1) O editorial discute a surpresa do mês de fevereiro com a renúncia do Papa Bento XVI e a abertura das comemorações do centenário da Diocese de Guaxupé.
2) O artigo sobre a juventude destaca que os jovens estão inseridos em contextos sociais complexos marcados por diferentes capitais e habitus.
3) A voz do pastor convida os fiéis a seguirem a luz de Cristo ressuscitado como farol, iluminando o caminho na quaresma rumo à Páscoa.
1. Impresso
Especial
FECHAMENTO AUTORIZADO PODE SER ABERTO PELA ECT
9912259129/2005-DR/MG
A SERVIÇO DAS COMUNIDADES
COM NIDADES MITRA
CORREIOS
JORNAL DA DIOCESE DE GUAXUPÉ ANO XXIX - 280 MARÇO DE 2013
“Agora confiemos a Santa Igreja à solicitude do
seu Pastor Supremo, Nosso Senhor Jesus Cristo”
Páginas 08 e 09
Leia mais:
Diocese abre comemorações do Centenário
Página 06
Juventude em foco
Artigo sobre a força simbólica do jovem
Página 03
DIOCESE DE GUAXUPÉ 1
2. editorial
“Agora confiemos a Santa Igreja à solicitude
do seu Pastor Supremo, Nosso Senhor Jesus Cristo.”
(Bento XVI)
O ano tem lá suas surpresas. No pri- Mundial da Juventude e a Campanha -se humilde, sábio, virtuoso. O pontífice
meiro dia de janeiro, é possível pensar: o da Fraternidade, aberta oficialmente na que sempre insistiu na premissa de que o
que será deste tempo que começa, o que quarta-feira de cinzas, dão à Igreja neste cristão de hoje só o é se tiver uma expe-
será deste menino que nasce? histórico momento, um alegre florescer, riência com a pessoa do Cristo, testemu-
Fevereiro teve a surpresa de Bento semelhante às “quaresmeiras” que costu- nhou a força de suas palavras ao confiar
XVI. E março terá a surpresa... “Bendito o mam florir nesta época do ano. a Igreja ao seu Pastor Supremo. Quebrou
que vem em nome do Senhor...” Fevereiro destacou-se sobretudo, assim toda ideia de pretender usar do
Fevereiro teve, na Diocese, a abertu- para o gesto de Bento XVI... A história serviço ao Cristo uma forma de poder.
ra das comemorações de seu centenário, saberá dizer melhor a expressão do fato Bento XVI deixa confiante o ministério de
um triênio para festejar, celebrar e viver no seio da Igreja. A renúncia causou es- Pedro porque tem consciência de que a
a bela história da Diocese de Guaxupé. tranheza, admiração, fez o povo rezar, Igreja é de Jesus Cristo.
A juventude marcou expressiva presen- chorar, fez ver a vida, a Igreja, o mundo... Março terá suas flores... A Igreja quer
ça nessa primeira ocasião. É a Igreja que O gesto abriu as portas para muitos olha- florescer, florir, viver. O mundo preci-
se propõe a ser... com rosto de juventu- res. O que ninguém poderá negar é a sa da missão da Igreja. As chuvas que
de, com sangue sempre renovado, com coragem do papa. Renúncia, neste caso, caem nesta região e fazem a relva sorrir
ardor missionário. Também nesse mês, é mais um gesto de confiança do que de verde também caiam nos canteiros do
a ordenação de jovens para o ministério medo. Confiança em Jesus Cristo, o dono Vaticano, da Diocese, das paróquias, das
diaconal alegrou a Igreja. O momento é da “Barca de Pedro”. O papa humanizou comunidades! É tempo de florescer a es-
carregado de entusiasmo... de esperan- a Igreja... Mostrou-se servidor como to- perança à espera dos frutos da Páscoa, da
ça, de participação cativante... A Jornada dos, frágil, vulnerável. Para isso, mostrou- prometida Passagem.
Dom José Lanza Neto
voz do pastor
CRISTO, NOSSO FAROL!
Prezados diocesanos nos acontece algo que nos aborrece, tei- maior acento de nossa fé, a saber: a pás- graça ilumine tudo quanto estamos nos
A Paz do Cristo ressuscitado! mamos que toda a interferência ou aju- coa da Ressurreição do Senhor. Na noite propondo, isto é, a renovação de nossa
O farol do carro é indispensável. Ao da são dispensáveis. Aliás, hoje em dia, da vigília pascal, iniciamos a celebração fé, nosso compromisso com a evange-
tomarmos o volante, pensamos que parece que tudo é dispensável. Como é com a bênção do fogo e acendemos o lização da juventude, nosso plano de
tudo está em nossas mãos. De repente, prazeroso conjugar esse verbo. Em todas círio pascal. Adentramos na Igreja com o pastoral diocesano e paroquial, nossos
anoitece; apesar do carro não perder sua as esferas, “dispensar” parece fazer parte círio e nossas velas são acesas. Ele é colo- empreendimentos (preparação para o
força e sua velocidade, precisamos do fa- essencial daquilo que somos e quere- cado em lugar de destaque – símbolo do centenário, santas missões populares e
rol, ou melhor, nos damos conta de que mos construir. É verdade que podemos Cristo Vivo e Ressuscitado. O celebrante grupos de reflexão), nosso desejo de su-
o veículo é o mesmo e nos leva aonde dispensar coisas, pensamentos, objetos... diz: “A Luz de Cristo, que ressuscitou res- perar e deixar para trás tudo aquilo que
queremos; mas deparamo-nos com a Mas como no carro, algumas coisas são plandecente, dissipe as trevas de nosso nos é pesado e sem sentido.
realidade da noite. Assim, nossa vida e indispensáveis: roda, direção, motor, ga- coração e de nossa mente.” Que a luz e a força do ressuscitado
a humanidade caminham em seu curso solina e o farol que parecia dispensável, A Páscoa é a festa da luz a contagiar- nos encorajem para superarmos todo o
normal e natural... Parece que não nos tornam-se essenciais. -nos por inteiro. Luz ou farol indispensá- desânimo, apatia e conformismo. Assim,
falta nada, tudo o mais é dispensável. Ai Na noite, ninguém caminha; ninguém vel na busca do sentido mais verdadeiro seremos suas testemunhas diante de um
de quem ousa nos chamar a atenção ou chega a lugar algum. Na noite, o farol de nossa existência. Essa luz não nos mundo e de pessoas que criam para si
propor algo diferente. Arrepiamo-nos e nos dá a dimensão da estrada, livra-nos ofusca; ofusca sim, quando teimamos “luzes próprias”, dispensáveis.
dispensamos qualquer interferência. de perigos, coloca-nos em movimento em permanecer em nós mesmos. Perde-
A vida é assim. Gostaríamos de que e nos faz chegar ao destino certo. Esta- mos a direção, o sentido de nossa pró- Feliz e Santa Páscoa!
nada nos incomodasse e mesmo quando mos prestes a celebrar a festa litúrgica de pria vida. Deixemos que esse tempo da
expediente
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2 JORNAL COMUNHÃO
3. opinião
JUVENTUDE, HABITUS E PODER SIMBÓLICO
Por Fábio César da Fonseca, cientista social, mestre em Desenvolvimento Econômico, Doutor em Sociologia e Professor do Depar-
tamento de Filosofia e Ciências Sociais da UFTM – Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Uberaba (MG). Reside em Passos
A sociedade é o produto de uma escolares distintos. Tudo isso torna ain-
longa construção histórica, do confron- da mais complexa a vivência e as rela-
to de forças das mais variadas nuances; ções entre os próprios jovens, que, por
da presença do “poder simbólico” e sua vez, se relacionam com crianças,
dos habitus que impregnam os nossos adultos, idosos, instituições, política,
pensamentos, ações e o ser social; do políticos, economia, produção, fábricas,
encontro e desencontro de culturas; do meios de transportes, formas distintas
desenvolvimento da técnica e da ciên- de práticas religiosas, conflitos étnicos,
cia; do avanço da produção material de violência, desemprego, desigualdades
bens e serviços; da cumplicidade e do sociais etc..
