SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  76
INTERVENÇÕES DO HOMEM
NOS SUBSISTEMAS TERRESTRES

              MARGARIDA BARBOSA TEIXEIRA
Evolução da população mundial
2



       O sistema Terra é altamente integrado e os diferentes
        subsistemas interagem por acções contínuas que, em geral, são
        lentas e graduais, mantendo o equilíbrio.


       Ao longo da sua evolução, o Homem foi descobrindo meios de
        sobrevivência cada vez mais eficazes e novas formas de se
        adaptar ao ambiente, modificando-o.
Evolução da população mundial
3




       No séc. XVII a população
        mundial era de cerca de
        500 milhões de indivíduos.

       Em 2006 já ascendia aos
        6500 milhões.

       Prevê-se que em 2050
        venha a ser de cerca de
        9000 milhões.
Evolução da população mundial
4




       O crescimento
        populacional é
        heterogéneo.

       Os países
        periféricos são os
        que mais
        contribuem para o
        aumento
        populacional.
Evolução da população mundial
                      Desenvolvimento sustentável
5



       O aumento crescente da população humana conduz à:
         •    procura de recursos naturais (como alimento, água e
             energia),
         •   sobreexploração dos recursos naturais,
         •   produção de resíduos em grande escala,
         •   ocupação de áreas de risco geológico,
        causando impacte no ambiente, conducente à degradação
        ambiental.


        O crescimento da população mundial associada ao consumo
        massivo de recursos naturais é a principal causa da degradação
        ambiental e da redução da biodiversidade.
Evolução da população mundial
        Desenvolvimento sustentável
6
1. Sobreexploração dos recursos naturais
7



       Os recursos ambientais só devem ser utilizados de acordo
        com a sua capacidade de regeneração.

                                     Recursos naturais



           não renováveis          renováveis cuja capacidade de   renováveis
                                      renovação é seriamente
                                  afectada pela sobreexploração


              energéticos               águas subterrâneas         energéticos
        (combustíveis fósseis…)              florestas             (sol, vento)
           rochas e minerais                     …                       …
1. Sobreexploração dos recursos naturais
8



    Recurso natural – qualquer bem com utilidade para o
    desenvolvimento, sobrevivência e bem-estar da sociedade.

    Recurso natural renovável – recurso natural cujo ciclo de
    reposição ocorre num curto intervalo de tempo, desde que
    utilizado de uma forma racional. É ciclicamente reposto no meio
    num intervalo de tempo compatível com a vida humana.

    Recurso natural não renovável - recurso natural cujo processo
    de reposição no meio natural demora milhares ou milhões de anos.
1. Sobreexploração dos recursos naturais
          Recursos renováveis
9




        Ex: sol, vento, calor interno da
        terra, ondas e marés,
        biomassa,...
1. Sobreexploração dos recursos naturais
      Recursos renováveis cuja capacidade de renovação é
      seriamente afectada pela sobreexploração
10



     A utilização dos recursos renováveis a uma taxa superior à da sua
      reposição pela natureza pode transformá-los em recursos não
      renováveis.
      (ex.: desflorestação, redução das reservas de água potável ,
          redução da biodiversidade…)
1. Sobreexploração dos recursos naturais
           Recursos não renováveis
11




        Ex: combustíveis fósseis (carvão,
         petróleo e gás natural) e algumas
         rochas e minerais.
1. Sobreexploração dos recursos naturais
          Recursos não renováveis – combustíveis fósseis
12




         Combustíveis fósseis        (petróleo, carvão e gás natural)

             Cerca de 75% da energia consumida a nível mundial provem dos
              combustíveis fósseis.

             O uso intensivo provocou a drástica diminuição das reservas e
              consequentemente prevê-se o esgotamento destes recursos
              energéticos a curto prazo.

             A utilização dos combustíveis fósseis tem graves consequências
              ambientais.
1. Sobreexploração dos recursos naturais
          Recursos não renováveis – combustíveis fósseis
13

         Consequências ambientais do uso de combustíveis fósseis
1. Sobreexploração dos recursos naturais
         Recursos não renováveis – Recursos minerais
14


        Rochas e minerais
        As diversas etapas da História da Humanidade podem ser designadas em
         função do recurso mineral dominante em cada época.
            Idade da Pedra, do Cobre, do Bronze e do Ferro (até 2000 a.C.)
            Idade do Carvão, do Petróleo (séc. XVIII ao séc. XX)
            Idade do Urânio ou do Nuclear (meados do séc. XX)
            Idade do Silício (o silício domina as novas tecnologias - electrónica e
             informática)
1. Sobreexploração dos recursos naturais
          Recursos não renováveis – Recursos minerais
15


                         metálicos
     Recursos minerais
                         não metálicos (utilizados na construção e ornamentação)
1. Sobreexploração dos recursos naturais
       Recursos não renováveis – Recursos minerais
16




     Minério - mineral ou agregado de minerais que ocorre na natureza numa
     concentração com interesse económico.

     Jazigo mineral – quando, num determinado local, a concentração média
     de um determinado elemento químico é muito superior ao seu clarke
     (concentração média de um elemento químico na crosta terrestre).

     Ganga - parte não aproveitável que acompanha o minério extraído dos
     jazigos.

     Escombreira - acumulação de ganga, formando grandes depósitos
     superficiais, junto às explorações mineiras.
1. Sobreexploração dos recursos naturais
         Recursos não renováveis – Recursos minerais
17

        Consequências ambientais da exploração de recursos minerais
     A extracção do minério e a remoção da ganga
1. Sobreexploração dos recursos naturais
         Recursos não renováveis – Recursos minerais
18

    Medidas que minimizam os impactes ambientais da exploração mineira
        Utilização de tecnologias de extracção e de tratamento do minério que causem
         menos perturbações ambientais;
        Armazenamento da ganga em locais devidamente preparados para o efeito (ex. no
         interior da própria exploração ou de outra, previamente impermeabilizada);
        Estabilização das escombreiras;
        Criação de sistemas de drenagem de águas pluviais;
        Tratamento das águas lixiviadas (a exploração deve ter estação de tratamento de
         efluentes);
        Aproveitamento dos subprodutos (resíduos) da exploração;
        Reflorestação;
        Valorização turística.
1. Sobreexploração dos recursos naturais
         Recursos não renováveis – Recursos minerais
19


        Isótopos radioactivos (urânio)

                                  O bombardeamento do U235 por neutrões


                                             Fissão do urânio


             Resíduos do urânio                   Calor                    Neutrões libertados
                                                                      (usados para bombardear mais
                                                                            átomos de urânio)

                                       Usado na vaporização da água
                                                                      reacções de fissão de urânio em
                                                                                  cadeia



                                      O vapor é usado para produzir
                                                 energia
1. Sobreexploração dos recursos naturais
          Recursos não renováveis – Recursos minerais
20

         Consequências ambientais da produção de energia nuclear
2. Ocupação de áreas de risco geológico
21


        Risco geológico – sistema de processos geológicos (sismos, vulcões,
         movimentos em massa…) cujas alterações são susceptíveis de acarretar
         prejuízos directos ou indirectos a uma dada população.




      Ocupação de zonas de elevado risco:
           zonas costeiras – risco de derrocada
           leitos de cheias dos rios – risco de cheias
           vertentes com forte inclinação – risco de movimentos em massa
2. Ocupação de áreas de risco geológico
22




     Ofir

                             Funchal – Fevereiro 2010




     Apúlia                        Sacavém – Fevereiro 2008
2. Ocupação de áreas de risco geológico
         Bacias hidrográficas
23


  Fatores de risco geológico associados a bacias
   hidrográficas
          Cheias
          Barragens
          Extração de
           sedimentos               Mondego - 1948   Douro - 2010




                                                       Ponte Hintze Ribeiro
                                                       (Março de 2001)
      Barragem da Agueira                              Queda devida à extração
                                                       de areias.
      Provoca a retenção da água.
2. Ocupação de áreas de risco geológico
       Bacias hidrográficas
24


  Fatores de risco geológico associados a bacias
   hidrográficas
          Cheias
           Geralmente são devidas a:
              precipitação moderada e prolongada,
              precipitação repentina e muito intensa,
              fusão de grandes concentrações de gelo,
              rutura de barragens ou de diques.
2. Ocupação de áreas de risco geológico
       Bacias hidrográficas
25


  Fatores de risco geológico associados a bacias
   hidrográficas
          Cheias
           Podem provocar muitos prejuízos:
              o isolamento, a evacuação e o desalojamento de populações;
              a destruição de propriedades e explorações agrícolas;
              a submersão e/ou os danos em vias de comunicação;
              a interrupção no fornecimento de eletricidade, água, gás e telefone;
              as alterações no meio ambiente.
2. Ocupação de áreas de risco geológico
       Bacias hidrográficas
26


  Fatores de risco geológico associados a bacias
   hidrográficas
          Barragens
              Vantagens
                  Regularização do caudal a jusante
                  Irrigação, abastecimento de água e produção de energia
                   hidroelétrica
                  Atividade turística e desportiva.
2. Ocupação de áreas de risco geológico
             Bacias hidrográficas
27


