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Primeiros socorros
DEFINIÇÃO.................................................................. 2
HISTÓRIA.................................................................... 2
Cruz vermelha ........................................................ 2
PRIMEIRAS OBSERVAÇÕES ................................. 3
Avaliação do local do acidente............................. 3
Avaliação da vitima ................................................ 3
Posição lateral de segurança (PSL).................... 3
FUNÇÕES VITAIS....................................................... 4
TEMPERATURA CORPORAL ................................. 4
Temperatura alta e baixa ...................................... 4
Verificação da temperatura................................... 4
RESPIRAÇÃO ............................................................ 5
Valores normais...................................................... 5
Tipos de respiração ............................................... 5
PULSO......................................................................... 5
PRESSÃO ARTERIAL............................................... 6
Medição da pressão arterial ................................. 6
ASFIXIA ....................................................................... 7
CAUSAS E PRIMEIROS SOCORROS ................... 7
MANOBRA DE HEIMLICH ........................................ 7
RESSUCITAÇÃO CARDÍO-RESPIRATÓRIA (RCR) ....... 8
CAUSAS ...................................................................... 8
Identificação de PCR............................................. 8
PRIMEIROS SOCORROS ........................................ 8
Massagem cardíaca............................................... 9
Suporte básico de vida (SBV) .............................. 9
Suporte respiratório ............................................. 10
Corrente de sobrevivência.................................. 10
ESTADO DE CHOQUE..............................................11
TIPOS DE CHOQUE................................................ 11
Choque hipovolêmico .......................................... 11
Choque cardiogênico........................................... 11
Choque septicêmico ............................................ 11
Choque anafilático ............................................... 11
Choque neurogênico ........................................... 11
RECONHECIMENTO .............................................. 11
Sintomas................................................................ 11
Prevenção ............................................................. 11
HEMORRAGIAS.........................................................12
TIPOS DE HEMORRAGIAS ................................... 12
Hemorragias arteriais .......................................... 12
Hemorragias venosas.......................................... 12
Hemorragias externa ........................................... 12
Hemorragias interna ............................................ 12
Consequência das hemorragias ........................ 12
PRIMEIROS SOCORROS.......................................12
Torniquete ..............................................................12
QUEIMADURAS ........................................................13
CLASSIFICAÇÃO DAS QUEIMADURAS..............13
Queimadura de 1º grau........................................13
Queimadura de 2º grau........................................13
Queimadura de 3º grau........................................13
EXTENSÃO DAS QUEIMADURAS ........................13
CAUSAS E PRIMEIROS SOCORROS ..................14
Queimaduras térmicas .........................................14
Queimadura química ............................................14
Queimadura elétrica .............................................14
Queimadura por radiação ....................................14
Queimadura biológico ..........................................14
LESÕES ORTOPÉDICAS.........................................15
ENTORSES ...............................................................15
Primeiros socorros................................................15
DISTENSÕES............................................................15
Primeiros socorros................................................15
LUXAÇÃO ..................................................................15
Primeiros socorros................................................15
CONTUSÕES............................................................16
Primeiros socorros................................................16
FRATURAS ................................................................17
CLASSIFICAÇÃO DAS FRATURAS ......................17
Primeiros socorros................................................17
ESTADO DE CONSCIÊNCIA ...................................18
DESMAIO...................................................................18
Primeiros socorros................................................18
CONCEITOS TÉCNICOS EM PS .............................19
URGÊNCIA E EMERGÊNCIA .................................19
Urgência .................................................................19
Emergência............................................................19
NEGLIGÊNCIA, IMPRUDÊNCIA E IMPERICIA....19
CONTATOS TELEFÔNICOS ..................................19
COMPROMISSOS DOS SOCORRISTAS.............19
CONTROLE DOS 3 C,S...........................................19
Competência..........................................................19
Confiança ...............................................................19
Compaixão.............................................................19
PASSOS EM SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIAS..19
Observações..........................................................19
Proteção .................................................................19
Sinalização.............................................................19
Localização ............................................................19
2
DEFINIÇÃO
São uma série de procedimentos simples, com
intuito de manter a vida em situações de emergência,
consiste em ações imediatas a fim de manter as
funções vitais. Feitas por pessoas comuns com esse
conhecimento, até a chegada de atendimento médico
especializado. Independentemente do local de
atuação, todos precisam ter conhecimentos de
primeiros socorros.
HISTÓRIA
Jean Henry Dunant, em 1859, com apoio de
Napoleão III instruiu pessoas comuns para ajudar os
feridos de guerra.Das ações desenvolvidas por
Dunant, surgiu a cruz vermelha em 1863.
Figura 1: Jean Henry Dunant (1828-1910)Filantropo suíço, co-
fundador da cruz vermelha. Ao presenciar o sofrimento na frente
de combate na Batalha de solferino em 1859, organizou um
serviço de primeiros socorros
Figura 2: Carlos Luís Napoleão Bonaparte (1808-1873)
Primeiro presidente francês e também um imperador,
responsável por um considerável desenvolvimento
indústria e econômico.
Desde a sua criação até os nossos dias, as
técnicas de primeiros socorros são tidas como de
fundamental importância para a vida humana. Nota-
se, estatisticamente, que muitas pessoas feridas ou
acidentadas acabam vindas a óbito antes de chegar a
uma unidade de saúde, devido à falta de um
atendimento adequado nos primeiros socorros,
atendimento esse que poderia ser realizado por
qualquer tipo de pessoa devidamente e previamente
instruída.
Cruz vermelha
A cruz vermelha é uma entidade internacional com
sede em vários países. No Brasil foi fundada em 1908
pelo Dr. Joaquim de Oliveira Botelho, seu primeiro
presidente foi Oswaldo Cruz. A Cruz Vermelha atua
em beneficio das pessoas acometidas por desastres
e na capacitação em primeiros socorros e saúde
comunitária. Sempre expandindo seus serviços com
o objetivo de prevenir e aliviar o sofrimento.
Figura 3: equipe da Cruz vermelha esperando refugiados
líbios desembarcarem na ilha de Creta.
3
PRIMEIRAS OBSERVAÇÕES
Avaliação do local do acidente
Etapa básica na prestação de primeiro socorros.
Deve-se assumir o controle da situação e proceder a
uma rápida e segura avaliação do ocorrido. É
importante também:
 Evitar o pânico e procurar a colaboração de outras
pessoas.
 Manter afastados os curiosos, evitando confusão
e ter mais espaço.
É importante observar se existem perigos para o
acidentado e para quem estiver prestando socorro,
como exemplo fios elétricos soltos e desencapados,
tráfego de veículos, andaimes e vazamento de gás.
Avaliar o acidentado na posição em que se encontra
só mobilizá-lo com segurança.
Avaliação da vitima
É a segunda etapa básica na preparação dos
primeiros socorros. Devendo ser realizada
simultaneamente ou imediatamente a avaliação do
acidente e proteção do acidentado, devem ser
observadas as seguintes prioridades:
 Estado de consciência: avaliação de
respostas lógicas como nome e idade.
 Respiração: movimentos torácicos e
abdominais com entrada e saída de ar
pelas narinas ou boca.
 Hemorragias: avaliar a quantidade, o
volume e a qualidade do sangue se é
arterial ou venoso.
 Pupilas: verificar estado de dilatação e
simetria.
Em seguida proceder a um exame rápido das
diversas partes do corpo. Se o acidentado está
consciente, perguntar por áreas dolorosas no corpo
e incapacidade funcionais de mobilização. O
acidentado inconsciente é uma preocupação, pois
temos poucas informações sobre seu estado e
podem surgir, complicações devido à
inconsciência. O primeiro cuidado é manter as vias
respiratórias superiores desimpedidas fazendo a
extensão da cabeça, ou mantê-la em posição
lateral para evitar asfixia de vômito. A observação
das seguintes alterações são prioridades acima de
qualquer outra iniciativa:
 Falta de respiração.
 Falta de circulação (pulso ausente).
 Hemorragia abundante.
 Perda dos sentidos.
 Envenenamento.
Figura 4: (a) avaliação da cena; (b) avaliando o estado de
consciência da vítima; (c) pedindo ajuda para as outras
pessoas; (d) desobstruindo as vias aéreas; (e) verificando
se a vítima está respirando.
Posição lateral de segurança (PSL)
Permite manter a permeabilidade da via aérea em
qualquer vítima inconsciente que respira
normalmente. Prevenindo que a língua bloqueie a via
aérea. Evita que possível vômito ou saliva seja
aspirada para os pulmões. É importante nunca aplicar
esta técnica em vítimas com suspeita de leões graves
na coluna vertebral.
Figura 5: (a) ajoelhe-se a direita da vitima, coloque o braço
mais próximo da vítima em angula reto e vire o antebraço
num ângulo de 90° , com a palma da mão voltada para
cima; (b)traga o braço mais afastado da vítima por cima do
torax de modo que as costas da mão dela fiquem junta a
face. (c) coma outra mão, levante a perna mas afastada da
vítima, logo acima do joelho e mantenha a mão apoiada na
face, puxe a perna mais afastada e role a vítima para seu
lado; (d) ajuste a vítima de modo que a anca e o joelho
façam ângulos retos. Ajuste a inclinação da cabeça de
modo que as vias aéreas permaneça permeável.
4
FUNÇÕES VITAIS
É importante ter conhecimento dos sinais que o
corpo emite e servem como informações para a
determinação do seu estado físico. Sinais vitais são
aqueles que indicam a existência de vida, são reflexos
que permitem concluir sobre o estado geral de uma
pessoa. As alterações da função corporal refletem na
temperatura, na pulsação, na respiração e BA
pressão arterial, podendo indicar enfermidade.
Os sinais do corpo que devem ser conhecidos são:
 Temperatura.
 Respiração.
 Pulso.
 Pressão arterial.
TEMPERATURA CORPORAL
Resulta do equilíbrio térmico mantido pelo
organismo. Ela é um importante indicador da
atividade metabólica. O nosso corpo mantém uma
temperatura normal que varia de 35,9 a 37ºC a
avaliação da temperatura é uma das maneiras de
identificar o estado de uma pessoa, em alguma
emergência a temperatura muda muito.
Variação da temperatura do corpo
Estado térmico Temperatura (ºC)
Subnormal 34-36
Normal 36-37
Estado febril 37-38
Febre 38-39
Febre alta 39-40
Febre muito alta 40-41
Tabela 1: Mostra os estados térmicos do corpo humano e
sua temperatura.
Temperatura alta e baixa
O termo regulação térmica é o mecanismo que
mantém o organismo na temperatura operacional
ótima.a febre e a hipertemia é quando a temperatura
do corpo está alta. A maioria das febres é causada por
infecções e a hipertemia ocorre quando o corpo
produz ou absorve muito calor. O sintoma da
hipertensão é dor de cabeça, confusão e fadiga. O
tratamento da hipertemia envolve resfriar o corpo,
isso pode ser feito retirando a vítima do sol, bebendo
água, ou sentar em frente ao ventilador.
Na temperatura corporal baixa ou hipotermia a
temperatura baixa para menos do que é necessário
para o metabolismo e funções corporais normais.
Essa baixa é geralmente decorrente da exposição ao
ar frio ou água gelada. Os sintomas aparecem quando
a temperatura baixa de 1° a 2°C.
Verificação da temperatura
Medir a temperatura do corpo nos fornece varias
informações a respeito da saúde de uma pessoa. A
mensuração da temperatura corporal, pode ser feita:
axilar, oral, retal, timpânico e etc. mas para o
socorrista a oral e a axilar são fundamentais.
Oral ou bocal: a temperatura média é de 36,2 a
37ºC o termômetro deve ficar três minutos, sob a
língua.
Axilar: temperatura média de 36 a 36,8ºC o
termômetro deve ser mantido sob axila seca, por 3 a
5 minutos.
Figura 6: (a) verificação da temperatura corporal oral,
agite o termômetro antes de colocá-lo na boca; coloque o
termômetro sob a língua, feche a boca e respire pelo nariz.
(b) desnute o braço deixe a axila exposta, agite o
termômetro e coloque na axila, mantenha o termômetro
por três minutos e remova o termômetro.
