SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  8
Análise de Balanços
 ___________________________________________________________________________________________________________
                                                                                                           _


Análise de Balanços


Conceito e objecto de análise

A análise de balanços é uma técnica de interpretação e crítica apoiada na
contabilidade e estatística que tem como objectivo a apreciação de
balanços e documentos correlativos e complementares (por exemplo
mapas de exploração e de resultados) de índole histórico previsional ou
misto.

Tal apreciação pode ser uma simples análise de dada situação (análise
estática) ou comportar juízos sobre a evolução de certos fenómenos ou
grandezas observadas, através de documentos referentes a um ou vários
períodos (análise dinâmica)

Os estudos incidem particularmente sobre o balanço, contas de
exploração e de resultados, concentrando-se nos aspectos económicos e
financeiros. Estes visam o conhecimento da situação da empresa quanto
à estrutura qualitativa e quantitativa das suas fontes de financiamentos
bem como o prognóstico do desenvolvimento da empresa no que respeita
ao cumprimento de obrigações e variações no financiamento. Aqueles
respeitam a evolução dos resultados e as variações na estrutura dos
custos e proveitos, determinar e fazer o estudo da rentabilidade.

Na análise estática, a que nos referimos anteriormente, não tem em
conta o tempo, toma como base a situação num dado momento, o
balanço da empresa de um dado período e compara as diversas
magnitudes dentro do mesmo. Na análise dinâmica introduz a variável
temporal, proporciona um ponto na situação da empresa em certo
momento anterior ou posterior. Esta análise estuda a forma como
evoluíram as diversas grandezas económicas ou financeiras até chegarem
a determinada situação. Permite determinar as tendências com que os
diversos componentes se irão comportar e, mediante extrapolação, prever
como se irão desenvolver no futuro, facilitando a adopção de medidas
correctivas necessárias para evitar que a situação não evolua de forma
não desejável.

Cada um deste estudos, pode se realizar através do uso dos números
absolutos e relativos. Na análise mediante os números relativos,
utilizam-se os índices ou rácios que constituem uma relação entre
diversas rubricas do balanço. Na análise mediante os números absolutos
utilizam-se os valores globais e diferenças (fontes e aplicações de fundos).



__________________________________________
http://martdoceanalisebalancos.blogspot.com/
Análise de Balanços
 ___________________________________________________________________________________________________________
                                                                                                           _




O Balanço

Conceitos
É um mapa ou quadro que se destina a fazer uma comparação entre o
Activo e o Passivo, evidenciando a Situação Líquida.
O conjunto de bens e direitos constitui o Activo. O conjunto de
obrigações constitui o Passivo. A Situação Líquida ou Capital Próprio é a
diferença entre o Activo e o Passivo. O Capital Próprio e o Passivo
representam afinal as origens do capital e o activo as respectivas
aplicações.

                                                               CAPITAL PRÓPRIO
                                                                     Ou
                                                               SITUAÇÃO LIQUIDA
                                                  ACTIVO
                                                                CAPITAL ALHEIO
                                                                     Ou
                                                                   PASSIVO


Na óptica financeira, isto é, na análise de balanços, o ACTIVO
corresponde às aplicações de fundos ou investimentos. Estes bens e
direitos da empresa são financiados quer por CAPITAIS PRÓPRIOS, quer
por capitais alheios. Por isso, também se designa o 2º membro do
balanço como origens de fundos ou financiamento.



                                                APLICAÇÕES        ORIGENS

                                                    de              DE

                                                  FUNDO           FUNDOS

                                                    ou              Ou

                                               INVESTIMENTOS   FINANCIAMENTO




O total das aplicações de fundos iguala a todo o momento o total das
origens de fundos, podendo enunciar-se a equação fundamental da
contabilidade da seguinte forma:

                                          ACTIVO = PASSIVO + SITUAÇÃO LÍQUIDA

                                ACTIVO = CAPITAIS ALHEIOS+ CAPITAIS PRÓPRIOS

                                APLICAÇÕES DE FUNDOS = ORIGENS DE FUNDOS



__________________________________________
http://martdoceanalisebalancos.blogspot.com/
Análise de Balanços
 ___________________________________________________________________________________________________________
                                                                                                           _




Géneros do Balanço

Da comparação do Activo com o Passivo poderão resultar três situações
distintas:
1º O Activo é maior que o Passivo
                          Balanço do 1º género




                                                                  X1=X2+X3
Neste caso, o Capital próprio é positivo.
A > P => CP > 0 e A = CP + P

2º O Activo é igual ao Passivo
                           Balanço do 2º género




                                                                   X1=X2
Neste caso, o Capital próprio é nulo.
A = P => CP = 0

3º O Activo é menor que o Passivo
                         Balanço do 3º género




                                                                 X1= -X2+X3
Neste caso, o Capital próprio é negativo.

A < P => CP < 0 e A = - CP + P
__________________________________________
http://martdoceanalisebalancos.blogspot.com/
Análise de Balanços
 ___________________________________________________________________________________________________________
                                                                                                           _


Conjugando as expressões (1) e (2), resulta a seguinte equação do
balanço:

A = P + CP

A natureza do capital próprio vem definir três géneros de balanços que
interessa referir:

Balanço do 1º género – situação normal
Os bens e os direitos que a empresa possui ainda são suficientes para
cobrir as dividas.

Balanço do 2º género – situação pouco normal
Os bens e os direitos que a empresa dispõe apenas chegam para cobrir
as dívidas.

Balanço do 3º género – situação anormal e grave
Os bens e os direitos da empresa são insuficientes para a cobertura da
dívidas.


