SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  514
Télécharger pour lire hors ligne
*
L Comp'ldio de Sociologíd, Lucia Demartis
2. Elementos de Antropologia Sociele Cultulal Jean-Paul Colleyn
3. Hístória das ldeìag Políticas. Da AútiguÌdade ao Fim do
Século XVII, Dmitri Georges Lavroff
4. Manual de Arqueologia Pré-Históríca, Nrúo Feneira Bicho
MAÌ
DEI
PRE.
TituÌÒl
ManüaÌ.1. Aryueotolia pré-Histótie
O Nuno Feneüa Bjcho e Edições ?0, Ldâ
MAF
DEI
PRÉ
Capa: F'B.A
DcpósiÌo Legal n, 2:172t7l06
Ìnp.c$âo, pagjnâção e aclbânìentol
MN!0L A. p^.Ec.
Para
EtrIçÕES 70. LDA
Ser,eììbro de 2006
ISEN (10): 972 44 1315.1
rsBN (13): 978 972 4_1-1345 7
Díeìlos resenados paÌa todos os laíses de lingua p.nueuesa
poÌ Ediçôes 70
EDIÇOES 70, L.jâ
Ruâ Llciano Cordetro, 123 _ Ì. Esq, Ì069 ij? LhbÒâ/por1lgâl
TeÌefs : 2l:1190240 Faxr 2t3190249
e mart: gcrd@edi.oes7o.pt
f.r1 ts..
". . o o
"
d. t.-. (.. j io
i. cr rcpi. o /,o.
r)ír r.r ,o D, frei. L.o.i.. -orôrJ o
Vualqtrer úansgr€$ão à leidos DircìLos de
^utor
seúpassível
de prccedin. nto judic i!l
ui![o H
Èr*i.io do I
l----'/ï"< çxt<*
NUNO FERREIRA BICHO
MANUAL
ÌjÈ I'nQuDoLoGIA
pnn,-Htstorucn
Prefácio do Professor Vítor Oliveira Jorge
úo
Agradecìmentos
Um conjünto de coÌegas e ãmigos aiudou lnc. eln vários molÌentos da
elaìroração deste trabaÌho, no que Ìespeìta a aspectos texiuais. de relisão e
de especialidade científica. Por essiì riìzlo. gostaria de âgradecer a Anlónio
Faustìno Ca]vaÌho. Dclminda Moutã, José PauÌo Pjúcjro e L ís Raposo. O
rabaÌho Ìongo e difíciÌ da primeira revisão foi feìlo poÍCidília Bicho, corìì
qxenÌ paÍiÌho tambénÌ a nÌinha vidâ. Costariâ de agradecer a Pedrc BemaÍdo
dâs Edições 70. que fez o trâbaÌho, ceÍal1lenlc doloroso. de revisão do texto
fÌnaÌ.
A oporrunidade de desenvolveÍ o trâbalho de investigação Íbí mc tãcuì
tada por uma Ìicença sãbátìca concedìda peÌa Unjvcrsidâde do Algarve no
âno lectivo de 2002/2003. PaÌte da recoÌhâ e invesligação bibllogÌáficâ foi
leìta nos EUA, utiÌizando para o efeito a desÌocação â vários Congressos no
AÌizona. com unÌa boÌsa dâ Fundação Luso-AmeÍicana pam o Desenvolvì
Ìnento. Duranle esse período tìve a âjuda de Mary Slincr c de John Lindly, â
quenì agìadeço a estadìa durante esse período bem como a anìzâde e as
Ìongas discussões científÌcas que tcúos tìdo oâ últiÌna década.
I
Prefácio
O que o leitor lcm ra m:Ìo é. c preteìÌde scr. unÌ manurl de aÌqueologÌa
pÉ hiÍórica. não um mÀnual de pré históÍia Mdruâis de quÂlquer tìpo tal-
Ìânì Ììo país, e. sobre esta teìnátìca. muiio e paÍiculÀÌ. DeÍte Ìogo pois. é
dc nos congratulamlos com o seu âparecinento. sendo uìÌaobìa !éììâ,
'ieo-
fosrÌ. saída dâ experiôncia de uìÌÌ â!Ì!or aÌÌÌadurecido
Assumindo. como iodos fazenìos, o convencionâlismo da pala'fa pré
história (que 1Íâ7 erÌ sì impÌícita uma cenÍâção na nossa hislórìa recenlc
dc ociderlais), cosrumanros convcncionâlìnenlc designar "pté-lÌislód.1 â(s)
síntese(s) que iàzenos. c "arqueoÌogia" o coÌìjunlo de aìÌáÌìlcs que a |aìs
!fuleses, ou intcrprettrções dc conjunto. nos conduzen. O carícter discutí-
eÌ deÍâ disiinção é óbvio. e teÌn unìa raìr positivislar prinÌeiro an lsar
''dados". pâra depois com essa ììâtérir-prirìa lìbricâr "tcorias Já se vê
que na reaÌidade nada sc passa segundo estrs cartesianas dicoloìÌìlas
O probÌemr porém enl PortugaÌ está a montanie: é o da óbvia lalta de
ìi'fos de qurìlidade sobre dquêologia, seiâ quÂì tor a pe$pecrrva ou o ob
jecdvo quc legiliìnaÌncnte adoptenì. Está o leitoÍ perâÌrie Lrnì desses ÍâÍos
livrcs. Nâ verdade, o auloÍ Ìefere-se na sua apÌesentâção iniclal a nìanu
ris" coììo o de Louis Fredérìc, qxe nem âqueólogo tìi; e de Abel Viarìâ.
Igura respeitá,eÌ de pìoÌìeiro n!ìn]â épocà cn que não havia "âÍqueoÌogia
.jerìtifica" em Porlugal. E depois disso neste canpo de Ínanutìis pÍálicos .
úteis ao que sc quer inìciÂÌ. é quasc o deseúo. . sobrel!Ìdo no que à pré
histódâ se fefere. evidentenìente Daí que eÍe li!Ío corÌece â prcencher
uÌna lâcunâ. Esiá â]iás muito dctlìalizado cm aspecbs pouco conhecidos do
público.
'fenho aconìparüado o peÍcurso de Nuno Bicho, autorquc basrcrmente
t forÌìou tros Eslados Unidos. c pude âie.rrguìÍ. naUnivcÌsidade do,{ìg !e
SeÌeÌnbrc de 2004). às pÍo!âs de agrcgação a que apÌesentou unìa prlmerfa
versão destc Ìlranud. Foi sagaz. apr1,!cìttìndo da ÌÌìcìhor nìâneira nr
.ì.ilLì,,
uni'cÍli1Íro de passagent traÍã nos dar urì li!Ìr, que lai ser úújl .ìos cíu-
danrcs. Essa aiirude é dc ìoulaì
ParL alénì do rììÌi! NuÌro Bicho lidcra. ntì UALC. uma eqlÌjpa dinâ
mÌfa. que lìrolÌou que. apes.rf dos cnlpreìÌeiros c da destruìção âciçn .r
que um 1uÍìsÌno Ìrì.rl pfogrrmâdo coÌrdenou aqueÌa região dc Poúug.rÌ,
aiÍda hrj âli nruiro â .slrLd.ìr. rncmo no donìÍrio dtì pfé htróÍin ! asirÌ
o Algrne. quc jÍ loi Ìrln dos ptuaísos pii.r:ísticos da Europâ (recor-
dâçõcs dc irlância...l. e que, conì Esticio drì Veìga. Lcvc t.rhez ÌÌma das
c,rflrìs xrqueológicns" âis anÌiga deÍe contincrtc, volrâ âgom. coÌìr
lr liderançâ do aut.n dcíc N1anurÌ. a eÍâÌ Ìro üapâ dr afqucoìogìâ pì.ó
- h istóÌìcâ ìroÍt!Ìg ueu e elll.opeìa. TL]do boÌs rìotícitìs. Até âli c concfetizou.
grâçÂ! .L cÌe. taÌrìbérÌ eÌn Setenrbro dc 200,1. o ÌV CoÌìgÌcsso de AfqLreolo-
gi3 PeriÌrsuìtìr (').
É er,ìdente na forrra dc concepcìo dcstc Ìnanuâl â 1ìnnação estado,
unid ense do alrl(Ì . benì coÌÌro a su a espccìtìlizrLção enì Pfé Histófiâ. e. âdcn
tÌo desta, baicanente enì Pré Hisrófia AnÌìga . Tlrdo isio sio dcsjgn,rções
e baliz.Ì! con!enc ionâìs. mas dc iàcto radLìzenì a .ecessjdade d. conrjspondef
à especraÌização da âÌqucologias. de quc muìto público. cnìLìaÌado âìnda
enì 'isôes ronìÀìtjcr. neÌn se apercebc.
A âÌqlrcologia é hoje urÌìr ïâÍÌ árerì de sâhcÌes. ÌÌìuìÌo poìoe (colÌo
to.Ìos os lrldici.ÌìrLis rrrnos" do coÌìheciìncn(o) a ourïas disciptinas seja
.ìc ilnìra mulridìscìpììnaÍ. seja interdìscipliÌrar. sejâ ÌÌarìsdiscìpÌinâr. CoÌno
por exemplo a rncdicììÌ.r: nào t[irì scntido hoje. unì Ìrânral d. Ìncdicira:
quanclo muÌto. cssa iìpÌesentrção geÌuÌ seria objcclo de umâ encicÌoìrédi.ì e
para enchcÌ deceÌÌo esrântes iitcirÂs. Ìhrìbón â tlrqueotogi.r precis:Ìfjâ ítc
Lrma pÍoÌì1tr|ção cle maÌìu.ìis de tftlo o tipo desde o tnajs -práricoj
. llos
nìais "tea)ficoq (paìe ftjiterar unra coÌrvencão nìajt. desde o nr.Lis dirigi
dos ao gìíndc ìrliblico, ìnclui.do critìnçff c jolens até âos nlai ,oltrìdos
pâÍa especjaliÍas. ou cí.dìd.rtos rì trLi. E sobrerudo feiro ,Ì paÍìr de expeÍi
êÌrcixs e dc pcÍìrecti!tìs muito djef!ificadas: poÍque é esse esrno
pÌuÍalisrì1o que enriqLrece o campo". pernrite o dcbale. estabelecc rcns!ìo
cons(rutiva. problenr:Ìri7ân!c.
A ciênciâ ó o contìÍro do dogn ouda Ìloxa poÍ muilo iÌìvesridos de
rpaÍato tccnoìógico ou de irÌrgào" espccì.rlizldo conr quc aparecam: aciên
cia J o coÌì,i!jo pr.ìzenteìro corì â dú!ida. com a ìnccÍtez!. conl apfecaÍidâdc
l,1ÀNLìL DE AReuEoi ocÌ PRÉ-Hrst(jRlc,
i ) ItrìNÌ i. ir Lunì;iì I fulì .âqà! dls x.ras ne um nntoÌÌrnre en.onüo oÌglDi
lfo.D Lx!.s crì l')r(r ie .ml. .{ncÌnnì RenlÌcr: u niìÌLt. e ou!..( ) DeL
pÍn " T.rc(x
CìrDl.. oLl. frh.iÈrkJ.ccdne roÌ. r.(.hLJ(. c.ÌìJa ÌÈnÌóu F.dcÌiâre.inì home.
(1os llossos conhrlrl :::
ociâI, coÌccti!.,. . r:.
r iÌìteÌïjÍ. Até o tll.
O boln eÍüdrri: :
cniido de tonìlf i:ì- :
lquele quc ììão só tr-
ela.OpÍo1cs0ré:,r..
cì.rdo â sâu d|) neoi::
prssos. Içto é: !o f.|l:
que irìpljcr jí umã.,:.
sabcr. qLrer dizer. d. u :
'àÌ
de um lbíì.]dlÌ
A âfqueolosìlì. i::-
n ito Ìi8ada àhiÍón...:
ìÌxlependência IÍo :
:nÍaf nâ rede dc r;ì..-
tLìe se aÌlmcnta. à. i
., hisÌóÌi,r. como su.r r:
.eÍ x necessidâdc de .,:
r  plic itolr .luÌì.rÌì Th.Ì::.
100,+) urn produto d.: :ì:
:fofissi(lnaì, nesÌe !i:..
:rll últinìiì aì1Ílìse. fì..
::nÌe oaqrele â qrc ri::
Por outm hdo. ..-
flì? P(tícpti,Ì tt .;.
:cercnLes comf l.nrs:::
,ro âfloÌ,ì no seu ctrÌ.::l
.: âbc, pfocLrfado ...:l::
: . posìçào. mesm(' J :
::ìcontìari Porque r: :
.:nì]rrj pensei qu,r - .--
.-pcciaÌidade (por ni::.
.:nre no espaço pÌÌôt:::
Nós lemos t!dl,.. .
:r "diuÌgüç:Lo . crìn:
.i:re oe coÌnerclanta- :
:rrtas pessoas d.r Ìj..- .
: tiÌ ar a uura dc Ìr!.r-
-, .,rÌqrlexìdnde e Ì i
irr di ì
ììr.iça a
Pr ugaÌ.
. E 3inì
:.:ir.nâdo-
ri.ìJ,) aind.Ì
Fhna. ejâ
iinrÍ Coìro
!.1!Édia. e
ì1rài diÌigi
údr eperi
ilos nossos conhecirÌentos. e â accìÌação de que eles são serìpre umprodúo
iociâ1, colecdvo. o resultâdo de um processo onde eslamos to.los chaÌnâdos
.r nllcÌr'ir. Aló o pírblico leitor coÌn ffi s as ìnterÌogâções âos cspccìâlisrâs.
O boÌÌÌ estudaìrG é aqucìc que âctìvâmente quesiiona o prolèssor no
ientido de tornar seu, refolmuÌando. o conheciÌnento: e o borÌ professol
aquele que não só pernìi1e essâ abeÌtuìa. como a esiimula. e aprende conì
.lâ. O protìssoÍ é apenas un estudanie Ìnâìs velho. q c podc aj daÌ o ini
üiirdo:rsa do nevocììo cm que este se cncontì. imcno, ao dar os p lncììo!
prÌssos. Isto é: ao tuê Ìo passaf do regìme da confusão, para o d.r dú'ida.
que jmplìcâjá Lrnra esnrturação, por muito emÌrfion'1ria que seja, de .rlsunì
jrber. qüer dizer. dc !ìm abeÍ fazer, incorporâdo. EsÌa a rnìssio fundaÌnen-
Ìel de um fomador.
A ârqueologia, tradicionaÌmcntc sediada üas FacuÌdades dc Ì-c!râs. e
ruuito Ìigadè à lrisÌóriâ. teÌnvindo pouco apouco a gtLnh "caÍadeaÌlbda'.
indepeÌìdênci . lslo ó. a Ìnaüridade 0nesnìo insÌilucional) que Lhe pennilÈ
:nÌrâr na rede de rcÌaçõe inlcÍdìscìpìinaÌcs. hoÌìzoììtais. dc q e o sâbel
hole se alimenta. Não Ìrá ciências prÌrcipais e outr.rs auxiÌìares, nenì de!ia
.onlinuaÌ nos concuÍsos pronìovidos pela FCT a arqueologiâ "rgânâdr"
r hjstó a. como suapÌótcsc ou apêndicc. Há dócadas que pÍocufaúo! lìzcr
rer a necessidade de supeÍaf essc ârcaílmo. A aìqueologìa é. conìo tào bcìÌ
:plìcitou Julian Thomas (Archãeolos ond Moàer],,1-1, LoÌrdon,Routledse.
lüll) uÌn pÍoduro dâ nodernidade. tanto coino sâber q anro como prárica
:rofissìonal. nesle aspcclo ìÌÌevogâvelnìenlc voltadrl p|Ìra o pelììnìónio e.
:nl últnna ânÍlise. pdra o tudÌno. Para uÌn Dovo Ìipo de turisÌno, bem dilè
::nÌe daquele a que tradicionalÌnerte ligálamos o Aìgan'e...
Por outro lado, se unirmos as rcflexões de Thonras às dc Tim Iì1goìd
The Perceptiol 4 the Et1,irônkÌent. London. Rou!ìcdge. 2000) leÍenìo
:i.elertes corììplcÌncnlos c contraponlos das probÌenìátictLs qLre NuÌìo Br'
:i! aflora ro seu capítuÌo 15. sobì! a "ìnterpfetacão". També lenho, corÌro
,: rabe. procLìrado fefletir sobn isso, mas este não ó o ÌugÂÌ aìIopriado pala
: .posjção. nesìno quc sucinta. dâs ffinhas ideìas. que o leitof faciÌnenle
::r.ontr aÌ. Pofque, tâl conìo eÌc, ou colno Jorge de Alarcão (enire outrosl,
ìíprc pelìsei que r arqxeologia não pode ficar confinadâ às revisras de
:.lecialìdadc lpor Ìnais prestìgiadas que sejrnr) e q e te de ter voz pfe-
::Ìre no esptLço púìrÌico. a!Ìa!ós de edìtoìe quc, coúro cstc. llìc sir',âm de
ó5 rcnros lodos. pof falta de leÌnpo e ÌÌÌeios. descurado ulì âÌnbito o
,-r "divÌrlgação . como danrès se diziâ q e foi aproleitado por toda unìa
-ì. de coÌÌlerciantes dos ,?7r,./iíÌ. E esqucccrÌos quc a ÂrqucoÌogia iascrn:Ì
jiras pessoas dâs nÌais difereD|e! ibrÌnaçõe-( e cÌasses etárias. r quen, selÌ
r: iiraÌ a âuÍa de fâscínio, tenÌos de tambén mostÌnra lìce da ì.,estigâçio.
