O documento discute um projeto para adolescentes que aborda temas como DSTs/AIDS, drogas e gravidez precoce. O projeto tem como objetivo promover a saúde e o desenvolvimento dos alunos por meio de palestras, dinâmicas e discussões sobre sexualidade, relacionamentos e valores. As ações são realizadas na escola e direcionadas a alunos do oitavo ano do ensino fundamental.
3. JUSTIFICATIVA
Nosso projeto visa a dar suporte ao adolescente que passa por circunstâncias
e situações importantes nesta época de sua vida. Ele passa por
transformações físicas e psicológicas que o obriga a responder às exigências
sociais e biológicas.
Nosso apoio é para que ele amplie as possibilidades de interlocução, reflexão
crítica e desenvolvimento da sua identidade social a fim de conviver
socialmente e ser aceito pelo grupo social ao qual pertence.
4. OBJETIVO
O projeto tem como objetivo responder sobre sexualidade e o
desenvolvimento da autoestima dos alunos e do senso de responsabilidade
sobre a saúde individual e coletiva, promovendo a redução do abuso de
drogas e das DST/AIDS, além da prevenção à gravidez precoce.
Ainda motiva e integra o desenvolvimento do jovem como participante da
sociedade.
5. AÇÕES
As ações preventivas são desenvolvidas no ambiente escolar para que possam ser ampliadas
para a comunidade através de alunos multiplicadores.
Domínio Individual – refere-se aos fatores específicos do indivíduo: sua carga genética, seu
aspecto psicológico e suas habilidades psicológicas e sociais.
Domínio Familiar – são os fatores relacionados aos hábitos, regras e definições de papéis na
família.
Domínio Escolar – são os fatores relacionados às regras e papéis dos membros da
Escola(alunos, diretores, professores, funcionários e coordenadores)
6. AÇÕES NA PRÁTICA
Palestras – médicos, psicólogos, auxiliares de enfermagem, ex-
dependentes químicos e alunos multiplicadores.
Dinâmicas – utilização de técnicas que abordem temas essenciais para
que os jovens se deparem com seus conflitos e carências, fatos que os
levam a uma relação perigosa com as drogas, as DST/AIDS e a gravidez
precoce.
Leitura e discussão de textos de revistas, jornais, vídeos e filmes que
abordem temas referentes à prevenção de drogas, gravidez precoce e
doenças sexualmente transmissíveis.
Entrevista com um médico ou enfermeira sobre DST/AIDS.
7. O tema AMOR será trabalhado com música popular brasileira; pesquisa de
manifestações de época na MPB; produção do “Pequeno Dicionário
Amoroso” com verbetes que figurem na linguagem dos jovens e das
produções artísticas; Análise de obras de Arte: diferença entre pornografia
e erotismo; coletânea de poesias “O Amor está no Ar”: poesias que têm o
amor como tema.
O tema RELAÇÃO FAMILIAR será trabalhado através da audição e
interpretação/canto de músicas ligadas ao tema a fim de proporcionar
reflexão com discussão dirigida.
O tema VALORES MORAIS será discutido paralelamente de acordo com os
textos apresentados anteriormente.
8. ESTRATÉGIAS
Vídeos – específicos da área da saúde e relativos aos temas propostos.
Músicas – relacionadas à cultura, sociedade, arte, relacionamentos,
saúde, família e drogas.
Mídia – identificar em jornais, revistas, televisão e internet temas que falem
sobre os temas tratados e analisá-los criticamente no que tangem suas
mensagens implícitas e explícitas.
Comportamento/cotidiano – descobrir na família através de questionários
como eram os hábitos e costumes de outras gerações.
Exemplares – tipos de contraceptivos mais conhecidos e seu uso
adequado.
Peças anatômicas – masculina e feminina.
9. Elaboração de cartazes, “folders”, “bottons” com dicas sobre prevenção
das DST/AIDS.
Cartaz informativo: dicas de locais apropriados para procurar ajuda, fazer
exames médicos e psicológicos.