Objectivos do balanço

      1. O apuramento da situação patrimonial num dado momento, vale
         dizer, mostrar a qualquer momento a situação patrimonial ou a
         situação económica e financeira da empresa.

      2. A determinação dos resultados em dado período(intervalo de
         tempo).

Classificação do Balanço

Os balanços podem classificar-se de diversas maneiras das quais
citaremos as seguinte:

      a) Quanto aos motivos determinantes da sua elaboração:
            Balanço de fundação, se mostra a composição do património
              da empresa no momento da sua criação. É pois o seu
              primeiro balanço.
            Balanço de liquidação, se é elaborado nas empresas que
              entram em liquidação e se dissolvem.
            Balanço de partilha, se corresponde ao último balanço de
              liquidação e é constituído por valores definitivos.
            Balanços de gestão, se tem por fim o apuramento de
              resultados e ou determinação da situação patrimonial.

__________________________________________
http://martdoceanalisebalancos.blogspot.com/
Análise de Balanços
 ___________________________________________________________________________________________________________
                                                                                                           _


      b) Quanto à especialização dos exercícios:
            Balanço inicial, se é elaborado no inicio de cada exercício
              económico (entende-se por exercício económico ao período de
              tempo, geralmente um ano, no fim do qual a empresa faz o
              apuramento dos lucros ou prejuízos desse período)
            Balanço final, se é realizado no fim de cada exercício
              económico. Este balanço também é designado de balanço
              ordinário,
            Balanço intermédios, se são efectuados periodicamente
              dentro de cada exercício económico e pelos motivos mais
              diversos, tais como falecimento de sócios, cessão de quotas,
              etc.. Estes balanços também se designam por balanços
              extraordinários.

      c) Quanto à natureza histórica ou previsional dos valores:
            Balanços históricos, se é elaborado com base em
              importâncias extraídas da contabilidade reportando-se,
              portanto, ao passado.
            Balanço previsional, se apresenta valores estimados para a
              data a que se refere apresentando-se, pois, com carácter de
              presunção do futuro próximo.

      d) Quanto à sua estrutura:
            Balanço sintético, se é a mera expressão da relação existente
              entre o Activo, o Passivo e Capital Próprio.
            Balanço analítico, se nos mostra com mais ou menos
              pormenor a composição do Activo, do passivo e do Capital
              Próprio.
            Balanço simples ou corrido, se as contas ou rubricas se
              encontram dispostas ao acaso.
            Balanço classificado ou ordenado, se as contas se encontram
              dispostas segundo uma determinada ordem bem definida.

      e) Quanto ao dispositivo
            Balanço em dispositivo vertical
            Balanço em dispositivo horizontal

      Requisitos na elaboração do balanço

      Clareza
         O balanço tem que ser apresentado de forma clara, de forma a
         facilitar a sua interpretação. Para um melhor esclarecimento de
         certas parcelas do balanço devem ser apresentados mapas anexos,
         pois o balanço não devem ser nem demasiado sintético nem
         demasiado analítico.

__________________________________________
http://martdoceanalisebalancos.blogspot.com/
Análise de Balanços
 ___________________________________________________________________________________________________________
                                                                                                           _
      Exactidão
        Os valores das diversas contas correspondem ao valor real dos
        respectivos elementos patrimoniais.

        Integridade
          Inclusão de todos os valores patrimoniais activos e passivos e as
          rubricas do capital próprio(situação liquida) respeitando o
          princípio de proibição das compensações, isto é, as contas mistas
          não devem apresentar um único saldo. Devem ser assinaladas as
          contas de ordem, algumas das quais referem-se a factos ou
          operações que poderão implicar rendimentos, encargos,
          responsabilidade em virtude da realização ou não dos eventos a
          que respeitam.

        Verdade
          Não basta que o valor atribuído às contas seja o indicado na
          contabilidade, é preciso que as cifras apresentadas tem sido
          apuradas segundo sãos princípios contabilísticos, segundo
          critérios valorimétricos adequados. .

        Uniformidade
          Devem para os balanços sucessivos utilizar-se sempre que possível
          os mesmos critérios e normas ao nível nacional ou sectorial.

        Sinceridade
          Os elementos do balanço devem ser avaliados correctamente, isto
          é, com base em factos objectivos. Contudo, deve minimizar-se ao
          máximo a subjectividade de certas rubricas, como: Provisões,
          Amortizações, Existências, etc.


             Distorções do balanço

             Nas distorções do balanço há a considerar a não correspondência
             com a realidade dos elementos apresentados pelo balanço,
             propositada ou involuntariamente. Devido a este facto há que fazer
             um estudo profundo de cada rubrica do balanço, a terminologia
             utilizada, os valores englobados, a falta de clareza.

             As imprecisões ou erros de terminologia, os vícios dos balanços e
             dos desenvolvimentos que os acompanham só se podem esclarecer
             convenientemente quando for possível o exame da escrita
             (auditoria ou verificação das contas).

             As mais frequentes viciações do balanço podem classificar-se
             assim:

__________________________________________
http://martdoceanalisebalancos.blogspot.com/
Análise de Balanços
 ___________________________________________________________________________________________________________
                                                                                                           _
                          Por aumento do activo ou diminuição do passivo
                           Meios utilizados
                           ♦ Hiper avaliação dos bens pertencentes a empresa
                           ♦ Inclusão no activo de valores inexistentes
                           ♦ Contabilização de gastos de exploração como gastos de
                              imobilizações
                           ♦ Incorporação de rendimentos não respeitantes ao
                              exercício
                           ♦ Inventariação de mercadorias ainda não creditados aos
                              fornecedores
                           ♦ Omissão de amortizações necessárias
                           ♦ Dissimulação de dívidas a pagar

                           Fins em vista
                           ♦ Dissimulação de dívidas a pagar
                           ♦ Obtenção de créditos
                           ♦ Aliciamento de novos sócios
                           ♦ Inflação de lucros
                           ♦ Cessão ou fusão em melhores condições


                          Por diminuição do activo ou aumento do passivo.

