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FECHAMENTO AUTORIZADO PODE SER ABERTO PELA ECT




                                                                                                                         9912259129/2005-DR/MG

                                                                                  A SERVIÇO DAS COMUNIDADES
                                                                                                COM NIDADES                    MITRA
                                                                                                                             CORREIOS




                                                   JORNAL DA DIOCESE DE GUAXUPÉ         ANO XXIX - 280   MARÇO DE 2013




                                                  “Agora confiemos a Santa Igreja à solicitude do
                                                  seu Pastor Supremo, Nosso Senhor Jesus Cristo”
                                                  Páginas 08 e 09




                                                 Leia mais:
                                                 Diocese abre comemorações do Centenário
                                                 Página 06

                                                 Juventude em foco
                                                 Artigo sobre a força simbólica do jovem
                                                 Página 03




                                                 DIOCESE DE GUAXUPÉ                                                                        1
editorial
                                                                                                                               “Agora confiemos a Santa Igreja à solicitude
                                                                                                                        do seu Pastor Supremo, Nosso Senhor Jesus Cristo.”
                                                                                                                                                                                         (Bento XVI)
                                                  O ano tem lá suas surpresas. No pri-            Mundial da Juventude e a Campanha                  -se humilde, sábio, virtuoso. O pontífice
                                              meiro dia de janeiro, é possível pensar: o          da Fraternidade, aberta oficialmente na            que sempre insistiu na premissa de que o
                                              que será deste tempo que começa, o que              quarta-feira de cinzas, dão à Igreja neste         cristão de hoje só o é se tiver uma expe-
                                              será deste menino que nasce?                        histórico momento, um alegre florescer,            riência com a pessoa do Cristo, testemu-
                                                  Fevereiro teve a surpresa de Bento              semelhante às “quaresmeiras” que costu-            nhou a força de suas palavras ao confiar
                                              XVI. E março terá a surpresa... “Bendito o          mam florir nesta época do ano.                     a Igreja ao seu Pastor Supremo. Quebrou
                                              que vem em nome do Senhor...”                           Fevereiro destacou-se sobretudo,               assim toda ideia de pretender usar do
                                                  Fevereiro teve, na Diocese, a abertu-           para o gesto de Bento XVI... A história            serviço ao Cristo uma forma de poder.
                                              ra das comemorações de seu centenário,              saberá dizer melhor a expressão do fato            Bento XVI deixa confiante o ministério de
                                              um triênio para festejar, celebrar e viver          no seio da Igreja. A renúncia causou es-           Pedro porque tem consciência de que a
                                              a bela história da Diocese de Guaxupé.              tranheza, admiração, fez o povo rezar,             Igreja é de Jesus Cristo.
                                              A juventude marcou expressiva presen-               chorar, fez ver a vida, a Igreja, o mundo...           Março terá suas flores... A Igreja quer
                                              ça nessa primeira ocasião. É a Igreja que           O gesto abriu as portas para muitos olha-          florescer, florir, viver. O mundo preci-
                                              se propõe a ser... com rosto de juventu-            res. O que ninguém poderá negar é a                sa da missão da Igreja. As chuvas que
                                              de, com sangue sempre renovado, com                 coragem do papa. Renúncia, neste caso,             caem nesta região e fazem a relva sorrir
                                              ardor missionário. Também nesse mês,                é mais um gesto de confiança do que de             verde também caiam nos canteiros do
                                              a ordenação de jovens para o ministério             medo. Confiança em Jesus Cristo, o dono            Vaticano, da Diocese, das paróquias, das
                                              diaconal alegrou a Igreja. O momento é              da “Barca de Pedro”. O papa humanizou              comunidades! É tempo de florescer a es-
                                              carregado de entusiasmo... de esperan-              a Igreja... Mostrou-se servidor como to-           perança à espera dos frutos da Páscoa, da
                                              ça, de participação cativante... A Jornada          dos, frágil, vulnerável. Para isso, mostrou-       prometida Passagem.




                                                                                                                                                         Dom José Lanza Neto


                          voz do pastor
CRISTO, NOSSO FAROL!
    Prezados diocesanos                       nos acontece algo que nos aborrece, tei-            maior acento de nossa fé, a saber: a pás-          graça ilumine tudo quanto estamos nos
    A Paz do Cristo ressuscitado!             mamos que toda a interferência ou aju-              coa da Ressurreição do Senhor. Na noite            propondo, isto é, a renovação de nossa
    O farol do carro é indispensável. Ao      da são dispensáveis. Aliás, hoje em dia,            da vigília pascal, iniciamos a celebração          fé, nosso compromisso com a evange-
tomarmos o volante, pensamos que              parece que tudo é dispensável. Como é               com a bênção do fogo e acendemos o                 lização da juventude, nosso plano de
tudo está em nossas mãos. De repente,         prazeroso conjugar esse verbo. Em todas             círio pascal. Adentramos na Igreja com o           pastoral diocesano e paroquial, nossos
anoitece; apesar do carro não perder sua      as esferas, “dispensar” parece fazer parte          círio e nossas velas são acesas. Ele é colo-       empreendimentos (preparação para o
força e sua velocidade, precisamos do fa-     essencial daquilo que somos e quere-                cado em lugar de destaque – símbolo do             centenário, santas missões populares e
rol, ou melhor, nos damos conta de que        mos construir. É verdade que podemos                Cristo Vivo e Ressuscitado. O celebrante           grupos de reflexão), nosso desejo de su-
o veículo é o mesmo e nos leva aonde          dispensar coisas, pensamentos, objetos...           diz: “A Luz de Cristo, que ressuscitou res-        perar e deixar para trás tudo aquilo que
queremos; mas deparamo-nos com a              Mas como no carro, algumas coisas são               plandecente, dissipe as trevas de nosso            nos é pesado e sem sentido.
realidade da noite. Assim, nossa vida e       indispensáveis: roda, direção, motor, ga-           coração e de nossa mente.”                             Que a luz e a força do ressuscitado
a humanidade caminham em seu curso            solina e o farol que parecia dispensável,               A Páscoa é a festa da luz a contagiar-         nos encorajem para superarmos todo o
normal e natural... Parece que não nos        tornam-se essenciais.                               -nos por inteiro. Luz ou farol indispensá-         desânimo, apatia e conformismo. Assim,
falta nada, tudo o mais é dispensável. Ai         Na noite, ninguém caminha; ninguém              vel na busca do sentido mais verdadeiro            seremos suas testemunhas diante de um
de quem ousa nos chamar a atenção ou          chega a lugar algum. Na noite, o farol              de nossa existência. Essa luz não nos              mundo e de pessoas que criam para si
propor algo diferente. Arrepiamo-nos e        nos dá a dimensão da estrada, livra-nos             ofusca; ofusca sim, quando teimamos                “luzes próprias”, dispensáveis.
dispensamos qualquer interferência.           de perigos, coloca-nos em movimento                 em permanecer em nós mesmos. Perde-
    A vida é assim. Gostaríamos de que        e nos faz chegar ao destino certo. Esta-            mos a direção, o sentido de nossa pró-                 Feliz e Santa Páscoa!
nada nos incomodasse e mesmo quando           mos prestes a celebrar a festa litúrgica de         pria vida. Deixemos que esse tempo da


                          expediente
                                            Diretor geral                                       Impressão                                         Redação
                                            DOM JOSÉ LANZA NETO                                 GRÁFICA SÃO SEBASTIÃO                             Praça Santa Rita, 02 - Centro
                                            Editor e Jornalista Responsável                                                                       CEP. 37860-000, Nova Resende - MG
                                            PE. GILVAIR MESSIAS DA SILVA - MTB: MG 17.550 JP    Ilustração                                        Telefone
                                            Revisão                                             MARCELO A. VENTURA                                (35) 3562.1347
                                            MYRTHES BRANDÃO                                                                                       E-mail
                                            Projeto gráfico e editoração                        Conselho editorial                                PASCOM.GUAXUPE@GMAIL.COM
                                            AGÊNCIA TOM - www.agenciatom.com - (35) 3064-2380   PADRE JOSÉ AUGUSTO DA SILVA, PADRE HENRIQUE       Os Artigos assinados não representam necessariamente a
                                            Tiragem                                             NEVESTON DA SILVA, IR. MÁRCIO DINIZ, MARIA INÊS   opinião do Jornal.
                                            3.950 EXEMPLARES                                    MOREIRA E NEUZA MARIA DE OLIVEIRA FIGUEIREDO.
                                                                                                                                                  Uma Publicação da Diocese de Guaxupé
                                                                                                                                                  www.guaxupe.org.br



  2                                                                                                                                                  JORNAL COMUNHÃO
opinião
JUVENTUDE, HABITUS E PODER SIMBÓLICO
                                                      Por Fábio César da Fonseca, cientista social, mestre em Desenvolvimento Econômico, Doutor em Sociologia e Professor do Depar-
                                                         tamento de Filosofia e Ciências Sociais da UFTM – Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Uberaba (MG). Reside em Passos

    A sociedade é o produto de uma                                                                                                        escolares distintos. Tudo isso torna ain-
longa construção histórica, do confron-                                                                                                   da mais complexa a vivência e as rela-
to de forças das mais variadas nuances;                                                                                                   ções entre os próprios jovens, que, por
da presença do “poder simbólico” e                                                                                                        sua vez, se relacionam com crianças,
dos habitus que impregnam os nossos                                                                                                       adultos, idosos, instituições, política,
pensamentos, ações e o ser social; do                                                                                                     políticos, economia, produção, fábricas,
encontro e desencontro de culturas; do                                                                                                    meios de transportes, formas distintas
desenvolvimento da técnica e da ciên-                                                                                                     de práticas religiosas, conflitos étnicos,
cia; do avanço da produção material de                                                                                                    violência, desemprego, desigualdades
bens e serviços; da cumplicidade e do                                                                                                     sociais etc..
conflito de gerações. Falar sobre a ju-                                                                                                        Ser cristão é também se relacionar
ventude requer, portanto, um olhar na                                                                                                     com o poder simbólico da Igreja, é le-
direção do contexto histórico presente                                                                                                    gitimar a fé no Deus da vida e do amor,
no mundo dos jovens e nas nossas aná-                                                                                                     do perdão e da misericórdia, é crer nas
lises, pensamentos e ações.                                                                                                               palavras das pessoas investidas de au-
                                                                                                                                          toridade eclesiástica. O simbólico, que
HABITUS                                                                                                                                   é profundamente significativo, é tão
    Na verdade, somos seres interde-                                                                                                      presente na Igreja Católica que o calen-
pendentes. O entusiasmo e o vigor que                                                                                                     dário litúrgico se mistura ao mundo dos
os jovens carregam podem ou não es-                                                                                                       homens, à fé, à escatologia e à esperan-
tar presentes nos vários momentos e                                                                                                       ça, de tal modo que o tempo que vive-
contextos da existência humana, isto                                                                                                      mos neste momento é o da quaresma,
é, nos momentos da juventude, das                                                                                                         o qual se relaciona essencialmente com
idades adulta e idosa. Socialmente, to-                                                                                                   a vivência da busca da conversão, da
dos nós carregamos as bases materiais                                                                                                     mudança de vida. Mas, a vida carrega
e ideológicas que caracterizam o pre-                                                                                                     habitus incorporados, relações distin-
sente e que trazem as marcas de outros                                                                                                    tas com distintas pessoas, fé e crenças.
contextos e momentos históricos. No                                                                                                       Ora, a conversão não configuraria outro
mundo real da sociedade, do país, do                                                                                                      grande desafio para os cristãos, sejam
sistema produtivo, do comércio, do tra-                                                                                                   leigos ou clérigos?
balho, das ações políticas, do mercado,       mundo se diferenciam pelos caminhos          construído, isto é, com aquilo que carre-           A conversão pode caracterizar-se
do sistema financeiro, da educação, da        que perseguem a distinção, nos grupos        ga heranças, com as diversas formas de         como ponto de inflexão a partir do qual
religiosidade, das igrejas, da arte, da mí-   que produzem crenças, nas instituições       capitais acumulados na complexa cons-          a Igreja pode, de fato, avançar e parti-
dia, da dor, da alegria, enfim, em meio       que forjam entendimentos, na busca           trução da história humana no mundo.            cipar na construção de habitus ilumi-
a um contexto carregado e movido por          pela afirmação do ser socialmente re-                                                       nados pelos princípios do amor e da
muitas forças e atores, é irreal olharmos     conhecido. Nesse sentido, o conceito         PODER SIMBÓLICO E SER CRISTÃO                  fraternidade, principalmente junto às
para a juventude como uma força autô-         juventude precisa ser contextualizado,           Teríamos assim, diante de nós, ou-         crianças, adolescentes e jovens, tomar
noma e independente. Ela existe imersa        questionado enquanto grau de gene-           tro grande desafio: enquanto cristãos,         o poder simbólico como serviço, como
nas sociedades, nas formas das relações       ralidade que pretende abarcar e tornar       temos habitus incorporados. Nesse sen-         força que produz modos de viver a vida
de trabalho predominantes, nas diver-         homogênea uma totalidade de jovens,          tido, como poderíamos construir reali-         próxima das ações e reflexões de Jesus
sas formas de capital – familiar, escolar,    pois os jovens são muitos e diversos no      dades coerentes com o amor, a doação           Cristo. O poder simbólico aqui não se-
cultural, simbólico, tecnológico, dentre      ser social caracterizado por habitus dis-    e a fraternidade?                              ria um fim em si mesmo, o poder pelo
outros – historicamente construídos,          tintos.                                          A Igreja Católica Apostólica Romana        poder, mas o esclarecimento de que a
nas ideias trabalhadas e veiculadas nos                                                    tem um grande poder simbólico: a fala,         legitimidade que os cristãos dispensam
meios de comunicação social.                  PODER SIMBÓLICO                              o poder de quem fala, os paramentos, o         aos ritos, às falas das autoridades eclesi-
    Ser jovem, nesse sentido, é antes             Há, de fato, uma força presente no       lugar de onde se fala, o dom de perdo-         ásticas e aos textos sagrados é acompa-
de tudo estar no mundo com todas as           meio dos agentes e suas histórias, que       ar as faltas, os ritos, a tradição, os tex-    nhada de uma relação de cumplicidade
suas belezas, problemas, sofrimentos,         se relaciona com o capital simbólico,        tos sagrados, a linguagem profunda e           e da esperança de que a construção de
pressões, arte, trabalho, fé, fundamen-       isto é, com o reconhecimento que um          transformadora de Jesus Cristo, a beleza       um Reino de Justiça e de Fraternidade
talismos, guerras, esportes, músicas,         grupo proporciona a quem detém esse          e a mística dos salmos, a força e o vigor      começa neste mundo.
encontros e alegrias. É também estar          capital. Ora, reconhecer o poder simbó-      da comunicação dos profetas, a ação do              É assim que juventude, habitus e
num mundo social, econômico e politi-         lico significa ignorar sua arbitrariedade,   Espírito Santo, a fé no Deus da vida e da      poder simbólico se relacionam, ou seja,
camente imposto. Mas, se por um lado,         ou seja, esse poder é uma relação que        eternidade. De um ponto de vista socio-        a juventude são os jovens que consti-
a juventude traz o entusiasmo e o vigor,      se situa no campo da crença, na legiti-      lógico, o poder simbólico exerce forças,       tuem distintas formas de existir a partir
por outro, não estaríamos todos nós,          midade de quem está investido do po-         influencia, constrói e muda a realidade.       dos habitus incorporados e da forma de
principalmente jovens e adultos, desa-        der de falar.                                    Os jovens cristãos carregam uma            se relacionarem com o poder simbólico.
fiados a conhecer melhor a nós mes-               Assim, a ordem ou a sua subversão        herança oriunda da formação cristã, tra-       Em meio às vicissitudes do mundo atu-
mos? Ou seja, conhecermos um pouco            estão relacionadas, essencialmente,          zem um capital familiar cristão. Mas, ser      al, formar habitus que contribuam com
mais os habitus que impregnam nossas          com o reconhecimento de quem as              cristão é estar no mundo com todas as          o acúmulo de capital cultural, capital fa-
falas, nossas ações e o corpo social em       pronuncia. A violência simbólica, que        suas realidades e consequências posi-          miliar, capital escolar e capital religioso,
que estamos inseridos?                        tem consequências reais, é reconhecida       tivas e negativas. No mundo, os jovens         que carregam em si o amor, a esperança
    Habitus se refere a disposições,          (ignorada) e legitimada. O reconheci-        cristãos convivem com jovens não cris-         e a tolerância, requer de todos os cris-
gostos, que, ao integrar experiências         mento ou não de uma dada enunciação          tãos, com os que carregam habitus dis-         tãos um caminhar persistente pelas tri-
passadas, funciona como uma matriz            e a legitimação ou a subversão de uma        tintos do ser cristão, que herdaram ou-        lhas da conversão, do respeito à digni-
de percepções em cada momento. Os             ordem por parte de jovens têm uma re-        tras configurações de capitais. Não só.        dade humana, ao trabalho e à natureza.
habitus vivenciados pelos jovens no           lação direta com o que é socialmente         Incorporam habitus e formam capitais

