2. ORIGENS DO MODERNISMO:Período histórico: INDUSTRIALIZAÇÃO - na ultima década do século XIX.William Morris (1834-1896) , que originou o movimento ART NOUVEAU, estabeleceu a prática de os artistas desenharem objetos para a produção em série pela indústria. PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL (1914-1918).
3. AS VANGUARDAS - Expressionismo, Fauvismo, Cubismo, Futurismo, Abstracionismo, dadaísmo Surrealismo, Op-art, Pop-art: que expressam de algum modo à perplexidade do homem contemporâneo e não tinha mais apenas a preocupação de romper com os modelos acadêmicos.
4. Anita Malfatti (1889 – 1964): Pintora, desenhista, gravadora, ilustradora e professora. Inicia seu aprendizado artístico com a mãe Betty Malfatti. Devido a uma atrofia congênita no braço e na mão direita, utiliza a mão esquerda para pintar. Incentivada pela família foi, em 1910, para a Alemanha, onde freqüentou, por três anos, a Academia Real de Berlim. Estudou gravura, desenho e pintura, além de conhecer os principais mestres do expressionismo alemão.
5. De volta ao Brasil, em 1914, realizou sua primeira exposição individual Outra vez Anita, pensava em partir para continuar seus estudos. Sem condições, tentou pleitear o Pensionato Artístico do estado de São Paulo, bolsa do governo. FOTO DA EXPOSIÇÃO
6. 1)Anita Malfatti, O farol, 1915 óleo s/ tela, 46,5x61 cm coleção (Gilberto Chateaubriand)2) O farol de Monhegan em fotografia realizada por volta de 1859.
7. Em 1915, a artista parte para mais um período de estudos Desta vez nos Estados Unidos, onde tem aulas com Homer Boss (1882 - 1956) na Independent School of Art. A convivência com este professor americano e com o clima vanguardista da escola irá levar adiante o desenvolvimento da liberdade moderna cultivada na Alemanha. É aí que ela realiza seus trabalhos mais conhecidos, como O Farol (1915), Torso/Ritmo (1915/1916) e O Homem Amarelo (1915/1916). Nesses quadros, o desenho perde o compromisso com a verossimilhança clássica e ganha sentido mais interpretativo. Por vezes, o contorno grosso e sinuoso apresenta as figuras como uma massa pesada e volumosa. Em outros trabalhos, com o traço mais fechado, a cor é aplainada e compõe retratos e paisagens livres, pela articulação de superfícies em cores contrastantes. Conforme Itaú Cultural. Em 1916, Anita volta ao Brasil, voltara depois de 3 anos e meio devido aos rumores de guerra próxima Anita Malfatti, Ritmo (Torso), 1915/16, carvão e pastel 61x46,6 cm. Coleção. (MAC_USP, SP)
8. Exposição de 1917 Nesta exposição, a pintora restringiu-se aos trabalhos feitos depois de 1914, isto é, os pintados nos estados Unidos e aos recentes pintados no Brasil. Anita não negava sua fase norte-americana: queria impô-la e vê-la aceita como valor artístico. Talvez por isso absteve-se de colocar muitas obras demasiado “provocativas”, como os carvões e pastéis de Nu masculino ou óleos como Nu cubista e A boba.
9. Anita esboçou e desenvolveu a figura de uma mulata que segura uma cesta de frutas tropicais e colocou como fundo alguma vegetação de caráter Nacional. Anita Malfatti, Tropical, óleo s/ tela, 77x102, pinacoteca do Estado de, S.P.
10. A Onda , 1915 - 1917 óleo sobre tela, c.i.d. 26,5 x 36 cm Coleção Sergio Sahione Fadel Reprodução fotográfica Leonardo Crescenti
11. O Concurso do Saci Visando incentivar a população a valorizar hábitos e costumes nacionais, no inicio de 1917, Lobato levava adiante um “inquérito nacional sobre o Saci”, através do Estadinho. Chegavam depoimentos de todo Brasil e eram publicados no Jornal, com as versões existentes em diversas regiões do Brasil sobre o saci-pererê, sua figura, suas diabruras típicas, sua características.
12. O saci, Anita Malfatti, óleo, que participou do concurso do Saci em 1917 Anita apresentou a aparição do saci que espanta um cavaleiro solitário. Colocou em primeiro plano o cavaleiro e seu cavalo numa estrada poeirante ladeada por uma moita de bambus de onde pende, informe, o saci.
14. Os preferidos de Monteiro Lobato Pedro Américo ao “naturalista e nacional” Almeida Júnior. Contudo apontava Almeida Junior como o caminho a ser trilhado e alargado pelos artistas nacionais. Almeida Júnior, Auto retrato 1878.
