais foi primeiramente introduzido no Japão em meados dos anos 80 e se refere aos alimentos processados contendo ingredientes que auxiliam funções específicas do corpo além de serem nutritivos. Até esta data, o Japão é o único país que formulou um processo de regulação específico para os alimentos funcionais. Conhecidos como Alimentos para Uso Específico de Saúde (FOSHU), estes alimentos são qualificados e trazem um selo de aprovação do Ministério de Saúde e Previdência Social japonês (Arai, 1996). Atualmente, 100 produtos estão licenciados como alimentos FOSHU no Japão. Nos Estados Unidos, a categoria de alimentos funcionais não é reconhecida legalmente. Independente disto, muitas organizações têm proposto definições para esta nova e emergente área da ciência dos alimentos e nutrição. O Comitê de Alimentos e Nutrição do Institute of Medicine (IOM/FNB, 1994) definiu alimentos funcionais como "qualquer alimento ou ingrediente que possa proporcionar um benefício à saúde além dos nutrientes tradicionais que ele contêm". As novas gerações mais preocupadas com a saúde têm feito dos alimentos funcionais o carro mestre da indústria alimentícia dos EUA (Meyer, 1998). Entretanto, as estimativas da magnitude deste mercado variam significativamente, como não há consenso no que constitui um alimento funcional. A Decision Resources, Inc.
  • 2. (Waltham, 1998) estima o valor de mercado dos alimentos funcionais em 28,9 bilhões de dólares. Mais significativo, talvez, é o potencial dos alimentos funcionais de mitigar doenças, promover a saúde e reduzir os custos da assistência à saúde. Alimentos Funcionais Provenientes de Fontes Vegetais Evidência esmagadora a partir dos dados de estudos epidemiológicos, in vivo, in vitro e ensaios clínicos indicam que uma dieta baseada em plantas pode reduzir o risco de doenças crônicas, particularmente o câncer. Em 1992, uma revisão de 200 estudos epidemiológicos (Block et al., 1992) mostrou que o risco de câncer em pessoas que consumiam dietas ricas em frutas e vegetais foi somente a metade daquelas que consumiam pouco destes alimentos. Está claro agora que há componentes em uma dieta baseada em plantas que são diferentes dos nutrientes tradicionais e que podem reduzir o risco de câncer. Steinmetz e Potter (1991a) identificaram mais de uma dezena de classes dessas substâncias químicas de origem vegetal e que são ativas biologicamente, agora conhecidas como "fitoquímicos". Os profissionais da saúde estão gradualmente reconhecendo o papel dos fitoquímicos na melhoria da saúde (ADA, 1995; Howard and Kritcheveky, 1997), auxiliados em parte pelo Nutrition Labeling and Education Act de 1990 (NLEA). O NLEA exigiu rótulos com valores nutricionais para a maioria dos alimentos e permitiu mensagens relacionadas com doenças ou com a saúde nos rótulos dos alimentos. Aveia. Produtos com aveia são uma fonte dietética amplamente estudada de fibras solúveis b-glucan redutoras de colesterol. Há agora uma concordância científica significativa de que o consumo deste alimento vegetal em particular pode reduzir o colesterol total e a lipoproteína de baixa densidade (LDL), desse modo reduzindo o risco de doenças cardíacas coronarianas. Por isso, o Food and Drug Administration (FDA) outorgou o primeiro alimento específico com alegação de promoção de saúde em janeiro de 1997 (DHHS/FDA, 1997), em resposta a uma petição submetida pela Quaker Oats Company (Chicago, EUA). Em sua petição de alegação de promoção de saúde, a Quaker Oats Company sintetizou 37 ensaios de intervenção clínica em humanos conduzidos entre 1980 e 1995. A maioria destes estudos revelou reduções estatisticamente significativas no colesterol total e LDL em pessoas com hipercolesterolemia que consumiram ou uma dieta americana típica ou uma dieta com baixo teor em gorduras. A quantidade diária de farelo ou farinha de aveia consumida nos estudos acima variou de 34 g a 123g. A Quaker Oats determinou que 3 gramas de b-glucan seria necessário para alcançar uma redução de 5% do colesterol no plasma, uma quantidade equivalente a aproximadamente 60 g de farinha de aveia ou 40 g de farelo de aveia (peso bruto). Assim, um alimento que traga uma alegação de promoção de saúde deve conter 13 g de farelo de aveia [oat bran] ou 20 g de farinha de aveia [oatmeal], e proporcionar, sem enriquecimento, pelo menos 1 grama de b-glucan por porção. Em fevereiro de 1998, a alegação de promoção de saúde das fibras solúveis foi ampliada para incluir a fibra psyllium. Soja. A soja tem estado na berlinda durante os anos 90. A soja não apenas é uma proteína de alta qualidade, conforme avaliação pelo método "Escore de Aminoácidos Corregido pela Digestibilidade Protéica" (Protein Digestibility Corrected Amino Acid Score) do FDA, mas
