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1
TRABALHO
DE
HISTÓRIA DA ARTE
NOME: MARCIELLE LEMES VICENTE
MATRICULA: 00810050
DATA: 16/04/2014.
2
Í N D I C E
INTRODUÇÃO....................................................................................... 03
OBJETIVO..............................................................................................05
OS ARTISTAS.........................................................................................06
CONCLUSÃO........................................................................................ 17
BIBLIOGRAFIA...................................................................................... 18
3
INTRODUÇÃO
Ao longo de seu desenvolvimento, o movimento renascentista rompeu os limites das
cidades italianas para assim se manifestar em outros grandes centros urbanos da
Europa Moderna. Na região dos Países Baixos e Flandres observamos a consolidação
de uma rica burguesia mercantil que investia grandes quantidades no financiamento
de vários artistas locais. Em muitos casos, os artistas flamengos pintavam retratos,
cenas do cotidiano ou temas religiosos.
Neste âmbito, os irmãos Van Eyck e Pieter Brueghel tiveram seus quadros marcados
pela representação das festas populares e de homens comuns da sociedade daquela
época. Outro grande pintor desse mesmo contexto foi Hieronymus Bosch,
responsável por uma obra que se singularizou pela construção de cenas fantásticas e
oníricas, que, em certa medida, antecipou os surrealistas do século XX.
No Sacro Império Germânico, podemos notar que o Renascimento – comparado aos
demais países europeus – foi uma experiência tardia. Albrecht Dürer (1471 – 1528)
foi um dos mais importantes nomes entre os renascentistas germânicos, ficando
bastante conhecido com as suas gravuras feitas em madeira e metal. Hans Holbein
(1497 – 1543) destacou-se na concepção de retratos, e Lucas Cranach, o Velho,
(1472 – 1553) teve seu nome vinculado aos quadros de temática religiosa.
Em território francês, François Rabelais (1483 – 1553) marcou seu nome na
literatura ao construir narrativas onde explorava imagens grotescas e situações de
tom carnavalesco para pensar a sociedade de sua época. “Gargântua e Pantagruel” foi
sua grande obra, na qual observamos a exploração de todos esses elementos que
marcaram sua escrita. Já na filosofia, Montaigne (1533 – 1592) expõe a questão do
equilíbrio entre o homem e o universo em “Ensaios”, a mais importante de suas
obras.
Após os vários conflitos de ordem externa e interna, a Inglaterra só veio a firmar seu
lugar na arte renascentista no século XVI. Thomas Morus (1478 – 1535) teve
destaque ao formular uma sociedade perfeita, tolerante e baseada em princípios
racionais em sua obra, “Utopia”. Outro nome de grande destaque na literatura inglesa
desse período foi o de William Shakespeare (1564-1616), que escreveu várias peças
teatrais famosas por seus personagens de rica profundidade psicológica.
Na Península Ibérica, o pintor Domenico Theotokopoulos, mais conhecido como El
Greco (1541 – 1614), singularizou sua obra pela exploração de linhas marcadas pela
explosão e o nervosismo. Na literatura, o espanhol Miguel de Cervantes
revolucionou a literatura com a criação do romance “Dom Quixote”. Já em Portugal,
4
podemos grifar as peças teatrais de Gil Vicente (1465 – 1614) e Luís Vaz de Camões
(1525 – 1580), com a criação de sua clássica epopeia “Os Lusíadas”.
 Entre as artes plásticas, foi a pintura que fora da Itália, melhor refletiu a
nacionalização do espirito humanista
 No século XV, ainda eram conservadas, na pintura germânica e na dos Países
baixos, as característica do estilo gótico.
 A conciliação do estilo gótico ao renascentista: Durer, Hans Holbien, Bosch e
Bruegel, que resultava de uma interpretação cientificam da realidade.
5
OBJETIVO
Estudar os artistas do renascimento fora da Itália.
6
OS ARTISTAS:
Albretch Durer: arte e a realidade (1471 – 1528 )
A biografia de Dürer se desenvolve na transição de dois períodos artísticos muito importantes: o
Gótico (período da História da Arte Medieval), ainda presente no norte da Europa, e o já
estabelecido Renascimento, importado da Itália.
Sua obra é uma fusão de ambos os estilos em um único, próprio e característico, sem precedentes
na historia da arte.
Filho de um ourives húngaro, Dürer começou sua formação nesse campo em uma oficina familiar.
Na beleza de seus trabalhos logo se viu uma capacidade inata para o desenho e pintura, que
ele viria a desenvolver depois no ateliê de outro célebre pintor da época, Wohlgemuth.
Em sua primeira viagem à Itália, no ano de 1494, Dürer entrou em contato com a pintura dos
grandes mestres venezianos: Giorgione (As Dez Mais) e Giovanni Bellini, assim como com a
obra de Mantegna, cujos recursos estilísticos aplicou em seus primeiros quadros para Frederico, o
Sábio.
Dürer não se limitou à pintura, tendo incursionado também pela gravura e litografia. Uma de suas
obras mais conhecidas realizada com essas técnicas é “Melancolia”.
Como pintor, foi um dos primeiros a se preocupar em estabelecer as bases para novas teorias da
arte, defrontando-se com a definição da beleza como expressão do espírito. Seus “Autorretratos”
foram um exemplo vivo disso.
Dürer foi o maior pintor e gravador alemão do Renascimento, um intelectual que participou no
debate histórico, em relação direta com príncipes e imperadores, artistas e pensadores.
 Arte como uma representação fiel da realidade.
 Hábil gravador,
 Procurou refletir a realidade do seu tempo, representando a figura humana em seus
trajes característicos para diferentes ocasiões.
7
 Buscou os traços psicológicos do retrato – inquietação à sua arte
 Observação da natureza.
A Lebre Aquarela A Coruja Aquarela O anjo traz a mensagem de Joaquim
Os três selos comemoram 450 anos da morte do pintor, respectivamente:
 Selo emitido pelo Paraguai em 1978, mostra a obra “Adão e Eva”
.(1504).
 Selo emitido por Djibuti em 1978, com “A Lebre” (1502).
 Selo emitido pela Hungria, em 1978 que mostra um “autorretrato” pintado em 1504 - Alta
Pinacoteca, Munique – Alemanha.