                           Meios utilizados
                           ♦ Introdução de débitos fictícios
                           ♦ Avaliação pessimista dos elementos do activo
                           ♦ Amortizações exageradas
                           ♦ Contabilização de levantamentos e de gastos particulares
                             como gastos de exploração
                           ♦ Omissão de certos rendimentos
                           ♦ Omissão de valores activos

                           Fins em vista
                           ♦ Reembolso de partes dos que deixaram de ser sócios
                           ♦ Escamoteamento de lucros
                           ♦ Redução ou supressão dos lucros
                           ♦ Fraudes fiscais




__________________________________________
http://martdoceanalisebalancos.blogspot.com/
Análise de Balanços
 ___________________________________________________________________________________________________________
                                                                                                           _




__________________________________________
http://martdoceanalisebalancos.blogspot.com/

Contenu connexe

Tendances

Sebenta contabilidade analitica i 2014 2015 (1)
Sebenta contabilidade analitica i  2014 2015 (1)Sebenta contabilidade analitica i  2014 2015 (1)
Sebenta contabilidade analitica i 2014 2015 (1)Brígida Oliveira
 
Contabilidade basica
Contabilidade basicaContabilidade basica
Contabilidade basicajfsead
 
Exercicio análise
Exercicio análiseExercicio análise
Exercicio análisevaniasiquei
 
Resumos introdução à gestão
Resumos introdução à gestãoResumos introdução à gestão
Resumos introdução à gestãoDaniel Vieira
 
Exercicios resolvidos contabilidade aula 10
Exercicios resolvidos contabilidade   aula 10Exercicios resolvidos contabilidade   aula 10
Exercicios resolvidos contabilidade aula 10cathedracontabil
 
1000 exercicios resolvidos contabilidade
1000 exercicios resolvidos contabilidade1000 exercicios resolvidos contabilidade
1000 exercicios resolvidos contabilidaderazonetecontabil
 
Auditoria de inventários
Auditoria de inventáriosAuditoria de inventários
Auditoria de inventáriosfabioavela
 
A ciência contabilística e a contabilidade de custos
A ciência contabilística e a contabilidade de custosA ciência contabilística e a contabilidade de custos
A ciência contabilística e a contabilidade de custosUniversidade Pedagogica
 
Sistemas de custeio nas empresas.Pdf
Sistemas de custeio nas empresas.Pdf Sistemas de custeio nas empresas.Pdf
Sistemas de custeio nas empresas.Pdf RichardSariaZacarias
 
Trabalho final de contabilidade de gestão grupo 3 g2_na_2009
Trabalho final de contabilidade de gestão grupo 3 g2_na_2009Trabalho final de contabilidade de gestão grupo 3 g2_na_2009
Trabalho final de contabilidade de gestão grupo 3 g2_na_2009Nuno Tasso de Figueiredo
 
Contabilidade de Custos - Classificação dos Custos - Parte 2
Contabilidade de Custos - Classificação dos Custos - Parte 2Contabilidade de Custos - Classificação dos Custos - Parte 2
Contabilidade de Custos - Classificação dos Custos - Parte 2Diego Lopes
 
Administração Financeira
Administração FinanceiraAdministração Financeira
Administração Financeiraelliando dias
 
Fluxo de Caixa: teoria e prática
Fluxo de Caixa: teoria e práticaFluxo de Caixa: teoria e prática
Fluxo de Caixa: teoria e práticaElmano Cavalcanti
 
Exemplo resolvido modelo peps
Exemplo resolvido modelo pepsExemplo resolvido modelo peps
Exemplo resolvido modelo pepsAlmirSantos36
 

Tendances (20)

Sebenta contabilidade analitica i 2014 2015 (1)
Sebenta contabilidade analitica i  2014 2015 (1)Sebenta contabilidade analitica i  2014 2015 (1)
Sebenta contabilidade analitica i 2014 2015 (1)
 
Tesouraria
TesourariaTesouraria
Tesouraria
 
Contabilidade basica
Contabilidade basicaContabilidade basica
Contabilidade basica
 
Exercicio análise
Exercicio análiseExercicio análise
Exercicio análise
 
Plano de contas
Plano de contasPlano de contas
Plano de contas
 
Cfi 2017 2018
Cfi 2017 2018Cfi 2017 2018
Cfi 2017 2018
 
Resumos introdução à gestão
Resumos introdução à gestãoResumos introdução à gestão
Resumos introdução à gestão
 
Exercicios resolvidos contabilidade aula 10
Exercicios resolvidos contabilidade   aula 10Exercicios resolvidos contabilidade   aula 10
Exercicios resolvidos contabilidade aula 10
 
Bp exercicios resolvidos
Bp exercicios resolvidosBp exercicios resolvidos
Bp exercicios resolvidos
 
Fundo de maneio completo
Fundo de maneio completoFundo de maneio completo
Fundo de maneio completo
 
1000 exercicios resolvidos contabilidade
1000 exercicios resolvidos contabilidade1000 exercicios resolvidos contabilidade
1000 exercicios resolvidos contabilidade
 
Pgc nirf
Pgc   nirfPgc   nirf
Pgc nirf
 
Auditoria de inventários
Auditoria de inventáriosAuditoria de inventários
Auditoria de inventários
 
A ciência contabilística e a contabilidade de custos
A ciência contabilística e a contabilidade de custosA ciência contabilística e a contabilidade de custos
A ciência contabilística e a contabilidade de custos
 