  Fatores de risco geológico associados a bacias
   hidrográficas
        Barragens
            Desvantagens
                Acumulação de sedimentos
                 no fundo,
                Maior ação erosiva vertical
                 a jusante (aprofunda o leito
                 do rio),
                Redução de detritos
                 debitados ao mar,
                Problemas de segurança
                 (rutura...)
                Impacto negativo nos
                 ecossistemas da zona.
2. Ocupação de áreas de risco geológico
             Bacias hidrográficas
28


  Fatores de risco geológico associados a bacias
   hidrográficas
        Extração de sedimentos
            Remoção de sedimentos depositados no leito ou margens dos rios para a
             construção civil.
            Consequências:
                alterações nas correntes,
                alterações no leito do rio,
                aumento da erosão do fundo do leito e consequente descalçar dos
                 pilares das pontes,
                erosão de construções (como os pilares das pontes),
                redução da quantidade de sedimentos que chega ao mar,
                desaparecimento das praias fluviais,
                modificações nos ecossistemas.
2. Ocupação de áreas de risco geológico
          Bacias hidrográficas
29


  Fatores de risco geológico associados a bacias
   hidrográficas
        Medidas de prevenção




                    Elaboração de cartas de risco geológico.
2. Ocupação de áreas de risco geológico
          Bacias hidrográficas
30


  Fatores de risco geológico associados a bacias
   hidrográficas
        Medidas de prevenção




              Dique no Mondego

        Construção de diques para      Impedir a ocupação dos leitos de
         regularizar o caudal dos        cheias
         rios.
2. Ocupação de áreas de risco geológico
             Bacias hidrográficas
31


  Fatores de risco geológico associados a bacias
   hidrográficas
        Medidas de prevenção
            Ordenar e controlar as ações humanas nos leitos das cheias.
            Implementar medidas que impeçam a construção em zonas de cheias.
            Construir sistemas integrados de regularização do caudal dos rios,
             através da construção de barragens e canalização dos rios.
            Implementar medidas que impeçam a extração indevida de sedimentos.


                          Elaborar Planos de Bacia Hidrográfica
                          (planos de gestão, planificação, valorização
                          e proteção equilibrada dos cursos de água)
2. Ocupação de áreas de risco geológico
          Zonas costeiras
32


  Evolução do litoral

        As áreas litorais são as mais densamente habitadas, albergando cerca de
         80% da população mundial em apenas 500 000 km de comprimento.
        Portugal possui cerca de 1450 km de costa e mais de metade da população
         portuguesa vive em concelhos do litoral.
        Neste espaço de inter-relação entre as áreas terrestre e marinha, a
         influência humana tem hoje um importante papel.
        As zonas litorais são um recurso insubstituível e não renovável do qual o
         Homem obtém alimentos, recursos minerais, lazer e turismo.
        São sistemas dinâmicos, condicionados por fatores naturais e antrópicos.
2. Ocupação de áreas de risco geológico
          Zonas costeiras
33


  Evolução do litoral
     Causas naturais
         Alternância entre regressões (descida do nível médio da água do mar)
          e transgressões marinhas (subida do nível médio da água do mar);
         Alternância entre períodos de glaciação (formação de calotes
          glaciares) e interglaciação (fusão das calotes e consequente
          transgressão marinha);
         Movimentos tectónicos originam a deformação das margens dos
          continentes, provocando a elevação ou afundamento das zonas litorais.
2. Ocupação de áreas de risco geológico
          Zonas costeiras
34


  Evolução do litoral
     Causas antrópicas
         Agravamento do efeito de estufa provocado pelo excesso de
          produção de CO2 e consequente transgressão marinha;
         Diminuição da quantidade de sedimentos que chegam ao litoral devido
          quer à sua extração quer à construção de barragens;
         Ocupação da faixa litoral e consequente:
             construção de estruturas de lazer,
             construção desordenada,
             arranque da cobertura vegetal,
             pisoteio das dunas…
2. Ocupação de áreas de risco geológico
         Zonas costeiras
35


  Evolução do litoral
            Causas antrópicas                        Consequências
      Extração de sedimentos para a    • Falta de sedimentos no litoral.
       construção civil e retenção de
       sedimentos devido a barragens.

      Pisoteio das dunas, quer pelos   • Destruição das dunas e das plantas
       banhistas, quer pelas viaturas     fixadoras das areias.
       todo-o-terreno.

      Construção de estruturas fixas   • Obstáculo à movimentação constante
       sobre dunas e praias (pressão      das areias interrompendo-se um ciclo
       urbanística).                      natural de deposição e transporte de
                                          areias pelo vento e pelo mar.
2. Ocupação de áreas de risco geológico
          Zonas costeiras
36


  Evolução do litoral
         Ação do avanço do mar
2. Ocupação de áreas de risco geológico
          Zonas costeiras
37


  Medidas de prevenção
      Obras de engenharia (de proteção)




         Ação do esporão                  Esporões                   Paredão


        Esporão - estrutura perpendicular à linha de costa (a partir da praia) que se
         destina a evitar o arrastamento de sedimentos.

        Paredão - estrutura paralelas à linha de costa (sobre a praia) que se destina
         a evitar o efeito abrasivo sobre a linha de costa.
2. Ocupação de áreas de risco geológico
           Zonas costeiras
38


  Medidas de prevenção
      Obras de engenharia (de proteção)




     Esporões com quebra-                                      Enrocamento
     mar                            Quebra-mar


          Quebra-mar - estrutura longitudinal, geralmente destacada, paralelas à
           linha de costa.

          Enrocamento - estrutura formadas por grande quantidade de enormes
           blocos rochosos dispostos paralelamente à costa.
2. Ocupação de áreas de risco geológico
          Zonas costeiras
39


  Medidas de prevenção
      Obras de engenharia (de proteção)

          Garantem apenas proteção local e reduzida no tempo.
          Constituem obstáculos ao transporte litoral de areias, resultando num
           determinado local, mas agravando noutro (intensa erosão).
          Para além de serem uma solução muito dispendiosa, elas próprias podem
           ser uma causa para o aumento da erosão litoral.

          Só devem ser construídas estruturas de defesa costeira nos segmentos
           com valores sociais e económicos para o país (ou região) que as
           justifiquem.
2. Ocupação de áreas de risco geológico
       Zonas costeiras
40


  Medidas de prevenção
      Recuperação de dunas


                                 Estruturas de estabilização dunar
                                  formadas por paliçadas de madeira
                                  para reter as areias e consolidar as
                                  dunas.




                                 Estruturas formadas por paliçadas de
                                  madeira para circulação, reduzindo a
                                  degradação das dunas.
2. Ocupação de áreas de risco geológico
        Zonas costeiras
41


  Medidas de prevenção
       Planos de ordenamento do território
        (Programa Finisterra – Programa de Intervenção na Orla Costeira Continental)

         Incluem medidas como:
            Recuperação de dunas;
            Alimentação artificial das praias;
            Estabilização das arribas;
            Manutenção e construção de esporões e muros de proteção;
            Remoção de estruturas localizadas em áreas de risco (p.ex. habitações).
2. Ocupação de áreas de risco geológico
       Zonas de vertente
42

  Causas da alteração das vertentes

                               Erosão hídrica
                                 desgaste mais ou menos lento e
                                  gradual dos solos devido ao impacto
                                  da chuva e escoamento das águas ao
                                  longo das vertentes.


                               Movimentos em massa
                                 deslizamento, geralmente brusco e
                                  repentino, de uma grande massa de
                                  materiais sólidos ao longo de uma
                                  vertente.
2. Ocupação de áreas de risco geológico
       Zonas de vertente
43

  Movimentos em massa




        Madeira – Fevereiro 2010
2. Ocupação de áreas de risco geológico
           Zonas de vertente
44


      Causas dos movimentos em massa
          Naturais,
          Antrópicos.

      Estas causas podem estar relacionadas com:

        Fatores condicionantes - condições mais ou menos permanentes que
         podem favorecer os movimentos em massa, tais como:
                 Força da gravidade;
                 Inclinação do terreno;
                 Contexto geológico;
                 Caraterísticas geomorfológicas da região.