5
RESPIRAÇÃO
É uma das funções essenciais a vida. Seu
funcionamento processa-se de maneira involuntária e
automática. A observação do estado da respiração de
um acidentado é básica no atendimento de primeiro
socorros. A freqüência da respiração é contada pela
quantidade de vezes que uma pessoa realiza os
movimentos combinados de inspiração e expiração
em um minuto. A contagem pode ser feita
observando a elevação do tórax se o acidentado for
mulher ou do abdome se for homem ou criança.
Valores normais
Homem 16 a 18 mpm (movimentos por minutos)
Mulher 18 a 20 mpm
Criança 20 a 25 mpm
Lactentes 30 a 40 mpm
Tipos de respiração
 Eupneia: Respiração que se processa por
movimentos regulares, sem dificultada na
frequência.
 Apneia: É a ausência dos movimentos
respiratórios. Equivale a parada
respiratória.
 Dispneia: Dificuldade na execução dos
movimentos respiratório.
 Bradipneia: Diminuição na frequência
média dos movimentos respiratórios.
 Taquipneia: Aceleração dos movimentos
respiratórios.
 Ortopneia: O acidentado só respira
sentado.
 Hiperpneia ou hiperventilação: É quando
ocorre o aumento da frequência dos
movimentos respiratórios.
Procedimentos:
 Deitar o paciente ou sentar confortavelmente.
 Observar os movimentos de abaixamento e
elevação do tórax. Os 2 movimentos
(inspiração e expiração) somam um movimento
respiratório.
Colocar a mão no pulso do paciente a fim de
disfarçar a observação.
 Contar durante 1 minuto.
 Lavar a mão.
Observação: não permitir que o paciente fale,
não contar a respiração logo após esforços do
paciente.
PULSO
É a onda de distensão de uma artéria transmitida
pela pressão que o coração exerce sobre o sangue.
Esta onda é perceptível pela palpação de uma artéria
e se repete com regularidade. O pulso pode ser
apresentado variando de acordo com sua frequência,
regularidade, tensão e volume.
Regularidade: Pulso rítmico: normal
Pulso arrítmico: anormal
Tensão: Frequência: existe uma variação média de
acordo com a idade como pode ser visto abaixo.
Volume: Pulso cheio: normal
Pulso filiforme: anormal
Pulso normal Faixa etária
60-70 bpm Homens adultos
70-80 bpm Mulheres adultas
80-90 bpm Crianças acima de 7 anos
80-120 bpm Crianças de 1 a 7 anos
110-130 bpm Crianças abaixo de um ano
130-160 bpm Recém-nascidos
Tabela 2: mostra as principais pulsações, e a idade dos
indivíduos correspondente.
Alterações nas frequências do pulso denunciam
alterações na quantidade de fluxo sanguíneo. Pode
se sentir o pulso com facilidade:
 Procurar acomodar o braço do acidentado
em posição relaxada.
 Usar o dedo indicador, médio e anular
sobre a artéria escolhida para sentir o
pulso, fazendo uma leve pressão sobre
qualquer um dos pontos onde se verifica
mais facilmente o pulso de uma pessoa.
 Não usar o polegar,para não correr o
riscodesentiropróprio pulso.
Contar no relógio as pulsações num período de 60
segundos. O pulsoradialpodesersentido na parteda
frentedopunho. Usar as pontas de 2 a 3 dedos
levemente sobre o pulso da pessoa do lado
correspondente ao polegar. O pulso carotídeo é o
sentido na artéria carótida que se localiza de cada
lado do pescoço. Posicionam-se os dedos sem
pressionar muito para comprimir a artéria e
impedira percepção do pulso.
Figura 7: (a) medição da pulsação radial (b) medição da
pulsação carótida; (c) principais artérias do corpo
humano.
6
PRESSÃO ARTERIAL
É a pressão do sangue, dependente da força de
contração do coração, do grau de dispensabilidade do
sistema arterial, da quantidade de sangue e sua
viscosidade.No adulto normal a pressão arterial varia
da seguinte forma:
 Pressão arterial máxima ou sistólica de 100 a 140
mmHg.
 Pressão arterial mínima ou diastólica, de 60 a 90
mmHg.
A pressão varia com a idade: uma pessoa com a
idade entre 17 a 40 anos apresenta a pressão de
140x90, entre 41 a 60 anos apresenta pressão, de
150x90 mmHg.
A pressão arterial alta sofre de hipertensão e
apresenta, pressão arterial mínima acima de
95mmHg e pressão arterial máxima acima de
160mmHg. Uma pessoa com hipertensão deverá ser
mantida com a cabeça elevada, reduzir a ingestão de
líquidos e sal e ficar sob observação até a chegada
do médico. A pressão baixa (hipotensão) é aquela
em que a pressão máxima chega a baixar até a
80mmHg.O hipotenso deve ser promovidoà ingestão
de líquidos com pitadas de sal, deitá-lo e chamar
ummédico.
Medição da pressão arterial
Posição da pessoa: sentada, ou deitada.
Material: esfigmomanômetroe estetoscópio.
Técnica
 Tranquilizar a pessoa.
 Braço apoiado ao mesmo nível do coração.
 Colocar o manguito ao redor do braço, 2 dedos
da dobra do cotovelo.
 Prender o manguito.
 Fechar a saída de ar e insuflar até que o ponteiro
atinja a marca de 200mmHg.
 Posicionar o estetoscópio na artéria umeral,
abaixo do manguito e ouvir se tem batimentos.
 Abrir a saída de atentamente e ouvir os
batimentos regulares.
 Anotar a pressão indicada pelo ponteiro que
será a pressão arterial máxima.
 A pressão do manguito vai baixando e o som
dos batimentos muda de nítido desaparecendo.
Neste ponto deve-se anotar a pressão arterial
mínima.
Figura 8: (a) Mostra como deve ficar o braço do paciente
no mesmo nível do coração; (b) o manguito é posicionado
a 2 dedos do cotovelo e o estetoscópio.
7
ASFIXIA
Pode ser definida como sendo uma parada
respiratória, com o coração ainda funcionando. É
causado por certos tipos de traumatismo como os que
atingem a cabeça, a boca, o pescoço, o tórax; por
fumaça no decurso de um incêndio por afogamento
ocasionando dificuldade respiratória pela respiração
arquejante nas vítimas inconscientes.
CAUSAS E PRIMEIROS SOCORROS
Bloqueio da passagem de ar, Pode acontecer nos
casos de afogamento, secreções e espasmos da
laringe, estrangulamento, soterramento e bloqueio do
ar causado por ossos, alimentos ou qualquer corpo
estranho na garganta. Nos primeiros socorros
primeiramente deve-se favorecer a passagem do ar
através da boca e das narinas.Verificar se o
acidentado está consciente.Desapertar as roupas do
acidentado, principalmente em volta do pescoço,
peito e cintura.Retirar qualquer objeto da boca ou da
garganta do acidentado.
MANOBRA DE HEIMLICH
Manobra de Heimlich em adulto
É o melhor método de desobstrução das vias aéreas
superiores por corpo estranho. A pessoa a aplicar a
manobra aérea deverá se posicionar atrás da vítima,
fechar o punho e posicioná-lo com o polegar para
dentro entre o umbigo e o osso esterno. Com a outra
mão, deverá segurar o seu punho e puxar ambas as
mãos em sua direção, com um rápido empurrão para
cima e para dentro a partir do cotovelo. Deve-se
comprimir a parte superior do abdômen contra a base
dos pulmões, para expulsar o ar que ainda resta e
forçar a eliminação do bloqueio.
Figura 9: imagem ilustrativa da manobra de Heimlich.
Manobra de Heimlich em crianças
Em criança a técnica de desobstrução de vias
aéreas pode variar um pouco, como demonstrado na
figura abaixo e nas crianças maiores pode-se
executar a manobra tradicional. Em bebês: apoiar o
bebê no braço do socorrista, com a cabeça mais
abaixo que o corpo, tendo o cuidado de manter a boca
do bebê aberta. Aplicar 5 batidas com o “calcanhar”
da mão do socorrista nas costas do bebê, na região
entre as escápulas. Virar o bebê com a barriga para
cima, mantendo a inclinação original e a boca aberta,
e iniciar 5 compressões no osso do peito da criança,
logo abaixo da linha imaginária traçada entre os
mamilos. Repita esse ciclo até o bebê expelir o objeto
ou desmaiar.
Figura 10: ilustração da manobra de Heimlich em bebes.
Manobras em mulher grávida e obesos
Neles a manobra encontra uma variação na
posição da mão devido ao volume do abdome a
manobra não pode ser executada na forma
tradicional. Posicione-se atrás da vítima.Encontre a
posição mediana na linha intermamilar.Posicione os
punhos sobre o esterno. Execute a manobra de
desobstrução.
Figura 11: ilustração da manobra de Heimlich em
mulheres gravidas e obesas.
Figura 12: Henry Jay Heimlich (1920) Médico norte
americano defensor do uso controverso e sem
comprovação da malária como tratamento do HIV.
8
RESSUCITAÇÃO CARDÍO-
RESPIRATÓRIA (RCR)
É um conjunto de medidas utilizadas no
atendimento à vítima de parada cardiorrespiratória
(PCR). A RCR é uma das atividades que exige
conhecimento e sua execução deve ser feita com
calma e disposição. Podemos definir parada cardíaca
como sendo a interrupção repentina da função de
bombeamento cardíaco, que pode ser constada pela
falta de batimentos do acidentado, pulso ausente.
Chamamos de parada respiratória o cessamento
total da respiração devido à falta de oxigênio e
excesso de gás carbônico no sangue.
CAUSAS
Podem ocorrer por diversos fatores, atuando de
modo isolado ou associado. Em determinadas
circunstância, não é possível estabelecer com
segurança qual ou quais os agentes que as
produziram podem ser divididos em dois grupos:
 Primárias: se deve a um problema do próprio
coração causando arritmia cardíaca, geralmente a
fibrilação ventricular. Sua causa principal é a
isquemia (chegada de pouca quantidade de
sangue oxigenado no coração).
 Secundária: a disfunção do coração é causada
por problemas respiratórios ou por uma causa
externa, causas principais:
1. Oxigenação deficiente: obstrução de vias
aéreas e doenças pulmonares.
2. Transportes inadequadas de oxigênio:
hemorragia grave, estado de choque,
intoxicação por monóxido de carbono.
3. Ação de fatores externos sobre o coração:
drogas e descargas elétricas.
A rápida identificação da parada cardíaca e da
parada respiratória é essencial para o salvamento de
uma vida potencialmente em perigo. Se o coração
parar primeiro, as complicações serão maiores, pois
a chegada de oxigênio ao cérebro estará
comprometida: os músculos respiratórios perdem
rapidamente a eficiência funcional, ocorre imediata
parada respiratória podendo ocorrer lesão cerebral
irreversível e morte.
O gráfico abaixo dá uma noção da relação entre o
lapso de tempodecorrido entre a identificação de para
cardiorrespiratória e a possibilidade de sobrevivência.
Gráfico 1: Mostra a relação do tempo em que foi
identificado a parada e a possibilidade de sobrevivência.
Identificação de PCR
A identificação e os primeiros atendimentos devem
ser iniciados dentro de um período de no máximo 4
minutos a partir da ocorrência, pois centros vitais do
sistema nervoso ainda continuam em atividade.
No atendimento de primeiros socorros, durante a
aproximação, devemos observar elementos como
mobilidade, palidez e os seguintes sinais que
identificarão uma parada cardiorrespiratória.
Inicialmente devemos verificar o nível de consciência,
tentando observar as respostas do acidentado aos
estímulos verbais: você está bem? Se o acidentado
não responder, chamar atendimento especializado.
Posicionar o acidentado em decúbito dorsal, sobre
superfície plana rígida. Verificar a ausência de pulso,
a ausência representa um sinal importante para o
PCR e determinará o inicio imediato das manobras.
 Apneia ou respiração arquejante.
 Espasmos da laringe.
 Cianose.
 Inconsciência.
 Dilatação das pupilas.
Na figura abaixo, a sequência de suporte básico de
vida num adulto, para as orientações do pessoal que
fará os primeiros atendimentos emergenciais em
casos de acidentes.