8
Hans Holbien:
A Valorização do Humanismo
(1498 – 1543) – Alemanha
Hans Holbien: Velho
Pintor germânico nascido na cidade livre imperial de Augsburg., fundador de uma brilhante
família de artistas, manteve-se dentro da tradição alemã e rejeitou as influências do
Renascimento. Pouco se sabe de sua vida, exceto que já estava casado e trabalhava como
pintor em sua cidade natal (1493). Suas primeiras obras caracterizam-se por um rico
colorido e uma composição equilibrada, como é o caso do altar de Weingarten, pintado para
a catedral de Augsburg (1493). Porém a partir da pintura do altar-mor do mosteiro
dominicano, em Frankfurt (1501), iniciou uma nova fase, aparentementesob a influencia de
seu compatriota Matthias Grünewald, caracterizada por uma maior profundidade e um
livre agrupamento de personagens, como se fossem retratos. Trabalhou no altar de
Kaisheim, em Munique, com cenas da paixão de Cristo, e entrou (1510) na sua última fase,
evoluindo para o gótico tardio e o estilo renascentista. Assim pintou os altares de Santa
Catarina, em Augsburg, e de São Sebastião, em Munique, e a Fonte da vida, em Lisboa.
Nessas obras, começou a empregar elementos decorativos italianos e evoluiu para um
acordo entre o gótico tardio e o estilo renascentista. Com dificuldades financeiras, deixou
Augsburg (1517) para morar em Isenheim, Alsácia, onde morreu.
Hans Holbein, o jovem
Pintor renascentista germânico nascido na cidade alemã de Augsburg, considerado o
maior retratista alemão, autor de Henrique VIII, Erasmo etc. e que junto com o grande
mestre Alberto Dürer (1471-1528), autor dos quadros Adoração dos Magos, A trindade e
outros, representaram com suas obras o apogeu renascentista germânico, uma pintura mais
clássica, próxima do renascimento romano-florentino. Filho do célebre pintor Hans
Holbein o Velho, mudou-se (1515) para Basiléia, onde se dedicou à ilustração de livros e ao
retrato, gênero em que se destacou ao pintar os retratos do burgomestre Jakob Meyer e de
sua esposa. Atraído pela estética renascentista, viajou pela Itália e, depois (1523), chegou à
Basiléia, onde gravou sua famosa série de ilustrações A dança da morte. Em virtude dos
insolúveis conflitos entre católicos e protestantes, mudar-se para a Inglaterra (1526), onde
ficou amigo de Thomas More. Voltou para a Basiléia (1528), onde pintou o retrato
de Erasmo de Rotterdam e gravou também cerca de uma centena de ilustrações para a
publicação Histórias do Antigo Testamento. Viajou novamente para a Inglaterra (1532),
onde passou os últimos anos de vida, na qualidade de retratista preferido da corte e da
nobreza. Entrou oficialmente para o serviço de Henrique VIII (1537) e morreu em Londres,
vítima de uma epidemia de peste (1543).
9
OBS.: Do ponto de vista artístico, o Renascimento foi um movimento cultural cuja
principal característica foi o surgimento da ilusão de profundidade nas obras. Em termos
gerais, por definição o Renascimento foi um movimento artístico, científico e literário que
floresceu na Europa no período correspondente entre à Baixa Idade Média e o início da
Idade Moderna, do século XIII ao XVI, com o berço na Itália e tendo em Florença e Roma
como seus dois centros mais importantes. Sua principal característica foi o surgimento da
ilusão de profundidade nas obras e, cronologicamente, pode ser dividido em quatro
períodos: Duocento (1200 1299), Trecento (1300-1399), Quattrocento (1400-1499)
e Cinquecento (1500-1599).
 Retratista de personalidade políticas, financeira e intectuais da Inglaterra dos Países
Baixos;
 Suas figuras são retratadas segundo os princípios do realismo tranquilo.
 Expressa em suas obras o ideal de beleza renascentista e a precisão da forma.
 Expressar em suas obras um dos ideais renascentistas: a dignidade humana.
Sir Thomas More
Erasmo de Roterdã
10
HIERONY BOSCH:
A Força da Fantasia (1451 -1516) – Holanda
Bosch (1450–1516) chamava-se Hieronymus Van Aken, sendo apelidado Bosch (pela sua
povoação Den Bosch ou 's-Hertogenbosch, em Holanda); teve uma vida acomodada, já que
se casou com uma mulher endinheirada (Aleyt van Mervende). Apesar de viver como um
opulento burguês, estava obsedado com a religião, o pecado e o sexo. Especulou-se muito
com respeito das ideias que o pudessem ter inspirado: talvez fosse um visionário, um herege,
um obsesso sexual, ou confrade de alguma seita herética; embora tudo pareça indicar que
não foi nada disso, senão simplesmente um moralista culto e comprometido eticamente com
uma causa, coisa que dificilmente apreciamos em Jan van Eyck, por exemplo.
 Artista dos Países Baixos,
 Sua pintura é rica em símbolos da astrologia, da alquimia e da magia conhecidas
no fim da Idade Média.
 Cria formas muitas vezes existentes nos sonhos e nos delírios.
 Conflito: o sentimento de pecado e a busca das virtudes.
 Misticismo
Alguns críticos veem na pintura de Bosch a representação do conflito que inquietava o
espírito do homem do final da Idade Média: a tensão entre o sentimento do pecado
ligado aos prazeres materiais de um lado, e a busca das virtudes de uma vida ascética, de
outro. Além disso, um forte misticismo se espalhou pela Europa entre as pessoas mais
simples e fortaleceu conceitos supersticiosos e crenças em manifestações diabólicas ou
divinas. Esses conflitos podem ser visto em obras, como As tentações de Santo Antônio,
Carroça de fenos e Os sete pecados Capitais.
11
As tentações de Santo Antônio (1505/1506)
A obra Tentações de Santo Antão aborda um tema de ampla recorrência na iconografia e
na literatura medieval europeia. Trata-se de uma passagem relatada na história de Santo
Antão, asceta egípcio do século III que, após partilhar os seus pertences com
os desafortunados, passou vinte anos no deserto dedicando-se à meditação. O santo eremita
teria então sofrido toda a espécie de tentações diabólicas, às quais resistiu continuamente,
tornando-se um poderoso símbolo de renúncia à vida mundana e ao pecado.
