Este documento fornece orientações sobre o que significa ser um jovem Bahá'í. Ele enfatiza que o objetivo da vida de um Bahá'í é trazer o Céu para a Terra, e não apenas salvar a própria alma. Também discute a importância de viver os princípios Bahá'ís nas reuniões administrativas e na vida comunitária, para que a mensagem possa ser transmitida de forma eficaz aos outros.
4. Coleção
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“Seleção de Escritos Bahá’ís”:
APRENDENDO A ENSINAR A FÉ BAHÁ’Í
APROFUNDAMENTO, CONHECIMENTO E COMPREENSÃO DA FÉ
AQUISIÇÃO DE SABEDORIA
ASSEMBLÉIA ESPIRITUAL LOCAL, A
ASSEMBLÉIA ESPIRITUAL NACIONAL, A
BAHÁ’ÍS E O MURO DE BERLIM, OS
CAPTANDO A CENTELHA DA FÉ (IMPORTÂNCIA DO ENSINO ÀS MASSAS)
CONQUISTA ESPECIAL, UMA (LEVANDO A MENSAGEM A PESSOAS DE PROEMINÊNCIA)
CONSERVAÇÃO DOS RECURSOS DA TERRA
CONSULTA BAHÁ’Í ( A LÂMPADA QUE GUIA)
CONTRIBUIÇÃO AOS FUNDOS BAHÁ’ÍS
CONVÊNIO, O
CORPO CONTINENTAL DE CONSELHEIROS, O
CRISE E VITÓRIA
EDUCAÇÃO BAHÁ’Í
EM BUSCA DA LUZ DO REINO (EXCELÊNCIA SOBRE TODAS AS COISAS E
FESTAS DE 19 DIAS)
•
ENSINO RELIGIOSO NAS ESCOLAS
•
FÉ EM AÇÃO (PROJETOS BAHÁ’ÍS SÓCIOECONÔMICO)
•
FIDEDIGNIDADE
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FUNERAL BAHÁ’Í
•
IMPORTÂNCIA DA MEDITAÇÃO E DA ATITUDE DEVOCIONAL
•
IMPORTÂNCIA DA ORAÇÃO OBRIGATÓRIA E DO JEJUM, A
•
IMPORTÂNCIA DAS ARTES NA PROMOÇÃO DA FÉ, A
•
INDIVÍDUO E O ENSINO, O
•
INSTITUIÇÃO DOS CONSELHEIROS, A
•
JEJUM BAHÁ’Í, O
•
LEI DO HUQÚQU’LLÁH, A
•
LEIS, HISTÓRIAS E ADMINISTRAÇÃO DA FÉ BAHÁ’Í
•
LIBERANDO O PODER DA AÇÃO INDIVIDUAL
•
MULHER
•
NO LIMIAR DA PAZ
•
NOVA RAÇA DE HOMENS, UMA
•
NOVO MODO DE VIDA, UM (SIGNIFICADO DE SER UM JOVEM BAHÁ’Í)
•
OPOSIÇÃO À FÉ
•
PADRÃO DE VIDA BAHÁ’Í
•
POR AMOR À CAUSA (SOBRE PIONEIRISMO)
•
POLÍTICA
•
PRESERVANDO CASAMENTOS BAHÁ’ÍS
•
PROMOVENDO A ENTRADA EM TROPAS
•
QUESTÃO MAIS DESAFIADORA, A (ASSUNTOS SOBRE A RAÇA NEGRA)
•
SABEÍSMO, BUDA, KRSHNA, ZOROASTRO E ASSUNTOS CORRELATOS
•
SAÚDE, HIGIENE E CURA
•
VIDA CASTA E SANTA, UMA
•
VIDA EM FAMÍLIA (UMA ONDA DE TERNURA)
•
VIVER A VIDA (ORIENTAÇÕES SOBRE A VIDA BAHÁ’Í)
Pedidos:
www.editorabahaibrasil.com.br
5. JUVENTUDE
EXCERTOS DOS ESCRITOS DE
BAHÁ’’U’’LLÁH, ‘‘ABDU’’L-BAHÁ E DE
CARTAS DE SHOGHI EFFENDI
E DA CASA UNIVERSAL DE JUSTIÇA
UMA
COMPILAÇÃO
PREPARADA PELO
DEPARTAMENTO DE
PESQUISA DA
CASA UNIVERSAL
DE JUSTIÇA
7. CONTEÚDO
Introdução
vii
I
DOS ESCRITOS DE BAHÁ’U’LLÁH
1
II
DOS ESCRITOS DE ‘ABDU’L-BAHÁ
3
III
DE CARTAS DE SHOGHI EFFENDI
5
IV
DE CARTAS ESCRITAS
EM NOME DE SHOGHI EFFENDI
9
V
CARTAS DA CASA UNIVERSAL DE JUSTIÇA AOS CONGRESSOS
AMÉRICAS: 1998-2002
DE JUVENTUDE NAS
Congresso Latino-Americano da
Juventude no Chile
49
Congresso de Juventude no Paraguai
51
Congresso de Juventude em El Salvador
54
Conferência de Juventude
em Vancouver, Canadá
57
Segunda Conferência de Juventude
em Sherbrooke, Canadá
61
8. Rúhíyyih Khánum
Eventos que Marcam a Conclusão dos
Projetos no Monte Carmelo
Congresso de Juventude no Brasil
VI
63
69
GUIAS ADICIONAIS DA CASA UNIVERSAL DE JUSTIÇA
Aos Bahá’ís do Mundo,
10 de janeiro de 2002
71
Aos Jovens em Todas as Terras,
10 de junho de 1966
74
À Juventude Bahá’í do Mundo,
3 de janeiro de 1984
76
À Juventude Bahá’í do Mundo,
8 de maio de 1985
81
Aos Amigos Bahá’ís,
28 de outubro de 1992
84
Oitava Conferência Asiática de Juventude
na Tailândia, 22 de dezembro de 2001
88
Bibliografia
vi
103
INTRODUÇÃO
9. Carta à Juventude Bahá’’í
INTR
ODUÇÃO
CARTA À JUVENTUDE BAHÁ’’Í
O que é ser bahá’’í?
Outro dia um homem perguntou a Shoghi Effendi:
–––– Qual a finalidade da vida para um bahá’’í?
Já que o Guardião repetiu sua resposta para mim (eu
não estava com o visitante), na verdade, antes dele responder
–– me questionei interiormente, qual teria sido a resposta ––
seria que o nosso objetivo de vida era conhecer Deus ou
aperfeiçoar nosso caráter? Realmente, não tinha idéia de qual
seria sua resposta.
–––– A finalidade da vida dos bahá’’ís –– respondera ele ––
está totalmente relacionada com a vida de todos os seres
humanos; não é a salvação pessoal que estamos procurando,
porém a universal. Não é olhar para dentro de nós mesmos e
dizer: trate de salvar sua alma e de reservar um leito
confortável no ““Outro Mundo!”” Não, nós temos que nos ocupar
em trazer o Céu para o planeta. Este é o enorme conceito.
O Guardião passou, então, a explicar que a nossa meta é
produzir uma civilização mundial que por sua vez reagirá no
caráter do indivíduo.
JUVENTUDE
vii
10. Rúhíyyih Khánum
Isso de certa maneira, é o inverso do cristianismo que
iniciou com o indivíduo para através desta unidade, alcançar
a vida aglomerada dos homens. Isto não quer dizer que
negligenciemos em aparar as arestas de nossas personalidades,
nossas faltas e fraquezas. Significa isto sim, que devemos
irradiar aos outros o que sabemos sobre a verdade através do
estudo dos ensinamentos de Bahá’’u’’lláh. Parece-me que isto
quer dizer, também, que nossa ““Ordem Administrativa””,
nossas Assembléias Espirituais, comitês, Festas de Dezenove
Dias e convenções, nos apresentam um íntimo e muito
desafiador campo de testes se nós não quisermos trabalhar
com nossos companheiros de fé –– como devemos –– em nossa
vida comunitária, então não podemos esperar que o mundo
vá nos ouvir e seguir nosso exemplo: nós somos propensos a
achar nossa administração como ““regras de procedimentos””,
uma forma de conduzir o ““Negócio Bahá’’í””. Talvez seja devido
a isso que não tenhamos os resultados que deveríamos obter.
Não é um punhado de regras, é um molde de unidade, um
molde de vida conjunta. Cada uma das coisas que conhecemos
como sendo bahá’’í: amor, justiça, eliminação de preconceitos,
imparcialidade, liberdade, compreensão, etc. –– deveriam
encontrar suas próprias personificações em nossa forma de
conduzir nossos afazeres como um grupo. Quando temos união
em nossas Assembléias, com certeza a teremos ou seremos
capazes de consegui-la em nossas comunidades. Indo assim
tão longe, as pessoas começarão a entrar na Causa em
multidões. E por que não? O que é que o mundo espera a não
ser isso mesmo? Não seria algo que capacite as pessoas a
trabalhar e viver harmoniosamente uns com os outros? Até
que nós assim o façamos, por que deveríamos acreditar que
qualquer pessoa ficaria realmente interessada em nossas idéias?
viii
INTRODUÇÃO
11. Carta à Juventude Bahá’’í
Dizem, que ‘‘Abdu’’l-Bahá falava que o segredo do autocontrole é o altruísmo. Se há qualquer coisa errada com nosso
trabalho administrativo, é porque nós simplesmente não
esquecemos de nós mesmos. Nosso próprio pequenino ego ––
ou talvez o grande ego –– vai junto conosco para a reunião de
Assembléia ou qualquer outra reunião: e lá estamos com nosso
complexo de superioridade ou nosso complexo de inferioridade
ou simplesmente nossa individualidade normal, esperando
afim de impor nosso ponto de vista ou ficar aborrecido(a)
com um insulto imaginário, ou então, monopolizar
inconscientemente o tempo ou estar cansado(a) demais para
fazer o esforço de contribuir com nossa cota legítima.
Tenho que admitir com toda humildade e profunda
simpatia para com meus companheiros bahá’’ís, que servindo
em muitos comitês, e uma vez numa Assembléia, olho com
horror e diversão para as minhas loucuras e atitudes passadas.
Lembro-me quão importante era meu ponto de vista para mim
mesmo, quão ofendida ou aborrecida ficava se o mesmo não
fosse avaliado com grande consideração; e também, como às
vezes sentia que era a única bahá’’í firme dentre os presentes
que estavam prestes a afundar a Causa devido a uma decisão
majoritária, da qual eu não partilhava.
Precisamos ser pacientes, não somente com os outros,
mas também conosco. Devemos, no entanto, esforçar-nos muito
mais para sermos bahá’’ís quando for mais importante: em nossa
vida bahá’’í conjunta. Não há nada mais fácil neste mundo do
que dizer aos outros o que deva ser feito; o tormento começa
quando você tenta dizer a si mesma o que você deveria fazer e
começar a fazê-lo. Nós bahá’’ís, também compartilhamos desta
mais comum fraqueza humana.
Nós somos inclinados a dar atenção às falhas alheias, e
pensamos que se ela (ou ele) não fosse um obstáculo, o trabalho
JUVENTUDE
ix
12. Rúhíyyih Khánum
de nosso grupo, Assembléia ou comunidade, fluiria
mansamente. É lógico e provável que haja uma justificação
para nossa crítica. Porém, isso não vai ajudar grande coisa;
ao contrário, é mais provável a continuidade do desvio de
nossa atenção das tarefas mais importantes. Ao mesmo tempo,
alguma tendência, alguns de nossos defeitos, são com certeza,
um teste e obstáculo aos outros, da mesma forma que os dele
são para nós. Parece-me que a melhor forma para superar
nossas fraquezas é dupla: tente aperfeiçoar-se, pois se você
for melhor, é bem verdade que a maioria da comunidade será
bem melhor; e direcione suas energias no trabalho da
administração que é uma força viva e dinâmica e não uma
lista do ““fazer e não fazer””.
Os bahá’’ís ao se aquecerem perante a convicção
religiosa, são na maioria, conscientes em seguir as leis e
princípios de sua Fé. Eles orgulham-se de seus ensinamentos
e por este motivo têm muito amor a dar, procurando
sinceramente viver de acordo com eles. Os sacrifícios (assim
são vistos aos olhos dos cultos e do mundo) que eles fazem,
tais como: não beber, por ser o costume social mais comum
da época; viver uma vida casta e nobre numa sociedade que
em sua maioria acredita que qualquer restrição em sua vida
sexual é desnecessária e doentia; aceitar censura e até
ostracismo, em vez de ir contra a crença de que todas as raças
e classes devem ser tratadas com absoluta igualdade e associarse com liberdade e amor –– tudo é aceito como formas da
demonstração da realidade de sua Fé.