Sistemas de custeio nas empresas.Pdf
Sistemas de custeio nas empresas.Pdf Sistemas de custeio nas empresas.Pdf
Sistemas de custeio nas empresas.Pdf
 
Trabalho final de contabilidade de gestão grupo 3 g2_na_2009
Trabalho final de contabilidade de gestão grupo 3 g2_na_2009Trabalho final de contabilidade de gestão grupo 3 g2_na_2009
Trabalho final de contabilidade de gestão grupo 3 g2_na_2009
 
Contabilidade de Custos - Classificação dos Custos - Parte 2
Contabilidade de Custos - Classificação dos Custos - Parte 2Contabilidade de Custos - Classificação dos Custos - Parte 2
Contabilidade de Custos - Classificação dos Custos - Parte 2
 
Administração Financeira
Administração FinanceiraAdministração Financeira
Administração Financeira
 
Fluxo de Caixa: teoria e prática
Fluxo de Caixa: teoria e práticaFluxo de Caixa: teoria e prática
Fluxo de Caixa: teoria e prática
 
Exemplo resolvido modelo peps
Exemplo resolvido modelo pepsExemplo resolvido modelo peps
Exemplo resolvido modelo peps
 

En vedette

Demonstrações contábeis e sua análise
Demonstrações contábeis e sua análiseDemonstrações contábeis e sua análise
Demonstrações contábeis e sua análisesmalheiros
 
Analise vertical e horizontal
Analise vertical e horizontalAnalise vertical e horizontal
Analise vertical e horizontaladmcontabil
 
Análise Económica - Conceitos e Exercícios Resolvidos
Análise Económica - Conceitos e Exercícios ResolvidosAnálise Económica - Conceitos e Exercícios Resolvidos
Análise Económica - Conceitos e Exercícios ResolvidosLuís Carlos Cardoso
 
Analise das demonstrações financeiras
Analise das demonstrações financeirasAnalise das demonstrações financeiras
Analise das demonstrações financeirasbelyalmeida
 
Estrutura da demonstra das demonstracoes financeiras respostas exercicios
Estrutura da demonstra das demonstracoes financeiras   respostas exerciciosEstrutura da demonstra das demonstracoes financeiras   respostas exercicios
Estrutura da demonstra das demonstracoes financeiras respostas exerciciosClaudio Parra
 
Estrutura das dem contabeis aula 1
Estrutura das dem contabeis   aula 1Estrutura das dem contabeis   aula 1
Estrutura das dem contabeis aula 1joseesade
 
Caderno - Análise Financeira
Caderno - Análise FinanceiraCaderno - Análise Financeira
Caderno - Análise FinanceiraCadernos PPT
 
Balancos analise financeira
Balancos analise financeiraBalancos analise financeira
Balancos analise financeiraadmcontabil
 
Analise das Demonstrações Financeiras
Analise das Demonstrações FinanceirasAnalise das Demonstrações Financeiras
Analise das Demonstrações FinanceirasIsabel Castilho
 

En vedette (10)

Demonstrações contábeis e sua análise
Demonstrações contábeis e sua análiseDemonstrações contábeis e sua análise
Demonstrações contábeis e sua análise
 
Analise vertical e horizontal
Analise vertical e horizontalAnalise vertical e horizontal
Analise vertical e horizontal
 
Análise Económica - Conceitos e Exercícios Resolvidos
Análise Económica - Conceitos e Exercícios ResolvidosAnálise Económica - Conceitos e Exercícios Resolvidos
Análise Económica - Conceitos e Exercícios Resolvidos
 
Analise das demonstrações financeiras
Analise das demonstrações financeirasAnalise das demonstrações financeiras
Analise das demonstrações financeiras
 
Estrutura da demonstra das demonstracoes financeiras respostas exercicios
Estrutura da demonstra das demonstracoes financeiras   respostas exerciciosEstrutura da demonstra das demonstracoes financeiras   respostas exercicios
Estrutura da demonstra das demonstracoes financeiras respostas exercicios
 
Estrutura das dem contabeis aula 1
Estrutura das dem contabeis   aula 1Estrutura das dem contabeis   aula 1
Estrutura das dem contabeis aula 1
 
Caderno - Análise Financeira
Caderno - Análise FinanceiraCaderno - Análise Financeira
Caderno - Análise Financeira
 
Balancos analise financeira
Balancos analise financeiraBalancos analise financeira
Balancos analise financeira
 
Análise de Balanços
Análise de BalançosAnálise de Balanços
Análise de Balanços
 
Analise das Demonstrações Financeiras
Analise das Demonstrações FinanceirasAnalise das Demonstrações Financeiras
Analise das Demonstrações Financeiras
 

Similaire à Introdução à Análise de Balanços

Contabilidade i 08 - unidade viii – demonstrações contábeis
Contabilidade i   08 - unidade viii – demonstrações contábeisContabilidade i   08 - unidade viii – demonstrações contábeis
Contabilidade i 08 - unidade viii – demonstrações contábeisgeral contabil
 
Apostila i analise de balancos
Apostila i   analise de balancosApostila i   analise de balancos
Apostila i analise de balancoszeramento contabil
 
Origens aplicações – demonstrações financeiras
Origens aplicações – demonstrações financeirasOrigens aplicações – demonstrações financeiras
Origens aplicações – demonstrações financeirasalbumina
 
10 contabilidade introdutoria
10  contabilidade introdutoria10  contabilidade introdutoria
10 contabilidade introdutoriaacm225
 
Conteúdo das disciplinas iniciais de Contabilidade
Conteúdo das disciplinas iniciais de ContabilidadeConteúdo das disciplinas iniciais de Contabilidade
Conteúdo das disciplinas iniciais de ContabilidadeWilliam Ribeiro
 