: ioÌnplexidâde e rìgoÍ dos nìérodos.
, t al
NIAu,L DF ARQL l.oloclA PRÉ Èl$r(Ínc^
rlguénì já se apefcebeu, en!Ìc tantos dos nosso colegas. rle quc o ar
queólogo é dos iÌÌvcstigadoÌ€s que, durrÌìte nâis ieÌÌÌpo. se dcbruça sobre
urn ìocaì Ì Coisa que suçreende até inrcstigadorcs de ciêncìas aiins que e
regÍa trabalhan |Ì outra escaln. como a geologià ou ll geogÍafÌ'r' Que elc'
arlLreólogo. é dos que rnais e meÌlroÍ coìÌiugâ duas coislls quê â nossahistó
ria dc ocidentâis sepaÍou. aìÌratérirre a mente. o manual c o intelccÌual? Não
se tfiìia Énto dc os coÌìlpLementrr. ÌÌÌa de os loìtâÍ a llLndrÍ num processo
dc codìecimenlo que crigiria. a ptu de no'âs lécnicas' a ÌecupeÍâção dc
rìluitos sabcíes eììpíricos e erpeÌièncias vi'ìdas quc se 'ão pefdendo (é
sobÌc isso lodâ a rcflexão fenonenológica dc lngoÌd. um Copérnico das
ciêncì.ìs do nosso teÌnpo, se ìe é penni!ìdo o anâcrórico cxâgerc!)
De Ìnodo quc a arqueoÌogl se pÍâÌicad! com rigoÍ. e Ììão segundo
rnrrirS! que lhe são iÌnpostos. e mostranì poÌ eÌa pouco t€lpeito respeito
pclo qu!Ìl tenìos senpre de contiÌruaÍ â lutâr' é
'lNs
Áeas najs fonÌâdora!
to cìjaaao. ate ra ocupação de Ìenìpo! lìvfes dc volurtáÌìos, quchoiepode-
mos cncoÌrtÌff. PoÌque conjug.Ì o esforço físico. tã(r do agÌâdo dos lovens'
com unì obiectivo dc pfodÌÌçaÌo de conhecimento sobÍe unìêÌealìdade todos
os .lias cnr erlinção. pelo nìenos ro q e diz Ícspeito à pÍé-histófra: a ÍeaLÌ
dade da aÍqueologiâ. c|Ìdr vc7 nrris confinâ.1â âos terrenos femanescenles
.1.. J 5rni,rçJo e L. r'rJl rrr'r' .n o "^den' '..
Sc â arqueololia é uÌnâ urgêÌrcid, este Ìnenual é üìÌr necêssidâde Por
lsso os neus votos sri podeÌÌì ser os de êaito. a ÌaÌor da nossa disciplìrì'I
M. ..,.rt.cn..rn" I r.cr:.Ii,e .(lo.r.^eÌ|l,r.e e"u "rÌu ine-.'
Conìpreìì (não lbtocopìent e Ìeìanì lirc! de arqueóìogos poÍugueses
coÌÌìo este, tàoÍarosnas lììraíâs 1 Assim est ão a pÍon1oler anossac liua
(permiliìrdo iÌrclusilrrmcnle quc $4aÌn novoc edin)rcs e novos llvros) e â
mÈ1hor.r|.Ì qurÌidâde do nosso espaço pÌiblico.
Porto, Jurho de 2006
VitaR 0urLtRA JaRCE
ProfesÍì ,:lo DepâÌ1arìenÌo de CiêÌìcias e Técìicâs do Palinìóntu da Fac!Ìl
dÂde de Letms da UnicÌsid!Ìdc do Porio
Ãt
Osmanuars de ::i
. r.íticos da discipt:.
-.ónicos. Podem i:
:-l lÌ?.tic?r de R:1-
r. Thomas (1979,. .:
:: B keÍ (1993 l',
.- Ìdeolo$ de Frg:
r e que foraÌn tr.:
: 1 raÍanìenÌe. P-_:
. :, do nosso pú! rri
-:::r no seu esludrì i:
:- sula Pelo re(t€:':
Portugal. ao ;-:
:idêncra dÈ ur .
:-' :.ìrz. que rer!rt=
::. que esties:: ::
.:ri.ìs portusur.-.
ìntrâr-se o !ì -:
:..1o espanÌìd.r. F
: roÌtugues Í)0.:
. . ,lr3l,. de L.::,:
: ,-: i nossa 1íngir::
-: ::tìecerra p!r: -
i::n unìfeÍsrÌ!-:
' ì J!ìn mulÌaì a:.:
ji. Lr tfrìbalh: :
ll
t
;:ngrafia. Que ele.
: ,ì 1Ì]rc]ectuaÌÌNão
. : r.cuperação de
.: ìo perdendo (é
::.-, C(rpómico da
.i riÌória: rr reali
Apresentação do Manual
Os mânuaisde arqueoÌogiaque incidem sobre os âspcctos nìctodológicos
c pÌ átlcos dâdisciplìnâ são basrante comuns, prìrcipnìnìcnlc nos paíscs Ânglo
saxónicos. Podem dcÍâcâr-se obÍas conìo A/.ld.dlorj. Theories, Meíhods
d,ld P,?c/icds de RenlÌew e B ahn ( l99l ), .lá coÌrì !áriâs edìções; lrr,{d.orr,q_r .
de Thomas ( Ì979), conÌ 3 edições; IL./i",qes ! .y'Á r, haeo losical ExtLr'rirrr
deBârker(1993 3" edjção);ou ajndal,r /àe Begìnnìtry:A Intndrctìon Ít)
1,rid?.)lo8Ì dc FagÂn (199:1). Entrc os nanuais de língua ìnglesa. rlguns
houve que forarì traduzido!. de lnelhor ou pior lbmÌìâ. paÍa o cisÌelhâ.o c.
mais rafaÌnente. para cataÌão. Assim, os alunos unlvcrsìtÍios de ÂÌqueoÌo
Jia do nosso pâís vizinho têrÌ nìânuais actuais e recentes por onde se rege-
reJÌì no scu cstrìdo qre. com ccÍleza. corÌplementará a maÌiÍia leccionada
:n1 auÌa peÌo respectivo docente.
Portugal, ao contrário de Espanha e dc oulros países. pecâla pela
:;rexìstêllcia de um voìuÌìc nâ sua Ìíngua. fbsse eÌe tìaduzido ou poÌÌugués
:e faiz, que veìsasse sobre aspectos metodoÌógicos e práricos da arqueolo-
:ìâ e queestjresse aclxàlizado na sLìa veÍtente cìentífica. Nâ mâjorpâÌte das
:: rarias poÍugucsas especìalizadas cÌn livÍos cicn!í1ì co! ou ecadóÌìicos pode
::r.onÌÌar-se o oÌume dc Renlìew e Bahr. quer em ingÌês. qucÌ na sua
.:rsão espanhola. Pode, aindâ. lìas Ìnais rnÌarÌente, encontrâr-se uma obü
.Í porluguês sobÍe o assunto com a designaçâo de Munud Pflitico de Ar
ir.o/dgid. de Lolìis FÌedéric. pubÌìcada no odginaÌ em 1967 e iÌaduzida
r.I! a nossa Ìíngua pela Alnìcdim elÌ 1980. Em PoÍugai. terá sido o livro
:: .abeceìra pdÌa Ìnuitos jolens arqueólogos no scu pcúodo dc âprcndi
:_.Ìn Lìniversilána.
Por Ìazões históÍicâs, a obÍa mais inleressaÌìte em línguâ poÍuguesa.
-! com muito nenos impâcto na forÌrìâção dos ârqueólogos portugueses
- ,ìue o trabalho de Fìedérìc, é a de Abel Vìrrâ. quc podeÌá talvcz scl
Ío. ilnhu Je l00b
tl
eÌìconürda ÌìuÌn.ìu noutro aÌfanâbila. Esla obra, conr o títrìlo Algir,.Ì!
Noções Elenle ÌLtt! tle AryLt?ohgì.t Prãíird d.rra de l96l c lbj plrblicada
eÌn edição dc aul|Ì'. ApcsaÌ do desenìoÌviÌnenÌo cìc.tíÍilo da ruqueoÌogia
cm PoÍu:al nessa dalrì ser ncnos do quÈ e bÍìorìirio, qurlqLref leitofpode
rÍ ver nessa obra o brilhantisnìo dc Abcì 'ìam O selì brllho Ìellecc sc
....,e de rrn. F-iÈ.r e.i . .ìr,enre.rnp:r ..,..t,( t,i,,irc f,<.-
nruiras vcTcr cnì âspcctos tão âctuais dn arqlìeologìâ como a trìfonoÌri.r. â
lòÍfìação dc !ítìos e. cÌafa, i Mitldle Runge Th?ot']
Na pfática, os alunos de Arqucologia !êerÌ-se obrjgâdor â coÌrsul!,Ìf
ÌnmLìri de üqueologia que na uà nì<rioria. são de grandc quâlid.rdc, não
l,.,J 'o.,,..rf.r In. ru lreJenree tô. rr |.,r.....,.trr
lo. quando existen ceÌìtenas de aluoos de ,rqucologia r.rs unì'eridades
poftuguesas, com Ìíias licenciâtrnas dcdicadas à Arqueologi.r, P.ìtrnÌÌónio
CultuÌâ1. ou HìstóÌi:Ì, ou aindâ 'leslr.rdos eÌÌÌ ArqLìeologìa. È unieÍsì
dâde do,A.lgate ao l,IìrÌho (BìcÌÌo. 1002).
Com esia lacuÌra ilnportante na trod ção aÍqucológìcâ po(uguca. p.,r
rece sef necessáfio a producào de un nÂnuaÌ que dê LrlÌìr ouÍ:Ì opção :Ìos
ahnos de AÌq cologia. cvìtando. se rLssiÌÌr o quìsere . as obr,ls dc relèrên-
cìa a.glo saxórìicas. lÌaduzidâs pffa o câsieìlìâno ou n,r sur língLìr orì.sinâ|.
O prcsente lolume destina-se à âpÍcsc.laçÌìo dos correú.Ìos dc urÌìr dis
cipÌjna que versa r problenìítica melodológictì e consequcnr.nìcntc. a pÍá
ricr dâ AÍqucôlogiâ pÌc ììistóì'icr. DeÌe-se, assjnì. cpnr.rr o coÍeúdo da
ânálisc, ncstc caso a Pré Hislóri.r no seu senrido maìs restrito - a PÉ-Hìstó
ria Antila . que não fâz prìÌÌe do âÌÌbiÌo do trabalho que âquj sc apÌcscnta.
dos nétoclos urilizados para â aquisìçào dos dâdos c Ìrara a uÍlise crírica
desses dados. que peì1ìjlcm no ser desenlolìlìcDro máxìnìo â consrÌ1rcào
d- Ir d.1. .. rco i-. ., b (. rr ..ô F$.,J. l, ,rir rqro.
Poìquê a escolhx dâ arqueologìa pré hisrórjca. de ceÌu lbnna 1ão Ììnìi
lada e que. sjmultâneânìenle. repÍeenta umâ Ìâo gÌÌÌìde vrriedâde de rópi
cos? Ainda que a discìpììnâ dà Arqueoìogia scja ulÌa só. a veÌdxdc ú que
estâ não criíc por si só .r ArquÈologja eriste apenâs qua lo uplìcad,r a
umdeterÌrìinado problenraque se nlateillizâ nunr re po c num espqo pró-
prios. geÍâìÌnentc coÌì belìzâs croÌìológiclls e lìonlcirus geográficas defini
dÀs. A deliniçào de teÌÌÌpo e espaço ìmplicrì a especiâÌizaçào hìstórico an
tropológica deumafqueólogo. berì como o conheciÌrerìto das metodologiâ
própriâs â aplìcâÍ no se tÌabâlìo de ctulÌpo e na análise dos mâtcìiais pcr
Lcnccnlc a cssa unidade (le ìlalidade virtuâldo paçsàdo. Será. porexempÌo
nìuito difíciÌ a um préìristori.rdor trabâlhâÍ no pcríodo nedie.ìÌ. tr comoâ
um afqueólogo nìedieÌalist.Ì lrâbalhar eÌÌ PaìeoÌítico - esrâ,:lificuldade re
sìde não só no objccro dc cÍudo. que seri. pon'enrurÂ. lácìÌ de supcÍar arrLì-
vés de lci!uÌa!. nas tanìbém nos âspectos etúlológicos a úilizaf nos dois
câsos. c que ão. selÌ dúvìdâ. ÌÌì ìto dilèrcntes. Nos exelìtos ecinà referi-
4,Lr.L D! AReLr.oLo(ìrÀ PRÉ HtsróRtca
dos. o JàcloÍ d. . .
esciìla (los irÌ1eÌ:-:
esprço de anÍliic :
aaso c no outro é. :::
rfosìdôntìca.E.l:
quaoos a caoiì cr!ì..
Dcrido âo ÌÌìÈu:
:i^qào dcu sc Ì]o ::
?,rleoÌítìco Supc.r:
ÌrÌcÍrâs quc s. ì!Lri
r:rclrnlÌânì no .iru.
ÌilnÈnros. Dai â :.
-oüìo é ev enÌ.. i
ìÌìÌiga.já que mur-
A0 contráno ,ri
.n.ctns Ìcónaai r:
. :ìr. os aspe.Ìoj nri
::,.ro dossiÈÍÈrPe:l
: :rras aplicadai:: i
rÌiürdo uln fÌL-
:.JLr rs:1cü l.h.:.
::::ro eÌìr Paìer-j
': l:re o desenr.
: :r!g.ÌÌ. Siffulr--:.
- - ...i. lenr dir:i.
.:. ConÌudrì. r:
. : .2 qne o r::.
.. .r.!enohiÈ. :,
' r freÌende::: l
:: erunir,r i-
I 1drìr(ìi..'-:
- :.i-r: :,:
- l--: ÌÌ. ::
:: ' riluÌo A/s!,zr!
--l r tbipubìicÂda
:1.- , Jx x.queoÌogia
.:.r:.Ì.1u.Í leitor pode-
:- -rilho reflectc sc
i:: peÌ]niÌc pcnar
arlr iÌ Ìrìtononla. a
..::l.i ir conrLìltâr
-...1: LÌur|dâdc. nã0
- E .'Lrrioo este fac-
.:.:ì unireÍsidedcs
.::rÌr!i!. P,rlriÌnónio
: 's,J. cìn unìlersi-
tr.-: pofÌrLguesâ. p<r-
:ì.: r|ìlÍ:Loìrçao aos
-:i rL,rai dc refeÉD-
. i-J líÍsur original.
:.:.idfdeu âdis
i.r:nÌenìentc. a pÌá
:a-:r rr conleúdo dâ
:i:'rÌ,ì .1Pfé-HìsÌó-
j. iüui Je âpr€scnla.
r.J: ;r !níÌise cÌíic.l
::ìnÌr .ì con!Ìução
i:i1:: roÍJrìa 1ão liÌÌ]l-
= rr.d,rde de rópì
:r.rrcrdadeéque
:t Lturndo apìicèda â
1r: nunì espâço pÍó
.
-i.Lrlf íïìcas deÍìni,
Ìz:.i() histórico an
-:!ì d! l1letodolLìgìas
:: d,ìi rìalcri,ris per-
: S3r1. por exenìpìo.
:n.ìile11Ì. tâì colno a
:Ìr dilìcuÌd,rde re-
:.iÌd. uperar aÍa-
ri tr Lrìli/ nos dois
::.rÌili àciÌna relèfi-
. .,o iâctof dc. diÍância eurre os doìs aÌlueorogos sera â conccpçao da
:..lrltì (clos aÌrefìúos. das esrÍururâs arqlìcotógicrÌs ou, âìuda do próprjo
,p.rço de anáÌise) c da rnida{le de Ìctnpo. A mctortotogìa que se aplica rìunr
,.ì. c Do ouiÌo é. nuns elenros. radicaÌrìenÌc ditèrenre, eÌìquiÌnroque nou
::n idêntica. É o conhecjmenro.r.iri., dos âspecros Ìnetodoló.qicos âde_
:uiroos a cada c!so. conludo. q c pernìj te unì trâb!Ìho arquÈoÌógico de qual i_
-rd.-. . qLre só pode ser exccuÌado âÌì.a,és da especìaitzaçio doì.que,jìogo.