A história de Antão do Deserto foi primeiramente relatada por Atanásio de Alexandria, na
sua Vita Antonii, obra que inaugurou o género biográfico da hagiografia. Outra possível
fonte literária para o painel em pauta é o relato da vida do santo feito por Jacopo de
Voragine, por volta de 1280. Ambas as obras descrevem minuciosamente as instigações
demoníacas e as perturbadoras visões que teriam atormentado Santos Antão:
‘’O diabo dispõe de mil maneiras para causar dano. Aquela mesma noite ouviu-se um ruído
tão grande que tremeu todo aquele lugar. Os muros da sua cela pareceram abrir-se, e
entrou uma multidão de demónios; aparências de bestas selvagens e répteis, espectros de
leões, ursos, leopardos, touros, serpentes, áspides, escorpiões e lobos enchiam o recinto. ’’
12
Das obras de Bosch a mais instigante é, inegavelmente, o tríptico chamado O Jardim
das delicias. O artista retrata a criação de Adão e Eva tendo como cenário uma
paisagem exótica e nada parecida como a imagem do paraíso descrito na Bíblia. O
painel central é o próprio Jardim das Delícias. Aí estranhos personagens, animais,
frutos, aves e peixes parecem realizar um movimento delirante. Mas Bosch cria no
quadro O infernos Musical um clima complexo e terrível. Misturando formas
humanas, animais, vegetais e minerais em meios tons sombrios e soturnos, descreve
um pesadelo próprio dos que viviam aterrorizados pelo meio do inferno.
Inferno Musical
O postigo da direita representa o Inferno. Mede 220 cm de alto por 97,5 de largo.
Também é conhecido como "O inferno musical", pelas múltiplas representações
de instrumentos musicais que aparecem. Ignora-se por que Bosch associa a música com o
pecado. Pintou os tormentos do inferno, aos quais fica exposta a Humanidade. Descreve um
mundo onírico, demoníaco, opressivo, de inumeráveis tormentos. É uma tábua muito
sombria em relação ao colorido das outras duas: tons lívidos do inferno de gelo, vivas
chamas do inferno de fogo. A tábua pode-se dividir em três níveis.
No nível superior vê-se a típica imagem do inferno, com fogo e torturas. As arquiteturas
são sumidas em estranhas iluminações fosforescentes. 4
Esse incêndio, que realmente
representa a paisagem noturna de uma cidade em chamas, relacionou-se com um trauma do
pintor, que viu quando era jovem como a sua localidade natal era vítima do fogo.
Certamente, estas representações de cidades em chamas podem-se ver em outros quadros do
autor. A atmosfera resulta totalmente demoníaca. A crítica parece coincidir em que a faca
unida às duas orelhas é um genital masculino, enquanto a gaita-de-foles que um monstro
sustém sobre a cabeça poderia ser um elemento homossexual ou, tal vez, feminino.
Na parte central, aparece um mundo onírico, com criaturas fantásticas, e cuja figura central
num "homem-árvore", conhecido também por um desenho autógrafo do Museu Albertina de
13
Viena.1
Olha diretamente para o espectador. Interpretou-se em numerosas ocasiões como o
rosto do próprio artista e que com uma torpe vendagem tenta ocultar uma chaga produzida
pela sífilis. Sobre a cabeça leva um disco, no qual bailam pequenos monstros. Os seus
braços são como troncos de árvore e estão descansando sobre barcas. Seu tórax está aberto e
oco, e no seu interior há mais seres. Sob de ele há um lago geado, sobre o que patinam
alguns condenados, enquanto o gelo se quebra. Na Idade Média considerava-se o contraste
entre o frio e o calor como uma das torturas do inferno. Destaca-se uma personagem com
cabeça de ave rapaz sentado num retrete. Pensa-se que poderia ser Satanás devorando os
condenados e defecando-os num poço preto no qual outros personagens vomitam imundícias
ou excremento ouro. Sob o manto de Satanás uma mulher é acossada por um ente cuja face é
um espelho onde ela se reflete.
Na parte inferior, aparece o que seria o inferno musical propriamente dito, em onde os
instrumentos musicais aparecem transformados em instrumentos de tortura. Embaixo, à
direita, vê-se a um homem abraçado por um porco. É um simbolismo do que acontece às
pessoas do painel central, do Jardim das Delícias Terrenas, devido ao seu comportamento.
Jardim das Delicias Terrenas
É um tríptico de Hieronymus Bosch, que descreve a historia do mundo a partir da criação,
apresentando o paraíso terrestre e o Inferno nas asas laterais. Ao centro aparece um Bosch
que celebra os prazeres da carne, com participantes desinibidos, sem sentimento de culpa. A
obra expõe ainda símbolos e atividades sexuais com vividez. Especula-se sobre seus
financiadores, que poderiam ser adeptos do amor livre, já que parece improvável que alguma
igreja tradicional a tenha encomendado.
Ligada à "utopia" por um lado, mas representando o lugar da vida humana por outro, Bosch
revela uma atualidade do seu tempo, dado que essa vida está entre o paraíso e
o inferno como se conta no Génesis. O tríptico, quando fechado, tem uma citação transcrita
desse livro "Ele mesmo ordenou e tudo foi criado". Entre o bem e o mal está o pecado,
preposição cristã. No jardim, painel central, representações da luxúria, mensagem de
fragilidade nas envolvências do vidro e das flores, reflectem um carácter efémero da vida,
passagem etérea do gozo, do prazer.
Enquanto "utopia", porque transcreve de modo imaginário na imagem um "real", que mais
se aproxima do surreal, e representa, mesmo que toda a sociedade e a cultura
ocidental estejam marcadas por essa estrutura, uma história “utópica” do seu tempo. Entre
14
um “bem” e um “mal” está a vida e o pecado, de certo foi aplicado, mas no início seria
apenas uma projeção.
Pieter Brueghel:
Um retrato da pequenas aldeias do século XVI (1525 – 1569) –Bélgica
Pieter Brueghel, "O Velho" (Breda, 1525/1530 — Bruxelas, 9 de setembro de 1569) foi
um pintor de Brabante, célebre por seus quadros retratando paisagens e cenas do campo.