Módulo 2.1 - O Balanço
Módulo 2.1 - O BalançoMódulo 2.1 - O Balanço
Módulo 2.1 - O BalançoEva Gomes
 
CONTABILIDADE BASICA E ESCRITURAÇÃO FISCAL
CONTABILIDADE BASICA E ESCRITURAÇÃO FISCALCONTABILIDADE BASICA E ESCRITURAÇÃO FISCAL
CONTABILIDADE BASICA E ESCRITURAÇÃO FISCALElua Brasil
 
D f c 0001
D f c 0001D f c 0001
D f c 0001albumina
 
Analisededemonstraesfinanceiras 100209192341-phpapp02
Analisededemonstraesfinanceiras 100209192341-phpapp02Analisededemonstraesfinanceiras 100209192341-phpapp02
Analisededemonstraesfinanceiras 100209192341-phpapp02Josélia Mendes
 
Balanço Patrimonial V 5
Balanço Patrimonial V 5Balanço Patrimonial V 5
Balanço Patrimonial V 5ctccecbg
 
Artigo -_ndices_de_endividamento
Artigo  -_ndices_de_endividamentoArtigo  -_ndices_de_endividamento
Artigo -_ndices_de_endividamentoJonathas Oliveia
 
Balanço e as demonstrações de resultados
Balanço e as demonstrações de resultadosBalanço e as demonstrações de resultados
Balanço e as demonstrações de resultadosUniversidade Pedagogica
 
Cursooo modulo 2
Cursooo modulo 2Cursooo modulo 2
Cursooo modulo 2consulte
 

Similaire à Introdução à Análise de Balanços (20)

O balanço
O balançoO balanço
O balanço
 
Contabilidade i 08 - unidade viii – demonstrações contábeis
Contabilidade i   08 - unidade viii – demonstrações contábeisContabilidade i   08 - unidade viii – demonstrações contábeis
Contabilidade i 08 - unidade viii – demonstrações contábeis
 
Balancetes.pdf
Balancetes.pdfBalancetes.pdf
Balancetes.pdf
 
Apostila i analise de balancos
Apostila i   analise de balancosApostila i   analise de balancos
Apostila i analise de balancos
 
Origens aplicações – demonstrações financeiras
Origens aplicações – demonstrações financeirasOrigens aplicações – demonstrações financeiras
Origens aplicações – demonstrações financeiras
 
Aula fiscal 01 apostila
Aula fiscal 01   apostilaAula fiscal 01   apostila
Aula fiscal 01 apostila
 
10 contabilidade introdutoria
10  contabilidade introdutoria10  contabilidade introdutoria
10 contabilidade introdutoria
 
Conteúdo das disciplinas iniciais de Contabilidade
Conteúdo das disciplinas iniciais de ContabilidadeConteúdo das disciplinas iniciais de Contabilidade
Conteúdo das disciplinas iniciais de Contabilidade
 
Módulo 2.1 - O Balanço
Módulo 2.1 - O BalançoMódulo 2.1 - O Balanço
Módulo 2.1 - O Balanço
 
CONTABILIDADE BASICA E ESCRITURAÇÃO FISCAL
CONTABILIDADE BASICA E ESCRITURAÇÃO FISCALCONTABILIDADE BASICA E ESCRITURAÇÃO FISCAL
CONTABILIDADE BASICA E ESCRITURAÇÃO FISCAL
 
D f c 0001
D f c 0001D f c 0001
D f c 0001
 
3 ua-cf caderno-apoio_3
3 ua-cf caderno-apoio_33 ua-cf caderno-apoio_3
3 ua-cf caderno-apoio_3
 
Guiamutualidades 2
Guiamutualidades 2Guiamutualidades 2
Guiamutualidades 2
 
4 aud fiscal-apostila
4 aud fiscal-apostila4 aud fiscal-apostila
4 aud fiscal-apostila
 
Analisededemonstraesfinanceiras 100209192341-phpapp02
Analisededemonstraesfinanceiras 100209192341-phpapp02Analisededemonstraesfinanceiras 100209192341-phpapp02
Analisededemonstraesfinanceiras 100209192341-phpapp02
 
Fluxo de caixa
Fluxo de caixaFluxo de caixa
Fluxo de caixa
 
Balanço Patrimonial V 5
Balanço Patrimonial V 5Balanço Patrimonial V 5
Balanço Patrimonial V 5
 
Artigo -_ndices_de_endividamento
Artigo  -_ndices_de_endividamentoArtigo  -_ndices_de_endividamento
Artigo -_ndices_de_endividamento
 
Balanço e as demonstrações de resultados
Balanço e as demonstrações de resultadosBalanço e as demonstrações de resultados
Balanço e as demonstrações de resultados
 
Cursooo modulo 2
Cursooo modulo 2Cursooo modulo 2
Cursooo modulo 2
 

Plus de Martinho Doce

Correcção de Exame de Análise de Balanços 2009
Correcção de Exame de Análise de Balanços 2009Correcção de Exame de Análise de Balanços 2009
Correcção de Exame de Análise de Balanços 2009Martinho Doce
 
Solvibilidade Total e Longo Prazo
Solvibilidade Total e Longo PrazoSolvibilidade Total e Longo Prazo
Solvibilidade Total e Longo PrazoMartinho Doce
 
Solvibilidade Total e Longo Prazo
Solvibilidade Total e Longo PrazoSolvibilidade Total e Longo Prazo
Solvibilidade Total e Longo PrazoMartinho Doce
 