       DIOCESE DE GUAXUPÉ                                                                                                                                                        3
notícias
PADRES PARTICIPAM DE ENCONTRO REGIONAL
                                                                                                                                                                                                      Por Pe. César Acorinte
                                                                                                               Foto: Arquivo – Pastoral Presbiteral
    Aconteceu em Cachoeira do Cam-                       a uma séria reflexão da vida e minis-
po (MG), de 21 a 25 de Janeiro, o 29º                    tério dos presbíteros no mundo de
Encontro de Formação Permanente                          hoje, a teologia e a pastoral do minis-
do Clero do Regional Leste II, promo-                    tério ordenado, abrindo espaço para
vido pela Conferência Regional de                        a pastoral do cuidado presbiteral.
Presbíteros Leste II.                                        O primeiro dia do evento foi de es-
    Dos mais de 80 padres vindos das                     piritualidade, orientado pelo Pe. Luiz
33 dioceses do regional, destaca-se a                    Eustáquio, também da Arquidiocese
participação dos padres César, Vítor,                    de Belo Horizonte e uma manhã em
Luiz Tavares, Luiz Lemos e Edmar, to-                    que se trabalhou o tema da CF 2013 e
dos da Diocese de Guaxupé.                               a Jornada Mundial da Juventude com
    O tema central abordado no en-                       o Pe. Sebastião, da Diocese de Olivei-
contro foi: “O presbítero à luz do Con-                  ra e também assessor do Setor Juven-
cílio Vaticano II.” Uma abordagem do                     tudes do Regional Leste II.
decreto Presbiterorum Ordinis, cujo                          Foram momentos muito ricos de
assessor foi o Pe. Manoel Godói da                       aprofundamento nos temas propos-
Arquidiocese de Belo Horizonte. O                        tos e de uma fraterna convivência en-
assunto levou todos os participantes                     tre os participantes.                                 Da esquerda para a direita, os padres Luiz Tavares, César, Vítor, Luiz Lemos e Edmar


COMUNIDADES ACOLHEM NOVOS DIÁCONOS
Foto: João dos Reis                                                                                                                                                                             Por Pe. Gilvair Messias
                                                                                                                   Os jovens Claudemir Lopes, Gilmar An-                   Disse também da necessidade pastoral de
                                                                                                               tônio Pimenta, Glauco Siqueira dos San-                     clérigos atentos às urgências da Igreja.
                                                                                                               tos, Pedro Alcides Sousa, Wellington Cris-                      Com o lema “Eu estou meio de vós
                                                                                                               tian Tavares foram ordenados diáconos                       como Aquele que serve” (Lc 22.27b), os
                                                                                                               no último 08 de fevereiro, em solene ce-                    diáconos foram assim enviados ao exer-
                                                                                                               lebração na Catedral de Guaxupé. Vários                     cício de seu ministério: Claudemir, para a
                                                                                                               padres, religiosos, leigos das paróquias                    Paróquia de Campestre; Gilmar, para a Pa-
                                                                                                               de origem dos ordinandos e de outras pa-                    róquia São Sebastião de Poços de Caldas;
                                                                                                               róquias, prestigiaram a esperada ocasião.                   Glauco, para a Paróquia Nossa Senhora
                                                                                                               Também esteve presente o bispo de Urua-                     da Penha de Passos; Pedro, para a Paró-
                                                                                                               çu (GO), dom Messias dos Reis Silveira.                     quia Nossa Senhora Aparecida de Passos;
                                                                                                                   Durante a celebração, dom José Lanza                    Wellington, para a Paróquia Nossa Senho-
Da esquerda para a direita: Diáconos Claudemir, Gilmar e Glauco, dom José Lanza, diáconos Pedro e Wellington   Neto, bispo diocesano, motivou os novos                     ra Aparecida de Alfenas.
                                                                                                               diáconos à missão que a Igreja lhes confia.


PADRE DO CLERO DE POUSO ALEGRE É NOMEADO BISPO
Foto: Arquidiocese de Pouso Alegre                                                                                                                                                                             Fonte: CNBB



         O papa Bento XVI nomeou no dia 21 de fevereiro o padre Marco
      Aurélio Gubiotti, como bispo da diocese de Itabira-Coronel Fabri-
      ciano (MG). A sua ordenação episcopal será no dia 26 de maio, em
      Ouro Fino.

         Padre Marco Aurélio Bubiotti é mineiro de Ouro Fino (MG), e tem
      49 anos de idade. Cursou filosofia no Seminário Arquidiocesano de
      Pouso Alegre, e a teologia no Instituto Teológico Sagrado Coração
      de Jesus, em Taubaté (SP). Foi ordenado presbítero em 1989, e exer-
      ceu a missão paroquial nas cidades de Brasópolis, Jacutinga, Tocos
      do Mogi, Bela Vista e Santa Rita do Sapucaí. Obteve o título de Mes-
      tre em Estudos Bíblicos pela Faculdade Nossa Senhora da Assunção,
      de São Paulo (SP). Colaborou com a formação no Seminário Arqui-
      diocesano de Pouso Alegre e foi diretor do Instituto Teológico Inter-
      diocesano São José (2000 a 2005) e da Faculdade Católica de Pouso
      Alegre (2006 a 2009). Atualmente, padre Marco Aurélio era pároco
      da Paróquia Nossa Senhora de Fátima, em Pouso Alegre.




  4                                                                                                                                                                        JORNAL COMUNHÃO
JOVENS SE PREPARAM PARA O BOTE FÉ
                                                                                                                                Por Carlos Alberto Isidoro, Lara Vecchi Silveira, Rafael dos Reis Ribeiro

                                                                                                      de linha, nas cores dos continentes para                 sentes os paroquianos da Paróquia Santa
                                                                                                      representar os jovens do mundo todo,                     Bárbara, e a presença de seu pároco Pa-
                                                                                                      como num enlace, unidos com o mesmo                      dre Gentil Lopes de Campos Júnior, que
                                                                                                      objetivo de celebrar a vida, a eucaristia, o             convocou todos os fiéis para a participa-
                                                                                                      encontro com Cristo.                                     ção neste importante momento, celebra-
                                                                                                           Para receber a palavra de Deus, os                  tivo para a juventude e para as famílias.
                                                                                                      fiéis se deparam como que com uma                            Após a santa missa foi feita a exposi-
                                                                                                      surpresa que os levou a reflexão. Foi                    ção do Santíssimo Sacramento para ado-
                                                                                                      escolhido a música Sobre a minha santa                   ração. Momento marcante e profundo
                                                                                                      bíblia do Padre Zezinho, e a palavra de                  de oração e intercessão pela Igreja, pela
                                                                                                      Deus, literalmente veio em forma de ali-                 juventude e pelos eventos celebrativos e
                                                                                                      mento, em forma de pão. Este que foi feio                formativos deste ano de 2013: abertura
                                                                                                      caseiramente, sovado e assado com a bí-                  do tríduoe m comemoração do cente-
                                                                                                      blia dentro. Para o olhar de todos na ce-                nário da diocese no dia 03 de fevereiro,
                                                                                                      lebração era somente pão, que era apre-                  Campanha da Fraternidade, Bote Fé, Se-
                                                                                                      sentado aos fiéis, mas ao chegar ao altar                mana Missionária, JMJ. Em determinado
                                                                                                      o presidente da celebração, com o gesto                  os símbolos da JMJ foram acesos, ilumi-
                                                                                                      de partir o pão retirou o livro sagrado de               nando toda a igreja.
                                                                                                      dentro do mesmo, para mostrar que a                          “É fato que no passado a juventu-
                                                                                                      palavra de Deus é o alimento necessário                  de era vista como uma fase de rebeldia,
Evento setorial aconteceu na Paróquia Mãe Rainha de Guaranésia
                                                                                                      como o pão nosso de cada dia, ao repar-                  incerteza, irresponsabilidade e descon-
    No dia 02 de fevereiro de 2013, na Pa-             setor Guaxupé.                                 tir com o próximo ninguém passará fome                   fiança dos mais velhos. Mas o mundo
róquia Senhor Bom Jesus e Mãe Rainha                      À frente da procissão de entrada, a         de justiça, paz e presença de Deus. “...Tu               mudou. Nunca o desenvolvimento inte-
da cidade de Guaranésia, foi celebrada a               cruz do bote fé, representando a vitória       que foste conhecido pelo simples gesto                   lectual e humanístico do jovem foi tão
missa, presidida pelo pároco Antônio Do-               do Cristo ressuscitado e as nações do          de partir o pão, tu que foste oferecido                  valorizado. A politização do jovem, sua
nizeti de Oliveira, em preparação ao Bote              mundo todo. Em seguida, contou-se com          como sacrifício de libertação. Eis aqui a                busca por melhorias, a vontade de par-
Fé, evento que acontece nas dioceses                   a participação dos jovens das cidades vi-      minha oferta, dou-te parte do que é meu.                 ticipar das decisões da sociedade, estar
que antecede a Jornada Mundial da Ju-                  zinhas: Monte Santo de Minas, Guaxupé,         Tens me dado tanta paz que é justo o que                 engajado no ceio da Igreja, são fatores
ventude (JMJ), reunindo assim, os jovens               Muzambinho e jovens dos movimentos             é meu também se torne teu”.                              que elevaram a juventude ao patamar de
das mais variadas expressões e carismas,               da cidade de Guaranésia. Para esse mo-              Todas as leituras da celebração foram               ser atuante”, refletiu-se durante o evento.
em foco a evangelização dos jovens do                  mento, foram confeccionadas 05 bolas           proclamdas por jovens. Estiveram pre-


PARÓQUIA CRIA ALTERNATIVAS PARA IDA À JMJ
                                                                                                                                                                                          Por Rafael Lemos
                                                                                                      Paróquia São Benedito
    Os peregrinos da Paróquia de São Be-               participem da peregrinação. Além das par-
nedito de Passos, já estão arrumando as                celas mensais, os peregrinos realizaram
malas para a Jornada Mundial da Juventu-               uma domingueira para arrecadar fundos,
de, no próximo mês de julho, no Rio de Ja-             em dezembro de 2012, que teve o apoio e
neiro. Com as inscrições realizadas no mês             a participação em massa da comunidade,
de janeiro, os últimos detalhes são acerta-            e já se preparam para um bingo no mês de
dos para o tão aguardado encontro com o                abril, com a mesma finalidade.
Santo Padre junto a milhões de jovens de                   Com a primeira etapa de preparação
todo o mundo.                                          concluída, já que todos os 84 peregrinos
    Reunindo-se frequentemente desde                   foram inscritos na JMJ no mês de janei-
abril do ano passado, a Comissão Orga-                 ro, iniciou-se em fevereiro a preparação
nizadora Paroquial criou uma forma de                  espiritual, que contará ainda com várias
parcelamento com pagamentos mensais                    atividades, como a presença dos peregri-
a serem feitos na Secretaria da Paróquia,              nos durante a visita aos ícones da JMJ na
mediante carnê, o que possibilitou àqueles             Diocese de Guaxupé neste mês de março,
que não teriam condições de quitar o valor             vigílias, celebrações eucarísticas e atendi-
da inscrição numa parcela única, levantar              mento de confissões por parte do Pe. Robi-
a quantia necessária para se inscreverem,              son Inácio, que também irá peregrinar ao
permitindo que até os menos favorecidos                Rio de Janeiro.                                Jovens foram incentivados de várias formas à participação na JMJ



CEBs ORGANIZAM 30 0 ENCONTRO DIOCESANO
                                                                                                                                                                         Por Pe. José Luiz Gonzaga do Prado

                                                          Será no Carmo do Rio Claro, de 26           pam da Pastoral da Juventude. Para                       manutenção dos Grupos de Reflexão.
                                                       a 28 de abril, o 30º Encontro Dioce-           isso, como era de se esperar, o Carmo                    O pensamento da Coordenação é que
                                                       sano das Comunidades Eclesiais de              se prepara com todo o entusiasmo.                        muitos dos que atuaram na pastoral
                                                       Base. Essa busca de viver a Igreja do             Serão convidados a participar do                      da juventude agora estejam buscan-
                                                       Vaticano II, em consonância com o              Encontro especialmente os antigos                        do um espaço onde atuar. Esperamos
                                                       tema da CF 2013, pretende mobilizar            membros dessa pastoral, que serão                        que eles encontrem esse espaço nos
                                                       aqueles que participaram ou partici-           motivados a atuar na formação e na                       Grupos de Reflexão.

        DIOCESE DE GUAXUPÉ                                                                                                                                                                             5
notícias

DIOCESE SOLENEMENTE ABRE COMEMORAÇÕES PARA CENTENÁRIO
                                                                                                                                                                                        Por Pe. Gilvair Messias
                                                        Fotos: João dos Reis
    Na Diocese de Guaxupé, 2016 é um
ano para ser celebrado em três. Uma
história de 100 anos merece memória e
movimento de todo o povo. Em 03 de
fevereiro de 1916 é que tudo começou.
Dom Antônio Augusto de Assis, também
por 03 anos, preparou as bases da nova
Igreja Particular. E, no último 03 de feve-
reiro, dom José Lanza Neto declarava a
abertura das comemorações centenárias.
    Às 09h, uma procissão conduzida
pela imagem da padroeira, Nossa Senho-
ra das Dores, deixava a avenida Conde
Ribeiro do Vale e seguia em direção à ca-
tedral. Na saída, um grupo de jovens da
cidade motivava, com cantos festivos, o
encontro. Padres, religiosos, seminaristas
e leigos representantes das 84 paróquias
que compõem a diocese, entraram no
templo em ação de graças pela ocasião
celebrada.
    No início da missa, o chanceler do bis-
pado, padre Claiton Ramos, fez a leitura
do Decreto que anuncia o triênio come-
morativo. Em seguida, foram acolhidos
pela assembleia o mapa da diocese, or-
ganizado em seus 07 setores pastorais,
também as logomarcas do Ano da Fé e                    Catedral é lotada por membros de CPPs e representantes jovens paroquiais
da Jornada Mundial da Juventude, enfa-
tizando as atividades principais que nor-               (CPP) que os acompanharam. Disse ain-                   ção de dom Lanza, jovens, representando             ser jovem, através de todas as atividades
tearão esse primeiro ano de preparação                  da, referindo-se aos jovens que participa-              suas paróquias, deixaram a assembleia               propostas no oportuno momento.
jubilar.                                                vam da celebração, que a juventude na                   e dirigiram-se até ao presbitério para                  Ainda em 2013, no dia 03 de março,
    Durante a homilia, o bispo destacou                 Igreja é viva quando atendida nos aspec-                acompanhar a bênção e imposição das                 ocorrerá na catedral diocesana grande
a caminhada histórica e a necessidade                   tos “acolhida, espaço e identificação”.                 cruzes da Jornada Mundial da Juventude              concentração da juventude para acolhi-
atual de uma diocese profética em sua                       Durante a oração da comunidade, fi-                 (JMJ). Irmão Márcio Diniz, coordenador              da aos ícones da JMJ. Durante os meses
missão evangelizadora. Aos padres que                   zeram-se representadas todas as pessoas                 diocesano do Setor Juventudes, moti-                seguintes, setores pastorais farão estu-
compareceram à solenidade, agradeceu                    que compõem a diocese, por responsabi-                  vou-os a fazer da paróquia um espaço jo-            dos e plenárias de temas do Concílio Va-
sua sensibilidade à unidade e também                    lidades comunitárias, sociais e eclesiais,              vem de missão. O bispo disse que os en-             ticano II. 2014 e 2015 serão preparativos
destacou a presença dos representan-                    por idade e urgência pastoral.                          viava às suas comunidades para anunciar             e realizadores das Santas Missões Popu-
tes dos Conselhos de Pastoral Paroquial                     Ao final da celebração, por convoca-                o evangelho com expressões próprias do              lares.




