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TEORIA GERAL DA ADMINISTRAÇÃO – AULA 11 Vimos na aula anterior que as abordagens comportamentais, e muito particularmente a mais antiga conhecida por  “Teoria das Relações Humanas”,  surgem nos anos 30 como contraponto às abordagens clássicas. Vimos que a  Escola Comportamental  ganhou identidade própria ao aprimorar alguns conceitos da  Teoria das Relações Humanas . Aprendemos que todas estas as abordagens ressaltam o conceito de que o  homem, o indivíduo na organização, tem de ser o ponto de partida e chegada de qualquer análise do funcionamento das organizações . Ponto de partida porque é  através do estudo do comportamento humano que poderemos compreender o comportamento organizacional  e ponto de chegada porque  as organizações devem ser estruturadas para atenderem os que nela trabalham .
1. ESCOLA COMPORTAMENTAL – REVISÃO DE CONCEITOS A mudança de foco do sistema tecnico-produtivo para o sistema social abre novas perspectivas relativamente ao funcionamento das organizações  Os operários apresentavam nível cultural e expectativas muito diferentes do operário do início do século.  A maior complexidade da tecnologia exigia cada vez mais a aplicação intelectual do trabalhador, sendo o seu esforço físico substituído pelas próprias máquinas. Embora a organização ainda seja vista como um sistema fechado, o homem já não é um mero elemento do sistema interno da organização, mas um indivíduo – um ser humano com objetivos e inserção social própria.
Foi dado o primeiro passo para introduzir na organização a incerteza provocada pelo ambiente exterior. O comportamento humano vai ser visto como o verdadeiro objeto do estudo das organizações. A  motivação  e o relacionamento interpessoal passam a ser considerados como a verdadeira chave da eficiência do sistema produtivo.  A eficiência do sistema produtivo passa sobretudo pela vontade das pessoas  – motivação.  O objetivo passa a ser otimizar o sistema social e não o técnico-produtivo. Gerir a organização é gerir um sistema social, baseado no conhecimento profundo dos mecanismos da motivação humana e do funcionamento de sistemas sociais complexos. O gestor não é o chefe hierárquico ou o especialista técnico mas o condutor de homens capaz de motivar os indivíduos que integram a organização
a)  busca cooperação entre empresários, empregados e clientes - pessoas irão cooperar naturalmente, desde que o esforço possua sua justificativa nas vantagens e satisfações que geram b)  administração deve criar um ambiente organizacional tal que os seus membros possam alcançar melhor os seus objetivos individuais, dirigindo seus esforços grupais para os objetivos da organização c)  percepção, por parte da direção, da escala motivacional, em que cada indivíduo atua de forma particular e única d)  estilo participativo de liderança em oposição ao autoritarismo 2. PRINCÍPIOS GERAIS
3. FREDERICK HERZBERG – TEORIA DOS DOIS FATORES ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
3.2 FATORES MOTIVACIONAIS OU INTRÍNSECOS ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
Fonte: Adaptado de Maximiano, 2002 Fatores Motivacionais de Herzberg Uma alavancagem dentro da estrutura organizacional, em termos de cargo ou responsabilidade. Possibilidade de crescimento Possibilidade de aumento de status, perfil cognitivo ou mesmo de posição social. Desenvolvimento pessoal Proveniente da realização próprio trabalho ou do trabalho de outros Responsabilidade Tarefas consideradas agradáveis e que provocam satisfação. O trabalho em sí O recebimento de um reconhecimento público, ou não, por um trabalho bem-feito ou um resultado conseguido. Reconhecimento pela realização O término com sucesso de um trabalho ou tarefa; os resultados do próprio trabalho. Realização Determinantes Fatores Motivadores
Fonte: Adaptado de Maximiano, 2002 Fatores Higiênicos de Herzberg Aspectos do trabalho que influenciam a vida pessoal. Vida pessoal O Valor da contrapartida da prestação de serviço. Remuneração Forma pela qual a nossa posição esta sendo vista pelos demais. Status Transações pessoais e de trabalho com os pares, ou subordinados e os superiores. Relações interpessoais Ambientes físicos e psicológicos que envolvem as pessoas e os grupos de trabalho. Condições ambientais Normas e procedimentos que encerram os valores e crenças da companhia. Políticas empresariais A disposição ou boa vontade de ensinar ou delegar responsabilidades aos subordinados Supervisão Determinantes Fatores higiênicos