Não há dúvida, também, que os crentes têm uma alta
reputação por seus caracteres e integridade dentre aqueles com
quem têm contato. Mas por algum motivo, todas as nossas
fraquezas parecem vir à tona ao trabalhar na Ordem
x
INTRODUÇÃO
13. Carta à Juventude Bahá’’í
Administrativa, talvez porque é a pedra-de-toque (avaliação)
que Bahá’’u’’lláh aplicou para as doenças do mundo. Pensei
muito sobre isto e pergunto por que? A minha conclusão, seja
qual for a sua validade, ofereço-a para os outros. Talvez, não
seja a resposta total, mas ajudará um pouco para encontrar-se
o caminho:
Nossa tendência é pôr de lado as leis espirituais quando
lidamos com problemas administrativos. Se pensarmos sobre
isso, é o oposto exato de todo o conceito do governo bahá’’í.
Bahá’’u’’lláh, o ““Pai””, veio para estabelecer o Reino do céu na
Terra. Se realmente acreditarmos nisso (e é lógico que o
fazemos) então devemos analisá-lo. Implica em mundo
governado pela lei, porém a lei espiritual. Implica em ordem,
disciplina e organização, porém baseadas em princípios dados
pelos infalíveis Profetas de Deus e não construído pela pequena
e egoísta mente dos seres humanos. Entende-se que o lugar
onde um bahá’’í deveria ser mais ativo, vivenciando os
ensinamentos na total extensão de sua capacidade, é em
qualquer reunião que apresenta a Ordem Administrativa. No
entanto, vê-se com freqüência um excelente bahá’’í pôr de lado
muitas, se não todas suas atitudes espirituais, quando entra
numa reunião de Assembléia ou comitê ou uma convenção,
tornando-se um empresário, um mero executivo ou até algo
que vagamente lembra um político! Quando isso acontece,
podemos perfeitamente supor que a guia inspiradora das
Alturas foge pelo mundo afora! Nós vedamos os canais de
informação, da mesma forma que os outros trôpegos conselhos
do Mundo, por vários motivos: problemas de personalidade,
agressividade individual, etc. Por que será? Será devido à
antiga crença de que Deus está conectado somente com um
estado inferior, e lá estando para a salvação da alma e o apósJUVENTUDE
xi
14. Rúhíyyih Khánum
vida? Ou porque sentimo-nos competentes para operar
quaisquer assuntos mundanos conforme nossas próprias
diretrizes?
O que quer que seja, é o que está impedindo que a nossa
vida bahá’’í comunitária atraia grande número para a Causa:
porque é isso o que está evitando que mostremos aquele amor
e unidade em meio a uma sociedade de pessoas, pelos quais
toda a raça humana está faminta. Pensamos demais em nossas
próprias capacidades e habilidades e muito pouco do que o
poder de Deus pode fazer através de qualquer pequena alma
que abre-se àquele poder.
O maior exemplo, que presenciei, do que uma pessoa
pode fazer quando atrela-se aos poderes de Deus foi Martha
Root. Não que ela fosse insignificante –– o que não era –– era
claramente uma virtuosa e inteligente mulher, porém o que
executou estava além de seus recursos. E ela sabia disso e
compreendia o processo! Costumava dizer:
–––– Bahá’’u’’lláh o faz!
Era muito modesta para colocar o assunto ainda mais
incisivo e dizer: ““Eu deixo Bahá’’u’’lláh fazer.””
Rúhíyyih Khánum,1948
xii
INTRODUÇÃO
17. Carta à Juventude Bahá’’í
I
1
DOS ESCRITOS
DE
BAHÁ’’U’’LLÁH
Abençoado é aquele que nos primórdios de sua
juventude e no apogeu de sua vida levanta-se para
servir a Causa do Senhor desde o início até o fim, e
adorna seu coração com Seu amor. A manifestação
de tal graça é maior que a criação dos céus e da
terra. Abençoados os persistentes e bem estarão
aqueles que são firmes em seus propósitos.
De uma Epístola traduzida
do persa para o inglês
JUVENTUDE
1
18.
19. Carta à Juventude Bahá’’í
II
2
DOS ESCRITOS
DE
‘‘ABDU’’L-BAHÁ
Incumbe à juventude seguir os passos de
Hakim * e ser instruída segundo suas
características, pois almas importantes como
ele e seus semelhantes já ascenderam agora
ao Reino de Abhá.
A juventude deve crescer, desenvolver-se
e tomar o lugar de seus pais, para que esta
abundante graça, na posteridade de cada
um dos amados de Deus que sofreram
grandes agonias, aumente dia a dia até que,
finalmente, produza seus frutos na terra e no
céu.
Educação Bahá’’í, pp. 73-4
3
Por esse motivo, ó vós jovens iluminados,
esforçai-vos noite e dia para desvendar os
mistérios da mente e do espírito e para
compreender os segredos do Dia de Deus.
Informai-vos
das
evidências
do
aparecimento do Nome Supremo. Abri
vossos lábios em louvor. Apresentai
*Um dos eminentes crentes de Qazvín.
JUVENTUDE
3
20. ‘‘Abdu’’l-Bahá
.
argumentos e provas convincentes.
Conduzi os sequiosos para a fonte da vida;
concedei ao doente a verdadeira saúde.
Sede aprendizes de Deus; sede médicos
dirigidos por Deus e curai os enfermos
dentre a humanidade. Trazei aqueles que
foram excluídos para o círculo dos íntimos
amigos. Fazei com que os desesperados se
reanimem. Despertai os adormecidos; fazei
atentos os negligentes.
Tais são os frutos desta vida terrena.
Tal é o grau de resplandecente glória.
Educação Bahá’’í, pp. 75-6
4
Ó Senhor! Torna radiante este jovem e
derrama Tua graça sobre este fraco!
Concede-lhe conhecimento e, a cada
amanhecer, aumenta-lhe as forças. Abrigao no refúgio de Tua proteção para que seja
liberto do erro, possa servir à Tua Causa,
guiar os desviados, conduzir os infelizes,
livrar os cativos e despertar os letárgicos;
de modo que todos sejam abençoados
com Tua lembrança e louvor. És o Forte, o
Poderoso.
Orações Bahá’’ís, p. 169
4
CAPÍTULO II
21. Carta à Juventude Bahá’’í
III
5
DE CARTAS DE
SHOGHI EFFENDI
O que vocês se dispuseram a realizar, sob a
guia e orientação daquele infatigável servo
do Limiar de Abhá, meu muito querido irmão
dr. Bagdadi, é altamente louvável e de
importância suprema. Jamais vacilem em seu
grande empreendimento. Aprofundem seu
conhecimento na Causa. Esforcem-se para
ampliar a esfera de suas atividades e
busquem entender e promover a harmonia
que deve existir entre a verdadeira ciência e
a Revelação Divina. Jamais deixarei de orar
por vocês. Nutro toda a esperança no triunfo
final das tarefas que têm a frente.
Manuscrito de Shoghi Effendi em adição a uma carta datada de
23 de janeiro de 1924, escrita em seu nome para
a juventude bahá’í de Chicago, Illinois, EUA
6
A juventude bahá’’í precisa ser ensinada sobre
como ensinar a Causa de Deus. Seu
conhecimento dos pontos fundamentais da
Fé deve ser aprofundado e enriquecido o
padrão de sua educação nas ciências e
literatura. Os jovens precisam estar bem
JUVENTUDE
5
22. Shoghi Effendi
familiarizados com a linguagem usada e
com o exemplo estabelecido por ‘‘Abdu’’lBahá em Seus pronunciamentos públicos
no Ocidente. Devem também ser
conhecedores daqueles requisitos
essenciais do ensino conforme registrados
nos Livros Sagrados e nas Epístolas.
.
9 de junho de 1925, à Assembléia Espiritual do Oriente,
traduzido do persa para o inglês
7
Fortemente lhe recomendo a devotar,
durante sua vida de estudante, o máximo
tempo possível para um estudo completo
da história e dos Ensinamentos de nossa
Amada Causa. Esta é uma condição
essencial para uma futura carreira bemsucedida de serviços à Fé Bahá’’í na qual
espero e oro para que você se distinga
em dias futuros.
Manuscrito de Shoghi Effendi, em adição a uma carta datada de
18 de maio de 1926, escrita em seu nome a um bahá’í
8
6
Os jovens e impetuosos servidores da
Causa... ocupam um lugar caloroso em
meu coração. Lembrarei sempre de suas
esperanças, seus planos e suas atividades
nas horas em que faço minhas orações nos
Santuários Sagrados. Recomendo a eles
CAPÍTULO III
23. Shoghi Effendi
que estudem profundamente as Palavras
reveladas por Bahá’’u’’lláh e os discursos
de ‘‘Abdu’’l-Bahá, não confiem excessivamente nas apresentações e interpretações dos Ensinamentos feitas por
oradores e instrutores bahá’’ís. Que o TodoPoderoso lhes dê ajuda e orientação em
seu trabalho.
.
Manuscrito de Shoghi Effendi, em adição a uma carta datada de
20 de março de 1929, escrita em seu nome a um bahá’í
9
O trabalho no qual estão engajados é
precioso e está bem próximo de meu
coração, constituindo-se um dos aspectos
vitais dentre as inúmeras atividades de
nossa amada Fé. Os padrões mais elevados
de pureza, integridade, desapego e
sacrifício devem ser mantidos pelos
membros deste grupo, a fim de possibilitar
a vocês exercerem uma parte decisiva na
difusão e consolidação da Fé. Uma
tremenda responsabilidade foi colocada
sobre seus ombros e nada a não ser uma
vida verdadeiramente exemplar, pura,
virtuosa e ativa, pode lhes assegurar o
cumprimento de seus altos destinos.
Estarei orando para que vocês sejam
guiados e fortalecidos em prestar um
serviço dos mais eficazes à Causa e através
JUVENTUDE
7
24. .
de seus exemplos darem um novo ímpeto
à marcha avante de suas recém-nascidas
instituições.
Manuscrito de Shoghi Effendi, em adição a uma carta datada de
6 de setembro de 1934, escrita em seu nome à
Assembléia Espiritual Nacional dos Bahá’ís dos Estados
Unidos da América e ao Conselho Juvenil do Canadá
25. Carta à Juventude Bahá’’í
IV
10
DE CARTAS ESCRITAS EM NOME DE
SHOGHI EFFENDI
Se a geração bahá’í mais jovem, na qual
Shoghi Effendi deposita grandes esperanças,
dedicar-se ao estudo da Causa de uma forma
profunda e completa, ler sua história, buscar
seus princípios subjacentes e tornar-se tão
bem informada quanto vigorosa em suas
ações, com certeza os jovens irão conquistar
grandes vitórias para a Fé. É sobre seus
ombros que o Mestre colocou o grandioso
trabalho de ensino. Serão os jovens que irão
levantar o chamado do Reino e despertar as
pessoas de sua sonolência. Se falharem, a
Causa estará fadada à estagnação...
26 de abril de 1923, à Assembléia Espiritual
Nacional dos Bahá’ís da Índia e Burma
11
Sua esperança, como também aquelas dos
amigos em geral, é que vocês cresçam tanto
em número como em espiritualidade. O futuro
desta Causa, que é tão querida de todos nós,
depende da energia e devoção das novas
gerações. São vocês aqueles bahá’ís que em
breve serão convocados para assumir suas
JUVENTUDE
9
26. em nome de Shoghi Effendi
.
responsabilidades e difundi-las amplamente.
Para fazer isso, porém, precisam estar bem
equipados. Vocês devem desenvolver
adequadamente tanto o lado intelectual como
o espiritual...
28 de dezembro de 1925, à Juventude Bahá’í de
Baltimore, Maryland, EUA
12
Soubemos, de várias fontes, da forma
maravilhosa como seus filhos cresceram em
sua capacidade de falar em público sobre a
Causa. A esperança de Shoghi Effendi é que
eles, todos os três, tornem-se capazes e
devotados oradores da Causa em assuntos a
ela relacionados. Para realizar isso de forma
apropriada eles precisam ter uma base firme
de capacitação científica e literária, a qual,
felizmente, estão obtendo. É igualmente
importante que os jovens bahá’ís, homens e
mulheres, recebam educação adequada em
colégios de alto nível, como também o
necessário desenvolvimento espiritual.
O lado espiritual, bem como o intelectual
de um jovem, precisam ser igualmente
desenvolvidos para que possa servir
eficientemente à Causa.
28 de novembro de 1926, a um bahá’í
10
CAPÍTULO IV
27. em nome de Shoghi Effendi
13
Ele ficou muito feliz e altamente confiante com
seu lento, mas progressivo trabalho entre os
membros da faculdade e o corpo de estudantes no Colégio Estadual. É mais do que
tempo dos bahá’ís irem ao encontro de jovens
letrados e sensatos de seu país, dos quais
depende o futuro da nação, especialmente na
estupenda tarefa de aplicar o espírito e as
Palavras dos ensinamentos bahá’ís às
exigências da época – um trabalho para o qual
gerações de preparação poderão ser
necessárias.