  • 3. agora tem se pensado que ela desempenha um papel preventivo e terapêutico na doença cardiovascular (DCV), câncer, osteoporose e o alívio dos sintomas da menopausa. O efeito da soja em diminuir o colesterol é o efeito fisiológico mais bem documentado. Uma meta-análise de 1995 de 38 estudos diferentes (envolvendo 743 pessoas) descobriu que o consumo da proteína da soja resultou em reduções significativas no colesterol total (9,3%), LDL-colesterol (12,9%) e triglicerídeos (10,5%), com um pequeno porém insignificante aumento (2,4%) da proteína de alta-densidade (HDL) (Anderson et al., 1995). Análise de regressão linear indicou que o nível limiar de ingestão de soja no qual os efeitos sobre os lipídeos do sangue se tornaram significativos foi de 25 g. No que se refere ao componente específico responsável pelo efeito da soja em diminuir o colesterol, recentemente tem se dado atenção as isoflavonas (Potter, 1998). As isoflavonas, todavia, não foram eficazes em diminuir o colesterol em dois estudos recentes (Hodgson et al., 1998; Nestle et al., 1997). O mecanismo exato pelo qual a soja exerce seu efeito hipocolesterolêmico não foi completamente elucidado. Em 4 de maio de 1998, a Protein Technologies International (PTI, de St. Louis, Missouri) solicitou ao FDA um pedido de alegação de promoção de saúde para os produtos que contêm proteína da soja relativo a redução do risco de doenças coronarianas. Baseado em um nível diário eficaz de 25 g de proteína da soja, a PTI propôs que a quantidade de proteína da soja necessária para qualificar um alimento individual de sustentar a alegação de promoção de saúde é de 6,25 g com um mínimo de 12,5 mg de isoflavonas totais (forma aglicone) por quantidade de referência habitualmente consumida. Em 12 de agosto, o FDA aceitou a petição da PTI e está em processo de formulação de uma proposta de regulamentação. Diversas classes de anti-carcinogênicos têm sido identifcados nos grãos de soja, incluindo inibidores de protease, fitoesteróis, saponinas, ácidos fenólicos, ácidos fíticos e isoflavonas (Messina e Barnes, 1991). Destes, as isoflavonas (genisteina e daidzeina) são particularmente notáveis porque a soja é a única fonte dietética significativa destes componentes. As isoflavonas são fenóis heterocíclicos estruturalmente similares aos esteróides estrogênicos. Devido ao fato de elas serem estrogênios fracos, as isoflavonas podem agir como anti-estrogênios por competir com os estrogênios endógenos de ocorrência natural e que são mais potentes (por ex., 17b-estradiol) ao ligarem-se ao receptor de estrogênio. Isso pode explicar porque populações que consumem quantidades significativas de soja (por ex., sudeste da Ásia) têm um risco reduzido de câncer dependente de estrogênio. Entretanto, os dados epidemiológicos sobre a ingestão de soja e o risco de câncer são inconsistentes atualmente (Messina et al., 1997). Até esta data, não há nenhum ensaio de intervenção clínica publicado que investigue o papel da soja em reduzir o risco de câncer. A soja também pode beneficiar a saúde dos ossos (Anderson e Garner, 1997). Um estudo clínico recente envolvendo 66 mulheres pós-menopausa conduzido pela University of Illinois (Erdman and Potter, 1997) descobriu que 40 g de proteína de soja isolada (ISP) por dia (contendo 90 mg de isoflavonas totais) significativamente aumentou (aproximadamente 2%) tanto o conteúdo mineral como a densidade óssea na coluna lombar após 6 meses. A teoria de que a soja pode aliviar os sintomas da menopausa foi sugerida pela observação de
  • 4. que mulheres asiáticas relatavam níveis significativamente menores de fogachos (ondas de calor) e suores noturnos quando comparadas com as mulheres ocidentais. Mais recentemente, 60 gramas de ISP diariamente por 3 meses reduziu os fogachos em 45% em 104 mulheres pós-menopausa (Albertazzi et al., 1998). Ainda que essas observações sejam animadoras, há um significativo efeito placebo nestes estudos, e é muito prematuro sugerir que a soja possa ser um substituto para a terapia de reposição hormonal. Linhaça. Entre os principais óleos extraídos de sementes, o óleo de linhaça contém o maior conteúdo (57%) do ácido graxo ômega-3, um ácido a-linolênico. As pesquisas atuais, todavia, têm se concentrado mais especificamente nos compostos associados a fibras conhecidos como lignanas. As duas lignanas primárias de mamíferos, enterodiol e seu produto oxidado, enterolactona, são formadas no trato intestinal pela ação bacteriana sobre precursores da lignana vegetal (Setchell et al., 1981). A linhaça é a fonte mais rica de precursores de lignana de mamíferos (Thompson et al., 1991). Devido ao fato que o enterodiol e a enterolactona são estruturalmente similares tanto aos estrogênios sintéticos como aos de ocorrência natural, e porque vem sendo mostrado que eles possuem atividades estrogênica fraca e anti-estrogênica, eles podem desempenhar um papel na prevenção de cânceres dependentes de estrogênios. Entretanto, não há nenhum dado epidemiológico e relativamente poucos estudos com animais para apoiar esta hipótese. Em roedores, a linhaça demonstrou diminuir tumores do cólon e da glândula mamária (Thompson, 1995) bem como do pulmão (Yan et al., 1998). Um número menor de estudos tem avaliado os efeitos da alimentação com linhaça sobre marcadores de risco para câncer em humanos. Phipps et al. (1993) demonstrou que a ingestão de 10 g de linhaça por dia desencadeou diversas mudanças hormonais associadas com a redução do risco de câncer de mama. Adlercreutz et al. (1982) descobriu que a excreção urinária de lignana foi significativamente menor em pacientes pós-menopausa com câncer de mama quando comparadas com controles que se alimentavam com uma dieta normal variada ou uma dieta lactovegetariana. Também tem se demonstrado que o consumo de linhaça pode reduzir o colesterol total e o LDL (Bierenbaum et al., 1993; Cunnane et al., 1993), bem como agregação plaquetária (Allman et al., 1995). Tomate. Selecionado pela revista Eating Well como o Vegetal do Ano em 1997, o tomate vem recebendo uma atenção significativa nos últimos três anos por causa do interesse no licopene, o carotenóide primário encontrado nesta fruta (Gerster, 1997), e seu papel na redução do risco de câncer (Weisburger, 1998). Num estudo de coorte prospectivo com mais de 47.000 homens, aqueles que consumiram produtos a base de tomate 10 vezes ou mais por semana tiveram menos da metade do risco de desenvolver câncer de próstata avançado (Giovannucci et al., 1995). Interessantemente, o licopene é o carotenóide mais abundante na glândula prostática (Clinton et al., 1996). Outros cânceres cujo risco tem sido inversamente associado com os níveis sangüíneos ou teciduais de licopene incluem o de mama, trato digestivo, colo uterino, bexiga e pele (Clinton, 1998) e possivelmente pulmão (Li et al., 1997). Os mecanismos propostos pelos quais o licopene poderia influenciar o risco de câncer estão relacionados com suas funções