Solvibilidade Total e Longo Prazo
Solvibilidade Total e Longo PrazoSolvibilidade Total e Longo Prazo
Solvibilidade Total e Longo PrazoMartinho Doce
 
Solvibilidade Total e Longo Prazo
Solvibilidade Total e Longo PrazoSolvibilidade Total e Longo Prazo
Solvibilidade Total e Longo PrazoMartinho Doce
 
Solvibilidade Total e Longo Prazo
Solvibilidade Total e Longo PrazoSolvibilidade Total e Longo Prazo
Solvibilidade Total e Longo PrazoMartinho Doce
 
Solvibilidade Total e Longo Prazo
Solvibilidade Total e Longo PrazoSolvibilidade Total e Longo Prazo
Solvibilidade Total e Longo PrazoMartinho Doce
 
Solvibilidade Total e Longo Prazo
Solvibilidade Total e Longo PrazoSolvibilidade Total e Longo Prazo
Solvibilidade Total e Longo PrazoMartinho Doce
 
Solvibilidade Total e Longo Prazo
Solvibilidade Total e Longo PrazoSolvibilidade Total e Longo Prazo
Solvibilidade Total e Longo PrazoMartinho Doce
 
Solvibilidade Total e Longo Prazo
Solvibilidade Total e Longo PrazoSolvibilidade Total e Longo Prazo
Solvibilidade Total e Longo PrazoMartinho Doce
 
Solvibilidade Total e Longo Prazo
Solvibilidade Total e Longo PrazoSolvibilidade Total e Longo Prazo
Solvibilidade Total e Longo PrazoMartinho Doce
 
Solvibilidade Total e Longo Prazo
Solvibilidade Total e Longo PrazoSolvibilidade Total e Longo Prazo
Solvibilidade Total e Longo PrazoMartinho Doce
 
Solvibilidade Total e Longo Prazo
Solvibilidade Total e Longo PrazoSolvibilidade Total e Longo Prazo
Solvibilidade Total e Longo PrazoMartinho Doce
 
Balanço de Fontes e Aplicações de Fundos
Balanço de Fontes e Aplicações de FundosBalanço de Fontes e Aplicações de Fundos
Balanço de Fontes e Aplicações de FundosMartinho Doce
 
Balanço de Fontes e Aplicações de Fundos
Balanço de Fontes e Aplicações de FundosBalanço de Fontes e Aplicações de Fundos
Balanço de Fontes e Aplicações de FundosMartinho Doce
 

Plus de Martinho Doce (20)

Tecnicas de vendas
Tecnicas de vendasTecnicas de vendas
Tecnicas de vendas
 
Técnicas de vendas
Técnicas de vendasTécnicas de vendas
Técnicas de vendas
 
Técnicas de vendas
Técnicas de vendasTécnicas de vendas
Técnicas de vendas
 
Técnicas de vendas
Técnicas de vendasTécnicas de vendas
Técnicas de vendas
 
Técnicas de vendas
Técnicas de vendasTécnicas de vendas
Técnicas de vendas
 
Correcção de Exame de Análise de Balanços 2009
Correcção de Exame de Análise de Balanços 2009Correcção de Exame de Análise de Balanços 2009
Correcção de Exame de Análise de Balanços 2009
 
Solvibilidade Total e Longo Prazo
Solvibilidade Total e Longo PrazoSolvibilidade Total e Longo Prazo
Solvibilidade Total e Longo Prazo
 
Solvibilidade Total e Longo Prazo
Solvibilidade Total e Longo PrazoSolvibilidade Total e Longo Prazo
Solvibilidade Total e Longo Prazo
 
Solvibilidade Total e Longo Prazo
Solvibilidade Total e Longo PrazoSolvibilidade Total e Longo Prazo
Solvibilidade Total e Longo Prazo
 
Solvibilidade Total e Longo Prazo
Solvibilidade Total e Longo PrazoSolvibilidade Total e Longo Prazo
Solvibilidade Total e Longo Prazo
 
Solvibilidade Total e Longo Prazo
Solvibilidade Total e Longo PrazoSolvibilidade Total e Longo Prazo
Solvibilidade Total e Longo Prazo
 
Solvibilidade Total e Longo Prazo
Solvibilidade Total e Longo PrazoSolvibilidade Total e Longo Prazo
Solvibilidade Total e Longo Prazo
 
Solvibilidade Total e Longo Prazo
Solvibilidade Total e Longo PrazoSolvibilidade Total e Longo Prazo
Solvibilidade Total e Longo Prazo
 
Solvibilidade Total e Longo Prazo
Solvibilidade Total e Longo PrazoSolvibilidade Total e Longo Prazo
Solvibilidade Total e Longo Prazo
 
Solvibilidade Total e Longo Prazo
Solvibilidade Total e Longo PrazoSolvibilidade Total e Longo Prazo
Solvibilidade Total e Longo Prazo
 
Solvibilidade Total e Longo Prazo
Solvibilidade Total e Longo PrazoSolvibilidade Total e Longo Prazo
Solvibilidade Total e Longo Prazo
 
Solvibilidade Total e Longo Prazo
Solvibilidade Total e Longo PrazoSolvibilidade Total e Longo Prazo
Solvibilidade Total e Longo Prazo
 
Solvibilidade Total e Longo Prazo
Solvibilidade Total e Longo PrazoSolvibilidade Total e Longo Prazo
Solvibilidade Total e Longo Prazo
 
Balanço de Fontes e Aplicações de Fundos
Balanço de Fontes e Aplicações de FundosBalanço de Fontes e Aplicações de Fundos
Balanço de Fontes e Aplicações de Fundos
 
Balanço de Fontes e Aplicações de Fundos
Balanço de Fontes e Aplicações de FundosBalanço de Fontes e Aplicações de Fundos
Balanço de Fontes e Aplicações de Fundos
 