13 de junho de 1928, a um bahá’í
14
Ele ficou profundamente interessado em seu
trabalho com os estudantes universitários e
espera que o mesmo traga muitos frutos. O
jovem tem a mente aberta, livre de
preconceitos e está pronto a aceitar qualquer
mensagem que satisfaça seus anseios
espirituais tanto quanto suas demandas
intelectuais. O trabalho deve, contudo, ser
tanto intensivo quanto extensivo. Não é
suficiente só você contatar muitos órgãos
estudantis; pessoas devem ser encontradas
para acompanhar aquele trabalho, escolher
aqueles que estejam interessados em
conhecer mais e aprofundá-los nos
ensinamentos. Esta tarefa, sem dúvida, é da
alçada do comitê de ensino, o qual deve
JUVENTUDE
11
28. em nome de Shoghi Effendi
sempre estar em alerta, ver onde existe um
grupo receptivo e enviar instrutores para
recebê-los na Causa.
20 de junho de 1931, a um bahá’í
15
.
12
Como bahá’í você certamente está consciente
do fato de que Bahá’u’lláh considerava a
educação como um dos principais fatores de
uma verdadeira civilização. Esta educação,
porém, a fim de ser adequada e frutífera, deve
ser abrangente em natureza e levar em
consideração não somente o lado físico e
intelectual do ser humano, mas também seus
aspectos éticos e espirituais. Este deve ser o
programa da juventude bahá’í em todo o
mundo.
E não há duvida que o melhor meio através
do qual este desenvolvimento educacional pode
ser alcançado é participando de diferentes
associações e reuniões que tenham como
objetivo promover os ideais desta nova
civilização internacional. Embora o Guardião
prefira que os bahá’ís participem daquelas
organizações que estejam dentro da órbita das
atividades bahá’ís, ele, entretanto, aprova e até
mesmo encoraja qualquer pessoa que queira
participar de movimentos não-bahá’ís,
contanto que tais movimentos não promovam
qualquer ideal ou princípio que fira ou ameace
o avanço da Causa.
9 de julho de 1931, a um bahá’í
CAPÍTULO IV
29. em nome de Shoghi Effendi
16
A angústia que aflige a América e a Europa
deve despertar a juventude quanto ao fato da
futilidade de concentrar toda a sua vida na
conquista de assuntos puramente materiais.
Eles precisam aprender a lição de que as
considerações espirituais devem ser os fatores
dominantes de nossa vida, que o nosso
propósito-guia deve ser melhorar nossa vida
moral e buscar o que é eterno e permanente.
Se diferentes nações continuarem a agir
erradamente e manterem-se guiadas pelo
desejo de engrandecimento pessoal, você
estará no grupo que irá sofrer mais. Nossos
atuais procedimentos darão frutos somente no
futuro e são os jovens de hoje que serão os
homens e as mulheres do futuro.
2 de novembro de 1931, a um bahá’í
17
Shoghi Effendi ficou muito feliz ao ver o
resultado do trabalho, o que prova o profundo
interesse que os jovens bahá’ís estão
demonstrando quanto ao progresso da Fé. A
Mensagem de Bahá’u’lláh, a qual contém a
única solução verdadeira e duradoura para os
problemas sociais e espirituais que
confrontam a sociedade nos dias atuais, está
entregue aos seus cuidados. São eles os que,
em espírito de total desapego e consagração,
levantam a bandeira da Fé e alistam o apoio
de almas fortes e devotadas.
JUVENTUDE
13
30. em nome de Shoghi Effendi
Através de tais conferências, Shoghi Effendi espera
que vocês desenvolvam seus conhecimentos sobre os
problemas da atualidade, e ao mesmo tempo ajudem
aqueles não-bahá’ís que vêm em busca de orientação,
mostrando a eles a luz trazida por Bahá’u’lláh para o
mundo.
As pessoas que se aproximam de nossas portas, e
talvez entrem em nossas casas, não devem ser deixadas
sair sem levar com elas alguns dos deleites que estamos
usufruindo. Elas, também, estão em busca de almas
sinceras com as quais esperam poder realizar seus ideais
sociais e espirituais. Para contatá-las, é preciso
diplomacia e cuidados para que não sejam criadas
dificuldades. Este é o nosso dever, uma tarefa que nos
cabe realizar.
Shoghi Effendi espera que o sucesso deste último
verão estimulará a realização de novas conferências no
futuro, levantando, desta forma, a juventude para o
verdadeiro serviço e para que divulguem amplamente a
Mensagem. Ele irá lembrar-se de vocês em suas orações
e pedir a ajuda e orientação divinas...
pós-escrito manuscrito por Shoghi Effendi:
Estou muito feliz com sua carta anexando o
esplêndido relatório sobre relações internacionais. Fiquei
particularmente satisfeito ao saber da ativa participação
exercida pela juventude bahá’í e sua harmoniosa
colaboração com os amigos mais velhos e mais
experientes. Os aconselho a ficarem alertas para evitar
dar a impressão ao mundo externo de que os bahá’ís são
políticos em seus objetivos e realizações, ou que
interferem em assuntos que pertencem às atividades
14
CAPÍTULO IV
31. em nome de Shoghi Effendi
.
políticas e a seus respectivos governos. A
Causa, ainda em sua infância, deve ser
protegida adequadamente deste perigo
particular...
13 de novembro de 1931, a um bahá’í
A juventude deve ser estimulada a se
capacitar para falar em público enquanto
ainda estudantes em escolas ou colégios.
7 de dezembro de 1931, a um bahá’í,
publicado em Bahá’í News, n o 64, julho de 1932, p. 4
19
18
O relato sobre o seu trabalho junto a
estudantes estrangeiros deixou Shoghi
Effendi muito feliz. Não somente irão esses
jovens ter uma boa impressão e sentir a
hospitalidade das famílias americanas, como
estarão recebendo a capacitação espiritual
que vocês estão provendo, tornando sua
educação ainda mais completa e condigna.
Isso, além do fato de que em seus corações
estão sendo plantadas as sementes dos
ensinamentos bahá’ís, as quais com o tempo
germinarão e darão frutos maravilhosos.
Todos esses jovens, quando regressarem a
seus lares, estarão levando consigo a
Mensagem e mesmo que não se tornem
crentes confirmados, continuarão amigos
sempre prontos a prestar algum serviço aos
instrutores bahá’ís que encontrarem. Shoghi
JUVENTUDE
15
32. em nome de Shoghi Effendi
.
20
Effendi espera que vocês continuem com
esse trabalho, mas, ao mesmo tempo,
busquem torná-los verdadeiros bahá’ís,
tanto em espírito como na fé.
4 de fevereiro de 1932, a um bahá’í
A atual condição do mundo – sua
instabilidade econômica, dissensão social,
insatisfação política e receio internacional
– deve despertar a juventude de sua
dormência e fazê-los investigar sobre o
que o futuro irá lhes trazer. São eles,
certamente, os que irão sofrer mais se
alguma calamidade sobrevier ao mundo.
Devem, portanto, abrir seus olhos às
condições vigentes no mundo, estudar
suas forças malignas em ação e então, em
um esforço concentrado, levantar-se e
trabalhar pelas reformas necessárias –
reformas que contenham em seu escopo
as fases tanto sociais quanto políticas da
vida humana.
13 de março de 1932, a um bahá’í,
publicada em Bahá’í News, n o 68, novembro de 1932, p. 3
21
16
O que mais o impressionou no relato de
seus serviços foi a declaração de que
tantos, antigos e novos bahá’ís, estão
firmemente unidos e cooperando nos
trabalhos da Fé naquela localidade. Nada
CAPÍTULO IV
33. em nome de Shoghi Effendi
irá atrair mais as bênçãos e as graças de
Deus do que a unidade dos amigos, e nada
será mais destrutivo aos seus elevados
propósitos do que divisões e desentendimentos. Portanto, busquem sempre a
unidade se desejam ser bem-sucedidos e
obedecer à vontade de seu Senhor,
Bahá’u’lláh, pois a unidade é o verdadeiro
objetivo de Sua Missão neste mundo.
.
11 de outubro de 1932, à Assembléia Espiritual
Local dos Bahá’ís de West Englewood, Nova Jersey, EUA
22
JUVENTUDE
Certamente neste período muito crítico da
história humana, quando velhas
instituições estão começando a
desmoronar ou sendo alteradas substancialmente, ocorrem muitos desajes e
acontecimentos desafortunados, mas tal
condição não é permanente. A Causa e
suas instituições estão gradualmente
assumindo o seu lugar na sociedade, e com
seu espírito viril busca assegurar a total
obediência de seus seguidores e dos povos
do mundo como um todo. Assim, não
precisamos ser por demais pessimistas
quanto ao futuro, ou levar muito a sério
as condições transitórias. Os jovens,
vivendo entre essas duas eras e vendo a
destruição de instituições obsoletas, estão,
portanto, aptos a descartar qualquer tipo
17
34. em nome de Shoghi Effendi
de apego por elas e, em verdade, verem numa perspectiva
realista qualquer pessoa que possa ainda estimar o
antiquado. Conseqüentemente, somos capazes de ver a
frouxidão moral prevalecente entre elas. Esta condição é
verdadeira não somente com relação à América e Europa,
mas também quanto ao Oriente, e eu ousaria dizer mais
no Oriente do que no Ocidente.
Mesmo que a juventude bahá’í possa sentir-se mal
com a condição na qual vêem seus amigos não-bahá’ís, e
não os culparem por isso, não devem nossos jovens se
deixar levar pela onda dos acontecimentos mundiais à
medida que estas afetem suas próprias vidas. Enquanto
os outros vêem diante deles um mundo em decadência,
vemos um mundo em construção. Enquanto vivem a
destruição de velhas instituições que exigem seu respeito,
nós contemplamos a alvorada de uma nova era com seus
postulados e exigências bem definidos e com novos
vínculos sociais. A perspectiva materialista que têm,
mostra-lhes a futilidade de todas as coisas, enquanto que
nossa fé em um ser humano regenerado e espiritualizado
faz-nos olhar para o futuro e trabalhar para construí-lo.
Para fazê-los seguir nossos passos devemos demonstrar
compreensão e apoio moral em sua aflitiva condição, mas
não seguir seus exemplos. Devemos nos colocar num
plano mais elevado de vida moral e espiritual, dando a
eles o verdadeiro exemplo, estimulando-os a elevarem
também seu nível de vida. Os jovens devem ler o que
Bahá’u’lláh e o Mestre disseram sobre estes assuntos e
seguirem Suas orientações com toda a seriedade; isso caso
desejem ser fiéis aos ensinamentos bahá’ís e busquem
estabelecê-los em todo o mundo.
18
CAPÍTULO IV
35. em nome de Shoghi Effendi
pós-escrito manuscrito por Shoghi Effendi:
As atividades, as esperanças e os ideais da juventude
bahá’í na América, como também em todas as outras
partes do mundo são acalentadas e muito queridas ao
meu coração. Sobre os jovens repousa a suprema e
desafiadora responsabilidade de promover os interesses
da Causa de Deus nos dias vindouros, coordenar suas
atividades mundiais, ampliar seu campo de ação,
salvaguardar sua integridade, exaltar suas virtudes,
definir seus propósitos, traduzir seus ideais e objetivos
em memoráveis e permanentes realizações. Sua tarefa é
grandiosa e poderosa, e ao mesmo tempo sagrada,
estupenda e emocionante. Que o espírito de Bahá’u’lláh
proteja, inspire e os fortaleça na realização dessa tarefa
divinamente designada!
26 de outubro de 1932, a um bahá’í,
publicado em Bahá’í News, n o 443, fevereiro de 1968, p. 8
23
JUVENTUDE
O Movimento precisa de pessoas jovens,
que tenham sido despertadas
espiritualmente, para se levantarem e
lutarem contra a maré de uma civilização
materialista que está levando a
humanidade à beira da ruína. Se as forças,
que estão massacrando a sociedade, forem
deixadas livremente em ação, se
negligenciarmos em nosso dever de
dominá-las e exercermos controle sobre
elas, ninguém será capaz de imaginar o
que o futuro irá nos trazer.
19
36. em nome de Shoghi Effendi
É sobre a juventude que cairá o maior sofrimento.
Eles devem, por isso, mobilizar suas fileiras, e em unidade
absoluta, levantar-se e consumar seu dever de
estabelecer o Reino de Deus sobre a Terra.
Publicado em Herald of the South, vol. 4, n o 5,
janeiro-março de 1933, p. 11.
Publicado também em The Bahá’í World, vol. l5, 1932-34, Nova York,
Comitê de Publicações Bahá’ís, 1936, pp. 370-72
24
A vida não é fácil para os jovens desta
geração. Eles entram na vida com o
coração cheio de esperança, mas nada
encontram diante deles senão decadência,
e vêem no futuro apenas escuridão. O que
precisam é a luz manifestada por
Bahá’u’lláh, pois ela ilumina suas almas e
estimula seu vigor diante das dificuldades.
12 de março de 1933, a um bahá’í
25
Com relação à atitude de seu grupo quanto
à administração, eles virão a entender
essas coisas, mas não demorará para que
vejam que sem um corpo administrativo
apropriado, as idéias da Causa jamais
serão colocadas em prática, nem estará
assegurado o progresso da Fé. Ao tratar
com os jovens, deve-se usar tato e a razão
quanto aos diferentes problemas a serem
considerados.