  • 5. antioxidantes. O licopene é o mais eficiente extintor de oxigênio isolado em sistemas biológicos (Di Mascio et al., 1989). A função antioxidante do licopene pode também explicar a observação recente de um estudo multicêntrico europeu de que níveis de carotenóides no tecido adiposo estavam inversamente associados com o risco de infarto do miocárdio (Kohlmeier et al., 1997b). Alho. O alho (Allium sativum) é provavelmente a erva mais amplamente citada na literatura por propriedades medicinais (Nagourney, 1998). Desse modo, não é uma surpresa que o alho tenha alcançado o posto de segunda erva mais vendida nos Estados Unidos nos últimos dois anos (Anon., 1998). Os benefícios à saúde propostos para o alho são numerosos, incluindo quimioprevenção do câncer, propriedades antibióticas, anti- hipertensivas e redutoras do colesterol (Srivastava et al., 1995). O sabor e o odor característico do alho se devem a uma abundância de elementos hidro e lipossolúveis que contêm enxofre, que também são provavelmente responsáveis pelos vários efeitos medicinais atribuídos a esta planta. Entretanto, bulbos intactos de alho contêm somente alguns dos componentes ativos medicinalmente. O bulbo de alho intacto contém um aminoácido inodoro, a alina [alliin], que é convertida enzimaticamente pela alinase em alicina quando o dente de alho é moído (Block, 1992). Este último componente é responsável pelo odor característico do alho fresco. A alicina então espontaneamente se decompõe para formar numerosos compostos que contêm enxofre, alguns dos quais têm sido investigados por suas atividades quimiopreventivas. Tem sido demonstrado que componentes do alho inibem a tumorigênese em diversos modelos experimentais (Reuter et al., 1996). Entretanto, relatos adicionais têm demonstrado que o alho é ineficaz. Os resultados inconclusivos são provavelmente devido a diferenças no tipo de componentes do alho ou de preparações usadas por vários investigadores. Tem sido demonstrado variações consideráveis na quantidade dos compostos organossulfurados disponíveis em alhos in natura e em produtos à base de alho disponíveis comercialmente (Lawson et al., 1991). Diversos estudos epidemiológicos mostram que o alho pode ser eficaz em reduzir o risco de câncer em humanos (Dorant et al., 1993). Uma investigação caso-controle relativamente grande conduzida na China mostrou uma forte relação inversa entre o risco de câncer de estômago e o aumento da ingestão de plantas do gênero Allium (You et al., 1988). Mais recentemente, em um estudo com mais de 40.000 mulheres pós-menopausa, o consumo de alho foi associado com uma redução de aproximadamente 50% no risco de câncer de cólon (Steinmetz et al., 1994). Nem todos os estudos epidemiológicos, todavia, têm demonstrado que o alho tenha um efeito protetor contra a carcinogênese. Uma revisão de 1991 de 12 estudos caso-controle (Steinmetz e Potter, 1991b), descobriu que oito mostraram uma associação negativa, um não mostrou nenhuma associação, e três estudos mostraram uma associação positiva. Uma revisão mais recente de 20 estudos epidemiológicos (Ernst, 1997) sugere que os vegetais do gênero Allium, incluindo a cebola, podem conferir um efeito protetor sobre cânceres do trato gastrointestinal. Também tem se defendido o uso do alho para a prevenção de doenças cardiovasculares, possivelmente através de propriedades anti-hipertensivas. De acordo com Silagy e Neil
  • 6. (1994a), todavia, ainda há evidência insuficiente para recomendá-lo como uma terapia clínica de rotina para o tratamento de pessoas hipertensas. Os efeitos cardioprotetores são mais provavelmente devido ao seu efeito de reduzir o colesterol. Em uma meta-análise, Warshafsky et al. (1993) resumiu os resultados de cinco ensaios clínicos placebo- controlados, randomizados, envolvendo 410 pacientes. Eles mostraram que uma média de 900 mg de alho/dia (tão pouco quanto metade ou um dente de alho) poderia diminuir os níveis séricos de colesterol total em aproximadamente 9%. Numa segunda meta-análise envolvendo 16 ensaios, Silagy e Neil (1994b) relatou que 800 mg de alho/dia reduziu os níveis de colesterol total em 12%. A validade de ambos os trabalhos, entretanto, é reduzida por deficiências metodológicas, incluindo o fato de que a ingestão dietética, peso, e/ou ingestão exógena de alho nem sempre foi bem controlada. Em um recente ensaio clínico placebo-controlado, randomizado, multicêntrico em que o acesso dietético e a supervisão foram estritamente controlados, 12 semanas de tratamento com alho foi ineficaz em reduzir os níveis de colesterol em pessoas com hipercolesterolemia (Isaacsohn et al., 1998). Atualmente não está claro qual componente no alho é responsável por seu efeito de reduzir o colesterol. Brócolis e outros Vegetais Crucíferos. Evidência epidemiológica tem associado o consumo freqüente de vegetais crucíferos com a diminuição do risco de