PRIMEIROS SOCORROS
A primeira providência a ser tomada é estabelecer
o suporte básico da vida, o acidentado deverá estar
posicionado adequadamente de modo a permitir
adotar medidas de autoproteção colocando luvas e
máscaras, o suporte básico da vida consiste na
administração de ventilação das vias aéreas e de
compressão torácica externa. Estas manobras de
apoio vital básico constituem-se três principais que
devem ser seguidas:
 Desobstrução das vias aéreas.
 Suporte respiratório.
 Suporte circulatório.
O reconhecimento da existência de obstrução das
vias aéreas pode ser feita pela incapacidade de ouvir ou
sentir qualquer fluxo de ar pela boca ou nariz da vítima.
A ventilação e a circulação constituem o atendimento
imediato para as vítimas de PCR. Para execução da
ventilação é necessário à manutenção das vias aéreas
permeáveis, tomando-se as medidas necessárias para
a desobstrução.
Para manter as vias aéreas abertas e fazer a
desobstrução é necessário, colocar o acidentado
deitado e fazer hiperextensão da cabeça, colocando
9
a mão sob a região posterior do pescoço do
acidentado e a outra na região frontal, com isso a
mandíbulas se desloca para frente e promove o
estiramento dos tecidos que ligam a faringe,
desobstruindo-se a faringe. Duas manobras são
recomendadas para a desobstrução manual das vias
aéreas.
Massagem cardíaca externa ou
compressão torácica
Método efetivo de ressuscitação c cardíaca,
consiste em aplicações rítmica de pressão sobre o
terço inferior do esterno.
 O aumento da pressão no interior do tórax e a
compressão do coração fazem com que o
sangue circule.
 Para realizar a massagem cardíaca externa
deve se posicionar a vítima deitada, posicione
o joelho, ao lado do acidentado e num plano
superior, de modo que possa executar a
manobra com os braços em extensão.
 Em seguida apoiar a mão uma sobre a outra,
na metade inferior do esterno. A compressão
deve ser feita sobre a metade inferior do
esterno.
 Com os braços em hiperextensão, aproveite o
peso do seu próprio corpo para aplicar a
compressão, tornando-a mais eficaz e menos
cansativa do que se utilizada à força dos
braços.
 Aplicar pressão suficiente para baixar o
esterno de 4 a 5 centímetros para um adulto
normal e mantê-lo assim por 1,5 segundo.
 Em seguida remover subitamente a
compressão que, junto com pressão negativa,
provoca o retorno do sangue ao coração.
 As compressões torácicas e a respiração
artificial devem ser combinadas para que a
ressuscitação cardío-respiratória seja eficaz.
 A frequência das compressões deve ser
mantida em 80 a 100 por minuto. Com a
pausa que é efetuada para a ventilação, a
frequência real de compressões cai para 60
por minutos.
Figura 13(a) localizar a metade inferior do esterno;
(b)apoiar a mão uma sobre a outra, na metade inferior do
esterno; aproveitando o peso do seu próprio corpo para
aplicar a compressão
Suporte básico de vida (SBV)
São as medidas iniciais aplicadas a uma vítima,
fora de o ambiente hospitalar, realizado por pessoas
treinadas para realizar a manutenção dos sinais vitais
e evitar o agravamento das lesões. Seu protocolo é:
EPI e avaliação da cena
AVDI:
A- acordar, alertar.
V-responde a estímulos verbais.
D- responde a estímulos dolorosos.
I-Vitima inconsciente.
ABCD:
A: air- vias aéreas (controle da coluna cervical)
estenda a cabeça da vítima, utilizando uma de suas
mão sobre a região frontal e incline a cabeça para
trás, deixando seus dedos indicador e polegar livres,
com os dedos indicador e médio da outra mão,
localize a porção inferior do mento da vítima e tracione
a para cima e para frente, abrindo as vias aéreas.
B: Breath- boa ventilação; pince as narinas da
vítima com os dedos polegar e indicador da mão que
apoia a testa, mantendo a inclinação da cabeça.
Inspire profundamente e coloque a boca firmemente
sobre a boca da vítima, envolvendo a totalmente.
Insufle o ar nos pulmões da vítima até que o tórax se
eleve, retire sua boca da boca da vitima e solte as
narinas, para que o ar seja exalado, faça a segunda
respiração do mesmo modo.
C: circulation- circulação. Massagem cardíaca
na relação 30⁄2 até a chegada da ambulância.
Localize o apêndice xifoide, deslizando seu dedo
médio pelo rebordo costal da vítima, acrescentando
seu dedos indicador e localize então a metade inferior
do esterno, coloque a região hipotênar de sua outra
mão sobre esta região e a outra mão sobre a primeira,
Inter lace os dedos e levante-os, de modo a não
tocarem o gradeado costal, posicione-se
perpendicularmente ao tórax da vítima e, com os
braços estendidos, pressione o esterno cerca de 4 a
5 cm, utilizando o peso do corpo, libere a pressão e
repita o procedimento a uma frequência de 100 vezes
por minuto, sem retirar as mão do tórax da vítima.
D: desfibrilação. Quando apresentar fibrilação
ventricular ou taquicardia ventricular sem pulso,
utilizar o desfibrilador automático.
Figura 14: demonstração simplificada da utilização do
desfibrilador.
10
Suporte respiratório
A ventilação é indicada em casos de as vias aéreas
estarem permeáveis e na ausência de movimento
respiratório. Constatada a abertura das vias aérea se
a ausência de movimento respiratório passar à
aplicação da respiração boca a boca.
Respiração boca a boca
O ar exalado de quem está socorrendo contém
cerca de18% de oxigênio e é considerado um gás
adequando para a ressuscitação deste que os
pulmões da vítima estejam normais e que se use
cerca de duas vezes os volumes correntes normais.
Para iniciar a respiração boca a boca e promover a
ressuscitação cardiorrespiratório, deve-se obedecer
as seguintes sequência:
 Deitar o acidentado de costas.
 Desobstruir as vias aéreas remover próteses
dentárias (caso haja), limpar sangue ou
vômito.
 Pôr uma das mãos sob a nuca do acidentado
e a outra mão na testa.
 Inclinar a cabeça do acidentado para traz até
que o queixo fique em um nível superior ao do
nariz de forma que a língua não impeça a
passagem de ar, mantendo-a nesta posição.
 Fechar bem as narinas do acidentado, usando
os dedos polegar e indicador, utilizando a mão
que foi colocada anteriormente na testa do
acidentado.
 Inspira profundamente.
 Colocar a boca com firmeza sobre a boca do
acidentado, vendando a totalmente.
 Soprar rigorosamente outra vez e continuar o
procedimento, por cerca de 15 minutos até
que o acidentado possa receber a assistência
médica.
Figura 15: (a) verificar se a vítima está respirando; (b)
iniciando a respiração boca a boca.
Corrente de sobrevivência
Esse conceito nos informa que as chances de
sobrevivência das vítimas de parada cardíaca
poderão crescer muito se observarmos os quatros
elos da corrente.
 Primeiro elo: acesso rápido ao serviço de
emergência médica (SEM) compreende desde os
primeiros sinais de problema cardíaco, ao
acionamento de equipes especializadas.
 Segundo elo: RCP imediato, o RCP é mais efetivo
quando iniciado imediatamente.
 Terceiro elo: rápida desfibrilação, esse elo
representa a maior chance de sobrevivência
numa emergência cardíaca.
 Quarto elo: cuidados avançados sem demora,
este, elo diz respeito as manobras de suporte
avançado, providencias no local da cena por
médico ou paramédicos para tratamento de
problemas cardíaco de forma mais efetiva.
Figura 16: mostra os principais elos da corrente de
sobrevivência.
11
ESTADO DE CHOQUE
É completo grupo de síndrome cardiovasculares
agudas que não possui, uma definição única que
compreenda todas as suas diversas causas e origem.
O estado de choque se dá quando há mal
funcionamento entre o coração, vasos sanguíneos e
o sangue, instalando-se um desequilíbrio no
organismo. O choque é uma grande emergência
médica. O atendimento médico deve ser imediato. Há
vários tipos de choque:
TIPOS DE CHOQUE
Choque hipovolêmico
Ocorre devido à redução do volume intravascular
por causa da perda de sangue, de plasma ou de água
perdida em diarreia e vômito.
Choque cardiogênico
Ocorre na incapacidade do coração bombear um
volume de sangue suficiente para atender às
necessidades metabólicas dos tecidos.
Choque septicêmico
Pode ocorrer devido uma infecção sistêmica.
Choque anafilático
É uma reação de hipersensibilidade sistêmica, que
ocorre quando um indivíduo é exposto a uma
substância à qual é extremamente alérgico.
Choque neurogênico
Decorre da redução do tônus vasomotor normal
por distúrbio da função nervosa. Pode ser causado,
por exemplo, transecção da medula espinhal ou pelo
uso de medicamento, como bloqueadores
ganglionares ou depressores do sistema nervoso
central.
RECONHECIMENTO
O reconhecimento do choque é de grande
importância para o salvamento da vítima, ainda que
pouco possa fazer para reverter a síndrome. Causas
principais de choque:
 Hemorragias internas.
 Infarto.
 Taquicardias.
 Braquicardias.
 Queimaduras graves.
 Processos inflamatórios do coração.
 Envenenamento.
 Afogamento.
Sintomas
A vítima de estado de choque ou eminência de
entrar em choque apresentam os seguintes sintomas:
 Pele pálida. Úmida e palmas das mãos.
 Fraqueza geral.
 Pulso rápido e fraco.
 Sensação de frio, pele fria e calafrios.
 Respiração rápida, curto, irregular ou muito difícil.
Prevenção
Algumas providências podem ser tomadas para
evitar o estado de choque:
 Deitar a vítima de costas.
 Afrouxar as roupas da vítima no pescoço, peito e
cintura.
 Verificar se há presença de prótese dentária,
objetos ou alimento na boca e os retirar.
 Os membros inferiores devem ficar elevados em
relação ao corpo.
Este processo deve ser feito se não houver
fraturas desses membros. Ele serve para melhorar o
retorno sanguíneo e levar o máximo de oxigênio ao
cérebro.
Figura 17: representação dos primeiros socorros, da
vitima que está em estado de choque.
12
HEMORRAGIAS
É a perda de sangue através de ferimento, podem
ser classificados inicialmente em arteriais e venosas,
e, para fins de primeiros socorros, em internas e
externas:
TIPOS DE HEMORRAGIAS
Hemorragias arteriais
É aquela hemorragia em que o sangue sai em jato
pulsátil e se apresenta com coloração vermelho vivo.
Hemorragias venosas
É aquela hemorragias em que o sangue é mais
escuro e sai continuamente e lentamente, escorrendo
pela ferida.
Hemorragias externa
É hemorragia causada na qual o sangue é
eliminado para o exterior do organismo, como
acontece em qualquer ferimento externo, ou quando
se processa nos órgãos internos que se comunicam
com o exterior, como o tubo digestivo.
Hemorragias interna
É causada na qual o sangue extravasa em uma
cavidade pré-formada do organismo, como o
peritoneu, pleura, pericárdio, meninges.
Consequência das hemorragias
Hemorragias graves não tratadas ocasionam o
desenvolvimento do estado de choque e morte.
Hemorragias lentas e crônicas causam anemias.
PRIMEIROS SOCORROS
A técnica do ponto de pressão consiste em:
Comprimir a artéria lesada contra o osso mais
próximo, para diminuir a fluência de sangue.
Mantenha o acidentado agasalhado com cobertores
ou roupas, evitando contato com o chão frio ou úmido.
Não dar líquido quando estiver inconsciente ou
houver suspeita de lesão no ventre/abdômen.
Figura 18: (a) controle a hemorragia; (b) aplique uma atadura
de pano; (c) cubra o acidentado para evitar o choque.
Torniquete
Quando uma hemorragia torna-se intensa, com
grande perda de sangue. Nesses casos, em que
hemorragia não podem serem contidas pelos métodos
de pressão, torna-se necessário o uso o torniquete. Para
fazer um torniquete usa-se a seguinte técnica:
 Elevar o membro ferido acima do nível do coração.
 Usar uma faixa de tecido largo, com centímetro ou
mais, longo suficiente para dar duas voltas, com
pontas para amarração.
 Aplicar o torniquete logo acima da ferida.
 Passar a tira ao redor do membro ferido.