22 de abril de 1933, a um bahá’í
20
CAPÍTULO IV
37. em nome de Shoghi Effendi
É sempre gratificante saber dos
esplendidos efeitos que os ensinamentos
da Causa inevitavelmente trazem aos
corações e às mentes dos jovens bahá’ís,
homens e mulheres, e testemunhar sua
firme decisão e até impetuosidade para moldar e organizar
todos os aspectos de suas vidas de acordo com os
ensinamentos divinos legados ao mundo por Bahá’u’lláh.
Pois, os jovens bahá’ís constituem o principal componente
das atividades na Causa. Seu é o dever não somente de
estudar e divulgar os ensinamentos bahá’ís, mas
principalmente colocá-los efetivamente em prática. Cabe
a vocês espelhar cada vez mais a beleza e o poder dos
princípios da Fé, e tornar-se exemplos iluminados a todos
os bahá’ís de que o único objetivo na vida é escalar as
alturas às quais Bahá’u’lláh convoca Seus seguidores.
26
5 de agosto de 1933, a dois crentes
27
JUVENTUDE
É em jovens e ativos bahá’ís como vocês
que o Guardião coloca todas as suas
esperanças para o futuro progresso e
expansão da Causa, e é sobre seus ombros
que ele deposita a responsabilidade de
levantar o espírito de serviço abnegado
dentre seus companheiros de fé. Sem tal
espírito, nenhum trabalho poderá ser
realizado com sucesso. Com ele, o triunfo,
embora conquistado com muito esforço,
será inevitável. Vocês devem, portanto,
tentar o máximo que puderem para
21
38. em nome de Shoghi Effendi
manter acesa a tocha da Fé, pois através dela vocês com
certeza encontrarão a guia, a força e o sucesso esperado.
1 o de setembro de 1933, a um bahá’í
28
Não preciso lhes dizer quão grandes são
as esperanças que ele alimenta quanto ao
futuro papel que os jovens bahá’ís serão
inevitavelmente chamados a exercer,
tanto no ensino como na administração da
Fé. É sobre os jovens que ele concentra suas mais
acalentadas esperanças para a difusão, ampla e efetiva,
da Mensagem, e para o fortalecimento das estruturas das
nascentes instituições bahá’ís que estão gradualmente se
formando em meio às tempestades de uma severidade
sem precedentes, e sob circunstâncias extremamente
trágicas.
Seu conselho fraternal a você e a todos os crentes
jovens, leais e ardorosos como você, é que busquem
aprofundar seus conhecimentos sobre a história e sobre
os princípios básicos da Fé, não apenas através de um
estudo amplo e cuidadoso, mas também com sua
participação ativa, sincera e contínua, em todas as
atividades promovidas em sua comunidade,
administrativas ou outras. A vida comunitária bahá’í
provê um laboratório indispensável onde se pode traduzir
em ação construtiva os princípios existentes nos
ensinamentos bahá’ís. Tornando-se parte efetiva daquele
organismo vivo, você poderá alcançar o verdadeiro
espírito que permeia os ensinamentos bahá’ís. Estudar
22
CAPÍTULO IV
39. em nome de Shoghi Effendi
os princípios e buscar viver de acordo com eles são,
portanto, os dois meios essenciais através dos quais você
pode assegurar o desenvolvimento e o progresso em sua
vida espiritual, como também em sua existência externa.
Que Bahá’u’lláh o ajude a alcançar essa elevada posição,
e mantenha a tocha da fé ardendo para sempre em seu
coração.
2 de novembro de 1933, a um bahá’í
29
Ele lhes aconselha, porém, a devotarem
mais tempo ao ensino ativo em público.
Para isso, recomenda que vocês
participem, se possível, de todas as
sessões e reuniões da Escola de Verão de
Geyserville, para que possam não
somente aprofundar seus conhecimentos
sobre os ensinamentos bahá’ís, mas
também receber a capacitação necessária
para melhor expô-los ao público. A
ambição de todo jovem bahá’í deve ser,
em verdade, tornar-se um instrutor
competente e bem informado. Para esse
propósito a instituição da Escola de Verão
Bahá’í foi estabelecida, e sua importância
tão enfática é repetidamente ressaltada
pelo Guardião.
21 de junho de 1935, a um bahá’í
JUVENTUDE
23
40. em nome de Shoghi Effendi
...O Guardião está bem consciente das
dificuldades que se interpõem no caminho
da cooperação entre os crentes jovens e
os mais velhos. Este é um problema que
existe na Causa em quase todas as partes,
especialmente naquelas comunidades onde o número de
jovens e adultos é aproximadamente o mesmo. A solução,
como em todos os casos semelhantes, deve ser
encontrada através de um comprometimento mútuo e
inteligente. Os crentes mais velhos devem ceder em pelo
menos parte de suas tradicionais concepções e formas de
trabalho a fim de melhor se adaptarem às condições
sociais e circunstâncias em transformação. Os jovens
precisam também aprender a agir com sabedoria, tato e
moderação, e saber aproveitar e beneficiar-se das
experiências dos crentes mais idosos. Os velhos e os
jovens têm, cada um, algo específico a contribuir para o
progresso e bem-estar da comunidade bahá’í. A energia
da juventude deve receber a moderação e a guia da
sabedoria dos mais velhos.
Quanto à atitude de ressentimento que os crentes
mais jovens muitas vezes assumem com relação a
determinados preceitos da Causa, tais como as orações
obrigatórias: não pode e não deve haver transigência em
assuntos como estes que foram especificamente
determinados por Bahá’u’lláh. Não devemos ter qualquer
sentimento de vergonha ao observar tais leis e preceitos,
nem julgarmos exagerados em seu valor e importância.
Assim como os amigos não têm dificuldade em reconhecer
o valor daquelas orações específicas reveladas por
Bahá’u’lláh, como as Epístolas de jejum e de cura, assim
30
24
CAPÍTULO IV
41. em nome de Shoghi Effendi
também precisam reconhecer que as orações obrigatórias
são por sua própria natureza de maior eficácia e são
dotadas de um poder maior que as não-obrigatórias,
sendo, portanto, essenciais.
4 de janeiro 1936, a um bahá’í
31
O que pode controlar a juventude e salvá-la
das armadilhas do materialismo crasso desta
época é o poder genuíno e construtivo de uma
Fé atuante, como a revelada ao mundo por
Bahá’u’lláh. A religião, como ocorreu no
passado, é ainda a única esperança do mundo,
mas não aquela forma de religião que nossos
líderes eclesiásticos esforçam-se inutilmente
em pregar. Divorciada da verdadeira religião,
a moral perde sua eficácia e cessa de guiar e
controlar a vida individual e social do ser
humano. Mas quando a verdadeira religião é
combinada com a verdadeira ética, então o
progresso moral torna-se uma possibilidade
e não apenas um mero ideal. Nossa juventude
moderna tem necessidade de tal tipo de ética,
fundamentada na fé religiosa pura. Enquanto
esses dois componentes não forem
combinados de forma apropriada e colocados
efetivamente em ação não haverá esperança
para o futuro da raça.
17 de abril de 1936, a um bahá’í,
publicada no Baha’i News, n o 104, dezembro de 1936, p. 1
JUVENTUDE
25
42. em nome de Shoghi Effendi
32
A obrigação de ensinar é essencialmente
uma responsabilidade dos crentes mais
jovens. Sua capacitação integral deve,
portanto, ser direcionada de tal forma que
os torne instrutores competentes. É para
este propósito definido que as Escolas de
Verão Bahá’í – que constituem a
verdadeira base sobre a qual as
universidades bahá’ís do futuro serão
estabelecidas – devem ter a participação
maciça dos jovens.
15 de maio de 1936, aos Grupos Juvenis Bahá’ís dos Estados Unidos
33
26
Com relação à sua pergunta, relacionada
com a atividade da juventude bahá’í: o
propósito principal subjacente em todas
as atividades assumidas por nossos jovens
bahá’ís através do mundo é estimular o
entusiasmo, promover o conhecimento e
desenvolver o espírito de solidariedade e
cooperação entre todos os jovens, homens
e mulheres, a fim de possibilitar a todos
eles, em uma idade posterior, colaborar
de forma inteligente e harmoniosa com
seus companheiros de fé de todas as
classes, idade ou origem. Tais atividades
devem ser realizadas sob a estrutura da
Ordem Administrativa. A importância das
instituições administrativas não deve ser
descurada, muito menos ignorada. A
CAPÍTULO IV
43. em nome de Shoghi Effendi
formação de comitês juvenis é um meio para alcançar a
finalidade acima mencionada, mas não um fim em si
mesmo.
8 de novembro de 1937, a um bahá’í
Seu coração nutre uma fervorosa
esperança e por ela ora sinceramente,
para que vocês dependam cada vez mais
de sua própria fé, alcançando um
entendimento profundo e um reconhecimento cada vez maior dos ensinamentos,
demonstrando tal sinceridade e perseverança em seus
estudos bahá’ís a fim de, gradualmente, adquirirem um
conhecimento completo das Escrituras, a capacitação
devida e a experiência necessária para poderem prestar
um serviço ativo e efetivo à Fé no futuro.
Embora ainda jovem em idade, você deve esforçarse desde agora, através de íntima associação com seus
companheiros de fé, e através de fervorosa dedicação aos
seus estudos bahá’ís, preparando-se para aquele dia
quando você será convocado, então já um membro adulto
e responsável da Comunidade, para assumir seu papel
integral nas atividades da Causa, com o que estará
provendo a você mesmo a dignidade de ser um membro
desta Fraternidade universal criada por Bahá’u’lláh.
O Guardião ficou realmente muito feliz ao notar que
você já começou a ler alguns livros bahá’ís, e gostaria de
especialmente aconselhá-lo a se esforçar para decorar
determinados trechos dos Escritos de Bahá’u’lláh, em
particular algumas de Suas orações. Esta capacitação irá
34
JUVENTUDE
27
44. em nome de Shoghi Effendi
sem dúvida ser de enorme valia para você em seus futuros
estudos da Causa, e servirá também para aprofundar e
enriquecer consideravelmente sua própria vida espiritual
no presente.
10 de abril de 1939, a um bahá’í
Ele acha ser importante que os jovens
tenham uma parte ativa em todos os
campos de serviço, o que não pode ser
subestimado, pois eles precisam levar
avante o grande trabalho de
reconstrução para o futuro, o qual terá
enorme necessidade de exemplos de
espiritualidade e liderança.
35
16 de março de 1941, a um bahá’í
36
Realmente é muito importante para a Fé
divulgar os ensinamentos de Bahá’u’lláh
entre os jovens, pois é através de suas
atividades que a Causa de nosso BemAmado Mestre será no futuro espalhada
por todo o continente americano. Eles
devem assumir todas as responsabilidades pelo progresso do Movimento;
os jovens precisam alimentar seus
sentimentos espirituais, iluminar seus
corações com a luz de guia que nos foi dada
pelo Mestre.
2 de novembro de 1932, a dois bahá’ís,
publicada no Baha’i News, n o 143, maio de 1941, p. 8
28
CAPÍTULO IV
45. em nome de Shoghi Effendi
37
A responsabilidade dos jovens é muito
grande, pois eles precisam não somente
preparar-se para herdar o trabalho dos
bahá’ís mais velhos e cuidar dos assuntos
da Causa em geral, porquanto o mundo
que se encontra à sua frente – conforme
previsto por Bahá’u’lláh – será um mundo
castigado por seus próprios sofrimentos,
que conseqüentemente terá condições
para ouvir ansiosamente Sua Mensagem
Divina. Em razão disso, é de se esperar
um caráter muito elevado dos seguidores
e expositores desta Religião. Portanto,
aprofundar seus conhecimentos e
aperfeiçoar-se dentro dos padrões bahá’ís
de virtude e de uma conduta correta deve
ser o alvo principal de todo jovem bahá’í.
6 de junho de 1941, a um jovem bahá’í de Bombaim, Índia
As tarefas que a presente geração de
jovens bahá’ís terão de enfrentar, e que
na verdade já estão começando a
enfrentar, são estupendas. Eles precisam
estar preparados para os severos testes
dos dias por vir – testes quanto ao seu caráter e sua fé,
quanto à força de suas convicções e obediência efetiva às
Leis de Bahá’u’lláh.
A maior esperança de Shoghi Effendi, em suas
orações, é que eles possam distinguir-se de tal forma aos
olhos de seus concidadãos, de forma que se torne cada
38
JUVENTUDE
29
46. em nome de Shoghi Effendi
vez mais evidente o que significa ser bahá’í e tudo aquilo
que eles representam. Quão maravilhoso seria
testemunhar as pessoas dizerem, querendo com isso fazer
um elogio: “Ah! Assim deve ser um bahá’í, assim são eles!”
