3. Pneumonia
Definição:
Processo inflamatório agudo dos pulmões,
difusa ou localizada que resulta da
infecção bacteriana,viral, ou de origem
química.
Ocorre no parênquima pulmonar e
alvéolos.
4. Etiologia
Bactérias,vírus,fungos,parasitas,inalação
de produtos químicos,aspiração de
conteúdo gástrico ou acúmulo de líquidos
nas bases pulmonares.
Vias de Transmissão:
Inalação direta de partículas
contaminadas,por aspiração de material
infectado através da boca e nasofaringe ou
por via hematogênica e exógena(após
broncoscopia e /ou intubação
endotraqueal).
6. Incidência
A pneumonia é uma das causas mais
comuns de admissões hospitalares,
principalmente nos meses de inverno.
A incidência de pneumonia há uma
relação importante com as condições
socioeconômicas, raça e idade.
Cerca de 10 a 20% dos RN internados na
UTI apresentam alguma forma de
Pneumonia.
7. Modos de Aquisição
Pneumonia adquirida antes do
nascimento: Via intra-uterina por
transplacentária, Liquido amniótico infectado,
parte de uma infecção congênita, doença
inflamatória inespecífica dos pulmões de RN
natimorto.
Pneumonia adquirida durante o
nascimento: Contaminação do feto ou do RN
ou do canal de parto.
Pneumonia aquiridas após o nascimento:
Infecção hospitalar ou domiciliar.
8. FisiopatologiaResposta ao corpo
estranho inalado
ou aspirado.
Multiplica-se os
microorganismos
Invasão de
microorganismos
no TRI
Acumulo de Neutrófilos e
macrófagos imaturos nos
brônquios periféricos e
alvéolos pulmonares.
Sistema de defesa
atua removendo e
repeli os
microorganismos no
TR.
9.
10. Agentes causadores
Viral: Vírus da Rubéola, Herpes
Simples, Enterovírus e Adenovírus.
Bacteriana: Gram positivas(S.
aureus, S.pneumoniae, Pneumocystis
canii), Gram Negativas( P.
aeroginosa, Flavobacteria, Serratia
marcescens, S. Pneumoniae, H.
influenza e B. catartarrhalls).
11. Sinais e Sintomas
Sinais de infecção sistêmica,como
demência,letargia,anorexia e febre.
Sinais de insuficiência respiratória como
taquipnéia,dispnéia,gemido,tosse
seca,batimento de asa de nariz.
Respirações irregulares,cianose,retração
costal e esternal,além de estertores
crepitantes e subcrepitantes e múrmurio
vesicular diminuído,podem fazer parte de
uma infecção Sistêmica.
12. Sinais e Sintomas
Derrame pleural pode ocorrer em geral
associado a pneumonia por estafilococos
do grupo a,estreptococos e e. Coli.
Nos casos mais graves,a insuficiência
respiratória é progressiva,acompanhada
por sinais e sintomas clínicos
intensos,apnéia,choque e falência
respiratória.
13. Diagnóstico
Clínico
Vários fatores de riscos pré-natais e natais
podem predispor às infecções sistêmicas e
pulmonar ;
Prematuridade;
Rotura prematura de membranas;
Fisometria;
História de febre materna;
Parto prolongado associado à manipulação
obstétrica excessiva;
14. Diagnóstico
Radiológico
Radiografia de torax póstero-anterior e perfil
constitui o melhor exame para o diagnóstico
radiológico da pneumonia.
Tomografia com contraste: Para diagnosticar
lesões localizadas,como abscesso
pulmonar,empiema,fístulas.
Ultra-sonografia para o diagnóstico de
doenças pulmonares,principalmente dos
derrames pleurais como
empiemas,hidrotórax,quilotórax.
15. Diagnóstico
Laboratorial
Hemograma:
Embora seja um exame inespecífico,pode
demostrar a presença de anemia,
leucocitose ou leucopenia,plaquetopenia e
índice neutrofílico(in) maior ou igual a
0,2,sugerindo processo infeccioso.
Outros Exames: Aspiração de secreção
traqueal, Broncoscopia, Punção Pulmonar.