conflito de gerações. Falar sobre a ju- Ser cristão é também se relacionar
ventude requer, portanto, um olhar na com o poder simbólico da Igreja, é le-
direção do contexto histórico presente gitimar a fé no Deus da vida e do amor,
no mundo dos jovens e nas nossas aná- do perdão e da misericórdia, é crer nas
lises, pensamentos e ações. palavras das pessoas investidas de au-
toridade eclesiástica. O simbólico, que
HABITUS é profundamente significativo, é tão
Na verdade, somos seres interde- presente na Igreja Católica que o calen-
pendentes. O entusiasmo e o vigor que dário litúrgico se mistura ao mundo dos
os jovens carregam podem ou não es- homens, à fé, à escatologia e à esperan-
tar presentes nos vários momentos e ça, de tal modo que o tempo que vive-
contextos da existência humana, isto mos neste momento é o da quaresma,
é, nos momentos da juventude, das o qual se relaciona essencialmente com
idades adulta e idosa. Socialmente, to- a vivência da busca da conversão, da
dos nós carregamos as bases materiais mudança de vida. Mas, a vida carrega
e ideológicas que caracterizam o pre- habitus incorporados, relações distin-
sente e que trazem as marcas de outros tas com distintas pessoas, fé e crenças.
contextos e momentos históricos. No Ora, a conversão não configuraria outro
mundo real da sociedade, do país, do grande desafio para os cristãos, sejam
sistema produtivo, do comércio, do tra- leigos ou clérigos?
balho, das ações políticas, do mercado, mundo se diferenciam pelos caminhos construído, isto é, com aquilo que carre- A conversão pode caracterizar-se
do sistema financeiro, da educação, da que perseguem a distinção, nos grupos ga heranças, com as diversas formas de como ponto de inflexão a partir do qual
religiosidade, das igrejas, da arte, da mí- que produzem crenças, nas instituições capitais acumulados na complexa cons- a Igreja pode, de fato, avançar e parti-
dia, da dor, da alegria, enfim, em meio que forjam entendimentos, na busca trução da história humana no mundo. cipar na construção de habitus ilumi-
a um contexto carregado e movido por pela afirmação do ser socialmente re- nados pelos princípios do amor e da
muitas forças e atores, é irreal olharmos conhecido. Nesse sentido, o conceito PODER SIMBÓLICO E SER CRISTÃO fraternidade, principalmente junto às
para a juventude como uma força autô- juventude precisa ser contextualizado, Teríamos assim, diante de nós, ou- crianças, adolescentes e jovens, tomar
noma e independente. Ela existe imersa questionado enquanto grau de gene- tro grande desafio: enquanto cristãos, o poder simbólico como serviço, como
nas sociedades, nas formas das relações ralidade que pretende abarcar e tornar temos habitus incorporados. Nesse sen- força que produz modos de viver a vida
de trabalho predominantes, nas diver- homogênea uma totalidade de jovens, tido, como poderíamos construir reali- próxima das ações e reflexões de Jesus
sas formas de capital – familiar, escolar, pois os jovens são muitos e diversos no dades coerentes com o amor, a doação Cristo. O poder simbólico aqui não se-
cultural, simbólico, tecnológico, dentre ser social caracterizado por habitus dis- e a fraternidade? ria um fim em si mesmo, o poder pelo
outros – historicamente construídos, tintos. A Igreja Católica Apostólica Romana poder, mas o esclarecimento de que a
nas ideias trabalhadas e veiculadas nos tem um grande poder simbólico: a fala, legitimidade que os cristãos dispensam
meios de comunicação social. PODER SIMBÓLICO o poder de quem fala, os paramentos, o aos ritos, às falas das autoridades eclesi-
Ser jovem, nesse sentido, é antes Há, de fato, uma força presente no lugar de onde se fala, o dom de perdo- ásticas e aos textos sagrados é acompa-
de tudo estar no mundo com todas as meio dos agentes e suas histórias, que ar as faltas, os ritos, a tradição, os tex- nhada de uma relação de cumplicidade
suas belezas, problemas, sofrimentos, se relaciona com o capital simbólico, tos sagrados, a linguagem profunda e e da esperança de que a construção de
pressões, arte, trabalho, fé, fundamen- isto é, com o reconhecimento que um transformadora de Jesus Cristo, a beleza um Reino de Justiça e de Fraternidade
talismos, guerras, esportes, músicas, grupo proporciona a quem detém esse e a mística dos salmos, a força e o vigor começa neste mundo.
encontros e alegrias. É também estar capital. Ora, reconhecer o poder simbó- da comunicação dos profetas, a ação do É assim que juventude, habitus e
num mundo social, econômico e politi- lico significa ignorar sua arbitrariedade, Espírito Santo, a fé no Deus da vida e da poder simbólico se relacionam, ou seja,
camente imposto. Mas, se por um lado, ou seja, esse poder é uma relação que eternidade. De um ponto de vista socio- a juventude são os jovens que consti-
a juventude traz o entusiasmo e o vigor, se situa no campo da crença, na legiti- lógico, o poder simbólico exerce forças, tuem distintas formas de existir a partir
por outro, não estaríamos todos nós, midade de quem está investido do po- influencia, constrói e muda a realidade. dos habitus incorporados e da forma de
principalmente jovens e adultos, desa- der de falar. Os jovens cristãos carregam uma se relacionarem com o poder simbólico.
fiados a conhecer melhor a nós mes- Assim, a ordem ou a sua subversão herança oriunda da formação cristã, tra- Em meio às vicissitudes do mundo atu-
mos? Ou seja, conhecermos um pouco estão relacionadas, essencialmente, zem um capital familiar cristão. Mas, ser al, formar habitus que contribuam com
mais os habitus que impregnam nossas com o reconhecimento de quem as cristão é estar no mundo com todas as o acúmulo de capital cultural, capital fa-
falas, nossas ações e o corpo social em pronuncia. A violência simbólica, que suas realidades e consequências posi- miliar, capital escolar e capital religioso,
que estamos inseridos? tem consequências reais, é reconhecida tivas e negativas. No mundo, os jovens que carregam em si o amor, a esperança
Habitus se refere a disposições, (ignorada) e legitimada. O reconheci- cristãos convivem com jovens não cris- e a tolerância, requer de todos os cris-
gostos, que, ao integrar experiências mento ou não de uma dada enunciação tãos, com os que carregam habitus dis- tãos um caminhar persistente pelas tri-
passadas, funciona como uma matriz e a legitimação ou a subversão de uma tintos do ser cristão, que herdaram ou- lhas da conversão, do respeito à digni-
de percepções em cada momento. Os ordem por parte de jovens têm uma re- tras configurações de capitais. Não só. dade humana, ao trabalho e à natureza.
habitus vivenciados pelos jovens no lação direta com o que é socialmente Incorporam habitus e formam capitais
DIOCESE DE GUAXUPÉ 3
4. notícias
PADRES PARTICIPAM DE ENCONTRO REGIONAL
Por Pe. César Acorinte
Foto: Arquivo – Pastoral Presbiteral
Aconteceu em Cachoeira do Cam- a uma séria reflexão da vida e minis-
po (MG), de 21 a 25 de Janeiro, o 29º tério dos presbíteros no mundo de
Encontro de Formação Permanente hoje, a teologia e a pastoral do minis-
do Clero do Regional Leste II, promo- tério ordenado, abrindo espaço para
vido pela Conferência Regional de a pastoral do cuidado presbiteral.