19 de outubro de 1941 a um jovem bahá’í
na Escola Bahá’í de Louhelen, Setor Juventude
39
Os ventos dos testes e das provações já
sopraram sobre nossa Fé mais de uma vez,
e por isso ele tem a firme convicção de
que os bahá’ís mais velhos, como você,
devem fazer todo o possível para proteger
os mais jovens, fortalecer sua fé,
aprofundá-los no Convênio e prepará-los
para buscarem refúgio integral na Última
Vontade e Testamento do amado Mestre,
aquela fortaleza inexpugnável que Ele
construiu para a nossa segurança, quando
Ele próprio já Se preparava para partir
de nossa visão.
26 de outubro de 1941, a um bahá’í
Se alguma vez alguém no passado pôde
dizer que uma religião pertenceu aos
jovens, seguramente a Fé Bahá’í é hoje
essa religião. O mundo todo está
sofrendo, afundado na miséria,
esmagado sob seus pesados problemas. A tarefa de curar
seus males e construir seu futuro recai principalmente
40
30
CAPÍTULO IV
47. em nome de Shoghi Effendi
sobre a juventude. Os jovens são aqueles que, após a
guerra, irão resolver as terríveis dificuldades criadas
pelos atuais conflitos e tudo o mais que dela decorre.
Porém, não serão capazes de construir o futuro a não ser
com a aplicação das leis e princípios deixados por
Bahá’u’lláh. Assim, sua tarefa é muito grande e sua
responsabilidade muito grave.
8 de maio de 1942, a um jovem bahá’í de Peória, Illinois, EUA
41
Os jovens, como você – tão sinceramente
dedicados a um movimento que desde
logo exige a associação com pessoas
maduras de uma tendência filosófica livre
dos hábitos desregrados desta época –
alcançaram uma condição de poder atrair
a atenção e o respeito tanto de jovens
como dos mais idosos. Esta Causa, embora
abarque com igual estima pessoas de
todas as idades, traz uma mensagem
especial e uma gloriosa missão para os
jovens. É sua carta-guia para o futuro,
para a realização de suas esperanças e a
garantia de melhores dias à frente.
Portanto, o Guardião está particularmente feliz sabendo que os jovens
bahá’ís estão ativos no trabalho
pioneiro...
16 de junho de 1942, a um bahá’í
JUVENTUDE
31
48. em nome de Shoghi Effendi
A Causa precisa de mais eruditos bahá’ís,
pessoas que não estejam apenas
devotadas ao estudo, mas que acreditam
nela e estão ansiosas em compartilhá-la
com os outros, e que têm também um
profundo entendimento dos ensinamentos bahá’ís e de
sua importância, e que são capazes de relacionar seus
postulados com os pensamentos e problemas correntes
dos povos do mundo.
A Causa tem o remédio para todos os males do
mundo. A razão porque muitas pessoas não a aceitam é
porque os bahá’ís nem sempre são capazes de apresentála de uma forma que responda aos questionamentos
imediatos de suas mentes. Os jovens bahá’ís, como você,
precisam preparar-se para realmente levar a Mensagem
à sua geração, que dela necessita desesperadamente e
que pode entender a linguagem que seus ensinamentos
transmitem tão claramente. Ele aconselha que, entre
outros livros, estude as Palestras de ‘Abdu’l-Bahá, pois
Seu método de dirigir-Se à mente do público é
insuperável... Também recomenda que se aprimore para
ser um bom palestrante público, a fim de ensinar a Causa
cada vez melhor...
42
21 de outubro de 1943, a um bahá’í
43
32
O Guardião espera que juntamente com
os outros estudos que você está fazendo,
deve continuamente estudar os
ensinamentos da Fé e esforçar-se para
adquirir um profundo entendimento dos
mesmos. A importância dos jovens
CAPÍTULO IV
49. em nome de Shoghi Effendi
bahá’ís tornarem-se bem aprofundados em todos os
aspectos dos ensinamentos jamais poderá ser
subestimada, pois eles têm grandes tarefas de ensino à
sua frente para realizar.
21 de janeiro de 1944, a um bahá’í
44
O Guardião tem sempre aconselhado
aos jovens estudarem profundamente
tais assuntos como História, Economia
e Sociologia, pois estão relacionados com
os ensinamentos e serão de ajuda para
um entendimento adequado da Fé....
A maior necessidade da juventude
hoje é o aprimoramento do caráter. A
oração é o único fator infalível para isso;
eles precisam aprender a viver à altura
dos ensinamentos éticos da Fé....
Ele acha ser da máxima importância nos dias de hoje o aprofundamento dos jovens nos ensinamentos da Fé, pois eles,
com isso, não somente tornar-se-ão bons servidores do
futuro como serão capazes de divulgar adequadamente
a Mensagem entre aqueles de sua própria geração. Ele
aprova que você devote todo o tempo possível a esta
tarefa, juntamente com os valiosos serviços que você tão
incansavelmente está prestando ao trabalho de ensino
em várias cidades e vilas.
12 de março de 1944, a um bahá’í
JUVENTUDE
33
50. em nome de Shoghi Effendi
...com relação aos estudos nos quais você
deve se especializar, com vistas ao
ensino no futuro: Ele recomenda
História, Economia ou Sociologia, pois tais
matérias não incluem apenas os campos
nos quais os bahá’ís têm grande
interesse, mas também tratam de
assuntos para os quais nossos
ensinamentos trazem uma nova luz...
45
13 de março de 1944, a um bahá’í
...a fim de cumprirem com seus deveres
e apresentarem uma solução divina à
humanidade, os crentes precisam estar
preparados para as grandes tarefas à sua
frente. Isso, e em particular o papel das
mulheres nos ensinamentos da Fé, irá ajudar para que
possam melhor administrar todos os problemas à sua
frente, tratando de forma sábia e eficiente os cada vez
mais numerosos assuntos da Causa; devendo, em tudo,
dar o exemplo do padrão de vida bahá’í...
46
12 de maio de 1944, a um bahá’í,
publicada em Baha’i News, n o 175, junho de 1945, p. 3
47
34
Ele espera que vocês se desenvolvam
como bahá’ís tanto em caráter como na
prática de tudo aquilo em que acreditam.
A maior finalidade da Revelação de
Bahá’u’lláh é que nos tornemos um novo
tipo de pessoas, pessoas que sejam
CAPÍTULO IV
51. em nome de Shoghi Effendi
corretas, bondosas, inteligentes, confiáveis e honestas, e
que vivam de acordo com Suas grandes leis estabelecidas
para esta nova época do desenvolvimento da raça
humana. Dizer que somos bahá’ís não é suficiente, nosso
ser mais íntimo precisa tornar-se capaz e iluminado ao
viver a vida bahá’í.
25 de agosto de 1944, à Escola Louhelen, Setor Juventude
48
Além do ensino da Causa, o maior serviço
que a juventude bahá’í pode prestar é ser
um exemplo de vida, e especialmente
promotora, dentro das comunidades
bahá’ís e no mundo externo como um
todo, do amor e da harmonia, qualidades
hoje tão carentes diante do que se vê no
mundo: ódio, desconfiança, vingança e
preconceitos de toda natureza.
15 de outubro de 1944, à Escola Louhelen, Setor Juventude
49
JUVENTUDE
Os jovens são, em verdade, aqueles aos
quais a Causa deve forçosamente oferecer
o maior apoio e receber a maior
participação, pois eles são a garantia de
um futuro promissor. Sem aquilo que
Bahá’u’lláh legou à humanidade, o
panorama que se tem do futuro do mundo
é de desesperança, pois as forças do mal
na natureza humana parecem ter ganho
ascendência, e somente uma força
35
52. em nome de Shoghi Effendi
espiritual vinda diretamente de Deus pode fazer com que
o lado bom da existência assuma o comando das vidas
humanas.
15 de junho de 1945, a um bahá’í
50
Por todos os meios possíveis, perseverem
e associem-se, em um espírito amistoso,
com outros grupos de jovens, particularmente de uma raça diferente e de
nacionalidade minoritária, pois tal
associação irá demonstrar sua completa convicção da
unicidade da humanidade e atrair outros à Fé, tanto os
jovens como os mais velhos.
Um espírito livre de preconceito, que demonstre
um companheirismo amoroso com os outros, é o que irá
abrir os olhos das pessoas, mais do que um amontoado
de palavras. Combinado com tais feitos, vocês poderão
ensinar a Fé mais facilmente.
18 de junho de 1945, aos bahá’ís de Dayton, Ohio, EUA
51
36
Ele sempre fica muito contente ao ver jovens
iluminados e capazes abraçando a Causa,
pois o mundo, em um futuro não distante,
certamente pertencerá a eles e o peso das
responsabilidades futuras irá recair sobre
seus ombros. Eles não encontrarão um
padrão de trabalho que se compare com o
que Bahá’u’lláh legou ao mundo para os
nossos dias; unicamente a sanidade, a
CAPÍTULO IV
53. em nome de Shoghi Effendi
justiça, o equilíbrio perfeito de Seu sistema podem levar
ao próximo passo na evolução do ser humano – a
unificação da raça humana como uma grande família que
habita neste planeta.
1 o de julho de 1945, a um bahá’í
52
JUVENTUDE
Ele acha que um dos deveres primordiais
de seu Comitê é estimular os jovens
bahá’ís a se prepararem para o trabalho
pioneiro, particularmente na América
Latina; conforme já informou aos crentes
americanos, as extraordinárias tarefas
que têm à frente na Europa – e, na
verdade, no mundo inteiro – não podem
ser realizadas até que terminem o
trabalho iniciado na América do Sul. Neste
campo de serviço os jovens bahá’ís já
realizaram muito, sendo sua esperança
que outros se levantem e sigam seus
exemplos.
Agora que a guerra terminou e
tantos jovens estão sendo liberados de
seus serviços e retornando a uma vida
mais normal, os jovens bahá’ís em todas
as cidades deviam firmar-se no propósito
de participar em atividades juvenis e
clubes locais, esforçando-se para expor
seus pontos de vistas a tantos jovens e de
tantas maneiras como lhes for possível.
Acima de tudo, devem ser exemplos de
37
54. em nome de Shoghi Effendi
vida para os outros; castidade, polidez, amizade,
hospitalidade, otimismo alegre sobre o futuro da
humanidade, sua felicidade e bem estar, devem distinguilos e conquistar o amor e a admiração de seus
companheiros. O que claramente falta na vida moderna
é um elevado padrão de conduta e de bom caráter; os
jovens bahá’ís precisam demonstrar ambos, se esperam
seriamente conquistar para a Fé membros de sua própria
geração, tão desiludidos e contaminados que se encontram
diante da lassidão decorrente da guerra.
Ele lhes assegura que certamente estará orando
pelo sucesso do trabalho de seu Comitê e para os jovens
bahá’ís em geral, pelos quais nutre uma grande afeição e
em quem deposita as mais acariciadas esperanças.
20 de outubro de 1945, à Assembléia Espiritual Nacional dos Bahá’ís
dos Estados Unidos e Canadá e ao Comitê Nacional da Juventude
53
38
Ele ficou muito feliz ao saber que a
juventude bahá’í está realizando reuniões
e fazendo todo o esforço possível para se
relacionar com outros jovens, em grupos
e clubes locais, levando, desta forma, a
Causa ao conhecimento deles.
Conforme o amado Mestre constantemente reiterava, o exemplo é o maior
instrutor de todos, e o Guardião acha que
os bahá’ís deviam, cada um em particular,
e todos de um modo geral, contribuir com
sua parcela de ação para a unidade da
comunidade onde vivem, e demostrar a
seus companheiros de fé, e ao mundo em
CAPÍTULO IV
55. em nome de Shoghi Effendi
geral, que o amor pelo qual o mundo tanto anseia, é o
amor de Deus. Quando os não-bahá’ís nos vêem em amor
e unidade, nosso poder de influência será irresistível; a
perfeição de nossos ensinamentos – as leis e os princípios
da Fé – serão então vistos como uma realidade prática.
23 de outubro de 1945, à Assembléia Espiritual
Local dos Bahá’ís de Dayton, Ohio, EUA
54
O Guardião tem enfatizado, repetidamente, a imperiosa necessidade da
Juventude Bahá’í exemplificar os
Ensinamentos, mais particularmente o
aspecto moral dos mesmos. Se não se
distinguirem por sua elevada conduta, não
poderão esperar que outros jovens levem
a sério a Causa que esposam.
Ele concorda inteiramente com você
que a não ser que pratiquemos os
Ensinamentos não poderemos esperar
que a Fé cresça, pois o propósito
fundamental de todas as religiões –
incluindo a nossa – é levar o homem mais
próximo de Deus e mudar seu caráter, o
que é da máxima importância. Muita
ênfase tem sido colocada nos aspectos
sociais e econômicos dos Ensinamentos,
porém o aspecto moral não poderá jamais
ser descuidado.
6 de setembro de 1946, a um bahá’í
JUVENTUDE
39
56. em nome de Shoghi Effendi
Ele acha que os jovens, em particular,
precisam, constante e determinadamente,
esforçar-se para exemplificar a vida bahá’í.