 Colocar um pedaço de madeira no meio do nó.
 Apertar o torniquete, girando a vareta.
 Fixar as varetas com as pontas do pano.
 Afrouxar o torniquete, girando vareta no sentido
contrário, a cada 10 ou 15 minutos.
Figura 19: procedimento para se fazer um torniquete.
13
QUEIMADURAS
A temperatura, calor ou frio, e os contatos com
gases, eletricidade, radiação e produtos químicos,
são os principais causadores de lesões, podem atingir
graves proporções de perigo para a vida ou para a
integridade da pessoa. O efeito inicial e local, comum
em todas as queimaduras é a desnaturação de
proteínas, com consequente lesão ou morte celular.
Todo tipo de queimadura é uma lesão que requer
atendimento médico especializado imediatamente
após a prestação de primeiros socorros.
Gravidade das queimaduras
Depende da causa, profundidade, percentual
corporal queimada, localização e estado prévio do
acidentado. Como efeitos gerais das queimaduras
podem ter:
 Choque primário: vasodilatação.
 Choque secundário: nipovolêmico.
 Infecção bacteriana secundária a lesão.
 Paralisia respiratória e fibrilação choque
cardíaco.
CLASSIFICAÇÃO DAS QUEIMADURAS
O revestimento cutâneo, sendo o mais atingido
primariamente, apresenta alterações mais visíveis,
dependendo da profundidade do corpo, as
queimaduras são classificadas em graus para,
melhor compreensão e adoção de medidas
terapêuticas adequadas.
Queimadura de 1º grau
São caracterizadas pelo eritema, que clareia
quando sofre a pressão existe dor e edema, mas
usualmente há bolhas.
Queimadura de 2º grau
São caracteristicamente avermelhada e dolorosa,
com bolhas edema abaixo da pele e restos de pele
queimadas soltas. São profundas provocam necrose
e visível dilatação do leito vascular. A dor e ardência
local são de intensidade variável.
Queimadura de 3º grau
São queimaduras em que toda a profundidade da
pele está comprometida, podendo atingir a exposição
dos tecidos, vasos e ossos. Não apresenta dor inicial
da lesão aguda.
FIGURA 20:
TABELA 3:
EXTENSÃO DAS QUEIMADURAS
É necessário conhecermos a chamada regra dos
nove, método muito útil para o cálculo aproximado da
área de superfície corporal queimada o pescoço, que
está incluído na região da cabeça, representa 1% da
superfície do corpo.
FIGURA 21
14
CAUSAS E PRIMEIROS SOCORROS
São agentes térmicos, químicos, elétricos,
biológico, físicos e radioativos, geralmente restrita a
pele, decorrente da aplicação de calor ou frio ao
corpo.
Queimaduras térmicas
Água alimento quente, vapor exposição, não
permitir que a vítima corra, pois, pode aumenta o fogo,
esfria imediatamente a área queimada com água
corrente com a finalidade de neutralizar a ação do
calor.
Queimadura química
Ácido, bases e inflamáveis, cuidados utilize luvas
e haja com cuidado! Apagar a chama com um pano
limpo úmido não alimentar a vítima, lave a região com
muita água por 10 a 15 minutos.
Queimadura elétrica
Causada por eletricidade, fios, tomadas
descobertas e raios. Desligar a fonte de energia ou
afastar a fonte com um isolante, por exemplo, um
pedaço de madeira, antes de socorrer a vítima.
Queimadura por radiação
Radiação nucleares, luz ultravioleta ou
infravermelha.
Queimadura biológico
São as queimaduras causadas por animais como
lagarta-de-fogo, água-viva e medusa e plantas como
as urtigas, os primeiros socorros consiste em lavar o
local com água corrente e proteger o local da lesão
com um pano limpo.
15
LESÕES ORTOPÉDICAS
O sistema locomotor pode ser afetado por lesões
traumáticas ou por situações clínicas. As lesões
traumáticas podem assumir proporções desastrosas
se não atendidas com o primeiro socorro adequado.
As atuações dos socorristas resumiram-se a ações de
ordem preparatória para um atendimento
especializado. Todas essas lesões são dolorosas. A
conduta mais importante é a imobilização da parte
afetada. Imobilização é, suficiente para aliviar a dor
estabelecer condições favoráveis à cura da lesão.
TABELA 4
ENTORSES
São lesões dos ligamentos das articulações, onde
esticam além de sua amplitude normal rompendo-se,
quando ocorre entorse há uma distensão dos
ligamentos, mas não há o deslocamento completo
dos ossos da articulação. As causas mais frequentes
da entorse são violência como puxões ou rotação que
forçam a articulação. Os locais onde mais ocorre são
as articulações do tornozelo, ombro, joelho, punhos e
dedos.
FIGURA 22
Primeiros socorros
DISTENSÕES
São as lesões aos músculos e seus tendões,
geralmente são causadas por hiperextensão ou por
contrações violentas, em casos graves pode haver
ruptura do tendão.
FIGURA 23
Primeiros socorros
Aplicar gelo ou compressas frias durante as
primeiras 24 horas. Após este tempo aplicar
compressas mornas. Imobilizar o local.
LUXAÇÃO
São lesões em que a extremidade de um dos
ossos que compõem uma articulação é deslocada de
seu lugar. O dano a tecido moles pode ser muito
grave, afetando vasos sanguíneos, nervos e cápsulas
articular. Para identificar uma luxação deve-se
observar as seguintes características:
 Dor intensa no local afetado.
 Edema.
 Impotência funcional.
 Deformidade visível na articulação.
FIGURA 24
Primeiros socorros
O tratamento é atividade exclusiva de pessoas
especializada em atendimento a emergência
traumato-ortopéticas. Os primeiros socorros limitam-
se a aplicação de bolsa de gelo ou compressas frias
no local afetado e a imobilização da articulação.
FIGURA 25
16
CONTUSÕES
São lesões provocadas por pancadas, sem
presença de ferimentos abertos, sem rompimento da
pele, quando há apenas o acometimento superficial,
o acidentado apresenta somente dor e inchação da
área afetada.
A contusão se deve a uma ação local do agente
traumatizante, este agente é sólido e a lesão será
tanto mais grave, quanto maior for a velocidade de
impacto e o seu peso.
Logo após a contusão, o acidentado sente dor será
mais ou menos intensa conforme a inervação da
região. A mancha inicialmente arroxeada, no local
contundido, chamada de equimose, vai se
transformando em azulada ou esverdeada, para, em
alguns dias, tornando-se amarelada.
FIGURA 26
Primeiros socorros
Podem ser tratadas de maneira simples deste que
não apresentem gravidade. Normalmente bolsa de
gelo ou compressas de água gelada nas primeiras 24
horas e repouso da parte lesada são suficientes.
17
FRATURAS
É uma interrupção na continuidade do osso.
Apresentam aparência geralmente deformando o
devido ao grau de deformação que podem impor à
região afetada. A fratura pode ocorrer por ação direta,
por exemplo, um pontapé na perna, levando à fratura
no local do golpe, ou por ação indireta, por exemplo,
queda em pé de uma altura considerável, ocorrendo
fratura da parte inferior da coluna vertebral.
CLASSIFICAÇÃO DAS FRATURAS
Podem ser classificadas de acordo com sua
exteriorização e com lesão no osso afetado.
Fratura fechada ou interna
São as fraturas nas quais os ossos quebrados
permanecem no interior do membro sem perfurar a
pele.
Fratura aberta ou exposta
São fraturas em que os ossos quebrados saem do
lugar, rompendo a pele e deixando exposta uma de
suas partes, que pode ser produzida pelos próprios
fragmentos ósseos ou por objetos penetrantes.
Fraturas sem fissuras
São as que as bordas ósseas ainda estão muito
próximas, como se fosse rachaduras ou fendas.
Fraturas completas
É a fratura na qual o osso sofre descontinuidade
total.
FIGURA 27
Primeiros socorros
Observe o estado geral do acidentado, procurando
lesões graves como ferimentos e hemorragias:
 Acalmar o acidentado.
 Controlar eventual hemorragia e cuidar de
qualquer ferimento.
 Imobilizar o membro, procurando coloca-lo na
posição que for menos dolorosa para o
acidentado.
 Usar talas, caso seja necessário.
 As talas tem que ser de tamanho suficiente pra
ocupar a lesão e ir até a próxima articulação.
18
ESTADO DE CONSCIÊNCIA
A consciência plena é o estado em que uma
pessoa mantém o nível de lucidez que lhe permite
perceber o ambiente que, o cerca, com todos os
sentidos saudáveis respondendo aos estímulos
sensoriais. Uma pessoa pode estar inconsciente por
desmaio, estado de choque, estado de coma,
convulsão, parada cardíaca, parada respiratória.
Na síncope e nos desmaios há uma subida e
breve perda da consciência e diminuição do tônus
muscular. Já o estado de coma é caracterizado por
uma perda de consciência mais prolongada e
profunda.
DESMAIO
É a perda súbita, temporária e repentina da
consciência, devido à diminuição de sangue oxigênio
no cérebro. Principais causas:
 Hipoglicemia.
 Cansaço excessivo.
 Fome.
 Nervosismo intenso.
 Emoções súbitas.
 Sustos.
Sintomas
 Fraqueza.
 Suor frio abundante.
 Náusea ou ânsia de vômito.
 Palidez intensa.
 Pulso fraco.
Primeiros socorros
A: se a pessoa começar a desfalecer
 Sentá-la em uma cadeira ou local semelhante.
 Curvá-la para frente.
 Baixar a cabeça do acidentado, colocando-a entre
as pernas pressionar a cabeça para baixo.
 Manter a cabeça mais baixa que os joelhos.
 Fazê-la respirar profundamente, até que passe o
mal-estar.
FIGURA 28
B: havendo o desmaio
 Manter o acidentado dentado, colocando sua
cabeça e ombros em posição mais baixa em
relação ao resto do corpo.
 Afrouxar as suas roupas.
 Manter o ambiente arejado.
 Se houver vômito, lateralizar lhe a cabeça, para
evitar sufocamento.
 Depois que o acidentado se recuperar, pode ser
dado a ela café, chá ou mesmo água com açúcar.
 Não se deve dar jamais bebida alcoólica.
FIGURA 29
19
CONCEITOS TÉCNICOS EM PS
URGÊNCIA E EMERGÊNCIA
Urgência
Ocorrência imprevista de danos à saúde que não
ocorre com frequência, risco de morte é considerada
prioridades moderadas de atendimento:
 Dor torácica;
 Queimaduras;
 Fraturas sem sinais de choque;
 Vômito;
 Diarreia.
Emergência
Condições de danos à saúde, que implicam risco
de morte, exigindo tratamento imediato. São
consideradas prioridades de atendimento:
 Parada cardiorrespiratória (PCR).
 Dor torácica com desconforto respiratório.
 Politraumatismo.
NEGLIGÊNCIA, IMPRUDÊNCIA E
IMPERICIA.
Negligência: não tomar as devidas precauções.
Imprudência: agir de forma arriscada. Imperícia:
falta de técnica ou devido conhecimento.
CONTATOS TELEFÔNICOS
 Policia: 190
 Emergência: 192
 Bombeiros:193
 Policia de trânsito:194
 Policia federal: 191
 Ligar para a família da vítima se
possível.
Estas ligações podem ser feitas de qualquer
aparelho telefônico e é gratuita.
O que falar no telefone
 Identifique-se
 Dê o número de seu telefone
 De uma referência do local do acidente
 Número de acidentados
 Se possível faça um pequeno histórico
do que aconteceu.
Característica para ser socorrista
 Ter espirito de liderança e tolerância.
 Ter bom censo e compreensão.
 Saber planejar e executar ações.
 Saber promover e improvisar com
segurança.
 Ter iniciativa e atitudes firmes.
 Ter espirito de solidariedade humana.
 Reconhecer suas limitações.
 Criatividade.
COMPROMISSOS DOS SOCORRISTAS
Mantenha se atualizados em técnicas e
conhecimentos ser honesto e autentico com a vítima.
Se apresentar e dizer que é socorrista.