câncer. Em uma revisão recente de 87 estudos caso-controle, Verhoeven et al. (1996) demonstraram uma associação inversa entre o consumo total de vegetais brassica e o risco de câncer. A porcentagem dos estudos caso-controle que mostraram uma associação inversa entre o consumo de repolho, brócolis, couve-flor e couve de Bruxelas e risco de câncer foi de 70, 56, 67 e 29%, respectivamente. Verhoeven et al. (1997) atribuiu as propriedades anti- carcinogênicas dos vegetais crucíferos ao seu conteúdo relativamente alto de glicosinolatos. Oa glicosinolatos são um grupo de glicosídeos armazenados dentro dos vacúolos celulares de todos os vegetais crucíferos. A mirosinase, uma enzima encontrada em células vegetais, catalisa estes componentes em uma variedade de produtos hidrolisados, incluindo isotiocianatos e indoles. O indole-3 carbinol (I3C) está atualmente sob investigação por suas propriedades quimiopreventivas do câncer, particularmente da glândula mamária. Além da indução da fase I e II das reações de desintoxicação, o I3C pode reduzir o risco de câncer por modular o metabolismo do estrogênio. As hidroxilações do C-16 e C-2 do estrogênio envolvem vias dependentes do citocromo P-450 rivais, cada uma compartilhando um estrogênio comum do pool do substrato. Estudos sugerem que a formação aumentada dos metabólitos do estrogênio 2-hidroxilado (catecol) em relação as formas 16-hidroxilada, pode proteger contra o câncer, conforme o estrogênio catecol pode agir como anti-estrogênio em cultura de células. Em contraste, o 16-hidroxiestrona é estrogênico e pode se ligar ao receptor do estrogênio. Em humanos, a administração de 500 mg de I3C diariamente (o equivalente a 350-500 g de repolho/dia) por uma semana aumentou significativamente a quantidade de estradiol 2-hidroxilado em mulheres (Michnovicz e Bradlow, 1991), sugerindo que este componente pode ser uma nova abordagem para redução do risco de câncer de mama. Entretanto, uma vez que também tem sido demonstrado que o I3C pode intensificar a carcinogênese in vivo, deve-se ter cautela antes de continuar com ensaios clínicos extensos (Dashwood, 1998), embora ensaios de fase I estejam atualmente sendo realizados (Wong et al., 1998).
  • 7. Ainda que tenha sido demonstrado que uma grande variedade de isotiocianatos de ocorrência natural e sintética previnem câncer em animais (Hecht, 1995), tem sido dada atenção a um isotiocianato em particular isolado do brócolis, conhecido como sulforafano. O sulforafano tem demonstrado ser o principal indutor de um tipo particular de enzima de fase II, a quinona redutase. Fahey et al., (1997) recentemente demonstrou que brotos de brócolis de 3 dias contêm níveis de 10 a 100 vezes maiores de glicorafanina (o glicosinolato do sulforafano) que o correspondente nas plantas maduras. Entretanto, do ponto de vista da importância de um padrão dietético geral na redução do risco de câncer, as implicações clínicas de um único fitoquímico em isolamento têm sido questionadas (Nestle, 1998). Frutas Cítricas. Diversos estudos epidemiológicos têm demonstrado que as frutas cítricas possuem um efeito protetor contra uma variedade de cânceres humanos. Ainda que laranjas, limões, limas e toranjas [grapefruits] sejam uma das principais fontes de importantes nutrientes como vitamina C, folato e fibras, Elegbede et al. (1993) tem sugerido que outro componente seja o responsável pela atividade anti-câncer. As frutas cítricas são particularmente ricas em uma classe de fitoquímicos conhecida como limonóides (Hasegawa e Miyake, 1996). Com o passar da última década foi se acumulando evidência em apoio ao efeito preventivo do limoneno contra o câncer (Gould, 1997). Crowell (1997) demonstrou que este composto é eficaz contra uma variedade de tumores de roedores tanto espontâneos como induzidos quimicamente. Baseado nessas observações, e porque ele tem pouco ou nenhuma toxicidade em humanos, o limoneno tem sido sugerido como um bom candidato para uma avaliação em ensaios clínicos de quimioprevenção em humanos. Um metabólito do limoneno, o álcool perrilil, está atualmente sendo submetido a fase I de ensaio clínico em pacientes com tumores malignos avançados (Ripple et al., 1998). Oxicoco (arando, uva-do-monte) [Cranberry]. O suco do oxicoco tem sido reconhecido como eficaz no tratamento de infecções do trato urinário desde 1914, quando Blatherwick (1914) relatou que esta fruta rica em ácido benzóico causava acidificação da urina. Investigações recentes têm se concentrado na capacidade do suco do oxicoco em inibir a aderência da Escherichia coli às células uroepiteliais (Schmidt e Sobota, 1988). Este fenômeno tem sido atribuído a dois componentes: frutose e um composto polimérico não dialisável. Descobriu-se que este último componente, subseqüentemente isolado dos sucos do oxicoco e do fruto do vacínio [blueberry] (Ofek et al., 1991), inibe adesinas presentes nos cílios da superfície de certas E. coli patogênicas. Avorn et al. (1994) publicou os resultados do primeiro ensaio clínico placebo-controlado, duplo-cego, randomizado desenhado para determinar o efeito de um suco de oxicoco comercial sobre as infecções do trato urinário. Cento e cinqüenta e três mulheres idosas que consumiram 300 ml por dia da bebida de oxicoco tiveram uma incidência significativamente reduzida (58%) de bacteriúria com piúria quando comparadas com o grupo controle após seis meses. Baseado nos resultados desses estudos, as crenças correntes sobre os benefícios do suco do oxicoco sobre o trato urinário parecem ser justificadas.