Dom José Lanza destaca unidade diocesana para centenário ser celebrado                                          Juventude é enviada, com imposição de cruz, à JMJ


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catequese

CATEQUESE E JUVENTUDE                                                                                  Por Leandro Moreno Souza, Membro da Equipe Diocesana de Catequese




    A juventude é a fase das grandes         com o Evangelho e com os jovens in-            A catequese aos jovens será mais          Nosso jovem catequizando é esta
decisões. Os jovens passam a assumir         clui cuidar da comunidade cristã para      proveitosa se procurar colocar em prá-    juventude de diversas faces e carac-
seu próprio destino e suas responsa-         que ela seja de fato um testemunho         tica uma educação da fé orientada ao      terísticas, espaço profícuo para o de-
bilidades pessoais e sociais. Buscam o       de coerência com o projeto de Jesus e      conjunto de problemas que afetam          senvolvimento das relações humanas,
verdadeiro significado da vida, a soli-      sua proposta: “Se queres ser perfeito,     suas vidas. Em particular, é preciso      sociais e religiosas. Momento de ama-
dariedade, o compromisso social e a          vai, vende os teus bens, dá o dinheiro     uma catequese que aprofunde a ex-         durecimento do ser Cristão para uma
experiência de fé, pois uma de suas ca-      aos pobres, e terás um tesouro no céu.     periência da participação litúrgica na    melhor abstração, ou seja, pensar, re-
racterísticas é ser altruísta e idealista.   Depois, vem e segue-me” (Mt 19,21). É      comunidade, que dê importância à          fletir e assumir o projeto do Reino para
    Nessa fase, a juventude costuma          uma proposta que faz deles interlocu-      educação para a verdade e a liberda-      sua vida de forma permanente.
enfrentar vários desafios como o de-         tores, sujeitos ativos, protagonistas da   de segundo o Evangelho, à formação
sencanto e a falta de perspectiva no         evangelização e construtores de uma        da consciência, à educação ao amor, à        Assim como a missão da Igreja, o jo-
campo profissional; experiências ne-         nova sociedade para todos. A cateque-      descoberta vocacional, à oração alegre    vem catequizando é chamado a ser fer-
gativas na família; exposição a uma          se procure adaptar-se aos jovens, sa-      e juvenil e ao compromisso cristão na     mento no meio do povo, assumindo o
sociedade erotizada que lhe dificulta o      bendo traduzir a mensagem de Jesus         sociedade.                                projeto de Deus e propagando o Evan-
desenvolvimento sexual; insatisfação,        na linguagem deles.                            Diz João Paulo II que “nessa fase     gelho em todos os lugares, lutando por
angústia; em muitos casos, experimen-            Deve levar em consideração, ainda,     será preciso uma catequese que de-        uma sociedade que seja promotora da
ta marginalização e dependência quí-         as diferentes situações religiosas, emo-   nuncie o egoísmo apelando para a          paz, da justiça e da dignidade humana.
mica. Pelo marcante significado e pe-        cionais e morais, entre as quais: jovens   generosidade, que apresente, sem
los riscos a que estão expostos nessa        não batizados, batizados que não rea-      simplismo e sem esquematismos ilusó-         O mais importante é reacendermos,
fase da vida, os jovens são interlocuto-     lizaram um processo catequético nem        rios, o sentido cristão do trabalho, do   no jovem, a alegria de viver, de esco-
res que merecem uma atenção espe-            completaram a iniciação cristã, jovens     bem comum, da justiça e da caridade,      lher sua vocação no mundo, uma pers-
cial da catequese.                           que atravessam crise de fé, ao lado de     uma catequese da paz entre as nações      pectiva de vida como protagonista de
    Frequentemente se nota também            outros que buscam aprofundar a sua         e da dignidade humana, do desenvol-       sua própria história. Para isso, a/o ca-
o afastamento e a desconfiança em            opção de fé e esperam ser ajudados.        vimento e da libertação, tais como es-    tequista deve munir-se de muito amor,
relação à Igreja. Não é raro constatar-      Há ainda jovens tão maltratados pela       sas coisas são apresentadas nos docu-     escuta paciente e acolhedora. Paz e
-se falta de apoio espiritual e moral das    vida, que estão em risco de perder a       mentos recentes da Igreja” (Extraído do   Alegria!
famílias e a precariedade da cateque-        esperança e precisam de um atendi-         DNC n.º 189 a 194).
se recebida. Nossa responsabilidade          mento especial.

      DIOCESE DE GUAXUPÉ                                                                                                                                             7
reportagem especial


                                                                                              O GESTO
                                                                                               DO PAPA                                                  Por Pe. Gilvair Messias




O mundo foi surpreendido por um único gesto, no dia 11 de fevereiro. Bento XVI apresentava sua renúncia como Sucessor da “Barca
de Pedro”. O fato é que as águas ficaram agitadas com a notícia. Sabe-se que a Igreja não será mais a mesma ... nem o mundo. Muitos
se comoveram com o gesto. Determinante é que várias situações serão movidas e removidas com a decisão do Pontífice. Nos últimos
seis séculos, nenhum papa renunciou ao ofício, a não ser por questões políticas do Vaticano. Ratzinger indicou que infalibilidade
papal é a firmeza da decisão de um papa e não a permanência de seus atos. O gesto é de “lavapés”, de inclinação, que faz o mundo ver
que “Ontem, Hoje e Sempre” – somente o Cristo, de quem unicamente todos os cristãos, independente de sua função, são servidores.


A TRAJETÓRIA DE BENTO XVI                   judeus e cristãos, ao condenar em,           os campos da razão e da fé. Facilitou o     des principais, promulgou o Ano da
    O papa que chegou para ser tran-        Auschwitz, o morticínio de inocentes         diálogo e a tomada de decisões com as       Fé na ocasião do cinquentenário de
sitório na Igreja, tornou-se homem de       durante a II Guerra Mundial e, em visita     Conferências Episcopais, reduziu puni-      abertura do Concílio Vaticano II. Após
grandes marcas. Um dos personagens          a Israel e territórios palestinos, pediu a   ções. Enfatizou a luta da Igreja contra o   a apresentação de renúncia, no dia 14,
mais criticados da história da Igreja por   cooperação entre suas populações. Em         que chama de “ditadura do relativismo       quinta-feira, reunido com padres de
sua intransigência teológica e dogma-       2009, buscou aproximar anglicanos ao         do mundo moderno”. Quando se espe-          Roma, pediu unidade e renovação na
tismo eclesiástico. O “cardeal de ferro”,   catolicismo. Todos esses fatos deram         rava de Joseph Aloisius Ratzinger, um       Igreja. Segundo o Pontífice, cabe aos
por 24 anos com rótulo de inquisidor,       ao papado de oito anos, tempo sufi-          papa de posturas rígidas às ideologias      presbíteros “trabalhar para que se rea-
mostrou em seu papado a força de            ciente para experimentar a angústia          dos tempos modernos, revelou-se, dis-       lize verdadeiramente o Concílio Vatica-
suas convicções e a fraqueza da insti-      do “Monte das Oliveiras”, a crueldade        cretamente, um papa de “fardo leve e        no II e se renove a Igreja.”
tuição nos tempos atuais, nunca antes       do “Calvário” e a frieza da cruz.            jugo suave.” Preferiu dizer em sua pri-         Sucessor de João Paulo II, um papa
tão velozes nas mudanças.                                                                                                            carismático, Bento XVI, com marcas




                                            “
    Seu legado é vasto. Sinalizou aber-                                                                                              históricas de bravo pastor, assumiu um
tura para discutir questões de moral                                                                                                 papado de grandes conflitos no inte-
sexual, ficou frente a frente com o
                                                    Sucessor de João Paulo II, um papa ca-                                           rior da Igreja e nas periferias do mun-
problema da pedofilia e cobrou rigor               rismático, Bento XVI, com marcas históri-                                         do, “cercado por lobos” e observado
e punição a esse ato no seio da Igreja,                                                                                              por feras. O gesto de 11 de fevereiro
enfrentou a corrupção bancária dentro
                                                   cas de bravo pastor, assumiu um papado                                            certamente não será esquecido pela
dos muros do Vaticano, suportou a hu-              de grandes conflitos no interior da Igreja                                         memória coletiva. De grandeza tão
milhação da infidelidade quando do-                                                                                                  nobre, todas as palavras do papa, após
cumentos secretos caíram nas mãos da
                                                    e nas periferias do mundo, “cercado por                                          essa data, fizeram eco no mundo. Toda
mídia. Durante seu papado, viveu ain-                    lobos” e observado por feras.                                               sua vida passou a ser contemplada e
da o conflito com o Islã ao citar um de-                                                                                             apreciados seus ensinamentos. Nem
bate sobre a incidência superior da ra-        Por outro lado, em suas encícli-          meira encíclica sobre o amor de Deus        sua morte falaria tão alto, “pois o amor
zão no cristianismo, quando pareceu,        cas, nenhum papa chegou a dialogar           e, posterior a isso, de maneira atraente,   é mais forte que a morte.” O gesto últi-
aos ouvidos do Oriente, sugerir que a       e debater tão bem com Marx, Hegel,           da luz da fé e do fascínio que é ao cris-   mo de seu pontificado ganhou autori-
religião maometana era de violência.        Nietzsche, entre outros pensadores da        tão, decidir-se pela pessoa do Cristo.      dade, talvez a maior exercida em toda
Na relação com o judaísmo, aproximou        modernidade, tornando inseparáveis           Defensor da fé, uma de suas qualida-        sua vida.

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O COMUNHÃO ouviu alguns membros da diocese sobre a presente situação da Igreja. Todos veem no gesto do papa um testemunho de solidariedade para com a Igreja.


                                                                                                                                  “Gosto especialmente das cate-
                                                                                                                               queses de Bento XVI nas audiências
                                                                                                                               das quartas-feiras. Ele tem um jeito
                                                                                                                               especial de traduzir o que é essencial
                                                                                                                               para a vida cristã. Acompanhei mais
                                                                                                                               de perto tudo que ele escreveu e fa-
                                                                                                                               lou sobre a Igreja e o desafio do diálo-
                                                                                                                               go fé e cultura. Surpreendi-me várias
                                                                                                                               vezes com a beleza, leveza e profun-
                                                                                                                               didade dos textos. Revelam um ho-
                                                                                                                               mem lúcido e atento à realidade. Tal-
                                                                                                                               vez esses dias que antecederam a sua
                                                                                                                               saída serviram para uma redescober-
                                                                                                                               ta de sua pessoa. Impressionou-me e
                                                                                                                               comoveu-me sua renúncia, gesto de
                                                                                                                               grandeza humana, sabedoria e pro-
                                                                                                                               fecia.”
                                                                                                                                  Lucimara Trevizan - Centro Loyola
                                                                                                                               de Belo Horizonte

                                                                                                                                   “A renúncia de nosso Santo Padre
                                                                                                                               Bento XVI, depois da perplexidade,
                                                                                                                               gerou em nossos corações sentimen-
                                                                                                                               tos de gratidão por tudo que ele nos
                                                                                                                               legou em seu pontificado. Admira-
                                                                                                                               mos sua humildade e desapego, seu
    “Esta atitude ou decisão do Santo      para que o futuro eleito responda         ria, a toda nossa Tradição. Entretanto,   realismo despretencioso, seu amor
Padre, o Papa, nos pega de surpre-         aos sinais dos tempos com ousadia e       aproveitando o espírito do momento,       pela Igreja. Durante seu breve ponti-
sa. Chegamos mesmo a fazer alguns          amorosa coragem.”                         devemos mais uma vez escutar nosso        ficado, apesar de tantos desafios, so-
questionamentos. Parece que tudo              Pe. José Augusto da Silva – Poços      papa: ‘deixemos de lado a hipocrisia      frimentos e decepções, o Santo Padre
estava ocorrendo na ‘normalidade’,         de Caldas                                 religiosa, o comportamento de quem        sempre se mostrou firme, seguro, le-
mas eis a surpresa: sua renúncia. De-                                                busca o aplauso e a aprovação do pú-      vando a ‘barca de Pedro’ com força e
pois de ouvir e ler vários artigos e co-       “Verdadeira renovação - foi isso      blico. O verdadeiro discípulo não ser-    coragem, sem vacilar nem abater-se.
mentários, damo-nos por satisfeitos,       que o Papa Bento XVI pediu ao clero.      ve a si mesmo ou ao público, mas ao       Sua sabedoria e unção nos deixaram
mas, mesmo assim, temos nossa im-          ‘Temos que trabalhar para que se re-      Senhor, de maneira singela, simples       marcas profundas através de seus
pressão pessoal. Pensamos que este         alize verdadeiramente o Concílio Va-      e generosa.’ Sua decisão revoluciona      escritos, pronunciamentos e gestos
gesto foi de amor à Igreja, pois não       ticano II e se renove a Igreja’ - assim   e humaniza a figura papal. Suas pa-       proféticos. A proclamação do Ano da
faz tanto tempo assim, assistíamos         afirmou após comunicar sua renún-         lavras quebram qualquer rótulo. ‘Em       Fé foi para nós um desses gestos que
ao sofrimento e à impossibilidade          cia. Sabemos que não é fácil, tanto é     plena liberdade, pelo bem da Igreja’,     veio revelar uma visão clara da reali-
do Papa João Paulo II no governo da        que o próprio Bento XVI deu-se por        Bento XVI tomou a decisão de deixar       dade do povo tão conturbado em sua
Igreja. Percebemos o limite de suas        fisicamente incapaz de realizar tal       o papado. Pelo bem da Igreja e pela       fé e necessitado de reforçá-la ainda
forças e a necessidade de respostas        tarefa. No entanto, acreditamos que       liberdade, que o Espírito conduza o       mais. Que Deus abençoe nosso Papa
urgentes diante do mundo; conscien-        seu ato de humildade traduz-se em         conclave à melhor escolha para seu        Bento XVI e abençoe toda a Igreja
te e lúcido, toma esta decisão que nos     força para nossa Igreja levar adian-      sucessor.”                                neste momento histórico que vive-
surpreende. Valem nossas orações           te o que ele pede. É claro que não se         Maísa e Edon Fonseca Borges, Mon-     mos!”
para que ele tenha forças neste mo-        trata de renunciar a toda nossa histó-    te Santo de Minas                             Irmãs Carmelitas - Passos
mento delicado, eclesial e histórico.”
     Dom José Lanza Neto – Bispo dio-
cesano