D<..1^ urÉ,Der-u, o,(i1.(,rl....:o.rr e."p,._.,,nh. c.te.
.. .J l. r.e1..- hir.,J. P-H. , | .Ìi.:r.nr:r.(.pe. jJ: r.rre.n
LrÌeolítìco superor coDsequenleÌneìrie. é apenâs tÌcìr a âpresenrrção de
-rrrenas quÈ !e aJuÍeÌn âo cstlìdo do corìurÌto dc problemas príticos qrc se
::ì.onÌlanì no esÌudo de c.rçãdore! recolcctores e pì.ÌrneìÌos pfodutore de
-Ìmento. Daí a apres!ìì|.àçãa do Mdnwi rtu Atqucottryìd pri Histríica.
.-.rÌro ó evidcnre. o seu uso não se rcsfingirí âír mLurrÌo da pré-Hisróri.r
-ìrÌsa. lâ que nÌnras das rÌìehdologìâs âo utiÌjzadas de fonna semeÌhânre_
r'Jtfos conÈxtos e cfonologias aryueológìcas.
Ào contrário dos mauuâi! xngÌo_saxónicos. esrc lab,ì]]ro não aborìârí
.-ÈcÌos 1eóncos rctacionldos com â interprcltrçio rWueoÌógjcx. Evjdenci,ìrÍ
.::r. os lspecros
'n.rodoÌógjcos.
seguìÌrdo de ccÍra maneira a ideìa que preri
: : .Ìo dossjer espcciat pubÌicêdo na re,ì r.r,41 ,?í.12n em 1995 sobr; cj;ncilL!
:rrrÌas âpìicadâs à AÍqueologia. luaìs rccenrcmenÌc (DereDrbÌo de 2003) 1oi
: rÌicâdo umÌolume peÌo Instituto portuguôs,:le A.qneologja (Ip^). descre_
:ìrdo as actiidades meÌodoÌógicas dos vá1os eìenentos rÌoCenhode Ì.ves
;:ìo e PaÌeoccoÌogìâ HuÍnana (CIPA). Esre voìune de gfânde qMlidade
'::i.!Ìe o desen,olvincnÌo eristenre raÍreada nrctoctoÌogiaìqLreológìca enr
ì rugal. SimLììl.rÌìeamerre. à in1òrìnação constante no votroÌe publÌcado peìo
:1'eÍá. senì dú!iúì. u nìâ bâse essencìd .le estldo para or arunos ae rrqire,r
:rr. Coniudo. nâo o fâz de uÌnâ fonna sìtemarÌcac, raÍamenrc. perlagógica.
:r.r ez.ìue o objeclivo pÌ ncipal desse voluìÌe iìj o a. nrnst.u.-as r.ì;iiAn
-- Jesen,oÌlidas rcccntemcnte ìrelo CIPA. CoÌ.Ì1o e cvr.]cnre. o pÌ.esente rì.a-
: :!r pÍctende uma nìaror aìrfâìì8ência dc assuutos, benì como unì rì.ata cn-
:r.ri exâustivo de cada útìco e tarìbin maìs didÍcÌjco.
O .'tlírrrd1 comprcende 6 pxÌles dj!ìdìdrs e ,ínos câpítulos. A pâne I
, .iÈ írbre a listóÌì.r da Aryueotogì.r. dì,ìdida em dois capírulo!. Conlo é
: :.r.ì1Ìe. e dendendo ao ripo de ÍnaÌruaì que ó.,:ledicado princjp.rlmcììte .1
-.-.iÌoq nìetodológjcos, a pfjmeira pârc seÌá apcÌìas urììâ bÌele Ìcsenhd_ . rncu. que crploÌa priÌìcjpallìrente os acontecìme|tos hjst(iúcos que pcf
r .orpr(erJê . eôr'r-,..J, dcer.ut,r . , rler,rt.t"0,..,1.i.e
::- no âÍìbìto da aqueoìogia pré hisrórica.
ì Pane Ì1. denoninada Aryueologìa de Canìpo, trutâ os aspectos de
: ìrr.q.ro. escalação e eÍì.trrìgmfia. com uÌ1ì capíluìo dedicado a cadâ uÌÌ
ATRESEN T,ÇÁo po Nl tIAr
l5
MaÀarar DE AReLrEoLoclA PRE lÌJsroRlc
AF
lit
A Pârte III dedica se aos probÌemâs de aúibuição cronoÌógica. O pri-
meiÌo capítuÌo descrcve os aspectos da cronologja relativa. enquânto que o
segundo trata a geocÌonoÌogia. O rerceiro dedicâ-se âos métodos de dâtação
âbsoÌuta, enquanto que o úÌtimo trata de um conjunio diverso de outros
métodos de datagão. Deve aqui refeÌenciâÍ se o faclo de esta paÌ1e não ser
exâustiva, já que não trâta todos os mótodos de datação absoluta. Esta sol ,
ção é arbitrária, mâs tem como base o facto de algumâs das meÌodologias
não serem utiÌizadas na bâcia medilenârÌicâ, onde se enconúâ contextuâlizâdâ
a aÌqueoÌogia porluguesâ.
A PaÍe IV está dividida em tÌês capítuÌos. Aqui são tratados os vúios
aspectos de reconstmção pâleoecoÌógica. Cada câpítuÌo é dedicado, respec-
tìvâmente, à lòÌmação da paisageÌn e do Ì€Ìevo, ao estudo da fauna e, por
último, à cobeÍura vegelal.
A âniiÌise dos âÌtefactos arqueológicos provenientes de sítios arqueoló
gicos pré histódcos consta da paÌ1e Y com dois capítuios que trâtarq prì-
meiro, o probÌema das matérias-primas, no que diz rcspeito à sua aquisição
e provenjêncja, e a ânálise de artelàclos (Ìíticos, cerâmica e outros como,
por exempÌo, a indListnâ óssea).
FinaÌmente, a úÌtiira pâIte, com um só capítu1o, é uma conclusão que
versâ o desenvolvimento da Arqueologiâ no sécuio )o,(.
Brel
:Íonológica. O Pf-
oétodos de daÍìção
e €stâ paÍe não sel
aholuta. Esta solu-
s das metodologjas
ÍÍÍa cotrtextuâlizâda
o tÍalados os vários
é dedicado, respec
do dâ launa e, por
s è ítios aÌqueoló
úc que tratam, pri
Eito à sua aqlÌisìção
ri:a e outos como,
Enâ coDcìusão que
PARTE I
Breve História da Arqueologia
TÍâdicionâlÌnentc. a hisróÍìa da arqucoÌogia ó !isttL como ulì desen!oÌ
.Ìnlento em váias fases, que, depcndendo do autoÍ. pftle chegar às seis
r... TdggeÍ. 1989). O rÌ.rbãlho de base hìsroriogÍáfico mais jiìpoÍanrc é.
ieÌn .ìúr,ida. o de Gl,vn Dâniel. pubtìcado pe1ã pÌìrÌeira I,e7 cm 1950 coln o
lÍ,rkt A Hundrcdyear of A/ï tdr.rl,gÌ. incidìndo sobre a hisrórja dâ arqueo_
.gÌa até cerca dc 1940. Ccrca de 25 dnos dcpois (Danìel. 1976) ó pubticadâ
ìovtì edição destâ obrâ. a leìceiÌ.â, mas coÌì um noya ïítr1lo, A flundftd a d
! inr Yeurs ofArchdealo$., dcstâ feìra colì â ìncÌusão dos desen,oìviììen_
ìr cicndfìcos e teóÌìcos até Deados da décadx de serentâ. Ete trabalho é
.rèpois reorganìzâdo enì 1981 e1n A Shorí HìstoÌ) ofArtha@togr lDatliet,
:981). SensjveÌrÌenre n. mesnìa aÌturâj Gordon Wiley c Jerem,v Sabloff
:ublicâm / Hirrdry.y'Arleinn h chacoÌo{ lwilley e S,ìbloff, t980) que.
:onìo ó evidente, esludâ Fjncipalmente o desenvoÌvimenro d.l hisiórir dâ
:rqrìcologia aÌìrcricana, fÂzendo rcferêncìas impoÌ.tantes à elolução da dis
Jiplira do oÌrtro lâdo do Adânrìco.
Mais recenÌemenle. T.jgger (t989) nâ sua obra jntìluladx,1 A,sÌ.rf 4t|chdeolagitd Thoueht. dá-nos uìÌa perspecrrla muib complcla dâ hisió
:ia dâ ârqLreoÌogia. tÍaçando a e!oÌucâo do pensamenro ârqucoÌógico sob
jrÌrâ pc^pectr'â tcóÌicâ pós processuaìista bâsLanre mârcâoa.
O que paÍcce cÌrìro em quâlqucÍ dâs obÌas acìma Ícièridas é que os
ruÌores vêem o desenvol'1,imenro dâ lìistórìa da arqueoìogì.r e a evoìução do
reu pensaiìeÌrto como tendo um fro condulor diâcÍórìico. mas com vários
,rcais onde os !áios eventos 1êÌÌr lugâr. Veja-se. por exenìpìo. a preocupa
rão de TriggeÌ em salienrâÌ o dese.roÌ daacçâo eÌÌì áÍcas específicâs corÌìo
j ex-Uniâo Soviética (TriggeÌ. 1989:207-243) ou a Occanil (Trìgger
r989:138 1.15). mante.do, no entanÌo. uma linha condurom em ó f;esl
ìntrquaÌismo (cap. 2): Descnvolvimento da AÌqueoìogìtì Cienrítìca (cap. j
l9
ü
*
MaNarN- pE AReLrEoLocIA PRÉ-HrsróRÌc^
e4);ArqueoÌogla Histórico Cultural (cap.5 e 6)l Funcionalismo daArqueo-
Ìogia OcìdentdÌ (câp. 7); Novâ AÍqueologia e o Nco Evolucionisno (cap
8);ErpÌicação da dìvcÌsjdade (cap.9). Estas seis fases coÍrspondem, em
lìnhas gerais. às cinco làses da peÌspectivi apÍesentada por RenÈew e Bún
(1991) no seu mrnuâl de aqueologiâ. uma vez que estes autores não divi
dem âquilo que foi desigÌÌado por wìllet' e saìrÌoil (l980) como o pertodo
da Classlficação HislóÌic
^
(ClassiJì catorJ hino ricdl pcrird) e que inclui as
fases3e4d,-Triggel
Numa perspectiva geraÌ, portanto, parccc clâro que todos os autores
corÌcordaÌn com o facto de que a evolução da hìs!ória da arqueoÌogia passâ
pÍimeiro por LÌma fase de descoberla dâ existência dos materiais aÌqueoló-
gicos e consequente fascínjo e coleccionìsmo dos nÌesmos. A esta lase se-
gue se uma outra. com inícios em meados do século xrx, em que se começa
a dar a energênciâ da arqueoÌogi como disciPÌina científica. e quândo sur
gcm os primejÍos desenvolvimerÌtos melodológicos. pdncipalmente ao ni-
vel classifÌcalóio e croüoÌógico.
O teÍceiro momento, já no ìnicio do sécuÌo xx. preoc pâ-se essenclal-
mente, ,ìinda na senda da tradição positivista, com o desenvolvinìento da
cronoÌogiâ e a descrição hlstórica dos maleÍ]âis aÌqüeoÌógicos e dos povos
rcPÍe eìrrdo oôÍ e.e drlciocros.
A quarta fase d históri.ì da arqueologia foi taÌvez â Ìnàis impoíante E
nestafìse que se dão desenvoÌvimentos metodológicos e rcóncos inìporun
tes qüe consÍ!íram as iÌ1fÍa-estÌxturas do p,rnsamento ârqueoÌógíco moder
no. É conlìecida pelo apdÌecimento dâ Nova AÌqueoÌogia, denominada por
uma fâse pÌocessualista ox expÌìcatìvâ. Ncstafase, e com base nos trabaÌhos
de muitos ârqueóÌogos, podeÌrdo distinguìr se de entre esses Lewis Binford
(1962, 196:1. 1965, l9ó7. 1968a, 1968b, 1987e2002),DavidCÌdÌke(1968),
Kent Fldnnery ( 1968, 1972, I982). RjchaÌd GouÌd (1978 e 1980). PauÌ Martìn
(1910 e 1971) e Patty-Jo Walson (1973;Wâtson ?/ dl., 1971 e 1984). dão-se
transloÍmaçòes inpoÍantes na concepção do pensamenio arqueoÌógico qte
estÍuluraÌn essencjaÌmenle a cÍíticâ arqueoÌógica bâseada enl novâs
melodoÌogias e lÌovas teorias, Eslanova concepção de pensamento aqueo
lógico peÍnitiu, como objeclivo principaÌ dâ suaPr.dÌir, erplicaro processo
de formação aqueológico. pãÌa assim poder compreendeÌ o passâdo, numa
peÌspectjvâ essencialmeÌìte dìnâmica do n1esmo
A úÌúmâ fase, conhecida como pós-processu.ü ou contextuâl' pâÌece
desenvoÌver se, pelo menos paÌciâÌmente, em simuÌ!âneo coÌn a fase
prccessualista, mrs negândo desla últinÌa aÌguns dos seus aspectos maìs
iÌÌÌpoÍantes. O pós processualismo, acluaLmente ainda em pleno dcsenvol-
viìnento (cf. Trigger, I 989:3ó9; Renfrew e Bahn, 1991:431) e sem umâ es
coÌa únicâ, apaÌece marcado por umâ diversidade de peÍspectivasr das quais
se deve destaca( o trabaÌho de Ì an Hodder ( 1979, 1982 c i 985), MrÌÌ Leone
-É-::ìr Iuna:i :.-
rç. q!. uru - -!
-€:i.'ÌimiLlri.:. I
r:-in.ir Je rèi:
Ì :pli.ãc.ãr -{. ir
:.: -Ipe.ri3 È :
;r-opolósr!'a '
RÈÍr
-ìo .onüìíri. é:
r.-:nnóSica a ríè:
:E iLìr dìièreffÊ È ,
jÈ.:ii drscipliDâ é :
- !.ece que a .ìn
r-. linìas hlq6íiÈ
l:r .rzõès mero,ìa
l- ..uÌo ì são d
i!1i.Io uma hj'Íóíiá
r: .üecÌo deíes (
Tamb€m ao !'rB
Lr.a alenâs em ò
RirFiro. por$E rd
ü'- não é obiI|
gÉ$logiâ: segì.lnò
f+.Eológrca- òIâ p
E irre é a dâ
*âquÈ
ü -'!mpo necÈssiú
è.iú oÌ ìnenro E
- mas meto.tìlo!
Éi':Ì â química a
Fffiros capíurJ6
Ê ueoÌogia h
È jllriplina
20
: R-ìrÌret e B.ÌhlÌ
- ii.r!.:nogir prssa
::-::ir.1i rfqueoL|ì-
::: ì enx tase se
: : l-lÌ| s. conÌeçâ
r:::::.: qrÌiìndo sur -
-.::r:ÌiÌl.nÌe a0 nl
: ..,r.i ie csscn!1rl
::ij::rnÌ inìento dn
::: Jr r dos Poos
:..:Ì: IrÌuoltâìÌlc rl
!: 3.r.i..r iÌìpoÍan
-r::.Ìri:ico nlodcr'
::: -rrn'ìinadâ pol
: r. r:,.: nos rrrbalhos
.:..:. Le$is Binlord
D.:.rJ CÌiüte ( 1968).
] i I,:rl i. l'lltlÌ NlaÍtLìl
ú l:Ì98+).dáose
.:,tu J.queológico quc
: D:i3Jdiì enì üolils
r: rÈn!iìÌìrcnb arqueo
... 3 rcar o proceso
:-_rJ:r n Ìrassàdo. nxnriI
r'.1 irrntelual. Pârece
:.trÌÌlneo com â iâse
:ri i.us aspectos rnrjs
:r:Ììr dcn0 desenlor
r't:rlLÌesÈmurnae!
I :Èriteclì'as. das quais
:: r ì915J. Nlark Leonc
B!I.1!lÌ!!a)!!!Dr! iRaÌ Ê!!1)!!!