Aspectos legais
Art.35 deixar de prestar assistência quando
possível fazê-lo sem risco pessoal, a criança
abandonada ou extraviado, ou à pessoa inválida ou
ferida ao desamparo ou à agrave e iminente perigo ou
não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade
pública. A não prestação de socorro dá multa e prisão
de seis a um ano de cadeia.
CONTROLE DOS 3 C,s
Competência
É o estado de ter conhecimento, julgamento,
habilidade, energia, experiência e motivação
necessárias para responder às demandas das
responsabilidades profissionais.
Confiança
Refere-se à qualidade de que promove relação em
que as pessoas sentem-se seguras envolve outro
componente que é o respeito.
Compaixão
Compreende uma relação vivida em solidariedade
com a condição humana, compartilha alegria, tristeza,
dores e realizações.
PASSOS EM SITUAÇÕES DE
EMERGÊNCIAS
Observações
Deve-se observar a situação e começar decidir
com calma, mas rapidamente, o melhor a fazer.
Proteção
É aconselhável se possível o uso de EPI´s isolar
a área, usar roupas claras, luvas descartáveis e
máscaras.
Sinalização
Colocar dispositivos de advertências, pelo menos
10 metros antes do local.
Localização
Observar o local do acidente, e nem sempre as
lesões externas são as únicas lesões que a vitima diz
ter.

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Primeiros socorros: definição, história e procedimentos básicos

  • 1. Primeiros socorros DEFINIÇÃO.................................................................. 2 HISTÓRIA.................................................................... 2 Cruz vermelha ........................................................ 2 PRIMEIRAS OBSERVAÇÕES ................................. 3 Avaliação do local do acidente............................. 3 Avaliação da vitima ................................................ 3 Posição lateral de segurança (PSL).................... 3 FUNÇÕES VITAIS....................................................... 4 TEMPERATURA CORPORAL ................................. 4 Temperatura alta e baixa ...................................... 4 Verificação da temperatura................................... 4 RESPIRAÇÃO ............................................................ 5 Valores normais...................................................... 5 Tipos de respiração ............................................... 5 PULSO......................................................................... 5 PRESSÃO ARTERIAL............................................... 6 Medição da pressão arterial ................................. 6 ASFIXIA ....................................................................... 7 CAUSAS E PRIMEIROS SOCORROS ................... 7 MANOBRA DE HEIMLICH ........................................ 7 RESSUCITAÇÃO CARDÍO-RESPIRATÓRIA (RCR) ....... 8 CAUSAS ...................................................................... 8 Identificação de PCR............................................. 8 PRIMEIROS SOCORROS ........................................ 8 Massagem cardíaca............................................... 9 Suporte básico de vida (SBV) .............................. 9 Suporte respiratório ............................................. 10 Corrente de sobrevivência.................................. 10 ESTADO DE CHOQUE..............................................11 TIPOS DE CHOQUE................................................ 11 Choque hipovolêmico .......................................... 11 Choque cardiogênico........................................... 11 Choque septicêmico ............................................ 11 Choque anafilático ............................................... 11 Choque neurogênico ........................................... 11 RECONHECIMENTO .............................................. 11 Sintomas................................................................ 11 Prevenção ............................................................. 11 HEMORRAGIAS.........................................................12 TIPOS DE HEMORRAGIAS ................................... 12 Hemorragias arteriais .......................................... 12 Hemorragias venosas.......................................... 12 Hemorragias externa ........................................... 12 Hemorragias interna ............................................ 12 Consequência das hemorragias ........................ 12 PRIMEIROS SOCORROS.......................................12 Torniquete ..............................................................12 QUEIMADURAS ........................................................13 CLASSIFICAÇÃO DAS QUEIMADURAS..............13 Queimadura de 1º grau........................................13 Queimadura de 2º grau........................................13 Queimadura de 3º grau........................................13 EXTENSÃO DAS QUEIMADURAS ........................13 CAUSAS E PRIMEIROS SOCORROS ..................14 Queimaduras térmicas .........................................14 Queimadura química ............................................14 Queimadura elétrica .............................................14 Queimadura por radiação ....................................14 Queimadura biológico ..........................................14 LESÕES ORTOPÉDICAS.........................................15 ENTORSES ...............................................................15 Primeiros socorros................................................15 DISTENSÕES............................................................15 Primeiros socorros................................................15 LUXAÇÃO ..................................................................15 Primeiros socorros................................................15 CONTUSÕES............................................................16 Primeiros socorros................................................16 FRATURAS ................................................................17 CLASSIFICAÇÃO DAS FRATURAS ......................17 Primeiros socorros................................................17 ESTADO DE CONSCIÊNCIA ...................................18 DESMAIO...................................................................18 Primeiros socorros................................................18 CONCEITOS TÉCNICOS EM PS .............................19 URGÊNCIA E EMERGÊNCIA .................................19 Urgência .................................................................19 Emergência............................................................19 NEGLIGÊNCIA, IMPRUDÊNCIA E IMPERICIA....19 CONTATOS TELEFÔNICOS ..................................19 COMPROMISSOS DOS SOCORRISTAS.............19 CONTROLE DOS 3 C,S...........................................19 Competência..........................................................19 Confiança ...............................................................19 Compaixão.............................................................19 PASSOS EM SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIAS..19 Observações..........................................................19 Proteção .................................................................19 Sinalização.............................................................19 Localização ............................................................19
  • 2. 2 DEFINIÇÃO São uma série de procedimentos simples, com intuito de manter a vida em situações de emergência, consiste em ações imediatas a fim de manter as funções vitais. Feitas por pessoas comuns com esse conhecimento, até a chegada de atendimento médico especializado. Independentemente do local de atuação, todos precisam ter conhecimentos de primeiros socorros. HISTÓRIA Jean Henry Dunant, em 1859, com apoio de Napoleão III instruiu pessoas comuns para ajudar os feridos de guerra.Das ações desenvolvidas por Dunant, surgiu a cruz vermelha em 1863. Figura 1: Jean Henry Dunant (1828-1910)Filantropo suíço, co- fundador da cruz vermelha. Ao presenciar o sofrimento na frente de combate na Batalha de solferino em 1859, organizou um serviço de primeiros socorros Figura 2: Carlos Luís Napoleão Bonaparte (1808-1873) Primeiro presidente francês e também um imperador, responsável por um considerável desenvolvimento indústria e econômico. Desde a sua criação até os nossos dias, as técnicas de primeiros socorros são tidas como de fundamental importância para a vida humana. Nota- se, estatisticamente, que muitas pessoas feridas ou acidentadas acabam vindas a óbito antes de chegar a uma unidade de saúde, devido à falta de um atendimento adequado nos primeiros socorros, atendimento esse que poderia ser realizado por qualquer tipo de pessoa devidamente e previamente instruída. Cruz vermelha A cruz vermelha é uma entidade internacional com sede em vários países. No Brasil foi fundada em 1908 pelo Dr. Joaquim de Oliveira Botelho, seu primeiro presidente foi Oswaldo Cruz. A Cruz Vermelha atua em beneficio das pessoas acometidas por desastres e na capacitação em primeiros socorros e saúde comunitária. Sempre expandindo seus serviços com o objetivo de prevenir e aliviar o sofrimento. Figura 3: equipe da Cruz vermelha esperando refugiados líbios desembarcarem na ilha de Creta.
  • 3. 3 PRIMEIRAS OBSERVAÇÕES Avaliação do local do acidente Etapa básica na prestação de primeiro socorros. Deve-se assumir o controle da situação e proceder a uma rápida e segura avaliação do ocorrido. É importante também:  Evitar o pânico e procurar a colaboração de outras pessoas.  Manter afastados os curiosos, evitando confusão e ter mais espaço. É importante observar se existem perigos para o acidentado e para quem estiver prestando socorro, como exemplo fios elétricos soltos e desencapados, tráfego de veículos, andaimes e vazamento de gás. Avaliar o acidentado na posição em que se encontra só mobilizá-lo com segurança. Avaliação da vitima É a segunda etapa básica na preparação dos primeiros socorros. Devendo ser realizada simultaneamente ou imediatamente a avaliação do acidente e proteção do acidentado, devem ser observadas as seguintes prioridades:  Estado de consciência: avaliação de respostas lógicas como nome e idade.  Respiração: movimentos torácicos e abdominais com entrada e saída de ar pelas narinas ou boca.  Hemorragias: avaliar a quantidade, o volume e a qualidade do sangue se é arterial ou venoso.  Pupilas: verificar estado de dilatação e simetria. Em seguida proceder a um exame rápido das diversas partes do corpo. Se o acidentado está consciente, perguntar por áreas dolorosas no corpo e incapacidade funcionais de mobilização. O acidentado inconsciente é uma preocupação, pois temos poucas informações sobre seu estado e podem surgir, complicações devido à inconsciência. O primeiro cuidado é manter as vias respiratórias superiores desimpedidas fazendo a extensão da cabeça, ou mantê-la em posição lateral para evitar asfixia de vômito. A observação das seguintes alterações são prioridades acima de qualquer outra iniciativa:  Falta de respiração.  Falta de circulação (pulso ausente).  Hemorragia abundante.  Perda dos sentidos.  Envenenamento. Figura 4: (a) avaliação da cena; (b) avaliando o estado de consciência da vítima; (c) pedindo ajuda para as outras pessoas; (d) desobstruindo as vias aéreas; (e) verificando se a vítima está respirando. Posição lateral de segurança (PSL) Permite manter a permeabilidade da via aérea em qualquer vítima inconsciente que respira normalmente. Prevenindo que a língua bloqueie a via aérea. Evita que possível vômito ou saliva seja aspirada para os pulmões. É importante nunca aplicar esta técnica em vítimas com suspeita de leões graves na coluna vertebral. Figura 5: (a) ajoelhe-se a direita da vitima, coloque o braço mais próximo da vítima em angula reto e vire o antebraço num ângulo de 90° , com a palma da mão voltada para cima; (b)traga o braço mais afastado da vítima por cima do torax de modo que as costas da mão dela fiquem junta a face. (c) coma outra mão, levante a perna mas afastada da vítima, logo acima do joelho e mantenha a mão apoiada na face, puxe a perna mais afastada e role a vítima para seu lado; (d) ajuste a vítima de modo que a anca e o joelho façam ângulos retos. Ajuste a inclinação da cabeça de modo que as vias aéreas permaneça permeável.
  • 4. 4 FUNÇÕES VITAIS É importante ter conhecimento dos sinais que o corpo emite e servem como informações para a determinação do seu estado físico. Sinais vitais são aqueles que indicam a existência de vida, são reflexos que permitem concluir sobre o estado geral de uma pessoa. As alterações da função corporal refletem na temperatura, na pulsação, na respiração e BA pressão arterial, podendo indicar enfermidade. Os sinais do corpo que devem ser conhecidos são:  Temperatura.  Respiração.  Pulso.  Pressão arterial. TEMPERATURA CORPORAL Resulta do equilíbrio térmico mantido pelo organismo. Ela é um importante indicador da atividade metabólica. O nosso corpo mantém uma temperatura normal que varia de 35,9 a 37ºC a avaliação da temperatura é uma das maneiras de identificar o estado de uma pessoa, em alguma emergência a temperatura muda muito. Variação da temperatura do corpo Estado térmico Temperatura (ºC) Subnormal 34-36 Normal 36-37 Estado febril 37-38 Febre 38-39 Febre alta 39-40 Febre muito alta 40-41 Tabela 1: Mostra os estados térmicos do corpo humano e sua temperatura. Temperatura alta e baixa O termo regulação térmica é o mecanismo que mantém o organismo na temperatura operacional ótima.a febre e a hipertemia é quando a temperatura do corpo está alta. A maioria das febres é causada por infecções e a hipertemia ocorre quando o corpo produz ou absorve muito calor. O sintoma da hipertensão é dor de cabeça, confusão e fadiga. O tratamento da hipertemia envolve resfriar o corpo, isso pode ser feito retirando a vítima do sol, bebendo água, ou sentar em frente ao ventilador. Na temperatura corporal baixa ou hipotermia a temperatura baixa para menos do que é necessário para o metabolismo e funções corporais normais. Essa baixa é geralmente decorrente da exposição ao ar frio ou água gelada. Os sintomas aparecem quando a temperatura baixa de 1° a 2°C. Verificação da temperatura Medir a temperatura do corpo nos fornece varias informações a respeito da saúde de uma pessoa. A mensuração da temperatura corporal, pode ser feita: axilar, oral, retal, timpânico e etc. mas para o socorrista a oral e a axilar são fundamentais. Oral ou bocal: a temperatura média é de 36,2 a 37ºC o termômetro deve ficar três minutos, sob a língua. Axilar: temperatura média de 36 a 36,8ºC o termômetro deve ser mantido sob axila seca, por 3 a 5 minutos. Figura 6: (a) verificação da temperatura corporal oral, agite o termômetro antes de colocá-lo na boca; coloque o termômetro sob a língua, feche a boca e respire pelo nariz. (b) desnute o braço deixe a axila exposta, agite o termômetro e coloque na axila, mantenha o termômetro por três minutos e remova o termômetro.