No mundo à nossa volta grassam a
decadência moral, a promiscuidade, a
indecência, a vulgaridade e os maus modos – os jovens
bahá’ís precisam ser o oposto dessas coisas e, através de
sua castidade, correção, decência, consideração e boas
maneiras, atrair os outros, jovens e idosos, à Fé. O mundo
está cansado de palavras; quer ver exemplos, e cabe aos
jovens bahá’ís demonstrá-los.
55
19 de setembro de 1946, à Escola de Verão de Green Acre
56
Eles têm agora uma oportunidade de ouro
para se levantarem e cumprirem com seus
planos tão acariciados, antes que seja tarde
demais... Muitos crentes precisam se
levantar e, colocando toda a confiança em
Bahá’u’lláh, cumprir com seu dever para
a Fé na qual acreditam e que amam tão
devotadamente. Os jovens, em particular,
devem ser estimulados a adentrar o campo
de serviço, pois a divulgação da Causa é
sua única esperança para a formação de
um mundo estável no qual possam viver e
estabelecer suas próprias famílias.
12 de outubro de 1946, à Assembléia Espiritual
Nacional dos Bahá’ís das Ilhas Britânicas
40
CAPÍTULO IV
57. em nome de Shoghi Effendi
57
Ele aprecia sobremodo o espírito devotado
e determinado com o qual vocês estão
olhando o futuro e toda a responsabilidade
que o mesmo trará para vocês. A parte
da juventude é muito grande; vocês têm
a oportunidade de realmente exemplificar em palavras e atos os
ensinamentos de Bahá’u’lláh, e demonstrar à sua geração que a Nova
Ordem Mundial que Ele trouxe é uma
realidade tangível na vida de Seus
seguidores.
12 de março de 1946, à Escola Louhelen, Setor Juventude,
publicada no Baha’i News, n o 190, dezembro de 1946, p. 1
58
JUVENTUDE
Em verdade, o trabalho da juventude em
todas as partes do mundo bahá’í é algo
muito querido ao seu coração, ao qual
considera de máxima importância. Os
jovens, que inevitavelmente crescerão
para ombrear todo o trabalho da Causa,
são realmente a sua esperança e devem
ser um dos fatores mais ativos em sua
propagação. Com sua corajosa adesão aos
elevados padrões de moral e ética
definidos por Bahá’u’lláh, e através da
vivência de seus inúmeros, diversificados
e profundos ensinamentos, eles
certamente estarão colaborando, em
grande parte, para o desenvolvimento e
ajudando a rápida expansão de sua amada
41
58. em nome de Shoghi Effendi
Fé nos vários países nos quais trabalham. Eles podem
estar seguros de que sua responsabilidade é grande e seu
privilégio muito precioso.
26 de dezembro de 1946, à Assembléia Espiritual Nacional
dos Bahá’ís das Ilhas Britânicas, Comitê Nacional de Juventude
Nos anos à frente, a fim de realizarem as
tremendas tarefas a eles confiadas pelo
Mestre, os jovens como você precisarão
levar avante o trabalho e assumir o lugar
deixado vazio pelas gerações mais antigas
de crentes; na verdade, eles precisam
fazer mais do que isso, devem criar novas oportunidades
e funções para si mesmos.
O que a Causa verdadeiramente necessita no
momento são instrutores capacitados, sábios e
profundamente enraizados na Fé. Ele espera que você se
prepare para ser um desses instrutores.
59
5 de fevereiro de 1947, a um bahá’í
Com relação ao seu futuro: ele acha que
se você especializar-se em Ciências Sociais
isso seria também de ajuda para ensinar
a Causa. E ele também recomenda que,
se lhe for possível decidir sobre o lugar
onde estudar, ou para se estabelecer permanentemente,
você poderá prestar à Causa um grande serviço indo para
um lugar onde exista uma Assembléia fraca ou apenas
um grupo, ajudando a desenvolver a Fé nesse lugar.
60
21 de junho de 1947, a um bahá’í
42
CAPÍTULO IV
59. em nome de Shoghi Effendi
61
Ele ficou muito feliz ao saber da formação
do novo grupo de jovens que você
menciona, pois isso não somente estimula
grandemente a juventude bahá’í, como os
capacita a atrair novos jovens à Fé, mas
irá também prestar um grande bem aos
serviços gerais, necessário à Causa nessas
cidades. Ele recomenda ao seu Comitê
fazer todo o esforço possível para
estabelecer grupos de jovens onde quer
que existam Assembléias Espirituais e as
circunstâncias permitirem.
25 de setembro de 1947, à Assembléia Espiritual Nacional
dos Bahá’ís das Ilhas Britânicas – Comitê Nacional da Juventude
62
JUVENTUDE
Existem dois tipos de bahá’ís, pode-se
dizer: aqueles cuja religião é a Fé Bahá’í,
e aqueles que vivem para a Fé.
Desnecessário dizer, para definir quando
alguém pertence a esta última categoria,
que precisa estar na vanguarda dos
heróis, dos mártires e dos santos, o que é
condigno aos olhos de Deus. Ele espera
que você atinja esta elevada posição.
Mas, como você precisa trabalhar
para ganhar seu sustento, ele o aconselha
a consultar com seus professores na
Universidade e ver em que campo de
trabalho você poderá encontrar emprego.
Este é um detalhe sobre o qual ele não
43
60. em nome de Shoghi Effendi
pode lhe aconselhar. Em princípio, é bom que um jovem
busque seguir uma carreira que lhe permita encontrar
emprego no exterior, onde poderá render valiosos
serviços como pioneiro.
16 de abril de 1950, a um bahá’í
Ele recomenda que você considere
realizar grandes, grandes feitos para a
Fé; a condição do mundo está se tornando
cada vez pior e sua geração deve prover
os santos, os heróis, os mártires e os
administradores dos anos futuros. Com
dedicação e força de vontade você poderá
erguer-se a grandes alturas!
63
2 de outubro de 1951, à Escola Louhelen,
Setor Juventude,
publicada no Bahá’í News, n o 253,
março de 1952, p. 1
Ele recomenda a todos vocês que devotem
particular atenção aos contatos com as
minorias raciais. Em um país com tanto
preconceito contra os cidadãos negros
como são os Estados Unidos, é da maior
importância que os bahá’ís – e mais
especialmente a juventude – demonstrem ativamente
nossa total ausência de preconceitos e, na verdade, nosso
preconceito em favor das minorias.
Não podemos realizar com sucesso qualquer
campanha de ensino na África se em nossas próprias
64
44
CAPÍTULO IV
61. em nome de Shoghi Effendi
comunidades não demonstrarmos em toda a sua
plenitude nosso amor por pessoas que descendem do
povo africano!
11 de novembro de 1951, à Escola Louhelen
Ele, portanto, recomenda fortemente
que vocês considerem seriamente o tipo
de profissão ou comércio que lhes
assegure um posto no campo de
pioneirismo na África, ou nas Ilhas do
Pacífico, ou mesmo na Ásia, no qual
vocês possam ganhar seu sustento
diário enquanto servem à Causa
também. É um grande desafio e uma
enorme oportunidade oferecida à sua
geração....
65
5 de agosto de 1952, à Escola Louhelen, Sessão
Juventude
Nos ombros da juventude de hoje
repousa o futuro da Fé. Portanto, os
jovens devem receber boa educação e
serem capacitados não somente nos
Ensinamentos da Fé mas também em
assuntos do mundo em geral.
66
21 de maio de 1954, a um bahá’í
JUVENTUDE
45
62. em nome de Shoghi Effendi
67
A profissão de sua sobrinha de educadora
e instrutora de crianças é uma profissão
que lhe trará grandes recompensas, pois
ela está ajudando no desenvolvimento do
caráter dos jovens de hoje, os quais
tornar-se-ão os adultos que irão guiar a
humanidade de amanhã. Guiá-los, tanto
material quanto espiritualmente, é algo
altamente valioso, porquanto, depois da
guerra, com o mundo passando por uma
grande angústia, os valores espirituais
serão os predominantes e os jovens que
se beneficiaram tanto da educação
material como da espiritual serão os
verdadeiros líderes da sociedade.
22 de maio 1955, a um bahá’í
68
Ele espera que a juventude bahá’í na
Alemanha seja estimulada a tomar parte
ativa nos assuntos administrativos e no
trabalho de ensino. Os jovens precisam ter
sempre em mente que são o futuro da
Causa e devem ganhar experiência como
instrutores e administradores com seus
amigos mais velhos, em preparação para
o tempo quando o peso do trabalho irá
recair sobre seus ombros.
21 de junho de 1956, à Assembléia Espiritual
Nacional dos Bahá’ís da Alemanha e da Áustria
46
CAPÍTULO IV
63. em nome de Shoghi Effendi
O amado Guardião sente não estar sendo
dada suficiente atenção ao assunto de
contato com as minorias nos Estados
Unidos. Um grande ímpeto poderá ser
dado ao trabalho em países europeus,
como em determinadas áreas do Extremo
Oriente e na América Latina, se os bahá’ís
residentes em grandes cidades e em cidades
universitárias fizerem um esforço determinado e
adequado para estender amizade e hospitalidade a
estudantes e a pessoas procedentes de países onde os
bahá’ís estão trabalhando tão duramente para
estabelecer a Fé. Os bahá’ís terão não somente a
possibilidade de trazer à Causa crentes locais, mas
também aumentar o número de membros das
comunidades no exterior, quando voltarem, como bahá’ís,
aos seus respectivos países. Isso já aconteceu muitas vezes
com os amigos chineses e japoneses, etc., para grande
vantagem da Causa.
69
19 de julho de 1956, à Assembléia Espiritual
Nacional dos Bahá’ís dos Estados Unidos da América
70
JUVENTUDE
As Confirmações Divinas estão descendo
em torrentes sobre aqueles que se
levantam para ensinar. Neste tempo
crítico na história da Fé, o ensino é o único
serviço que está confirmado.
O Guardião espera que vocês, com
certeza, levantar-se-ão, com esforço
renovado, para tomar parte na grande
Cruzada que está agora avançando em
47
64. em nome de Shoghi Effendi
todo o mundo. A América foi convocada pelo Mestre para
exercer um papel preponderante nesta grande Cruzada
Mundial, a qual está seguindo avante com energia cada
vez maior. Se mais e mais bahá’ís não forem confirmados
nos Estados Unidos, então a América poderá ser privada
de seu grande Destino Espiritual. O Guardião está
aguardando que a juventude da América erga a Bandeira
da Fé a alturas cada vez mais elevadas e gloriosas. A
juventude deve desapegar-se de todas as coisas do
mundo e ser fortalecida pelo poder dinâmico do Espírito
Santo, levantar-se, espalhar a Mensagem e despertar os
corações.
8 de agosto de 1957, à juventude bahá’í de Denver, Colorado, EUA
48
CAPÍTULO IV
65. A Casa Universal de Justiça
V
CARTAS
DA
CASA UNIVERSAL DE JUSTIÇA
71
CONGRESSOS DE
JUVENTUDE NAS AMÉRICA:
1998-2002
AOS
6 de janeiro de 1998
Aos amigos reunidos no Chile no Congresso
Latino-Americano de Juventude
Caros amigos,
Visto que a Causa de Deus progride irresistivelmente na
direção pretendida pelo divino Fundador, cada estágio do
processo apresenta a cada nova geração de jovens bahá’’ís
desafios ímpares frente ao momento histórico.
Fundamentando-se nas realizações das gerações anteriores,
os jovens devem tirar proveito das oportunidades que lhe
são agora apresentadas. Deve ser elaborada uma linguagem
em consonância com o momento, e devem ser realizadas
com vigor atividades visando à transformação da sociedade.
Para concretizar tais empreendimentos, no breve espaço
de tempo disponível, a juventude necessita de
determinação, disciplina espiritual, energia, confiança no
poder da assistência divina e imersão continuada na Palavra
de Deus. Esse empenho, que constitui parte integrante do
processo de crescimento da própria comunidade bahá’’í,
JUVENTUDE
49
66. A Casa Universal de Justiça
possui entretanto características distintivas que lhe são
específicas. Nos últimos decênios e em diversas partes do
mundo, a juventude bahá’’í se apresenta como um
““movimento de juventude””, temos nisto um lembrete de
que a energia gerada não só trará novos adeptos à suas
fileiras, como deverá movimentar toda uma geração a um
patamar mais próximo à Ordem Mundial de Bahá’’u’’lláh.