Pieter Brueghel, conhecido como Pieter Brueghel, "O Velho" (para distingui-lo de seu filho
mais velho), foi o primeiro de uma família de pintores flamengos. Assinou como Brueghel
até 1559, ano em que retirou o "h" do sobrenome, como viria a acontecer também com seus
filhos.
"O Velho", considerado um dos melhores pintores flamengos do século XVI, é o membro
mais importante da família. Provavelmente, nasceu em Breda, nos Países Baixos.
Foi admitido como mestre na guilda de São Lucas com 26 anos, em 1551, e como aprendiz
de Coecke Van Aelst, artista de Antuérpia, escultor, arquiteto e artífice
de tapeçarias e vitrais. Foi nesta altura que Brueghel viajou para a Itália, onde produziu uma
série de pinturas, a maior parte das quais representando paisagens. Sua primeira obra
assinada e datada foi produzida em Roma, em 1553.
Em 1553, se estabeleceu em Antuérpia e dez anos depois mudou-se
para Bruxelas permanentemente. Casou-se com Mayken em 1563, filha de Van Aelst, seu
mestre.
“Sabe-se muito pouco sobre a personalidade de Brueghel, para além de algumas palavras de
Carel van Mander: Era um homem tranquilo, sábio e discreto”. Mas, quando estava
acompanhado, era divertido e gostava de assustar as pessoas e os seus aprendizes com
histórias de fantasmas e outras diabruras.
15
É também conhecido como Brugel, O camponês, alegadamente por ter tido o hábito se vestir
como camponês, como forma de se misturar com o resto da população, em casamentos e
outras celebrações, com o intuito de se inspirar para as suas criações.
Viajou pela Itália para aprender a forma de pintar dos renascentistas, permanecendo, como
interno, uma temporada no atelier de um professor siciliano.
Foi um pintor de multidões e de cenas populares, com uma vitalidade tal que transborda do
quadro. Além da sua predileção por paisagens, pintou quadros que realçavam o absurdo na
vulgaridade, expondo as fraquezas e loucuras humanas, que lhe trouxeram muita fama. A
mais óbvia influência sobre sua arte é de Hieronymus Bosch, em particular no início dos
estudos de imagens demoníacas, como o "Triunfo da Morte" e "Dulle Griet". Foi na
natureza, no entanto, que ele encontrou sua maior inspiração, sendo identificado como um
mestre de paisagens. Ele é muitas vezes creditado como sendo o primeiro pintor ocidental a
pintar paisagens como elemento central e não como um pano de fundo histórico de uma
pintura.
Retratava a vida e costumes dos camponeses, sua terra, uma vívida descrição dos rituais da
aldeia, da vida, incluindo agricultura, caça refeições, festas, danças e jogos. Suas paisagens
de inverno de 1565 (por exemplo, "Caçadores na Neve") são tomadas como provas
corroborativas da gravidade dos invernos durante a Pequena Era Glacial.
Utilizando abundante sátira e força, criou algumas das primeiras imagens de protesto social
na história da arte. Exemplos incluem pinturas como "A luta entre Carnaval e Quaresma"
(uma sátira dos conflitos da Reforma). E até que morreu.
 Bélgica
 Retrato a realidade das pequena aldeias que andam conservavam a cultura
medieval
 Jogos infantis: grande número de figuras, as crianças brincam como se
estivessem trabalhando (ausência do sorriso). Há certa melancolia na obra.
Jogos Infantis (1560)
Outra curiosidade dessa obra é o período em foi criado. Naquele tempo a brincadeira era
vista como algo pecaminoso pela sociedade e ainda não existia o sentimento de infância.
Logo as crianças eram consideradas como adultos em miniaturas. Apenas por volta do séc.
XX com a eclosão do movimento científico, que a brincadeira ocupou com mais força a
mente de grandes pensadores que investigavam o desenvolvimento humano. Mas muito
antes disso, já tínhamos filósofos que levavam a brincadeira como algo muito sério. Platão
dizia: "A criança aprende brincando e brincando ela é feliz"
16
Obra chapéu do junco (1560)
A batalha entre o carnaval e quaresma (1559)
17
“A luta entre Carnaval e Quaresma, 1559” surge como uma sátira ao conflito expansionista
religioso oriundo da Reforma protestante, iniciada por Martinho Lutero em 1517, e a reação
da Contrarreforma emanada do Concílio de Trento (1547).
Esta pintura representa uma festa realizada nos Países Baixos. Entre uma Hospedaria (lado
esquerdo) e uma Igreja (lado direito) a natureza é posta em confronto: a luxúria e a
abstinência religiosa sublinhando a sua oposição. Junto à Igreja, simbolizando a pureza das
ações, uma mulher (Quaresma) encabeça a procissão onde o séquito se desdobra em ações
de caridade contrastando com os efeitos festejos estridentes junto à Pousada protagonizada
por um homem gordo representando o Carnaval. A pintura representa um tema comum na
Europa do século XVI, a batalha entre o Carnaval e a Quaresma, e com o seu humor e
sagacidade, é uma crítica satírica sobre os conflitos da Reforma.
CONCLUSÃO:
Conclui que os principais renascimentos fora da Itália foram muito importantes, que mostrou
que cada pintor e cada um são diferentes como se expressa.
18
BIBLIOGRAFIA
http://www.girafamania.com.br/artistas/personalidade_durer.htm
https://www.google.com.br/search?newwindow=1&q=+%E2%80%9CA+Lebre%E2%80%9
D+%281502%29&oq=+%E2%80%9CA+Lebre%E2%80%9D+%281502%29&gs_l=serp.3.
..28399.28399.0.29309.1.1.0.0.0.0.199.199.0j1.1.0....0...1c.1.41.serp..1.0.0.aOQhzvHJqxI
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D+%281502%29&oq=+%E2%80%9CA+Lebre%E2%80%9D+%281502%29&gs_l=serp.3.
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http://www.dec.ufcg.edu.br/biografias/HansHolb.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/O_Jardim_das_Del%C3%ADcias_Terrenas
http://pt.wikipedia.org/wiki/As_Tenta%C3%A7%C3%B5es_de_Santo_Ant%C3%A3o_(Bo
sch,_S%C3%A3o_Paulo)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pieter_Bruegel,_o_Velho
http://pcarmem.blogspot.com.br/2011/04/jogos-infantis-de-pieter-brueghel.html
http://corpopoietico.blogspot.com.br/2013/10/pieter-bruegel-o-velho-luta-entre.html

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Os artistas do Renascimento fora da Itália

  • 1. 1 TRABALHO DE HISTÓRIA DA ARTE NOME: MARCIELLE LEMES VICENTE MATRICULA: 00810050 DATA: 16/04/2014.