        Fatores desencadeantes - resultam de alterações que foram
         introduzidas numa vertente e que podem despoletar um movimento em
         massa, tais como:
                 Precipitação,
                 Sismos,
                 Tempestades,
                 Ação antrópica.
2. Ocupação de áreas de risco geológico
       Zonas de vertente
45


  Causas dos movimentos em massa
      Antrópicas




        Destruição da cobertura vegetal dos terrenos, com consequente
         aumento da erosão do solo;
        Remoção, não controlada, de terrenos para urbanização ou
         abertura de estradas;
        Saturação dos terrenos por excesso de irrigação.
2. Ocupação de áreas de risco geológico
        Zonas de vertente
46


  Medidas de prevenção
       Medidas de contenção




     Pregagem                                   Muro de suporte




                          Sistema de drenagem
2. Ocupação de áreas de risco geológico
        Zonas de vertente
47


  Medidas de prevenção

       Medidas de remoção




                             As camadas instáveis foram
                             removidas
2. Ocupação de áreas de risco geológico
          Zonas de vertente
48


  Medidas de prevenção

         Estudo das características geológicas e geomorfológicas do local para
          avaliação do seu potencial de risco;

         Elaboração de cartas de risco geológico (evidenciando as áreas com
          probabilidade de ocorrência de movimentos em massa);

         Elaboração de cartas de ordenamento do território (definindo as áreas
          onde podem ser exercidas as diferentes atividades humanas – zonas habitacionais,
          zonas agrícolas, vias de comunicação…);

         Remoção ou contenção dos materiais geológicos que possam constituir risco.
3. Produção de resíduos
49




  Poluição – é qualquer alteração indesejável nas características físicas,
   químicas ou biológicas do ar, água, solo ou alimentos que afecta
   negativamente a sobrevivência, saúde ou actividades dos seres
   humanos ou de outros organismos.
3. Produção de resíduos
          Poluição da água
50

    Aquífero - Formação geológica com capacidade para armazenar água
     e com características que permitam a sua extracção de forma
     economicamente rentável.


    Principais fontes de poluição
         Efluentes industriais
         Esgotos domésticos
         Esgotos hospitalares
         Explorações agrícolas
         Explorações mineiras
         Centrais energéticas
3. Produção de resíduos
          Poluição da água
51



    Principais poluentes
         Agentes infecciosos
         Matéria orgânica
         Produtos químicos
          orgânicos e
          inorgânicos
         Nutrientes vegetais
         Materiais
          radioactivos
         calor
3. Produção de resíduos
          Poluição da água
52



        Poluição dos aquíferos
3. Produção de resíduos
                Poluição da água
53

    Eutrofização
        Excesso de nitratos e fosfatos (fertilizantes) na
         água

        Proliferação de cianobactérias , algas e jacintos
         de água.

        Diminuição da luminosidade

        Morte da vegetação aquática submersa

        A morte e decomposição destes seres reduz a
         concentração de oxigénio dissolvido na água

        Peixes e moluscos morrem por asfixia

        Proliferam bactérias anaeróbias

        Produção de tóxicos com mau cheiro
3. Produção de resíduos
         Poluição da água
54


 Poluição dos aquíferos

    Por introdução de substâncias nos aquíferos

    Por sobreexploração dos aquíferos

          Diminuição excessiva do aquífero

          - Alteração da qualidade química e microbiológica da água.
          - Contaminação do aquífero com água salgada, em zonas costeiras.



    Por impermeabilização da superfície e eliminação da cobertura vegetal


          Diminuição das taxas de infiltração.
3. Produção de resíduos
        Poluição atmosférica
55




     As actividades humanas e
     os fenómenos naturais
     originam poluentes
     atmosféricos
3. Produção de resíduos
        Poluição atmosférica
56


    A circulação do ar faz com que a poluição atmosférica atinja
     facilmente uma dimensão regional ou global.
    As chuvas ácidas, o efeito de estufa e a rarefação do ozono são
     consequências da poluição atmosférica com impacto global
3. Produção de resíduos
       Síntese
57
Desenvolvimento sustentável
58


        O aumento da população humana contribui para o esgotamento e
         a degradação dos recursos do planeta e compromete a
         satisfação das necessidades básicas presentes e futuras.

        Face ao crescimento
         exponencial da população
         humana os subsistemas
         terrestres têm sido
         fortemente afectados.
        O actual modelo de
         desenvolvimento das
         sociedades humanas, assente
         no pressuposto do
         crescimento contínuo da
         economia, não é viável, não é
         sustentável.
Desenvolvimento sustentável
59

        Os países centrais comportam apenas 20% da população
         mundial, mas utilizam cerca de 88% dos recursos naturais e
         produzem 75% dos resíduos.

        É necessário implementar um novo modelo de desenvolvimento
         baseado na gestão racional dos recursos disponíveis no nosso
         planeta, no equilíbrio entre factores económicos, sociais e
         ambientais, para que seja permitida a sua sustentabilidade.

        O desenvolvimento sustentável é um modelo de
         desenvolvimento que procura satisfazer as necessidades das
         sociedades humanas sem comprometer as necessidades das
         gerações futuras (no que respeita à utilização de recursos
         naturais e à preservação das espécies e dos seus habitats).
Desenvolvimento sustentável
60


     O desenvolvimento sustentável exige a adopção das
     seguintes medidas:
        Utilização dos recursos renováveis a uma taxa inferior à da sua
         reposição pela natureza;
        Utilização mais eficiente dos recursos não renováveis;
        Reduzir o desperdício da energia e da matéria;
        Prevenção da poluição;
        Limpeza das zonas poluídas;
        Redução da produção de resíduos;
        Tratamento dos resíduos produzidos;
        Promoção da reciclagem e da reutilização dos materiais;
        Protecção das espécies e dos seus habitats;
        Recuperação ambiental;
        Controlo do crescimento populacional tendo em vista a estabilização
         da população;
        Ordenamento do território.
Desenvolvimento sustentável
61



                 O desenvolvimento sustentável pressupõe



     - redução da exploração dos recursos    -   ordenamento do território,
       naturais,
                                             -    adopção de normas internacionais,
     - redução de impactes ambientais
       negativos,
                                             -    acção legislativa dos governos,
     - redução da produção de resíduos,
                                             -    acção individual de cada cidadão.
     - tratamento de resíduos,

     - recuperação de áreas degradadas,

     - conservação do património geológico
Desenvolvimento sustentável
                    Ordenamento do território
62


     Ordenamento do território
       Consiste na gestão da ocupação e utilização dos espaços
       naturais, tendo como objectivo a sua ocupação, utilização e
       transformação de acordo com as capacidades do referido
       espaço, potenciando o aproveitamento das infra-estruturas
       existentes e assegurando a preservação de recursos limitados.
Desenvolvimento sustentável
                       Ordenamento do território
63

        Pegada Ecológica

        Área de espaço biologicamente produtivo
         necessária para sustentar o actual estilo
         de vida, contabilizados os recursos
         utilizados para a produção dos bens de
         consumo e serviços prestados , bem como
         os resíduos que lhe estão associados.

        A Pegada Ecológica não procura ser uma
         medida exacta mas sim uma estimativa
         do impacto que o nosso estilo de vida tem
         sobre o Planeta, permitindo avaliar até
         que ponto a nossa forma de viver está de
         acordo com a sua capacidade de
         disponibilizar e renovar os seus recursos
         naturais, assim como absorver os
         resíduos e os poluentes que geramos ao
         longo dos anos.
Desenvolvimento sustentável
                        Tratamento de resíduos
64



        Aterros sanitários
        Os aterros sanitários são instalações onde são depositados os
         resíduos compactados.
        Devem, ser construídos em locais com características geológicas
         adequadas.
        São revestidos com materiais impermeáveis, como plásticos e
         argilas, que previnem a infiltração no solo de substâncias
         lixiviadas.
        As substâncias lixiviadas são recolhidas e enviadas para uma
         estação de tratamento (ETAR) e os gases produzidos pelas
         bactérias decompositoras (biogás) podem ser utilizados na obtenção
         de energia.
        Quando o aterro está cheio é selado.
Desenvolvimento sustentável
                    Tratamento de resíduos
65




     Lixeira




                                             Aterro sanitário
Desenvolvimento sustentável
          Tratamento de resíduos
66




              Estação de tratamento
Desenvolvimento sustentável
67




     Tratamento de resíduos
Desenvolvimento sustentável
                       Tratamento de resíduos
68



      Política dos 3R´s
            Reduzir - diminuir a produção de RSU’s, através de
            medidas simples, mas têm uma grande importância
            globalmente.
             (por ex.: fechar a torneira enquanto se lava os dentes).
           Reutilizar - processo que procura dar um novo uso para
            materiais pré-existentes, em vez deitar no lixo comum.
             (por ex.: dar um novo uso aos sacos de plástico).
           Reciclar - transformação de resíduos sem utilidade num
            novo produto apto para uma nova utilização.
             (por ex.: unidades de processamento de RSU’s como os
                ecopontos).
Desenvolvimento sustentável
                          Tratamento de resíduos
69



     Política dos 3R´s
        É uma política de defesa do ambiente, um importante
         contributo para o desenvolvimento sustentável.


        Tem limitações porque:
             não é possível reciclar todo o lixo produzido
             é necessário que as populações respondam
              convenientemente às campanhas de reciclagem.
Desenvolvimento sustentável
                    Tratamento de resíduos
70

      Reciclagem
Desenvolvimento sustentável
                        Tratamento de resíduos
71



      Incineração

        Combustão de resíduos, a altas
         temperaturas , que, assim, se
         reduzem a cinzas e gases,
         permitindo a redução do volume
         do lixo
        A grande desvantagem consiste
         na libertação de poluentes
         atmosféricos.
Desenvolvimento sustentável
                        Tratamento de resíduos
72



      Compostagem

       Consiste na decomposição, em
        condições controladas, de
        resíduos orgânicos por
        bactérias aeróbias.
       O produto obtido pode ser
        utilizado para melhoramento
        dos solos.
Desenvolvimento sustentável
              Conservação do património geológico
73




     A geoconservação tem como objectivo a utilização e gestão
     sustentável de toda a geodiversidade.

      Afloramento granítico do Picoto (Briteiros) - situa-se junto à
       estrada que liga Briteiros ao Santuário do Sameiro a cerca de 2 Km a
       SE deste local. Corresponde a uma extensa mancha (75m por 100m) de
       um graníto biotítico porfiróide de grão médio, designado
       regionalmente por granito do Sameiro.



      Morro granítico da Srª. do Pilar (Póvoa do Lanhoso) - corresponde
       a um enorme monolito granítico que se destaca da plataforma
       envolvente da Póvoa de Lanhoso.
Desenvolvimento sustentável
                  Conservação do património geológico
74


      Afloramento da Pedra Parideira (Serra da
       Freita) - lages graníticas com encraves
       biotíticos; os nódulos biotíticos de núcleo
       quartzo feldspático, de forma discóide,
       biconvexa, com diâmetro de 1 a 15 cm,
       destacam-se com facilidade da rocha pela
       meteorização.



      Lapiás do Cabo Carvoeiro - Constitui uma
       paisagem cársica de grande singularidade,
       caracterizada por um conjunto de formas
       típicas de relevo, designadamente galerias,
       grutas, algares, pias, pináculos, entre outras.
Desenvolvimento sustentável
                 Conservação do património geológico
75



     Geodiversidade – variedade de ambientes, fenómenos e processos
     geológicos que originaram paisagens, rochas, minerais, solos e outros
     depósitos superficiais que são o suporte da vida.

     Geomonumentos – locais com interesse geológico devido à presença
     de aspectos geomorfológicos, tectónicos ou paisagísticos
     importantes; vão desde pegadas de dinossauros a fósseis, passando
     por formações rochosas, grutas ou paisagens particulares.

     Geosítios – estruturas geológicas que possuem inigualável valor
     científico, pedagógico, cultural, turístico ou outro.

     Património geológico – conjunto de todos os geossítios inventariados
     e caracterizados numa dada área ou região.
Desenvolvimento sustentável
76

Contenu connexe

Tendances

Fotossíntese e quimiossíntese
Fotossíntese e quimiossínteseFotossíntese e quimiossíntese
Fotossíntese e quimiossíntesemargaridabt
 
3 a formaçãorochassedimentares
3 a  formaçãorochassedimentares3 a  formaçãorochassedimentares
3 a formaçãorochassedimentaresmargaridabt
 
Obtenção de matéria seres autotróficos
Obtenção de matéria   seres autotróficosObtenção de matéria   seres autotróficos
Obtenção de matéria seres autotróficosIsabel Lopes
 
3 a formaçãorochassedimentares
3 a  formaçãorochassedimentares3 a  formaçãorochassedimentares
3 a formaçãorochassedimentaresmargaridabt
 
Rochas sedimentares classificação quimiogénicas
Rochas sedimentares  classificação quimiogénicasRochas sedimentares  classificação quimiogénicas
Rochas sedimentares classificação quimiogénicasIsabel Lopes
 
6 dobras e falhas
6   dobras e falhas6   dobras e falhas
6 dobras e falhasmargaridabt
 
BioGeo10-respiração aeróbia
BioGeo10-respiração aeróbiaBioGeo10-respiração aeróbia
BioGeo10-respiração aeróbiaRita Rainho
 
Obtenção de matéria seres heterotróficos
Obtenção de matéria   seres heterotróficosObtenção de matéria   seres heterotróficos
Obtenção de matéria seres heterotróficosIsabel Lopes
 
7 métodos estudo interior da terra
7   métodos estudo interior da terra7   métodos estudo interior da terra
7 métodos estudo interior da terramargaridabt
 
1 ocupação antrópica - bacias hidrográficas
1   ocupação antrópica - bacias hidrográficas1   ocupação antrópica - bacias hidrográficas
1 ocupação antrópica - bacias hidrográficasmargaridabt
 
Biomoléculas - Biologia 10º Ano
Biomoléculas - Biologia 10º AnoBiomoléculas - Biologia 10º Ano
Biomoléculas - Biologia 10º Ano713773
 
Evolução biológica
Evolução biológicaEvolução biológica
Evolução biológicaCésar Milani
 
1 biodiversidade (2017)
1   biodiversidade (2017)1   biodiversidade (2017)
1 biodiversidade (2017)margaridabt
 
Biologia 11 do fixismo ao lamarquismo
Biologia 11    do fixismo ao lamarquismoBiologia 11    do fixismo ao lamarquismo
Biologia 11 do fixismo ao lamarquismoNuno Correia
 
Minerais e matéria cristalina
Minerais e matéria cristalinaMinerais e matéria cristalina
Minerais e matéria cristalinaAnne Armas
 
11 evolucionismo
11  evolucionismo11  evolucionismo
11 evolucionismomargaridabt
 

Tendances (20)

Fotossíntese e quimiossíntese
Fotossíntese e quimiossínteseFotossíntese e quimiossíntese
Fotossíntese e quimiossíntese
 
9 evolucionismo
9  evolucionismo9  evolucionismo
9 evolucionismo
 
3 a formaçãorochassedimentares
3 a  formaçãorochassedimentares3 a  formaçãorochassedimentares
3 a formaçãorochassedimentares
 
Obtenção de matéria seres autotróficos
Obtenção de matéria   seres autotróficosObtenção de matéria   seres autotróficos
Obtenção de matéria seres autotróficos
 
3 a formaçãorochassedimentares
3 a  formaçãorochassedimentares3 a  formaçãorochassedimentares
3 a formaçãorochassedimentares
 
Rochas sedimentares classificação quimiogénicas
Rochas sedimentares  classificação quimiogénicasRochas sedimentares  classificação quimiogénicas
Rochas sedimentares classificação quimiogénicas
 
6 dobras e falhas
6   dobras e falhas6   dobras e falhas
6 dobras e falhas
 
BioGeo10-respiração aeróbia
BioGeo10-respiração aeróbiaBioGeo10-respiração aeróbia
BioGeo10-respiração aeróbia
 
Obtenção de matéria seres heterotróficos
Obtenção de matéria   seres heterotróficosObtenção de matéria   seres heterotróficos
Obtenção de matéria seres heterotróficos
 
Ocupação antrópica
Ocupação antrópicaOcupação antrópica
Ocupação antrópica
 
7 métodos estudo interior da terra
7   métodos estudo interior da terra7   métodos estudo interior da terra
7 métodos estudo interior da terra
 
1 ocupação antrópica - bacias hidrográficas
1   ocupação antrópica - bacias hidrográficas1   ocupação antrópica - bacias hidrográficas
1 ocupação antrópica - bacias hidrográficas
 
3 ciclo celular
3  ciclo celular3  ciclo celular
3 ciclo celular
 
Biomoléculas - Biologia 10º Ano
Biomoléculas - Biologia 10º AnoBiomoléculas - Biologia 10º Ano
Biomoléculas - Biologia 10º Ano
 
Evolução biológica
Evolução biológicaEvolução biológica
Evolução biológica
 
1 biodiversidade (2017)
1   biodiversidade (2017)1   biodiversidade (2017)
1 biodiversidade (2017)
 
Sismologia
SismologiaSismologia
Sismologia
 
Biologia 11 do fixismo ao lamarquismo
Biologia 11    do fixismo ao lamarquismoBiologia 11    do fixismo ao lamarquismo
Biologia 11 do fixismo ao lamarquismo
 
Minerais e matéria cristalina
Minerais e matéria cristalinaMinerais e matéria cristalina
Minerais e matéria cristalina
 
11 evolucionismo
11  evolucionismo11  evolucionismo
11 evolucionismo
 

Similaire à Impactos humanos nos subsistemas terrestres

5 intervenção do homem
5   intervenção do homem5   intervenção do homem
5 intervenção do homemmargaridabt
 
Intervenção do homem nos subsistemas terrestres
Intervenção do homem nos subsistemas terrestresIntervenção do homem nos subsistemas terrestres
Intervenção do homem nos subsistemas terrestresmargaridabt
 
Intervenção do homem nos subsistemas terrestres
Intervenção do homem nos subsistemas terrestresIntervenção do homem nos subsistemas terrestres
Intervenção do homem nos subsistemas terrestresmargaridabt
 
Intervenção do homem
Intervenção do homemIntervenção do homem
Intervenção do homemmargaridabt
 
5 intervenção do homem nos subssistemas
5   intervenção do homem  nos subssistemas5   intervenção do homem  nos subssistemas
5 intervenção do homem nos subssistemasmargaridabt
 
Intervenção do homem
Intervenção do homemIntervenção do homem
Intervenção do homemmargaridabt
 
Recursos naturais transparências
Recursos naturais   transparênciasRecursos naturais   transparências
Recursos naturais transparênciasSandra Semedo
 
Recursos Minerais
Recursos MineraisRecursos Minerais
Recursos MineraisFilipe Leal
 
Recursos geológicos
Recursos geológicosRecursos geológicos
Recursos geológicosmargaridabt
 
1 intervenção do homem ...
1   intervenção do homem ...1   intervenção do homem ...
1 intervenção do homem ...margaridabt
 
Recursos Naturais Utilização E Consequências
Recursos Naturais   Utilização E ConsequênciasRecursos Naturais   Utilização E Consequências
Recursos Naturais Utilização E Consequênciasverasanches
 
Recursos naturais indira
Recursos naturais indiraRecursos naturais indira
Recursos naturais indiraIndira Djata
 

Similaire à Impactos humanos nos subsistemas terrestres (20)

5 intervenção do homem
5   intervenção do homem5   intervenção do homem
5 intervenção do homem
 
Intervenção do homem nos subsistemas terrestres
Intervenção do homem nos subsistemas terrestresIntervenção do homem nos subsistemas terrestres
Intervenção do homem nos subsistemas terrestres
 
Intervenção do homem nos subsistemas terrestres
Intervenção do homem nos subsistemas terrestresIntervenção do homem nos subsistemas terrestres
Intervenção do homem nos subsistemas terrestres
 
Intervenção do homem
Intervenção do homemIntervenção do homem
Intervenção do homem
 
5 intervenção do homem nos subssistemas
5   intervenção do homem  nos subssistemas5   intervenção do homem  nos subssistemas
5 intervenção do homem nos subssistemas
 
Intervenção do homem
Intervenção do homemIntervenção do homem
Intervenção do homem
 
Intervenção resumo
Intervenção   resumoIntervenção   resumo
Intervenção resumo
 
Recursos naturais i
Recursos naturais iRecursos naturais i
Recursos naturais i
 
Trab. Geo2 (2)..
Trab. Geo2 (2)..Trab. Geo2 (2)..
Trab. Geo2 (2)..
 
Recursos naturais
Recursos naturaisRecursos naturais
Recursos naturais
 
Geologia 3ºperíodo
Geologia 3ºperíodoGeologia 3ºperíodo
Geologia 3ºperíodo
 
Recursos naturais transparências
Recursos naturais   transparênciasRecursos naturais   transparências
Recursos naturais transparências
 
Recursos Minerais
Recursos MineraisRecursos Minerais
Recursos Minerais
 
Recursos geológicos
Recursos geológicosRecursos geológicos
Recursos geológicos
 
1 intervenção do homem ...
1   intervenção do homem ...1   intervenção do homem ...
1 intervenção do homem ...
 
Recursos Naturais Utilização E Consequências
Recursos Naturais   Utilização E ConsequênciasRecursos Naturais   Utilização E Consequências
Recursos Naturais Utilização E Consequências
 
Recursos naturais
Recursos naturaisRecursos naturais
Recursos naturais
 
Recursos naturais indira
Recursos naturais indiraRecursos naturais indira
Recursos naturais indira
 
2
22
2
 
Recursos Minerais - A Terra
Recursos Minerais - A TerraRecursos Minerais - A Terra
Recursos Minerais - A Terra
 

Plus de margaridabt

1 a terra e os subsistemas terrestres
1   a terra e os subsistemas terrestres1   a terra e os subsistemas terrestres
1 a terra e os subsistemas terrestresmargaridabt
 
Critérios de avaliação
Critérios de avaliação Critérios de avaliação
Critérios de avaliação margaridabt
 
Programação 11ºC - 2017-18
Programação 11ºC - 2017-18Programação 11ºC - 2017-18
Programação 11ºC - 2017-18margaridabt
 
Regulação nervosa e hormonal nos animais
Regulação nervosa e hormonal nos animaisRegulação nervosa e hormonal nos animais
Regulação nervosa e hormonal nos animaismargaridabt
 
Kahoot biomoléculas e alimentação
Kahoot   biomoléculas e alimentaçãoKahoot   biomoléculas e alimentação
Kahoot biomoléculas e alimentaçãomargaridabt
 
Programação Anual 10º 2016/17
Programação Anual 10º 2016/17Programação Anual 10º 2016/17
Programação Anual 10º 2016/17margaridabt
 
Critérios de classificação dos testes
Critérios de classificação dos testesCritérios de classificação dos testes
Critérios de classificação dos testesmargaridabt
 
Criterios avaliação 10 e 11 biologia geologia12biologia 2016 17
Criterios avaliação 10 e 11 biologia geologia12biologia 2016 17Criterios avaliação 10 e 11 biologia geologia12biologia 2016 17
Criterios avaliação 10 e 11 biologia geologia12biologia 2016 17margaridabt
 
Temas 10ºano testes 11º
Temas 10ºano testes 11ºTemas 10ºano testes 11º
Temas 10ºano testes 11ºmargaridabt
 
Programação anual 11ºB
Programação anual 11ºBProgramação anual 11ºB
Programação anual 11ºBmargaridabt
 
Criterios av. 10 11º biologia geologia 15-16
Criterios av. 10 11º biologia geologia 15-16Criterios av. 10 11º biologia geologia 15-16
Criterios av. 10 11º biologia geologia 15-16margaridabt
 
Critérios classificação testes BG
Critérios classificação testes BGCritérios classificação testes BG
Critérios classificação testes BGmargaridabt
 
Programação anual 10º C
Programação anual 10º CProgramação anual 10º C
Programação anual 10º Cmargaridabt
 
Trabalho biomoléculas
Trabalho biomoléculasTrabalho biomoléculas
Trabalho biomoléculasmargaridabt
 
Matriz exame bg 2015
Matriz exame bg 2015Matriz exame bg 2015
Matriz exame bg 2015margaridabt
 
Programação 11º B 2014 15
Programação 11º B 2014 15Programação 11º B 2014 15
Programação 11º B 2014 15margaridabt
 
Criterios biologiageologia2014 15
Criterios biologiageologia2014 15Criterios biologiageologia2014 15
Criterios biologiageologia2014 15margaridabt
 
Critérios de classificação dos testes
Critérios de classificação dos testes Critérios de classificação dos testes
Critérios de classificação dos testes margaridabt
 

Plus de margaridabt (20)

1 a terra e os subsistemas terrestres
1   a terra e os subsistemas terrestres1   a terra e os subsistemas terrestres
1 a terra e os subsistemas terrestres
 
Critérios de avaliação
Critérios de avaliação Critérios de avaliação
Critérios de avaliação
 
Programação 11ºC - 2017-18
Programação 11ºC - 2017-18Programação 11ºC - 2017-18
Programação 11ºC - 2017-18
 
Regulação nervosa e hormonal nos animais
Regulação nervosa e hormonal nos animaisRegulação nervosa e hormonal nos animais
Regulação nervosa e hormonal nos animais
 
Kahoot biomoléculas e alimentação
Kahoot   biomoléculas e alimentaçãoKahoot   biomoléculas e alimentação
Kahoot biomoléculas e alimentação
 
8 vulcanologia
8   vulcanologia8   vulcanologia
8 vulcanologia
 
Programação Anual 10º 2016/17
Programação Anual 10º 2016/17Programação Anual 10º 2016/17
Programação Anual 10º 2016/17
 
2 as rochas
2   as rochas2   as rochas
2 as rochas
 
Critérios de classificação dos testes
Critérios de classificação dos testesCritérios de classificação dos testes
Critérios de classificação dos testes
 
Criterios avaliação 10 e 11 biologia geologia12biologia 2016 17
Criterios avaliação 10 e 11 biologia geologia12biologia 2016 17Criterios avaliação 10 e 11 biologia geologia12biologia 2016 17
Criterios avaliação 10 e 11 biologia geologia12biologia 2016 17
 
Temas 10ºano testes 11º
Temas 10ºano testes 11ºTemas 10ºano testes 11º
Temas 10ºano testes 11º
 
Programação anual 11ºB
Programação anual 11ºBProgramação anual 11ºB
Programação anual 11ºB
 
Criterios av. 10 11º biologia geologia 15-16
Criterios av. 10 11º biologia geologia 15-16Criterios av. 10 11º biologia geologia 15-16
Criterios av. 10 11º biologia geologia 15-16
 
Critérios classificação testes BG
Critérios classificação testes BGCritérios classificação testes BG
Critérios classificação testes BG
 
Programação anual 10º C
Programação anual 10º CProgramação anual 10º C
Programação anual 10º C
 
Trabalho biomoléculas
Trabalho biomoléculasTrabalho biomoléculas
Trabalho biomoléculas
 
Matriz exame bg 2015
Matriz exame bg 2015Matriz exame bg 2015
Matriz exame bg 2015
 
Programação 11º B 2014 15
Programação 11º B 2014 15Programação 11º B 2014 15
Programação 11º B 2014 15
 
Criterios biologiageologia2014 15
Criterios biologiageologia2014 15Criterios biologiageologia2014 15
Criterios biologiageologia2014 15
 
Critérios de classificação dos testes
Critérios de classificação dos testes Critérios de classificação dos testes
Critérios de classificação dos testes
 

Impactos humanos nos subsistemas terrestres

  • 1. INTERVENÇÕES DO HOMEM NOS SUBSISTEMAS TERRESTRES MARGARIDA BARBOSA TEIXEIRA
  • 2. Evolução da população mundial 2  O sistema Terra é altamente integrado e os diferentes subsistemas interagem por acções contínuas que, em geral, são lentas e graduais, mantendo o equilíbrio.  Ao longo da sua evolução, o Homem foi descobrindo meios de sobrevivência cada vez mais eficazes e novas formas de se adaptar ao ambiente, modificando-o.
  • 3. Evolução da população mundial 3  No séc. XVII a população mundial era de cerca de 500 milhões de indivíduos.  Em 2006 já ascendia aos 6500 milhões.  Prevê-se que em 2050 venha a ser de cerca de 9000 milhões.
  • 4. Evolução da população mundial 4  O crescimento populacional é heterogéneo.  Os países periféricos são os que mais contribuem para o aumento populacional.
  • 5. Evolução da população mundial Desenvolvimento sustentável 5  O aumento crescente da população humana conduz à: • procura de recursos naturais (como alimento, água e energia), • sobreexploração dos recursos naturais, • produção de resíduos em grande escala, • ocupação de áreas de risco geológico, causando impacte no ambiente, conducente à degradação ambiental. O crescimento da população mundial associada ao consumo massivo de recursos naturais é a principal causa da degradação ambiental e da redução da biodiversidade.
  • 6. Evolução da população mundial Desenvolvimento sustentável 6
  • 7. 1. Sobreexploração dos recursos naturais 7  Os recursos ambientais só devem ser utilizados de acordo com a sua capacidade de regeneração. Recursos naturais não renováveis renováveis cuja capacidade de renováveis renovação é seriamente afectada pela sobreexploração energéticos águas subterrâneas energéticos (combustíveis fósseis…) florestas (sol, vento) rochas e minerais … …
  • 8. 1. Sobreexploração dos recursos naturais 8 Recurso natural – qualquer bem com utilidade para o desenvolvimento, sobrevivência e bem-estar da sociedade. Recurso natural renovável – recurso natural cujo ciclo de reposição ocorre num curto intervalo de tempo, desde que utilizado de uma forma racional. É ciclicamente reposto no meio num intervalo de tempo compatível com a vida humana. Recurso natural não renovável - recurso natural cujo processo de reposição no meio natural demora milhares ou milhões de anos.
  • 9. 1. Sobreexploração dos recursos naturais Recursos renováveis 9  Ex: sol, vento, calor interno da terra, ondas e marés, biomassa,...
  • 10. 1. Sobreexploração dos recursos naturais Recursos renováveis cuja capacidade de renovação é seriamente afectada pela sobreexploração 10  A utilização dos recursos renováveis a uma taxa superior à da sua reposição pela natureza pode transformá-los em recursos não renováveis. (ex.: desflorestação, redução das reservas de água potável , redução da biodiversidade…)
  • 11. 1. Sobreexploração dos recursos naturais Recursos não renováveis 11  Ex: combustíveis fósseis (carvão, petróleo e gás natural) e algumas rochas e minerais.
  • 12. 1. Sobreexploração dos recursos naturais Recursos não renováveis – combustíveis fósseis 12  Combustíveis fósseis (petróleo, carvão e gás natural)  Cerca de 75% da energia consumida a nível mundial provem dos combustíveis fósseis.  O uso intensivo provocou a drástica diminuição das reservas e consequentemente prevê-se o esgotamento destes recursos energéticos a curto prazo.  A utilização dos combustíveis fósseis tem graves consequências ambientais.
  • 13. 1. Sobreexploração dos recursos naturais Recursos não renováveis – combustíveis fósseis 13  Consequências ambientais do uso de combustíveis fósseis
  • 14. 1. Sobreexploração dos recursos naturais Recursos não renováveis – Recursos minerais 14  Rochas e minerais  As diversas etapas da História da Humanidade podem ser designadas em função do recurso mineral dominante em cada época.  Idade da Pedra, do Cobre, do Bronze e do Ferro (até 2000 a.C.)  Idade do Carvão, do Petróleo (séc. XVIII ao séc. XX)  Idade do Urânio ou do Nuclear (meados do séc. XX)  Idade do Silício (o silício domina as novas tecnologias - electrónica e informática)
  • 15. 1. Sobreexploração dos recursos naturais Recursos não renováveis – Recursos minerais 15 metálicos Recursos minerais não metálicos (utilizados na construção e ornamentação)
  • 16. 1. Sobreexploração dos recursos naturais Recursos não renováveis – Recursos minerais 16 Minério - mineral ou agregado de minerais que ocorre na natureza numa concentração com interesse económico. Jazigo mineral – quando, num determinado local, a concentração média de um determinado elemento químico é muito superior ao seu clarke (concentração média de um elemento químico na crosta terrestre). Ganga - parte não aproveitável que acompanha o minério extraído dos jazigos. Escombreira - acumulação de ganga, formando grandes depósitos superficiais, junto às explorações mineiras.
  • 17. 1. Sobreexploração dos recursos naturais Recursos não renováveis – Recursos minerais 17  Consequências ambientais da exploração de recursos minerais A extracção do minério e a remoção da ganga
  • 18. 1. Sobreexploração dos recursos naturais Recursos não renováveis – Recursos minerais 18  Medidas que minimizam os impactes ambientais da exploração mineira  Utilização de tecnologias de extracção e de tratamento do minério que causem menos perturbações ambientais;  Armazenamento da ganga em locais devidamente preparados para o efeito (ex. no interior da própria exploração ou de outra, previamente impermeabilizada);  Estabilização das escombreiras;  Criação de sistemas de drenagem de águas pluviais;  Tratamento das águas lixiviadas (a exploração deve ter estação de tratamento de efluentes);  Aproveitamento dos subprodutos (resíduos) da exploração;  Reflorestação;  Valorização turística.
  • 19. 1. Sobreexploração dos recursos naturais Recursos não renováveis – Recursos minerais 19  Isótopos radioactivos (urânio) O bombardeamento do U235 por neutrões Fissão do urânio Resíduos do urânio Calor Neutrões libertados (usados para bombardear mais átomos de urânio) Usado na vaporização da água reacções de fissão de urânio em cadeia O vapor é usado para produzir energia
  • 20. 1. Sobreexploração dos recursos naturais Recursos não renováveis – Recursos minerais 20  Consequências ambientais da produção de energia nuclear
  • 21. 2. Ocupação de áreas de risco geológico 21  Risco geológico – sistema de processos geológicos (sismos, vulcões, movimentos em massa…) cujas alterações são susceptíveis de acarretar prejuízos directos ou indirectos a uma dada população.  Ocupação de zonas de elevado risco:  zonas costeiras – risco de derrocada  leitos de cheias dos rios – risco de cheias  vertentes com forte inclinação – risco de movimentos em massa
  • 22. 2. Ocupação de áreas de risco geológico 22 Ofir Funchal – Fevereiro 2010 Apúlia Sacavém – Fevereiro 2008
  • 23. 2. Ocupação de áreas de risco geológico Bacias hidrográficas 23  Fatores de risco geológico associados a bacias hidrográficas  Cheias  Barragens  Extração de sedimentos Mondego - 1948 Douro - 2010 Ponte Hintze Ribeiro (Março de 2001) Barragem da Agueira Queda devida à extração de areias. Provoca a retenção da água.
  • 24. 2. Ocupação de áreas de risco geológico Bacias hidrográficas 24  Fatores de risco geológico associados a bacias hidrográficas  Cheias Geralmente são devidas a:  precipitação moderada e prolongada,  precipitação repentina e muito intensa,  fusão de grandes concentrações de gelo,  rutura de barragens ou de diques.
  • 25. 2. Ocupação de áreas de risco geológico Bacias hidrográficas 25  Fatores de risco geológico associados a bacias hidrográficas  Cheias Podem provocar muitos prejuízos:  o isolamento, a evacuação e o desalojamento de populações;  a destruição de propriedades e explorações agrícolas;  a submersão e/ou os danos em vias de comunicação;  a interrupção no fornecimento de eletricidade, água, gás e telefone;  as alterações no meio ambiente.
  • 26. 2. Ocupação de áreas de risco geológico Bacias hidrográficas 26  Fatores de risco geológico associados a bacias hidrográficas  Barragens  Vantagens  Regularização do caudal a jusante  Irrigação, abastecimento de água e produção de energia hidroelétrica  Atividade turística e desportiva.
  • 27. 2. Ocupação de áreas de risco geológico Bacias hidrográficas 27  Fatores de risco geológico associados a bacias hidrográficas  Barragens  Desvantagens  Acumulação de sedimentos no fundo,  Maior ação erosiva vertical a jusante (aprofunda o leito do rio),  Redução de detritos debitados ao mar,  Problemas de segurança (rutura...)  Impacto negativo nos ecossistemas da zona.
  • 28. 2. Ocupação de áreas de risco geológico Bacias hidrográficas 28  Fatores de risco geológico associados a bacias hidrográficas  Extração de sedimentos  Remoção de sedimentos depositados no leito ou margens dos rios para a construção civil.  Consequências:  alterações nas correntes,  alterações no leito do rio,  aumento da erosão do fundo do leito e consequente descalçar dos pilares das pontes,  erosão de construções (como os pilares das pontes),  redução da quantidade de sedimentos que chega ao mar,  desaparecimento das praias fluviais,  modificações nos ecossistemas.
  • 29. 2. Ocupação de áreas de risco geológico Bacias hidrográficas 29  Fatores de risco geológico associados a bacias hidrográficas  Medidas de prevenção  Elaboração de cartas de risco geológico.
  • 30. 2. Ocupação de áreas de risco geológico Bacias hidrográficas 30  Fatores de risco geológico associados a bacias hidrográficas  Medidas de prevenção Dique no Mondego  Construção de diques para  Impedir a ocupação dos leitos de regularizar o caudal dos cheias rios.
  • 31. 2. Ocupação de áreas de risco geológico Bacias hidrográficas 31  Fatores de risco geológico associados a bacias hidrográficas  Medidas de prevenção  Ordenar e controlar as ações humanas nos leitos das cheias.  Implementar medidas que impeçam a construção em zonas de cheias.  Construir sistemas integrados de regularização do caudal dos rios, através da construção de barragens e canalização dos rios.  Implementar medidas que impeçam a extração indevida de sedimentos. Elaborar Planos de Bacia Hidrográfica (planos de gestão, planificação, valorização e proteção equilibrada dos cursos de água)
  • 32. 2. Ocupação de áreas de risco geológico Zonas costeiras 32  Evolução do litoral  As áreas litorais são as mais densamente habitadas, albergando cerca de 80% da população mundial em apenas 500 000 km de comprimento.  Portugal possui cerca de 1450 km de costa e mais de metade da população portuguesa vive em concelhos do litoral.  Neste espaço de inter-relação entre as áreas terrestre e marinha, a influência humana tem hoje um importante papel.  As zonas litorais são um recurso insubstituível e não renovável do qual o Homem obtém alimentos, recursos minerais, lazer e turismo.  São sistemas dinâmicos, condicionados por fatores naturais e antrópicos.
  • 33. 2. Ocupação de áreas de risco geológico Zonas costeiras 33  Evolução do litoral Causas naturais  Alternância entre regressões (descida do nível médio da água do mar) e transgressões marinhas (subida do nível médio da água do mar);  Alternância entre períodos de glaciação (formação de calotes glaciares) e interglaciação (fusão das calotes e consequente transgressão marinha);  Movimentos tectónicos originam a deformação das margens dos continentes, provocando a elevação ou afundamento das zonas litorais.
  • 34. 2. Ocupação de áreas de risco geológico Zonas costeiras 34  Evolução do litoral Causas antrópicas  Agravamento do efeito de estufa provocado pelo excesso de produção de CO2 e consequente transgressão marinha;  Diminuição da quantidade de sedimentos que chegam ao litoral devido quer à sua extração quer à construção de barragens;  Ocupação da faixa litoral e consequente:  construção de estruturas de lazer,  construção desordenada,  arranque da cobertura vegetal,  pisoteio das dunas…
  • 35. 2. Ocupação de áreas de risco geológico Zonas costeiras 35  Evolução do litoral Causas antrópicas Consequências  Extração de sedimentos para a • Falta de sedimentos no litoral. construção civil e retenção de sedimentos devido a barragens.  Pisoteio das dunas, quer pelos • Destruição das dunas e das plantas banhistas, quer pelas viaturas fixadoras das areias. todo-o-terreno.  Construção de estruturas fixas • Obstáculo à movimentação constante sobre dunas e praias (pressão das areias interrompendo-se um ciclo urbanística). natural de deposição e transporte de areias pelo vento e pelo mar.
  • 36. 2. Ocupação de áreas de risco geológico Zonas costeiras 36  Evolução do litoral  Ação do avanço do mar
  • 37. 2. Ocupação de áreas de risco geológico Zonas costeiras 37  Medidas de prevenção  Obras de engenharia (de proteção) Ação do esporão Esporões Paredão  Esporão - estrutura perpendicular à linha de costa (a partir da praia) que se destina a evitar o arrastamento de sedimentos.  Paredão - estrutura paralelas à linha de costa (sobre a praia) que se destina a evitar o efeito abrasivo sobre a linha de costa.
  • 38. 2. Ocupação de áreas de risco geológico Zonas costeiras 38  Medidas de prevenção  Obras de engenharia (de proteção) Esporões com quebra- Enrocamento mar Quebra-mar  Quebra-mar - estrutura longitudinal, geralmente destacada, paralelas à linha de costa.  Enrocamento - estrutura formadas por grande quantidade de enormes blocos rochosos dispostos paralelamente à costa.
  • 39. 2. Ocupação de áreas de risco geológico Zonas costeiras 39  Medidas de prevenção  Obras de engenharia (de proteção)  Garantem apenas proteção local e reduzida no tempo.  Constituem obstáculos ao transporte litoral de areias, resultando num determinado local, mas agravando noutro (intensa erosão).  Para além de serem uma solução muito dispendiosa, elas próprias podem ser uma causa para o aumento da erosão litoral.  Só devem ser construídas estruturas de defesa costeira nos segmentos com valores sociais e económicos para o país (ou região) que as justifiquem.
  • 40. 2. Ocupação de áreas de risco geológico Zonas costeiras 40  Medidas de prevenção  Recuperação de dunas  Estruturas de estabilização dunar formadas por paliçadas de madeira para reter as areias e consolidar as dunas.  Estruturas formadas por paliçadas de madeira para circulação, reduzindo a degradação das dunas.
  • 41. 2. Ocupação de áreas de risco geológico Zonas costeiras 41  Medidas de prevenção  Planos de ordenamento do território (Programa Finisterra – Programa de Intervenção na Orla Costeira Continental) Incluem medidas como:  Recuperação de dunas;  Alimentação artificial das praias;  Estabilização das arribas;  Manutenção e construção de esporões e muros de proteção;  Remoção de estruturas localizadas em áreas de risco (p.ex. habitações).
  • 42. 2. Ocupação de áreas de risco geológico Zonas de vertente 42  Causas da alteração das vertentes  Erosão hídrica  desgaste mais ou menos lento e gradual dos solos devido ao impacto da chuva e escoamento das águas ao longo das vertentes.  Movimentos em massa  deslizamento, geralmente brusco e repentino, de uma grande massa de materiais sólidos ao longo de uma vertente.
  • 43. 2. Ocupação de áreas de risco geológico Zonas de vertente 43  Movimentos em massa  Madeira – Fevereiro 2010
  • 44. 2. Ocupação de áreas de risco geológico Zonas de vertente 44  Causas dos movimentos em massa  Naturais,  Antrópicos.  Estas causas podem estar relacionadas com:  Fatores condicionantes - condições mais ou menos permanentes que podem favorecer os movimentos em massa, tais como:  Força da gravidade;  Inclinação do terreno;  Contexto geológico;  Caraterísticas geomorfológicas da região.  Fatores desencadeantes - resultam de alterações que foram introduzidas numa vertente e que podem despoletar um movimento em massa, tais como:  Precipitação,  Sismos,  Tempestades,  Ação antrópica.
  • 45. 2. Ocupação de áreas de risco geológico Zonas de vertente 45  Causas dos movimentos em massa  Antrópicas  Destruição da cobertura vegetal dos terrenos, com consequente aumento da erosão do solo;  Remoção, não controlada, de terrenos para urbanização ou abertura de estradas;  Saturação dos terrenos por excesso de irrigação.
  • 46. 2. Ocupação de áreas de risco geológico Zonas de vertente 46  Medidas de prevenção  Medidas de contenção Pregagem Muro de suporte Sistema de drenagem
  • 47. 2. Ocupação de áreas de risco geológico Zonas de vertente 47  Medidas de prevenção  Medidas de remoção As camadas instáveis foram removidas
  • 48. 2. Ocupação de áreas de risco geológico Zonas de vertente 48  Medidas de prevenção  Estudo das características geológicas e geomorfológicas do local para avaliação do seu potencial de risco;  Elaboração de cartas de risco geológico (evidenciando as áreas com probabilidade de ocorrência de movimentos em massa);  Elaboração de cartas de ordenamento do território (definindo as áreas onde podem ser exercidas as diferentes atividades humanas – zonas habitacionais, zonas agrícolas, vias de comunicação…);  Remoção ou contenção dos materiais geológicos que possam constituir risco.
  • 49. 3. Produção de resíduos 49  Poluição – é qualquer alteração indesejável nas características físicas, químicas ou biológicas do ar, água, solo ou alimentos que afecta negativamente a sobrevivência, saúde ou actividades dos seres humanos ou de outros organismos.
  • 50. 3. Produção de resíduos Poluição da água 50  Aquífero - Formação geológica com capacidade para armazenar água e com características que permitam a sua extracção de forma economicamente rentável.  Principais fontes de poluição  Efluentes industriais  Esgotos domésticos  Esgotos hospitalares  Explorações agrícolas  Explorações mineiras  Centrais energéticas
  • 51. 3. Produção de resíduos Poluição da água 51  Principais poluentes  Agentes infecciosos  Matéria orgânica  Produtos químicos orgânicos e inorgânicos  Nutrientes vegetais  Materiais radioactivos  calor
  • 52. 3. Produção de resíduos Poluição da água 52  Poluição dos aquíferos
  • 53. 3. Produção de resíduos Poluição da água 53  Eutrofização  Excesso de nitratos e fosfatos (fertilizantes) na água  Proliferação de cianobactérias , algas e jacintos de água.  Diminuição da luminosidade  Morte da vegetação aquática submersa  A morte e decomposição destes seres reduz a concentração de oxigénio dissolvido na água  Peixes e moluscos morrem por asfixia  Proliferam bactérias anaeróbias  Produção de tóxicos com mau cheiro
  • 54. 3. Produção de resíduos Poluição da água 54 Poluição dos aquíferos  Por introdução de substâncias nos aquíferos  Por sobreexploração dos aquíferos Diminuição excessiva do aquífero - Alteração da qualidade química e microbiológica da água. - Contaminação do aquífero com água salgada, em zonas costeiras.  Por impermeabilização da superfície e eliminação da cobertura vegetal Diminuição das taxas de infiltração.
  • 55. 3. Produção de resíduos Poluição atmosférica 55 As actividades humanas e os fenómenos naturais originam poluentes atmosféricos
  • 56. 3. Produção de resíduos Poluição atmosférica 56  A circulação do ar faz com que a poluição atmosférica atinja facilmente uma dimensão regional ou global.  As chuvas ácidas, o efeito de estufa e a rarefação do ozono são consequências da poluição atmosférica com impacto global
  • 57. 3. Produção de resíduos Síntese 57
  • 58. Desenvolvimento sustentável 58  O aumento da população humana contribui para o esgotamento e a degradação dos recursos do planeta e compromete a satisfação das necessidades básicas presentes e futuras.  Face ao crescimento exponencial da população humana os subsistemas terrestres têm sido fortemente afectados.  O actual modelo de desenvolvimento das sociedades humanas, assente no pressuposto do crescimento contínuo da economia, não é viável, não é sustentável.
  • 59. Desenvolvimento sustentável 59  Os países centrais comportam apenas 20% da população mundial, mas utilizam cerca de 88% dos recursos naturais e produzem 75% dos resíduos.  É necessário implementar um novo modelo de desenvolvimento baseado na gestão racional dos recursos disponíveis no nosso planeta, no equilíbrio entre factores económicos, sociais e ambientais, para que seja permitida a sua sustentabilidade.  O desenvolvimento sustentável é um modelo de desenvolvimento que procura satisfazer as necessidades das sociedades humanas sem comprometer as necessidades das gerações futuras (no que respeita à utilização de recursos naturais e à preservação das espécies e dos seus habitats).
  • 60. Desenvolvimento sustentável 60 O desenvolvimento sustentável exige a adopção das seguintes medidas:  Utilização dos recursos renováveis a uma taxa inferior à da sua reposição pela natureza;  Utilização mais eficiente dos recursos não renováveis;  Reduzir o desperdício da energia e da matéria;  Prevenção da poluição;  Limpeza das zonas poluídas;  Redução da produção de resíduos;  Tratamento dos resíduos produzidos;  Promoção da reciclagem e da reutilização dos materiais;  Protecção das espécies e dos seus habitats;  Recuperação ambiental;  Controlo do crescimento populacional tendo em vista a estabilização da população;  Ordenamento do território.
  • 61. Desenvolvimento sustentável 61 O desenvolvimento sustentável pressupõe - redução da exploração dos recursos - ordenamento do território, naturais, - adopção de normas internacionais, - redução de impactes ambientais negativos, - acção legislativa dos governos, - redução da produção de resíduos, - acção individual de cada cidadão. - tratamento de resíduos, - recuperação de áreas degradadas, - conservação do património geológico
  • 62. Desenvolvimento sustentável Ordenamento do território 62 Ordenamento do território Consiste na gestão da ocupação e utilização dos espaços naturais, tendo como objectivo a sua ocupação, utilização e transformação de acordo com as capacidades do referido espaço, potenciando o aproveitamento das infra-estruturas existentes e assegurando a preservação de recursos limitados.
  • 63. Desenvolvimento sustentável Ordenamento do território 63  Pegada Ecológica  Área de espaço biologicamente produtivo necessária para sustentar o actual estilo de vida, contabilizados os recursos utilizados para a produção dos bens de consumo e serviços prestados , bem como os resíduos que lhe estão associados.  A Pegada Ecológica não procura ser uma medida exacta mas sim uma estimativa do impacto que o nosso estilo de vida tem sobre o Planeta, permitindo avaliar até que ponto a nossa forma de viver está de acordo com a sua capacidade de disponibilizar e renovar os seus recursos naturais, assim como absorver os resíduos e os poluentes que geramos ao longo dos anos.
  • 64. Desenvolvimento sustentável Tratamento de resíduos 64  Aterros sanitários  Os aterros sanitários são instalações onde são depositados os resíduos compactados.  Devem, ser construídos em locais com características geológicas adequadas.  São revestidos com materiais impermeáveis, como plásticos e argilas, que previnem a infiltração no solo de substâncias lixiviadas.  As substâncias lixiviadas são recolhidas e enviadas para uma estação de tratamento (ETAR) e os gases produzidos pelas bactérias decompositoras (biogás) podem ser utilizados na obtenção de energia.  Quando o aterro está cheio é selado.
  • 65. Desenvolvimento sustentável Tratamento de resíduos 65 Lixeira Aterro sanitário
  • 66. Desenvolvimento sustentável Tratamento de resíduos 66 Estação de tratamento
  • 67. Desenvolvimento sustentável 67 Tratamento de resíduos
  • 68. Desenvolvimento sustentável Tratamento de resíduos 68  Política dos 3R´s  Reduzir - diminuir a produção de RSU’s, através de medidas simples, mas têm uma grande importância globalmente. (por ex.: fechar a torneira enquanto se lava os dentes).  Reutilizar - processo que procura dar um novo uso para materiais pré-existentes, em vez deitar no lixo comum. (por ex.: dar um novo uso aos sacos de plástico).  Reciclar - transformação de resíduos sem utilidade num novo produto apto para uma nova utilização. (por ex.: unidades de processamento de RSU’s como os ecopontos).
  • 69. Desenvolvimento sustentável Tratamento de resíduos 69 Política dos 3R´s  É uma política de defesa do ambiente, um importante contributo para o desenvolvimento sustentável.  Tem limitações porque:  não é possível reciclar todo o lixo produzido  é necessário que as populações respondam convenientemente às campanhas de reciclagem.
  • 70. Desenvolvimento sustentável Tratamento de resíduos 70  Reciclagem
  • 71. Desenvolvimento sustentável Tratamento de resíduos 71  Incineração  Combustão de resíduos, a altas temperaturas , que, assim, se reduzem a cinzas e gases, permitindo a redução do volume do lixo  A grande desvantagem consiste na libertação de poluentes atmosféricos.
  • 72. Desenvolvimento sustentável Tratamento de resíduos 72  Compostagem  Consiste na decomposição, em condições controladas, de resíduos orgânicos por bactérias aeróbias.  O produto obtido pode ser utilizado para melhoramento dos solos.
  • 73. Desenvolvimento sustentável Conservação do património geológico 73 A geoconservação tem como objectivo a utilização e gestão sustentável de toda a geodiversidade.  Afloramento granítico do Picoto (Briteiros) - situa-se junto à estrada que liga Briteiros ao Santuário do Sameiro a cerca de 2 Km a SE deste local. Corresponde a uma extensa mancha (75m por 100m) de um graníto biotítico porfiróide de grão médio, designado regionalmente por granito do Sameiro.  Morro granítico da Srª. do Pilar (Póvoa do Lanhoso) - corresponde a um enorme monolito granítico que se destaca da plataforma envolvente da Póvoa de Lanhoso.
  • 74. Desenvolvimento sustentável Conservação do património geológico 74  Afloramento da Pedra Parideira (Serra da Freita) - lages graníticas com encraves biotíticos; os nódulos biotíticos de núcleo quartzo feldspático, de forma discóide, biconvexa, com diâmetro de 1 a 15 cm, destacam-se com facilidade da rocha pela meteorização.  Lapiás do Cabo Carvoeiro - Constitui uma paisagem cársica de grande singularidade, caracterizada por um conjunto de formas típicas de relevo, designadamente galerias, grutas, algares, pias, pináculos, entre outras.
  • 75. Desenvolvimento sustentável Conservação do património geológico 75 Geodiversidade – variedade de ambientes, fenómenos e processos geológicos que originaram paisagens, rochas, minerais, solos e outros depósitos superficiais que são o suporte da vida. Geomonumentos – locais com interesse geológico devido à presença de aspectos geomorfológicos, tectónicos ou paisagísticos importantes; vão desde pegadas de dinossauros a fósseis, passando por formações rochosas, grutas ou paisagens particulares. Geosítios – estruturas geológicas que possuem inigualável valor científico, pedagógico, cultural, turístico ou outro. Património geológico – conjunto de todos os geossítios inventariados e caracterizados numa dada área ou região.