:Ì
,tS6ì e l,lìchâeì Shlnks c Clìris Tjlle-"- (ì987. e 1987bì Bía novâ pcÍs
:rLnl bascia+c na icìcia dc que a escoÌ!Ì p(Ì'esraÌ Ìsscnte nrÌÌrr per'
..'ì'ì i ..u"ì',io,.,,o""ologi:r' ten lirnites rra srac4acidadc inrcrpfctâtiâ'
ou Fcr' ' rc! rJ'u'r 'ei' e
.: ;'.,.' b..."'n".ro. ;"- ì^ ru" r rrÍ(' r': 'r 'ri"
,,,. ' - t',.||.t'' "
-'""'r''""
"' r'l ri rrr'r(r "r'
'"ì,.*:
; i.. r" ri,' p,'r.r' '|
r'|i'|ô' 'p '' rú-i "'i'
" ".1."".ï "
a".""",,ução r1a narraLivrr hisrórlca do que dr erpÌicação
."',i",,,"r0"i., f u*ti.,' . Êrhn l 99 ì :'126; Tri g-scr' 1 989:118 l5 1 )'
.i"."i'ue,io a, n.,.pecri"ì lìâdiciorìnl da ofgsÌìização dâ historlogrâÌÌa
..rqLreológica. a prtsente dìvisro d'Lhistófia da arqueologìa 1iz+c nuìì'ì pcÌJ
-.ì;;;:f";;"1.
" ";,*"s
eÌÌì dois capítuÌos PiÌÌÌc,Ío porque o objeclìo
-.'i,,i;-.iprl"" e *rj"r.t' â Arqreologii t'ró Históricâ e' sesuÌìdo pofq e
:,. o.l*.. u'" "
oú*"ogia não terc apcnas nÌìâ 1iúa evolutia ÌÌÌa sirÌì
:u.ri ììnhas hìstificrs tlifererlcs Estas Ìocàfanì-se erÌ delcrlnjnados P(nÍo
rÍ rrlões nìetodológìcas. xÌna ve7 quc os rÌoos métol:rÌdtì atqrÈoÌoili
i,r século xx são ulìliTaLlos fof aìnbrs Âs ÍqueoloSìrs" Plrece poÌs' cr
liido r.Ì ìa hiíória para a arqrìeologìâ d0 gf'iìder civiìizrrçÓe' e utì'L ou
--1. oLrjecto dcstes,:lo1 cnpítulos, ìram a arq!ìeoìogia pré hrstóüci
T.rrnbóm uo contLário rlo quc éifrìclicìonal' dilide c 'rhislriÍirr
diìtìrcÌrìeo
,,"i"ìr',.na. on au"t t"ses lsLa dn'isÌio shples reÌn razões inpoÌlanies'
jì,.eìr,. p".q"",,,r -.o diz o títrlo ila Pirte I (Brcìe Ilist(ifix da 'íqLÌL'o-
i.i"l.-"ri e iU*", .r.u" discipÌin'Ì o estlLdÔ cxaustio ':la
hisrória dâ xì
.1., lr' (r.' ,r.. pôr.lr 'ìr fÔnl '_
r'r' or ''rJ r"d_' r^'Ìulo
. . r"p.....,li 'er ' rl rr( ' r"lo <rr ltrl' e' l rr"
I li.. .' i a^:"q.,i'lçr.; oLr consLruqào da rlimcr são 'l enìpo (quc concedcLl
"..- '
o
'lr
l' H''
r,.o,. nrc, me'"'lo'o9r., FlcÔ-r.Ô,JcpJ nrlrr (''-u nrJ'r(L
:r noles nlelodoÌogins pfo'indas dc outìâs cìêÌìci"ls coÌÌro enÍe ouÌras- iL
-,.
"
ou.
"'.,
ou.';c r' .ir" Iìe JLrt'9J ' 'Ín _ rr(l :' d-'L J "
ì;.""..,; "'. 'cne r"i""oe"ì r'rcn'n''ôr.'^
.. iìu,J"!i"ì* ur'toic.' râtxdo ao longo dos rcstanÌe crìpituÌo! dL's-
licidì'Ì.Ì
I
A Emergência da ArqueoÌogia
O mlr.do conÌeçou scìrâ lèil.". l8 de Oulubrc. do âno de'100'1 tlnlcs dc
::.úl Eru cÍa a con'ìcqào do âfcebìspo de Usher ( 1581 1656). âtrrvés do
- rdLìdo exalÌíio dâ tsíblir Sâgr,rdê. eìì I65.1. denominrdo lÌ. r,uítk.t
' anl OÌd Tcsntntnt rìth tht S't1chtolììsìüu ú Hcathe, Slo)) to Ìlt.
: n(íi.ú .[ Hìeun$ulcD1 h the Ra]tuuls T.!ììbérÌ o Dì: John Lighifoot.
,:: i612. {1.Ì tinìersidlde de Cambndge. em.4 }.ì1 an(l Ne)'Ab(ttd1ì.'1
.! Bnok aí Gcit6ì, the hnsÍ t)J tlt(n ( eútin. rhe ftst trvbdbÌe. (tllhanle'
'1+ untL tu)eÌ he rd of. tnarca a datr dü cúução ìrcla TÌindade no dia 2l
:. rlurubro de.100,l .rnlcs dc CrisÌo pelas nole lìoras da rìrnhã (Daniel.
:Ì -ì-l) Eta convicção. de tcoÍ pcssoal. rapidarìenle 'ie tÌmsforÌnou no
FiguÍa 1. R.tÌato do arccbispo de U nrer.
l]!!.1 !!lrq!!! rltllÌ !rt!tÌ 
d.€r 'rdJIrreir.ri.,a..e ornu r. ìruJiernJo., ! i,-(Joo..Jer terl
ìircrn -u Ini.,u dô ÍÌurdô p i orjer rJH, n!rl
. Este paÍadigma rornou se.pois, o ìrimigo prìncipâl dâ Arqueotogia pró
-nÌstoÌrcaJâ que, senì tcmpo, ou mcÌhor, com rìm tempo rctÌ.ito em qÌle se
conheciam todos os ÌÌonenros.Ìa evoÌução humana destÌe a sua cnação
divinâ aié ao nascìmerro de Crislo. raì como o naÌÌava o Anrjgo Testânen
to, não podia haveÌ ulì passÀdo pré hisrórico. ÈÍá ideiâ parccìa eslâr àin{Ìrì
ll.jj:""' I"n
"
rc,,reJeR:.,,u.t)L|tr o.,,.. rõo::rn..n.lrp:e.
'ò": ,rurenor.'(l pet:r cJ ri.,r.arL. | | rJ,!.ro du 4...c I d:r, Ar.l
guidades Nacionâis d.r Dìnanìarcâ:
''Tudo o quc tem chcgâdo ati rós !ìndo do üundo prìrntÌi!o está envoìto
iün denso È!ocÍo. pertencc a ìrm segmento de reDrpo que nio
.onseguiÌnos medn: Sabemos quc é ndis andgo.lo que o cristianìsÌo.
mas se poÌ uÌì tar de e.os ou lrn pa. dc séculos, oìr Dresno por n is .Ìe
üni nìiÌénio. é um aspecro sobr€ o quaÌ não podenros senâo conjeclurar..
(in Dâniel, 1976:38).
AssÌm, a quesrão principal no aparecimsnro c desenloh,jÌìento da Ar
queologia Bé-Histórica pai:ce Ìcr sido a da dimensào rcmpo. que rere que 5er
Figura 2. C.ìpa da obri do Arcctrìspo .te Usher
21
A Ellt:rìaìÈNc]a Dr ARrlLrÈrJLo(;la
i.r.r-ìo 1icideDlrl erìr
:r rqueologi.ì Pré
- ifiÌrìlo cìÌ qlrc sc
:ì. a sua cri.rçaro
.. r ìnÌi-!o lèÍrnren-
:::r.ci! eslaf aiÌrda
.Ál 16. in TÍigger,
.: lucu üs A,ìti
:-..i,Ìr inìcnto dâ
^r'::-1ì ,luc Lcrcquc lcr
.,.Ìndido pãra. de trcor.lo conì a pcÌspcctilx cvoÌuci(Jnjsla darlug'1 ìPrí
- .r,iria hurnarr. Este processo deu se
'rlra'és
do prcgfesso cieÌtífÌco nou
.. JÌircirs. pincipâìnÌente nu biologiiì, Ììa p eortologìa e nâ georLìgìâ
S.,',,f,iuitlu q* o ll"Íesse soble o prLssârlo crìpt€ cxjsljr' como âìiás
-nlc lerifìcücorìì tìs pe$ltctivas eÌposus poÍHenr'jo em Ot Tlalrdllri 1
i)trrl N nâ pÌópìì:Ì ?.)go,ìrír' QueÍ nunìr olrÌâ dessc âLÍoÍ qucr na oura'
'::no. rer r iu,r amçro aos aspecÌo dr cultura Ììrxtei âl e a inìlrlrrâncir iluÈ
' 'ír,rll julrr/!.'r :. o (H(''lJl LlJr"r"JJ f"r "Lì
; .. ;."'-.r, "'- i''a hirJ"'J ""''(''de
:, rrcoÌha e rlc Lrn cLnecciorìismo qrÌe comcçrì nâ Anliguidiìd' ClÍsicâ
:ìieÌ. 1976:16) Esse 1ìpo de ìnreresse não só pelos 'ìdctactos
do |lìssâ
rìr lrÌÌÌìbóm pclrì origclÌì do desen!'ohhÌenLo da hurÌìanìdtde e dr Jua
.,". t ,a.rp"no,
".oiiusìd:Ìde.
âquc Ìl'rnielchânìa 11tìlrLÌâl" (1916:Ì'l)'
:: ir "Pra História' Lste fèn(iÌÌtno de!ì se pÌìncrrlrÌcnie nos ciÌsos cl1r
. :ì,ru e co!ìteÌnporaneidade e contaclo diìccto cntre gÍuPos c|)Iìì esládnrs
. .a.tcrllaae lccnot,igic'L cliferenre scndo cremplo dis so o Níundo Chs-
Jn que Cregos e RoÌÌÌarror entÍrfnnì err
'Ôftacto
con 'r 'bar'bític'
, '
ciLcuncla"a iDanicl Ì976rì't) oLì o caso dos lÌrA rlo século xllr c
::ì .rue r ci'ìlizâqã(r ocidentaì Ènc|]ÌÍf !a objcctos iÌrciìÌcos cLârrìÌncnle
-:urÌo locrt nas mios Llos pri itios ndigeÌìrrs
luüo iãclor irÌportante do óculo rxno pfogresso d'L AÌqucologrã pr€
.:r::rque.aÌìás,coìncìrlccorììoda!ÌÌqued(Jgiadâsgrandescniìiz'Lçòcs'
::.rmiolrìrnento de sislcmas dc penodizaçâo c o ilícro das grândes
- :iò.s (D.Ìnieì. l916:68 6c)r Fâgân 199'l:'t: ReìÌlìcr e Bún' Ì991:25
i ÌÌlc e SrbLoil Ì980:38 95) Estes Àspeclos penìitiraìn silnul|aneâ
, : LÌnÌ naioÍ interessc pelo pâssado hunìâno c pela arqucologrâ coíìo
:r.Jpliìr1. bcÌn cüno .r ,ìplic.rç ão dÈ noros ìnélodos que contÌrb!ì1Ììm
- :o;rolidrçao de LLma crorìologìa longr d^ hist')ria da terlâ e dx orr
. :. |umânidÌde
 ntiguidàde do Nlundo Nàtural
.:!Jqão da cìondogirL c Íta c clo tlognìa Ìedógico do ccblspo dc
, ...."" pt tl.;"t
""-ttos
c
'lescobcÌlrs 'los
q!Ìâis o nomento deci'
rr,rlatfrL, ae Cnartes u'rrwin conì a publicacão tle Da Otìrtnl dur
. :.,, ven) da Sdecçna Nútu'?1. cnr 1859' e de I](r'o ol ltul LnÌd
'. rl(ìÌìt t lo t('-r' eÌn ì871 Conìo é âbido Ddrwrn recoLheu a
- :ì ,que íla rL a basc cìenlÍlìca à suâ lcofia dâ eroìrìçào da cspecres
, 'i r ls16. na surr viagem no lìrdglc e Pfcpruou o sèrì pnÌnerÌo
' i::: ISl-1. No cntrnto. só en l85lì tornolì pública I suâ ieoÍìa noi
:. Jr Linnâe.rÌì Sociely de l-ondrcs corì1'r sLìbs'quentc prLbìicrr
-
ç
v
È:
*i
â
25
cão enì liìo no rìÌìo seguì te. prcaelÌìenrc catapLìÌrâdrì pcÌa leiÌuÍâ do Íi-
go para pubÌicaçío ncssc nìesnìo âÌro sobre o nesnro lcm.r de Altred $r.rÌÌace.
À slrtL peÍspcclila sobre a cvolLÌção do horÌreÌn demorou ÌìrÌis uDra dú
zi.r de anos parrì ser pu blicâda. Esscs dois inÌeìÌcgros deÍânì se. pe to cnos
ìrarcialmcnlc. de fofrÌìâ proposìÌâda pois a socìedade {la pìinìeifâ meÌâde do
séc lo rl)i nÌlo estxva aìnda pÌrprìradâ pa.r a expoição a uma rcoria rio
fadicrlnente dìlcÍcnF daquilo que eÍa a perspectìva criacìonjta aceitc dc
iìnna quâse n.ânnne no mundo ocidcnral da epoc.r. Norc sc a coìÌìcidênci,r
erüe a dâ!,ì d<r publicação drrs teo.ils de DâÌ'iÌr e â dcscolreÌ1a oficial dos
pnmcrÌos estígios dc c.rÌrdeÌÌíis. no VrÌc de Dusscì. por SchaaftìÀusen
cm 1857. pubÌicadx erì 186 | (in DmìeÌ. t976:61). c o rralratho ílc TìruÌras
Huxley em I 8ói (Trigger. I c)89: I i l). Esra coìncjdôncia sr geÌ€ quc DaN, in
aguaÌdou que I socjedâde aceltassc r divef,iìdadc iõssì1. tâÌâ poder depoì
accÌtar a surL teorlâ dc coluçio. Antes conrldo. deu sc uìnrì séfje de acon
tccìnentos quc trcÌÌoitir,rÌn o dcscÌrÌoh irÌìcrì1o das teon|Ìs cruciaìs de DãÌa.in.
São eÍes ccn||)s que rqLìì scrao.:liscrüidos.
Um dos ìrrilÌeiros aconlc!jmerìtos conì fepcrcussões n!1 aÍlueologia prc-
-históÍic,r 1ìi a quÈsrão da eritinçlo dlì,i espócies EsÌÂ leofia rtìínou se com
os tÌeb.rlÌros.le NjchoÌtìs Steno (1638 t686) ccoìles ButÌìn (170?-Ì788).
jâmes Hutinì tll)6-)197i. Jerìn-Brpriste r:te NtuÌeÌ condc de Lam.ìrck
(17.1-l-1829). $'iÌÌirìnì Srìilh (1769 l83q). Ccorges C!r!ier 769 t8j2) e
CharÌcs t 'eÌÌ (1197 l8l5).
Em 1669. Stc.o. uln anaroììÌista de o.iserìdìnaüìÌquesâ. !çercebe_sc de
qüc os fósseis dc 'árias espécìes nrâìacológicâ sÌo nìais scmelhântes a cspé-
cìes vilas do que aos nraÌcriais mj.crais ondc lìo enc.rnrr.ìdos, iÍo é as rochas
oÌrde se lonndram (TÌiggcr. 1989:52). Stcno .Ìcaba por pín,rf que â oÌigern
desses Jóseis renâ çido oÌ:ânici. sendo pÍovenìentcs de espécjcs Ìivxs.Ìo ìras_
!âdo. SteÌro der airìd! oulro conrriburo nìuito ìnìroÍantÈ u eÌìrnciâçãr d.ì lei
da sobrcposição geológi€. Segundo estll (â base dÈ loda a tógicí por nís da
ÌcoÌia aci al dâ fornìação geológica). nurìa sérìe esratigríiìca. o estrao n1ais
lLndso cnconn1t se aÌn biìixo, eìlquanto o estrâto .laÌs recenlc eÍí no Ìopo.
Buffon. por seu hdo foììnulolr a ideir.Ìc que a Ter ru serix naj,rnrigâ
do que enlão se pensâ'r. rcrìdo pâssado poÌ vúriâs fasc desde uììi pcriodo
de allas lelnpemturas, semeÌhante x unì.ì ostÌelit. até ao nlot.Ììc.lo âcnìal.
Estaideiafoi con s!fuída com base nuÍÌì nl|)(lelo ex|crimenralcom uÌnxconl
ponção scrììclhante ì d:Ì'feÌÌa. rendo Buffon Ìììcdido depoj r lelocjcìârlc de
rl||etècìnento desse modclo.1àlcperêncìa ìndicou,Ìhc que o planera lcria
cerca de 75 000 anos. e que tudo se tìrmìri.r segunrlo uÌn sìstenrâ dc Ljans,
lìnììaçôes nrturâis. perspectìa esra ÌÌìuito próxjm! dâ de t_a:oìsier clrja
ìnÍúimâ é irad| se peÍde llLdo sc t.|.rnsfoína,'(creenc. 1959:Ì19 c 1:11).