    “Vejo na atitude do Santo Padre
um indelével amor à Igreja. Sabe-
dor de suas limitações físicas e ide-
ológicas, Bento XVI deixa a cátedra
de Roma como alguém sintonizado
às urgências contemporâneas e, ao
mesmo tempo, desejoso de que as in-
vectivas do Vaticano II sejam mais de-
cididamente empreendidas por seu
sucessor. Atitude de quem congrega
sabedoria e humildade, num momen-
to crucial da história da humanidade.
A nós, povo de Deus em marcha, cabe
humilde avaliação de como temos vi-
vido nossos compromissos batismo/
crismais, buscando nesse tempo fa-
vorável da quaresma, amoldar-nos à
estatura Daquele que é razão maior
de nossa peleja: Jesus de Nazaré. So-
mos convidados, pelo gesto do Sumo
Pontífice, a colocar-nos em oração

      DIOCESE DE GUAXUPÉ                                                                                                                                          9
juventudes
JUVENTUDE E CONVERSÃO PASTORAL
           Por Adriana Eugenio, membro da Paróquia São José Operário de Guaxupé, coordenadora diocesana do Ministério Jovem da RCC e componente do Setor Diocesano Juventudes




    A expressão Conversão Pastoral apa-       também responde de modo muito par-         direção. Foi um empreendimento muito        logo que chegou a nossa diocese. Ele fez
rece no Documento de Aparecida: “exige        ticular às situações.                      válido e também frutuoso, uma vez que       a seguinte comparação: as pastorais e
que se vá além de uma pastoral de mera            No entanto, é preciso um olhar mais    todos tinham o mesmo intento, Jesus         movimentos jovens na Igreja são como
conservação para uma pastoral decidida-       atento, uma vez que conversão pessoal      Cristo, autor da fé.                        um jardim, onde Deus plantou vários
mente missionária” (DA 370). Esta conver-     tende a motivar em nós uma conversão             Há uma verdade que não se pode        canteiros, rosas, violetas, margaridas, lí-
são “desperta a capacidade de submeter        comunitária, ou seja, pastoral. E hoje,    negar: nem tudo que era para evange-        rios... Nos dias de grande festa, a Igreja
tudo ao serviço da instauração do Reino       acompanhamos os resultados do início       lizar alcançou plenamente seu objetivo,     colhe todas estas flores e forma um belo
da vida” (DA 366).                            das mudanças em nossa diocese, cujos       porque não falávamos uma mesma lin-         buquê. Porém, cada um deve florir onde
    Esta capacidade vem sendo inserida        trabalhos de evangelização com a ju-       guagem. Tratando-se de evangelização,       Deus plantou.
na caminhada da nossa diocese, que nos        ventude estão voltados para transfor-      hoje conseguimos olhar para os desafios         Essa Conversão Pastoral se dá quando
propõe, como Objetivo Geral, “Evangeli-       mar a vida de outros jovens, a partir de   que envolvem a juventude. Muitas pro-       consideramos o modo de compreender
zar a partir do encontro pessoal com Je-      Jesus Cristo. Acredito no Setor Juventu-   postas surgem e, nesse sentido, acredito    dos jovens dentro da realidade em que
sus Cristo, formando a pessoa, renovan-       de como uma resposta a essa conversão      que devemos assumir essa Conversão          vive cada um. Precisamos estar abertos,
do a comunidade, à luz do jeito antigo/       pastoral.                                  Pastoral. Somos uma juventude diversifi-    acolhendo o novo para que o jovem de
novo de ser Igreja e transformando a so-          Antes de iniciarmos esse trabalho em   cada e a cada um, Deus fez um chamado       hoje descubra seu espaço na Igreja.
ciedade, atentos a Palavra: ...tendo parti-   2010, as pastorais e movimentos juve-      e confiou uma missão.                           Hoje somos marcados pela grande
do, pregaram por todas as partes.”            nis estavam espalhados pelos cantos da         Recordo-me de Dom José Mauro            influência dos meios de comunicação so-
    Conversão significa mudança de di-        diocese, cada um caminhando em uma         em uma ocasião na qual estive com ele,      ciais, mas também pelas características
reção, retorno para assumir o caminho                                                                                                da modernidade, tais como o individu-
correto.                                           Se aprofundarmos um pouco mais, vamos                                             alismo, o consumismo, a tecnologia, en-
     Se aprofundarmos um pouco mais,                                                                                                 tre outras. É preciso coragem para uma
vamos perceber que a palavra conversão
                                                 perceber que a palavra conversão está direta-                                       verdadeira conversão, crescimento e
está diretamente ligada ao jovem. Hoje,           mente ligada ao jovem. Hoje, não é raro, nos                                       amadurecimento pastoral. Sendo assim,
não é raro, nos depararmos com “grupos           depararmos com “grupos de jovens” nos quais                                         nossa missão e evangelização se tornam
de jovens” nos quais se trabalha essa te-                                                                                            eficazes e fecundas quando deixamos
mática e há um constante apelo à con-             se trabalha essa temática e há um constante                                        de ser apenas um grupo e nos tornamos
versão. Sabemos que cada pessoa tem                            apelo à conversão.                                                    Igreja Jovem de Jesus Cristo.
um processo de caminhada diferente e

 10                                                                                                                                  JORNAL COMUNHÃO
comunicação
                         COMEMORAÇÕES DE MARÇO                                                                  RENÚNCIA DE BENTO XVI
        NATALÍCIO                            24       Pe. Guaraciba Lopes de Oliveira         “Caríssimos Irmãos, convoquei-vos para este Consistório não só por
1       Pe. José Carlos Carvalho             28       Pe. Claiton Ramos                   causa das três canonizações, mas também para vos comunicar uma de-
4       Pe. Adelmo Arantes Rosa                                                           cisão de grande importância para a vida da Igreja. Depois de ter exa-
8       Pe. José Augusto da Silva            5        ORDENAÇÃO                           minado repetidamente a minha consciência diante de Deus, cheguei à
10      Pe. Fernando Alves da Silva          6        Frei Aldo Nasello                   certeza de que as minhas forças, devido à idade avançada, já não são
11      Pe. José Ronaldo Neto                10       Pe. Heraldo de Freitas Lamim
                                                                                          idôneas para exercer adequadamente o ministério petrino. Estou bem
12      Pe. Gilgar Paulino Freire            11       Dom Messias dos Reis Silveira -
14      Pe. Gilvair Messias da Silva                  episcopal                           consciente de que este ministério, pela sua essência espiritual, deve ser
17      Pe. Célio Laurindo da Silva          12       Pe. Dirceu Soares Alves             cumprido não só com as obras e com as palavras, mas também e igual-
21      Pe. Benedito Donizetti Vieira        25       Pe. Edno Tadeu de Oliveira          mente sofrendo e rezando. Todavia, no mundo de hoje, sujeito a rápidas
23      Pe. Ronaldo Robster                  30       Pe. Juvenal Cândido Martins         mudanças e agitado por questões de grande relevância para a vida da
                                                                                          fé, para governar a barca de São Pedro e anunciar o Evangelho, é neces-
                        AGENDA PASTORAL DE MARÇO                                          sário também o vigor quer do corpo quer de ânimo; vigor este, que, nos
2        Diocese: Reunião da Coord. Diocesana da Catequese em Guaxupé                     últimos meses, foi diminuindo de tal modo em mim que tenho de reco-
         Reunião da Coord. Diocesana da Formação de Leigos em Guaxupé                     nhecer a minha incapacidade para administrar bem o ministério que me
         Reunião da Coord. Diocesana de CEBs em Guaxupé                                   foi confiado. Por isso, bem consciente da gravidade deste ato, com plena
3        Diocese: Acolhida da Cruz e do Ícone da Jornada Mundial da Juventude             liberdade, declaro que renuncio ao ministério de Bispo de Roma, Suces-
         em Guaxupé                                                                       sor de São Pedro, que me foi confiado pela mão dos Cardeais em 19 de
7        Diocese: Reunião do Conselho de Presbíteros em Guaxupé                           Abril de 2005, pelo que, a partir de 28 de Fevereiro de 2013, às 20,00
9        Setores (Cássia, Paraíso, Passos e Guaxupé): Reunião dos Coord.                  horas, a sede de Roma, a sede de São Pedro, ficará vacante e deverá ser
         Paroquiais da Catequese                                                          convocado, por aqueles a quem tal compete, o Conclave para a eleição
9-10     Formação para os Coord. dos Grupos de Oração – RCC em Petúnia
                                                                                          do novo Sumo Pontífice.
10       Diocese: Dia de Espiritualidade para os Agentes do SAV
         Setores (Alfenas, Areado e Poços): Reunião dos Coord. Paroquiais da                  Caríssimos Irmãos, verdadeiramente de coração vos agradeço por
         Catequese                                                                        todo o amor e a fadiga com que carregastes comigo o peso do meu mi-
11       Setores Alfenas e Areado: Reunião dos Presbíteros                                nistério, e peço perdão por todos os meus defeitos. Agora confiemos a
13       Setor Passos: Reunião dos Presbíteros                                            Santa Igreja à solicitude do seu Pastor Supremo, Nosso Senhor Jesus Cris-
14       Diocese: Reunião do Conselho de Formação Presbiteral em Guaxupé                  to, e peçamos a Maria, sua Mãe Santíssima, que assista, com a sua bonda-
15       Setor Guaxupé: Reunião dos Presbíteros na Catedral em Guaxupé                    de materna, os Padres Cardeais na eleição do novo Sumo Pontífice. Pelo
         Diocese: Reunião Diocesana - Catequese com Adolescentes em Guaxupé               que me diz respeito, nomeadamente no futuro, quero servir de todo o
         Reunião da Coord. Diocesana dos Grupos de Refl exão em Guaxupé                   coração, com uma vida consagrada à oração, a Santa Igreja de Deus.”
20       Diocese: Encontro com os Presbíteros até 05 anos de ministério
21       Setores Cássia e Paraíso: Reunião dos Presbíteros na Paróquia Nossa
         Sra. do Sion                                                                       Vaticano, 10 de Fevereiro de 2013.
23       Reunião do Conselho Diocesano do ECC no Setor Poços
24       Congresso de Abertura dos Trabalhos do Mov. da Mãe Rainha no                       BENEDICTUS PP XVI
         Santuário em Poços


                           DECRETO
DECRETO
Dom José Lanza Neto
Por mercê de Deus e da Santa Sé Apostólica
Bispo Diocesano de Guaxupé

    A todos e todas, saudação, paz e bênção em nosso Senhor Jesus Cristo!
    Com a bula Universales Ecclesiae Procuratio, de 03 de fevereiro de 1916, o papa
Bento XV criou a Diocese de Guaxupé, desmembrando-a da então diocese de Pouso
Alegre.
    A criação de uma nova Diocese sempre foi e será fonte e origem de renovada
esperança. De fato, muitos frutos puderam ser colhidos nesses cem anos, expressão
do empenho de muitos leigos e leigas, consagrados e consagradas, seminaristas,
padres e todos meus predecessores que deram sua vida no serviço da evangeliza-
ção.
    Com o intuito de dar novo ânimo e vigor, bem como fomentar uma ação pasto-
ral mais intensa em toda a Diocese de Guaxupé, havemos por bem decretar, como
de fato o fazemos pelo presente, Triênio Jubilar do Centenário, fevereiro de 2013 a                                                                       Dom José Lanza Neto
fevereiro de 2016.                                                                                                                                  Bispo Diocesano de Guaxupé
    Que todas as forças vivas: leigos e leigas, religiosos e religiosas, seminaristas e
sacerdotes empenhem-se para que a celebração do Centenário de nossa Diocese                                        E eu, Pe. Claiton Ramos, Chanceler do Bispado, a subscrevi.
possa constituir-se em um tempo de graça para todo o povo de Deus desta Igreja
Particular.                                                                                                                                                 Padre Claiton Ramos
    Dado e passado em nossa Cúria Diocesana, nesta Episcopal Cidade de Guaxupé,                                                                             Chanceler do Bispado
aos 03 de janeiro de 2013.                                                                                  *** Pede-se transcrever o presente decreto no livro do Tombo das Paróquias


       DIOCESE DE GUAXUPÉ                                                                                                                                                        11
Nome do grupo : JOTA – Jovens Organizados Trabalhando com Amor
                                                                                                 Paróquia: Nossa Senhora Aparecida de Serrania
                                                                                                 Símbolo do grupo: Sapo (significa mudança e transformação, devido à
                                                                                                 mudança que o réptil sofre quando deixa de ser girino ), de nome Hope
                                                                                                 (esperança).
                                                                                                 Cor utilizada: Verde
                                                                                                 Idade do grupo: 03 anos (completos em 31 de janeiro )
                                                                                                 Identidade : PJ ( Pastoral da Juventude )