Palestra – Tema: DROGAS – Convidar alguém da comunidade para dar
depoimento. Debate aberto a fim de esclarecer dúvidas formuladas pela
plateia.
11. AVALIAÇÃO
Deve possibilitar a verificação do alcance e da eficácia do trabalho dos
alunos multiplicadores, sendo contínua a fim de permitir as alterações
necessárias e o replanejamento visando à maior efetividade das ações.
Observação de reações e atitudes contrárias ou desrespeito diante de
opiniões adversas e a capacidade de argumentação com o outro.
Autoavaliação da capacidade argumentativa, assimilação de valores e
informações.
A autoavaliação- Cada aluno refletirá sobre sua participação atribuindo-se
um conceito.
14. RECURSOS MATERIAIS
Rádio
Televisão
Data show
Reprodução de textos (cópias/xerox)
Aparelho DVD
Material(papelaria)- Cartolina, papel sulfite, canetas coloridas, réguas,
cola bastão, tesouras, lápis, borrachas e canetas.
15.
16. DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS - Uma das DST (doenças sexualmente
transmissíveis) mais comuns é o papilomavírus humano (HPV), que está por trás da quase
totalidade dos casos de câncer de colo do útero e de verrugas genitais.
Um estudo americano estimou que 75% a 80% dos adultos sexualmente ativos irá adquirir
uma infecção do trato genital por HPV ao longo da vida - a maioria das mulheres tem o
primeiro contato com o HPV entre os 15 e os 25 anos. Estima-se que cerca de 10% da
população mundial apresenta o vírus.
O uso do preservativo é um importante aliado na prevenção à doença. Mas os dados não
são animadores. Segundo pesquisa divulgada em 2009 pelo Ministério da Saúde, 95% da
população sabe da importância do uso da camisinha. Mas apenas 46,5% das pessoas de
15 a 64 anos ouvidas pelos pesquisadores disseram adotar o preservativo em relações
eventuais. Outro aliado no combate à doença é a vacinação.
Antes de iniciar a atividade sexual, além de toda a orientação que pode receber da
ginecologista, a adolescente - ou mesmo a pré-adolescente - pode se vacinar contra o
HPV. Desde agosto de 2006, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou
para uso no Brasil duas vacinas que inibem o contágio pelo papilomavírus.
Por enquanto, essas formas de imunização estão disponíveis somente na rede particular
de saúde. A realização regular do exame de Papanicolau, de caráter preventivo para as
mulheres que já têm atividade sexual, identifica se há alguma alteração no colo do útero, o
que é provocado pelo papilomavírus.
Esse exame pode ser complementado com a colposcopia, através da qual também se
verificam possíveis lesões causadas pelo HPV.
17. "A maioria das mulheres tem o primeiro contato com o HPV entre os
15 e os 25 anos".
O que é o HPV
O HPV é um vírus transmitido pelo contato direto com a região infectada nas partes
íntimas. Portanto, pode ser contraído em qualquer tipo de relação sexual, incluindo sexo
oral, anal ou qualquer outro envolvendo a área genital (até mesmo através dos dedos).
Ele provoca pequenas verrugas na pele dos lábios, na abertura da vagina ou ao
redor/dentro do ânus. Embora as verrugas afetem ambos os sexos, as mulheres têm mais
verrugas que os homens. Há mais de 100 tipos de HPV.
Eles são classificados como de alto ou baixo risco de causar câncer do colo do útero. Os
principais de alto risco são o 16 e o 18 - cerca de 70% dos cânceres de colo do útero são
originados deles. Os principais de baixo risco são o 6 e o 11, causadores de 90% das
verrugas genitais.
A infecção persistente com certos tipos de HPV pode levar ao câncer do colo do útero,
que, só nos Estados Unidos, afeta mais de 10 mil mulheres a cada ano. O vírus pode
causar também câncer de ânus, vagina, vulva, pênis ou boca.
18. "O HPV é um vírus transmitido pelo contato direto com a região
infectada nas partes íntimas".