Presbíteros Leste II. O primeiro dia do evento foi de es-
Dos mais de 80 padres vindos das piritualidade, orientado pelo Pe. Luiz
33 dioceses do regional, destaca-se a Eustáquio, também da Arquidiocese
participação dos padres César, Vítor, de Belo Horizonte e uma manhã em
Luiz Tavares, Luiz Lemos e Edmar, to- que se trabalhou o tema da CF 2013 e
dos da Diocese de Guaxupé. a Jornada Mundial da Juventude com
O tema central abordado no en- o Pe. Sebastião, da Diocese de Olivei-
contro foi: “O presbítero à luz do Con- ra e também assessor do Setor Juven-
cílio Vaticano II.” Uma abordagem do tudes do Regional Leste II.
decreto Presbiterorum Ordinis, cujo Foram momentos muito ricos de
assessor foi o Pe. Manoel Godói da aprofundamento nos temas propos-
Arquidiocese de Belo Horizonte. O tos e de uma fraterna convivência en-
assunto levou todos os participantes tre os participantes. Da esquerda para a direita, os padres Luiz Tavares, César, Vítor, Luiz Lemos e Edmar
COMUNIDADES ACOLHEM NOVOS DIÁCONOS
Foto: João dos Reis Por Pe. Gilvair Messias
Os jovens Claudemir Lopes, Gilmar An- Disse também da necessidade pastoral de
tônio Pimenta, Glauco Siqueira dos San- clérigos atentos às urgências da Igreja.
tos, Pedro Alcides Sousa, Wellington Cris- Com o lema “Eu estou meio de vós
tian Tavares foram ordenados diáconos como Aquele que serve” (Lc 22.27b), os
no último 08 de fevereiro, em solene ce- diáconos foram assim enviados ao exer-
lebração na Catedral de Guaxupé. Vários cício de seu ministério: Claudemir, para a
padres, religiosos, leigos das paróquias Paróquia de Campestre; Gilmar, para a Pa-
de origem dos ordinandos e de outras pa- róquia São Sebastião de Poços de Caldas;
róquias, prestigiaram a esperada ocasião. Glauco, para a Paróquia Nossa Senhora
Também esteve presente o bispo de Urua- da Penha de Passos; Pedro, para a Paró-
çu (GO), dom Messias dos Reis Silveira. quia Nossa Senhora Aparecida de Passos;
Durante a celebração, dom José Lanza Wellington, para a Paróquia Nossa Senho-
Da esquerda para a direita: Diáconos Claudemir, Gilmar e Glauco, dom José Lanza, diáconos Pedro e Wellington Neto, bispo diocesano, motivou os novos ra Aparecida de Alfenas.
diáconos à missão que a Igreja lhes confia.
PADRE DO CLERO DE POUSO ALEGRE É NOMEADO BISPO
Foto: Arquidiocese de Pouso Alegre Fonte: CNBB
O papa Bento XVI nomeou no dia 21 de fevereiro o padre Marco
Aurélio Gubiotti, como bispo da diocese de Itabira-Coronel Fabri-
ciano (MG). A sua ordenação episcopal será no dia 26 de maio, em
Ouro Fino.
Padre Marco Aurélio Bubiotti é mineiro de Ouro Fino (MG), e tem
49 anos de idade. Cursou filosofia no Seminário Arquidiocesano de
Pouso Alegre, e a teologia no Instituto Teológico Sagrado Coração
de Jesus, em Taubaté (SP). Foi ordenado presbítero em 1989, e exer-
ceu a missão paroquial nas cidades de Brasópolis, Jacutinga, Tocos
do Mogi, Bela Vista e Santa Rita do Sapucaí. Obteve o título de Mes-
tre em Estudos Bíblicos pela Faculdade Nossa Senhora da Assunção,
de São Paulo (SP). Colaborou com a formação no Seminário Arqui-
diocesano de Pouso Alegre e foi diretor do Instituto Teológico Inter-
diocesano São José (2000 a 2005) e da Faculdade Católica de Pouso
Alegre (2006 a 2009). Atualmente, padre Marco Aurélio era pároco
da Paróquia Nossa Senhora de Fátima, em Pouso Alegre.
4 JORNAL COMUNHÃO
5. JOVENS SE PREPARAM PARA O BOTE FÉ
Por Carlos Alberto Isidoro, Lara Vecchi Silveira, Rafael dos Reis Ribeiro
de linha, nas cores dos continentes para sentes os paroquianos da Paróquia Santa
representar os jovens do mundo todo, Bárbara, e a presença de seu pároco Pa-
como num enlace, unidos com o mesmo dre Gentil Lopes de Campos Júnior, que
objetivo de celebrar a vida, a eucaristia, o convocou todos os fiéis para a participa-
encontro com Cristo. ção neste importante momento, celebra-
Para receber a palavra de Deus, os tivo para a juventude e para as famílias.
fiéis se deparam como que com uma Após a santa missa foi feita a exposi-
surpresa que os levou a reflexão. Foi ção do Santíssimo Sacramento para ado-
escolhido a música Sobre a minha santa ração. Momento marcante e profundo
bíblia do Padre Zezinho, e a palavra de de oração e intercessão pela Igreja, pela
Deus, literalmente veio em forma de ali- juventude e pelos eventos celebrativos e
mento, em forma de pão. Este que foi feio formativos deste ano de 2013: abertura
caseiramente, sovado e assado com a bí- do tríduoe m comemoração do cente-
blia dentro. Para o olhar de todos na ce- nário da diocese no dia 03 de fevereiro,
lebração era somente pão, que era apre- Campanha da Fraternidade, Bote Fé, Se-
sentado aos fiéis, mas ao chegar ao altar mana Missionária, JMJ. Em determinado
o presidente da celebração, com o gesto os símbolos da JMJ foram acesos, ilumi-
de partir o pão retirou o livro sagrado de nando toda a igreja.
dentro do mesmo, para mostrar que a “É fato que no passado a juventu-
palavra de Deus é o alimento necessário de era vista como uma fase de rebeldia,
Evento setorial aconteceu na Paróquia Mãe Rainha de Guaranésia
como o pão nosso de cada dia, ao repar- incerteza, irresponsabilidade e descon-
No dia 02 de fevereiro de 2013, na Pa- setor Guaxupé. tir com o próximo ninguém passará fome fiança dos mais velhos. Mas o mundo
róquia Senhor Bom Jesus e Mãe Rainha À frente da procissão de entrada, a de justiça, paz e presença de Deus. “...Tu mudou. Nunca o desenvolvimento inte-
da cidade de Guaranésia, foi celebrada a cruz do bote fé, representando a vitória que foste conhecido pelo simples gesto lectual e humanístico do jovem foi tão
missa, presidida pelo pároco Antônio Do- do Cristo ressuscitado e as nações do de partir o pão, tu que foste oferecido valorizado. A politização do jovem, sua
nizeti de Oliveira, em preparação ao Bote mundo todo. Em seguida, contou-se com como sacrifício de libertação. Eis aqui a busca por melhorias, a vontade de par-
Fé, evento que acontece nas dioceses a participação dos jovens das cidades vi- minha oferta, dou-te parte do que é meu. ticipar das decisões da sociedade, estar
que antecede a Jornada Mundial da Ju- zinhas: Monte Santo de Minas, Guaxupé, Tens me dado tanta paz que é justo o que engajado no ceio da Igreja, são fatores
ventude (JMJ), reunindo assim, os jovens Muzambinho e jovens dos movimentos é meu também se torne teu”. que elevaram a juventude ao patamar de
das mais variadas expressões e carismas, da cidade de Guaranésia. Para esse mo- Todas as leituras da celebração foram ser atuante”, refletiu-se durante o evento.
