A Revolução Farroupilha: a longa luta pela independência do RS
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3. A Revolução Farroupilha foi a mais longa
guerra civil da história brasileira, durando de
1835 até 1845, foram dez anos de batalhas entre
Imperialistas e Republicanos, os primeiros
defendiam a manutenção do império e os
segundos lutavam pela proclamação da
república brasileira.
4. No final do século XVIII, era apresentado ao mundo os
ideais iluministas e liberais.
Na Europa a burguesia francesa acendia ao poder após
a Revolução, e na América, os norte-americanos
conhecem a independência, após longa batalha.
Os iluministas e os liberais pregavam a liberdade e a
igualdade, a livre iniciativa e a propriedade privada.
Estas idéias não tardaram em chegar ao Brasil e no
início do século XIX, a monarquia brasileira passava a
ser vista como atraso ao desenvolvimento,
principalmente para a burguesia que se formava.
Aconteceram diversas revoltas em todo o país e no sul
estoura a Revolução Farroupilha.
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6. As idéias de autonomia e federalismo, encantam a
elite brasileira e ganham força ao natural na
província de Rio Grande de São Pedro do Sul.
A distância do poder central, a condição de
produtor de alimentos, os elevados impostos
pagos ao império e a recente vivência de guerras
impulsionaram o estado gaúcho a não aceitar a
submissão que lhe era imposta.
A elite rural gaúcha cansada dos desmandos do
centro do país e do descaso político se rebela.
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8. No dia 20 de setembro de 1835 os farrapos
marcham sobre Porto Alegre, tomando o poder
da cidade. No dia seguinte Bento Gonçalves,
líder do levante, entra triunfante na capital. Dá
posse ao vice-presidente da província,
Marciano Ribeiro, e declara: "em nossas mãos,
a oliveira substitui a espada", acalmando a
população.
9. Alguns dias depois o estado está em mãos
farroupilhas, somente Rio Pardo, São Gabriel e
Rio Grande ficam em poder do império.
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11. No dia 15 de julho de 1836, os imperialistas
reconquistam Porto Alegre. Bento Gonçalves,
líder dos farrapos, tenta a reconquista da
capital mas é frustrado após três horas de luta,
foi uma derrota decisiva, a capital nunca seria
reconquistada pelos revolucionários.
12. Em 09 de setembro de 1836, ocorre a primeira
grande batalha, Antônio de Souza Netto, a
figura mais respeitada das forças farroupilhas
depois de Bento Gonçalves, vence as tropas
imperiais na Batalha do Seival. A vitória sobre
os imperiais foi tão entusiasmante, que Netto,
instigado pelos liberais exaltados, toma uma
decisão: proclama a República Rio-Grandense,
separando o estado gaúcho do Brasil. Estava
finalmente declarado o caráter revolucionário
do movimento farroupilha.
13. Em 02 de outubro, na batalha de Fanfa, os
farroupilha são derrotados. Bento Gonçalves e
outros oficiais farroupilhas são presos. Bento é
enviado como prisioneiro para o Rio de Janeiro.
Lá conhece o italiano Garibaldi que adere ao
movimento farroupilha mudando-se para o sul.
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16. As forças imperiais, acreditando que a revolta
havia sido sufocada, oferece anistia aos
derrotados. Mas Antônio de Souza Netto,
agora líder absoluto do movimento, mantém-se
rebelado.
17. Em 05 de novembro de 1836, a câmara
municipal de Piratini oficializa a proclamação
da República Rio-Grandense. Mesmo preso
Bento Gonçalves é declarado presidente do
novo país, o vice nomeado é José Gomes
Jardim, que assume interinamente.
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19. Em outubro de 1837, Bento Gonçalves foge da
prisão e em 16 de dezembro assume a
presidência da República.
20. O ano de 1838, é ruim para os rebelados, os
farroupilhas não tem sucesso na reconquista de
Porto Alegre e Rio Grande e sofrem
importantes baixas.
21. Em 1839, Giuseppe Garibaldi e Davi Canabarro
conquistam as cidades catarinenses de Laguna
e Lages, e proclamam a "República
Catarinense", ou "República Juliana". Em 15 de
novembro os farrapos são surpreendidos e
Laguna é reconquistada pelos imperiais. As
embarcações rebeldes são destruídas, somente
Garibaldi escapa. A cavalaria de Canabarro
foge pelo litoral escondendo-se em Torres.
23. De 1840 em diante dois terços do exército
brasileiro está no estado. Em 1843, em sua
ofensiva final, o exército brasileiro tem 11.400
combatentes.
Em primeiro de março de 1845, os
imperialistas, liderados por Duque de Caxias e
os republicanos farroupilhas assinam a paz de
"Ponche Verde", declarando fim aos conflitos.
25. Bento Gonçalves da
Silva (Triunfo, 23 de
Setembro de 1788 —
Pedras Brancas, 18 de
Julho de 1847) foi um
militar e revolucionário
brasileiro, um dos
líderes da Revolução
Farroupilha, que
buscava a
independência da
província do Rio
Grande do Sul do
Império do Brasil.