SiÌrultaneanìeÌrÌe. tsuflìrì cstudou tâmbérìì â questio da rìdrìprÀçeo.ìo mèio.
afiìmâÌìdo que o hoÌììcìrì sefia. conì cÈr.lcra. uÌnâ espécie ÌcceÌrte.
X]l.NÌrAr r)[ ARel.uoloc]a Pú HtstóRrc^
t6
':',,Í[tÈilï
:.]
EÀ!f.RciNcrA D^ Aìlq!Iq!qG!!
Fi8uÍa 3. ReÍinr dc G'or8es rì fion'
,..r..k acferlitala que exisdâ unìâ ordenr nâtlrlrrl dâs corsÂs qLìe co
- - :. : o urìiverso, de lìnü ìnalterá'eL e ìndÈltndentc cla nìateììr' c qr'ÌÈ
I -. .,oal"
"e.
utj..tu tle obserlação De lacto' Lamarck dcfinir a nâtu'
, -u, uut.nnju,,rn de leìs e foÍç'rs que govcrnrìn o morimento da
, . (lfetne. 1959:155). Nestr pcrspecriv! no eü cstlrdo de tloÍa e
-rma|ck rapirlamcnte chegou à coÌìclirsão de que halei|l unìa lìgr-
:,i:iicà entle as váúns espécics e que lcrill hlvido eÌtinção de ìtrnâs
. - ::r 1assar1o.
possibìlìtairiJo o conccito rlc eloìução bid ógica (Tri ggeÍ'
.]
i:::. Hullon iìì, iìÌd bitaveìmcnle urÌÌa peç'Ì ì nporlarlte dcste cenarÌo
... - , ,u a. -n,,".lÌÌ1"ntos.
Segllì n'to â idci a dâ sobrcpírs ição de Steno
' . -:bou por dcmoìÌstrar nr s!ìa ?/Ìta'r oítl' (ar'r (l7tEì que o
_ :_ .rui rlttva LugÂr ao proccsso íle estrrLliiìcação d c'ìnìadas geolo
r. , ,:.jntes era o mesmo nos contcxios fltrliais Ìaclrsircs e Ìì1irìnnos
, I .,1 - .i
"t" -*r"tão íoi. poÌ1anlo a rle qüe os pfocesos dc d'posr
.. ' :: ::.:riificlçaro efrìÌn os üesnìos no Pissado e no pÍescnte (DanÌeL'
r i.r idera. contudo, só foì aceite ìnais Ìâfdc com LyelÌ quand')
P , c Pr" JÔ I rrl' íniL l'rno
-- SlÍrlu SÌÌÌìlh (a tfârìuç'Lo p!ÌÂ poÌtuguês drúa GuilhenÌc
-' SÌÌitlÌì seg!ìiLì os passos de Slcno coÌìcordindo conr 1lcl geo-
,...p".içi".
"li*.iâÌrdo-a
coÌn sideiade que seria possireÌ ârfi-
2.1
MN!Ar rr AFeL€oloctc pÌ<E HrÌoRlcA
buiridâdes relâlivas âessâs camadâs atravós dos fósseis que cada umadelas
contém. De fÂcto, Smith acabou por delìú o conceÌto de..tóssiÌ directoi, e
enuncÌaÌ o princípio da sucessão dâ fauna e rla flora. Esre pdncípio esti
pulâ que os fósseis mais antigos se encontÌân locâÌizados numa séÌje
eirdugrâ'l(r mdj. dbaio do que 05 tu,.e,. .nai. recenLe,.
Também CeoÌges Cuvier acreditava no pÍincípio dâ sucessão da fauna
mâs, ao conlrário de smirh e Hutton. viâ a evoÌução da crostâ teresrre
como o resulrado de uma série de acontecimentos carastró1ìcos. De iâc
o. o uÌlirno dc".e' eenro! re r.icto regi.tâdo ro Cenc,i. ar,aes clu
de.cr,çãu do cpi.^dro dâ Ar..r de Noe e ou Drtu! iô De.rJ iorï.ì, C.rv.ef
e os seus seguÌdoÍes acreditêvam numa teoÍia Cahstrófica ou Dillrviâna
dâ loÌmação da Terra, enquanto que a conrÍacorrente, tbrmada por
lcm.r.Ì. Hu lo.r. Sm.th. e mxj. rdrde nor L)(ll. e,a cor hecida como
''tturali,t.r" íDJnie. ta-o.ìi,. -credrrurdo no trilcip;o do
ÌÌnilormiraÌisÌÌo e que lodos os processos ale forrnaçao geàiOgica serlam
natLìraìsi "nenhuma acção deve ser âdmitida a não ser que se conheça o
:e-Ìr flncíe:"
(Ìn DanÈÌ. 1976:37). Apesâr de encarar a transformação
do melo ambienre, e especificamente o aparecimento de novas espécies,
( o'Ìro u n 0rucê,o cddx r e/ mF. cômpleu de Jridcoe, tIirr. pur DcL"
rTÍgger. taSa 8or. Cr.., ,", .,lÌ."
".;" tundrmenrrt nr que.rao dL, re_
conl ec menro d" e'.nc-u dâ. e.ìe(ie. rCrcc e. Jo5q:lrJ I eLrnloro,
l::::" i,T-":,
.L ier nuncn dum,r, | á ro,ib I d.,de da ,r" sranJeanlrpurdâde íDxnieJ. "'-b:Jo,. .egr rndo J. .rjeir, d". re.runr.,
orruvrunrs!âs. qìre acreditavam numâ slÌcessão de ditúvìos, anteÌiores ao
Driri! io d< Joe e ao tcnoo b olir o. peto que nro looe||arn cún,er re,05
nDmanos (cÍalson, 108l:hq).
_ Charles Lyell foi. j á no século xìx. o elemenro que âcabou por daÌ o golpe
de miseficórdia nâ pe pectiva diÌuvionista dos segurdores de Usher e Cuvier
De facto, Lyell pegou na ideia de uniformitarìsno de HutÌon e, de íoÌmâ me_
ms flexível, âpresentou-a ao mundo nos seus três v olÌ1fies de pnncipt s of
G?.rlosl, ( 1 830-33 ), segui do de Etenenís .)í Ceotos! ( 193 8). A sua oúa mais
tmpoÍIante, Os ptincípíos tle Geokgia, teve onze edições. soi.endo aÌte-
rações manifestamente imporontes âo longo dos tempos devido à evoÌução
cle conceitos_e reodâs como a evolução dâs espécies debarwin. Lyell estú a
reverDeìr de. lmr .egunrla er pnn, ipb,.t o?./oÁaquando tcleceu
u rÍdbr/ho Lte Lleìì fôr le âJo a c"oo prirciprlmenre em llJ t,â. e prorou
que os processos geoÌógicos que ocorreram no passado são os mesmos que
acontecem no presenre, tendo lugar sensiveÌmente à mesma veÌocidaìe
(Daniel, 1976:38; Tngger 1989:92; Renlìew e BaÌnì, L99t:22). Com os
dâdos de LyeÌÌ, o princípio do unilbrmitdrisnìo, cnuncrado j0 anos âúíes
por Hutton, acabâva por ficar cientificamente provado e, mais jnpoÍante-
aceÍe peÌa comunidade científicê da época.
-l Fl-nã ficil.
Hdmerre r
ry
FüóLú.ò
&â e cÍEç-
rrrer-
çÈÍD6 EI
ú,!5Gki
EÈaEI Ír|É
'i'õdlri
*òi
cF-i
rÈ Eüht
-!Éì
.ËEr è
-
2lJ
dÈtu
Eir,rì(ìiìcrA D^ ARQLECI ocn
fi$trâ;t RelÌrto dc Cìe'rgcs Cu!le"
 reÌ!Ìti!a lãcil aceitnção.los eu" prìncíplos da geologia cteve rcLr-
.-rif,. ccrtrirllÌcnle. conì iL üa irtgrrìqão acadómìca c socj|Ìì' qucÍ enÌ In_
: :.rr. qrÌer nos EUA. e qrìe acâbou pof Ìhc ìaÌer o título de "sif' Devido
..-, .rinuno . ru t.u ,Í;balho. LleÌì é rclualflentc considerÂ'1o o pâi dn
?.Íalelàmentc âo úabaÌlìo de Lyell, Jcan Louis AgÂssiz (Ì801 !813)'
- .:LÌírìlisÌâ suíço-anìericano. aprescnta ao ptiblico enì l8l7 LÌnì üabalho
--: , pfobìcnÌrr dos glâciafes. atìmìnndo quc reriN exisrido rìrÌa ìdade dos
- :ir cobrita rotla a Eurásia NlL época. a rccepqão I eÍe trabâlho lbi
- .:, quc o se xrÌÌigo e cdcgâ, Alexardcr ron HunÌbolt o rÌcorÌlclhoLì rÌ
.roi csiudos nat râis, quc enlào incìdìânì na anâtoÌrìia dc peixcs
- .. r. coÌÌrariaDcnÌe ao que Ìlìc fora âconselhâdo
'ão
dcsiste c âplicÀ
:. :LìÌà e coÌação 1o proLrlem.r. estudando e ':let'ihe
os gltìcj!Ìres srí
.:irÌiftlo dePoìs Pala âs llhrs Britânicês Desc trabâìho rcsútn â obfÌ
.rr L'-i Gturriens. prìblìcÂda eìì l840 enì que Agassì7 pro'r tluc
rna ldide dos Cclos anlcrìof à época geológic! actuÂ! e que a
.-.., :ifr! .lilNianas erâlì de f.rcÌo fesultado de episódjos de glacraç'o'
:- :ìeados do séc!l]o xDi. a comunidade cienLítlcâ rcerl3Íir rÌrÌ conirn-
:: rna e pfncipios q e constiluíânì LÌr'Ìì piÌar e'itl!úur0nte pâÍa a lor-
:r Jà Ìeoììa de Dalwjìr sobrc a e'olução drs cspécìes e sÌrÌÌullânea
i . :.i!rx urn conjunto de Ìrrclodologi'rs bÂicâs pl|rao dcsenldviÌnerìto
i, -.l.rgia prc his(óÌicâ Essc conjrüúo de prircípios que se descnrol
,
_: refca .Ìe doìs séculos. a ìr&1rr dc meados do sécrìÌo rn pode sef
::..iì de iorÌna croÌìoÌógìctì da seguinte ÌÌÌanerfa:
;:i .lue càda xn|l delis
-. J,- fúsiìdircco e
x_à È-le ìrÍ1ncrpÌo csu
r'::,1 zrdos nttüì sórie
:.: .-: .Lìücssào dâ lâunr
.::. .l:i.rostil lclrasÌÍe
- ,-1,ìfiLo Delì!
.i Gi.ei atrarÈs oiL
-_ D:.ÌÈforÌna Cuvlef
::.11.it,L otÌ Diluvi'tnr
:...::rÌe. forìn!,:ì.Ì pol
:. :fr .onhecrdL! conÌo
::. l],-. pfì,ìcíPio do
-:i-:r .!3ológrcÀ scrülì1
,r -:f .lLÌ. se cdìbèq!Ì o
:::-..ri r lünsfoÍmrçtto
r:_:.,.ir no'rs espécres'
:.:.ti r feil.rs l0r Deu)
.:.::1i ntì.luÈstato do re_
. i<! 1ll) Quanlo.Ìos
,:r: i.ìr.d. dn sLÌrÌ gfarìdc
.: :.irr.los restanre
r: ::iii i.s. antefrore ao
.r :,.,Ì:rìr'n cortef Íesto
-i.r: -.lh.u Pofd,tì, o got
::::,Ì. de tJrbcÍ e CuvieÍ
:: HuÌÌ|Ìì e de tìÌrìrì ÌÌÌe
! r.Ìünì. dc P,nì.r/,tr '7Ì
:r Ì!13 ). A stìxoblrn] s
:. :Ji!õÈs solÍendo 'ìÌte'
' =:rN. delido à eloìução
:. Jr D!ÌÌ1in. l-vell est'Lva â
-. q rndo taL.ceu
.,ìn.n(c enì I(álL!Ì' e Proon
r-.:rdo rio o! nÌesÌìos quc
::,-nÌ,' i rneÌÌÌrr vclocidadc
: B.rhn. l99l:221. Com os
r :n ncindo 5r:) ano 'rnÌe
r:..r,ln c. $âis iÌÌrpoÍante.
MNLAr pE ÁReLEuLocrA pRr_lìrçroprrrr
tì3'**ïi;"n;*"u" oe róssiÌ e enunciação da Ìei de sobrepos,,.
.).|iï:l.l]iilï rempo diferenre e mais ronso do que o dâ BôÌ
3) enunciação do princípio do uniformltarismo (Hufton - 1?88)r
-ìï:li:::il*:l:"iru€enétjca
que aceira a ideia de exrinção d.
";ï::ïïJffi:'ìï[cÌor
e enunciâção dâ rei da sucessão da râÌrnâ e
6) aceìlação do conceiro de extinção dc especÌes (Culier _ 1825);
t',iii',":'fi:Í; *t"'-tarismo é aceile pelâ comunidade cienínca
8) aceitação da exisrôncia da Idâde do celo (Agassjz _ 1840).
n".]:1il1ïì!1ì:lïï1,,1; ;.#:::ïiiï"ï jï:."i :i",,3."ï'*ï:"ï
:i:iì!*l * illï;,ìr'ï;,ïi,ï:[ff:Ë;:ì-,.: . :ì.;; :;,ï
",,iìï ; ;,",',:';'jjì,ïl;: ï:ï::;T.- " :.",,',co. chdr,e Dd,u in
*:iri*lix,u# riïi jr.: I
I
iri,ïï*ïï:il1ïì,:ï;1":"ïï,i;;l)'ffiïU;J:fT u
" "p;,
.i.',.
".ì,,,.r de c,or,,(ao,.".,,. ;ï, fi ,iX";ï::il1ïf ï:i
#ï:)ïf :ï ìf:t:x"ï;:,;;,t jul,Ì1,.
',-i:;rrüctp^te
.Òf.pofuldtìu1. que Dirq in cheA(
ïì';'"i i" ;i"..;:.':i. :Jj:l:"*::ïri'"Ëjl'"':, l:;;;1 ;i
biorogrco .impre, e .,n j,",,,i0;; ,ì;";,i.u,ïilìl;:*ï i:;";:ï:'uç.Ìo
genetrcr dJ especÌes. e que apres€nti
;ï:":ì,ì
jffi n rn ìi ïÉr*ïïilrï jÌd *irïj,*r
;lïl.;'Ï[:jjïÍlì:ïlllì:illli;"lï *"en nco qu<r do rne o
::ïï:::?.'l:: ï' " " ra;:, p.,s""'ìllïïï"ï.liÏl'iìÏ"ï
." ii""ìi',1,"-iiii;1"'nro
eie prop'io Eil e''|nL do
',a.
,r"' o"'' :
, -- : t-.:i
.',--. - l .-:l!
_ r ry:i-*Ì
.EEI
::.'-.:::JtÈr
rú:ì;- .È re r
-! -.:! 1 --rg::r ll
:r='::LL- ;i5 E
&{,:i :I=--ltrítìI
!{È--Ê( *--rNÉ.
trúÌã:: jr Èro*:
ú;rc:tì {a!.t
rhra
çe é dÈpaÈ ôq
ì.4Ésà&r...
f.Es,Ê+,dÈ!