em foco a evangelização dos jovens do mento, foram confeccionadas 05 bolas proclamdas por jovens. Estiveram pre-
PARÓQUIA CRIA ALTERNATIVAS PARA IDA À JMJ
Por Rafael Lemos
Paróquia São Benedito
Os peregrinos da Paróquia de São Be- participem da peregrinação. Além das par-
nedito de Passos, já estão arrumando as celas mensais, os peregrinos realizaram
malas para a Jornada Mundial da Juventu- uma domingueira para arrecadar fundos,
de, no próximo mês de julho, no Rio de Ja- em dezembro de 2012, que teve o apoio e
neiro. Com as inscrições realizadas no mês a participação em massa da comunidade,
de janeiro, os últimos detalhes são acerta- e já se preparam para um bingo no mês de
dos para o tão aguardado encontro com o abril, com a mesma finalidade.
Santo Padre junto a milhões de jovens de Com a primeira etapa de preparação
todo o mundo. concluída, já que todos os 84 peregrinos
Reunindo-se frequentemente desde foram inscritos na JMJ no mês de janei-
abril do ano passado, a Comissão Orga- ro, iniciou-se em fevereiro a preparação
nizadora Paroquial criou uma forma de espiritual, que contará ainda com várias
parcelamento com pagamentos mensais atividades, como a presença dos peregri-
a serem feitos na Secretaria da Paróquia, nos durante a visita aos ícones da JMJ na
mediante carnê, o que possibilitou àqueles Diocese de Guaxupé neste mês de março,
que não teriam condições de quitar o valor vigílias, celebrações eucarísticas e atendi-
da inscrição numa parcela única, levantar mento de confissões por parte do Pe. Robi-
a quantia necessária para se inscreverem, son Inácio, que também irá peregrinar ao
permitindo que até os menos favorecidos Rio de Janeiro. Jovens foram incentivados de várias formas à participação na JMJ
CEBs ORGANIZAM 30 0 ENCONTRO DIOCESANO
Por Pe. José Luiz Gonzaga do Prado
Será no Carmo do Rio Claro, de 26 pam da Pastoral da Juventude. Para manutenção dos Grupos de Reflexão.
a 28 de abril, o 30º Encontro Dioce- isso, como era de se esperar, o Carmo O pensamento da Coordenação é que
sano das Comunidades Eclesiais de se prepara com todo o entusiasmo. muitos dos que atuaram na pastoral
Base. Essa busca de viver a Igreja do Serão convidados a participar do da juventude agora estejam buscan-
Vaticano II, em consonância com o Encontro especialmente os antigos do um espaço onde atuar. Esperamos
tema da CF 2013, pretende mobilizar membros dessa pastoral, que serão que eles encontrem esse espaço nos
aqueles que participaram ou partici- motivados a atuar na formação e na Grupos de Reflexão.
DIOCESE DE GUAXUPÉ 5
6. notícias
DIOCESE SOLENEMENTE ABRE COMEMORAÇÕES PARA CENTENÁRIO
Por Pe. Gilvair Messias
Fotos: João dos Reis
Na Diocese de Guaxupé, 2016 é um
ano para ser celebrado em três. Uma
história de 100 anos merece memória e
movimento de todo o povo. Em 03 de
fevereiro de 1916 é que tudo começou.
Dom Antônio Augusto de Assis, também
por 03 anos, preparou as bases da nova
Igreja Particular. E, no último 03 de feve-
reiro, dom José Lanza Neto declarava a
abertura das comemorações centenárias.
Às 09h, uma procissão conduzida
pela imagem da padroeira, Nossa Senho-
ra das Dores, deixava a avenida Conde
Ribeiro do Vale e seguia em direção à ca-
tedral. Na saída, um grupo de jovens da
cidade motivava, com cantos festivos, o
encontro. Padres, religiosos, seminaristas
e leigos representantes das 84 paróquias
que compõem a diocese, entraram no
templo em ação de graças pela ocasião
celebrada.
No início da missa, o chanceler do bis-
pado, padre Claiton Ramos, fez a leitura
do Decreto que anuncia o triênio come-
morativo. Em seguida, foram acolhidos
pela assembleia o mapa da diocese, or-
ganizado em seus 07 setores pastorais,
também as logomarcas do Ano da Fé e Catedral é lotada por membros de CPPs e representantes jovens paroquiais
da Jornada Mundial da Juventude, enfa-
tizando as atividades principais que nor- (CPP) que os acompanharam. Disse ain- ção de dom Lanza, jovens, representando ser jovem, através de todas as atividades
tearão esse primeiro ano de preparação da, referindo-se aos jovens que participa- suas paróquias, deixaram a assembleia propostas no oportuno momento.
jubilar. vam da celebração, que a juventude na e dirigiram-se até ao presbitério para Ainda em 2013, no dia 03 de março,
Durante a homilia, o bispo destacou Igreja é viva quando atendida nos aspec- acompanhar a bênção e imposição das ocorrerá na catedral diocesana grande
a caminhada histórica e a necessidade tos “acolhida, espaço e identificação”. cruzes da Jornada Mundial da Juventude concentração da juventude para acolhi-
atual de uma diocese profética em sua Durante a oração da comunidade, fi- (JMJ). Irmão Márcio Diniz, coordenador da aos ícones da JMJ. Durante os meses
missão evangelizadora. Aos padres que zeram-se representadas todas as pessoas diocesano do Setor Juventudes, moti- seguintes, setores pastorais farão estu-
compareceram à solenidade, agradeceu que compõem a diocese, por responsabi- vou-os a fazer da paróquia um espaço jo- dos e plenárias de temas do Concílio Va-
sua sensibilidade à unidade e também lidades comunitárias, sociais e eclesiais, vem de missão. O bispo disse que os en- ticano II. 2014 e 2015 serão preparativos
destacou a presença dos representan- por idade e urgência pastoral. viava às suas comunidades para anunciar e realizadores das Santas Missões Popu-
tes dos Conselhos de Pastoral Paroquial Ao final da celebração, por convoca- o evangelho com expressões próprias do lares.
Dom José Lanza destaca unidade diocesana para centenário ser celebrado Juventude é enviada, com imposição de cruz, à JMJ
6 JORNAL COMUNHÃO
7. catequese
CATEQUESE E JUVENTUDE Por Leandro Moreno Souza, Membro da Equipe Diocesana de Catequese
A juventude é a fase das grandes com o Evangelho e com os jovens in- A catequese aos jovens será mais Nosso jovem catequizando é esta
decisões. Os jovens passam a assumir clui cuidar da comunidade cristã para proveitosa se procurar colocar em prá- juventude de diversas faces e carac-
seu próprio destino e suas responsa- que ela seja de fato um testemunho tica uma educação da fé orientada ao terísticas, espaço profícuo para o de-
bilidades pessoais e sociais. Buscam o de coerência com o projeto de Jesus e conjunto de problemas que afetam senvolvimento das relações humanas,
verdadeiro significado da vida, a soli- sua proposta: “Se queres ser perfeito, suas vidas. Em particular, é preciso sociais e religiosas. Momento de ama-
dariedade, o compromisso social e a vai, vende os teus bens, dá o dinheiro uma catequese que aprofunde a ex- durecimento do ser Cristão para uma
experiência de fé, pois uma de suas ca- aos pobres, e terás um tesouro no céu. periência da participação litúrgica na melhor abstração, ou seja, pensar, re-
racterísticas é ser altruísta e idealista. Depois, vem e segue-me” (Mt 19,21). É comunidade, que dê importância à fletir e assumir o projeto do Reino para
Nessa fase, a juventude costuma uma proposta que faz deles interlocu- educação para a verdade e a liberda- sua vida de forma permanente.