16. Tratamento
Esquema inicial: Antibióticos(penicilina
ou derivados) associada a um
aminoglicisídeo ou cefalosporina de
terceira geração.
Duração: Quando causado por bacilos
entéricos gram-negativos ou por
streptococo do grupo B, pelo menos 14
dias.Estafilococos ou anaeróbios,
prolonga-se por três a quatro semanas.
17. Tratamento
Quando há suspeita de bactérias
anaeróbicas,as drogas de escolha são:
Clidamicina,cefoxitina,metronidazol,imipin
em ou a combinação de uma
penicilina(ticarcilina) com um inibidor da
beta-lactamase (ácido clavulônico) o
cloranfenicol também pode ser
utilizado,porém com as devidas
preucações por causa de sua toxicidade
para o RN.
18. Tratamento
Manutenção do equilíbrio hidroeletrolítico;
Drenagem pleural – Quando houver derrame
importante;
Suporte nutricional- instituir a nutrição
parenteral prolongada com aminoácidos e
lipídeos, além de nutrição enteral mínima, de
preferência com leite materno em pequenos
volumes e intervalos regulares, a fim de
manter a função enzimática e nutricional do
TGI.
Assistência respiratória – Na forma de
oxigenação direta por meio de halo ou
ventilação mecânica nos casos mais graves.
19. Prevenção
Cuidado materno adequado;
Pré natal bem feito;
Prevenção dos fatores de risco maternos;
Orientação materna adequada em relação
aos cuidados higiênicos e dietéticos do
RN;
20. Caso Clinico
F. O, J, (Pront 6013066-F/I.Cr),
procedente de São Paulo (Capital),
sexo masculino, branco, nascido em
18 de janeiro de 1985, foi internado
em 27 de janeiro de 1985 com 9 dias
de vida, apresenta taquipnéia
FR:90, FC:130, cianose que piorava
durante a alimentação e impedia o
sono, batimentos de asa de
nariz,gemência e tosse com secreção
que tinham iniciado há 24 horas.
A mãe não fez pré-natal e apresentava
nos últimos meses de gestação leu
correia abundante.
21. Diagnóstico de Enfermagem
Padrão respiratório ineficaz relacionado a
hipoventilação caracterizado por batimento
de asa de nariz.
Débito Cardíaco diminuído relacionado a pós
carga alterada evidenciada por Dispnéia.
Risco de volume de líquidos deficiente
relacionado a perdas excessivas por vias
normais.
Trocas de gases prejudicada relacionado a
mudanças na membrana alvéolo capilar
evidenciado por Batimento de asa de nariz .
Desobstrução ineficaz das vias aéreas
relacionado a infecção caracterizada por
muco excessivo.
22. Cuidados de Enfermagem
Monitorar sinais vitais,principalmente
temperatura e freqüência respiratória.
Proporcionar meios de resfriamento em
caso de febre.
Manter oxigenoterapia conforme
prescrição.
Observar e comunicar o tipo de tosse.
Admnistrar medicações, conforme
prescrição médica.
Observar Oximetria, Oxigenoterapia – SN.
23. Cuidados de Enfermagem
Avaliar o estado nutricional.
Posicionar o bebê, na posição de inclinação
de até 10 – 30º.
Atentar-se para Sinais de choque Séptico.
Vigiar necessidade de isolamento.
Realizar Nebulização simples.
Proporcionar ou estimular a fisioterapia
respiratória.
24. “Cada criança ao nascer, nos trás a
mensagem de que Deus não perdeu
as esperanças nos homens” (Tagore).
25. Bibliografia
Gonce, Patricia.Cuidados críticos de
enfermagem: uma abordagem holística.
Rio de Janeiro:Guanabara Koogan, 2007.
Marconde, Eduardo.Pediatria Geral e
Neonatal.Editora Sarvier, 2003.
Maria, Moraes. Cuidados de Enfermagem ao
indivíduo hospitalizado. Editora Artmed,
2004, capítulo 4.
Diagnósticos de enfermagem da NANDA:
definições e classificação 2007-2008 / North
American Nursing Diagnosis Association;Porto
Alegre: Artmed, 2008396 p.