Auto-realização Estima Sociais Segurança Fisiológicas Fatores motivacionais ou intrínsecos Fatores higiênicos ou extrínsecos Podemos ver que os conceitos da  Pirâmide das Necessidades de Maslow   são reforçados através da  Teoria dos dois fatores de Hezberg . Fonte: Adaptado de Chiavenato, 2006
" Pebun " negativo : ocorre quando o trabalhador recebe um "pontapé no traseiro" (física ou psicologicamente) para executar a tarefa. Nos tempos antigos, isto poderia ser ilustrado pelas agressões físicas feitas aos escravos, para que eles cumprissem suas obrigações. Nos tempos modernos, o "pebun" negativo acontece toda vez que o trabalhador recebe broncas, punições ou ameaças para que execute a tarefa.  " Pebun "  positivo : ocorre quando um trabalhador é "seduzido" por alguma forma de incentivo para realizar a tarefa. Na verdade, ele não quer realizar a tarefa, apenas irá executá-la para receber alguma recompensa. Herzberg apontou várias armas de "sedução" utilizadas nas empresas. Entre elas, destacam-se: redução do expediente de trabalho, salários em espiral, benefícios previdenciários, apoio assistencial, participação nos lucros.  Herzberg buscou evidenciar a diferença existente entre motivação e movimento. Ele chamou todos os fatores que servem apenas de estímulo externo à realização das tarefas de " pebuns ", afirmando que estes fatores geram apenas movimento. A motivação aconteceria apenas quando houvesse a vontade própria do indivíduo de realizar as tarefas. O movimento poderia ser gerado por dois tipos de " pebun ": Fonte: Adaptado de Queiroz, 1996
3.3 ENRIQUECIMENTO DE TAREFAS ( JOB ENRICHMENT ) ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],O enriquecimento das tarefas seria alcançado através de um aumento da responsabilidade, do desafio e da amplitude do trabalho. Em outras palavras, o seria obtido através da delegação de autoridade e responsabilidade ao trabalhador.
Fonte:  Adaptado de Castro, 2004 Ampliação Vertical do Trabalho ENRIQUECIMENTO DA TAREFA Tarefas Originais do Trabalho Ampliação horizontal do Trabalho Mais tarefas que dão crescente autonomia, responsabilidade ou tomada de decisão. Mais tarefas do mesmo tipo Enriquecimento da Tarefa
4. DOUGLAS MCGREGOR – TEORIAS  X  e  Y Douglas McGregor ressaltou a importância da compreensão dos relacionamentos entre a motivação e o comportamento.  A visão tradicional (teoria X), sugere que os gerentes devem coagir, controlar e ameaçar os funcionários para poder motivá-los.  A filosofia alternativa da natureza humana era a da teoria Y, que acredita que as pessoas são capazes de ser responsáveis. Elas não precisam ser coagidas ou controladas pelo gerente para ter um bom desempenho.. A teoria de McGregor é, na verdade, um conjunto de dois extremos opostos de suposições. Para McGregor, se aceitarmos a teoria "X", e nos comportarmos de acordo com ela, as pessoas se mostrarão preguiçosas e desmotivadas. Já se aceitarmos a teoria "Y", as pessoas com quem interagirmos se mostrarão motivadas. Elaborou dois estilos administrativos, opostos e antagônicos: ,[object Object],[object Object]
4.1 TEORIA X e Y de MACGREGOR Adaptado de Maximiano, 2002 Os trabalhadores buscam satisfazer suas necessidades de estima e realização e, portanto, estão dispostos a autodirigirem-se e a autocontrolarem-se no alcance de objetivos com os quais estão comprometidos.  Para conseguir que os trabalhadores se engajem no trabalho é preciso utilizar um sistema de controle e punição.  Os trabalhadores são capazes de imaginação e criatividade na resolução de problemas.  Os trabalhadores não tomam iniciativa.  Os trabalhadores apreciam o desafio. Os trabalhadores não apreciam mudanças.  Os trabalhadores aprendem não só a aceitar responsabilidades, mas também a procurá-las.  Os trabalhadores evitam as responsabilidades.  O esforço físico e mental no trabalho é tão natural quanto as atividades de lazer.  As pessoas encaram o trabalho como "um mal necessário".  TEORIA Y TEORIA X
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
Na próxima aula iremos ver como a soma destas teorias influenciam o comportamento humano dentro das organizações e, consequentemente direcionam para a consecução dos objetivos. A Escola Comportamental ou Behaviorista é a soma de todas as idéias ligadas à motivação para a obtenção de resultados. Até lá!