  • 2. 2 Í N D I C E INTRODUÇÃO....................................................................................... 03 OBJETIVO..............................................................................................05 OS ARTISTAS.........................................................................................06 CONCLUSÃO........................................................................................ 17 BIBLIOGRAFIA...................................................................................... 18
  • 3. 3 INTRODUÇÃO Ao longo de seu desenvolvimento, o movimento renascentista rompeu os limites das cidades italianas para assim se manifestar em outros grandes centros urbanos da Europa Moderna. Na região dos Países Baixos e Flandres observamos a consolidação de uma rica burguesia mercantil que investia grandes quantidades no financiamento de vários artistas locais. Em muitos casos, os artistas flamengos pintavam retratos, cenas do cotidiano ou temas religiosos. Neste âmbito, os irmãos Van Eyck e Pieter Brueghel tiveram seus quadros marcados pela representação das festas populares e de homens comuns da sociedade daquela época. Outro grande pintor desse mesmo contexto foi Hieronymus Bosch, responsável por uma obra que se singularizou pela construção de cenas fantásticas e oníricas, que, em certa medida, antecipou os surrealistas do século XX. No Sacro Império Germânico, podemos notar que o Renascimento – comparado aos demais países europeus – foi uma experiência tardia. Albrecht Dürer (1471 – 1528) foi um dos mais importantes nomes entre os renascentistas germânicos, ficando bastante conhecido com as suas gravuras feitas em madeira e metal. Hans Holbein (1497 – 1543) destacou-se na concepção de retratos, e Lucas Cranach, o Velho, (1472 – 1553) teve seu nome vinculado aos quadros de temática religiosa. Em território francês, François Rabelais (1483 – 1553) marcou seu nome na literatura ao construir narrativas onde explorava imagens grotescas e situações de tom carnavalesco para pensar a sociedade de sua época. “Gargântua e Pantagruel” foi sua grande obra, na qual observamos a exploração de todos esses elementos que marcaram sua escrita. Já na filosofia, Montaigne (1533 – 1592) expõe a questão do equilíbrio entre o homem e o universo em “Ensaios”, a mais importante de suas obras. Após os vários conflitos de ordem externa e interna, a Inglaterra só veio a firmar seu lugar na arte renascentista no século XVI. Thomas Morus (1478 – 1535) teve destaque ao formular uma sociedade perfeita, tolerante e baseada em princípios racionais em sua obra, “Utopia”. Outro nome de grande destaque na literatura inglesa desse período foi o de William Shakespeare (1564-1616), que escreveu várias peças teatrais famosas por seus personagens de rica profundidade psicológica. Na Península Ibérica, o pintor Domenico Theotokopoulos, mais conhecido como El Greco (1541 – 1614), singularizou sua obra pela exploração de linhas marcadas pela explosão e o nervosismo. Na literatura, o espanhol Miguel de Cervantes revolucionou a literatura com a criação do romance “Dom Quixote”. Já em Portugal,
  • 4. 4 podemos grifar as peças teatrais de Gil Vicente (1465 – 1614) e Luís Vaz de Camões (1525 – 1580), com a criação de sua clássica epopeia “Os Lusíadas”.  Entre as artes plásticas, foi a pintura que fora da Itália, melhor refletiu a nacionalização do espirito humanista  No século XV, ainda eram conservadas, na pintura germânica e na dos Países baixos, as característica do estilo gótico.  A conciliação do estilo gótico ao renascentista: Durer, Hans Holbien, Bosch e Bruegel, que resultava de uma interpretação cientificam da realidade.
  • 5. 5 OBJETIVO Estudar os artistas do renascimento fora da Itália.
  • 6. 6 OS ARTISTAS: Albretch Durer: arte e a realidade (1471 – 1528 ) A biografia de Dürer se desenvolve na transição de dois períodos artísticos muito importantes: o Gótico (período da História da Arte Medieval), ainda presente no norte da Europa, e o já estabelecido Renascimento, importado da Itália. Sua obra é uma fusão de ambos os estilos em um único, próprio e característico, sem precedentes na historia da arte. Filho de um ourives húngaro, Dürer começou sua formação nesse campo em uma oficina familiar. Na beleza de seus trabalhos logo se viu uma capacidade inata para o desenho e pintura, que ele viria a desenvolver depois no ateliê de outro célebre pintor da época, Wohlgemuth. Em sua primeira viagem à Itália, no ano de 1494, Dürer entrou em contato com a pintura dos grandes mestres venezianos: Giorgione (As Dez Mais) e Giovanni Bellini, assim como com a obra de Mantegna, cujos recursos estilísticos aplicou em seus primeiros quadros para Frederico, o Sábio. Dürer não se limitou à pintura, tendo incursionado também pela gravura e litografia. Uma de suas obras mais conhecidas realizada com essas técnicas é “Melancolia”. Como pintor, foi um dos primeiros a se preocupar em estabelecer as bases para novas teorias da arte, defrontando-se com a definição da beleza como expressão do espírito. Seus “Autorretratos” foram um exemplo vivo disso. Dürer foi o maior pintor e gravador alemão do Renascimento, um intelectual que participou no debate histórico, em relação direta com príncipes e imperadores, artistas e pensadores.  Arte como uma representação fiel da realidade.  Hábil gravador,  Procurou refletir a realidade do seu tempo, representando a figura humana em seus trajes característicos para diferentes ocasiões.
  • 7. 7  Buscou os traços psicológicos do retrato – inquietação à sua arte  Observação da natureza. A Lebre Aquarela A Coruja Aquarela O anjo traz a mensagem de Joaquim Os três selos comemoram 450 anos da morte do pintor, respectivamente:  Selo emitido pelo Paraguai em 1978, mostra a obra “Adão e Eva” .(1504).  Selo emitido por Djibuti em 1978, com “A Lebre” (1502).  Selo emitido pela Hungria, em 1978 que mostra um “autorretrato” pintado em 1504 - Alta Pinacoteca, Munique – Alemanha.