  • 5. 5 RESPIRAÇÃO É uma das funções essenciais a vida. Seu funcionamento processa-se de maneira involuntária e automática. A observação do estado da respiração de um acidentado é básica no atendimento de primeiro socorros. A freqüência da respiração é contada pela quantidade de vezes que uma pessoa realiza os movimentos combinados de inspiração e expiração em um minuto. A contagem pode ser feita observando a elevação do tórax se o acidentado for mulher ou do abdome se for homem ou criança. Valores normais Homem 16 a 18 mpm (movimentos por minutos) Mulher 18 a 20 mpm Criança 20 a 25 mpm Lactentes 30 a 40 mpm Tipos de respiração  Eupneia: Respiração que se processa por movimentos regulares, sem dificultada na frequência.  Apneia: É a ausência dos movimentos respiratórios. Equivale a parada respiratória.  Dispneia: Dificuldade na execução dos movimentos respiratório.  Bradipneia: Diminuição na frequência média dos movimentos respiratórios.  Taquipneia: Aceleração dos movimentos respiratórios.  Ortopneia: O acidentado só respira sentado.  Hiperpneia ou hiperventilação: É quando ocorre o aumento da frequência dos movimentos respiratórios. Procedimentos:  Deitar o paciente ou sentar confortavelmente.  Observar os movimentos de abaixamento e elevação do tórax. Os 2 movimentos (inspiração e expiração) somam um movimento respiratório. Colocar a mão no pulso do paciente a fim de disfarçar a observação.  Contar durante 1 minuto.  Lavar a mão. Observação: não permitir que o paciente fale, não contar a respiração logo após esforços do paciente. PULSO É a onda de distensão de uma artéria transmitida pela pressão que o coração exerce sobre o sangue. Esta onda é perceptível pela palpação de uma artéria e se repete com regularidade. O pulso pode ser apresentado variando de acordo com sua frequência, regularidade, tensão e volume. Regularidade: Pulso rítmico: normal Pulso arrítmico: anormal Tensão: Frequência: existe uma variação média de acordo com a idade como pode ser visto abaixo. Volume: Pulso cheio: normal Pulso filiforme: anormal Pulso normal Faixa etária 60-70 bpm Homens adultos 70-80 bpm Mulheres adultas 80-90 bpm Crianças acima de 7 anos 80-120 bpm Crianças de 1 a 7 anos 110-130 bpm Crianças abaixo de um ano 130-160 bpm Recém-nascidos Tabela 2: mostra as principais pulsações, e a idade dos indivíduos correspondente. Alterações nas frequências do pulso denunciam alterações na quantidade de fluxo sanguíneo. Pode se sentir o pulso com facilidade:  Procurar acomodar o braço do acidentado em posição relaxada.  Usar o dedo indicador, médio e anular sobre a artéria escolhida para sentir o pulso, fazendo uma leve pressão sobre qualquer um dos pontos onde se verifica mais facilmente o pulso de uma pessoa.  Não usar o polegar,para não correr o riscodesentiropróprio pulso. Contar no relógio as pulsações num período de 60 segundos. O pulsoradialpodesersentido na parteda frentedopunho. Usar as pontas de 2 a 3 dedos levemente sobre o pulso da pessoa do lado correspondente ao polegar. O pulso carotídeo é o sentido na artéria carótida que se localiza de cada lado do pescoço. Posicionam-se os dedos sem pressionar muito para comprimir a artéria e impedira percepção do pulso. Figura 7: (a) medição da pulsação radial (b) medição da pulsação carótida; (c) principais artérias do corpo humano.
  • 6. 6 PRESSÃO ARTERIAL É a pressão do sangue, dependente da força de contração do coração, do grau de dispensabilidade do sistema arterial, da quantidade de sangue e sua viscosidade.No adulto normal a pressão arterial varia da seguinte forma:  Pressão arterial máxima ou sistólica de 100 a 140 mmHg.  Pressão arterial mínima ou diastólica, de 60 a 90 mmHg. A pressão varia com a idade: uma pessoa com a idade entre 17 a 40 anos apresenta a pressão de 140x90, entre 41 a 60 anos apresenta pressão, de 150x90 mmHg. A pressão arterial alta sofre de hipertensão e apresenta, pressão arterial mínima acima de 95mmHg e pressão arterial máxima acima de 160mmHg. Uma pessoa com hipertensão deverá ser mantida com a cabeça elevada, reduzir a ingestão de líquidos e sal e ficar sob observação até a chegada do médico. A pressão baixa (hipotensão) é aquela em que a pressão máxima chega a baixar até a 80mmHg.O hipotenso deve ser promovidoà ingestão de líquidos com pitadas de sal, deitá-lo e chamar ummédico. Medição da pressão arterial Posição da pessoa: sentada, ou deitada. Material: esfigmomanômetroe estetoscópio. Técnica  Tranquilizar a pessoa.  Braço apoiado ao mesmo nível do coração.  Colocar o manguito ao redor do braço, 2 dedos da dobra do cotovelo.  Prender o manguito.  Fechar a saída de ar e insuflar até que o ponteiro atinja a marca de 200mmHg.  Posicionar o estetoscópio na artéria umeral, abaixo do manguito e ouvir se tem batimentos.  Abrir a saída de atentamente e ouvir os batimentos regulares.  Anotar a pressão indicada pelo ponteiro que será a pressão arterial máxima.  A pressão do manguito vai baixando e o som dos batimentos muda de nítido desaparecendo. Neste ponto deve-se anotar a pressão arterial mínima. Figura 8: (a) Mostra como deve ficar o braço do paciente no mesmo nível do coração; (b) o manguito é posicionado a 2 dedos do cotovelo e o estetoscópio.
  • 7. 7 ASFIXIA Pode ser definida como sendo uma parada respiratória, com o coração ainda funcionando. É causado por certos tipos de traumatismo como os que atingem a cabeça, a boca, o pescoço, o tórax; por fumaça no decurso de um incêndio por afogamento ocasionando dificuldade respiratória pela respiração arquejante nas vítimas inconscientes. CAUSAS E PRIMEIROS SOCORROS Bloqueio da passagem de ar, Pode acontecer nos casos de afogamento, secreções e espasmos da laringe, estrangulamento, soterramento e bloqueio do ar causado por ossos, alimentos ou qualquer corpo estranho na garganta. Nos primeiros socorros primeiramente deve-se favorecer a passagem do ar através da boca e das narinas.Verificar se o acidentado está consciente.Desapertar as roupas do acidentado, principalmente em volta do pescoço, peito e cintura.Retirar qualquer objeto da boca ou da garganta do acidentado. MANOBRA DE HEIMLICH Manobra de Heimlich em adulto É o melhor método de desobstrução das vias aéreas superiores por corpo estranho. A pessoa a aplicar a manobra aérea deverá se posicionar atrás da vítima, fechar o punho e posicioná-lo com o polegar para dentro entre o umbigo e o osso esterno. Com a outra mão, deverá segurar o seu punho e puxar ambas as mãos em sua direção, com um rápido empurrão para cima e para dentro a partir do cotovelo. Deve-se comprimir a parte superior do abdômen contra a base dos pulmões, para expulsar o ar que ainda resta e forçar a eliminação do bloqueio. Figura 9: imagem ilustrativa da manobra de Heimlich. Manobra de Heimlich em crianças Em criança a técnica de desobstrução de vias aéreas pode variar um pouco, como demonstrado na figura abaixo e nas crianças maiores pode-se executar a manobra tradicional. Em bebês: apoiar o bebê no braço do socorrista, com a cabeça mais abaixo que o corpo, tendo o cuidado de manter a boca do bebê aberta. Aplicar 5 batidas com o “calcanhar” da mão do socorrista nas costas do bebê, na região entre as escápulas. Virar o bebê com a barriga para cima, mantendo a inclinação original e a boca aberta, e iniciar 5 compressões no osso do peito da criança, logo abaixo da linha imaginária traçada entre os mamilos. Repita esse ciclo até o bebê expelir o objeto ou desmaiar. Figura 10: ilustração da manobra de Heimlich em bebes. Manobras em mulher grávida e obesos Neles a manobra encontra uma variação na posição da mão devido ao volume do abdome a manobra não pode ser executada na forma tradicional. Posicione-se atrás da vítima.Encontre a posição mediana na linha intermamilar.Posicione os punhos sobre o esterno. Execute a manobra de desobstrução. Figura 11: ilustração da manobra de Heimlich em mulheres gravidas e obesas. Figura 12: Henry Jay Heimlich (1920) Médico norte americano defensor do uso controverso e sem comprovação da malária como tratamento do HIV.