Quais são os sintomas
As verrugas são da cor da pele ou róseas, podendo ser lisas e planas ou elevadas, com
uma textura áspera. Geralmente, estão localizadas nos lábios ou na abertura da vagina,
mas também podem aparecer ao redor ou dentro do ânus. Raramente, pode haver
coceira, queimação ou dor na área genital.
As verrugas genitais podem ser descobertas no exame ginecológico, mas o diagnóstico
correto é feito por meio de biópsia. Porém, o mais preocupante é que a maioria das
pessoas que infectadas com o HPV não apresenta sinais ou sintomas e tem a cura da
infecção no prazo de dois anos - muitas vezes sem tratamento. Em 10% a 20% das
pacientes, entretanto, a infecção persiste.
Nessa situação, há uma maior probabilidade de se desenvolver um câncer no colo do
útero. E não dá para saber quando o paciente foi infectado, já que as verrugas podem
aparecer de semanas a um ano depois da exposição ao vírus.
19. A importância da vacinação
Existem dois tipos de vacinas. Uma delas é quadrivalente, porque previne contra os tipos
16, 18, 6 e 11. A outra é bivalente, prevenindo contra os tipos 16 e 18, que, como se viu,
são os mais perigosos.
As vacinas foram desenvolvidas de acordo com os tipos de HPV mais presentes no câncer
de colo do útero. Basicamente, elas estimulam a produção de anticorpos específicos para
cada tipo de papilomavírus.
Ambas são administradas por injeção e requerem três doses cada uma - a segunda deve
ser dada dois meses após a primeira, e a terceira, quatro meses depois da segunda. O
ideal é que uma das vacinas seja aplicada na mulher antes de ela iniciar a vida sexual.
O Ministério da Saúde recomenda que, para tomar a vacina, a pessoa não tenha tido
contato com o HPV e esteja na faixa dos 9 aos 26 anos. Espera-se que o uso de qualquer
uma dessas vacinas reduza significativamente o número de mulheres que desenvolvem
câncer cervical.
20. Como é o tratamento
Há muitas maneiras de tratar as verrugas genitais: algumas envolvem o uso de
medicamentos; outras, a realização de procedimentos.
A cauterização pode ser feita através de medicações, eletrocautério (cauterizador) ou
laser. Mas, em estágios avançados do problema, é necessário realizar cirurgia para a
retirada do colo do útero. E vale frisar que, mesmo com tratamento, as verrugas podem
voltar. Isso ocorre porque, ao tratarmos as verrugas (sintomas), não eliminamos a causa
do problema (o HPV).
Por outro lado, verrugas que ressurgem continuam a ser focos de transmissão da doença,
e deve haver um acompanhamento pessoal e médico rotineiro para identificá-las e eliminá-
las.
"Há mais de 100 tipos de HPV. Eles são classificados como de alto ou
baixo risco de causar câncer do colo do útero".
21. Dicas de prevenção
-Usar um preservativo a cada relação sexual. Vale lembrar que o sexo anal também requer
o uso de preservativo. Mas sabe-se que, embora fundamental, a camisinha não fornece
proteção completa contra a infecção pelo HPV, pois não cobre todas as partes expostas
da pele genital;
-Restringir o número de parceiros sexuais;
-Evitar relação sexual em caso de um dos parceiros ter corrimento anormal, ardor ao
urinar, erupção cutânea ou úlcera genital;
-Pessoas infectadas em tratamento devem evitar relações sexuais até que a doença esteja
curada, a fim de que não aconteçam novas transmissões. Da mesma forma, deve-se evitar
o sexo oral, no caso de haver úlceras ou bolhas ao redor da boca;
-As vacinas contra o HPV estão disponíveis na rede particular e podem ser tomadas dos 9
aos 26 anos de idade;
-Visitar regularmente a ginecologista para verificar se tem DST também é recomendado,
especialmente se um ou ambos os parceiros têm outros parceiros sexuais.
########################################################################