enfrentar vários desafios como o de- tores, sujeitos ativos, protagonistas da de segundo o Evangelho, à formação
sencanto e a falta de perspectiva no evangelização e construtores de uma da consciência, à educação ao amor, à Assim como a missão da Igreja, o jo-
campo profissional; experiências ne- nova sociedade para todos. A cateque- descoberta vocacional, à oração alegre vem catequizando é chamado a ser fer-
gativas na família; exposição a uma se procure adaptar-se aos jovens, sa- e juvenil e ao compromisso cristão na mento no meio do povo, assumindo o
sociedade erotizada que lhe dificulta o bendo traduzir a mensagem de Jesus sociedade. projeto de Deus e propagando o Evan-
desenvolvimento sexual; insatisfação, na linguagem deles. Diz João Paulo II que “nessa fase gelho em todos os lugares, lutando por
angústia; em muitos casos, experimen- Deve levar em consideração, ainda, será preciso uma catequese que de- uma sociedade que seja promotora da
ta marginalização e dependência quí- as diferentes situações religiosas, emo- nuncie o egoísmo apelando para a paz, da justiça e da dignidade humana.
mica. Pelo marcante significado e pe- cionais e morais, entre as quais: jovens generosidade, que apresente, sem
los riscos a que estão expostos nessa não batizados, batizados que não rea- simplismo e sem esquematismos ilusó- O mais importante é reacendermos,
fase da vida, os jovens são interlocuto- lizaram um processo catequético nem rios, o sentido cristão do trabalho, do no jovem, a alegria de viver, de esco-
res que merecem uma atenção espe- completaram a iniciação cristã, jovens bem comum, da justiça e da caridade, lher sua vocação no mundo, uma pers-
cial da catequese. que atravessam crise de fé, ao lado de uma catequese da paz entre as nações pectiva de vida como protagonista de
Frequentemente se nota também outros que buscam aprofundar a sua e da dignidade humana, do desenvol- sua própria história. Para isso, a/o ca-
o afastamento e a desconfiança em opção de fé e esperam ser ajudados. vimento e da libertação, tais como es- tequista deve munir-se de muito amor,
relação à Igreja. Não é raro constatar- Há ainda jovens tão maltratados pela sas coisas são apresentadas nos docu- escuta paciente e acolhedora. Paz e
-se falta de apoio espiritual e moral das vida, que estão em risco de perder a mentos recentes da Igreja” (Extraído do Alegria!
famílias e a precariedade da cateque- esperança e precisam de um atendi- DNC n.º 189 a 194).
se recebida. Nossa responsabilidade mento especial.
DIOCESE DE GUAXUPÉ 7
8. reportagem especial
O GESTO
DO PAPA Por Pe. Gilvair Messias
O mundo foi surpreendido por um único gesto, no dia 11 de fevereiro. Bento XVI apresentava sua renúncia como Sucessor da “Barca
de Pedro”. O fato é que as águas ficaram agitadas com a notícia. Sabe-se que a Igreja não será mais a mesma ... nem o mundo. Muitos
se comoveram com o gesto. Determinante é que várias situações serão movidas e removidas com a decisão do Pontífice. Nos últimos
seis séculos, nenhum papa renunciou ao ofício, a não ser por questões políticas do Vaticano. Ratzinger indicou que infalibilidade
papal é a firmeza da decisão de um papa e não a permanência de seus atos. O gesto é de “lavapés”, de inclinação, que faz o mundo ver
que “Ontem, Hoje e Sempre” – somente o Cristo, de quem unicamente todos os cristãos, independente de sua função, são servidores.
A TRAJETÓRIA DE BENTO XVI judeus e cristãos, ao condenar em, os campos da razão e da fé. Facilitou o des principais, promulgou o Ano da
O papa que chegou para ser tran- Auschwitz, o morticínio de inocentes diálogo e a tomada de decisões com as Fé na ocasião do cinquentenário de
sitório na Igreja, tornou-se homem de durante a II Guerra Mundial e, em visita Conferências Episcopais, reduziu puni- abertura do Concílio Vaticano II. Após
grandes marcas. Um dos personagens a Israel e territórios palestinos, pediu a ções. Enfatizou a luta da Igreja contra o a apresentação de renúncia, no dia 14,
mais criticados da história da Igreja por cooperação entre suas populações. Em que chama de “ditadura do relativismo quinta-feira, reunido com padres de
sua intransigência teológica e dogma- 2009, buscou aproximar anglicanos ao do mundo moderno”. Quando se espe- Roma, pediu unidade e renovação na
tismo eclesiástico. O “cardeal de ferro”, catolicismo. Todos esses fatos deram rava de Joseph Aloisius Ratzinger, um Igreja. Segundo o Pontífice, cabe aos
por 24 anos com rótulo de inquisidor, ao papado de oito anos, tempo sufi- papa de posturas rígidas às ideologias presbíteros “trabalhar para que se rea-
mostrou em seu papado a força de ciente para experimentar a angústia dos tempos modernos, revelou-se, dis- lize verdadeiramente o Concílio Vatica-
suas convicções e a fraqueza da insti- do “Monte das Oliveiras”, a crueldade cretamente, um papa de “fardo leve e no II e se renove a Igreja.”
tuição nos tempos atuais, nunca antes do “Calvário” e a frieza da cruz. jugo suave.” Preferiu dizer em sua pri- Sucessor de João Paulo II, um papa
tão velozes nas mudanças. carismático, Bento XVI, com marcas
“
Seu legado é vasto. Sinalizou aber- históricas de bravo pastor, assumiu um
tura para discutir questões de moral papado de grandes conflitos no inte-
sexual, ficou frente a frente com o
Sucessor de João Paulo II, um papa ca- rior da Igreja e nas periferias do mun-
problema da pedofilia e cobrou rigor rismático, Bento XVI, com marcas históri- do, “cercado por lobos” e observado
e punição a esse ato no seio da Igreja, por feras. O gesto de 11 de fevereiro
enfrentou a corrupção bancária dentro
cas de bravo pastor, assumiu um papado certamente não será esquecido pela
dos muros do Vaticano, suportou a hu- de grandes conflitos no interior da Igreja memória coletiva. De grandeza tão
milhação da infidelidade quando do- nobre, todas as palavras do papa, após
cumentos secretos caíram nas mãos da
e nas periferias do mundo, “cercado por essa data, fizeram eco no mundo. Toda
mídia. Durante seu papado, viveu ain- lobos” e observado por feras. sua vida passou a ser contemplada e
da o conflito com o Islã ao citar um de- apreciados seus ensinamentos. Nem
bate sobre a incidência superior da ra- Por outro lado, em suas encícli- meira encíclica sobre o amor de Deus sua morte falaria tão alto, “pois o amor
zão no cristianismo, quando pareceu, cas, nenhum papa chegou a dialogar e, posterior a isso, de maneira atraente, é mais forte que a morte.” O gesto últi-
aos ouvidos do Oriente, sugerir que a e debater tão bem com Marx, Hegel, da luz da fé e do fascínio que é ao cris- mo de seu pontificado ganhou autori-
religião maometana era de violência. Nietzsche, entre outros pensadores da tão, decidir-se pela pessoa do Cristo. dade, talvez a maior exercida em toda
Na relação com o judaísmo, aproximou modernidade, tornando inseparáveis Defensor da fé, uma de suas qualida- sua vida.