Introdução à Análise de Balanços

  • 1. Análise de Balanços ___________________________________________________________________________________________________________ _ Análise de Balanços Conceito e objecto de análise A análise de balanços é uma técnica de interpretação e crítica apoiada na contabilidade e estatística que tem como objectivo a apreciação de balanços e documentos correlativos e complementares (por exemplo mapas de exploração e de resultados) de índole histórico previsional ou misto. Tal apreciação pode ser uma simples análise de dada situação (análise estática) ou comportar juízos sobre a evolução de certos fenómenos ou grandezas observadas, através de documentos referentes a um ou vários períodos (análise dinâmica) Os estudos incidem particularmente sobre o balanço, contas de exploração e de resultados, concentrando-se nos aspectos económicos e financeiros. Estes visam o conhecimento da situação da empresa quanto à estrutura qualitativa e quantitativa das suas fontes de financiamentos bem como o prognóstico do desenvolvimento da empresa no que respeita ao cumprimento de obrigações e variações no financiamento. Aqueles respeitam a evolução dos resultados e as variações na estrutura dos custos e proveitos, determinar e fazer o estudo da rentabilidade. Na análise estática, a que nos referimos anteriormente, não tem em conta o tempo, toma como base a situação num dado momento, o balanço da empresa de um dado período e compara as diversas magnitudes dentro do mesmo. Na análise dinâmica introduz a variável temporal, proporciona um ponto na situação da empresa em certo momento anterior ou posterior. Esta análise estuda a forma como evoluíram as diversas grandezas económicas ou financeiras até chegarem a determinada situação. Permite determinar as tendências com que os diversos componentes se irão comportar e, mediante extrapolação, prever como se irão desenvolver no futuro, facilitando a adopção de medidas correctivas necessárias para evitar que a situação não evolua de forma não desejável. Cada um deste estudos, pode se realizar através do uso dos números absolutos e relativos. Na análise mediante os números relativos, utilizam-se os índices ou rácios que constituem uma relação entre diversas rubricas do balanço. Na análise mediante os números absolutos utilizam-se os valores globais e diferenças (fontes e aplicações de fundos). __________________________________________ http://martdoceanalisebalancos.blogspot.com/
  • 2. Análise de Balanços ___________________________________________________________________________________________________________ _ O Balanço Conceitos É um mapa ou quadro que se destina a fazer uma comparação entre o Activo e o Passivo, evidenciando a Situação Líquida. O conjunto de bens e direitos constitui o Activo. O conjunto de obrigações constitui o Passivo. A Situação Líquida ou Capital Próprio é a diferença entre o Activo e o Passivo. O Capital Próprio e o Passivo representam afinal as origens do capital e o activo as respectivas aplicações. CAPITAL PRÓPRIO Ou SITUAÇÃO LIQUIDA ACTIVO CAPITAL ALHEIO Ou PASSIVO Na óptica financeira, isto é, na análise de balanços, o ACTIVO corresponde às aplicações de fundos ou investimentos. Estes bens e direitos da empresa são financiados quer por CAPITAIS PRÓPRIOS, quer por capitais alheios. Por isso, também se designa o 2º membro do balanço como origens de fundos ou financiamento. APLICAÇÕES ORIGENS de DE FUNDO FUNDOS ou Ou INVESTIMENTOS FINANCIAMENTO O total das aplicações de fundos iguala a todo o momento o total das origens de fundos, podendo enunciar-se a equação fundamental da contabilidade da seguinte forma: ACTIVO = PASSIVO + SITUAÇÃO LÍQUIDA ACTIVO = CAPITAIS ALHEIOS+ CAPITAIS PRÓPRIOS APLICAÇÕES DE FUNDOS = ORIGENS DE FUNDOS __________________________________________ http://martdoceanalisebalancos.blogspot.com/
  • 3. Análise de Balanços ___________________________________________________________________________________________________________ _ Géneros do Balanço Da comparação do Activo com o Passivo poderão resultar três situações distintas: 1º O Activo é maior que o Passivo Balanço do 1º género X1=X2+X3 Neste caso, o Capital próprio é positivo. A > P => CP > 0 e A = CP + P 2º O Activo é igual ao Passivo Balanço do 2º género X1=X2 Neste caso, o Capital próprio é nulo. A = P => CP = 0 3º O Activo é menor que o Passivo Balanço do 3º género X1= -X2+X3 Neste caso, o Capital próprio é negativo. A < P => CP < 0 e A = - CP + P __________________________________________ http://martdoceanalisebalancos.blogspot.com/
  • 4. Análise de Balanços ___________________________________________________________________________________________________________ _ Conjugando as expressões (1) e (2), resulta a seguinte equação do balanço: A = P + CP A natureza do capital próprio vem definir três géneros de balanços que interessa referir: Balanço do 1º género – situação normal Os bens e os direitos que a empresa possui ainda são suficientes para cobrir as dividas. Balanço do 2º género – situação pouco normal Os bens e os direitos que a empresa dispõe apenas chegam para cobrir as dívidas. Balanço do 3º género – situação anormal e grave Os bens e os direitos da empresa são insuficientes para a cobertura da dívidas. Objectivos do balanço 1. O apuramento da situação patrimonial num dado momento, vale dizer, mostrar a qualquer momento a situação patrimonial ou a situação económica e financeira da empresa. 2. A determinação dos resultados em dado período(intervalo de tempo). Classificação do Balanço Os balanços podem classificar-se de diversas maneiras das quais citaremos as seguinte: a) Quanto aos motivos determinantes da sua elaboração:  Balanço de fundação, se mostra a composição do património da empresa no momento da sua criação. É pois o seu primeiro balanço.  Balanço de liquidação, se é elaborado nas empresas que entram em liquidação e se dissolvem.  Balanço de partilha, se corresponde ao último balanço de liquidação e é constituído por valores definitivos.  Balanços de gestão, se tem por fim o apuramento de resultados e ou determinação da situação patrimonial. __________________________________________ http://martdoceanalisebalancos.blogspot.com/