Durante esses breves próximos dias, estarão examinando
as oportunidades especiais que a mão da Providência
colocou diante de vocês. Um componente essencial de
qualquer estratégia que concebem é a capacitação. Em
todas as regiões, essa questão está sendo efetivada. Vocês
mesmos participam, como estudantes e como mestres, em
burilar capacidades em suas comunidades na orientação
de milhares e milhares de crentes muitos dos quais são
jovens. Com essa visão em mente, vocês deveriam
descortinar ações típicas desse ““movimento de juventude””
nas quais grupos inteiros se engajarão. Como vocês
ensinarão a Causa e incrementarão o processo de Entrada
em Tropas? Como contribuirão para a concretização de um
estilo de vida bahá’’í? E como procederão para a
concretização de um estilo de vida bahá’’í? E como
procederão para acelerar a transformação da sociedade da
América Latina para que alcance seu magno destino? Ao
meditarem sobre essas questões, estejam certos de que os
acompanhamos com nossas orações.
(Assina) A Casa Universal de Justiça
50
CAPÍTULO V
67. A Casa Universal de Justiça
72
8 de janeiro de 2000
Aos amigos reunidos no Congresso de
Juventude no Paraguai
Queridos amigos,
Vocês estão se reunindo para examinar o progresso de
um movimento da juventude que envolve números cada
vez maiores de participantes de geração a geração. À medida
que deliberarem sobre os assuntos que têm diante de si,
sintam-se orgulhosos das realizações da comunidade do
Maior Nome em seu continente. A juventude desempenhou
um papel fundamental no impressionante desenvolvimento
do Plano de Quatro Anos em toda a América Latina e podem
olhar para frente com confiança quanto aos resultados que
estão destinados a colher.
Como declaramos recentemente, o avanço do processo
de entrada em tropas continuará sendo o foco dos Planos
globais que levarão a comunidade bahá’’í até o final do
primeiro século da Idade Formativa. Vocês e todos aqueles
que serão atraídos à Fé através de seus esforços de ensino
trarão à luz progressos notáveis que irão marcar esse período
de vinte e um anos. Como resultado de recentes esforços
para consolidar o trabalho dos institutos, suas comunidades
estão agora capacitadas para atender às necessidades de
treinamento de suas fileiras de crentes que crescem
rapidamente. Este treinamento lhes ajudará a explorar as
oportunidades que lhes são oferecidas neste momento
crucial da história. Diante destas oportunidades vocês
precisam examinar e definir o discurso no qual irão se
envolver.
JUVENTUDE
51
68. A Casa Universal de Justiça
Ao término do século vinte, a maioria da população da
América Latina situa-se abaixo da idade de 30 anos. À
medida que esta geração de jovens assume a
responsabilidade da administração dos assuntos da
sociedade, irá encontrar um cenário que apresenta um
desnorteante contraste. Por um lado, a região pode orgulharse de forma justa pelas realizações brilhantes nas esferas
intelectuais, tecnológicas e econômicas. Por outro, ela falhou
em reduzir a pobreza generalizada ou de evitar o crescente
mar de violência que ameaça submergir suas populações.
Por que –– e a pergunta precisa ser feita claramente –– tem
esta sociedade sido impotente, a despeito de sua grande
riqueza em remover as injustiças que estão rompendo o
seu tecido social?
A resposta a esta pergunta, como amplamente
evidenciado por décadas de uma história tão cheia de
conflitos, não pode ser encontrada na paixão política, nas
expressões antagônicas de interesses classistas ou em
soluções técnicas. O que é necessário é um renascimento
espiritual, como pré-requisito para a aplicação bem
sucedida de instrumentos políticos, econômicos e
tecnológicos.
Mas há a necessidade de um catalisador. Estejam seguros
de que, apesar de seu pequeno número, vocês são canais
através dos quais tal elemento catalisador poderá ser
provido.
Não se desalentem se seus esforços são considerados
como utópicos pelas vozes que se opõem a qualquer
sugestão de mudança fundamental. Confiem na capacidade
desta geração para se livrar dessa confusão de uma
sociedade dividida. Para se desincumbirem de suas
52
CAPÍTULO V
69. A Casa Universal de Justiça
responsabilidades, vocês terão que mostrar a coragem
daqueles que se atêm aos padrões de retidão e cujas vidas
são caracterizadas por pureza de pensamento e ação, e cujo
propósito é orientado por amor e uma fé indomável. Ao se
dedicarem à cura dos males que afligem seus povos, vocês
se tornarão defensores invencíveis da justiça.
Asseguramo-lhes nossas orações para o sucesso de suas
deliberações.
(Assina) A Casa Universal de Justiça
JUVENTUDE
53
70. A Casa Universal de Justiça
73
12 de julho de 2000
Aos amigos reunidos no Congresso de
Juventude em El Salvador*
A Casa Universal de Justiça saúda a sua
reunião e nos instruiu a transmitir-lhes os seguintes
parágrafos de uma mensagem que enviou ao congresso de
juventude realizado no Paraguai no começo deste ano, que
relata suas esperanças para este congresso como, também,
para aqueles de suas comunidades irmãs no Canadá, na
República Dominicana e no Equador.
Vocês estão se reunindo para examinar o progresso de
um movimento da juventude que envolve números cada
vez maiores de participantes de geração a geração. À medida
que deliberarem sobre os assuntos que têm diante de si,
sintam-se orgulhosos das realizações da comunidade do
Maior Nome em seu continente. A juventude desempenhou
um papel fundamental no impressionante desenvolvimento
do Plano de Quatro Anos em toda a América Latina e podem
olhar para frente com confiança quanto aos resultados que
estão destinados a colher.
Como declaramos recentemente, o avanço do processo
de entrada em tropas continuará sendo o foco dos Planos
globais que levarão a comunidade bahá’’í até o final do
primeiro século da Idade Formativa. Vocês e todos aqueles
que serão atraídos à Fé através de seus esforços de ensino
trarão à luz progressos notáveis que irão marcar esse período
*As cartas do Departamento de Secretariado para os outros dois Congressos da
Juventude na República Dominicana em 27 de julho de 2000 e para o Equador em
9 de agosto de 2000, são exatamente iguais a esta, mudando somente suas datas
e o destinatário.
54
CAPÍTULO V
71. A Casa Universal de Justiça
de vinte e um anos. Como resultado de recentes esforços
para consolidar o trabalho dos institutos, suas comunidades
estão agora capacitadas para atender às necessidades de
treinamento de suas fileiras de crentes que crescem
rapidamente. Este treinamento lhes ajudará a explorar as
oportunidades que lhes são oferecidas neste momento
crucial da história. Diante destas oportunidades vocês
precisam examinar e definir o discurso no qual irão se
envolver.
Ao término do século vinte, a maioria da população da
América Latina situa-se abaixo da idade de 30 anos. À
medida que esta geração de jovens assume a
responsabilidade da administração dos assuntos da
sociedade, irá encontrar um cenário que apresenta um
desnorteante contraste. Por um lado, a região pode orgulharse de forma justa pelas realizações brilhantes nas esferas
intelectuais, tecnológicas e econômicas. Por outro, ela falhou
em reduzir a pobreza generalizada ou de evitar o crescente
mar de violência que ameaça submergir suas populações.
Por que –– e a pergunta precisa ser feita claramente –– tem
esta sociedade sido impotente, a despeito de sua grande
riqueza em remover as injustiças que estão rompendo o
seu tecido social?
A resposta a esta pergunta, como amplamente
evidenciado por décadas de uma história tão cheia de
conflitos, não pode ser encontrada na paixão política, nas
expressões antagônicas de interesses classistas ou em
soluções técnicas. O que é necessário é um renascimento
espiritual, como pré-requisito para a aplicação bem
sucedida de instrumentos políticos, econômicos e
tecnológicos.
JUVENTUDE
55
72. A Casa Universal de Justiça
Mas há a necessidade de um catalisador. Estejam seguros
de que, apesar de seu pequeno número, vocês são canais
através dos quais tal elemento catalisador poderá ser
provido.
Não se desalentem se seus esforços são considerados
como utópicos pelas vozes que se opõem a qualquer
sugestão de mudança fundamental. Confiem na capacidade
desta geração para se livrar dessa confusão de uma
sociedade dividida. Para se desincumbirem de suas
responsabilidades, vocês terão que mostrar a coragem
daqueles que se atêm aos padrões de retidão e cujas vidas
são caracterizadas por pureza de pensamento e ação, e cujo
propósito é orientado por amor e uma fé indomável. Ao se
dedicarem à cura dos males que afligem seus povos, vocês
se tornarão defensores invencíveis da justiça.
A Casa de Justiça nos pede que transmitamos a todos os
participantes do congresso a assertiva de suas amorosas
orações para o sucesso de suas deliberações.
Com amorosas saudações bahá’’ís,
Departamento de Secretariado
da Casa Universal de Justiça
56
CAPÍTULO V
73. A Casa Universal de Justiça
74
20 de julho de 2000
Aos amigos reunidos na Conferência de
Juventude em Vancouver, Canadá, de 20 a
24 de julho de 2000
Queridos amigos bahá’’ís,
Vocês estão se reunindo em um tempo de imensa
promessa para a comunidade nacional a que pertencem. É
inegável reconhecer as forças que a Causa no Canadá
desenvolveu neste período no limiar de um novo século. O
nível de unidade que foi alcançado; a energia e a
competência demonstrada por seus Conselhos Regionais;
os sacrifícios financeiros que os crentes canadenses estão
tão decididamente demonstrando para apoiar o trabalho
da Causa internacionalmente; a confiança e o respeito que
os esforços coletivos da comunidade conquistaram, tanto
de instituições governamentais como não-governamentais;
seu extraordinário registro de serviços tanto no campo de
ensino como no de pioneirismo externo; e mais
recentemente a mobilização dramática de recursos
humanos em todo o seu vasto país, onde crentes
canadenses abraçaram o programa de instituto promovido
por sua Assembléia Espiritual Nacional –– tão brilhantes
demonstrações do poder espiritual aumenta a admiração
de qualquer observador imparcial.
Em todos esses grandes avanços, a juventude bahá’’í
canadense exerceu um papel crescentemente vital. Em
assim fazendo, desenvolveu capacidades que lhes dão uma
distinção especial dentro de sua sociedade que, embora
JUVENTUDE
57
74. A Casa Universal de Justiça
conquistada progressivamente, foi altamente capacitada e
atuando numa sociedade com vários segmentos
materialmente bem desenvolvidos. Vocês devem se
questionar como essas expressivas capacidades poderão
ser mais bem utilizadas.
Certa noite, no lar do sr. e da sra. Sutherland Maxwell
em Montreal, ‘‘Abdu’’l-Bahá resumiu em algumas palavras
de intensa comoção a crise que vinha engolfando a
humanidade e o único caminho para a sua salvação:
Hoje o mundo humano se encontra na escuridão
porque não está em contato com o mundo de
Deus. É por isso que não vemos os sinais de Deus
nos corações dos homens. ... Quando uma
iluminação espiritual divina se manifesta no mundo
humano, quando as instruções e a guia divina
aparecem, o resultado é iluminação, um novo
espírito se realiza interiormente, um novo poder
procede, uma nova vida é concedida. É como o
nascimento do reino animal para o reino humano.
Quando o homem adquirir estas virtudes, a
unicidade do mundo humano será revelada,...
Então, a justiça de Deus se tornará manifesta,
toda a humanidade se tornará como membros da
mesma família, e cada membro dessa família se
consagrará à cooperação e assistência mútuas.*
É a esta iluminação divina que devem voltar seus
corações. É a força desta iluminação espiritual –– firmemente
focada no processo de instituto –– que está abrindo suas
mentes à ainda maiores possibilidades da Causa de Deus.
*A Promulgação da Paz Universal. pp. 381-2.
58
CAPÍTULO V
75. A Casa Universal de Justiça
E não é de surpreender que, para aqueles que estão
expostos a tal influência, a experiência obtida parece ser
igual ao nascimento de uma antiga condição a uma
inteiramente nova.
Com corações plenos de admiração por tudo o que a sua
comunidade está realizando e com a mais elevada
esperança que as contribuições que vocês, na sua
juventude, irão particularmente levar ao grande
empreendimento à frente, urgimos que assumam um
comprometimento total com esta visão de ‘‘Abdu’’l-Bahá.
Como acontece com o restante do mundo, a sociedade
canadense necessita urgentemente de uma transformação
moral. Tal transformação, como amplamente evidenciada
por décadas de contenção histórica, não poderá ser
alcançada através da paixão política, do conflito de
interesses tradicionais, ou de soluções técnicas. O que se
exige é uma renovação espiritual como pré-requisito de uma
bem sucedida aplicação dos instrumentos tecnológicos,
econômicos e políticos. Mas existe também a necessidade
de um catalisador. Estejam assegurados de que a despeito
de seu pequeno número, vocês são os canais através dos
quais tal catálise poderá ser alcançada.
Não se sintam desalentados se seus esforços forem
considerados utópicos por vozes que poderão se opor a
qualquer sugestão de mudança fundamental. Confiem na
capacidade desta geração de desvencilhar-se por si mesma
das malhas de uma sociedade dividida. Para
desincumbirem-se de suas responsabilidades, terão de
demonstrar coragem, a coragem daqueles que se apegam
aos padrões de retidão, cujas vidas são caracterizadas pela
pureza de pensamento e ação, e cujo propósito está
JUVENTUDE
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76. A Casa Universal de Justiça
diretamente ligado ao amor e a uma fé inquebrantável. Ao
se dedicarem à cura dos males que afligem seus povos,
estarão se tornando defensores invencíveis da justiça.