  • 8. Chá. O chá perde apenas para água como a bebida mais consumida no mundo. Uma grande atenção tem sido dirigida aos constituintes polifenólicos do chá, particularmente do chá verde (Harbowy e Balentine, 1997). Os polifenóis abrangem mais de 30% do peso bruto total das folhas do chá fresco. As catequinas são os polifenóis predominantes e mais significativos do chá (Graham, 1992). As quatro principais catequinas do chá verde são epigalocatequina-3-galato, epigalocatequina, epicatequina-3-galato e epicatequina. Nos últimos anos têm havido um grande interesse nos efeitos farmacológicos do chá (AHF, 1992). Até agora, a maior parte das pesquisas sobre os benefícios do chá à saúde tem focalizado seus efeitos quimiopreventivos contra o câncer, ainda que os estudos epidemiológicos sejam inconclusivos até agora (Katiyar and Mukhtar, 1996). Em uma revisão de 1993 de 100 estudos epidemiológicos (Yang e Wang, 1993), aproximadamente 2/3 dos estudos não encontraram nenhuma relação entre o consumo de chá e o risco de câncer, enquanto 20 encontraram uma relação positiva e somente 14 estudos mostraram que o consumo de chá reduzia o risco de câncer. Uma revisão mais recente sugere que os benefícios do consumo de chá são restritos a uma ingestão grande em populações de alto risco (Kohlmeier et al., 1997a). Esta hipótese apóia os achados recentes de que o consumo de cinco ou mais xícaras de chá verde por dia estava associado com a diminuição da recorrência do câncer de mama de estágio I e II em mulheres japonesas (Nakachi et al., 1998). Em contraste com os resultados inconclusivos dos estudos epidemiológicos, achados de pesquisa em animais de laboratório claramente sustentam um efeito quimiopreventivo dos componentes do chá contra o câncer. De fato, Dreosti et al.(1997) declarou que "nenhum outro agente testado para possíveis efeitos quimiopreventivos em modelos animais tem evocado uma atividade tão forte quanto o chá e seus componentes nas concentrações normalmente consumidas pelos humanos". Há alguma evidência de que o consumo de chá também pode reduzir o risco de doenças cardiovasculares. Hertog e colegas (1993) relataram que o consumo de chá foi a maior fonte de flavonóides numa população de homens idosos na Holanda. A ingestão de cinco flavonóides (qüercetina, caempferol, miricetina, apigenina e luteolina), a maioria dos quais eram derivados do consumo do chá, foi de maneira significativa inversamente associada com a mortalidade por doenças cardiovasculares nesta população. Ainda que diversos outros estudos prospectivos tenham demonstrado uma redução substancial no risco de doenças cardiovasculares com o consumo de chá, a evidência não é atualmente conclusiva (Tijburg et al., 1997). Vinho e Uvas. Há uma evidência crescente de que o vinho, particularmente o vinho tinto, pode reduzir o risco de doenças cardiovasculares. A ligação entre a ingestão de vinho e a doença cardiovascular tornou-se pela primeira vez aparente em 1979 quando St. Leger et al. (1979) encontrou uma forte correlação negativa entre a ingestão de vinho e morte por doença cardíaca isquêmica tanto em homens como em mulheres de 18 países. A França em particular tem uma taxa relativamente baixa de doenças cardiovasculares apesar da dieta rica em gordura proveniente dos latícinios (Renaud e de Lorgeril, 1992). Ainda que este "paradoxo francês" possa ser parcialmente explicado pela capacidade do álcool em
  • 9. aumentar o colesterol HDL, investigações mais recentes tem focalizado os componentes não-alcoólicos do vinho, em particular, os flavanóides. O rico conteúdo fenólico do vinho tinto, que é de cerca de 20-50 vezes mais alto do que no vinho branco, é devido a incorporação das cascas da uva na fermentação do suco de uva durante a produção. Kanner et al. (1994) demonstraram que uvas pretas sem sementes e vinhos tintos (i.e., Cabernet Sauvignon e Petite Sirah) contêm altas concentrações de fenólicos: 920, 1800, e 3200 mg/L, respectivamente, enquanto que as uvas verdes Thompson contêm somente 260 mg/kg de fenólicos. Frankel e colaboradores (1993) atribuem os benefícios positivos do vinho tinto à capacidade das substâncias fenólicas de prevenir a oxidação do LDL, um evento crítico no processo da aterogênese. Apesar dos benefícios do consumo de vinho sobre a redução do risco de doenças cardiovasculares parecer promissor, um recente estudo prospectivo com 128.934 pessoas adultas do norte da Califórnia concluiu que os benefícios do consumo de álcool sobre o risco coronário não esteve especialmente associado com o