  • 8. 8 Hans Holbien: A Valorização do Humanismo (1498 – 1543) – Alemanha Hans Holbien: Velho Pintor germânico nascido na cidade livre imperial de Augsburg., fundador de uma brilhante família de artistas, manteve-se dentro da tradição alemã e rejeitou as influências do Renascimento. Pouco se sabe de sua vida, exceto que já estava casado e trabalhava como pintor em sua cidade natal (1493). Suas primeiras obras caracterizam-se por um rico colorido e uma composição equilibrada, como é o caso do altar de Weingarten, pintado para a catedral de Augsburg (1493). Porém a partir da pintura do altar-mor do mosteiro dominicano, em Frankfurt (1501), iniciou uma nova fase, aparentementesob a influencia de seu compatriota Matthias Grünewald, caracterizada por uma maior profundidade e um livre agrupamento de personagens, como se fossem retratos. Trabalhou no altar de Kaisheim, em Munique, com cenas da paixão de Cristo, e entrou (1510) na sua última fase, evoluindo para o gótico tardio e o estilo renascentista. Assim pintou os altares de Santa Catarina, em Augsburg, e de São Sebastião, em Munique, e a Fonte da vida, em Lisboa. Nessas obras, começou a empregar elementos decorativos italianos e evoluiu para um acordo entre o gótico tardio e o estilo renascentista. Com dificuldades financeiras, deixou Augsburg (1517) para morar em Isenheim, Alsácia, onde morreu. Hans Holbein, o jovem Pintor renascentista germânico nascido na cidade alemã de Augsburg, considerado o maior retratista alemão, autor de Henrique VIII, Erasmo etc. e que junto com o grande mestre Alberto Dürer (1471-1528), autor dos quadros Adoração dos Magos, A trindade e outros, representaram com suas obras o apogeu renascentista germânico, uma pintura mais clássica, próxima do renascimento romano-florentino. Filho do célebre pintor Hans Holbein o Velho, mudou-se (1515) para Basiléia, onde se dedicou à ilustração de livros e ao retrato, gênero em que se destacou ao pintar os retratos do burgomestre Jakob Meyer e de sua esposa. Atraído pela estética renascentista, viajou pela Itália e, depois (1523), chegou à Basiléia, onde gravou sua famosa série de ilustrações A dança da morte. Em virtude dos insolúveis conflitos entre católicos e protestantes, mudar-se para a Inglaterra (1526), onde ficou amigo de Thomas More. Voltou para a Basiléia (1528), onde pintou o retrato de Erasmo de Rotterdam e gravou também cerca de uma centena de ilustrações para a publicação Histórias do Antigo Testamento. Viajou novamente para a Inglaterra (1532), onde passou os últimos anos de vida, na qualidade de retratista preferido da corte e da nobreza. Entrou oficialmente para o serviço de Henrique VIII (1537) e morreu em Londres, vítima de uma epidemia de peste (1543).
  • 9. 9 OBS.: Do ponto de vista artístico, o Renascimento foi um movimento cultural cuja principal característica foi o surgimento da ilusão de profundidade nas obras. Em termos gerais, por definição o Renascimento foi um movimento artístico, científico e literário que floresceu na Europa no período correspondente entre à Baixa Idade Média e o início da Idade Moderna, do século XIII ao XVI, com o berço na Itália e tendo em Florença e Roma como seus dois centros mais importantes. Sua principal característica foi o surgimento da ilusão de profundidade nas obras e, cronologicamente, pode ser dividido em quatro períodos: Duocento (1200 1299), Trecento (1300-1399), Quattrocento (1400-1499) e Cinquecento (1500-1599).  Retratista de personalidade políticas, financeira e intectuais da Inglaterra dos Países Baixos;  Suas figuras são retratadas segundo os princípios do realismo tranquilo.  Expressa em suas obras o ideal de beleza renascentista e a precisão da forma.  Expressar em suas obras um dos ideais renascentistas: a dignidade humana. Sir Thomas More Erasmo de Roterdã
  • 10. 10 HIERONY BOSCH: A Força da Fantasia (1451 -1516) – Holanda Bosch (1450–1516) chamava-se Hieronymus Van Aken, sendo apelidado Bosch (pela sua povoação Den Bosch ou 's-Hertogenbosch, em Holanda); teve uma vida acomodada, já que se casou com uma mulher endinheirada (Aleyt van Mervende). Apesar de viver como um opulento burguês, estava obsedado com a religião, o pecado e o sexo. Especulou-se muito com respeito das ideias que o pudessem ter inspirado: talvez fosse um visionário, um herege, um obsesso sexual, ou confrade de alguma seita herética; embora tudo pareça indicar que não foi nada disso, senão simplesmente um moralista culto e comprometido eticamente com uma causa, coisa que dificilmente apreciamos em Jan van Eyck, por exemplo.  Artista dos Países Baixos,  Sua pintura é rica em símbolos da astrologia, da alquimia e da magia conhecidas no fim da Idade Média.  Cria formas muitas vezes existentes nos sonhos e nos delírios.  Conflito: o sentimento de pecado e a busca das virtudes.  Misticismo Alguns críticos veem na pintura de Bosch a representação do conflito que inquietava o espírito do homem do final da Idade Média: a tensão entre o sentimento do pecado ligado aos prazeres materiais de um lado, e a busca das virtudes de uma vida ascética, de outro. Além disso, um forte misticismo se espalhou pela Europa entre as pessoas mais simples e fortaleceu conceitos supersticiosos e crenças em manifestações diabólicas ou divinas. Esses conflitos podem ser visto em obras, como As tentações de Santo Antônio, Carroça de fenos e Os sete pecados Capitais.