CASTRO,  Marcos Tadeu Moraes de.   Apostila Administração de Recursos  Humanos – II  –  ASMEC, 2004 CHIAVENATO,  Idalberto –  Princípios da Administração . 1ª Ed.  São Paulo: Ed. Campus, 2006 MAXIMIANO , Antonio C.  Teoria Geral da Administração: da escola científica à competitividade em Economia Globalizada . 3ª edição - São Paulo. Atlas. 2002 QUEIROZ,  Simone Hering de.  Motivação dos Quadros Operacionais para a Qualidade sob o Enfoque da Liderança Situacional . Tese. UFSC, 1996. [ on line, http://www.eps.ufsc.br/disserta96/queiroz/index/index  disponibilizado em   12 de janeiro de 1997, capturado em 16 de janeiro de 2009] REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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  • 1. TEORIA GERAL DA ADMINISTRAÇÃO – AULA 11 Vimos na aula anterior que as abordagens comportamentais, e muito particularmente a mais antiga conhecida por “Teoria das Relações Humanas”, surgem nos anos 30 como contraponto às abordagens clássicas. Vimos que a Escola Comportamental ganhou identidade própria ao aprimorar alguns conceitos da Teoria das Relações Humanas . Aprendemos que todas estas as abordagens ressaltam o conceito de que o homem, o indivíduo na organização, tem de ser o ponto de partida e chegada de qualquer análise do funcionamento das organizações . Ponto de partida porque é através do estudo do comportamento humano que poderemos compreender o comportamento organizacional e ponto de chegada porque as organizações devem ser estruturadas para atenderem os que nela trabalham .
  • 2. 1. ESCOLA COMPORTAMENTAL – REVISÃO DE CONCEITOS A mudança de foco do sistema tecnico-produtivo para o sistema social abre novas perspectivas relativamente ao funcionamento das organizações Os operários apresentavam nível cultural e expectativas muito diferentes do operário do início do século. A maior complexidade da tecnologia exigia cada vez mais a aplicação intelectual do trabalhador, sendo o seu esforço físico substituído pelas próprias máquinas. Embora a organização ainda seja vista como um sistema fechado, o homem já não é um mero elemento do sistema interno da organização, mas um indivíduo – um ser humano com objetivos e inserção social própria.
  • 3. Foi dado o primeiro passo para introduzir na organização a incerteza provocada pelo ambiente exterior. O comportamento humano vai ser visto como o verdadeiro objeto do estudo das organizações. A motivação e o relacionamento interpessoal passam a ser considerados como a verdadeira chave da eficiência do sistema produtivo. A eficiência do sistema produtivo passa sobretudo pela vontade das pessoas – motivação. O objetivo passa a ser otimizar o sistema social e não o técnico-produtivo. Gerir a organização é gerir um sistema social, baseado no conhecimento profundo dos mecanismos da motivação humana e do funcionamento de sistemas sociais complexos. O gestor não é o chefe hierárquico ou o especialista técnico mas o condutor de homens capaz de motivar os indivíduos que integram a organização
  • 4. a) busca cooperação entre empresários, empregados e clientes - pessoas irão cooperar naturalmente, desde que o esforço possua sua justificativa nas vantagens e satisfações que geram b) administração deve criar um ambiente organizacional tal que os seus membros possam alcançar melhor os seus objetivos individuais, dirigindo seus esforços grupais para os objetivos da organização c) percepção, por parte da direção, da escala motivacional, em que cada indivíduo atua de forma particular e única d) estilo participativo de liderança em oposição ao autoritarismo 2. PRINCÍPIOS GERAIS
  • 5.
  • 6.