História                                         e realizar dois projetos: PJotando (projeto     além de testemunhar que
   No final do ano de 2009, brota no cora-       diocesano com finalidade de conhecer e          cada geração tem suas luzes e
ção de alguns jovens a vontade de fazer mais     m a -      pear os grupos de PJ na Diocese,     que em meio às mudanças de
por sua comunidade. Os jo-                                   através de visitas aos grupos do    época e à crescente corrente
                                                              mesmo setor) e o Maná (projeto     da vida “light”, há sim, jovens
                                                              do Setor Alfenas para evange-      interessados em um mundo
                                                              lizar os jovens e adolescentes,    e numa vida melhor!
                                                               especialmente crismandos),
                                                               além de outras ações, como        Depoimentos
                                                                a conscientização e adesão à         “O JOTA age de uma
                                                                doação de sangue, visita ao      forma muito especial na
                                                                 Lar São Vicente de Paulo e ao   minha vida. É neste grupo
                                                                 Instituto Vida Viva que trata   que me sinto cada vez mais
                                                                  de pessoas com câncer (em      viva e mais à vontade para expressar minha               “O grupo de jovens
                                                                  vista da CF/2012), formação    opinião sobre assuntos religiosos e outros           JOTA me proporcionou formação, realiza-
                                                                   dos jovens, caminhada em      assuntos. Mudei o modo de pensar e ama-              ção pessoal e comunitária, um lugar de cres-
                                                                   comunhão com o setor e        dureci minhas ideias! No grupo, a gente              cimento e amadurecimento. Nele, criei laços
                                                                   diocese, participando sem-    cativa amizades. Cada um se importa com              de fraternidade, onde cada um é reconhe-
                                                        pre dos cursos, encontros, reuniões e    o sentimento do outro e acho isso muito im-          cido como pessoa e valorizado como tal. O
                                vens:    Dar-    formações nessas instâncias.                    portante nas relações do grupo!” (Diovana,           grupo é muito importante em minha vida,
      lene, Valdirene, Anderson e Samuel              Há jovens do JOTA engajados nos seto-      16 anos, estudante e crismanda).                     pois me ajudou a enfrentar desafios deci-
Bueno juntamente com o pároco Antônio            res (coordenador de grupo de reflexão), na                                                           sivos para o meu fortalecimento na fé. E é
Carlos e alguns casais participantes do ECC      catequese (catequistas), liturgia (coordena-        “Quando fui convidado a participar do            essa fé no jovem e no projeto de Jesus Cristo
(Encontro de Casais com Cristo) passam a         ção e membros). O grupo encontra-se em          JOTA, tinha em mente um lugar com mui-               que renovo o meu compromisso com a
gestar a formação de um grupo de jovens          preparação para a JMJ e CF/2013.                tos jovens, com o objetivo de falar da Igreja        Igreja e a Juventude: Creio
o qual teve seu primeiro “encontrão” no dia           Mais do que ação, é espaço de convivên-    e nada mais. Estava enganado! O primeiro             na força do
31 de janeiro de 2010. A partir daquele dia, o   cia, amadurecimento e apoio. A juventude,       encontro com a ‘família JOTA’ estava pra mu-
grupo passou a se reunir          semanal-       diferente do que muitos dizem, é uma fase       dar a minha vida. Receberam-me
mente com o intuito de                               da vida. E é fato que muitas pessoas en-    de uma tal forma que não
integração, formação e                                                    gajadas na vida da     dá pra esquecer. Naquele
descobrirem suas afini-                                                                          momento, me senti mais
dades, principalmente                                                                            próximo de Deus. Sinto-me
sua identidade.                                                                                  muito bem participando dos
     Organizaram-se                                                                              encontros. Posso afirmar que
momentos de vivên-                                                                               o JOTA é meu lugar e era tudo
cia: “Tarde da Famí-                                                                             o que meu coração queria.”
lia”, homenagem às                                                                               (Wesley, 16 anos, estudante e
mães, outros en-                                                                                 crismando ).
contrões, retiros no
Rancho São José,                                                                                     “Ser cristã não é uma atitude
participação nos                                                                                 isolada na Igreja ou no JOTA, mas                                                  Jovem!” (Val-
DNJ’s (Dia Nacio-                                                                                sim, em todo e qualquer lugar em                                      direne, 24 anos, catequista,
nal da Juventude)                                                                                que eu esteja. Não preciso ficar fa-                    pedagoga e coordenadora da equipe de
com devida preparação, Grito                                                                     lando que sou cristã, apenas devo a g i r            Liturgia, fundadora e coordenadora do gru-
dos Excluídos e servir nas Celebrações Eu-                                                       como tal! O grupo tem me proporcionado               po JOTA)
carísticas como animadores, leitores e tam-      Igreja, tiveram sua                             isso todos os dias! (Darlene, 28 anos, cate-
bém no coral, inclusive, alguns jovens inte-     formação na PJ. Quantas amizades verda-         quista, funcionária pública, fundadora e co-             “Vivência e fé é o que sinto neste grupo.
gravam a equipe de acólitos.                     deiras, casamentos, pessoas comprometi-         ordenadora do grupo JOTA)                            Em todo o tempo que estou nesta família,
     Muitos jovens passaram pelo grupo.          das com a política e ações sociais nasceram                                                          aprendi e revi meus conceitos. Amadureci-
Alguns permaneceram e outros, não. São           no seio dos grupos de jovens! A atual for-                            “Pra mim, não tem              -me na fé. Somos um grupo aberto a mais
inúmeros os motivos para que não perma-          mação do JOTA está muito unida e tem                              como escolher um só                jovens que queiram participar. No JOTA,
necessem: incompatibilidade de horários,         feito experiências únicas                                          momento especial no               farei minha história como cristão e pessoa
ideias, carisma... Cada pessoa tem seu tem-      de grupo,                                                          grupo JOTA, porque                humana que sou. Agradeço muito por viver
po e limite, pois cada ser é único e nós res-                                                                        todos os momentos                três anos maravilhosos, com muita experi-
peitamos isso. Cada um segue sua vida, seu                                                                            são especiais, pois é           ência de vida vivida e marcante. Que seja-
caminho, mas um pouquinho do JOTA leva                                                                                 como se fôssemos               mos sempre assim, vivendo cada momento
eternizado em seu coração...                                                                                            uma grande famí-              e fortalecendo nossa fé que nos mantém
                                                                                                                         lia...” (Giselle, 28 anos,   unidos, firmes e fortes, em um propósito de
Hoje                                                                                                                      agente comunitário          vida desafiador, a de Jesus Cristo.” (Nathan,
   Atualmente o grupo se encontra mais                                                                                     e membro da Pas-           22 anos - auxiliar de escritório, catequista e
unido e enraizado na fé, pois passou a ex-                                                                                  toral da Criança)         coordenador de grupo de reflexão)
pressar mais a pastoral, ajudando a lançar

