6. Numa tarde, os pássaros foram avisar todos os habitantes da floresta para
comparecerem numa reunião a ter lugar nessa noite, junto ao Lago.
As árvores foram as primeiras a aparecer, desajeitadas e com grandes passos
ruidosos. Afinal só andavam de vez em quando e só para assuntos muito
importantes!.
Quando todos já estavam reunidos, o Lobo, que era o presidente, começou o seu
discurso:
- Amigos, isto está impossível! Eu sugeria que pedíssemos ajuda às crianças das
aldeias para que em conjunto, encontrássemos uma solução!
- Apoiado!! – gritaram uns.
- Boa ideia!! – exclamaram outros.
7. Decidiu-se então que na manhã seguinte, as aves iriam dar as notícias a todos os
miúdos das aldeias.
Naquela manhã, centenas de pássaros de muitas cores cruzaram os céus em todas
as direções. Os crescidos ficaram contentes, mas não perceberam que as aves
estavam a falar com as crianças.
Nesta algazarra o Pedro acordou e viu um pássaro à janela que lhe disse:
- Vem depressa, tens que nos ajudar a salvar a Floresta.
O menino não sabia o que se passava, mas a linda ave explicou-lhe que os homens
estavam a destruir a Floresta. Então, o Pedro lembrou-se de avisar os outros meninos.
Tinham que ir a correr a casa de cada um. Mas sempre que lá chegavam, os
meninos já sabiam, porque outra ave já lhe tinha pedido ajuda.
8. Assim, à tardinha, todos juntos, partiram para a floresta e reuniram-se com os
animais junto ao lago.
O Lobo foi o primeiro a falar:
- Estamos muito tristes! A nossa casa está quase destruída! O que havemos de
fazer?
O Pedro teve uma ideia:
- Vamos dar as mãos à volta da floresta para que os homens maus não entrem e
assim salvamos a floresta.
9. No dia seguinte, os habitantes das aldeias estavam à procura dos meninos e foram
encontrá-los junto à floresta de mãos dadas com todos os animais que lá viviam.
Ao verem a amizade entre as crianças e os animais, os homens prometeram que não
mais iriam estragar a floresta.
Pararam de cortar as árvores, de sujar o chão, os rios e de destruir as casas dos
animais.
A partir desse dia, os homens, os animais e as árvores, viveram contentes e em paz
para sempre.