vinho tinto (Klatsky et al., 1997). Além disso, uma certa cautela é a ordem, uma vez que as bebidas alcoólicas de todos os tipos têm sido ligadas ao aumento do risco de diversos tipos de câncer, incluindo câncer de mama (Bowlin et al., 1997). Consumo moderado de vinho também tem sido associado com uma diminuição do risco de degeneração macular relacionada com a idade (Obisesan et al., 1998). Aqueles que desejam os benefícios à saúde provindos do vinho sem o risco potencial podem pensar em utilizar o vinho sem álcool, o qual tem demonstrado poder aumentar a capacidade antioxidante total do plasma (Serafini et al., 1998). Ainda, Day et al. (1998) demonstraram que o suco de uva comercial é eficaz em inibir a oxidação de LDL isolado de amostras humanas. O vinho tinto também é uma fonte significativa de trans-resveratrol, uma fitoalexina encontrada na casca da uva (Creasy e Coffee, 1988). Também tem sido demonstrado que o resveratrol possuir propriedades estrogênicas (Gehm et al., 1997) que podem explicar em parte os benefícios cardiovasculares do ato de beber vinho, e ele tem demonstrado uma capacidade de inibir a carcinogênese in vivo (Jang et al., 1997). Alimentos Funcionais Provenientes de Fontes Animais Ainda que o vasto número de substâncias benéficas à saúde de ocorrência natural sejam de origem vegetal, há uma série de componentes ativos fisiologicamente encontrados em produtos de origem animal que merecem atenção por seu papel potencial para uma saúde melhor. Peixe. Os ácidos graxos Omega-3 (n-3) são uma classe essencial de ácidos graxos poliinsaturados (AGPIs) derivados principalmente de óleo de peixe. Tem sido sugerido que a dieta tipo ocidental é atualmente deficiente em ácidos graxos n-3, a qual é refletida na taxa dietética de n-6 para n-3 estimada atualmente em 20:25-1, comparada com a taxa de 1:1 na qual os humanos evoluíram (Simopoulos, 1991). Isto tem estimulado os pesquisadores a examinarem o papel dos ácidos graxos n-3 em uma série de doenças -- particularmente câncer e doenças cardiovasculares -- e mais recentemente, no desenvolvimento humano precoce.
  • 10. Que os ácidos graxos n-3 podiam desempenhar um papel importante em doenças cardiovasculares foi trazido a luz pela primeira vez nos anos 70 quando Bang e Dyerberg (1972) relataram que os esquimós tinham taxas baixas desta doença apesar de consumirem uma dieta rica em gordura. O efeito cardioprotetor do consumo de peixe tem sido observado em algumas investigações prospectivas (Krumhout et al., 1985), mas não em outras (Ascherio et al., 1995). Os resultados negativos podem ser explicados pelo fato de que embora tenha sido demonstrado que os ácidos graxos n-3 podem diminuir os triglicerídeos em 25-30%, eles não diminuíram o LDL-colesterol. Na verdade, uma revisão recente de 72 ensaios humanos placebo-controlados, mostrou que os ácidos graxos n-3 aumentaram o LDL-colesterol (Harris, 1996). Embora não tenha sido inequivocadamente demonstrado que o consumo de peixe possa reduzir o risco de doenças cardiovasculares em homens saudáveis, foi demonstrado que o consumo de 35 g ou mais de peixe diariamente pode reduzir o risco de morte por infarto do miocárdio não súbito no Chicago Western Electric Study (Daviglus et al., 1997), e uma mínima quantidade como uma porção de peixe por semana foi associado com um risco significativamente reduzido da mortalidade cardiovascular total após 11 anos em mais de 20.000 médicos norte-americanos (Albert et al., 1998). Laticínios. Não há dúvida de que os laticínios sejam alimentos funcionais. Eles são uma das melhores fontes de cálcio, um nutriente essencial que pode prevenir a osteoporose e possivelmente o câncer de cólon. Em vista disto, a National Academy of Sciences recentemente ampliou as recomendações para este nutriente para a maioria das faixas etárias. Além do cálcio, entretanto, pesquisas recentes têm se concentrado especificamente sobre outros componentes nos laticínios, particularmente os laticínios fermentados conhecidos como probióticos. Os probióticos são definidos como "micróbios vivos ingeridos como suplementos que afetam de maneira benéfica o animal hospedeiro por melhorar seu equilíbrio microbial intestinal" (Fuller, 1994). É estimado que cerca de 400 espécies de bactérias, separadas em duas grandes categorias, habitam o trato gastrointestinal humano. As categorias são: aquelas consideradas benéficas (por ex., Bifidobacterium e Lactobacilos) e aquelas consideradas deletérias (por ex. Enterobacteriaceae e Clostridium spp.). Dos microorganismos