  • 5. Análise de Balanços ___________________________________________________________________________________________________________ _ b) Quanto à especialização dos exercícios:  Balanço inicial, se é elaborado no inicio de cada exercício económico (entende-se por exercício económico ao período de tempo, geralmente um ano, no fim do qual a empresa faz o apuramento dos lucros ou prejuízos desse período)  Balanço final, se é realizado no fim de cada exercício económico. Este balanço também é designado de balanço ordinário,  Balanço intermédios, se são efectuados periodicamente dentro de cada exercício económico e pelos motivos mais diversos, tais como falecimento de sócios, cessão de quotas, etc.. Estes balanços também se designam por balanços extraordinários. c) Quanto à natureza histórica ou previsional dos valores:  Balanços históricos, se é elaborado com base em importâncias extraídas da contabilidade reportando-se, portanto, ao passado.  Balanço previsional, se apresenta valores estimados para a data a que se refere apresentando-se, pois, com carácter de presunção do futuro próximo. d) Quanto à sua estrutura:  Balanço sintético, se é a mera expressão da relação existente entre o Activo, o Passivo e Capital Próprio.  Balanço analítico, se nos mostra com mais ou menos pormenor a composição do Activo, do passivo e do Capital Próprio.  Balanço simples ou corrido, se as contas ou rubricas se encontram dispostas ao acaso.  Balanço classificado ou ordenado, se as contas se encontram dispostas segundo uma determinada ordem bem definida. e) Quanto ao dispositivo  Balanço em dispositivo vertical  Balanço em dispositivo horizontal Requisitos na elaboração do balanço Clareza O balanço tem que ser apresentado de forma clara, de forma a facilitar a sua interpretação. Para um melhor esclarecimento de certas parcelas do balanço devem ser apresentados mapas anexos, pois o balanço não devem ser nem demasiado sintético nem demasiado analítico. __________________________________________ http://martdoceanalisebalancos.blogspot.com/
  • 6. Análise de Balanços ___________________________________________________________________________________________________________ _ Exactidão Os valores das diversas contas correspondem ao valor real dos respectivos elementos patrimoniais. Integridade Inclusão de todos os valores patrimoniais activos e passivos e as rubricas do capital próprio(situação liquida) respeitando o princípio de proibição das compensações, isto é, as contas mistas não devem apresentar um único saldo. Devem ser assinaladas as contas de ordem, algumas das quais referem-se a factos ou operações que poderão implicar rendimentos, encargos, responsabilidade em virtude da realização ou não dos eventos a que respeitam. Verdade Não basta que o valor atribuído às contas seja o indicado na contabilidade, é preciso que as cifras apresentadas tem sido apuradas segundo sãos princípios contabilísticos, segundo critérios valorimétricos adequados. . Uniformidade Devem para os balanços sucessivos utilizar-se sempre que possível os mesmos critérios e normas ao nível nacional ou sectorial. Sinceridade Os elementos do balanço devem ser avaliados correctamente, isto é, com base em factos objectivos. Contudo, deve minimizar-se ao máximo a subjectividade de certas rubricas, como: Provisões, Amortizações, Existências, etc. Distorções do balanço Nas distorções do balanço há a considerar a não correspondência com a realidade dos elementos apresentados pelo balanço, propositada ou involuntariamente. Devido a este facto há que fazer um estudo profundo de cada rubrica do balanço, a terminologia utilizada, os valores englobados, a falta de clareza. As imprecisões ou erros de terminologia, os vícios dos balanços e dos desenvolvimentos que os acompanham só se podem esclarecer convenientemente quando for possível o exame da escrita (auditoria ou verificação das contas). As mais frequentes viciações do balanço podem classificar-se assim: __________________________________________ http://martdoceanalisebalancos.blogspot.com/
  • 7. Análise de Balanços ___________________________________________________________________________________________________________ _  Por aumento do activo ou diminuição do passivo Meios utilizados ♦ Hiper avaliação dos bens pertencentes a empresa ♦ Inclusão no activo de valores inexistentes ♦ Contabilização de gastos de exploração como gastos de imobilizações ♦ Incorporação de rendimentos não respeitantes ao exercício ♦ Inventariação de mercadorias ainda não creditados aos fornecedores ♦ Omissão de amortizações necessárias ♦ Dissimulação de dívidas a pagar Fins em vista ♦ Dissimulação de dívidas a pagar ♦ Obtenção de créditos ♦ Aliciamento de novos sócios ♦ Inflação de lucros ♦ Cessão ou fusão em melhores condições  Por diminuição do activo ou aumento do passivo. Meios utilizados ♦ Introdução de débitos fictícios ♦ Avaliação pessimista dos elementos do activo ♦ Amortizações exageradas ♦ Contabilização de levantamentos e de gastos particulares como gastos de exploração ♦ Omissão de certos rendimentos ♦ Omissão de valores activos Fins em vista ♦ Reembolso de partes dos que deixaram de ser sócios ♦ Escamoteamento de lucros ♦ Redução ou supressão dos lucros ♦ Fraudes fiscais __________________________________________ http://martdoceanalisebalancos.blogspot.com/
  • 8. Análise de Balanços ___________________________________________________________________________________________________________ _ __________________________________________ http://martdoceanalisebalancos.blogspot.com/