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                                                                                                                                                      JORNAL COMUNHÃO
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  • 1. Impresso Especial FECHAMENTO AUTORIZADO PODE SER ABERTO PELA ECT 9912259129/2005-DR/MG A SERVIÇO DAS COMUNIDADES COM NIDADES MITRA CORREIOS JORNAL DA DIOCESE DE GUAXUPÉ ANO XXIX - 280 MARÇO DE 2013 “Agora confiemos a Santa Igreja à solicitude do seu Pastor Supremo, Nosso Senhor Jesus Cristo” Páginas 08 e 09 Leia mais: Diocese abre comemorações do Centenário Página 06 Juventude em foco Artigo sobre a força simbólica do jovem Página 03 DIOCESE DE GUAXUPÉ 1
  • 2. editorial “Agora confiemos a Santa Igreja à solicitude do seu Pastor Supremo, Nosso Senhor Jesus Cristo.” (Bento XVI) O ano tem lá suas surpresas. No pri- Mundial da Juventude e a Campanha -se humilde, sábio, virtuoso. O pontífice meiro dia de janeiro, é possível pensar: o da Fraternidade, aberta oficialmente na que sempre insistiu na premissa de que o que será deste tempo que começa, o que quarta-feira de cinzas, dão à Igreja neste cristão de hoje só o é se tiver uma expe- será deste menino que nasce? histórico momento, um alegre florescer, riência com a pessoa do Cristo, testemu- Fevereiro teve a surpresa de Bento semelhante às “quaresmeiras” que costu- nhou a força de suas palavras ao confiar XVI. E março terá a surpresa... “Bendito o mam florir nesta época do ano. a Igreja ao seu Pastor Supremo. Quebrou que vem em nome do Senhor...” Fevereiro destacou-se sobretudo, assim toda ideia de pretender usar do Fevereiro teve, na Diocese, a abertu- para o gesto de Bento XVI... A história serviço ao Cristo uma forma de poder. ra das comemorações de seu centenário, saberá dizer melhor a expressão do fato Bento XVI deixa confiante o ministério de um triênio para festejar, celebrar e viver no seio da Igreja. A renúncia causou es- Pedro porque tem consciência de que a a bela história da Diocese de Guaxupé. tranheza, admiração, fez o povo rezar, Igreja é de Jesus Cristo. A juventude marcou expressiva presen- chorar, fez ver a vida, a Igreja, o mundo... Março terá suas flores... A Igreja quer ça nessa primeira ocasião. É a Igreja que O gesto abriu as portas para muitos olha- florescer, florir, viver. O mundo preci- se propõe a ser... com rosto de juventu- res. O que ninguém poderá negar é a sa da missão da Igreja. As chuvas que de, com sangue sempre renovado, com coragem do papa. Renúncia, neste caso, caem nesta região e fazem a relva sorrir ardor missionário. Também nesse mês, é mais um gesto de confiança do que de verde também caiam nos canteiros do a ordenação de jovens para o ministério medo. Confiança em Jesus Cristo, o dono Vaticano, da Diocese, das paróquias, das diaconal alegrou a Igreja. O momento é da “Barca de Pedro”. O papa humanizou comunidades! É tempo de florescer a es- carregado de entusiasmo... de esperan- a Igreja... Mostrou-se servidor como to- perança à espera dos frutos da Páscoa, da ça, de participação cativante... A Jornada dos, frágil, vulnerável. Para isso, mostrou- prometida Passagem. Dom José Lanza Neto voz do pastor CRISTO, NOSSO FAROL! Prezados diocesanos nos acontece algo que nos aborrece, tei- maior acento de nossa fé, a saber: a pás- graça ilumine tudo quanto estamos nos A Paz do Cristo ressuscitado! mamos que toda a interferência ou aju- coa da Ressurreição do Senhor. Na noite propondo, isto é, a renovação de nossa O farol do carro é indispensável. Ao da são dispensáveis. Aliás, hoje em dia, da vigília pascal, iniciamos a celebração fé, nosso compromisso com a evange- tomarmos o volante, pensamos que parece que tudo é dispensável. Como é com a bênção do fogo e acendemos o lização da juventude, nosso plano de tudo está em nossas mãos. De repente, prazeroso conjugar esse verbo. Em todas círio pascal. Adentramos na Igreja com o pastoral diocesano e paroquial, nossos anoitece; apesar do carro não perder sua as esferas, “dispensar” parece fazer parte círio e nossas velas são acesas. Ele é colo- empreendimentos (preparação para o força e sua velocidade, precisamos do fa- essencial daquilo que somos e quere- cado em lugar de destaque – símbolo do centenário, santas missões populares e rol, ou melhor, nos damos conta de que mos construir. É verdade que podemos Cristo Vivo e Ressuscitado. O celebrante grupos de reflexão), nosso desejo de su- o veículo é o mesmo e nos leva aonde dispensar coisas, pensamentos, objetos... diz: “A Luz de Cristo, que ressuscitou res- perar e deixar para trás tudo aquilo que queremos; mas deparamo-nos com a Mas como no carro, algumas coisas são plandecente, dissipe as trevas de nosso nos é pesado e sem sentido. realidade da noite. Assim, nossa vida e indispensáveis: roda, direção, motor, ga- coração e de nossa mente.” Que a luz e a força do ressuscitado a humanidade caminham em seu curso solina e o farol que parecia dispensável, A Páscoa é a festa da luz a contagiar- nos encorajem para superarmos todo o normal e natural... Parece que não nos tornam-se essenciais. -nos por inteiro. Luz ou farol indispensá- desânimo, apatia e conformismo. Assim, falta nada, tudo o mais é dispensável. Ai Na noite, ninguém caminha; ninguém vel na busca do sentido mais verdadeiro seremos suas testemunhas diante de um de quem ousa nos chamar a atenção ou chega a lugar algum. Na noite, o farol de nossa existência. Essa luz não nos mundo e de pessoas que criam para si propor algo diferente. Arrepiamo-nos e nos dá a dimensão da estrada, livra-nos ofusca; ofusca sim, quando teimamos “luzes próprias”, dispensáveis. dispensamos qualquer interferência. de perigos, coloca-nos em movimento em permanecer em nós mesmos. Perde- A vida é assim. Gostaríamos de que e nos faz chegar ao destino certo. Esta- mos a direção, o sentido de nossa pró- Feliz e Santa Páscoa! nada nos incomodasse e mesmo quando mos prestes a celebrar a festa litúrgica de pria vida. Deixemos que esse tempo da expediente Diretor geral Impressão Redação DOM JOSÉ LANZA NETO GRÁFICA SÃO SEBASTIÃO Praça Santa Rita, 02 - Centro Editor e Jornalista Responsável CEP. 37860-000, Nova Resende - MG PE. GILVAIR MESSIAS DA SILVA - MTB: MG 17.550 JP Ilustração Telefone Revisão MARCELO A. VENTURA (35) 3562.1347 MYRTHES BRANDÃO E-mail Projeto gráfico e editoração Conselho editorial PASCOM.GUAXUPE@GMAIL.COM AGÊNCIA TOM - www.agenciatom.com - (35) 3064-2380 PADRE JOSÉ AUGUSTO DA SILVA, PADRE HENRIQUE Os Artigos assinados não representam necessariamente a Tiragem NEVESTON DA SILVA, IR. MÁRCIO DINIZ, MARIA INÊS opinião do Jornal. 3.950 EXEMPLARES MOREIRA E NEUZA MARIA DE OLIVEIRA FIGUEIREDO. Uma Publicação da Diocese de Guaxupé www.guaxupe.org.br 2 JORNAL COMUNHÃO
  • 3. opinião JUVENTUDE, HABITUS E PODER SIMBÓLICO Por Fábio César da Fonseca, cientista social, mestre em Desenvolvimento Econômico, Doutor em Sociologia e Professor do Depar- tamento de Filosofia e Ciências Sociais da UFTM – Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Uberaba (MG). Reside em Passos A sociedade é o produto de uma escolares distintos. Tudo isso torna ain- longa construção histórica, do confron- da mais complexa a vivência e as rela- to de forças das mais variadas nuances; ções entre os próprios jovens, que, por da presença do “poder simbólico” e sua vez, se relacionam com crianças, dos habitus que impregnam os nossos adultos, idosos, instituições, política, pensamentos, ações e o ser social; do políticos, economia, produção, fábricas, encontro e desencontro de culturas; do meios de transportes, formas distintas desenvolvimento da técnica e da ciên- de práticas religiosas, conflitos étnicos, cia; do avanço da produção material de violência, desemprego, desigualdades bens e serviços; da cumplicidade e do sociais etc.. conflito de gerações. Falar sobre a ju- Ser cristão é também se relacionar ventude requer, portanto, um olhar na com o poder simbólico da Igreja, é le- direção do contexto histórico presente gitimar a fé no Deus da vida e do amor, no mundo dos jovens e nas nossas aná- do perdão e da misericórdia, é crer nas lises, pensamentos e ações. palavras das pessoas investidas de au- toridade eclesiástica. O simbólico, que HABITUS é profundamente significativo, é tão Na verdade, somos seres interde- presente na Igreja Católica que o calen- pendentes. O entusiasmo e o vigor que dário litúrgico se mistura ao mundo dos os jovens carregam podem ou não es- homens, à fé, à escatologia e à esperan- tar presentes nos vários momentos e ça, de tal modo que o tempo que vive- contextos da existência humana, isto mos neste momento é o da quaresma, é, nos momentos da juventude, das o qual se relaciona essencialmente com idades adulta e idosa. Socialmente, to- a vivência da busca da conversão, da dos nós carregamos as bases materiais mudança de vida. Mas, a vida carrega e ideológicas que caracterizam o pre- habitus incorporados, relações distin- sente e que trazem as marcas de outros tas com distintas pessoas, fé e crenças. contextos e momentos históricos. No Ora, a conversão não configuraria outro mundo real da sociedade, do país, do grande desafio para os cristãos, sejam sistema produtivo, do comércio, do tra- leigos ou clérigos? balho, das ações políticas, do mercado, mundo se diferenciam pelos caminhos construído, isto é, com aquilo que carre- A conversão pode caracterizar-se do sistema financeiro, da educação, da que perseguem a distinção, nos grupos ga heranças, com as diversas formas de como ponto de inflexão a partir do qual religiosidade, das igrejas, da arte, da mí- que produzem crenças, nas instituições capitais acumulados na complexa cons- a Igreja pode, de fato, avançar e parti- dia, da dor, da alegria, enfim, em meio que forjam entendimentos, na busca trução da história humana no mundo. cipar na construção de habitus ilumi- a um contexto carregado e movido por pela afirmação do ser socialmente re- nados pelos princípios do amor e da muitas forças e atores, é irreal olharmos conhecido. Nesse sentido, o conceito PODER SIMBÓLICO E SER CRISTÃO fraternidade, principalmente junto às para a juventude como uma força autô- juventude precisa ser contextualizado, Teríamos assim, diante de nós, ou- crianças, adolescentes e jovens, tomar noma e independente. Ela existe imersa questionado enquanto grau de gene- tro grande desafio: enquanto cristãos, o poder simbólico como serviço, como nas sociedades, nas formas das relações ralidade que pretende abarcar e tornar temos habitus incorporados. Nesse sen- força que produz modos de viver a vida de trabalho predominantes, nas diver- homogênea uma totalidade de jovens, tido, como poderíamos construir reali- próxima das ações e reflexões de Jesus sas formas de capital – familiar, escolar, pois os jovens são muitos e diversos no dades coerentes com o amor, a doação Cristo. O poder simbólico aqui não se- cultural, simbólico, tecnológico, dentre ser social caracterizado por habitus dis- e a fraternidade? ria um fim em si mesmo, o poder pelo outros – historicamente construídos, tintos. A Igreja Católica Apostólica Romana poder, mas o esclarecimento de que a nas ideias trabalhadas e veiculadas nos tem um grande poder simbólico: a fala, legitimidade que os cristãos dispensam meios de comunicação social. PODER SIMBÓLICO o poder de quem fala, os paramentos, o aos ritos, às falas das autoridades eclesi- Ser jovem, nesse sentido, é antes Há, de fato, uma força presente no lugar de onde se fala, o dom de perdo- ásticas e aos textos sagrados é acompa- de tudo estar no mundo com todas as meio dos agentes e suas histórias, que ar as faltas, os ritos, a tradição, os tex- nhada de uma relação de cumplicidade suas belezas, problemas, sofrimentos, se relaciona com o capital simbólico, tos sagrados, a linguagem profunda e e da esperança de que a construção de pressões, arte, trabalho, fé, fundamen- isto é, com o reconhecimento que um transformadora de Jesus Cristo, a beleza um Reino de Justiça e de Fraternidade talismos, guerras, esportes, músicas, grupo proporciona a quem detém esse e a mística dos salmos, a força e o vigor começa neste mundo. encontros e alegrias. É também estar capital. Ora, reconhecer o poder simbó- da comunicação dos profetas, a ação do É assim que juventude, habitus e num mundo social, econômico e politi- lico significa ignorar sua arbitrariedade, Espírito Santo, a fé no Deus da vida e da poder simbólico se relacionam, ou seja, camente imposto. Mas, se por um lado, ou seja, esse poder é uma relação que eternidade. De um ponto de vista socio- a juventude são os jovens que consti- a juventude traz o entusiasmo e o vigor, se situa no campo da crença, na legiti- lógico, o poder simbólico exerce forças, tuem distintas formas de existir a partir por outro, não estaríamos todos nós, midade de quem está investido do po- influencia, constrói e muda a realidade. dos habitus incorporados e da forma de principalmente jovens e adultos, desa- der de falar. Os jovens cristãos carregam uma se relacionarem com o poder simbólico. fiados a conhecer melhor a nós mes- Assim, a ordem ou a sua subversão herança oriunda da formação cristã, tra- Em meio às vicissitudes do mundo atu- mos? Ou seja, conhecermos um pouco estão relacionadas, essencialmente, zem um capital familiar cristão. Mas, ser al, formar habitus que contribuam com mais os habitus que impregnam nossas com o reconhecimento de quem as cristão é estar no mundo com todas as o acúmulo de capital cultural, capital fa- falas, nossas ações e o corpo social em pronuncia. A violência simbólica, que suas realidades e consequências posi- miliar, capital escolar e capital religioso, que estamos inseridos? tem consequências reais, é reconhecida tivas e negativas. No mundo, os jovens que carregam em si o amor, a esperança Habitus se refere a disposições, (ignorada) e legitimada. O reconheci- cristãos convivem com jovens não cris- e a tolerância, requer de todos os cris- gostos, que, ao integrar experiências mento ou não de uma dada enunciação tãos, com os que carregam habitus dis- tãos um caminhar persistente pelas tri- passadas, funciona como uma matriz e a legitimação ou a subversão de uma tintos do ser cristão, que herdaram ou- lhas da conversão, do respeito à digni- de percepções em cada momento. Os ordem por parte de jovens têm uma re- tras configurações de capitais. Não só. dade humana, ao trabalho e à natureza. habitus vivenciados pelos jovens no lação direta com o que é socialmente Incorporam habitus e formam capitais DIOCESE DE GUAXUPÉ 3
  • 4. notícias PADRES PARTICIPAM DE ENCONTRO REGIONAL Por Pe. César Acorinte Foto: Arquivo – Pastoral Presbiteral Aconteceu em Cachoeira do Cam- a uma séria reflexão da vida e minis- po (MG), de 21 a 25 de Janeiro, o 29º tério dos presbíteros no mundo de Encontro de Formação Permanente hoje, a teologia e a pastoral do minis- do Clero do Regional Leste II, promo- tério ordenado, abrindo espaço para vido pela Conferência Regional de a pastoral do cuidado presbiteral. Presbíteros Leste II. O primeiro dia do evento foi de es- Dos mais de 80 padres vindos das piritualidade, orientado pelo Pe. Luiz 33 dioceses do regional, destaca-se a Eustáquio, também da Arquidiocese participação dos padres César, Vítor, de Belo Horizonte e uma manhã em Luiz Tavares, Luiz Lemos e Edmar, to- que se trabalhou o tema da CF 2013 e dos da Diocese de Guaxupé. a Jornada Mundial da Juventude com O tema central abordado no en- o Pe. Sebastião, da Diocese de Olivei- contro foi: “O presbítero à luz do Con- ra e também assessor do Setor Juven- cílio Vaticano II.” Uma abordagem do tudes do Regional Leste II. decreto Presbiterorum Ordinis, cujo Foram momentos muito ricos de assessor foi o Pe. Manoel Godói da aprofundamento nos temas propos- Arquidiocese de Belo Horizonte. O tos e de uma fraterna convivência en- assunto levou todos os participantes tre os participantes. Da esquerda para a direita, os padres Luiz Tavares, César, Vítor, Luiz Lemos e Edmar COMUNIDADES ACOLHEM NOVOS DIÁCONOS Foto: João dos Reis Por Pe. Gilvair Messias Os jovens Claudemir Lopes, Gilmar An- Disse também da necessidade pastoral de tônio Pimenta, Glauco Siqueira dos San- clérigos atentos às urgências da Igreja. tos, Pedro Alcides Sousa, Wellington Cris- Com o lema “Eu estou meio de vós tian Tavares foram ordenados diáconos como Aquele que serve” (Lc 22.27b), os no último 08 de fevereiro, em solene ce- diáconos foram assim enviados ao exer- lebração na Catedral de Guaxupé. Vários cício de seu ministério: Claudemir, para a padres, religiosos, leigos das paróquias Paróquia de Campestre; Gilmar, para a Pa- de origem dos ordinandos e de outras pa- róquia São Sebastião de Poços de Caldas; róquias, prestigiaram a esperada ocasião. Glauco, para a Paróquia Nossa Senhora Também esteve presente o bispo de Urua- da Penha de Passos; Pedro, para a Paró- çu (GO), dom Messias dos Reis Silveira. quia Nossa Senhora Aparecida de Passos; Durante a celebração, dom José Lanza Wellington, para a Paróquia Nossa Senho- Da esquerda para a direita: Diáconos Claudemir, Gilmar e Glauco, dom José Lanza, diáconos Pedro e Wellington Neto, bispo diocesano, motivou os novos ra Aparecida de Alfenas. diáconos à missão que a Igreja lhes confia. PADRE DO CLERO DE POUSO ALEGRE É NOMEADO BISPO Foto: Arquidiocese de Pouso Alegre Fonte: CNBB O papa Bento XVI nomeou no dia 21 de fevereiro o padre Marco Aurélio Gubiotti, como bispo da diocese de Itabira-Coronel Fabri- ciano (MG). A sua ordenação episcopal será no dia 26 de maio, em Ouro Fino. Padre Marco Aurélio Bubiotti é mineiro de Ouro Fino (MG), e tem 49 anos de idade. Cursou filosofia no Seminário Arquidiocesano de Pouso Alegre, e a teologia no Instituto Teológico Sagrado Coração de Jesus, em Taubaté (SP). Foi ordenado presbítero em 1989, e exer- ceu a missão paroquial nas cidades de Brasópolis, Jacutinga, Tocos do Mogi, Bela Vista e Santa Rita do Sapucaí. Obteve o título de Mes- tre em Estudos Bíblicos pela Faculdade Nossa Senhora da Assunção, de São Paulo (SP). Colaborou com a formação no Seminário Arqui- diocesano de Pouso Alegre e foi diretor do Instituto Teológico Inter- diocesano São José (2000 a 2005) e da Faculdade Católica de Pouso Alegre (2006 a 2009). Atualmente, padre Marco Aurélio era pároco da Paróquia Nossa Senhora de Fátima, em Pouso Alegre. 4 JORNAL COMUNHÃO
