5. Justificação do projecto
A solução de alargamento e beneficiação apresentada contempla:
O alargamento da plataforma da auto-estrada de 2x2 vias para 2x4 vias;
A reformulação dos Nós de Ermesinde e de Águas Santas, da Praça de
Portagem da Plena Via de Ermesinde, das vias de entrada e saída das Áreas
de Serviço de Águas Santas;
A reformulação dos dois Túneis existentes em Águas Santas.
A obra tem uma previsão de construção de 2 anos, prevê-se a sua
conclusão em 2012.
6. Intervenientes no Projecto
Proponente:
BRISA, Auto-Estradas de Portugal, S.A.
Entidade licenciadora:
Instituto de Infra-Estruturas Rodoviárias, I.P (InIR, I.P.)
Autoridade de AIA :
APA – Agência Portuguesa do Ambiente
Decisor do procedimento AIA :
Ministério do Ambiente
7. Descritores da A.I.A. (Avaliação Impacte Ambiental)
Geomorfologia e Geologia;
Solos e Aptidão Agrícola;
Clima, Recursos Hídricos;
Qualidade do Ar;
Ambiente Sonoro (descritor analisado no nosso trabalho);
Sistemas Ecológicos (Flora e Fauna);
Património Cultural;
Paisagem;
Planeamento e Gestão do Território;
Componente Social e Resíduos.
8. Descritor: Ambiente Sonoro (ruído)
No projecto em análise e de acordo com os valores
obtidos nas medições realizadas (período
diurno, entardecer e nocturno), verifica-se que os níveis
sonoros observados resultam essencialmente da
circulação rodoviária na auto-estrada A4, que se
apresenta saturada. Concluiu-se que foram
ultrapassados os limites legais, classificando-se assim o
ambiente sonoro como ruidoso.
Como tal, será necessário proceder-se a mitigações para
minimizar os impactes decorridos deste descritor, uma
vez que, existem várias habitações nas proximidades.
9. Mitigações
O tráfego rodoviário tem impactes significativos no
ambiente, na saúde e na qualidade de vida das
populações.;
Na auto-estrada A4, irão aplicar-se barreiras acústicas
para proteger os residentes de proximidade, do intenso
ruído resultante das vias de grande confluência de
circulação rodoviária.
10. Mitigações
Como se pode constactar, na imagem, a zona das auto-
estradas A4, criam, índices de ruido muito
elevados, acima de 70dB.
A execução de Planos Gerais de
Monitorização do Ambiente tornou-
se vinculativa, com a entrada em
vigor do Decreto-lei n.º 9/2000, de 3
de Maio, pelo que abrange as auto-
estradas recentemente construídas
ou sujeitas a obras de alargamento.
11. Mitigações – Fase de Construção
Como fontes de ruído temos:
A maquinaria pesada utilizada, (origina ruídos de carácter
contínuo, e ruídos de tipo impulsivo);
O tráfego dos veículos pesados que têm como ponto de
partida ou de chegada as próprias obras.
Para que a afectação das edificações de uso
sensível, existentes na envolvente da via seja mínima, os
trabalhos a realizar durante a fase de construção serão
desenvolvidos apenas durante os dias úteis, entre as
07h00 e as 18h00.
12. Mitigações – Fase de Construção
Na construção do tunel norte, poderão surgir situações
pontuais de ambientes sonoros, altamente ruidosos, para
mitigar estes efeitos serão preconizadas soluções de
aumento da absorção sonora do emboquilhamento do túnel.
13. Mitigações – Fase de exploração
Barreiras Sonoras
Um dos métodos mais utilizados na
mitigação dos ruídos causados pelo
tráfego rodoviário;
Esta mitigação pode chegar a uma
redução do ruído nas habitações de
13dB(A) ao nível R/chão e 6dB(A)
no 1º andar.
14. Mitigações – Fase de exploração
Barreiras Sonoras
Os materiais que constituem as
barreiras sonoras são:
•Blocos de betão parcialmente preenchidos
com lã de rocha;
•Chapa metálica perfurada com lã de rocha;
•Painéis pré-fabricados de betão com inertes
leves;
•Paineis reflectores de metacrilato (vidro
acrílico extrudido);
•Blocos de betão/madeira aplicados em
paineis de betão.
15. Mitigações – Fase de exploração
Pavimentos Silenciosos
As camadas de desgaste porosas, têm sido recorrentemente
usadas como uma medida de redução do ruído;
Este método de mitigação, leva a reduções de 6dB(A) em
relação aos pavimentos normais.
16. Mitigações – Fase de exploração
Pavimentos Silenciosos
Este tipo de camadas apresenta alguns problemas, como uma
durabilidade reduzida e, ao longo do tempo, uma redução da
permeabilidade com o consequente aumento do ruído.
17. Conclusões
O ruído afecta o ambiente urbano, contribuindo para a
degradação da qualidade de vida dos cidadãos;
O planeamento de medidas, passa pela
caracterização, avaliação, elaboração e mitigação de planos
de acções;
Definiu-se o recurso à utilização de barreiras
acústicas, como método eficaz e pouco dispendioso de
controlo do ruído de tráfego;
18. Conclusões
As barreiras têm no entanto efeitos adversos tais como a
degradação do impacte visual da paisagem;
Deve pensar-se e planear-se cada vez mais e melhor
numa perspectiva preventiva, no acto da concepção do
projecto.