8 JORNAL COMUNHÃO
9. O COMUNHÃO ouviu alguns membros da diocese sobre a presente situação da Igreja. Todos veem no gesto do papa um testemunho de solidariedade para com a Igreja.
“Gosto especialmente das cate-
queses de Bento XVI nas audiências
das quartas-feiras. Ele tem um jeito
especial de traduzir o que é essencial
para a vida cristã. Acompanhei mais
de perto tudo que ele escreveu e fa-
lou sobre a Igreja e o desafio do diálo-
go fé e cultura. Surpreendi-me várias
vezes com a beleza, leveza e profun-
didade dos textos. Revelam um ho-
mem lúcido e atento à realidade. Tal-
vez esses dias que antecederam a sua
saída serviram para uma redescober-
ta de sua pessoa. Impressionou-me e
comoveu-me sua renúncia, gesto de
grandeza humana, sabedoria e pro-
fecia.”
Lucimara Trevizan - Centro Loyola
de Belo Horizonte
“A renúncia de nosso Santo Padre
Bento XVI, depois da perplexidade,
gerou em nossos corações sentimen-
tos de gratidão por tudo que ele nos
legou em seu pontificado. Admira-
mos sua humildade e desapego, seu
“Esta atitude ou decisão do Santo para que o futuro eleito responda ria, a toda nossa Tradição. Entretanto, realismo despretencioso, seu amor
Padre, o Papa, nos pega de surpre- aos sinais dos tempos com ousadia e aproveitando o espírito do momento, pela Igreja. Durante seu breve ponti-
sa. Chegamos mesmo a fazer alguns amorosa coragem.” devemos mais uma vez escutar nosso ficado, apesar de tantos desafios, so-
questionamentos. Parece que tudo Pe. José Augusto da Silva – Poços papa: ‘deixemos de lado a hipocrisia frimentos e decepções, o Santo Padre
estava ocorrendo na ‘normalidade’, de Caldas religiosa, o comportamento de quem sempre se mostrou firme, seguro, le-
mas eis a surpresa: sua renúncia. De- busca o aplauso e a aprovação do pú- vando a ‘barca de Pedro’ com força e
pois de ouvir e ler vários artigos e co- “Verdadeira renovação - foi isso blico. O verdadeiro discípulo não ser- coragem, sem vacilar nem abater-se.
mentários, damo-nos por satisfeitos, que o Papa Bento XVI pediu ao clero. ve a si mesmo ou ao público, mas ao Sua sabedoria e unção nos deixaram
mas, mesmo assim, temos nossa im- ‘Temos que trabalhar para que se re- Senhor, de maneira singela, simples marcas profundas através de seus
pressão pessoal. Pensamos que este alize verdadeiramente o Concílio Va- e generosa.’ Sua decisão revoluciona escritos, pronunciamentos e gestos
gesto foi de amor à Igreja, pois não ticano II e se renove a Igreja’ - assim e humaniza a figura papal. Suas pa- proféticos. A proclamação do Ano da
faz tanto tempo assim, assistíamos afirmou após comunicar sua renún- lavras quebram qualquer rótulo. ‘Em Fé foi para nós um desses gestos que
ao sofrimento e à impossibilidade cia. Sabemos que não é fácil, tanto é plena liberdade, pelo bem da Igreja’, veio revelar uma visão clara da reali-
do Papa João Paulo II no governo da que o próprio Bento XVI deu-se por Bento XVI tomou a decisão de deixar dade do povo tão conturbado em sua
Igreja. Percebemos o limite de suas fisicamente incapaz de realizar tal o papado. Pelo bem da Igreja e pela fé e necessitado de reforçá-la ainda
forças e a necessidade de respostas tarefa. No entanto, acreditamos que liberdade, que o Espírito conduza o mais. Que Deus abençoe nosso Papa
urgentes diante do mundo; conscien- seu ato de humildade traduz-se em conclave à melhor escolha para seu Bento XVI e abençoe toda a Igreja
te e lúcido, toma esta decisão que nos força para nossa Igreja levar adian- sucessor.” neste momento histórico que vive-
surpreende. Valem nossas orações te o que ele pede. É claro que não se Maísa e Edon Fonseca Borges, Mon- mos!”
para que ele tenha forças neste mo- trata de renunciar a toda nossa histó- te Santo de Minas Irmãs Carmelitas - Passos
mento delicado, eclesial e histórico.”
Dom José Lanza Neto – Bispo dio-
cesano
“Vejo na atitude do Santo Padre
um indelével amor à Igreja. Sabe-
dor de suas limitações físicas e ide-
ológicas, Bento XVI deixa a cátedra
de Roma como alguém sintonizado
às urgências contemporâneas e, ao
mesmo tempo, desejoso de que as in-
vectivas do Vaticano II sejam mais de-
cididamente empreendidas por seu
sucessor. Atitude de quem congrega
sabedoria e humildade, num momen-
to crucial da história da humanidade.
A nós, povo de Deus em marcha, cabe
humilde avaliação de como temos vi-
vido nossos compromissos batismo/
crismais, buscando nesse tempo fa-
vorável da quaresma, amoldar-nos à
estatura Daquele que é razão maior
de nossa peleja: Jesus de Nazaré. So-
mos convidados, pelo gesto do Sumo
Pontífice, a colocar-nos em oração
DIOCESE DE GUAXUPÉ 9
10. juventudes
JUVENTUDE E CONVERSÃO PASTORAL
Por Adriana Eugenio, membro da Paróquia São José Operário de Guaxupé, coordenadora diocesana do Ministério Jovem da RCC e componente do Setor Diocesano Juventudes
A expressão Conversão Pastoral apa- também responde de modo muito par- direção. Foi um empreendimento muito logo que chegou a nossa diocese. Ele fez
rece no Documento de Aparecida: “exige ticular às situações. válido e também frutuoso, uma vez que a seguinte comparação: as pastorais e
que se vá além de uma pastoral de mera No entanto, é preciso um olhar mais todos tinham o mesmo intento, Jesus movimentos jovens na Igreja são como
conservação para uma pastoral decidida- atento, uma vez que conversão pessoal Cristo, autor da fé. um jardim, onde Deus plantou vários
mente missionária” (DA 370). Esta conver- tende a motivar em nós uma conversão Há uma verdade que não se pode canteiros, rosas, violetas, margaridas, lí-
são “desperta a capacidade de submeter comunitária, ou seja, pastoral. E hoje, negar: nem tudo que era para evange- rios... Nos dias de grande festa, a Igreja
tudo ao serviço da instauração do Reino acompanhamos os resultados do início lizar alcançou plenamente seu objetivo, colhe todas estas flores e forma um belo
da vida” (DA 366). das mudanças em nossa diocese, cujos porque não falávamos uma mesma lin- buquê. Porém, cada um deve florir onde
Esta capacidade vem sendo inserida trabalhos de evangelização com a ju- guagem. Tratando-se de evangelização, Deus plantou.