-,
ròìrhàlo óür D
r3.r !tir'Í6's
-úlh :r@ fó.sÈi È
-r'. 'Tdser ll
&èBÕladr"r
-ã dèi{reìÈ ü Ê
ìr& ÈoÍãr È Èr rri
G1 como a tu-l
-,rmojoto-Í-ltú, Tri-ggeÍr lry
E que os otÌer6 r
De acordo cd H
{i55 r. rambéü c€-
-Ear
que os ureml
ir'ÍEnte. Piêuo ìL
-ta comparado ã cd
t' mlmdo medìteÍrài
çe foi tâmMm dis{T
l0
:.,r Jr Ì.i dc sobretosição
. ..-!,r do qxe o da Bíbliâ
.r,r HLrÌÌ.nì - 1788):
::: :, tr i!ì.ir de cxiìnçào de
:,::: Jr ruccssio dâ iâuna e
:.:r:: CtìlicÍ 1815);
r:.' .iÌnunìdÀde cicntítica
r ì::1iìz 18'10)
- rÌìi.rìr iÌnrâ ideia' qüe ó a
.::ì:: iJrd. dos gelos. rnteior
:eii.t trnrÌnais e legclâis q!Ìe
r .r3nÌíir.o. ClìârÌcs Darwin
- Drr(iÌì scguìndo âs lco
:!.: L!clì. sobre os nìecaÌìis'
::.iii o PrìncíPios esrrÌrÌ'
:]: Èroìogiâ e!oìucìonàfrrÌ
:.- DJf in Pegou nrììnâ idei!Ì
:r1j.r. rìosLrando conìo târ
::.r rìrrLìf ì. Foi Gnìbénì coÌÌÌ
...1. Jr 1798. Ersa)" on tht
:j : i.nri.ì da -luta peì!Ì so-
:i..a ,Danicl. 1976:6'l) As
. ;,r.ìl eiste um nìccimis ìo
..:.:rlrirs. PcrÌnitlndo a cvo
:1-rÌn ríenÌr de colnpcÌição
r::r.rl rl.rés dâ sobÍeÌì'ên-
. ::.rÌr naLo foi 3ceìte de ime
i:i:r.icntí1ìc0. q!ìer d0 mcio
:: i ,mentírios, nonìeadanen-
::-r-: I o homem uüì nacaco
-a: rnoLì do Ìado dos anjos
lÌ
: pcfgrÌnla de DisÍaelì é Ìespondidâ pof Darwin apenâs cm l8ll qLtc
,
'tr"'ir-"rï.,,r"4o
sobre o assunÌo duf!Ìntc cercâ dc unra díÌ7ia de anos'
,, n.ì.-,''",r 'c'4O"'1r"'t/" ' ' q'e '< r''r'â ìLr' ro
i.
'l...,," 't. """ " ''n
Dr{in'l'''LeJe n'J 'do'r'""'l ^ r'
.r ri r', 1nJd< oo hôrìrrr D
ll: 1" Ü 18 ''i rr' Jt'( ' írre^
a.
ln.,o,'. IJ..c"fe'],(m l'r' rri'Je r' JÌ pr'oc flrr'r '
: rrocesso dr evohção
: :. l. ântiguidade do Hom€m e â questão
'ìâ
associàção com faunâ
etinta
:rquânlo quÈ a aÌÌ,ìgÌìd': .: *:'.9"
:,ïj.#ïjï::ïÌïï:1":ï:r.io de LtÌne cÌonologìa longtÌ rììdep
: 'ì"ì, àìì*ììï4. n"'* estau'a dcpencìcnrc dc un coniunto de ìde*s
''- lii*:,':r::ï"ï::ìï::;:::iJï:ï'ï:"::i:'lÏï:
,,,.::;.;ì;ì;;-'i"'"s Estap'|obrcnÌáÌicà não coììtenìa!â arrda o
l-.:',, o"
"ìL,1"ç-
ni'"rogìca hlrnrana que scrá aFeuâs discúidÈ cien
.,:i;''à;;;',t,ri."ção de Á oriÁ"''r dar Er1)r'i'r1 de charres
. - :esrio rro reconhecimento -'*l:ti:ì[:ï:ï:i.""ì:ïÏÏiil':;
-, .t.:ì:'i,ï,'."":ïi,::'ïJ,'Ì:::,ïil:ì *""'-..m pedÍa seme'IÌrâr
- ..ì;ì;".;;"' "
E!ìÍopâ Estcs objectos eÍam tü'iicionar.Tel::
' ,-ì"',,ttttit t i"tf"faos no mesno gflrpo dos cfisÌârs e dos lossers
'
t,..;:t*lÍ',,:,ll
ilLï:.ìilïì.ïïiltliï'liï.ì1.i,', *Kïll.
:, --=..,t ,rt **tnlos de pedÍa talh'rda colÌo "renìltâdo de xÌna n1rs
' :;11.:.:l:l
lï;ïi l i j,. I l''ìil.ìi:
j,ï:,1 i,ï' i';l''
' " ; : ;;- . '"J" ' "t'-"''u'' -n (nJJ ei Jo rJ'u ' 'r'{
--
ìr,, ,.' r'*l"i 1916:25 e DanìeÌ' l98lr35) No cnlúrc e se
r,l98r:!-rr.cr'J,ob tV'- tt v 1ì t'tt 'l'oânJr_l '
-
',,.','.'np'or 'rln dâc
"rìob
Ioe ""5'rrr rr
'',-.'r"il"n :*f *;ç;ç,.,'"'.:;*11;';ïïïï;r
-- : : " ÌensíliosemPedralâlb'ìda
- l
_',"t.
IàÌ11'Ì d'AngÌriefÀ' historradoÌ ilâliano d.:Ì Rcnasccnqâ'
-:irì iì cultuÍa dos indÌos âÌncricanos con ada tradição clássica
'.-,'*l,tl.. io-itr ' 198 I :35 i T1i gger' 1989:53 )', âspecto
'-'rìíì-
-.1 l '.:*iarl "rtr
rsgg È1 DclL'Hisío)tll NatLtt?1' por ferrunle
MAÀ'ÌJAì- DE A PRÉ-HrsróRÌcÁ
Impeftto, renascentista napolitano que criou um dos primeiÌos museus de
carácter arqueológico (iI1 DanieÌ, t98l:35).
E_de notâr que tanto AgdcoÌa como Imperaro não trataran a quesrão
especí1ica dos objectos europeus ein pedra taÌhâda, mas sim a sua presença
h ìroric. ch.sicr lera ,rJo .!4ercâli , t)4t .t:,rJr rrn do. pr,rneiros
" reco
nheceren a ongem humana dos objecros eÌrì pedra taÌhada. MicheÌ Mercâri.
encarÍegado peÌo Papâ Pio V dos jaÌdirÌs bolânjcos do Vaticâno. e médico
do Papa Clemente VII, escÌe'veu a obra Metallothccd, que penììaneceu em
manuscnto na BibÌiorecrì do Vaticano âré 1717, ano em qÌÌe foi pÌÌbÌicada
(DanjeÌ, 1981r35). Aíloram iÌusrrados urensílios líticos em pedra taÌhada e
foi sugerido que esses objectos eraun ânteÌioÌes ao uso clo metat, mostrândo
que tais objectos eüm conìecidos e referidos na pÌóp.ia Bíbljâ e em autores
cÌássjcos (Dâni.gÌ. 1976:26, l98t:35: Trjgger 1989:53).
,, En A.Theologìcal Srstem upan that pre4upposìtìon íh.i Men were beíare
Add'r, publicâdo em LondÍes em 1655, Isaac de ja peyÍere ( 1594_ 1676);fir
mâ que terá havido dois momentos de criação do horÌern. Llm primeiro de
gcntios e. num segundo monÌenro, DeLÌs terìa criarto os Judeuia parú de
Adão (McKee, 1914:461)_ De La peyrère aÌgumenrou âinda a iàvor de um
tempo maìs longo que o da Bíblia, aimündo que ..todâs
as cojsas que foÌam
cnadÍ6 no segundo ve$ícuÌo não podiâm rer sido criadas num só dia, e muito
menos num meio diâ eü que Deus criou rodas as crjâtluas e depois o homem,,
(in McKee, i 94,1:461). paÌâ pÌovar as suas ideias, de Ìa peyrèrè afumou ainda
que serÌa rmposstvet repovoar todo o m ndo após o Dilúvìo, peÌo que âs
cheias terjam sido apenas üm aconrecjmenio. Ìocâlizado na áreâ judaica
O4cKee, 1914:464) e que, porranro, â Bíblia era âpeDas a história do povo
judeu.ene conret.. de h pe).ere rfi -ÌÌìou que..a. |e,lÍd. de rajo. ráo erxm
Írxr. do qre o rrr.úio. da pnmi iv" riç.r pre adáÌniJa rDaniet. talÕ:Js_
ror. r omo.enn d( eperar. d( La, ideia. nro |ordm ace (.. e de la peyrerr
e as süas obÌas Iorâm objecro de análise da IÌÌquisição. resultando ná sua
retractação pública e na fogueiÌa paÌã os seüs Ìivros.
_ , _No
ano seguinte, em Inglatena, o anrjquiirio Sir WìÌÌiam Dugdale (1605
-1686), no sen The Ann.tuities of Warnshìre, aÍ.]lbr'ri os utensíÌÃs em pedra
au. dnl.Ëo' Breloe,. relenndo q c ese pun u.dÍi r pedra Jìte Cle roer
I-dbaLirro Inetnì íD:-niel. l08t.Jô: l.iËger tqsa:5r/. f.lJ ioe.â(onr,nuou
na.iamíia. uma vez que o genÌo de Dugdale. o Dr RobeÉplor, responsável
pelo Almoleân Mu(eum. chegou ) aÍ-Ídr qu,. 05 dnljgo Brelòeì teriam
uçaoo m1 J Dedra do que o melal e qLe,eìd tdle,, posriel aprender.e
como é q e os seus utensflios em pedra tinham sido uriÌizados e;ncâbados
atraves dâ compâração coü os dos índios da Nova ÌngÌarenâ.
SensileÌmente â partir desle momenlo, o núrìero ãe estudiosos que tra-
tâ a questão da aurenticidâd€ dos iÌìstrumentos em pedra aümenta Ìapidâ
!.nÌe nâ Europâ. ErÌì
àìbb€í SibbaÌd ( l6t8
lÈ$on (Ì755) em Ìr
hrsieu (início do secu
'l-18) (DanieÌ, 1981::
E países nórdicos c(
h.oppidan (1763) (I
Durante esre peíü
è !'olecEões que dep(
-rrìações
cieníÊc"s
& objectos "exóricos
i-a .esÌrÌtândo râ o
+se Fabião. l98q
 IÌhas BrirâtricÃ
-qkles imporÌnr@s
-I-mdon (1?17). qE
lno.eaSocietyo
que surge a Sci
çe as antiguid*
da epocl Com é
ie RoyaI dess
lr esÍa úlrimâ F
fugiesas. tiv€Í-
Õ mütrdo nâú.I
e.d
Ése cona€xro IÈr
o Flirrm F
d€ sílex
-dito de elú
O Íúerib d
tL-múo6
dJoàaR
bdEs;-r
rhiel l$l_ì
e's=rô
E*sllÊiistu
IúsroRrLa A EMERGÊNC|A DA AReuEoÌ-ocra
F[Ìe na Europâ. Entre os melhores exempÌos destacan se o ântìquriÌio
t ìbbeÍ SibbdÌd (1648). o bìspo ChaÌÌes LyftÌeton ( 1766), o escrirorSamuel
liÌnson (1755) eÌn lnglârera. enquânlo que en Françâ são Afioine de
hsieu (inícjo do século xu), Pére LafÌtâr (l724) e Anroine yves cosuer
.Ì-l8r íDrírel lq8J:ì e J8./. A memd coner.e de o(ni-mento aD;ece
E Pfle. nurdico.ôm o. trabaio de Kj ,rr Slooeu. !t/ìòr e d; Fnk
rbcppidân (1763) (TriggeÌ. 1989:53 a 55).
D.Ìrante este peúodo deshcam se dois aspectos hjstórìcos: a fonÌação
è --olÈcções que depois se transfonnam em museusì e a consriruicão de
-:r.{óer
cie'Ìrl cd.ouc.rlÍuí ì O. n-rmerro. perÍÍLliram a i{Dú,,lcro
rL aai:ctos "exólicos e Íaros" de forma tão públicâ quanto possível nâ
l-a rÈsultando nâ credilação das teoias cjentífìcas pela sociedade civil
lqr-JÈ Fâòião, 1989; Jorge e Jorge. 1998, para o caso porruguês).
{s lhas Brjtânjcas viràm, durânte o sécuÌo xvÌn. a foÌmação de várias
-.-+4= impoÍanlesj das quàis se devem destacâr a Society of Anúquaries
l-doo (1717), que pubÌica o nú1ìero um da sua Íe.vjst,t ArchaeoLo!íd
t--0- ê a Society of Antiquiaries of ScotÌand 11780). É tambóÌn neste
çE sürge aSociety ofDiÌenanti (1734). nostraruo o rrrcresse enor
I dos p.imeiros museus de
Ê' nào tralaranì a qucstão
lã- mas sim a sua prcseüça
E isso Ìeriâ no passado da
) |m dos prìneiros a reco-
.â Èlhada. MiclìeÌ MeÌcâti,
ffi do Vaticano, e nódico
údrd. que permaneceu em
:no em que foi prülicada
i lfticos em pedÌa taÌhada e
n Eso do melaÌ, mostrando
FE ria Bi:ìrÌia e en rutores
Bq53).
'6''ion
ntalt Men í,erc before
âPelÈre (1594 1676) afÌr-
b homem. um pÍlmeÍo de
ddo os Judeus a paÍtiÍ de
úu ainda a favoÌ dc um
|
*todÀ a.s cojsas que forìÌn
diâzl,s nu só dia, e muito
riaturasedepoisohomem
de la PeyrèÌe alÌÌmou aindâ
pó6 o Dilúvio, peÌo que as
krcalizado na áea judaica
r +enas a história do povo
'âs pedÌ.s de Íâio" não eram
dmìca (DânìeÌ. 1976:35-
m aceiles. e de Ìâ Pe'Íère
FisiFo, resuÌtando na sua
Sir Yr'ilüam DugdaÌe ( i 605
dhri os ulensflios em pedra
!ãã a pedm antes dc saber
[}J.3). Esta idela continuou
L RobeÌt Plot, responsável
eoc antigos Bretões lenam
râlYez possível âprender se
sllo utilizados e encabados
oYa lnglateÍ a.
üro de esludjosos que tra-
a pedra aumentâ râpidâ-
F õ antiguidades cÌássicâs tinìam para a alrâ sociedade da IngÌa_
à epoca. CoÌno é evidenie, a IoÌmação destas sociedâdes, bem colno
.È cârìícter cjentifico conìo a Royaì Sociery of London (1660) ou a
-Royal des Sciences (1666), ou rnesmo a Society of AntiqlÌâries
e*a última que tinìa por objectivo estudar e preservar as antigui-
-çsâs.
tiveÌàm um impàcto djreclo menor na questão da antisui
Eodo nâturaÌ e da origem do homem, mâs perÍÌitiram a difusão
h ._ortexio hjstórico de aceilação da aurenricidaale dos ulensilios
o FóxiÌno passo impoÍanre foi o da questão da âssocìacão dos
,:DÍn os fósseis de ânimais de espécies já ertinras. IÌustra o caso
d-'sflex encontrado em Londres e que estava âssocÌaoo a um
.&o ih eÌelante, Ìnas que Daniel juÌga ser de mamure (DanieÌ,
O Êferido achado foi descriro por John Bâgford em 1715. êsso-
rÍor a ossâda do "eÌefante" à importação cÌaudianâ dur.ìnte a
Ítmnna das Ilhas Britânicas (Grâyson. 1983:7-8: croenen,
f_a ouEo caso semelhante é o dâ gruta de caylenreuth no Jura
* Johânn Friederich EspeÌ em 1774 enconrÍê ìÌì conjunto de
im€nto e a discüssão das novas reorias cìenlíficas que! por sua
o contexto quercientífico, queÌ público. rendo possibìljra
do coì,erro de Pre H:i,ona e dr eolucro d. nomen .
ar.ociâdos â utensílios de pedra lascada e fauna de espécies
! Árociaçâo é apenas fortuira. j á que não poderiam ter a mesma
,tbiÈL 198 I :38; croenen, 1994:3 8). No enranro. EspeÌ âcaba Dor
h: -* Gr.riais forarn depois estudados pelo anatomistâ Jeân_ChÍisúan
33
MANTaL DE AReuEoLocIA PRÉ-HIsróRÌcA
Rosenmuller em 1795, chegando este à conclusão de que os Íestos humârÌos
estavam associados aos ossos de urso e de leão, espécies já então extintas
íGroenen. 1994:39).
O primeiÌo sinal cÌaro de invo$ão nesta coÌaente de pensamento é o de
John FreÌe em 1797. FÍere descobúa um conjunto de bifaces e outros uten-
síÌios em pedra Ìascadas associados a fósseis de ânìmâisjá extintos na ca-
mada inferior de um coÍe com cerca de quatro metÌos de espessula. As
camadas superiores tinhan câÌactefsúcâs de fonnação maÌinha, peÌo que
FreÌe concluiu que esses achados peÍenceriâm â um grupo humano de um
tempo rcmoto, ânterior ao dâ épocâ actuaÌ, refeúndo_se ao tempo bíblico. O
seu contributo lbi enviado à Society of ArÌtiquâdes of London' a quâl deci-
diü publicar o aÍigo (Daniet, 1976:25:Daniel, 1981:38iVânRiper, 1993:8;
croenen, 1994:38). Como seria de esperar, após â sua publicação' o raba
tho de Frere não recebeu quaÌquer apoio (Daniet, 1976:26).