15. Critica de Monteiro Lobato Recebe críticas de Monteiro Lobato (1882 - 1948) no artigo A Propósito da Exposição Malfatti, mais tarde transcrito em livro com o título Paranóia ou Mistificação? É a extensão da caricatura a regiões onde não havia até agora penetrado. Caricatura da cor, caricatura da forma - caricatura que não visa, como a primitiva, ressaltar uma idéia cômica, mas sim desnortear, aparvalhar o espectador. A fisionomia de quem sai de uma destas exposições é das mais sugestivas. Nenhuma impressão de prazer, ou de beleza, denunciam as caras; em todas, porém, se lê o desapontamento de quem está incerto, duvidoso de si próprio e dos outros, incapaz de raciocinar, e muito desconfiado de que o mistificam habilmente. (sic. Lobato) O homem amarelo, 1915/16, óleo sobre tela, 61 x 51 cm, Coleção. (Família Andrade Camargo)
16. Mário de Andrade foi à defesa de Anita Malfatti, comentando um dos seus quadros expostos: Pergunta se os cabelos verdes não sugeririam o passar dos anos... não podiam ainda entender que a arte traduzia na própria forma o seu conteúdo, que a ruptura com a concepção do natural pressupunha uma ruptura com seu código. Mulher de cabelos verdes, 1915, óleo sobre tela, 61x51 cm, Coleção. Ernesto Wolf, SP (2002) .
17. Oswald de Andrade: “descrevia o talento de Anita “com pioneirismo a originalidade do trabalho da artista, o seu temperamento nervoso - próprio da nova sensibilidade urbana - e a negação da cópia fotográfica”. A Boba, 1915/16 óleo sobre tela, 61x 50,5 cm Coleção. (MAC- USP).
18. O recuo de Anita Malfatti Depois da exposição de 1917, ela se aproxima da linguagem tradicional e faz aulas com o acadêmico Pedro Alexandrino (1856 - 1942). Seus trabalhos também se tornam mais realistas. Encorajada pelo grupo que iria realizar a Semana de Arte Moderna, como Menotti Del Pichia (1892 - 1988), Oswald de Andrade (1890 - 1954) e Mário de Andrade (1893 - 1945), Anita, por volta de 1921, interessa-se novamente pelas linguagens de vanguarda. Na Semana de Arte Moderna de São Paulo, em 1922, a artista expõe novamente as telas mostradas em 1917 junto com novos trabalhos modernistas, sendo considerada por Sérgio Milliet (1898 - 1966) a maior artista da exposição. Conforme Itaú Cultural.
19. Porto de Mônaco, 1925/26 óleo sobre tela, 54 x 64,5 cm. Colecionador (Franscisco Matarazzo)
20. Retrato de Dora 1934 Óleo s/ tela, 73 x 60,3 cm. Coleção. (Dora Villava)
22. La rentrée (interior) 1925, óleo sem tela 88x115 cm coleção Pedro Tassinari, São Paulo.
23. A Semana de Arte de Moderna A semana de arte Moderna representa um marco na arte contemporânea no Brasil, comparável, por sua repercussão, a chegada da missão francesa no Rio de Janeiro no século passado ou século XVIII a obra de Aleijadinho. Conforme Aracy Amaral
24. Catálogo da Semana Inserida nas festividades em comemoração do centenário da independência do Brasil, em 1922, a Semana de Arte Moderna apresenta-se como a primeira manifestação coletiva pública na história cultural brasileira a favor de um espírito novo e moderno em oposição à cultura e à arte de teor conservador, predominantes no país desde o século XIX. Entre os dias 13 e 18 de fevereiro de 1922, realiza-se no Teatro Municipal de São Paulo um festival com uma exposição com cerca de 100 obras e três sessões lítero-musicais noturnas. Entre os pintores participam: Anita Malfatti (1889 - 1964), Di Cavalcanti (1897 - 1976), (1892 - 1958),. No campo da escultura, está Victor Brecheret (1894 - 1955) (...)”. Conforme ITAUCULTURAL.
25. BrecheretTornou-se a partir de 1919, com Anita e e Di Cavalcanti, a trinca estimuladora da renovação das artes , fundamentais responsáveis, os três, pelo movimento de eclosão da Semana em manifestação anti-acadêmica. Conforme Aracy Amaral.
28. Teatro Municipal "...no saguão do teatro, onde fora instalada a exposição de quadros e esculturas - não havia quem se não deixasse tomar de pavor e êxtase, ao defrontar com os horrores épicos da senhorinha Anita Malfatti" (sobre o impacto da arte desta artista).