  • 7. Fonte: Adaptado de Maximiano, 2002 Fatores Motivacionais de Herzberg Uma alavancagem dentro da estrutura organizacional, em termos de cargo ou responsabilidade. Possibilidade de crescimento Possibilidade de aumento de status, perfil cognitivo ou mesmo de posição social. Desenvolvimento pessoal Proveniente da realização próprio trabalho ou do trabalho de outros Responsabilidade Tarefas consideradas agradáveis e que provocam satisfação. O trabalho em sí O recebimento de um reconhecimento público, ou não, por um trabalho bem-feito ou um resultado conseguido. Reconhecimento pela realização O término com sucesso de um trabalho ou tarefa; os resultados do próprio trabalho. Realização Determinantes Fatores Motivadores
  • 8. Fonte: Adaptado de Maximiano, 2002 Fatores Higiênicos de Herzberg Aspectos do trabalho que influenciam a vida pessoal. Vida pessoal O Valor da contrapartida da prestação de serviço. Remuneração Forma pela qual a nossa posição esta sendo vista pelos demais. Status Transações pessoais e de trabalho com os pares, ou subordinados e os superiores. Relações interpessoais Ambientes físicos e psicológicos que envolvem as pessoas e os grupos de trabalho. Condições ambientais Normas e procedimentos que encerram os valores e crenças da companhia. Políticas empresariais A disposição ou boa vontade de ensinar ou delegar responsabilidades aos subordinados Supervisão Determinantes Fatores higiênicos
  • 9. Auto-realização Estima Sociais Segurança Fisiológicas Fatores motivacionais ou intrínsecos Fatores higiênicos ou extrínsecos Podemos ver que os conceitos da Pirâmide das Necessidades de Maslow são reforçados através da Teoria dos dois fatores de Hezberg . Fonte: Adaptado de Chiavenato, 2006
  • 10. " Pebun " negativo : ocorre quando o trabalhador recebe um "pontapé no traseiro" (física ou psicologicamente) para executar a tarefa. Nos tempos antigos, isto poderia ser ilustrado pelas agressões físicas feitas aos escravos, para que eles cumprissem suas obrigações. Nos tempos modernos, o "pebun" negativo acontece toda vez que o trabalhador recebe broncas, punições ou ameaças para que execute a tarefa. " Pebun " positivo : ocorre quando um trabalhador é "seduzido" por alguma forma de incentivo para realizar a tarefa. Na verdade, ele não quer realizar a tarefa, apenas irá executá-la para receber alguma recompensa. Herzberg apontou várias armas de "sedução" utilizadas nas empresas. Entre elas, destacam-se: redução do expediente de trabalho, salários em espiral, benefícios previdenciários, apoio assistencial, participação nos lucros. Herzberg buscou evidenciar a diferença existente entre motivação e movimento. Ele chamou todos os fatores que servem apenas de estímulo externo à realização das tarefas de " pebuns ", afirmando que estes fatores geram apenas movimento. A motivação aconteceria apenas quando houvesse a vontade própria do indivíduo de realizar as tarefas. O movimento poderia ser gerado por dois tipos de " pebun ": Fonte: Adaptado de Queiroz, 1996
  • 11.
  • 12. Fonte: Adaptado de Castro, 2004 Ampliação Vertical do Trabalho ENRIQUECIMENTO DA TAREFA Tarefas Originais do Trabalho Ampliação horizontal do Trabalho Mais tarefas que dão crescente autonomia, responsabilidade ou tomada de decisão. Mais tarefas do mesmo tipo Enriquecimento da Tarefa
  • 13.
  • 14. 4.1 TEORIA X e Y de MACGREGOR Adaptado de Maximiano, 2002 Os trabalhadores buscam satisfazer suas necessidades de estima e realização e, portanto, estão dispostos a autodirigirem-se e a autocontrolarem-se no alcance de objetivos com os quais estão comprometidos. Para conseguir que os trabalhadores se engajem no trabalho é preciso utilizar um sistema de controle e punição. Os trabalhadores são capazes de imaginação e criatividade na resolução de problemas. Os trabalhadores não tomam iniciativa. Os trabalhadores apreciam o desafio. Os trabalhadores não apreciam mudanças. Os trabalhadores aprendem não só a aceitar responsabilidades, mas também a procurá-las. Os trabalhadores evitam as responsabilidades. O esforço físico e mental no trabalho é tão natural quanto as atividades de lazer. As pessoas encaram o trabalho como "um mal necessário". TEORIA Y TEORIA X
  • 15.
  • 16. Na próxima aula iremos ver como a soma destas teorias influenciam o comportamento humano dentro das organizações e, consequentemente direcionam para a consecução dos objetivos. A Escola Comportamental ou Behaviorista é a soma de todas as idéias ligadas à motivação para a obtenção de resultados. Até lá!
  • 17. CASTRO, Marcos Tadeu Moraes de. Apostila Administração de Recursos Humanos – II – ASMEC, 2004 CHIAVENATO, Idalberto – Princípios da Administração . 1ª Ed. São Paulo: Ed. Campus, 2006 MAXIMIANO , Antonio C. Teoria Geral da Administração: da escola científica à competitividade em Economia Globalizada . 3ª edição - São Paulo. Atlas. 2002 QUEIROZ, Simone Hering de. Motivação dos Quadros Operacionais para a Qualidade sob o Enfoque da Liderança Situacional . Tese. UFSC, 1996. [ on line, http://www.eps.ufsc.br/disserta96/queiroz/index/index disponibilizado em 12 de janeiro de 1997, capturado em 16 de janeiro de 2009] REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS