O documento discute as intervenções humanas nos subsistemas terrestres e seus impactos ambientais. A população mundial cresceu drasticamente dos 500 milhões no século XVII para 6,5 bilhões em 2006, levando à sobreexploração de recursos naturais e ocupação de áreas de risco. Isso causou degradação ambiental através da procura excessiva de recursos como alimentos, água e energia, além do aumento da produção de resíduos.
2. Evolução da população mundial
2
O sistema Terra é altamente integrado e os diferentes
subsistemas interagem por acções contínuas que, em geral, são
lentas e graduais, mantendo o equilíbrio.
Ao longo da sua evolução, o Homem foi descobrindo meios de
sobrevivência cada vez mais eficazes e novas formas de se
adaptar ao ambiente, modificando-o.
3. Evolução da população mundial
3
No séc. XVII a população
mundial era de cerca de
500 milhões de indivíduos.
Em 2006 já ascendia aos
6500 milhões.
Prevê-se que em 2050
venha a ser de cerca de
9000 milhões.
4. Evolução da população mundial
4
O crescimento
populacional é
heterogéneo.
Os países
periféricos são os
que mais
contribuem para o
aumento
populacional.
5. Evolução da população mundial
Desenvolvimento sustentável
5
O aumento crescente da população humana conduz à:
• procura de recursos naturais (como alimento, água e
energia),
• sobreexploração dos recursos naturais,
• produção de resíduos em grande escala,
• ocupação de áreas de risco geológico,
causando impacte no ambiente, conducente à degradação
ambiental.
O crescimento da população mundial associada ao consumo
massivo de recursos naturais é a principal causa da degradação
ambiental e da redução da biodiversidade.
7. 1. Sobreexploração dos recursos naturais
7
Os recursos ambientais só devem ser utilizados de acordo
com a sua capacidade de regeneração.
Recursos naturais
não renováveis renováveis cuja capacidade de renováveis
renovação é seriamente
afectada pela sobreexploração
energéticos águas subterrâneas energéticos
(combustíveis fósseis…) florestas (sol, vento)
rochas e minerais … …
8. 1. Sobreexploração dos recursos naturais
8
Recurso natural – qualquer bem com utilidade para o
desenvolvimento, sobrevivência e bem-estar da sociedade.
Recurso natural renovável – recurso natural cujo ciclo de
reposição ocorre num curto intervalo de tempo, desde que
utilizado de uma forma racional. É ciclicamente reposto no meio
num intervalo de tempo compatível com a vida humana.
Recurso natural não renovável - recurso natural cujo processo
de reposição no meio natural demora milhares ou milhões de anos.
9. 1. Sobreexploração dos recursos naturais
Recursos renováveis
9
Ex: sol, vento, calor interno da
terra, ondas e marés,
biomassa,...
10. 1. Sobreexploração dos recursos naturais
Recursos renováveis cuja capacidade de renovação é
seriamente afectada pela sobreexploração
10
A utilização dos recursos renováveis a uma taxa superior à da sua
reposição pela natureza pode transformá-los em recursos não
renováveis.
(ex.: desflorestação, redução das reservas de água potável ,
redução da biodiversidade…)
11. 1. Sobreexploração dos recursos naturais
Recursos não renováveis
11
Ex: combustíveis fósseis (carvão,
petróleo e gás natural) e algumas
rochas e minerais.
12. 1. Sobreexploração dos recursos naturais
Recursos não renováveis – combustíveis fósseis
12
Combustíveis fósseis (petróleo, carvão e gás natural)
Cerca de 75% da energia consumida a nível mundial provem dos
combustíveis fósseis.
O uso intensivo provocou a drástica diminuição das reservas e
consequentemente prevê-se o esgotamento destes recursos
energéticos a curto prazo.
A utilização dos combustíveis fósseis tem graves consequências
ambientais.
13. 1. Sobreexploração dos recursos naturais
Recursos não renováveis – combustíveis fósseis
13
Consequências ambientais do uso de combustíveis fósseis
14. 1. Sobreexploração dos recursos naturais
Recursos não renováveis – Recursos minerais
14
Rochas e minerais
As diversas etapas da História da Humanidade podem ser designadas em
função do recurso mineral dominante em cada época.
Idade da Pedra, do Cobre, do Bronze e do Ferro (até 2000 a.C.)
Idade do Carvão, do Petróleo (séc. XVIII ao séc. XX)
Idade do Urânio ou do Nuclear (meados do séc. XX)
Idade do Silício (o silício domina as novas tecnologias - electrónica e
informática)
15. 1. Sobreexploração dos recursos naturais
Recursos não renováveis – Recursos minerais
15
metálicos
Recursos minerais
não metálicos (utilizados na construção e ornamentação)
16. 1. Sobreexploração dos recursos naturais
Recursos não renováveis – Recursos minerais
16
Minério - mineral ou agregado de minerais que ocorre na natureza numa
concentração com interesse económico.
Jazigo mineral – quando, num determinado local, a concentração média
de um determinado elemento químico é muito superior ao seu clarke
(concentração média de um elemento químico na crosta terrestre).
Ganga - parte não aproveitável que acompanha o minério extraído dos
jazigos.
Escombreira - acumulação de ganga, formando grandes depósitos
superficiais, junto às explorações mineiras.
17. 1. Sobreexploração dos recursos naturais
Recursos não renováveis – Recursos minerais
17
Consequências ambientais da exploração de recursos minerais
A extracção do minério e a remoção da ganga
18. 1. Sobreexploração dos recursos naturais
Recursos não renováveis – Recursos minerais
18
Medidas que minimizam os impactes ambientais da exploração mineira
Utilização de tecnologias de extracção e de tratamento do minério que causem
menos perturbações ambientais;
Armazenamento da ganga em locais devidamente preparados para o efeito (ex. no
interior da própria exploração ou de outra, previamente impermeabilizada);
Estabilização das escombreiras;
Criação de sistemas de drenagem de águas pluviais;
Tratamento das águas lixiviadas (a exploração deve ter estação de tratamento de
efluentes);
Aproveitamento dos subprodutos (resíduos) da exploração;
Reflorestação;
Valorização turística.
19. 1. Sobreexploração dos recursos naturais
Recursos não renováveis – Recursos minerais
19
Isótopos radioactivos (urânio)
O bombardeamento do U235 por neutrões
Fissão do urânio
Resíduos do urânio Calor Neutrões libertados
(usados para bombardear mais
átomos de urânio)
Usado na vaporização da água
reacções de fissão de urânio em
cadeia
O vapor é usado para produzir
energia
20. 1. Sobreexploração dos recursos naturais
Recursos não renováveis – Recursos minerais
20
Consequências ambientais da produção de energia nuclear
21. 2. Ocupação de áreas de risco geológico
21
Risco geológico – sistema de processos geológicos (sismos, vulcões,
movimentos em massa…) cujas alterações são susceptíveis de acarretar
prejuízos directos ou indirectos a uma dada população.
Ocupação de zonas de elevado risco:
zonas costeiras – risco de derrocada
leitos de cheias dos rios – risco de cheias
vertentes com forte inclinação – risco de movimentos em massa
22. 2. Ocupação de áreas de risco geológico
22
Ofir
Funchal – Fevereiro 2010
Apúlia Sacavém – Fevereiro 2008
23. 2. Ocupação de áreas de risco geológico
Bacias hidrográficas
23
Fatores de risco geológico associados a bacias
hidrográficas
Cheias
Barragens
Extração de
sedimentos Mondego - 1948 Douro - 2010
Ponte Hintze Ribeiro
(Março de 2001)
Barragem da Agueira Queda devida à extração
de areias.
Provoca a retenção da água.
24. 2. Ocupação de áreas de risco geológico
Bacias hidrográficas
24
Fatores de risco geológico associados a bacias
hidrográficas
Cheias
Geralmente são devidas a:
precipitação moderada e prolongada,
precipitação repentina e muito intensa,
fusão de grandes concentrações de gelo,
rutura de barragens ou de diques.
25. 2. Ocupação de áreas de risco geológico
Bacias hidrográficas
25
Fatores de risco geológico associados a bacias
hidrográficas
Cheias
Podem provocar muitos prejuízos:
o isolamento, a evacuação e o desalojamento de populações;
a destruição de propriedades e explorações agrícolas;
a submersão e/ou os danos em vias de comunicação;
a interrupção no fornecimento de eletricidade, água, gás e telefone;
as alterações no meio ambiente.
26. 2. Ocupação de áreas de risco geológico
Bacias hidrográficas
26
Fatores de risco geológico associados a bacias
hidrográficas
Barragens
Vantagens
Regularização do caudal a jusante
Irrigação, abastecimento de água e produção de energia
hidroelétrica
Atividade turística e desportiva.
27. 2. Ocupação de áreas de risco geológico
Bacias hidrográficas
27
Fatores de risco geológico associados a bacias
hidrográficas
Barragens
Desvantagens
Acumulação de sedimentos
no fundo,
Maior ação erosiva vertical
a jusante (aprofunda o leito
do rio),
Redução de detritos
debitados ao mar,
Problemas de segurança
(rutura...)
Impacto negativo nos
ecossistemas da zona.
28. 2. Ocupação de áreas de risco geológico
Bacias hidrográficas
28
Fatores de risco geológico associados a bacias
hidrográficas
Extração de sedimentos
Remoção de sedimentos depositados no leito ou margens dos rios para a
construção civil.
Consequências:
alterações nas correntes,
alterações no leito do rio,
aumento da erosão do fundo do leito e consequente descalçar dos
pilares das pontes,
erosão de construções (como os pilares das pontes),
redução da quantidade de sedimentos que chega ao mar,
desaparecimento das praias fluviais,
modificações nos ecossistemas.
29. 2. Ocupação de áreas de risco geológico
Bacias hidrográficas
29
Fatores de risco geológico associados a bacias
hidrográficas
Medidas de prevenção
Elaboração de cartas de risco geológico.
30. 2. Ocupação de áreas de risco geológico
Bacias hidrográficas
30
Fatores de risco geológico associados a bacias
hidrográficas
Medidas de prevenção
Dique no Mondego
Construção de diques para Impedir a ocupação dos leitos de
regularizar o caudal dos cheias
rios.
31. 2. Ocupação de áreas de risco geológico
Bacias hidrográficas
31
Fatores de risco geológico associados a bacias
hidrográficas
Medidas de prevenção
Ordenar e controlar as ações humanas nos leitos das cheias.
Implementar medidas que impeçam a construção em zonas de cheias.
Construir sistemas integrados de regularização do caudal dos rios,
através da construção de barragens e canalização dos rios.
Implementar medidas que impeçam a extração indevida de sedimentos.
Elaborar Planos de Bacia Hidrográfica
(planos de gestão, planificação, valorização
e proteção equilibrada dos cursos de água)
32. 2. Ocupação de áreas de risco geológico
Zonas costeiras
32
Evolução do litoral
As áreas litorais são as mais densamente habitadas, albergando cerca de
80% da população mundial em apenas 500 000 km de comprimento.
Portugal possui cerca de 1450 km de costa e mais de metade da população
portuguesa vive em concelhos do litoral.
Neste espaço de inter-relação entre as áreas terrestre e marinha, a
influência humana tem hoje um importante papel.
As zonas litorais são um recurso insubstituível e não renovável do qual o
Homem obtém alimentos, recursos minerais, lazer e turismo.
São sistemas dinâmicos, condicionados por fatores naturais e antrópicos.
33. 2. Ocupação de áreas de risco geológico
Zonas costeiras
33
Evolução do litoral
Causas naturais
Alternância entre regressões (descida do nível médio da água do mar)
e transgressões marinhas (subida do nível médio da água do mar);
Alternância entre períodos de glaciação (formação de calotes
glaciares) e interglaciação (fusão das calotes e consequente
transgressão marinha);
Movimentos tectónicos originam a deformação das margens dos
continentes, provocando a elevação ou afundamento das zonas litorais.
34. 2. Ocupação de áreas de risco geológico
Zonas costeiras
34
Evolução do litoral
Causas antrópicas
Agravamento do efeito de estufa provocado pelo excesso de
produção de CO2 e consequente transgressão marinha;
Diminuição da quantidade de sedimentos que chegam ao litoral devido
quer à sua extração quer à construção de barragens;
Ocupação da faixa litoral e consequente:
construção de estruturas de lazer,
construção desordenada,
arranque da cobertura vegetal,
pisoteio das dunas…
35. 2. Ocupação de áreas de risco geológico
Zonas costeiras
35
Evolução do litoral
Causas antrópicas Consequências
Extração de sedimentos para a • Falta de sedimentos no litoral.
construção civil e retenção de
sedimentos devido a barragens.
Pisoteio das dunas, quer pelos • Destruição das dunas e das plantas
banhistas, quer pelas viaturas fixadoras das areias.
todo-o-terreno.
Construção de estruturas fixas • Obstáculo à movimentação constante
sobre dunas e praias (pressão das areias interrompendo-se um ciclo
urbanística). natural de deposição e transporte de
areias pelo vento e pelo mar.
36. 2. Ocupação de áreas de risco geológico
Zonas costeiras
36
Evolução do litoral
Ação do avanço do mar
37. 2. Ocupação de áreas de risco geológico
Zonas costeiras
37
Medidas de prevenção
Obras de engenharia (de proteção)
Ação do esporão Esporões Paredão
Esporão - estrutura perpendicular à linha de costa (a partir da praia) que se
destina a evitar o arrastamento de sedimentos.
Paredão - estrutura paralelas à linha de costa (sobre a praia) que se destina
a evitar o efeito abrasivo sobre a linha de costa.
38. 2. Ocupação de áreas de risco geológico
Zonas costeiras
38
Medidas de prevenção
Obras de engenharia (de proteção)
Esporões com quebra- Enrocamento
mar Quebra-mar
Quebra-mar - estrutura longitudinal, geralmente destacada, paralelas à
linha de costa.
Enrocamento - estrutura formadas por grande quantidade de enormes
blocos rochosos dispostos paralelamente à costa.
39. 2. Ocupação de áreas de risco geológico
Zonas costeiras
39
Medidas de prevenção
Obras de engenharia (de proteção)
Garantem apenas proteção local e reduzida no tempo.
Constituem obstáculos ao transporte litoral de areias, resultando num
determinado local, mas agravando noutro (intensa erosão).
Para além de serem uma solução muito dispendiosa, elas próprias podem
ser uma causa para o aumento da erosão litoral.
Só devem ser construídas estruturas de defesa costeira nos segmentos
com valores sociais e económicos para o país (ou região) que as
justifiquem.
40. 2. Ocupação de áreas de risco geológico
Zonas costeiras
40
Medidas de prevenção
Recuperação de dunas
Estruturas de estabilização dunar
formadas por paliçadas de madeira
para reter as areias e consolidar as
dunas.
Estruturas formadas por paliçadas de
madeira para circulação, reduzindo a
degradação das dunas.
41. 2. Ocupação de áreas de risco geológico
Zonas costeiras
41
Medidas de prevenção
Planos de ordenamento do território
(Programa Finisterra – Programa de Intervenção na Orla Costeira Continental)
Incluem medidas como:
Recuperação de dunas;
Alimentação artificial das praias;
Estabilização das arribas;
Manutenção e construção de esporões e muros de proteção;
Remoção de estruturas localizadas em áreas de risco (p.ex. habitações).
42. 2. Ocupação de áreas de risco geológico
Zonas de vertente
42
Causas da alteração das vertentes
Erosão hídrica
desgaste mais ou menos lento e
gradual dos solos devido ao impacto
da chuva e escoamento das águas ao
longo das vertentes.
Movimentos em massa
deslizamento, geralmente brusco e
repentino, de uma grande massa de
materiais sólidos ao longo de uma
vertente.
43. 2. Ocupação de áreas de risco geológico
Zonas de vertente
43
Movimentos em massa
Madeira – Fevereiro 2010
44. 2. Ocupação de áreas de risco geológico
Zonas de vertente
44
Causas dos movimentos em massa
Naturais,
Antrópicos.
Estas causas podem estar relacionadas com:
Fatores condicionantes - condições mais ou menos permanentes que
podem favorecer os movimentos em massa, tais como:
Força da gravidade;
Inclinação do terreno;
Contexto geológico;
Caraterísticas geomorfológicas da região.
Fatores desencadeantes - resultam de alterações que foram
introduzidas numa vertente e que podem despoletar um movimento em
massa, tais como:
Precipitação,
Sismos,
Tempestades,
Ação antrópica.
45. 2. Ocupação de áreas de risco geológico
Zonas de vertente
45
Causas dos movimentos em massa
Antrópicas
Destruição da cobertura vegetal dos terrenos, com consequente
aumento da erosão do solo;
Remoção, não controlada, de terrenos para urbanização ou
abertura de estradas;
Saturação dos terrenos por excesso de irrigação.
46. 2. Ocupação de áreas de risco geológico
Zonas de vertente
46
Medidas de prevenção
Medidas de contenção
Pregagem Muro de suporte
Sistema de drenagem
47. 2. Ocupação de áreas de risco geológico
Zonas de vertente
47
Medidas de prevenção
Medidas de remoção
As camadas instáveis foram
removidas
48. 2. Ocupação de áreas de risco geológico
Zonas de vertente
48
Medidas de prevenção
Estudo das características geológicas e geomorfológicas do local para
avaliação do seu potencial de risco;
Elaboração de cartas de risco geológico (evidenciando as áreas com
probabilidade de ocorrência de movimentos em massa);
Elaboração de cartas de ordenamento do território (definindo as áreas
onde podem ser exercidas as diferentes atividades humanas – zonas habitacionais,
zonas agrícolas, vias de comunicação…);
Remoção ou contenção dos materiais geológicos que possam constituir risco.
49. 3. Produção de resíduos
49
Poluição – é qualquer alteração indesejável nas características físicas,
químicas ou biológicas do ar, água, solo ou alimentos que afecta
negativamente a sobrevivência, saúde ou actividades dos seres
humanos ou de outros organismos.
50. 3. Produção de resíduos
Poluição da água
50
Aquífero - Formação geológica com capacidade para armazenar água
e com características que permitam a sua extracção de forma
economicamente rentável.
Principais fontes de poluição
Efluentes industriais
Esgotos domésticos
Esgotos hospitalares
Explorações agrícolas
Explorações mineiras
Centrais energéticas
51. 3. Produção de resíduos
Poluição da água
51
Principais poluentes
Agentes infecciosos
Matéria orgânica
Produtos químicos
orgânicos e
inorgânicos
Nutrientes vegetais
Materiais
radioactivos
calor
52. 3. Produção de resíduos
Poluição da água
52
Poluição dos aquíferos
53. 3. Produção de resíduos
Poluição da água
53
Eutrofização
Excesso de nitratos e fosfatos (fertilizantes) na
água
Proliferação de cianobactérias , algas e jacintos
de água.
Diminuição da luminosidade
Morte da vegetação aquática submersa
A morte e decomposição destes seres reduz a
concentração de oxigénio dissolvido na água
Peixes e moluscos morrem por asfixia
Proliferam bactérias anaeróbias
Produção de tóxicos com mau cheiro
54. 3. Produção de resíduos
Poluição da água
54
Poluição dos aquíferos
Por introdução de substâncias nos aquíferos
Por sobreexploração dos aquíferos
Diminuição excessiva do aquífero
- Alteração da qualidade química e microbiológica da água.
- Contaminação do aquífero com água salgada, em zonas costeiras.
Por impermeabilização da superfície e eliminação da cobertura vegetal
Diminuição das taxas de infiltração.
55. 3. Produção de resíduos
Poluição atmosférica
55
As actividades humanas e
os fenómenos naturais
originam poluentes
atmosféricos
56. 3. Produção de resíduos
Poluição atmosférica
56
A circulação do ar faz com que a poluição atmosférica atinja
facilmente uma dimensão regional ou global.
As chuvas ácidas, o efeito de estufa e a rarefação do ozono são
consequências da poluição atmosférica com impacto global
58. Desenvolvimento sustentável
58
O aumento da população humana contribui para o esgotamento e
a degradação dos recursos do planeta e compromete a
satisfação das necessidades básicas presentes e futuras.
Face ao crescimento
exponencial da população
humana os subsistemas
terrestres têm sido
fortemente afectados.
O actual modelo de
desenvolvimento das
sociedades humanas, assente
no pressuposto do
crescimento contínuo da
economia, não é viável, não é
sustentável.
59. Desenvolvimento sustentável
59
Os países centrais comportam apenas 20% da população
mundial, mas utilizam cerca de 88% dos recursos naturais e
produzem 75% dos resíduos.
É necessário implementar um novo modelo de desenvolvimento
baseado na gestão racional dos recursos disponíveis no nosso
planeta, no equilíbrio entre factores económicos, sociais e
ambientais, para que seja permitida a sua sustentabilidade.
O desenvolvimento sustentável é um modelo de
desenvolvimento que procura satisfazer as necessidades das
sociedades humanas sem comprometer as necessidades das
gerações futuras (no que respeita à utilização de recursos
naturais e à preservação das espécies e dos seus habitats).
60. Desenvolvimento sustentável
60
O desenvolvimento sustentável exige a adopção das
seguintes medidas:
Utilização dos recursos renováveis a uma taxa inferior à da sua
reposição pela natureza;
Utilização mais eficiente dos recursos não renováveis;
Reduzir o desperdício da energia e da matéria;
Prevenção da poluição;
Limpeza das zonas poluídas;
Redução da produção de resíduos;
Tratamento dos resíduos produzidos;
Promoção da reciclagem e da reutilização dos materiais;
Protecção das espécies e dos seus habitats;
Recuperação ambiental;
Controlo do crescimento populacional tendo em vista a estabilização
da população;
Ordenamento do território.
61. Desenvolvimento sustentável
61
O desenvolvimento sustentável pressupõe
- redução da exploração dos recursos - ordenamento do território,
naturais,
- adopção de normas internacionais,
- redução de impactes ambientais
negativos,
- acção legislativa dos governos,
- redução da produção de resíduos,
- acção individual de cada cidadão.
- tratamento de resíduos,
- recuperação de áreas degradadas,
- conservação do património geológico
62. Desenvolvimento sustentável
Ordenamento do território
62
Ordenamento do território
Consiste na gestão da ocupação e utilização dos espaços
naturais, tendo como objectivo a sua ocupação, utilização e
transformação de acordo com as capacidades do referido
espaço, potenciando o aproveitamento das infra-estruturas
existentes e assegurando a preservação de recursos limitados.
63. Desenvolvimento sustentável
Ordenamento do território
63
Pegada Ecológica
Área de espaço biologicamente produtivo
necessária para sustentar o actual estilo
de vida, contabilizados os recursos
utilizados para a produção dos bens de
consumo e serviços prestados , bem como
os resíduos que lhe estão associados.
A Pegada Ecológica não procura ser uma
medida exacta mas sim uma estimativa
do impacto que o nosso estilo de vida tem
sobre o Planeta, permitindo avaliar até
que ponto a nossa forma de viver está de
acordo com a sua capacidade de
disponibilizar e renovar os seus recursos
naturais, assim como absorver os
resíduos e os poluentes que geramos ao
longo dos anos.
64. Desenvolvimento sustentável
Tratamento de resíduos
64
Aterros sanitários
Os aterros sanitários são instalações onde são depositados os
resíduos compactados.
Devem, ser construídos em locais com características geológicas
adequadas.
São revestidos com materiais impermeáveis, como plásticos e
argilas, que previnem a infiltração no solo de substâncias
lixiviadas.
As substâncias lixiviadas são recolhidas e enviadas para uma
estação de tratamento (ETAR) e os gases produzidos pelas
bactérias decompositoras (biogás) podem ser utilizados na obtenção
de energia.
Quando o aterro está cheio é selado.
68. Desenvolvimento sustentável
Tratamento de resíduos
68
Política dos 3R´s
Reduzir - diminuir a produção de RSU’s, através de
medidas simples, mas têm uma grande importância
globalmente.
(por ex.: fechar a torneira enquanto se lava os dentes).
Reutilizar - processo que procura dar um novo uso para
materiais pré-existentes, em vez deitar no lixo comum.
(por ex.: dar um novo uso aos sacos de plástico).
Reciclar - transformação de resíduos sem utilidade num
novo produto apto para uma nova utilização.
(por ex.: unidades de processamento de RSU’s como os
ecopontos).
69. Desenvolvimento sustentável
Tratamento de resíduos
69
Política dos 3R´s
É uma política de defesa do ambiente, um importante
contributo para o desenvolvimento sustentável.
Tem limitações porque:
não é possível reciclar todo o lixo produzido
é necessário que as populações respondam
convenientemente às campanhas de reciclagem.
71. Desenvolvimento sustentável
Tratamento de resíduos
71
Incineração
Combustão de resíduos, a altas
temperaturas , que, assim, se
reduzem a cinzas e gases,
permitindo a redução do volume
do lixo
A grande desvantagem consiste
na libertação de poluentes
atmosféricos.
72. Desenvolvimento sustentável
Tratamento de resíduos
72
Compostagem
Consiste na decomposição, em
condições controladas, de
resíduos orgânicos por
bactérias aeróbias.
O produto obtido pode ser
utilizado para melhoramento
dos solos.
73. Desenvolvimento sustentável
Conservação do património geológico
73
A geoconservação tem como objectivo a utilização e gestão
sustentável de toda a geodiversidade.
Afloramento granítico do Picoto (Briteiros) - situa-se junto à
estrada que liga Briteiros ao Santuário do Sameiro a cerca de 2 Km a
SE deste local. Corresponde a uma extensa mancha (75m por 100m) de
um graníto biotítico porfiróide de grão médio, designado
regionalmente por granito do Sameiro.
Morro granítico da Srª. do Pilar (Póvoa do Lanhoso) - corresponde
a um enorme monolito granítico que se destaca da plataforma
envolvente da Póvoa de Lanhoso.
74. Desenvolvimento sustentável
Conservação do património geológico
74
Afloramento da Pedra Parideira (Serra da
Freita) - lages graníticas com encraves
biotíticos; os nódulos biotíticos de núcleo
quartzo feldspático, de forma discóide,
biconvexa, com diâmetro de 1 a 15 cm,
destacam-se com facilidade da rocha pela
meteorização.
Lapiás do Cabo Carvoeiro - Constitui uma
paisagem cársica de grande singularidade,
caracterizada por um conjunto de formas
típicas de relevo, designadamente galerias,
grutas, algares, pias, pináculos, entre outras.
75. Desenvolvimento sustentável
Conservação do património geológico
75
Geodiversidade – variedade de ambientes, fenómenos e processos
geológicos que originaram paisagens, rochas, minerais, solos e outros
depósitos superficiais que são o suporte da vida.
Geomonumentos – locais com interesse geológico devido à presença
de aspectos geomorfológicos, tectónicos ou paisagísticos
importantes; vão desde pegadas de dinossauros a fósseis, passando
por formações rochosas, grutas ou paisagens particulares.
Geosítios – estruturas geológicas que possuem inigualável valor
científico, pedagógico, cultural, turístico ou outro.
Património geológico – conjunto de todos os geossítios inventariados
e caracterizados numa dada área ou região.