  • 11. 11 As tentações de Santo Antônio (1505/1506) A obra Tentações de Santo Antão aborda um tema de ampla recorrência na iconografia e na literatura medieval europeia. Trata-se de uma passagem relatada na história de Santo Antão, asceta egípcio do século III que, após partilhar os seus pertences com os desafortunados, passou vinte anos no deserto dedicando-se à meditação. O santo eremita teria então sofrido toda a espécie de tentações diabólicas, às quais resistiu continuamente, tornando-se um poderoso símbolo de renúncia à vida mundana e ao pecado. A história de Antão do Deserto foi primeiramente relatada por Atanásio de Alexandria, na sua Vita Antonii, obra que inaugurou o género biográfico da hagiografia. Outra possível fonte literária para o painel em pauta é o relato da vida do santo feito por Jacopo de Voragine, por volta de 1280. Ambas as obras descrevem minuciosamente as instigações demoníacas e as perturbadoras visões que teriam atormentado Santos Antão: ‘’O diabo dispõe de mil maneiras para causar dano. Aquela mesma noite ouviu-se um ruído tão grande que tremeu todo aquele lugar. Os muros da sua cela pareceram abrir-se, e entrou uma multidão de demónios; aparências de bestas selvagens e répteis, espectros de leões, ursos, leopardos, touros, serpentes, áspides, escorpiões e lobos enchiam o recinto. ’’
  • 12. 12 Das obras de Bosch a mais instigante é, inegavelmente, o tríptico chamado O Jardim das delicias. O artista retrata a criação de Adão e Eva tendo como cenário uma paisagem exótica e nada parecida como a imagem do paraíso descrito na Bíblia. O painel central é o próprio Jardim das Delícias. Aí estranhos personagens, animais, frutos, aves e peixes parecem realizar um movimento delirante. Mas Bosch cria no quadro O infernos Musical um clima complexo e terrível. Misturando formas humanas, animais, vegetais e minerais em meios tons sombrios e soturnos, descreve um pesadelo próprio dos que viviam aterrorizados pelo meio do inferno. Inferno Musical O postigo da direita representa o Inferno. Mede 220 cm de alto por 97,5 de largo. Também é conhecido como "O inferno musical", pelas múltiplas representações de instrumentos musicais que aparecem. Ignora-se por que Bosch associa a música com o pecado. Pintou os tormentos do inferno, aos quais fica exposta a Humanidade. Descreve um mundo onírico, demoníaco, opressivo, de inumeráveis tormentos. É uma tábua muito sombria em relação ao colorido das outras duas: tons lívidos do inferno de gelo, vivas chamas do inferno de fogo. A tábua pode-se dividir em três níveis. No nível superior vê-se a típica imagem do inferno, com fogo e torturas. As arquiteturas são sumidas em estranhas iluminações fosforescentes. 4 Esse incêndio, que realmente representa a paisagem noturna de uma cidade em chamas, relacionou-se com um trauma do pintor, que viu quando era jovem como a sua localidade natal era vítima do fogo. Certamente, estas representações de cidades em chamas podem-se ver em outros quadros do autor. A atmosfera resulta totalmente demoníaca. A crítica parece coincidir em que a faca unida às duas orelhas é um genital masculino, enquanto a gaita-de-foles que um monstro sustém sobre a cabeça poderia ser um elemento homossexual ou, tal vez, feminino. Na parte central, aparece um mundo onírico, com criaturas fantásticas, e cuja figura central num "homem-árvore", conhecido também por um desenho autógrafo do Museu Albertina de
  • 13. 13 Viena.1 Olha diretamente para o espectador. Interpretou-se em numerosas ocasiões como o rosto do próprio artista e que com uma torpe vendagem tenta ocultar uma chaga produzida pela sífilis. Sobre a cabeça leva um disco, no qual bailam pequenos monstros. Os seus braços são como troncos de árvore e estão descansando sobre barcas. Seu tórax está aberto e oco, e no seu interior há mais seres. Sob de ele há um lago geado, sobre o que patinam alguns condenados, enquanto o gelo se quebra. Na Idade Média considerava-se o contraste entre o frio e o calor como uma das torturas do inferno. Destaca-se uma personagem com cabeça de ave rapaz sentado num retrete. Pensa-se que poderia ser Satanás devorando os condenados e defecando-os num poço preto no qual outros personagens vomitam imundícias ou excremento ouro. Sob o manto de Satanás uma mulher é acossada por um ente cuja face é um espelho onde ela se reflete. Na parte inferior, aparece o que seria o inferno musical propriamente dito, em onde os instrumentos musicais aparecem transformados em instrumentos de tortura. Embaixo, à direita, vê-se a um homem abraçado por um porco. É um simbolismo do que acontece às pessoas do painel central, do Jardim das Delícias Terrenas, devido ao seu comportamento. Jardim das Delicias Terrenas É um tríptico de Hieronymus Bosch, que descreve a historia do mundo a partir da criação, apresentando o paraíso terrestre e o Inferno nas asas laterais. Ao centro aparece um Bosch que celebra os prazeres da carne, com participantes desinibidos, sem sentimento de culpa. A obra expõe ainda símbolos e atividades sexuais com vividez. Especula-se sobre seus financiadores, que poderiam ser adeptos do amor livre, já que parece improvável que alguma igreja tradicional a tenha encomendado. Ligada à "utopia" por um lado, mas representando o lugar da vida humana por outro, Bosch revela uma atualidade do seu tempo, dado que essa vida está entre o paraíso e o inferno como se conta no Génesis. O tríptico, quando fechado, tem uma citação transcrita desse livro "Ele mesmo ordenou e tudo foi criado". Entre o bem e o mal está o pecado, preposição cristã. No jardim, painel central, representações da luxúria, mensagem de fragilidade nas envolvências do vidro e das flores, reflectem um carácter efémero da vida, passagem etérea do gozo, do prazer. Enquanto "utopia", porque transcreve de modo imaginário na imagem um "real", que mais se aproxima do surreal, e representa, mesmo que toda a sociedade e a cultura ocidental estejam marcadas por essa estrutura, uma história “utópica” do seu tempo. Entre
  • 14. 14 um “bem” e um “mal” está a vida e o pecado, de certo foi aplicado, mas no início seria apenas uma projeção. Pieter Brueghel: Um retrato da pequenas aldeias do século XVI (1525 – 1569) –Bélgica Pieter Brueghel, "O Velho" (Breda, 1525/1530 — Bruxelas, 9 de setembro de 1569) foi um pintor de Brabante, célebre por seus quadros retratando paisagens e cenas do campo. Pieter Brueghel, conhecido como Pieter Brueghel, "O Velho" (para distingui-lo de seu filho mais velho), foi o primeiro de uma família de pintores flamengos. Assinou como Brueghel até 1559, ano em que retirou o "h" do sobrenome, como viria a acontecer também com seus filhos. "O Velho", considerado um dos melhores pintores flamengos do século XVI, é o membro mais importante da família. Provavelmente, nasceu em Breda, nos Países Baixos. Foi admitido como mestre na guilda de São Lucas com 26 anos, em 1551, e como aprendiz de Coecke Van Aelst, artista de Antuérpia, escultor, arquiteto e artífice de tapeçarias e vitrais. Foi nesta altura que Brueghel viajou para a Itália, onde produziu uma série de pinturas, a maior parte das quais representando paisagens. Sua primeira obra assinada e datada foi produzida em Roma, em 1553. Em 1553, se estabeleceu em Antuérpia e dez anos depois mudou-se para Bruxelas permanentemente. Casou-se com Mayken em 1563, filha de Van Aelst, seu mestre. “Sabe-se muito pouco sobre a personalidade de Brueghel, para além de algumas palavras de Carel van Mander: Era um homem tranquilo, sábio e discreto”. Mas, quando estava acompanhado, era divertido e gostava de assustar as pessoas e os seus aprendizes com histórias de fantasmas e outras diabruras.