  • 8. 8 RESSUCITAÇÃO CARDÍO- RESPIRATÓRIA (RCR) É um conjunto de medidas utilizadas no atendimento à vítima de parada cardiorrespiratória (PCR). A RCR é uma das atividades que exige conhecimento e sua execução deve ser feita com calma e disposição. Podemos definir parada cardíaca como sendo a interrupção repentina da função de bombeamento cardíaco, que pode ser constada pela falta de batimentos do acidentado, pulso ausente. Chamamos de parada respiratória o cessamento total da respiração devido à falta de oxigênio e excesso de gás carbônico no sangue. CAUSAS Podem ocorrer por diversos fatores, atuando de modo isolado ou associado. Em determinadas circunstância, não é possível estabelecer com segurança qual ou quais os agentes que as produziram podem ser divididos em dois grupos:  Primárias: se deve a um problema do próprio coração causando arritmia cardíaca, geralmente a fibrilação ventricular. Sua causa principal é a isquemia (chegada de pouca quantidade de sangue oxigenado no coração).  Secundária: a disfunção do coração é causada por problemas respiratórios ou por uma causa externa, causas principais: 1. Oxigenação deficiente: obstrução de vias aéreas e doenças pulmonares. 2. Transportes inadequadas de oxigênio: hemorragia grave, estado de choque, intoxicação por monóxido de carbono. 3. Ação de fatores externos sobre o coração: drogas e descargas elétricas. A rápida identificação da parada cardíaca e da parada respiratória é essencial para o salvamento de uma vida potencialmente em perigo. Se o coração parar primeiro, as complicações serão maiores, pois a chegada de oxigênio ao cérebro estará comprometida: os músculos respiratórios perdem rapidamente a eficiência funcional, ocorre imediata parada respiratória podendo ocorrer lesão cerebral irreversível e morte. O gráfico abaixo dá uma noção da relação entre o lapso de tempodecorrido entre a identificação de para cardiorrespiratória e a possibilidade de sobrevivência. Gráfico 1: Mostra a relação do tempo em que foi identificado a parada e a possibilidade de sobrevivência. Identificação de PCR A identificação e os primeiros atendimentos devem ser iniciados dentro de um período de no máximo 4 minutos a partir da ocorrência, pois centros vitais do sistema nervoso ainda continuam em atividade. No atendimento de primeiros socorros, durante a aproximação, devemos observar elementos como mobilidade, palidez e os seguintes sinais que identificarão uma parada cardiorrespiratória. Inicialmente devemos verificar o nível de consciência, tentando observar as respostas do acidentado aos estímulos verbais: você está bem? Se o acidentado não responder, chamar atendimento especializado. Posicionar o acidentado em decúbito dorsal, sobre superfície plana rígida. Verificar a ausência de pulso, a ausência representa um sinal importante para o PCR e determinará o inicio imediato das manobras.  Apneia ou respiração arquejante.  Espasmos da laringe.  Cianose.  Inconsciência.  Dilatação das pupilas. Na figura abaixo, a sequência de suporte básico de vida num adulto, para as orientações do pessoal que fará os primeiros atendimentos emergenciais em casos de acidentes. PRIMEIROS SOCORROS A primeira providência a ser tomada é estabelecer o suporte básico da vida, o acidentado deverá estar posicionado adequadamente de modo a permitir adotar medidas de autoproteção colocando luvas e máscaras, o suporte básico da vida consiste na administração de ventilação das vias aéreas e de compressão torácica externa. Estas manobras de apoio vital básico constituem-se três principais que devem ser seguidas:  Desobstrução das vias aéreas.  Suporte respiratório.  Suporte circulatório. O reconhecimento da existência de obstrução das vias aéreas pode ser feita pela incapacidade de ouvir ou sentir qualquer fluxo de ar pela boca ou nariz da vítima. A ventilação e a circulação constituem o atendimento imediato para as vítimas de PCR. Para execução da ventilação é necessário à manutenção das vias aéreas permeáveis, tomando-se as medidas necessárias para a desobstrução. Para manter as vias aéreas abertas e fazer a desobstrução é necessário, colocar o acidentado deitado e fazer hiperextensão da cabeça, colocando
  • 9. 9 a mão sob a região posterior do pescoço do acidentado e a outra na região frontal, com isso a mandíbulas se desloca para frente e promove o estiramento dos tecidos que ligam a faringe, desobstruindo-se a faringe. Duas manobras são recomendadas para a desobstrução manual das vias aéreas. Massagem cardíaca externa ou compressão torácica Método efetivo de ressuscitação c cardíaca, consiste em aplicações rítmica de pressão sobre o terço inferior do esterno.  O aumento da pressão no interior do tórax e a compressão do coração fazem com que o sangue circule.  Para realizar a massagem cardíaca externa deve se posicionar a vítima deitada, posicione o joelho, ao lado do acidentado e num plano superior, de modo que possa executar a manobra com os braços em extensão.  Em seguida apoiar a mão uma sobre a outra, na metade inferior do esterno. A compressão deve ser feita sobre a metade inferior do esterno.  Com os braços em hiperextensão, aproveite o peso do seu próprio corpo para aplicar a compressão, tornando-a mais eficaz e menos cansativa do que se utilizada à força dos braços.  Aplicar pressão suficiente para baixar o esterno de 4 a 5 centímetros para um adulto normal e mantê-lo assim por 1,5 segundo.  Em seguida remover subitamente a compressão que, junto com pressão negativa, provoca o retorno do sangue ao coração.  As compressões torácicas e a respiração artificial devem ser combinadas para que a ressuscitação cardío-respiratória seja eficaz.  A frequência das compressões deve ser mantida em 80 a 100 por minuto. Com a pausa que é efetuada para a ventilação, a frequência real de compressões cai para 60 por minutos. Figura 13(a) localizar a metade inferior do esterno; (b)apoiar a mão uma sobre a outra, na metade inferior do esterno; aproveitando o peso do seu próprio corpo para aplicar a compressão Suporte básico de vida (SBV) São as medidas iniciais aplicadas a uma vítima, fora de o ambiente hospitalar, realizado por pessoas treinadas para realizar a manutenção dos sinais vitais e evitar o agravamento das lesões. Seu protocolo é: EPI e avaliação da cena AVDI: A- acordar, alertar. V-responde a estímulos verbais. D- responde a estímulos dolorosos. I-Vitima inconsciente. ABCD: A: air- vias aéreas (controle da coluna cervical) estenda a cabeça da vítima, utilizando uma de suas mão sobre a região frontal e incline a cabeça para trás, deixando seus dedos indicador e polegar livres, com os dedos indicador e médio da outra mão, localize a porção inferior do mento da vítima e tracione a para cima e para frente, abrindo as vias aéreas. B: Breath- boa ventilação; pince as narinas da vítima com os dedos polegar e indicador da mão que apoia a testa, mantendo a inclinação da cabeça. Inspire profundamente e coloque a boca firmemente sobre a boca da vítima, envolvendo a totalmente. Insufle o ar nos pulmões da vítima até que o tórax se eleve, retire sua boca da boca da vitima e solte as narinas, para que o ar seja exalado, faça a segunda respiração do mesmo modo. C: circulation- circulação. Massagem cardíaca na relação 30⁄2 até a chegada da ambulância. Localize o apêndice xifoide, deslizando seu dedo médio pelo rebordo costal da vítima, acrescentando seu dedos indicador e localize então a metade inferior do esterno, coloque a região hipotênar de sua outra mão sobre esta região e a outra mão sobre a primeira, Inter lace os dedos e levante-os, de modo a não tocarem o gradeado costal, posicione-se perpendicularmente ao tórax da vítima e, com os braços estendidos, pressione o esterno cerca de 4 a 5 cm, utilizando o peso do corpo, libere a pressão e repita o procedimento a uma frequência de 100 vezes por minuto, sem retirar as mão do tórax da vítima. D: desfibrilação. Quando apresentar fibrilação ventricular ou taquicardia ventricular sem pulso, utilizar o desfibrilador automático. Figura 14: demonstração simplificada da utilização do desfibrilador.
  • 10. 10 Suporte respiratório A ventilação é indicada em casos de as vias aéreas estarem permeáveis e na ausência de movimento respiratório. Constatada a abertura das vias aérea se a ausência de movimento respiratório passar à aplicação da respiração boca a boca. Respiração boca a boca O ar exalado de quem está socorrendo contém cerca de18% de oxigênio e é considerado um gás adequando para a ressuscitação deste que os pulmões da vítima estejam normais e que se use cerca de duas vezes os volumes correntes normais. Para iniciar a respiração boca a boca e promover a ressuscitação cardiorrespiratório, deve-se obedecer as seguintes sequência:  Deitar o acidentado de costas.  Desobstruir as vias aéreas remover próteses dentárias (caso haja), limpar sangue ou vômito.  Pôr uma das mãos sob a nuca do acidentado e a outra mão na testa.  Inclinar a cabeça do acidentado para traz até que o queixo fique em um nível superior ao do nariz de forma que a língua não impeça a passagem de ar, mantendo-a nesta posição.  Fechar bem as narinas do acidentado, usando os dedos polegar e indicador, utilizando a mão que foi colocada anteriormente na testa do acidentado.  Inspira profundamente.  Colocar a boca com firmeza sobre a boca do acidentado, vendando a totalmente.  Soprar rigorosamente outra vez e continuar o procedimento, por cerca de 15 minutos até que o acidentado possa receber a assistência médica. Figura 15: (a) verificar se a vítima está respirando; (b) iniciando a respiração boca a boca. Corrente de sobrevivência Esse conceito nos informa que as chances de sobrevivência das vítimas de parada cardíaca poderão crescer muito se observarmos os quatros elos da corrente.  Primeiro elo: acesso rápido ao serviço de emergência médica (SEM) compreende desde os primeiros sinais de problema cardíaco, ao acionamento de equipes especializadas.  Segundo elo: RCP imediato, o RCP é mais efetivo quando iniciado imediatamente.  Terceiro elo: rápida desfibrilação, esse elo representa a maior chance de sobrevivência numa emergência cardíaca.  Quarto elo: cuidados avançados sem demora, este, elo diz respeito as manobras de suporte avançado, providencias no local da cena por médico ou paramédicos para tratamento de problemas cardíaco de forma mais efetiva. Figura 16: mostra os principais elos da corrente de sobrevivência.
  • 11. 11 ESTADO DE CHOQUE É completo grupo de síndrome cardiovasculares agudas que não possui, uma definição única que compreenda todas as suas diversas causas e origem. O estado de choque se dá quando há mal funcionamento entre o coração, vasos sanguíneos e o sangue, instalando-se um desequilíbrio no organismo. O choque é uma grande emergência médica. O atendimento médico deve ser imediato. Há vários tipos de choque: TIPOS DE CHOQUE Choque hipovolêmico Ocorre devido à redução do volume intravascular por causa da perda de sangue, de plasma ou de água perdida em diarreia e vômito. Choque cardiogênico Ocorre na incapacidade do coração bombear um volume de sangue suficiente para atender às necessidades metabólicas dos tecidos. Choque septicêmico Pode ocorrer devido uma infecção sistêmica. Choque anafilático É uma reação de hipersensibilidade sistêmica, que ocorre quando um indivíduo é exposto a uma substância à qual é extremamente alérgico. Choque neurogênico Decorre da redução do tônus vasomotor normal por distúrbio da função nervosa. Pode ser causado, por exemplo, transecção da medula espinhal ou pelo uso de medicamento, como bloqueadores ganglionares ou depressores do sistema nervoso central. RECONHECIMENTO O reconhecimento do choque é de grande importância para o salvamento da vítima, ainda que pouco possa fazer para reverter a síndrome. Causas principais de choque:  Hemorragias internas.  Infarto.  Taquicardias.  Braquicardias.  Queimaduras graves.  Processos inflamatórios do coração.  Envenenamento.  Afogamento. Sintomas A vítima de estado de choque ou eminência de entrar em choque apresentam os seguintes sintomas:  Pele pálida. Úmida e palmas das mãos.  Fraqueza geral.  Pulso rápido e fraco.  Sensação de frio, pele fria e calafrios.  Respiração rápida, curto, irregular ou muito difícil. Prevenção Algumas providências podem ser tomadas para evitar o estado de choque:  Deitar a vítima de costas.  Afrouxar as roupas da vítima no pescoço, peito e cintura.  Verificar se há presença de prótese dentária, objetos ou alimento na boca e os retirar.  Os membros inferiores devem ficar elevados em relação ao corpo. Este processo deve ser feito se não houver fraturas desses membros. Ele serve para melhorar o retorno sanguíneo e levar o máximo de oxigênio ao cérebro. Figura 17: representação dos primeiros socorros, da vitima que está em estado de choque.
  • 12. 12 HEMORRAGIAS É a perda de sangue através de ferimento, podem ser classificados inicialmente em arteriais e venosas, e, para fins de primeiros socorros, em internas e externas: TIPOS DE HEMORRAGIAS Hemorragias arteriais É aquela hemorragia em que o sangue sai em jato pulsátil e se apresenta com coloração vermelho vivo. Hemorragias venosas É aquela hemorragias em que o sangue é mais escuro e sai continuamente e lentamente, escorrendo pela ferida. Hemorragias externa É hemorragia causada na qual o sangue é eliminado para o exterior do organismo, como acontece em qualquer ferimento externo, ou quando se processa nos órgãos internos que se comunicam com o exterior, como o tubo digestivo. Hemorragias interna É causada na qual o sangue extravasa em uma cavidade pré-formada do organismo, como o peritoneu, pleura, pericárdio, meninges. Consequência das hemorragias Hemorragias graves não tratadas ocasionam o desenvolvimento do estado de choque e morte. Hemorragias lentas e crônicas causam anemias. PRIMEIROS SOCORROS A técnica do ponto de pressão consiste em: Comprimir a artéria lesada contra o osso mais próximo, para diminuir a fluência de sangue. Mantenha o acidentado agasalhado com cobertores ou roupas, evitando contato com o chão frio ou úmido. Não dar líquido quando estiver inconsciente ou houver suspeita de lesão no ventre/abdômen. Figura 18: (a) controle a hemorragia; (b) aplique uma atadura de pano; (c) cubra o acidentado para evitar o choque. Torniquete Quando uma hemorragia torna-se intensa, com grande perda de sangue. Nesses casos, em que hemorragia não podem serem contidas pelos métodos de pressão, torna-se necessário o uso o torniquete. Para fazer um torniquete usa-se a seguinte técnica:  Elevar o membro ferido acima do nível do coração.  Usar uma faixa de tecido largo, com centímetro ou mais, longo suficiente para dar duas voltas, com pontas para amarração.  Aplicar o torniquete logo acima da ferida.  Passar a tira ao redor do membro ferido.  Colocar um pedaço de madeira no meio do nó.  Apertar o torniquete, girando a vareta.  Fixar as varetas com as pontas do pano.  Afrouxar o torniquete, girando vareta no sentido contrário, a cada 10 ou 15 minutos. Figura 19: procedimento para se fazer um torniquete.