Como um dos executores do Plano Divino, o mandato de
sua comunidade certamente não se limita ao Canadá. É de
âmbito mundial, e esta perspectiva global deve alinhar tanto
suas deliberações como seus esforços. Tenham confiança
que, ao voltarem seus corações e mentes para os desafios
à frente, estarão sendo amparados por nossas ardorosas
orações no Liminar Sagrado para que Bahá’’u’’lláh lhes dê o
poder necessário para realizarem suas mais elevadas
aspirações.
Com amorosas saudações bahá’’ís,
(Assina) A Casa Universal de Justiça
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CAPÍTULO V
77. A Casa Universal de Justiça
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28 de junho de 2001
Aos amigos reunidos na Segunda
Conferência de Juventude em Sherbrooke,
Canadá, de 28 de junho a 1 de julho de
2001
Queridos amigos bahá’’ís,
O crescente impulso decorrente da série de conferências
de juventude nas Américas tem sido uma fonte de grande
alegria para nós e é com prazer que aproveitaremos esta
oportunidade de nos dirigirmos diretamente à sua reunião
deste final de semana, no coração do Canadá francês.
Como certamente sabem, o Centro Mundial Bahá’’í tem
sido palco de uma série de eventos extraordinários que
marcam o bem-sucedido término dos grandes projetos de
construção no Monte Carmelo, eventos cujo impacto sobre
a consciência pública em todo o mundo mais que
ultrapassou a mais elevada das expectativas da comunidade
bahá’’í. À conclusão da conferência que fez parte da
inauguração, dirigimos uma mensagem aos amigos
reunidos aqui no Centro Mundial, provindos praticamente
de todas as partes do mundo e virtualmente de todos os
segmentos da humanidade. Seu tema central e as
perspectivas nas quais aquele tema foi determinado contêm
implicações especiais para a juventude do mundo bahá’’í,
e por isso decidimos enviar-lhes uma cópia da declaração,
na confiança de que ela irá ajudar-lhes a focalizar suas
consultas deste fim de semana.
JUVENTUDE
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78. A Casa Universal de Justiça
Circunstâncias históricas dotaram o povo da América do
Nor te –– e par ticularmente sua juventude –– com
oportunidades e recursos não existentes para a grande
maioria do restante da família humana. Atentos ao foco
imediato dos programas de crescimento em ação em todo
o Canadá e nos Estados Unidos, é vital que mantenham
sempre em mente que estas duas comunidades foram
escolhidas, pela pena infalível de ‘‘Abdu’’l-Bahá, para uma
missão que abrange o planeta inteiro. Longe de sentiremse inibidos pelo investimento de suas energias em outras
partes do mundo, o trabalho da Causa na América do Norte
depende da nova visão e da vitalidade de suas
contribuições.
Estejam assegurados de nossas ardorosas orações nos
Santuários Sagrados para que Bahá’’u’’lláh inspire suas
mentes e corações, e confirme as resoluções que irão tomar
para o avanço da Causa.
Com amorosas saudações bahá’’ís,
(Assina) A Casa Universal de Justiça
62
CAPÍTULO V
79. A Casa Universal de Justiça
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24 de maio de 2001
Aos crentes reunidos para os eventos que
marcam a conclusão dos Projetos no Monte
Carmelo
Queridos amigos bahá’’ís,
Cento e quarenta e oito anos se passaram desde o
momento em que, na escuridão do Síyáh-Chál, Bahá’’u’’lláh
recebeu o chamado Divino para levantar-Se e proclamar a
todos na Terra o alvorecer do Dia de Deus:
Em verdade, Nós Te faremos vitorioso por Ti
mesmo e por Tua pena... Em breve Deus erguerá
os tesouros da terra –– homens que Te ajudarão
por Ti mesmo e por Teu Nome, meio pelo qual Deus
revificou o coração daqueles que O reconheceram.
Em termos cronológicos, é apenas um brevíssimo espaço
de tempo que separa aquele momento primordial da
esplêndida vitória que celebramos, aqui, esta semana.
Vocês, que vieram de todos os recantos da Terra e de todos
os segmentos da família humana, constituem um grupo
representativo daqueles que Bahá’’u’’lláh levantou para
ajudá-Lo e ninguém entre nós pode pretender expressar
adequadamente a gratidão que sentimos por estarmos em
tal companhia.
Os edifícios majestosos que agora erguem-se ao longo
do Arco, para eles traçado por Shoghi Effendi na encosta
da Montanha de Deus, juntamente com o magnífico lance
de patamares ajardinados que envolve o Santuário do Báb,
são uma expressão externa do imenso poder que anima a
JUVENTUDE
63
80. A Casa Universal de Justiça
Causa à qual servimos. Eles oferecem eterno testemunho
do fato de que os seguidores de Bahá’’u’’lláh estabeleceram,
com sucesso, os alicerces de uma comunidade mundial que
transcende todas as diferenças que dividem a raça humana,
e trouxeram à existência as instituições principais de uma
Ordem Administrativa única e inexpugnável, que modela a
vida desta comunidade. Na transformação ocorrida no
Monte Carmelo, a Causa Bahá’’í emerge como uma realidade
visível e poderosa no cenário global, como o centro focal de
forças que, segundo a vontade de Deus, promoverão a
reconstrução de sociedade e como uma fonte mística de
renovação espiritual para todos os que para ela se voltem.
Refletir sobre o que a comunidade bahá’’í realizou lança
à perspectiva, de forma comovedora, o sofrimento e a
privação que engolfam a grande maioria de nossos
semelhantes. É necessário que assim seja, pois o efeito é
abrir nossas mentes e almas às implicações vitais da missão
que Bahá’’u’’lláh nos determinou. Ele declara:
Sabe tu, em verdade, essas grandes opressões
que sobrevivem ao mundo estão preparando-o
para o advento da Justiça Suprema.
E ‘‘Abdu’’l-Bahá acrescenta:
Louvado seja Deus! O sol da justiça surgiu do
horizonte de Bahá’’u’’lláh, pois em Suas Epístolas
os fundamentos de tal justiça foram estabelecidos
como nenhuma mente, desde o começo da
criação, jamais concebeu.
Afinal, é para servir a este propósito Divino que todas as
nossas atividades são destinadas e avançaremos neste
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CAPÍTULO V
81. A Casa Universal de Justiça
propósito ao grau em que entendermos o que está em jogo
em nossos esforços para ensinar a Fé, para estabelecer e
consolidar suas instituições, e para intensificar a influência
que ela está exercendo na vida da sociedade.
A gritante carência da humanidade não será satisfeita
através de uma luta entre ambições conflitantes ou de
protestos contra uma ou outra das incontáveis injustiças
que afligem uma época desesperadora. Requer, pelo
contrário, uma mudança fundamental de consciência, uma
aceitação incondicional do ensinamento de Bahá’’u’’lláh de
que o tempo é chegado em que cada ser humano na Terra
deve aprender a aceitar a responsabilidade pelo bem-estar
da inteira família humana. O comprometimento com este
princípio revolucionário, capacitará cada vez mais, tanto os
crentes como as instituições bahá’’ís, a despertar os outros
para o Dia de Deus e para as latentes capacidades espirituais
e morais que podem transformar este mundo em um outro
mundo. Shoghi Effendi nos diz:
Demonstramos este comprometimento através de
nossa retidão de conduta para com os outros, pela
disciplina de nossa própria natureza, e por nossa
total isenção de preconceitos que mutilam a ação
coletiva na sociedade à nossa volta e frustram os
impulsos positivos no sentido da transformação.
Os padrões definidos pelo Guardião se aplicam à inteira
comunidade bahá’’í, tanto em sua vida coletiva como na
vida de seus membros. Têm, no entanto, implicações
particulares para a juventude bahá’’í que é abençoada com
invejáveis vantagens de elevada energia, mente flexível e,
em uma grande medida, liberdade de movimento. O mundo
JUVENTUDE
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82. A Casa Universal de Justiça
que os jovens bahá’’ís estão herdando é um mundo no qual
a distribuição das oportunidades educacionais, econômicas,
e outras fundamentais, é enormemente injusta. A juventude
bahá’’í não deve deixar-se desanimar por tais obstáculos.
Seu desafio é entender a verdadeira condição da
humanidade e forjar entre si laços espirituais permanentes
que os libertem não somente das divisões raciais e
nacionais, como também daquelas criadas pelas condições
sociais e materiais e que os capacitem a levar avante a
grande responsabilidade que repousa sobre eles.
Bahá’’u’’lláh nos encoraja a esperarmos da juventude de
Sua comunidade uma evolução à maturidade muito mais
cedo do que é característico do restante da sociedade.
Claramente, isso de forma alguma diminui a importância
da dedicação à educação, às realidades econômicas e às
obrigações familiares. Significa que a juventude bahá’’í pode
aceitar –– e deve ser encorajada a aceitar –– responsabilidade
própria quanto à liderança moral na transformação da
sociedade. Justificando estas palavras, invocamos a
memória dAquele cujo Santuário hoje pôs a Montanha de
Deus a resplandecer em luzes, e à memória daquele grupo
de jovens heróis e heroínas cuja grandeza de alma e autosacrifício lançaram em curso o empreendimento no qual
estamos engajados.
A realização que estamos hoje celebrando chama
atenção para duas realidades paradoxais. Dentro da própria
Fé, o poder de reunião da comunidade bahá’’í pressagia
um grande impulso avante, indícios do qual já são
aparentes em todas as partes. Tal como Shoghi Effendi
enfatizou diversas vezes, este avanço, inevitavelmente,
suscitará uma oposição ainda mais intensa como a Causa
até então experimentou, oposição essa que, em
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CAPÍTULO V
83. A Casa Universal de Justiça
contrapartida, liberará forças maiores e necessárias para
as tarefas ainda mais desafiadoras que nos aguardam
adiante.
O mundo no qual nossos esforços se desenvolvem está,
da mesma forma, passando por mudanças profundas. De
um lado, a enorme rede de organismos e indivíduos que
promovem o entendimento e a cooperação entre diferentes
povos, afirma ainda mais poderosamente o crescente
reconhecimento de que ““a Terra é um só país, e a
humanidade, seus cidadãos””. Por outro lado, é igualmente
claro que o mundo atravessa um período de paralisia social,
tirania e anarquia, um período caracterizado pelo abandono
generalizado da responsabilidade, tanto governamental
como pessoal, cujas conseqüências finais ninguém na Terra
pode prever. O efeito de ambos os acontecimentos, tal como
Shoghi Effendi também assinalou, será o de despertar nos
corações dos que convivem conosco neste planeta o anseio
pela unidade e justiça que somente pode ser satisfeito
através da Causa de Deus.
Um longo e árduo processo de luta, experimentação e
construção, nos conduziu às vitórias que elevam nossos
corações à medida que se abre um novo século. Através da
rápida proliferação do sistema de institutos e da energia
que está sendo investida em toda parte nas estratégias de
crescimento de área, a comunidade bahá’’í moveu-se
rapidamente para consolidar o que tem alcançado. Por mais
profunda que seja a escuridão que envolve o mundo, o
futuro jamais foi tão promissor quanto à realização da
Missão de Bahá’’u’’lláh. Nós, que fomos privilegiados em
nos reunirmos aqui esta semana, estamos testemunhando,
com nossos próprios olhos, o alvorecer do cumprimento das
palavras reveladas pelo Senhor das Hostes sobre esta
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84. A Casa Universal de Justiça
montanha há mais de um século, palavras que fizeram vibrar
os próprios átomos da terra:
Verdadeiramente, este é o Dia em que tanto a
terra como o mar, se regozijam por causa desse
anúncio, o Dia para o qual foram guardadas
aquelas coisas que Deus, por uma graça além da
compreensão de qualquer mente ou coração
mortal, destinou à revelação.
Tal privilégio traz consigo uma responsabilidade
igualmente importante, a responsabilidade de fazer a nossa
parte, qualquer que seja o sacrifício, qualquer que seja a
dificuldade, para que seja cumprido o desejo comovente
que Bahá’’u’’lláh expressou naquela histórica ocasião:
Ó, quanto eu anseio por anunciar a todo lugar na
superfície da Terra e levar a cada uma de suas
cidades as boas-novas desta Revelação –– uma
Revelação à qual o coração do Sinai se sentiu
atraído e em cujo nome clama a Sarça Ardente:
““A Deus, Senhor dos Senhores, pertencem os
reinos da terra e do céu.””
Com todo o fervor de nossos corações agradecidos,
faremos orações no Limiar Sagrado para que Bahá’’u’’lláh
abençoe e confirme todo esforço que realizem para levar
avante Seu propósito para a redenção da humanidade e a
cura de seus males.
Com amorosas saudações bahá’’ís,
(Assina) A Casa Universal de Justiça
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CAPÍTULO V