  • 5. JOVENS SE PREPARAM PARA O BOTE FÉ Por Carlos Alberto Isidoro, Lara Vecchi Silveira, Rafael dos Reis Ribeiro de linha, nas cores dos continentes para sentes os paroquianos da Paróquia Santa representar os jovens do mundo todo, Bárbara, e a presença de seu pároco Pa- como num enlace, unidos com o mesmo dre Gentil Lopes de Campos Júnior, que objetivo de celebrar a vida, a eucaristia, o convocou todos os fiéis para a participa- encontro com Cristo. ção neste importante momento, celebra- Para receber a palavra de Deus, os tivo para a juventude e para as famílias. fiéis se deparam como que com uma Após a santa missa foi feita a exposi- surpresa que os levou a reflexão. Foi ção do Santíssimo Sacramento para ado- escolhido a música Sobre a minha santa ração. Momento marcante e profundo bíblia do Padre Zezinho, e a palavra de de oração e intercessão pela Igreja, pela Deus, literalmente veio em forma de ali- juventude e pelos eventos celebrativos e mento, em forma de pão. Este que foi feio formativos deste ano de 2013: abertura caseiramente, sovado e assado com a bí- do tríduoe m comemoração do cente- blia dentro. Para o olhar de todos na ce- nário da diocese no dia 03 de fevereiro, lebração era somente pão, que era apre- Campanha da Fraternidade, Bote Fé, Se- sentado aos fiéis, mas ao chegar ao altar mana Missionária, JMJ. Em determinado o presidente da celebração, com o gesto os símbolos da JMJ foram acesos, ilumi- de partir o pão retirou o livro sagrado de nando toda a igreja. dentro do mesmo, para mostrar que a “É fato que no passado a juventu- palavra de Deus é o alimento necessário de era vista como uma fase de rebeldia, Evento setorial aconteceu na Paróquia Mãe Rainha de Guaranésia como o pão nosso de cada dia, ao repar- incerteza, irresponsabilidade e descon- No dia 02 de fevereiro de 2013, na Pa- setor Guaxupé. tir com o próximo ninguém passará fome fiança dos mais velhos. Mas o mundo róquia Senhor Bom Jesus e Mãe Rainha À frente da procissão de entrada, a de justiça, paz e presença de Deus. “...Tu mudou. Nunca o desenvolvimento inte- da cidade de Guaranésia, foi celebrada a cruz do bote fé, representando a vitória que foste conhecido pelo simples gesto lectual e humanístico do jovem foi tão missa, presidida pelo pároco Antônio Do- do Cristo ressuscitado e as nações do de partir o pão, tu que foste oferecido valorizado. A politização do jovem, sua nizeti de Oliveira, em preparação ao Bote mundo todo. Em seguida, contou-se com como sacrifício de libertação. Eis aqui a busca por melhorias, a vontade de par- Fé, evento que acontece nas dioceses a participação dos jovens das cidades vi- minha oferta, dou-te parte do que é meu. ticipar das decisões da sociedade, estar que antecede a Jornada Mundial da Ju- zinhas: Monte Santo de Minas, Guaxupé, Tens me dado tanta paz que é justo o que engajado no ceio da Igreja, são fatores ventude (JMJ), reunindo assim, os jovens Muzambinho e jovens dos movimentos é meu também se torne teu”. que elevaram a juventude ao patamar de das mais variadas expressões e carismas, da cidade de Guaranésia. Para esse mo- Todas as leituras da celebração foram ser atuante”, refletiu-se durante o evento. em foco a evangelização dos jovens do mento, foram confeccionadas 05 bolas proclamdas por jovens. Estiveram pre- PARÓQUIA CRIA ALTERNATIVAS PARA IDA À JMJ Por Rafael Lemos Paróquia São Benedito Os peregrinos da Paróquia de São Be- participem da peregrinação. Além das par- nedito de Passos, já estão arrumando as celas mensais, os peregrinos realizaram malas para a Jornada Mundial da Juventu- uma domingueira para arrecadar fundos, de, no próximo mês de julho, no Rio de Ja- em dezembro de 2012, que teve o apoio e neiro. Com as inscrições realizadas no mês a participação em massa da comunidade, de janeiro, os últimos detalhes são acerta- e já se preparam para um bingo no mês de dos para o tão aguardado encontro com o abril, com a mesma finalidade. Santo Padre junto a milhões de jovens de Com a primeira etapa de preparação todo o mundo. concluída, já que todos os 84 peregrinos Reunindo-se frequentemente desde foram inscritos na JMJ no mês de janei- abril do ano passado, a Comissão Orga- ro, iniciou-se em fevereiro a preparação nizadora Paroquial criou uma forma de espiritual, que contará ainda com várias parcelamento com pagamentos mensais atividades, como a presença dos peregri- a serem feitos na Secretaria da Paróquia, nos durante a visita aos ícones da JMJ na mediante carnê, o que possibilitou àqueles Diocese de Guaxupé neste mês de março, que não teriam condições de quitar o valor vigílias, celebrações eucarísticas e atendi- da inscrição numa parcela única, levantar mento de confissões por parte do Pe. Robi- a quantia necessária para se inscreverem, son Inácio, que também irá peregrinar ao permitindo que até os menos favorecidos Rio de Janeiro. Jovens foram incentivados de várias formas à participação na JMJ CEBs ORGANIZAM 30 0 ENCONTRO DIOCESANO Por Pe. José Luiz Gonzaga do Prado Será no Carmo do Rio Claro, de 26 pam da Pastoral da Juventude. Para manutenção dos Grupos de Reflexão. a 28 de abril, o 30º Encontro Dioce- isso, como era de se esperar, o Carmo O pensamento da Coordenação é que sano das Comunidades Eclesiais de se prepara com todo o entusiasmo. muitos dos que atuaram na pastoral Base. Essa busca de viver a Igreja do Serão convidados a participar do da juventude agora estejam buscan- Vaticano II, em consonância com o Encontro especialmente os antigos do um espaço onde atuar. Esperamos tema da CF 2013, pretende mobilizar membros dessa pastoral, que serão que eles encontrem esse espaço nos aqueles que participaram ou partici- motivados a atuar na formação e na Grupos de Reflexão. DIOCESE DE GUAXUPÉ 5
  • 6. notícias DIOCESE SOLENEMENTE ABRE COMEMORAÇÕES PARA CENTENÁRIO Por Pe. Gilvair Messias Fotos: João dos Reis Na Diocese de Guaxupé, 2016 é um ano para ser celebrado em três. Uma história de 100 anos merece memória e movimento de todo o povo. Em 03 de fevereiro de 1916 é que tudo começou. Dom Antônio Augusto de Assis, também por 03 anos, preparou as bases da nova Igreja Particular. E, no último 03 de feve- reiro, dom José Lanza Neto declarava a abertura das comemorações centenárias. Às 09h, uma procissão conduzida pela imagem da padroeira, Nossa Senho- ra das Dores, deixava a avenida Conde Ribeiro do Vale e seguia em direção à ca- tedral. Na saída, um grupo de jovens da cidade motivava, com cantos festivos, o encontro. Padres, religiosos, seminaristas e leigos representantes das 84 paróquias que compõem a diocese, entraram no templo em ação de graças pela ocasião celebrada. No início da missa, o chanceler do bis- pado, padre Claiton Ramos, fez a leitura do Decreto que anuncia o triênio come- morativo. Em seguida, foram acolhidos pela assembleia o mapa da diocese, or- ganizado em seus 07 setores pastorais, também as logomarcas do Ano da Fé e Catedral é lotada por membros de CPPs e representantes jovens paroquiais da Jornada Mundial da Juventude, enfa- tizando as atividades principais que nor- (CPP) que os acompanharam. Disse ain- ção de dom Lanza, jovens, representando ser jovem, através de todas as atividades tearão esse primeiro ano de preparação da, referindo-se aos jovens que participa- suas paróquias, deixaram a assembleia propostas no oportuno momento. jubilar. vam da celebração, que a juventude na e dirigiram-se até ao presbitério para Ainda em 2013, no dia 03 de março, Durante a homilia, o bispo destacou Igreja é viva quando atendida nos aspec- acompanhar a bênção e imposição das ocorrerá na catedral diocesana grande a caminhada histórica e a necessidade tos “acolhida, espaço e identificação”. cruzes da Jornada Mundial da Juventude concentração da juventude para acolhi- atual de uma diocese profética em sua Durante a oração da comunidade, fi- (JMJ). Irmão Márcio Diniz, coordenador da aos ícones da JMJ. Durante os meses missão evangelizadora. Aos padres que zeram-se representadas todas as pessoas diocesano do Setor Juventudes, moti- seguintes, setores pastorais farão estu- compareceram à solenidade, agradeceu que compõem a diocese, por responsabi- vou-os a fazer da paróquia um espaço jo- dos e plenárias de temas do Concílio Va- sua sensibilidade à unidade e também lidades comunitárias, sociais e eclesiais, vem de missão. O bispo disse que os en- ticano II. 2014 e 2015 serão preparativos destacou a presença dos representan- por idade e urgência pastoral. viava às suas comunidades para anunciar e realizadores das Santas Missões Popu- tes dos Conselhos de Pastoral Paroquial Ao final da celebração, por convoca- o evangelho com expressões próprias do lares. Dom José Lanza destaca unidade diocesana para centenário ser celebrado Juventude é enviada, com imposição de cruz, à JMJ 6 JORNAL COMUNHÃO
  • 7. catequese CATEQUESE E JUVENTUDE Por Leandro Moreno Souza, Membro da Equipe Diocesana de Catequese A juventude é a fase das grandes com o Evangelho e com os jovens in- A catequese aos jovens será mais Nosso jovem catequizando é esta decisões. Os jovens passam a assumir clui cuidar da comunidade cristã para proveitosa se procurar colocar em prá- juventude de diversas faces e carac- seu próprio destino e suas responsa- que ela seja de fato um testemunho tica uma educação da fé orientada ao terísticas, espaço profícuo para o de- bilidades pessoais e sociais. Buscam o de coerência com o projeto de Jesus e conjunto de problemas que afetam senvolvimento das relações humanas, verdadeiro significado da vida, a soli- sua proposta: “Se queres ser perfeito, suas vidas. Em particular, é preciso sociais e religiosas. Momento de ama- dariedade, o compromisso social e a vai, vende os teus bens, dá o dinheiro uma catequese que aprofunde a ex- durecimento do ser Cristão para uma experiência de fé, pois uma de suas ca- aos pobres, e terás um tesouro no céu. periência da participação litúrgica na melhor abstração, ou seja, pensar, re- racterísticas é ser altruísta e idealista. Depois, vem e segue-me” (Mt 19,21). É comunidade, que dê importância à fletir e assumir o projeto do Reino para Nessa fase, a juventude costuma uma proposta que faz deles interlocu- educação para a verdade e a liberda- sua vida de forma permanente. enfrentar vários desafios como o de- tores, sujeitos ativos, protagonistas da de segundo o Evangelho, à formação sencanto e a falta de perspectiva no evangelização e construtores de uma da consciência, à educação ao amor, à Assim como a missão da Igreja, o jo- campo profissional; experiências ne- nova sociedade para todos. A cateque- descoberta vocacional, à oração alegre vem catequizando é chamado a ser fer- gativas na família; exposição a uma se procure adaptar-se aos jovens, sa- e juvenil e ao compromisso cristão na mento no meio do povo, assumindo o sociedade erotizada que lhe dificulta o bendo traduzir a mensagem de Jesus sociedade. projeto de Deus e propagando o Evan- desenvolvimento sexual; insatisfação, na linguagem deles. Diz João Paulo II que “nessa fase gelho em todos os lugares, lutando por angústia; em muitos casos, experimen- Deve levar em consideração, ainda, será preciso uma catequese que de- uma sociedade que seja promotora da ta marginalização e dependência quí- as diferentes situações religiosas, emo- nuncie o egoísmo apelando para a paz, da justiça e da dignidade humana. mica. Pelo marcante significado e pe- cionais e morais, entre as quais: jovens generosidade, que apresente, sem los riscos a que estão expostos nessa não batizados, batizados que não rea- simplismo e sem esquematismos ilusó- O mais importante é reacendermos, fase da vida, os jovens são interlocuto- lizaram um processo catequético nem rios, o sentido cristão do trabalho, do no jovem, a alegria de viver, de esco- res que merecem uma atenção espe- completaram a iniciação cristã, jovens bem comum, da justiça e da caridade, lher sua vocação no mundo, uma pers- cial da catequese. que atravessam crise de fé, ao lado de uma catequese da paz entre as nações pectiva de vida como protagonista de Frequentemente se nota também outros que buscam aprofundar a sua e da dignidade humana, do desenvol- sua própria história. Para isso, a/o ca- o afastamento e a desconfiança em opção de fé e esperam ser ajudados. vimento e da libertação, tais como es- tequista deve munir-se de muito amor, relação à Igreja. Não é raro constatar- Há ainda jovens tão maltratados pela sas coisas são apresentadas nos docu- escuta paciente e acolhedora. Paz e -se falta de apoio espiritual e moral das vida, que estão em risco de perder a mentos recentes da Igreja” (Extraído do Alegria! famílias e a precariedade da cateque- esperança e precisam de um atendi- DNC n.º 189 a 194). se recebida. Nossa responsabilidade mento especial. DIOCESE DE GUAXUPÉ 7
  • 8. reportagem especial O GESTO DO PAPA Por Pe. Gilvair Messias O mundo foi surpreendido por um único gesto, no dia 11 de fevereiro. Bento XVI apresentava sua renúncia como Sucessor da “Barca de Pedro”. O fato é que as águas ficaram agitadas com a notícia. Sabe-se que a Igreja não será mais a mesma ... nem o mundo. Muitos se comoveram com o gesto. Determinante é que várias situações serão movidas e removidas com a decisão do Pontífice. Nos últimos seis séculos, nenhum papa renunciou ao ofício, a não ser por questões políticas do Vaticano. Ratzinger indicou que infalibilidade papal é a firmeza da decisão de um papa e não a permanência de seus atos. O gesto é de “lavapés”, de inclinação, que faz o mundo ver que “Ontem, Hoje e Sempre” – somente o Cristo, de quem unicamente todos os cristãos, independente de sua função, são servidores. A TRAJETÓRIA DE BENTO XVI judeus e cristãos, ao condenar em, os campos da razão e da fé. Facilitou o des principais, promulgou o Ano da O papa que chegou para ser tran- Auschwitz, o morticínio de inocentes diálogo e a tomada de decisões com as Fé na ocasião do cinquentenário de sitório na Igreja, tornou-se homem de durante a II Guerra Mundial e, em visita Conferências Episcopais, reduziu puni- abertura do Concílio Vaticano II. Após grandes marcas. Um dos personagens a Israel e territórios palestinos, pediu a ções. Enfatizou a luta da Igreja contra o a apresentação de renúncia, no dia 14, mais criticados da história da Igreja por cooperação entre suas populações. Em que chama de “ditadura do relativismo quinta-feira, reunido com padres de sua intransigência teológica e dogma- 2009, buscou aproximar anglicanos ao do mundo moderno”. Quando se espe- Roma, pediu unidade e renovação na tismo eclesiástico. O “cardeal de ferro”, catolicismo. Todos esses fatos deram rava de Joseph Aloisius Ratzinger, um Igreja. Segundo o Pontífice, cabe aos por 24 anos com rótulo de inquisidor, ao papado de oito anos, tempo sufi- papa de posturas rígidas às ideologias presbíteros “trabalhar para que se rea- mostrou em seu papado a força de ciente para experimentar a angústia dos tempos modernos, revelou-se, dis- lize verdadeiramente o Concílio Vatica- suas convicções e a fraqueza da insti- do “Monte das Oliveiras”, a crueldade cretamente, um papa de “fardo leve e no II e se renove a Igreja.” tuição nos tempos atuais, nunca antes do “Calvário” e a frieza da cruz. jugo suave.” Preferiu dizer em sua pri- Sucessor de João Paulo II, um papa tão velozes nas mudanças. carismático, Bento XVI, com marcas “ Seu legado é vasto. Sinalizou aber- históricas de bravo pastor, assumiu um tura para discutir questões de moral papado de grandes conflitos no inte- sexual, ficou frente a frente com o Sucessor de João Paulo II, um papa ca- rior da Igreja e nas periferias do mun- problema da pedofilia e cobrou rigor rismático, Bento XVI, com marcas históri- do, “cercado por lobos” e observado e punição a esse ato no seio da Igreja, por feras. O gesto de 11 de fevereiro enfrentou a corrupção bancária dentro cas de bravo pastor, assumiu um papado certamente não será esquecido pela dos muros do Vaticano, suportou a hu- de grandes conflitos no interior da Igreja memória coletiva. De grandeza tão milhação da infidelidade quando do- nobre, todas as palavras do papa, após cumentos secretos caíram nas mãos da e nas periferias do mundo, “cercado por essa data, fizeram eco no mundo. Toda mídia. Durante seu papado, viveu ain- lobos” e observado por feras. sua vida passou a ser contemplada e da o conflito com o Islã ao citar um de- apreciados seus ensinamentos. Nem bate sobre a incidência superior da ra- Por outro lado, em suas encícli- meira encíclica sobre o amor de Deus sua morte falaria tão alto, “pois o amor zão no cristianismo, quando pareceu, cas, nenhum papa chegou a dialogar e, posterior a isso, de maneira atraente, é mais forte que a morte.” O gesto últi- aos ouvidos do Oriente, sugerir que a e debater tão bem com Marx, Hegel, da luz da fé e do fascínio que é ao cris- mo de seu pontificado ganhou autori- religião maometana era de violência. Nietzsche, entre outros pensadores da tão, decidir-se pela pessoa do Cristo. dade, talvez a maior exercida em toda Na relação com o judaísmo, aproximou modernidade, tornando inseparáveis Defensor da fé, uma de suas qualida- sua vida. 8 JORNAL COMUNHÃO