A primeiÌa metade alo sécülo )rx pmece Ìeflectir definitivâmente â in-
versão das perspecúvas cientíÍìcâs sobÌe a autenticidade dos utensílios em
pedÌa Ìascada. Talvez porque foi nesse período que se começam a lazer as
primeiÍas escavações de grlüâs paleoÌíticâs e, por conseguinte, é também
nesta aÌturâ que os pnmeiÌos fósseis hulÌÌanos começâm a sel encontraclos,
Contudo. até meados do século )a- contjnuou a existìr ainda grênde resis-
ren. ra. Ìnesmo perrDle prora. empLrica. crarat dr a'sociaçàn enue ütensi
ìios em pedra lascâdâ, fósseis humanos e fauna de animais extintos (Trigger'
1989:92).
As escavações dos depósitos plistocénicos dão-se principâÌmente ms
Ilhas Britânicas, França e Alemanhâ. Ê preciso recordaÌ que nessa época já
se efectuavam as gÌândes escavações dâs civiÌizações mediteÍânícas e do
PÌóxìmo Oriente, b.3m como Ilas Amérjcas (vejâ se o câso de Thomas
BÌface encontÍado por John FÌere em I797 e publ cado em I800 na
revista Ár.hae/ogla.
Jefferson que, em li
rqueoÌógicas em síti
ìIortimer Wheeler a
Ê história da aÍqueol
E pois nesíe coni
d gruÌas e noutros d
õ E-abalhos de Phü
- Bélgica; lohn Mi
ìckland (1784-18t
llBO5-1872) na zor
htpeÌÌjer e Bouch
El:48-49; Trigger
lE o seu trabaìho e I
-|aÊ
extintos e ho
rcspactrvos aÍIefu
Fs mérodos è i
pe-a eliminâr q
údo cietrtíficú
fur€mente úac
qlìe etes F
Un dÉs
èqtnú
-<s,th-ir d
& peÍspÉuir
de kÍú
t6r€úmF
-í|nilâl' pd.
i!ãèBd
da q'a o6rer
.É r|ErEíii.l
-ÈEFL
dÈren
ìaB.ii
d
OEs|ba
è}lrfut
èl
Figura s.
34
ìlibàrkg
L ",,'D "Q"o'o''
. ï,i,.l,iiïï J,Ï,lljl;1,:.ïiãiï.'J'Ìii;Ïil'Ëïi:il:.::,:'ffi:.ir3iNshumanos
:: ,: entio etintrLs
:-nlanìentoéode
:: .aJi e orLtros u!en_
:r: tr rÌìrnos nâ ca-
::. J: esPessura' As
.: :r..nnh.Ì, Pelo quc
---r:, huü!Ìno íle LLrn
--l .,. rrmpobfulico o
.'r,iLIr. .ì
'Ì!ì3i
deci-
l':  rn RiPeÍ, ì993rllr
-: :ioÌi..Ìção. 0 lÍâon-
-:::6'
j :.irnitiamenl' a nt
-i:
,ios rtensilios em
. :.. eçânì x 1a7eÍ as
: r..3gurnte. ó ttììbeÌn
-:.i1 I sel encontrâdos
rt.:f rindâ graod' resls-
::i.r3qào cntf È !ìtcÌlsr
-r:rri! eÌinlos (Tnsgcr'
: .Ì Pnn.ipâÌmente
nas
::r:1r quc rìcssn épocdla
:.:.e. nÌcditelÌànicas e do
:. i:,,.rìso de lhomlls
', i:., ï": ;-;q,:ì;;;. ;,""--.'".'"..1 :::ì.:;:.,.;"ì
-ì,"s . nnut,us
'lep"''t"'
pìiÌ"ccnr!o' uc
. u.'" i"i. c', ,;.-_s."''.,;,s '1: iï.,ï]'.'ï' :';;
:: rÌü : J,,hrì MlLEn(n lllLìo lx+l-ì eìÌ
, | òr-,8:o' 'n, PJ ' rJ l"o'': ll'1",'l'^"i-:"]ìÏ']1,
.,'ïì:,,:.; i"J' ;.;..*.,oôr ì4'+ rôdô"'('ren'xr"n
-
;,1;". -.."-. ".*"bJ.^.'" t., Ìr o
:
jill'*::-": l:ì
'.1,;ì;;.'.q;,. d,',r'' q'e nu'e'e
Lu (Í''be' r-u'oe'
. ;Íl; .Jl:ï::"Ìì:: ïï Ï';''"iì:- lli::: :,'ì::
ì Ïli':il;:i:'l'"'""a;'''' ''ì'u ' :l:i:i ,l:ll"'.
',-l:'ï''Jì:'J' ;*'p'* ; " '*" íre Boucher de PeÍtlÌes' que
'
.ì"ì..t*t tl^*nrtnte pcla antiguLtìarìc dos aúefactos encontra-
'
ìnìi.," a.' s**'c acfe'ìiÌa!â na sua^c'ìcìidade cotn os 'Úos
. r. .". ., ."...'" ' "t.'- :::':]
";.r.;:; ,;.,".-"""-''.,** ' ''rocu' p'e .
" " '"'" rnerJ nrr';or:r Drrr';'ì-:'l"l:^:.::;; ']t
"
;ïr ll jl:Ïi : ::;:::"::::1":í::l''rlì' r'
'
- .,""-,ïïlìÏ"iü^;" 'ì'i'ì'
dt''t'"' ' n*or;rr,'r€n,,cs (I8'r7)'
, - ..LJ* alL""itnos passâfiÌnÌ a ser ânlcdihl'iânos e poÍÌamo'
. rrno brt'li!' r
'" ."'; retu'rd drn' p<lorr '""ouei'rrr'4Peri:r

B r''rnC e'ru!r''r( rÒi' P(r't l')''r'r(r|ÌbdÚ
'..,i."t itttto'y s"tiel'v de ìecomeçar o iÌabâlho eÌn Kem s
- l'. , :1,' ars escauaçòes de aÌnbos os sítios colfimìou o:ü::
' ^ tr L:nh_ Inu''l 'oo 'r:'lâ <
de 'n
n" '' lx rr ''rlo'-. : ' J: Pedr hscada e os ossos
. .. ."'."r,'or" at e;xÌrrm Câe e 1858 â RoyÂL Sociely
'
a
, .-1. *i**-r".r(r"nandouìnacÔmissãodeìnves!igâç'opara-:- . i!lll.àd! cm I800 nÀ
35
, Êl
âs escavâções da gÍuta, que incluía, enÍe outlos' PengelÌy como o respon_
sável pelos trabaÌhos, Hugh Falconer (1808-1865) responsável peio estudo
da fâuna, Joseph Prestwich (1812 I 896) e ChaiÌes LyelÌ Estâconissãoâca
bou por torn.Ìr príblicos os achados
'r
confÌrmâr, sem margem paÌa dúvidas'
a associação da launa extinta com a indústria de pedra Ìascada e. definitiva-
mente, at;sur a âÌltiguidade dohomem (DânieÌ. 1916:59 e l98l:53;Trigget
1989r93).
Em I 85 8, FalcoDer visitou o VaÌe do Son-me' econsiderou que as ideiâs
ale BouíjheÍ de Perthes iinham fundâmento No ano seguinte' FaÌconer
retomou ao Vate do Somme, tÍâzendo consigo Presiwich e o afqueoÌogo
John Evâns (1834 1908) (Daniel 19?6:601 Trigger 1989:93-94; GÌoenen
lqo4 05 hôr. No ,Ìrern o ano. Prerur'h upÍe.entotr u'rr comuni'â(ào à
Royâl Socìety en Lordres, com o títuÌo "SobÌe â ocorÍência de aÍelactos
em sílex associados a restos de espécies de ânimâisjá extintas em camâdas
úe um ocnbdo r.eoldgrco recenle Je qmier' e Aoe ille e de lnglâìeÍd e'n
Horne
:
LDarìei ìa8i 5 ì: an Riper' loo ì: ìoh-| | | ) Fna omrnh rcao de
1859, junramente com oma outÍa de Evâns à Society of Antjquâriâns e o
ÌiÍo d; ChaÌ]es Lyell de 18$,'rhe geolagical ?údences oÍ the aníiquìtv al
nar, eÌiminaran para se[rpÍe a dúvida da ântiguidâde da humanidade e da
sua associação com i lústdas de pedÍâlascadae a espécies anìmâis já ex-
tintas - ã Pr;'História podia assimexistir aindaque essadesigação tivesse
sido já uÌilizadâ desde 1833 por TouÍnaÌ (DanieÌ, 1981:41ì)
1.3. A questão dâs periodizâções e a arqü€ologia pré-históÌica no
final do século xD(
É só a parliÌ de meados do século x'L. que se começa a geneüÌizal o
termo Pré História, apesâÌ de existir desde 1833 Este dado pode ser obser-
vado em autorcs como Daniel wiison quc, em 1863, na sLÌa segunda ediqão
de The Archaeolog! and Prchistoric Annals of Scotla'd (â púneirâ edÌção
datâ de 185 L). afinlâ "a aplicaqão do termo pÌé-histórico já usãdo' se não
me engano, pelâ primeira v,3z neste trabalho" (in Dènìel. 1976:86)
Sem dúvida que o conceìto de PÉ Históriâ é impoúante, mas talvez
âinda mais impoíante é o da ideiâ de que a Pré-História se poderìa dividir
em v&ias fases. As periodizações' que de inicio teriâm sido definidâs por
umâ simpÌes questão dc organização dos Ìnateriãis arqrÌeológicos' come
(am clenoi. d.eI reorganr/add' e ubdi!:didr' p"-a que e pos'c compreen
Jcr
"
evo'uçáo e r uire^ioJde Lulrrrrr' do homem p'e-hj'Ìd ico
A ped;dìzação é uma dâs prineiÌas lèrÌâmenlas da aÌqüeologia pÍé-
histOrica, servinao corno método de organização e dâtação relativa do seu
objecto de estudo e que continuâ â ser usâdo na ârqueologia modema
Desde o sécuÌo aü q
E. bdtâções refercntÊs à
r Firúeira orgâÌrizçâo c!€
à r cabo na DinâÍâÌcâ n
3smâ das TÉs ldad.s-
i.qanização da Fttrs
EÍn 1806, Rasmus I
.-ï,-üegl publicorì uú
lÉr dÈ*ìrição de mdÍt
lrfcaedificaçaoèr
--
o goìemo iliffi
ãc,ão e Colêcçao.
fLamarca da aftr| d
ia do co lito -
è o inte.esse pêb
Íz€Íàm clm çè a
úárfiias Pa:l
ItsW-qlEf(r-r-
sr_mda|r-Ê
Cbrí-h
e Fw-:atl
oL-a
íÍrtEr.ll
cI<4-
irÉí
a InglãF i
diMnÊqÉ
.*i-.
--iL
..ê..r
F-.Ê-i
ri--
rlD-Ll
-.--*b-I!Ék
È{-r--
Édtlltü-
rdiÉr*rè.
-d--Ibr
slly como o resPon
rnúveÌ Pelo esluoo
L Ésta conÌissão aca-
regem pâÍa dúvidas,
lascada e, defidtlva-
De l98l:5 3; Trigger'
dderoìr qìre as ìdeìas
o segìrinte, FâÌconeÌ
rsich e o aÌqueóÌogo
1989:93-94; Groenen
r uma comunicagão à
lrênda de aÌteiactos
á €xtinos em camadâs
'i[€ e de lnglâtena em
! Êsta comunicâção de
ly of Antiqüarians e o.
,a:es oí Íhe
^nïìqürtY
oJ
& da humânidâde e da
€{écies animais já e)'-
€ssâ designâção trvesse
98r:48).
€ia pré-históricâ no
: cDmeça a genefahzar o
lse dado Pode ser obseÍ-
13, na sua segunda edição
odand (a PÌimeira edição
tuórico iá usado, se rÌão
Daniel, l916:86)'
é impoÍrnie. mas talvez
mstona se Poderiâ drroÚ
Eianì sido definidâs Por
iâis arqueoiógicos. come-
fir que se possâ compreen
ú pré-histórico
6tas da aÌqueoÌogú PÍe-
b e datação ÍeÌativa do seLì
dqueoÌogjâ modema'
Dede o .e.ülo !m que di'eÍsÚ' estuLlnos ÌeìluÍóm d con'úrìçio de
*.'íìrltu.'ì.i.,."'e'' Pre Hi{ôric (Ddniel lasl :ss s8r' Nãu obrrnre'
i.J.ir" o,r-lr*," "edrer
de rrna 'Jhdj isi' ü pre-hi'rorìa foi le"-
-;jl:;;.1;:m:.Y:ïji:,iì::ïiìì"'i*'"::T::f ilïÏ:
,È oígrnizJcro da PÍe-Hisloriâ xjnd"hole,
.,:caí;o d- t n:eísid"de cte
Em 180b, Ràs us NleÍup o blorrolr
c.JJago. puuri,* Lm li ro eÌÌ' ouetnr"$d n 5e'r Je"onrentdmenìo
ãJ.irlr- * 'no'ttenros
arriËos rxnìbêm ne''e docuÌÌenlo Nlerup
Ë. ".,ìL"-.,"
a. ,, T";::_" i::iJ:ffì.1ïi:ï,ì,ìï*Xï,l,
:Ëff:;"1:"111:J.xïì "ïlili
illl".; ;' .'"e u cu".e  ;o nor r'
:
co
lìï,-iï,'a, crmÍr e.u cm rrrdo propi'ro x eJe desenor!imenro "tru
=ï.ffi;
.";. '"
lnslo lrancc' duranre " epansào do Tntpe-to
il-ì.",,
'*,r*"
ì oca copenr'og" en r80Iedenooern I807 o
ã;;; ã'.;;*o,* *"*lï :lïlïÏ"liïilï"3,ïlï ïïi'i
tFr e o inteÌesse pelos
":ot T':o-"lt:t -..^^ ^ -^-.""(cê r h,hâÌhar.
A EMERcEN.Ì{ D!! Q!!g!9914
=ï*iìil:ï..1''r.''
ronnrs'Ê e começl'e c rrcb'rh
:;;il;;, ;"?' ;;;.; 4,ìseL da' An'is'l':dale' Nccionli' dr
-,ffi" .', ,* .''ro:.so d' nuru'mirica c'os'r..:
"-l " lT::i
õ i"r''," o" *rl"'.,,i." inha dü 'eculo "nterior'
i,nreres'e
à"ãiee"., t s,Ìs,;+l sue Àoôò) incÌuía a orsaniziti:
11'^T::
.ïir .,".ìì"i"t'.,. ".'"'d
pera'uJ i ncdçro mJ'l''"': lil :l-
J;;;';:;"ã,'."e."' niocon in''rm inscriçòe' ìrabrhoque
||||E.-oúecia com ceLtezÀ
-L+.
o.' . . Ì nomsen Jeciuju -c'It'"lI d:
-t:Li-":lÌ:^g]:'.:i"ï*,. '"*i"J" "."
oi'i'áo em-'rè' l:r'e':a' lodde'oa PedÍd do
:;Ë;. Ëì;; ''' .',., brseaJo na' l re' ldade' rerr tale/.sesuido
ã.a"". nï.ãi"ã".." anamarqueses'loúo,P.sh!Ìm
( 1776)' skuÌi
I,iso.rlou L. s vedel si'Ìronsen ' rSlJ lÒr' 'egr ndoo' q,t'r'
**J;"ì;J.;, peo,.. r,m" raade rn cobÍe e uma ldddc d^
. *- .'*"átl" desses historiadores' Thomsen preocupoú-se em oaÍ
=--J#;
;" ",u"u'"' "'' p"''*" que aclbou por'er' reâd'
E.- ú, ", o,"'e,. I oÒ | :sR,. Des,l roÌmd"ï"::ï ";:J: T::
ffi'**.i;;í;;;*; iorn o
'ist"'nu
úoao por si com o jnício
;*bt.'th"."" "erilìcuu
J drfi uloadc dc rrdourro Lìo' aíeÍ"cro'
31
*'.,*ïi:'iilï*:Xãi3iïlüï"'ï" *-o.- e q.Ìe
"uranrc
ânos
-ië"i*iã
+"'"0"0" 9"..1i:1il:-i::"ï:ffi:ï"li',ïÏè:i:1
=ff';,'ff
ÏÏ#ïiË'i:iff :ïÏ::'ï'*:1,6iÌ'.ï1^::ïi::""::,ï:
MANUAL DE AReLrEoLocra PRÉ-HrsróRrc^
aos váÌios momentos cronológicos, uma vez que esta dificuÌdade Ì€sidia no
fâcto de um objecto em pedra poder fâcjlmente peÍtencer a qualquer um dos
três peíodos delineados. Para obviaÌ este problema, Thomsen começou por
usaÌ gnrpos de aÍefactos que tinìâm a nesma proveniênciâ e qüe, poÍênto,
foÌmavam uma unidade arqueoÌógica. Comparando estes grupos de aÍefac
ios seria possíveÌ orgdnizálos de forma coerente, isto é, seriando-os e agru-
pando âqueles que apareciam junlos, de modo â ibrmff conjunlos de cârac-
terísticas dos diÍèrenles períodos, Pâra isso, Thomsen construiu uma
tipoÌogia, que depois subdividiu de acordo com as matáiâs-primas de que
eram feitos os aÍefactos, bem como os padrões de decoração de alguns
objectos. Deste modo, e com bâse nos grupos de arlelàcios com a mesmâ
proveniênciâ. Thomsen pôde vedfìcar quais os tipos que apreciâmjuntos e
organizaÌ a sua cronoÌogiâ de aÉefactos essencialmente com base elÌ crité
rios estilísticos (TúggeÌ, 1989:75-78).