  • 15. 15 É também conhecido como Brugel, O camponês, alegadamente por ter tido o hábito se vestir como camponês, como forma de se misturar com o resto da população, em casamentos e outras celebrações, com o intuito de se inspirar para as suas criações. Viajou pela Itália para aprender a forma de pintar dos renascentistas, permanecendo, como interno, uma temporada no atelier de um professor siciliano. Foi um pintor de multidões e de cenas populares, com uma vitalidade tal que transborda do quadro. Além da sua predileção por paisagens, pintou quadros que realçavam o absurdo na vulgaridade, expondo as fraquezas e loucuras humanas, que lhe trouxeram muita fama. A mais óbvia influência sobre sua arte é de Hieronymus Bosch, em particular no início dos estudos de imagens demoníacas, como o "Triunfo da Morte" e "Dulle Griet". Foi na natureza, no entanto, que ele encontrou sua maior inspiração, sendo identificado como um mestre de paisagens. Ele é muitas vezes creditado como sendo o primeiro pintor ocidental a pintar paisagens como elemento central e não como um pano de fundo histórico de uma pintura. Retratava a vida e costumes dos camponeses, sua terra, uma vívida descrição dos rituais da aldeia, da vida, incluindo agricultura, caça refeições, festas, danças e jogos. Suas paisagens de inverno de 1565 (por exemplo, "Caçadores na Neve") são tomadas como provas corroborativas da gravidade dos invernos durante a Pequena Era Glacial. Utilizando abundante sátira e força, criou algumas das primeiras imagens de protesto social na história da arte. Exemplos incluem pinturas como "A luta entre Carnaval e Quaresma" (uma sátira dos conflitos da Reforma). E até que morreu.  Bélgica  Retrato a realidade das pequena aldeias que andam conservavam a cultura medieval  Jogos infantis: grande número de figuras, as crianças brincam como se estivessem trabalhando (ausência do sorriso). Há certa melancolia na obra. Jogos Infantis (1560) Outra curiosidade dessa obra é o período em foi criado. Naquele tempo a brincadeira era vista como algo pecaminoso pela sociedade e ainda não existia o sentimento de infância. Logo as crianças eram consideradas como adultos em miniaturas. Apenas por volta do séc. XX com a eclosão do movimento científico, que a brincadeira ocupou com mais força a mente de grandes pensadores que investigavam o desenvolvimento humano. Mas muito antes disso, já tínhamos filósofos que levavam a brincadeira como algo muito sério. Platão dizia: "A criança aprende brincando e brincando ela é feliz"
  • 16. 16 Obra chapéu do junco (1560) A batalha entre o carnaval e quaresma (1559)
  • 17. 17 “A luta entre Carnaval e Quaresma, 1559” surge como uma sátira ao conflito expansionista religioso oriundo da Reforma protestante, iniciada por Martinho Lutero em 1517, e a reação da Contrarreforma emanada do Concílio de Trento (1547). Esta pintura representa uma festa realizada nos Países Baixos. Entre uma Hospedaria (lado esquerdo) e uma Igreja (lado direito) a natureza é posta em confronto: a luxúria e a abstinência religiosa sublinhando a sua oposição. Junto à Igreja, simbolizando a pureza das ações, uma mulher (Quaresma) encabeça a procissão onde o séquito se desdobra em ações de caridade contrastando com os efeitos festejos estridentes junto à Pousada protagonizada por um homem gordo representando o Carnaval. A pintura representa um tema comum na Europa do século XVI, a batalha entre o Carnaval e a Quaresma, e com o seu humor e sagacidade, é uma crítica satírica sobre os conflitos da Reforma. CONCLUSÃO: Conclui que os principais renascimentos fora da Itália foram muito importantes, que mostrou que cada pintor e cada um são diferentes como se expressa.
  • 18. 18 BIBLIOGRAFIA http://www.girafamania.com.br/artistas/personalidade_durer.htm https://www.google.com.br/search?newwindow=1&q=+%E2%80%9CA+Lebre%E2%80%9 D+%281502%29&oq=+%E2%80%9CA+Lebre%E2%80%9D+%281502%29&gs_l=serp.3. ..28399.28399.0.29309.1.1.0.0.0.0.199.199.0j1.1.0....0...1c.1.41.serp..1.0.0.aOQhzvHJqxI https://www.google.com.br/search?newwindow=1&q=+%E2%80%9CA+Lebre%E2%80%9 D+%281502%29&oq=+%E2%80%9CA+Lebre%E2%80%9D+%281502%29&gs_l=serp.3. ..28399.28399.0.29309.1.1.0.0.0.0.199.199.0j1.1.0....0...1c.1.41.serp..1.0.0.aOQhzvHJqxI http://www.dec.ufcg.edu.br/biografias/HansHolb.html http://pt.wikipedia.org/wiki/O_Jardim_das_Del%C3%ADcias_Terrenas http://pt.wikipedia.org/wiki/As_Tenta%C3%A7%C3%B5es_de_Santo_Ant%C3%A3o_(Bo sch,_S%C3%A3o_Paulo) http://pt.wikipedia.org/wiki/Pieter_Bruegel,_o_Velho http://pcarmem.blogspot.com.br/2011/04/jogos-infantis-de-pieter-brueghel.html http://corpopoietico.blogspot.com.br/2013/10/pieter-bruegel-o-velho-luta-entre.html