  • 9. O COMUNHÃO ouviu alguns membros da diocese sobre a presente situação da Igreja. Todos veem no gesto do papa um testemunho de solidariedade para com a Igreja. “Gosto especialmente das cate- queses de Bento XVI nas audiências das quartas-feiras. Ele tem um jeito especial de traduzir o que é essencial para a vida cristã. Acompanhei mais de perto tudo que ele escreveu e fa- lou sobre a Igreja e o desafio do diálo- go fé e cultura. Surpreendi-me várias vezes com a beleza, leveza e profun- didade dos textos. Revelam um ho- mem lúcido e atento à realidade. Tal- vez esses dias que antecederam a sua saída serviram para uma redescober- ta de sua pessoa. Impressionou-me e comoveu-me sua renúncia, gesto de grandeza humana, sabedoria e pro- fecia.” Lucimara Trevizan - Centro Loyola de Belo Horizonte “A renúncia de nosso Santo Padre Bento XVI, depois da perplexidade, gerou em nossos corações sentimen- tos de gratidão por tudo que ele nos legou em seu pontificado. Admira- mos sua humildade e desapego, seu “Esta atitude ou decisão do Santo para que o futuro eleito responda ria, a toda nossa Tradição. Entretanto, realismo despretencioso, seu amor Padre, o Papa, nos pega de surpre- aos sinais dos tempos com ousadia e aproveitando o espírito do momento, pela Igreja. Durante seu breve ponti- sa. Chegamos mesmo a fazer alguns amorosa coragem.” devemos mais uma vez escutar nosso ficado, apesar de tantos desafios, so- questionamentos. Parece que tudo Pe. José Augusto da Silva – Poços papa: ‘deixemos de lado a hipocrisia frimentos e decepções, o Santo Padre estava ocorrendo na ‘normalidade’, de Caldas religiosa, o comportamento de quem sempre se mostrou firme, seguro, le- mas eis a surpresa: sua renúncia. De- busca o aplauso e a aprovação do pú- vando a ‘barca de Pedro’ com força e pois de ouvir e ler vários artigos e co- “Verdadeira renovação - foi isso blico. O verdadeiro discípulo não ser- coragem, sem vacilar nem abater-se. mentários, damo-nos por satisfeitos, que o Papa Bento XVI pediu ao clero. ve a si mesmo ou ao público, mas ao Sua sabedoria e unção nos deixaram mas, mesmo assim, temos nossa im- ‘Temos que trabalhar para que se re- Senhor, de maneira singela, simples marcas profundas através de seus pressão pessoal. Pensamos que este alize verdadeiramente o Concílio Va- e generosa.’ Sua decisão revoluciona escritos, pronunciamentos e gestos gesto foi de amor à Igreja, pois não ticano II e se renove a Igreja’ - assim e humaniza a figura papal. Suas pa- proféticos. A proclamação do Ano da faz tanto tempo assim, assistíamos afirmou após comunicar sua renún- lavras quebram qualquer rótulo. ‘Em Fé foi para nós um desses gestos que ao sofrimento e à impossibilidade cia. Sabemos que não é fácil, tanto é plena liberdade, pelo bem da Igreja’, veio revelar uma visão clara da reali- do Papa João Paulo II no governo da que o próprio Bento XVI deu-se por Bento XVI tomou a decisão de deixar dade do povo tão conturbado em sua Igreja. Percebemos o limite de suas fisicamente incapaz de realizar tal o papado. Pelo bem da Igreja e pela fé e necessitado de reforçá-la ainda forças e a necessidade de respostas tarefa. No entanto, acreditamos que liberdade, que o Espírito conduza o mais. Que Deus abençoe nosso Papa urgentes diante do mundo; conscien- seu ato de humildade traduz-se em conclave à melhor escolha para seu Bento XVI e abençoe toda a Igreja te e lúcido, toma esta decisão que nos força para nossa Igreja levar adian- sucessor.” neste momento histórico que vive- surpreende. Valem nossas orações te o que ele pede. É claro que não se Maísa e Edon Fonseca Borges, Mon- mos!” para que ele tenha forças neste mo- trata de renunciar a toda nossa histó- te Santo de Minas Irmãs Carmelitas - Passos mento delicado, eclesial e histórico.” Dom José Lanza Neto – Bispo dio- cesano “Vejo na atitude do Santo Padre um indelével amor à Igreja. Sabe- dor de suas limitações físicas e ide- ológicas, Bento XVI deixa a cátedra de Roma como alguém sintonizado às urgências contemporâneas e, ao mesmo tempo, desejoso de que as in- vectivas do Vaticano II sejam mais de- cididamente empreendidas por seu sucessor. Atitude de quem congrega sabedoria e humildade, num momen- to crucial da história da humanidade. A nós, povo de Deus em marcha, cabe humilde avaliação de como temos vi- vido nossos compromissos batismo/ crismais, buscando nesse tempo fa- vorável da quaresma, amoldar-nos à estatura Daquele que é razão maior de nossa peleja: Jesus de Nazaré. So- mos convidados, pelo gesto do Sumo Pontífice, a colocar-nos em oração DIOCESE DE GUAXUPÉ 9
  • 10. juventudes JUVENTUDE E CONVERSÃO PASTORAL Por Adriana Eugenio, membro da Paróquia São José Operário de Guaxupé, coordenadora diocesana do Ministério Jovem da RCC e componente do Setor Diocesano Juventudes A expressão Conversão Pastoral apa- também responde de modo muito par- direção. Foi um empreendimento muito logo que chegou a nossa diocese. Ele fez rece no Documento de Aparecida: “exige ticular às situações. válido e também frutuoso, uma vez que a seguinte comparação: as pastorais e que se vá além de uma pastoral de mera No entanto, é preciso um olhar mais todos tinham o mesmo intento, Jesus movimentos jovens na Igreja são como conservação para uma pastoral decidida- atento, uma vez que conversão pessoal Cristo, autor da fé. um jardim, onde Deus plantou vários mente missionária” (DA 370). Esta conver- tende a motivar em nós uma conversão Há uma verdade que não se pode canteiros, rosas, violetas, margaridas, lí- são “desperta a capacidade de submeter comunitária, ou seja, pastoral. E hoje, negar: nem tudo que era para evange- rios... Nos dias de grande festa, a Igreja tudo ao serviço da instauração do Reino acompanhamos os resultados do início lizar alcançou plenamente seu objetivo, colhe todas estas flores e forma um belo da vida” (DA 366). das mudanças em nossa diocese, cujos porque não falávamos uma mesma lin- buquê. Porém, cada um deve florir onde Esta capacidade vem sendo inserida trabalhos de evangelização com a ju- guagem. Tratando-se de evangelização, Deus plantou. na caminhada da nossa diocese, que nos ventude estão voltados para transfor- hoje conseguimos olhar para os desafios Essa Conversão Pastoral se dá quando propõe, como Objetivo Geral, “Evangeli- mar a vida de outros jovens, a partir de que envolvem a juventude. Muitas pro- consideramos o modo de compreender zar a partir do encontro pessoal com Je- Jesus Cristo. Acredito no Setor Juventu- postas surgem e, nesse sentido, acredito dos jovens dentro da realidade em que sus Cristo, formando a pessoa, renovan- de como uma resposta a essa conversão que devemos assumir essa Conversão vive cada um. Precisamos estar abertos, do a comunidade, à luz do jeito antigo/ pastoral. Pastoral. Somos uma juventude diversifi- acolhendo o novo para que o jovem de novo de ser Igreja e transformando a so- Antes de iniciarmos esse trabalho em cada e a cada um, Deus fez um chamado hoje descubra seu espaço na Igreja. ciedade, atentos a Palavra: ...tendo parti- 2010, as pastorais e movimentos juve- e confiou uma missão. Hoje somos marcados pela grande do, pregaram por todas as partes.” nis estavam espalhados pelos cantos da Recordo-me de Dom José Mauro influência dos meios de comunicação so- Conversão significa mudança de di- diocese, cada um caminhando em uma em uma ocasião na qual estive com ele, ciais, mas também pelas características reção, retorno para assumir o caminho da modernidade, tais como o individu- correto. Se aprofundarmos um pouco mais, vamos alismo, o consumismo, a tecnologia, en- Se aprofundarmos um pouco mais, tre outras. É preciso coragem para uma vamos perceber que a palavra conversão perceber que a palavra conversão está direta- verdadeira conversão, crescimento e está diretamente ligada ao jovem. Hoje, mente ligada ao jovem. Hoje, não é raro, nos amadurecimento pastoral. Sendo assim, não é raro, nos depararmos com “grupos depararmos com “grupos de jovens” nos quais nossa missão e evangelização se tornam de jovens” nos quais se trabalha essa te- eficazes e fecundas quando deixamos mática e há um constante apelo à con- se trabalha essa temática e há um constante de ser apenas um grupo e nos tornamos versão. Sabemos que cada pessoa tem apelo à conversão. Igreja Jovem de Jesus Cristo. um processo de caminhada diferente e 10 JORNAL COMUNHÃO
  • 11. comunicação COMEMORAÇÕES DE MARÇO RENÚNCIA DE BENTO XVI NATALÍCIO 24 Pe. Guaraciba Lopes de Oliveira “Caríssimos Irmãos, convoquei-vos para este Consistório não só por 1 Pe. José Carlos Carvalho 28 Pe. Claiton Ramos causa das três canonizações, mas também para vos comunicar uma de- 4 Pe. Adelmo Arantes Rosa cisão de grande importância para a vida da Igreja. Depois de ter exa- 8 Pe. José Augusto da Silva 5 ORDENAÇÃO minado repetidamente a minha consciência diante de Deus, cheguei à 10 Pe. Fernando Alves da Silva 6 Frei Aldo Nasello certeza de que as minhas forças, devido à idade avançada, já não são 11 Pe. José Ronaldo Neto 10 Pe. Heraldo de Freitas Lamim idôneas para exercer adequadamente o ministério petrino. Estou bem 12 Pe. Gilgar Paulino Freire 11 Dom Messias dos Reis Silveira - 14 Pe. Gilvair Messias da Silva episcopal consciente de que este ministério, pela sua essência espiritual, deve ser 17 Pe. Célio Laurindo da Silva 12 Pe. Dirceu Soares Alves cumprido não só com as obras e com as palavras, mas também e igual- 21 Pe. Benedito Donizetti Vieira 25 Pe. Edno Tadeu de Oliveira mente sofrendo e rezando. Todavia, no mundo de hoje, sujeito a rápidas 23 Pe. Ronaldo Robster 30 Pe. Juvenal Cândido Martins mudanças e agitado por questões de grande relevância para a vida da fé, para governar a barca de São Pedro e anunciar o Evangelho, é neces- AGENDA PASTORAL DE MARÇO sário também o vigor quer do corpo quer de ânimo; vigor este, que, nos 2 Diocese: Reunião da Coord. Diocesana da Catequese em Guaxupé últimos meses, foi diminuindo de tal modo em mim que tenho de reco- Reunião da Coord. Diocesana da Formação de Leigos em Guaxupé nhecer a minha incapacidade para administrar bem o ministério que me Reunião da Coord. Diocesana de CEBs em Guaxupé foi confiado. Por isso, bem consciente da gravidade deste ato, com plena 3 Diocese: Acolhida da Cruz e do Ícone da Jornada Mundial da Juventude liberdade, declaro que renuncio ao ministério de Bispo de Roma, Suces- em Guaxupé sor de São Pedro, que me foi confiado pela mão dos Cardeais em 19 de 7 Diocese: Reunião do Conselho de Presbíteros em Guaxupé Abril de 2005, pelo que, a partir de 28 de Fevereiro de 2013, às 20,00 9 Setores (Cássia, Paraíso, Passos e Guaxupé): Reunião dos Coord. horas, a sede de Roma, a sede de São Pedro, ficará vacante e deverá ser Paroquiais da Catequese convocado, por aqueles a quem tal compete, o Conclave para a eleição 9-10 Formação para os Coord. dos Grupos de Oração – RCC em Petúnia do novo Sumo Pontífice. 10 Diocese: Dia de Espiritualidade para os Agentes do SAV Setores (Alfenas, Areado e Poços): Reunião dos Coord. Paroquiais da Caríssimos Irmãos, verdadeiramente de coração vos agradeço por Catequese todo o amor e a fadiga com que carregastes comigo o peso do meu mi- 11 Setores Alfenas e Areado: Reunião dos Presbíteros nistério, e peço perdão por todos os meus defeitos. Agora confiemos a 13 Setor Passos: Reunião dos Presbíteros Santa Igreja à solicitude do seu Pastor Supremo, Nosso Senhor Jesus Cris- 14 Diocese: Reunião do Conselho de Formação Presbiteral em Guaxupé to, e peçamos a Maria, sua Mãe Santíssima, que assista, com a sua bonda- 15 Setor Guaxupé: Reunião dos Presbíteros na Catedral em Guaxupé de materna, os Padres Cardeais na eleição do novo Sumo Pontífice. Pelo Diocese: Reunião Diocesana - Catequese com Adolescentes em Guaxupé que me diz respeito, nomeadamente no futuro, quero servir de todo o Reunião da Coord. Diocesana dos Grupos de Refl exão em Guaxupé coração, com uma vida consagrada à oração, a Santa Igreja de Deus.” 20 Diocese: Encontro com os Presbíteros até 05 anos de ministério 21 Setores Cássia e Paraíso: Reunião dos Presbíteros na Paróquia Nossa Sra. do Sion Vaticano, 10 de Fevereiro de 2013. 23 Reunião do Conselho Diocesano do ECC no Setor Poços 24 Congresso de Abertura dos Trabalhos do Mov. da Mãe Rainha no BENEDICTUS PP XVI Santuário em Poços DECRETO DECRETO Dom José Lanza Neto Por mercê de Deus e da Santa Sé Apostólica Bispo Diocesano de Guaxupé A todos e todas, saudação, paz e bênção em nosso Senhor Jesus Cristo! Com a bula Universales Ecclesiae Procuratio, de 03 de fevereiro de 1916, o papa Bento XV criou a Diocese de Guaxupé, desmembrando-a da então diocese de Pouso Alegre. A criação de uma nova Diocese sempre foi e será fonte e origem de renovada esperança. De fato, muitos frutos puderam ser colhidos nesses cem anos, expressão do empenho de muitos leigos e leigas, consagrados e consagradas, seminaristas, padres e todos meus predecessores que deram sua vida no serviço da evangeliza- ção. Com o intuito de dar novo ânimo e vigor, bem como fomentar uma ação pasto- ral mais intensa em toda a Diocese de Guaxupé, havemos por bem decretar, como de fato o fazemos pelo presente, Triênio Jubilar do Centenário, fevereiro de 2013 a Dom José Lanza Neto fevereiro de 2016. Bispo Diocesano de Guaxupé Que todas as forças vivas: leigos e leigas, religiosos e religiosas, seminaristas e sacerdotes empenhem-se para que a celebração do Centenário de nossa Diocese E eu, Pe. Claiton Ramos, Chanceler do Bispado, a subscrevi. possa constituir-se em um tempo de graça para todo o povo de Deus desta Igreja Particular. Padre Claiton Ramos Dado e passado em nossa Cúria Diocesana, nesta Episcopal Cidade de Guaxupé, Chanceler do Bispado aos 03 de janeiro de 2013. *** Pede-se transcrever o presente decreto no livro do Tombo das Paróquias DIOCESE DE GUAXUPÉ 11
  • 12. Nome do grupo : JOTA – Jovens Organizados Trabalhando com Amor Paróquia: Nossa Senhora Aparecida de Serrania Símbolo do grupo: Sapo (significa mudança e transformação, devido à mudança que o réptil sofre quando deixa de ser girino ), de nome Hope (esperança). Cor utilizada: Verde Idade do grupo: 03 anos (completos em 31 de janeiro ) Identidade : PJ ( Pastoral da Juventude ) História e realizar dois projetos: PJotando (projeto além de testemunhar que No final do ano de 2009, brota no cora- diocesano com finalidade de conhecer e cada geração tem suas luzes e ção de alguns jovens a vontade de fazer mais m a - pear os grupos de PJ na Diocese, que em meio às mudanças de por sua comunidade. Os jo- através de visitas aos grupos do época e à crescente corrente mesmo setor) e o Maná (projeto da vida “light”, há sim, jovens do Setor Alfenas para evange- interessados em um mundo lizar os jovens e adolescentes, e numa vida melhor! especialmente crismandos), além de outras ações, como Depoimentos a conscientização e adesão à “O JOTA age de uma doação de sangue, visita ao forma muito especial na Lar São Vicente de Paulo e ao minha vida. É neste grupo Instituto Vida Viva que trata que me sinto cada vez mais de pessoas com câncer (em viva e mais à vontade para expressar minha “O grupo de jovens vista da CF/2012), formação opinião sobre assuntos religiosos e outros JOTA me proporcionou formação, realiza- dos jovens, caminhada em assuntos. Mudei o modo de pensar e ama- ção pessoal e comunitária, um lugar de cres- comunhão com o setor e dureci minhas ideias! No grupo, a gente cimento e amadurecimento. Nele, criei laços diocese, participando sem- cativa amizades. Cada um se importa com de fraternidade, onde cada um é reconhe- pre dos cursos, encontros, reuniões e o sentimento do outro e acho isso muito im- cido como pessoa e valorizado como tal. O vens: Dar- formações nessas instâncias. portante nas relações do grupo!” (Diovana, grupo é muito importante em minha vida, lene, Valdirene, Anderson e Samuel Há jovens do JOTA engajados nos seto- 16 anos, estudante e crismanda). pois me ajudou a enfrentar desafios deci- Bueno juntamente com o pároco Antônio res (coordenador de grupo de reflexão), na sivos para o meu fortalecimento na fé. E é Carlos e alguns casais participantes do ECC catequese (catequistas), liturgia (coordena- “Quando fui convidado a participar do essa fé no jovem e no projeto de Jesus Cristo (Encontro de Casais com Cristo) passam a ção e membros). O grupo encontra-se em JOTA, tinha em mente um lugar com mui- que renovo o meu compromisso com a gestar a formação de um grupo de jovens preparação para a JMJ e CF/2013. tos jovens, com o objetivo de falar da Igreja Igreja e a Juventude: Creio o qual teve seu primeiro “encontrão” no dia Mais do que ação, é espaço de convivên- e nada mais. Estava enganado! O primeiro na força do 31 de janeiro de 2010. A partir daquele dia, o cia, amadurecimento e apoio. A juventude, encontro com a ‘família JOTA’ estava pra mu- grupo passou a se reunir semanal- diferente do que muitos dizem, é uma fase dar a minha vida. Receberam-me mente com o intuito de da vida. E é fato que muitas pessoas en- de uma tal forma que não integração, formação e gajadas na vida da dá pra esquecer. Naquele descobrirem suas afini- momento, me senti mais dades, principalmente próximo de Deus. Sinto-me sua identidade. muito bem participando dos Organizaram-se encontros. Posso afirmar que momentos de vivên- o JOTA é meu lugar e era tudo cia: “Tarde da Famí- o que meu coração queria.” lia”, homenagem às (Wesley, 16 anos, estudante e mães, outros en- crismando ). contrões, retiros no Rancho São José, “Ser cristã não é uma atitude participação nos isolada na Igreja ou no JOTA, mas Jovem!” (Val- DNJ’s (Dia Nacio- sim, em todo e qualquer lugar em direne, 24 anos, catequista, nal da Juventude) que eu esteja. Não preciso ficar fa- pedagoga e coordenadora da equipe de com devida preparação, Grito lando que sou cristã, apenas devo a g i r Liturgia, fundadora e coordenadora do gru- dos Excluídos e servir nas Celebrações Eu- como tal! O grupo tem me proporcionado po JOTA) carísticas como animadores, leitores e tam- Igreja, tiveram sua isso todos os dias! (Darlene, 28 anos, cate- bém no coral, inclusive, alguns jovens inte- formação na PJ. Quantas amizades verda- quista, funcionária pública, fundadora e co- “Vivência e fé é o que sinto neste grupo. gravam a equipe de acólitos. deiras, casamentos, pessoas comprometi- ordenadora do grupo JOTA) Em todo o tempo que estou nesta família, Muitos jovens passaram pelo grupo. das com a política e ações sociais nasceram aprendi e revi meus conceitos. Amadureci- Alguns permaneceram e outros, não. São no seio dos grupos de jovens! A atual for- “Pra mim, não tem -me na fé. Somos um grupo aberto a mais inúmeros os motivos para que não perma- mação do JOTA está muito unida e tem como escolher um só jovens que queiram participar. No JOTA, necessem: incompatibilidade de horários, feito experiências únicas momento especial no farei minha história como cristão e pessoa ideias, carisma... Cada pessoa tem seu tem- de grupo, grupo JOTA, porque humana que sou. Agradeço muito por viver po e limite, pois cada ser é único e nós res- todos os momentos três anos maravilhosos, com muita experi- peitamos isso. Cada um segue sua vida, seu são especiais, pois é ência de vida vivida e marcante. Que seja- caminho, mas um pouquinho do JOTA leva como se fôssemos mos sempre assim, vivendo cada momento eternizado em seu coração... uma grande famí- e fortalecendo nossa fé que nos mantém lia...” (Giselle, 28 anos, unidos, firmes e fortes, em um propósito de Hoje agente comunitário vida desafiador, a de Jesus Cristo.” (Nathan, Atualmente o grupo se encontra mais e membro da Pas- 22 anos - auxiliar de escritório, catequista e unido e enraizado na fé, pois passou a ex- toral da Criança) coordenador de grupo de reflexão) pressar mais a pastoral, ajudando a lançar 12 JO JORNAL COMUNHÃO JORNAL COMUNHÃO