26. ntônio de Sousa Neto (Rio
Grande, 25 de maio de
1803 — Corrientes, 2 de
Julho de 1866) foi um
político e militar
brasileiro, um dos mais
importantes nomes do Rio
Grande do Sul. Nasceu na
estância paterna, em
Capão Seco, no distrito de
Povo Novo, da atual
cidade de Rio Grande; lá e
lembrado pelo CTG
General Netto (de Povo
Novo).
27. Ana Maria de Jesus
Ribeiro, mais conhecida
como Anita Garibaldi,
(Morrinhos, Laguna, 1821
— Mandriole, Itália, 4 de
agosto de 1849) foi a
companheira do
revolucionário Giuseppe
Garibaldi, sendo
conhecida como a
"Heroína dos Dois
Mundos". Ela é
considerada, até hoje, uma
das mulheres mais fortes e
corajosas da época.
28. Giuseppe Garibaldi (Nice,
4 de julho de 1807 —
Caprera, 2 de junho de
1882) foi um guerrilheiro
italiano, alcunhado de
"herói de dois mundos"
devido a sua participação
em conflitos na Europa e
na América do Sul. Uma
das mais notáveis figuras
da unificação italiana, ao
lado de Giuseppe Mazzini
e do Conde de Cavour,
Garibaldi dedicou sua
vida à luta contra a
tirania.
29. David José Martins,
conhecido como
David Canabarro,
(Taquari, 1796 —
Santana do
Livramento, 1867) foi
um militar brasileiro.
30. Onofre Pires da Silveira Na Revolução Farroupilha
Canto (Porto Alegre, 25 de foi dos mais ativos e atuantes
setembro de 1799 - Santana coronéis.
do Livramento, 3 de março Coube a ele comandar as
de 1844), foi um militar e forças que deram inicio à
revolucionário brasileiro. Revolução Farroupilha na
Combateu com o Regimento noite de 19 de setembro de
de Cavalaria de Milícias de 1835, no vitorioso encontro
Porto Alegre pela da Ponte da Azenha, que
integridade do Rio Grande criou condições para a
do Sul, nas guerras contra conquista de Porto Alegre
Artigas, em 1816 e 1821, e em 20 de setembro de 1835,
pela do Brasil, na Guerra com a entrada nela do líder
Cisplatina (1825 - 1828). politico-militar da revolução,
e seu primo, o coronel Bento
Gonçalves da Silva.
31. A expressão "tchê", uma das mais típicas do
linguajar gaúcho, é de origem guarani. Tendo o
sentido de "meu".
A Erva Mate, também uma herança indígena,
chegou a ser condenada pelos padres Jesuítas,
pois "o demônio, por meio de algum feiticeiro,
inventou-a", diziam eles. A cuia era muito
parecida com a usada hoje, mas o mesmo não
se pode dizer da bomba que era feita de
bambus.
32. palavra "gaúcho" inicialmente designava os
ladrões de gado e os malfeitores - "os homens sem
lei e sem rei". Eram os "guacho", que significa
"órfão" e refere-se aos filhos de índia com o branco
espanhol ou português. Somente em meados do
século XIX o termo deixou de ser depreciativo.
A população do Rio Grande do Sul em 1814 era de
70.656 pessoas, sendo que destes, 20.611 eram
escravos. A população de Porto Alegre era de 6.111
habitantes. A maior população do Estado estava na
cidade de Rio Pardo com 10.445 pessoas.
33. Entre 1824 e 1830, chegam 5.350 imigrantes
alemães que se espalham pela região de São
Leopoldo.
Entre 1831 e 1840, período entre a abdicação de
Dom Pedro I e a maioridade de Dom Pedro II,
o Brasil é governado por regentes, dentre os
quais se destaca o Padre Feijó. Foi neste
período que eclodiram divérsas rebeliões,
inclusive a Revolução Farroupilha.
34. Camaradas! Nós, que compomos a Primeira
Brigada do exército liberal, devemos ser os
primeiros a proclamar, como proclamamos, a
independência dessa província, a qual fica
desligada das demais do Império e forma um
Estado livre e independente, com o título de
República Rio-Grandense, e cujo manifesto às
nações civilizadas se fará oportunamente.
Camaradas! Gritemos pela primeira vez: Viva a
República Rio-Grandense! Viva a independência!
Viva o exército republicano rio-
grandense!" (Antônio de Souza Netto)
35. Como a aurora precursora Mas não basta, para ser livre,
Do farol da divindade, Ser forte, aguerrido e bravo;
Foi o Vinte de Setembro Povo que não tem virtude,
O precursor da liberdade. Acaba por ser escravo.
Mostremos valor, Mostremos valor, constância,
constância, Nesta ímpia e injusta guerra;
Nesta ímpia e injusta Sirvam nossas façanhas
guerra; De modelo a toda a terra.
Sirvam nossas façanhas Sirvam nossas façanhas
De modelo a toda a terra. De modelo a toda a terra
Sirvam nossas façanhas
De modelo a toda a terra