na caminhada da nossa diocese, que nos ventude estão voltados para transfor- hoje conseguimos olhar para os desafios Essa Conversão Pastoral se dá quando
propõe, como Objetivo Geral, “Evangeli- mar a vida de outros jovens, a partir de que envolvem a juventude. Muitas pro- consideramos o modo de compreender
zar a partir do encontro pessoal com Je- Jesus Cristo. Acredito no Setor Juventu- postas surgem e, nesse sentido, acredito dos jovens dentro da realidade em que
sus Cristo, formando a pessoa, renovan- de como uma resposta a essa conversão que devemos assumir essa Conversão vive cada um. Precisamos estar abertos,
do a comunidade, à luz do jeito antigo/ pastoral. Pastoral. Somos uma juventude diversifi- acolhendo o novo para que o jovem de
novo de ser Igreja e transformando a so- Antes de iniciarmos esse trabalho em cada e a cada um, Deus fez um chamado hoje descubra seu espaço na Igreja.
ciedade, atentos a Palavra: ...tendo parti- 2010, as pastorais e movimentos juve- e confiou uma missão. Hoje somos marcados pela grande
do, pregaram por todas as partes.” nis estavam espalhados pelos cantos da Recordo-me de Dom José Mauro influência dos meios de comunicação so-
Conversão significa mudança de di- diocese, cada um caminhando em uma em uma ocasião na qual estive com ele, ciais, mas também pelas características
reção, retorno para assumir o caminho da modernidade, tais como o individu-
correto. Se aprofundarmos um pouco mais, vamos alismo, o consumismo, a tecnologia, en-
Se aprofundarmos um pouco mais, tre outras. É preciso coragem para uma
vamos perceber que a palavra conversão
perceber que a palavra conversão está direta- verdadeira conversão, crescimento e
está diretamente ligada ao jovem. Hoje, mente ligada ao jovem. Hoje, não é raro, nos amadurecimento pastoral. Sendo assim,
não é raro, nos depararmos com “grupos depararmos com “grupos de jovens” nos quais nossa missão e evangelização se tornam
de jovens” nos quais se trabalha essa te- eficazes e fecundas quando deixamos
mática e há um constante apelo à con- se trabalha essa temática e há um constante de ser apenas um grupo e nos tornamos
versão. Sabemos que cada pessoa tem apelo à conversão. Igreja Jovem de Jesus Cristo.
um processo de caminhada diferente e
10 JORNAL COMUNHÃO
11. comunicação
COMEMORAÇÕES DE MARÇO RENÚNCIA DE BENTO XVI
NATALÍCIO 24 Pe. Guaraciba Lopes de Oliveira “Caríssimos Irmãos, convoquei-vos para este Consistório não só por
1 Pe. José Carlos Carvalho 28 Pe. Claiton Ramos causa das três canonizações, mas também para vos comunicar uma de-
4 Pe. Adelmo Arantes Rosa cisão de grande importância para a vida da Igreja. Depois de ter exa-
8 Pe. José Augusto da Silva 5 ORDENAÇÃO minado repetidamente a minha consciência diante de Deus, cheguei à
10 Pe. Fernando Alves da Silva 6 Frei Aldo Nasello certeza de que as minhas forças, devido à idade avançada, já não são
11 Pe. José Ronaldo Neto 10 Pe. Heraldo de Freitas Lamim
idôneas para exercer adequadamente o ministério petrino. Estou bem
12 Pe. Gilgar Paulino Freire 11 Dom Messias dos Reis Silveira -
14 Pe. Gilvair Messias da Silva episcopal consciente de que este ministério, pela sua essência espiritual, deve ser
17 Pe. Célio Laurindo da Silva 12 Pe. Dirceu Soares Alves cumprido não só com as obras e com as palavras, mas também e igual-
21 Pe. Benedito Donizetti Vieira 25 Pe. Edno Tadeu de Oliveira mente sofrendo e rezando. Todavia, no mundo de hoje, sujeito a rápidas
23 Pe. Ronaldo Robster 30 Pe. Juvenal Cândido Martins mudanças e agitado por questões de grande relevância para a vida da
fé, para governar a barca de São Pedro e anunciar o Evangelho, é neces-
AGENDA PASTORAL DE MARÇO sário também o vigor quer do corpo quer de ânimo; vigor este, que, nos
2 Diocese: Reunião da Coord. Diocesana da Catequese em Guaxupé últimos meses, foi diminuindo de tal modo em mim que tenho de reco-
Reunião da Coord. Diocesana da Formação de Leigos em Guaxupé nhecer a minha incapacidade para administrar bem o ministério que me
Reunião da Coord. Diocesana de CEBs em Guaxupé foi confiado. Por isso, bem consciente da gravidade deste ato, com plena
3 Diocese: Acolhida da Cruz e do Ícone da Jornada Mundial da Juventude liberdade, declaro que renuncio ao ministério de Bispo de Roma, Suces-
em Guaxupé sor de São Pedro, que me foi confiado pela mão dos Cardeais em 19 de
7 Diocese: Reunião do Conselho de Presbíteros em Guaxupé Abril de 2005, pelo que, a partir de 28 de Fevereiro de 2013, às 20,00
9 Setores (Cássia, Paraíso, Passos e Guaxupé): Reunião dos Coord. horas, a sede de Roma, a sede de São Pedro, ficará vacante e deverá ser
Paroquiais da Catequese convocado, por aqueles a quem tal compete, o Conclave para a eleição
9-10 Formação para os Coord. dos Grupos de Oração – RCC em Petúnia
do novo Sumo Pontífice.
10 Diocese: Dia de Espiritualidade para os Agentes do SAV
Setores (Alfenas, Areado e Poços): Reunião dos Coord. Paroquiais da Caríssimos Irmãos, verdadeiramente de coração vos agradeço por
Catequese todo o amor e a fadiga com que carregastes comigo o peso do meu mi-
11 Setores Alfenas e Areado: Reunião dos Presbíteros nistério, e peço perdão por todos os meus defeitos. Agora confiemos a
13 Setor Passos: Reunião dos Presbíteros Santa Igreja à solicitude do seu Pastor Supremo, Nosso Senhor Jesus Cris-
14 Diocese: Reunião do Conselho de Formação Presbiteral em Guaxupé to, e peçamos a Maria, sua Mãe Santíssima, que assista, com a sua bonda-
15 Setor Guaxupé: Reunião dos Presbíteros na Catedral em Guaxupé de materna, os Padres Cardeais na eleição do novo Sumo Pontífice. Pelo
Diocese: Reunião Diocesana - Catequese com Adolescentes em Guaxupé que me diz respeito, nomeadamente no futuro, quero servir de todo o
Reunião da Coord. Diocesana dos Grupos de Refl exão em Guaxupé coração, com uma vida consagrada à oração, a Santa Igreja de Deus.”
20 Diocese: Encontro com os Presbíteros até 05 anos de ministério
21 Setores Cássia e Paraíso: Reunião dos Presbíteros na Paróquia Nossa
Sra. do Sion Vaticano, 10 de Fevereiro de 2013.
23 Reunião do Conselho Diocesano do ECC no Setor Poços
24 Congresso de Abertura dos Trabalhos do Mov. da Mãe Rainha no BENEDICTUS PP XVI
Santuário em Poços
DECRETO
DECRETO
Dom José Lanza Neto
Por mercê de Deus e da Santa Sé Apostólica
Bispo Diocesano de Guaxupé
A todos e todas, saudação, paz e bênção em nosso Senhor Jesus Cristo!
Com a bula Universales Ecclesiae Procuratio, de 03 de fevereiro de 1916, o papa
Bento XV criou a Diocese de Guaxupé, desmembrando-a da então diocese de Pouso
Alegre.
A criação de uma nova Diocese sempre foi e será fonte e origem de renovada
esperança. De fato, muitos frutos puderam ser colhidos nesses cem anos, expressão
do empenho de muitos leigos e leigas, consagrados e consagradas, seminaristas,
padres e todos meus predecessores que deram sua vida no serviço da evangeliza-
ção.