benéficos usados tradicionalmente na fermentação de alimentos, a bactéria ácido láctico tem atraído a maior atenção (Sanders, 1994). Embora uma variedade de benefícios à saúde tenham sido atribuídos aos probióticos, suas ações anti-carcinogênica, hipocolesterolêmica e antagonista perante a patógenos entéricos e outros organismos intestinais têm recebido as maiores atenções (Mital e Garg, 1995). O efeito hipocolesterolêmico do leite fermentado foi descoberto a mais de 30 anos atrás durante estudos conduzidos em membros da tribo Maasai na África (Mann et al., 1964). Os Maasai têm níveis séricos baixos de colesterol e de doenças coronarianas clínicas apesar da dieta rica em carne. Entretanto, eles consumem diariamente de 4 a 5 litros de leite integral fermentado. Ainda que uma série de estudos clínicos em humanos tenha assegurado os efeitos dos produtos fermentados do leite em reduzir o colesterol (Sanders, 1994), os resultados são ambíguos. Os resultados dos estudos ficaram confusos devido ao tamanho
  • 11. inadequado das amostras, falha em controlar a ingestão de nutriente e o consumo de energia, e variações nos lipídios sangüíneos de base. Mais evidências apóiam o papel dos probióticos na redução do risco de câncer, particularmente do câncer de cólon (Mital e Garg, 1995). Esta observação pode ser devido ao fato de que culturas de ácido láctico podem alterar a atividade de enzimas fecais (por ex., b-glicuronidase, azorreductase, nitrorreductase) as quais se pensa desempenham um papel no desenvolvimento do câncer de cólon. Relativamente menos atenção tem sido dada ao consumo de produtos fermentados do leite e o risco de câncer de mama, apesar de que uma relação inversa tenha sido observada em alguns estudos (Talamini et al., 1984; van't Veer et al., 1989). Além dos probióticos, há um interesse crescente nos carboidratos fermentáveis que alimentam a microflora benéfica do intestino. Estes prebióticos, definidos por Gibson e Roberfroid (1995) como "ingredientes alimentares não digeríveis que afetam beneficamente o hospedeiro por estimular seletivamente o crescimento e/ou atividade de uma ou um número limitado de bactérias no cólon e desse modo melhorar a saúde do hospedeiro", podem incluir féculas, fibras dietéticas, outros açúcares não absorvíveis, álcoois do açúcar e oligossacarídeos (Gibson et al., 1996). Destes, os oligossacarídeos têm recebido a maior atenção, e numerosos benefícios à saúde têm sido atribuídos a eles (Tomomatsu, 1994). Os oligossacarídeos consistem de cadeias curtas de polissacarídeos compostos de três e 10 açúcares simples ligados entre si. São encontrados naturalmente em muitas frutas e vegetais (incluindo banana, alho, cebola, leite, mel, alcachofra). O conceito de prebiótico foi posteriormente extendido para englobar o conceito de simbiótico, uma mistura de pro e prebióticos (Gibson e Roberfroid, 1995). Muitos produtos simbióticos estão atualmente no mercado na Europa. Carne de Gado. Um ácido graxo anti-carcinogênico conhecido como ácido linoleico conjugado (ALC) foi isolado pela primeira vez de carne grelhada em 1987 (Ha et al., 1987). O ALC se refere a uma mistura de isômeros geométricos e de posição do ácido linoleico (18:2 n-6) em que as cadeias duplas são conjugadas ao invés de existirem na configuração interrompida metilene típica. Nove isômeros diferentes do ALC foram relatados como de ocorrência natural nos alimentos. O ALC é único porque é encontrado em maiores concentrações em gordura proveniente de animais ruminantes (por ex, carne de gado, lacticínios e carne de cordeiro). A gordura da carne de gado contém de 3,1 a 8,5 mg de ALC/g de gordura com os isômeros 9-cis e 11-trans contribuindo com 57-85% do ALC total (Decker, 1995). O interessante é que o ALC aumenta nos alimentos que são cozidos e/ou processados de alguma forma. Isto é significativo em vista do fato de que muitos mutagênes e carcinogênes têm sido identificados em carnes cozidas. Com o passar da última década tem sido demonstrado que o ALC é eficaz na supressão de tumores do estômago em camundongos, focos de criptas colônicas aberrantes em ratos e carcinogênese mamária em ratos (Ip e Scimeca, 1997). No modelo de tumor mamário, o ALC é um anticarcinogênico eficaz na média de 0,1 a 1% na dieta, o que é mais alto que o consumo estimado de aproximandemente 1 g de ALC/pessoa/dia nos Estados Unidos. Estes resultados não são devido ao deslocamento do ácido linoleico nas células, sugerindo que pode haver um mecanismo(s) único pelo qual o ALC modula o desenvolvimento tumoral.