  • 13. 13 QUEIMADURAS A temperatura, calor ou frio, e os contatos com gases, eletricidade, radiação e produtos químicos, são os principais causadores de lesões, podem atingir graves proporções de perigo para a vida ou para a integridade da pessoa. O efeito inicial e local, comum em todas as queimaduras é a desnaturação de proteínas, com consequente lesão ou morte celular. Todo tipo de queimadura é uma lesão que requer atendimento médico especializado imediatamente após a prestação de primeiros socorros. Gravidade das queimaduras Depende da causa, profundidade, percentual corporal queimada, localização e estado prévio do acidentado. Como efeitos gerais das queimaduras podem ter:  Choque primário: vasodilatação.  Choque secundário: nipovolêmico.  Infecção bacteriana secundária a lesão.  Paralisia respiratória e fibrilação choque cardíaco. CLASSIFICAÇÃO DAS QUEIMADURAS O revestimento cutâneo, sendo o mais atingido primariamente, apresenta alterações mais visíveis, dependendo da profundidade do corpo, as queimaduras são classificadas em graus para, melhor compreensão e adoção de medidas terapêuticas adequadas. Queimadura de 1º grau São caracterizadas pelo eritema, que clareia quando sofre a pressão existe dor e edema, mas usualmente há bolhas. Queimadura de 2º grau São caracteristicamente avermelhada e dolorosa, com bolhas edema abaixo da pele e restos de pele queimadas soltas. São profundas provocam necrose e visível dilatação do leito vascular. A dor e ardência local são de intensidade variável. Queimadura de 3º grau São queimaduras em que toda a profundidade da pele está comprometida, podendo atingir a exposição dos tecidos, vasos e ossos. Não apresenta dor inicial da lesão aguda. FIGURA 20: TABELA 3: EXTENSÃO DAS QUEIMADURAS É necessário conhecermos a chamada regra dos nove, método muito útil para o cálculo aproximado da área de superfície corporal queimada o pescoço, que está incluído na região da cabeça, representa 1% da superfície do corpo. FIGURA 21
  • 14. 14 CAUSAS E PRIMEIROS SOCORROS São agentes térmicos, químicos, elétricos, biológico, físicos e radioativos, geralmente restrita a pele, decorrente da aplicação de calor ou frio ao corpo. Queimaduras térmicas Água alimento quente, vapor exposição, não permitir que a vítima corra, pois, pode aumenta o fogo, esfria imediatamente a área queimada com água corrente com a finalidade de neutralizar a ação do calor. Queimadura química Ácido, bases e inflamáveis, cuidados utilize luvas e haja com cuidado! Apagar a chama com um pano limpo úmido não alimentar a vítima, lave a região com muita água por 10 a 15 minutos. Queimadura elétrica Causada por eletricidade, fios, tomadas descobertas e raios. Desligar a fonte de energia ou afastar a fonte com um isolante, por exemplo, um pedaço de madeira, antes de socorrer a vítima. Queimadura por radiação Radiação nucleares, luz ultravioleta ou infravermelha. Queimadura biológico São as queimaduras causadas por animais como lagarta-de-fogo, água-viva e medusa e plantas como as urtigas, os primeiros socorros consiste em lavar o local com água corrente e proteger o local da lesão com um pano limpo.
  • 15. 15 LESÕES ORTOPÉDICAS O sistema locomotor pode ser afetado por lesões traumáticas ou por situações clínicas. As lesões traumáticas podem assumir proporções desastrosas se não atendidas com o primeiro socorro adequado. As atuações dos socorristas resumiram-se a ações de ordem preparatória para um atendimento especializado. Todas essas lesões são dolorosas. A conduta mais importante é a imobilização da parte afetada. Imobilização é, suficiente para aliviar a dor estabelecer condições favoráveis à cura da lesão. TABELA 4 ENTORSES São lesões dos ligamentos das articulações, onde esticam além de sua amplitude normal rompendo-se, quando ocorre entorse há uma distensão dos ligamentos, mas não há o deslocamento completo dos ossos da articulação. As causas mais frequentes da entorse são violência como puxões ou rotação que forçam a articulação. Os locais onde mais ocorre são as articulações do tornozelo, ombro, joelho, punhos e dedos. FIGURA 22 Primeiros socorros DISTENSÕES São as lesões aos músculos e seus tendões, geralmente são causadas por hiperextensão ou por contrações violentas, em casos graves pode haver ruptura do tendão. FIGURA 23 Primeiros socorros Aplicar gelo ou compressas frias durante as primeiras 24 horas. Após este tempo aplicar compressas mornas. Imobilizar o local. LUXAÇÃO São lesões em que a extremidade de um dos ossos que compõem uma articulação é deslocada de seu lugar. O dano a tecido moles pode ser muito grave, afetando vasos sanguíneos, nervos e cápsulas articular. Para identificar uma luxação deve-se observar as seguintes características:  Dor intensa no local afetado.  Edema.  Impotência funcional.  Deformidade visível na articulação. FIGURA 24 Primeiros socorros O tratamento é atividade exclusiva de pessoas especializada em atendimento a emergência traumato-ortopéticas. Os primeiros socorros limitam- se a aplicação de bolsa de gelo ou compressas frias no local afetado e a imobilização da articulação. FIGURA 25
  • 16. 16 CONTUSÕES São lesões provocadas por pancadas, sem presença de ferimentos abertos, sem rompimento da pele, quando há apenas o acometimento superficial, o acidentado apresenta somente dor e inchação da área afetada. A contusão se deve a uma ação local do agente traumatizante, este agente é sólido e a lesão será tanto mais grave, quanto maior for a velocidade de impacto e o seu peso. Logo após a contusão, o acidentado sente dor será mais ou menos intensa conforme a inervação da região. A mancha inicialmente arroxeada, no local contundido, chamada de equimose, vai se transformando em azulada ou esverdeada, para, em alguns dias, tornando-se amarelada. FIGURA 26 Primeiros socorros Podem ser tratadas de maneira simples deste que não apresentem gravidade. Normalmente bolsa de gelo ou compressas de água gelada nas primeiras 24 horas e repouso da parte lesada são suficientes.
  • 17. 17 FRATURAS É uma interrupção na continuidade do osso. Apresentam aparência geralmente deformando o devido ao grau de deformação que podem impor à região afetada. A fratura pode ocorrer por ação direta, por exemplo, um pontapé na perna, levando à fratura no local do golpe, ou por ação indireta, por exemplo, queda em pé de uma altura considerável, ocorrendo fratura da parte inferior da coluna vertebral. CLASSIFICAÇÃO DAS FRATURAS Podem ser classificadas de acordo com sua exteriorização e com lesão no osso afetado. Fratura fechada ou interna São as fraturas nas quais os ossos quebrados permanecem no interior do membro sem perfurar a pele. Fratura aberta ou exposta São fraturas em que os ossos quebrados saem do lugar, rompendo a pele e deixando exposta uma de suas partes, que pode ser produzida pelos próprios fragmentos ósseos ou por objetos penetrantes. Fraturas sem fissuras São as que as bordas ósseas ainda estão muito próximas, como se fosse rachaduras ou fendas. Fraturas completas É a fratura na qual o osso sofre descontinuidade total. FIGURA 27 Primeiros socorros Observe o estado geral do acidentado, procurando lesões graves como ferimentos e hemorragias:  Acalmar o acidentado.  Controlar eventual hemorragia e cuidar de qualquer ferimento.  Imobilizar o membro, procurando coloca-lo na posição que for menos dolorosa para o acidentado.  Usar talas, caso seja necessário.  As talas tem que ser de tamanho suficiente pra ocupar a lesão e ir até a próxima articulação.
  • 18. 18 ESTADO DE CONSCIÊNCIA A consciência plena é o estado em que uma pessoa mantém o nível de lucidez que lhe permite perceber o ambiente que, o cerca, com todos os sentidos saudáveis respondendo aos estímulos sensoriais. Uma pessoa pode estar inconsciente por desmaio, estado de choque, estado de coma, convulsão, parada cardíaca, parada respiratória. Na síncope e nos desmaios há uma subida e breve perda da consciência e diminuição do tônus muscular. Já o estado de coma é caracterizado por uma perda de consciência mais prolongada e profunda. DESMAIO É a perda súbita, temporária e repentina da consciência, devido à diminuição de sangue oxigênio no cérebro. Principais causas:  Hipoglicemia.  Cansaço excessivo.  Fome.  Nervosismo intenso.  Emoções súbitas.  Sustos. Sintomas  Fraqueza.  Suor frio abundante.  Náusea ou ânsia de vômito.  Palidez intensa.  Pulso fraco. Primeiros socorros A: se a pessoa começar a desfalecer  Sentá-la em uma cadeira ou local semelhante.  Curvá-la para frente.  Baixar a cabeça do acidentado, colocando-a entre as pernas pressionar a cabeça para baixo.  Manter a cabeça mais baixa que os joelhos.  Fazê-la respirar profundamente, até que passe o mal-estar. FIGURA 28 B: havendo o desmaio  Manter o acidentado dentado, colocando sua cabeça e ombros em posição mais baixa em relação ao resto do corpo.  Afrouxar as suas roupas.  Manter o ambiente arejado.  Se houver vômito, lateralizar lhe a cabeça, para evitar sufocamento.  Depois que o acidentado se recuperar, pode ser dado a ela café, chá ou mesmo água com açúcar.  Não se deve dar jamais bebida alcoólica. FIGURA 29
  • 19. 19 CONCEITOS TÉCNICOS EM PS URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Urgência Ocorrência imprevista de danos à saúde que não ocorre com frequência, risco de morte é considerada prioridades moderadas de atendimento:  Dor torácica;  Queimaduras;  Fraturas sem sinais de choque;  Vômito;  Diarreia. Emergência Condições de danos à saúde, que implicam risco de morte, exigindo tratamento imediato. São consideradas prioridades de atendimento:  Parada cardiorrespiratória (PCR).  Dor torácica com desconforto respiratório.  Politraumatismo. NEGLIGÊNCIA, IMPRUDÊNCIA E IMPERICIA. Negligência: não tomar as devidas precauções. Imprudência: agir de forma arriscada. Imperícia: falta de técnica ou devido conhecimento. CONTATOS TELEFÔNICOS  Policia: 190  Emergência: 192  Bombeiros:193  Policia de trânsito:194  Policia federal: 191  Ligar para a família da vítima se possível. Estas ligações podem ser feitas de qualquer aparelho telefônico e é gratuita. O que falar no telefone  Identifique-se  Dê o número de seu telefone  De uma referência do local do acidente  Número de acidentados  Se possível faça um pequeno histórico do que aconteceu. Característica para ser socorrista  Ter espirito de liderança e tolerância.  Ter bom censo e compreensão.  Saber planejar e executar ações.  Saber promover e improvisar com segurança.  Ter iniciativa e atitudes firmes.  Ter espirito de solidariedade humana.  Reconhecer suas limitações.  Criatividade. COMPROMISSOS DOS SOCORRISTAS Mantenha se atualizados em técnicas e conhecimentos ser honesto e autentico com a vítima. Se apresentar e dizer que é socorrista. Aspectos legais Art.35 deixar de prestar assistência quando possível fazê-lo sem risco pessoal, a criança abandonada ou extraviado, ou à pessoa inválida ou ferida ao desamparo ou à agrave e iminente perigo ou não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública. A não prestação de socorro dá multa e prisão de seis a um ano de cadeia. CONTROLE DOS 3 C,s Competência É o estado de ter conhecimento, julgamento, habilidade, energia, experiência e motivação necessárias para responder às demandas das responsabilidades profissionais. Confiança Refere-se à qualidade de que promove relação em que as pessoas sentem-se seguras envolve outro componente que é o respeito. Compaixão Compreende uma relação vivida em solidariedade com a condição humana, compartilha alegria, tristeza, dores e realizações. PASSOS EM SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIAS Observações Deve-se observar a situação e começar decidir com calma, mas rapidamente, o melhor a fazer. Proteção É aconselhável se possível o uso de EPI´s isolar a área, usar roupas claras, luvas descartáveis e máscaras. Sinalização Colocar dispositivos de advertências, pelo menos 10 metros antes do local. Localização Observar o local do acidente, e nem sempre as lesões externas são as únicas lesões que a vitima diz ter.