Com o intuito de dar novo ânimo e vigor, bem como fomentar uma ação pasto-
ral mais intensa em toda a Diocese de Guaxupé, havemos por bem decretar, como
de fato o fazemos pelo presente, Triênio Jubilar do Centenário, fevereiro de 2013 a Dom José Lanza Neto
fevereiro de 2016. Bispo Diocesano de Guaxupé
Que todas as forças vivas: leigos e leigas, religiosos e religiosas, seminaristas e
sacerdotes empenhem-se para que a celebração do Centenário de nossa Diocese E eu, Pe. Claiton Ramos, Chanceler do Bispado, a subscrevi.
possa constituir-se em um tempo de graça para todo o povo de Deus desta Igreja
Particular. Padre Claiton Ramos
Dado e passado em nossa Cúria Diocesana, nesta Episcopal Cidade de Guaxupé, Chanceler do Bispado
aos 03 de janeiro de 2013. *** Pede-se transcrever o presente decreto no livro do Tombo das Paróquias
DIOCESE DE GUAXUPÉ 11
12. Nome do grupo : JOTA – Jovens Organizados Trabalhando com Amor
Paróquia: Nossa Senhora Aparecida de Serrania
Símbolo do grupo: Sapo (significa mudança e transformação, devido à
mudança que o réptil sofre quando deixa de ser girino ), de nome Hope
(esperança).
Cor utilizada: Verde
Idade do grupo: 03 anos (completos em 31 de janeiro )
Identidade : PJ ( Pastoral da Juventude )
História e realizar dois projetos: PJotando (projeto além de testemunhar que
No final do ano de 2009, brota no cora- diocesano com finalidade de conhecer e cada geração tem suas luzes e
ção de alguns jovens a vontade de fazer mais m a - pear os grupos de PJ na Diocese, que em meio às mudanças de
por sua comunidade. Os jo- através de visitas aos grupos do época e à crescente corrente
mesmo setor) e o Maná (projeto da vida “light”, há sim, jovens
do Setor Alfenas para evange- interessados em um mundo
lizar os jovens e adolescentes, e numa vida melhor!
especialmente crismandos),
além de outras ações, como Depoimentos
a conscientização e adesão à “O JOTA age de uma
doação de sangue, visita ao forma muito especial na
Lar São Vicente de Paulo e ao minha vida. É neste grupo
Instituto Vida Viva que trata que me sinto cada vez mais
de pessoas com câncer (em viva e mais à vontade para expressar minha “O grupo de jovens
vista da CF/2012), formação opinião sobre assuntos religiosos e outros JOTA me proporcionou formação, realiza-
dos jovens, caminhada em assuntos. Mudei o modo de pensar e ama- ção pessoal e comunitária, um lugar de cres-
comunhão com o setor e dureci minhas ideias! No grupo, a gente cimento e amadurecimento. Nele, criei laços
diocese, participando sem- cativa amizades. Cada um se importa com de fraternidade, onde cada um é reconhe-
pre dos cursos, encontros, reuniões e o sentimento do outro e acho isso muito im- cido como pessoa e valorizado como tal. O
vens: Dar- formações nessas instâncias. portante nas relações do grupo!” (Diovana, grupo é muito importante em minha vida,
lene, Valdirene, Anderson e Samuel Há jovens do JOTA engajados nos seto- 16 anos, estudante e crismanda). pois me ajudou a enfrentar desafios deci-
Bueno juntamente com o pároco Antônio res (coordenador de grupo de reflexão), na sivos para o meu fortalecimento na fé. E é
Carlos e alguns casais participantes do ECC catequese (catequistas), liturgia (coordena- “Quando fui convidado a participar do essa fé no jovem e no projeto de Jesus Cristo
(Encontro de Casais com Cristo) passam a ção e membros). O grupo encontra-se em JOTA, tinha em mente um lugar com mui- que renovo o meu compromisso com a
gestar a formação de um grupo de jovens preparação para a JMJ e CF/2013. tos jovens, com o objetivo de falar da Igreja Igreja e a Juventude: Creio
o qual teve seu primeiro “encontrão” no dia Mais do que ação, é espaço de convivên- e nada mais. Estava enganado! O primeiro na força do
31 de janeiro de 2010. A partir daquele dia, o cia, amadurecimento e apoio. A juventude, encontro com a ‘família JOTA’ estava pra mu-
grupo passou a se reunir semanal- diferente do que muitos dizem, é uma fase dar a minha vida. Receberam-me
mente com o intuito de da vida. E é fato que muitas pessoas en- de uma tal forma que não
integração, formação e gajadas na vida da dá pra esquecer. Naquele
descobrirem suas afini- momento, me senti mais
dades, principalmente próximo de Deus. Sinto-me
sua identidade. muito bem participando dos
Organizaram-se encontros. Posso afirmar que
momentos de vivên- o JOTA é meu lugar e era tudo
cia: “Tarde da Famí- o que meu coração queria.”
lia”, homenagem às (Wesley, 16 anos, estudante e
mães, outros en- crismando ).
contrões, retiros no
Rancho São José, “Ser cristã não é uma atitude
participação nos isolada na Igreja ou no JOTA, mas Jovem!” (Val-
DNJ’s (Dia Nacio- sim, em todo e qualquer lugar em direne, 24 anos, catequista,
nal da Juventude) que eu esteja. Não preciso ficar fa- pedagoga e coordenadora da equipe de
com devida preparação, Grito lando que sou cristã, apenas devo a g i r Liturgia, fundadora e coordenadora do gru-
dos Excluídos e servir nas Celebrações Eu- como tal! O grupo tem me proporcionado po JOTA)
carísticas como animadores, leitores e tam- Igreja, tiveram sua isso todos os dias! (Darlene, 28 anos, cate-
bém no coral, inclusive, alguns jovens inte- formação na PJ. Quantas amizades verda- quista, funcionária pública, fundadora e co- “Vivência e fé é o que sinto neste grupo.
gravam a equipe de acólitos. deiras, casamentos, pessoas comprometi- ordenadora do grupo JOTA) Em todo o tempo que estou nesta família,
Muitos jovens passaram pelo grupo. das com a política e ações sociais nasceram aprendi e revi meus conceitos. Amadureci-
Alguns permaneceram e outros, não. São no seio dos grupos de jovens! A atual for- “Pra mim, não tem -me na fé. Somos um grupo aberto a mais
inúmeros os motivos para que não perma- mação do JOTA está muito unida e tem como escolher um só jovens que queiram participar. No JOTA,
necessem: incompatibilidade de horários, feito experiências únicas momento especial no farei minha história como cristão e pessoa
ideias, carisma... Cada pessoa tem seu tem- de grupo, grupo JOTA, porque humana que sou. Agradeço muito por viver
po e limite, pois cada ser é único e nós res- todos os momentos três anos maravilhosos, com muita experi-
peitamos isso. Cada um segue sua vida, seu são especiais, pois é ência de vida vivida e marcante. Que seja-
caminho, mas um pouquinho do JOTA leva como se fôssemos mos sempre assim, vivendo cada momento
eternizado em seu coração... uma grande famí- e fortalecendo nossa fé que nos mantém
lia...” (Giselle, 28 anos, unidos, firmes e fortes, em um propósito de
Hoje agente comunitário vida desafiador, a de Jesus Cristo.” (Nathan,
Atualmente o grupo se encontra mais e membro da Pas- 22 anos - auxiliar de escritório, catequista e
unido e enraizado na fé, pois passou a ex- toral da Criança) coordenador de grupo de reflexão)
pressar mais a pastoral, ajudando a lançar
12 JO
JORNAL COMUNHÃO
JORNAL COMUNHÃO