  • 12. Desse modo têm sido desenvolvidas pesquisas com a finalidade de aumentar o conteúdo de ALC em laticínios derivados do leite de vaca através de modificação dietética (Kelly et al., 1998). Mais recentemente, o ALC tem sido investigado por sua capacidade de mudar a constituição do corpo, sugerindo um papel como um agente redutor de peso. Camundongos alimentados com dietas suplementadas com ALC (0,5%) exibiram uma diminuição de 60% da gordura corporal e um aumento de 14% na massa magra do corpo quando comparados com os controles (Park et al., 1997), possivelmente pela redução da deposição de gordura e aumento da lipólise em adipócitos. Questões de Segurança Embora "aumentar a disponibilidade de alimentos mais saudáveis, incluindo alimentos funcionais, na dieta americana seja decisivo para assegurar uma população mais saudável" (ADA, 1995), a segurança é uma questão crucial. Os níveis ótimos da maioria dos componentes ativos biologicamente atualmente sob investigação ainda estão por ser determinandos. Além disso, uma série de estudos com animais tem demonstrado que alguns dos próprios fitoquímicos (por ex., allil isotiocianato) em destaque nesta revisão por suas propriedades preventivas do câncer são carcinogênicos em altas concentrações (Ames et al., 1990). Deste modo, a doutrina do século XV de Paracelso de que "Todas as substâncias são venenos . . . a dose certa diferencia um veneno de um remédio" é ainda mais pertinente hoje devido a tendência por suplementos dietéticos. Os benefícios e os riscos para os indivíduos e para as populações como um todo devem ser pesados cuidadosamente quando considerar o uso disseminado de alimentos funcionais ativos fisiologicamente. Por exemplo, quais são os riscos de se recomendar um aumento na ingestão de componentes (por ex., isoflavones) que podem modular o metabolismo do estrogênio? Os fitoestrogênios da soja podem representar uma "faca de dois gumes" por causa dos relatos de que as genisteinas podem na verdade promover certos tipos de tumores em animais (Rao et al., 1997). O conhecimento da toxicidade dos componentes dos alimentos funcionais é crucial para diminuir a razão risco:benefício. Conclusão Evidências crescentes corroboram a observação de que alimentos funcionais que contêm componentes ativos fisiologicamente, sejam de origem animal ou vegetal, podem melhorar a saúde. Deve ser enfatizado, todavia, que os alimentos funcionais não são uma bala mágica ou uma panacéia universal para péssimos hábitos de saúde. Não há alimentos "bons" ou "ruins", mas há dietas boas ou ruins. A ênfase deve ser dada no padrão dietético geral -- um padrão que siga as Diretrizes Dietéticas dos EUA atuais, e que seja baseado em vegetais, rico em fibras, com pouca gordura animal e que contenha de 5-9 porções de frutas e vegetais por dia. Além disso, a dieta é somente um componente de um estilo de vida geral que pode ter um impacto sobre a saúde; outros componentes incluem tabagismo, atividades físicas e estresse.
  • 13. Consumidores preocupados com a saúde estão cada vez mais buscando alimentos funcionais num esforço para controlar sua própria saúde e o bem-estar. O campo dos alimentos funcionais, todavia, está em sua infância. As alegações sobre os benefícios à saúde dos alimentos funcionais devem ser baseados em critérios científicos sólidos (Clydesdale, 1997). Entretanto, uma série de fatores complicam o estabelecimento de uma base científica sólida. Estes fatores incluem a complexidade das substâncias presentes nos alimentos, efeitos sobre o alimento, mudanças metabólicas compensatórias que podem ocorrer com as mudanças dietéticas, e, falta de marcadores substitutos do desenvolvimento de doenças. São necessárias pesquisas adicionais para substanciar os potenciais benefícios à saúde desses alimentos para os quais as relações dieta-saúde não estão de uma maneira suficiente cientificamente válidas. A pesquisa em alimentos funcionais não irá trazer avanços para a saúde pública a menos que os benefícios dos alimentos sejam efetivamente comunicados ao consumidor. A Harvard School of Public Health (Boston, Mass.) e a International Food Information Council Foundation (Washington, D.C.) recentemente distribuíram uma série de diretrizes de comunicação, direcionadas aos cientistas, editores de revistas científicas, jornalistas, grupos de interesse e outros para melhorar a compreensão pública da ciência emergente. As diretrizes têm a intenção de ajudar a assegurar que os resultados das pesquisas sobre nutrição, segurança alimentar e saúde sejam comunicados de uma maneira clara, equilibrada e não desorientadora (Fineberg e Rowe, 1998). Finalmente, aqueles alimentos cujos benefícios à saúde são corroborados por substanciação científica suficiente têm o potencial para ser um componente de uma importância cada vez maior de um estilo de vida saudável e que seja benéfico ao público e a indústria de alimentos. Sobre a Autora Dra. Hasler é diretora executiva do Functional Foods for Health Program do Department of Food Science and Human Nutrition da University of Illinois, Urbana, Illinois, EUA. Este artigo pode ser baixado no formato PDF como originalmente publicado (em inglês) na Food Technology 52(2):57-62, 1998. Referências 1. ADA. 1995. Position of the American Dietetic Association: Phytochemicals and functional foods. J. Am. Diet. Assoc. 95: 493-496. 2. AHF.1992. Physiological and pharmacological effects of Camellia snensis (Tea): Implications for cardiovascular disease, cancer, and public health. 3. American Health Foundation, Valhalla, New York, Prevent. Med. 21: 329-391 and 503-553. 4. Adlercreutz, H., Fotsis, T., Heikkinen, R., Dwyer, J.T., Woods, M., Goldin, B.R., and Gorbach, S.L. 1982. Excretion of the lignans enterolactone and enterodiol and of equol in omnivorous and vegetarian postmenopausal women and in women with breast cancer. Lancet ii: 1295-1299. 5. Albert, C.M., Hennekens, C.H., O'Donnell, C.J., Ajani, U.A., Carey, V.J., Willett, W.C., Ruskin, J.N., and Manson, J.E. 1998. Fish consumption and risk of sudden cardiac death. J. Am. Med. Assoc. 279: 23-28.
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