O Sistemâ das Três Idades complifico -se com uma posteÌior subdivisão
eÌn Idâde da Pedm Anliga, Idade da Pedra Recente (fase durante a qudÌ se
começou a utilizar o metaÌ e se iniciou a irÌumaqão dos moltos em estutrÌras
megâ]ítjcÀs onde t ìmbém se encontrava ceràÌÌica), a ldade do BÌonze e a
Idâde do Feno com duàs fâses (Trigger 1989:76). Este esquemâ foi pubÌÌca
do apenas em 1836 na obÍ^ Ledetruaà til Nordisk oüllqüighe.l (Man]ual da
Antiguidâde escandinava), tradundo para aÌemão no ano seguinte e parâ ú
glês somente em 1848. Dânjel (Ì976:78 79) âfirmâ que foì depois elaborâdo
pelo segrÌidordeThomsen. JensJacobWo$âae (1821 1885), um sistemâ mais
compÌexo que incluíâ sete fâses, no quàÌ existiam duas fases, rcspectivamente
para as Idades da Pedra e do BÌonze, e três para a Idade do Ferc.
Este tipo de ordenação cronológicâ e orgânizâtjvâ dos materiâjs aÌque-
ológicos râpidamente se espêÌhou peÌa ErÌropa. Na Suíqa, o sislema foi uti-
Ìizado pdncipalÌnente depois de Worsaae desenvolver esse sistemâ e tâm-
béÌrÌ da pubÌicação do seü trabalho exemplar de estudo da estraligrafia e
formação dos concheiros dinâmaÍqueses onde provou a apÌicabìÌidêde do
sjstema intÍoduzido por Thomsen e desenvoÌvido por si próprio. O trabaÌho
nâ Suíça prosseguiu com Ferdinand Keller (1800-1881), de Zuriq e, que
Ìocalizou peúo de duas centenas de sitios 1âcusÍes pté hislódcos em rcdor
dos lâgos de Zurique, Genebra, Ne!ÌchateÌ e PfafEkon (DdnieÌ. 19811 6G
61), seriândo os cronoÌogicâmente.
Na Escócia, DanieÌ WiÌson utilizoü o sistemâ tripaÍido paÌa organizar a
colecção de aÌtefactos dã Society of Antiqüâries of Scotland, mostÌando
que os estiÌos encontrados na Escócia eran'Ì diierentes dâqüeles $e Thomseo
tinha camcierizado na Dinàmarcâ, WiÌson chegou â soÌicìtâÍ que âs cole.-
ções do Museu Britânico fossem reorgaÌizadas sesundo o novo sistemâ de
Thomsen. Mas, ao contrário do que aconteceu na Escócia e na Sì.Ìíç4. o
grupo de antiquários ìngleses não aceitou o novo sjstema (Trigger, 1989r831
,lE
5
b-
b
38
ff-'
ÉHrsróMca
pe estâ difrculdade residjâ no
e Isr€ncer a quâÌquer um dos
,hà Thomsen começou por
LFoYeniência e que, Portanto,
Édo estes gÌupos de artefâc-
Ê isto é. seriando os e agru-
r a formar conjuntos de carac
ro, Thomsen constÌuilÌ uma
m âs matériâs primas de que
tõ€s de decoração de âÌgllns
B ab aÍÌefaclos com a mesna
6ripo6 qüe âPaÌeclâmluntos e
riâlmeúe com base em crité-
,cm ìÌma posteior subdivisão
L€ e (fase düÍante a qual se
qfu dos mo(tos em esüuturâs
ki:a). a Idade do Bronze e â
:õ)- Êste esquema foi publica
& Olàbndighed o/I.aflAal d^
rib no ano seguinte e parâ in-
tua que foi depois elaborado
e(1821-1885),ümsistema mais
m òiâs fases. respectivamente
É a Idade do FeÌÍo.
túizativâ dos matenais ârqÌre-
pd Na Suíça, o sistema foi uti-
-ã!:olver esse sistema e tam
I al€ estudo da estratigrâfia e
È pÍovou â apljcabiÌidade do
lviìo por si próprio. O tabaÌho
(180G1881). de Zurique, que
tses pÌé-histódcos en redor
e PfaffrkoÍ (DanieÌ, 1981: 60
Ema üipaddo para orga,'nzaÍ a
Fies of ScotÌand, Ìlostrândo
iEEntes dâqueÌes que Thomsen
àÊgou a soÌicitaÍ que as ooÌec-
fu segudo o novo slstemâ de
Ecerr na Escóciâ e na Suíçâ, o
Drc sistema (Trigger. 1989i83)
E r+1ìndo aspecto tundarnentaÌ na história dâ aÌqueologiâ foi o de-
-Émprestâdos". mâs cnou o se próprio método com bâses teóri
do estudo do Pâleolítico. O PâÌeoÌítìco âpmece como uma
A EMERGÈNCÌÀ D^ AReuEolocÌa
este processo hjstórico é de saìienlìr um aspecto, atiás reconìecido
:dém por Trigger (1989:84): Thomsen, com a eÌaboração de uma estru-
Er rÊóricâ paÌa a periodìzação da PÌé-história, trabaÌho verdadeiramente
úatrte pãa a âltuÌa, consiruiu lambém uma fenamenta melodoÌógica es-
FÊnEcã da arqueologia. Devjdo âo desenvoÌvimenlo dâ sua oÌganização
slógica da Pré História, que conjuga as teorias sócjo-evolucionárias
ddtrid-âs no SécuÌo das Luzes com a informação recoÌhida peÌos seüs
---È.ssores
e com o corhecimento de sedaqão estiÌística utiÌizâdâ na
-sríticâ.
Thomsen inventa um método de datação relativa. Este novo
ú;b (k datação reÌativa foi desenvolvido especifÌcamente pàÌâ â aÌqueo-
+ípí€ histórica. Assim, e âo contÌário do que tradicionaÌmenle diz a his_
'- de arqueoÌogia, os métodos ârqueoÌógicos não são apenas onundos de
--a- como a geologiaou âpaleontoÌogia. De lâcto, as sequências crono-
EË dêsenvolvidas no seio dâ geologia e dâ paleontologiâ, e que são
*trte tidâs como â raiz da cronologiâ e das pedoúzâções pré-históri
-,rò
forâú a base dos métodos de datação dâ aÌqueologia pré-históricâ
hÉase esú o desenvolümento da metodologiâ de Thomsen. esruturada
rlrioeia e na seriação desenvolvidâs especificâmente pma a aÌqueolo
l- do em mente um objectivo arqueoÌógico; a organizâçáo de aÌtefâc-
-lF-LiqÍicos.
A AÌqÌleologiâ Pré-histórica não começou, portanto, conl
esdo importante, nomeâdamente porque provoca omâ curiosjdade
úal- suscita questões sobre o início e a antigridade da hunani-
que, como se viu, deu azo a gÍandes debates, tanto no seio da
científica, como no público. Simultaneameüte, o peíodo em
qcou padrões impoÍantes de qualidade cìentífica para a aÌtüa.
ÈSiia à estratigÌafia, aspecto que Ì rlca a sua ligação com a geoÌo-
r p6ìeontologia. Ora, em meados do século >rD(, estas duas ciôn
É pnmeir r linhc do dcrcn ol r,ììcr'o cienrrìco e de E d1.Íor
à ._ücepção do mundo naturÀÌ. A Ìigaçío entre o estudo dê Prc
dâúdo-lhe um câÍismâ científico muito impoÌtânte. O facto de
ga Llade da PedÍa em duas fases, lascâda e poÌida e que foi
rÈ o ílÀã: crencra ndrurri. toÌlaieceu grcnderenle d drqueuìL'gic
iÉnro ter tido Ìugar nos dois pâíses mais hrportântes dâ EuÌo-
.-l-q acontecimentos, a Frânqa e a lnglatenâ, ajudou também à
.idntíficâ dâ disciplina. Deste modo. fâcilnente a êrqueoÌogia
iì ie impôs e serviü como modeÌo pdra o Ìesto da arqueoÌogia.
lair dÈ Éleolítico estâva imDlícitâ no sistemà de Thomsen, atrnvés
th,r* ieÍos momenÌos após â sua divulgação (€. g. , LaÍtet e ChÌisty,
l9
1864). Foì, contudo, John Lubbock em 1865, com Pruhirlo/ic tim?s, ds
iÌÌustrated br ancient remains, and the mdnners and customs oí mo(íem
sr7Ì,agrr, que inrrodtÌziü os terÌÌÌos PâÌeoÌítico e NeoÌítico. dcfinindo-os corì
base nos artefactos enl pedra: Íespectivamentc pedra lascada c pedra poÌidâ
Foj tâmbém este autor que, no seglimento da pe$pectrva daÌwirlistâ dâ se-
Ìecção naturaÌ, âlìrmou que os grupos humanos se tinìam djversific.ìdo não
só cuÌturalmente, mas tambéÌÌÌ na sua capacidade bioÌógicâ de utiìizar a
cuÌturâ (TÌigger, 1989: I Ì6).
A subdìvisão da Idade da PcdÍâ de Lubbock (tarÌbém lorde Avcbury),
bem como a inÍodução dos tennos PaÌeolítico e NeoÍtico foram, sem dúrvi-
da- impoÍântes ÌÌlas apenas por uma questão de terminoÌogìâ, umã vez que,
como se viu anleriormente, os conceitosjá existjam. No processo de organi
zaqão das periodjzações, a seg!ìndâmetade do sóctÌlo xrx viu grânde activi
dade no que conceme ao PaÌeoÌilico, principaÌmente em FrarÌça devido a
todâs as descobeúas de grutâs no Sudoeste francês. (J conjunto desses tÍa-
baÌhos marcou definilivamente â periodização do PaÌeoÌíúco, e ícou essen_
ciaÌmente concÌúdo enì 1912 com o lÌabaÌho de Henri Breuil ( 1877-1961)
Uú dos principais estudiosos que paÌticiPaÍam no processo de
periocìizaqão do pâÌeolítico foj Edoudrd Lartet (1E01-1871), coÌÌ1 os seus
lrabalhos Ìevados â cabo üos Pirinéus e na Dordorúa, onde ÌocdÌizou e esca-
vou váÌiàs gntas compaÌeolítico e,laÌvcz mais impoÍantc. onde encontlou
vestígios de aÍe pré histórica. De faclo. o seu trabalho, jÌ.Ìntâmente coln o
inglês Henri Christy (?-1865), nÌârcou o estudo do paleolítico (Tâbela 1).
pois foram eÌes qlÌe apresenlâram âs primeiras sequências cuÌturais do
PaÌeoÌílico Süperior, depois de teren percebì do que o PaleoÌítico não repre_
seniavrì apenâs xÌÌÌa só época de evolução humana. Esta peÌiodização as_
senÌava em cí!érjos pdìeontoÌógicos, cujas épocas eram marcadas pela pre-
scnçâ de certas espécies de animais extìntos (Tabela 2). A pcrjodização de
Larlet. elaboìadâ com Garigou, foi depois âlteÌâda por CbÌisty em 1864.
com um esquema Ììais desenvolvido e seìÌÌeÌhanle ao âctual. âirÌda que se-
guindo a base paleontoÌógica ârÌterìor.
Tab€la 1
D jvisão do Paleolítjco, seg! ndo L arct e CaÍigo! (.r dapÌado de D anlel, | 981 164ì
MÁNUAL DE AReuEoLocLA PRÉ-HI sróRÌc^
PERioDo Do PAl-ÈoL.a]co IDÀnE
Supeior Rena
Médio Uíso drs cdemas e Elefanre
Intèrior Hìpopótanìo
bs-tqi
r
ft
inbd
40
A EMh]R(]ÉNCIA DA ARQUEOLOCIÁ
Tâbela 2
Épocas do Q'raicmárìo, sesündo Edouard LâÍtet 11861).
I ir.so seguìnte foi dado porCabrieÌ de MoÍiÌÌe! (1821 I898) (Figura
ì !:.ilÌel. conseÍvâdor do Museu drs Aniiguidades NâcioMis enl Saint-
-?-:ììn Laye, êo contÌário de Laíe! decidiu utilizar critérios ârqueoló-
g::: :-r a organização da sequôncia do pâleoÌítico Como seria de espe-
; i! --ìrr conhecimeÌÌtos de eslfatigrâfia e pâÌcontoÌogia forâln uti lizados.
E : -ìÌirìo principâl foì o da cultura materiaÌ. vista ìÌas caraciensncas
Dí r:-.tos ou. de outra foÌnìa. a lipoÌogjâ usando lbsséis directores se-
!Ei: j: cefia ibrmâ âs perspectivas teórìcas desenvoÌvidas poÌ Thomscn
l!5ür-' r Lubbock.
.ehitíorìc times' a
&sru1ls oJ mod(tt1
o- definìndo os com
.:adâ e pedÍa PoÌida-
Lã dnr inìsia da se-
ú diersificado não
rlógica de Lúrlzar a
LÈm loÍde AvebLLrYl,
ico forânì. senr dúvi
tologia. uÍna vez que'
o processo de organi
rÉ( liu grande actÌvl_
em Franqa deÌido a
) conjunlo desses Ía-
slítico. e iicou essen
ó Breuil (i877-1961)
Íam no processo oe
ì 187 L). com os seus
mde ìocâìizou e esca-
íatrÌe- onde enconlÌoLr
ho. juntamente com o
ÉÌeoÌíiico (TabeÌâ ll'
quências cultulals oo
r PaìeoÌítico não Ìepre
Esm Pedodizãção as
râm mâÍcadas Pela PÍe
r l). À Periodização de
r por ChÌiÍY en 1864'
ao âctÌìal. âinda que se'
{ado de Oanlel l98l:6aJ
ttÉ E ;:-:itr de Cabriel dc MoÍÌl let. oÍerecjdo por ele mesmo a losé Lcìte
EFoc^ IDÀDE
Massèt Mrssxt
Bise/Savigné Rena
L gerie Bâsse,
tn Mìdeleine
' r ' rlle/Sxinr-A Lh( uì Elcfante e rinoceronte
Le Mouíier
, caemr. e Eiefsnte
MaNUÁr DE ARellol-ocrA PRÉ-HÌsróRÌcÁ
O trabalho ds MoÌ1iÌlet evoluiu ao Ìongo do seu percurso, estando mar
câdo por vários momentos, destacando-se os úabâlhos de 1872 (TabeÌa 3).
de 1885 (TabeÌa 4) e de 1897 (TabeÌa 5). No entânto, os aspectos principais
do resultado do seu trabaÌho é a transformação das "Idades" de LaÍter em
"Epocas". passando rcspectivâmente as Idade do Hipopótâmo e do Urso
das calemas e do EÌefante às Épocâs Chellense e Moutierense. A Idade da
Rena foi dividida em duas fases, designadâs Solutrense e Màgdalenense.
De Mortillet, seguindo o grande debale do "Homem Terciário", arribuiu
também duâs épocas paÌa essa iâse, e no seu trabâlho de 1897. estrutÌrou
loda uma sequência dos tempos proto-históricos e histúicos.
Segundo Trigger (1989198), os trabalhos de Larrer e de MoÍillet forâm
exemplaÌes, umâ vez que o seu objectjvo principaÌ era o de esiâbelecer â
ântiguidade do Homem. Na prática, era necessário reconhecer todos os in-
dícios da presença humânâ até a üm momenlo tão ântjgo quanlo possível,
demonstrando a pÌesença de cuÌturas cada vez mais pnmitivas. As sequên-
cjas que LaÍtet e de MortiÌÌet estabelecerâm para a PÉ História humana,
com base em geoÌogia. estratigÌafi a e paleontologia servÍam efÌcienremenre
esse proposrto.
Na sua perspectiva evoÌucìonária, aqueles pré-historjâdoÌes acabaram
por se interessar âpenas por questões cfonológicas em detdmento dos as-
pectos da dinâmica e diversidade culturaÌ. Nas muitas escavações que elec
tuaràm. pouca ou nenhuma alenqão deram a âspectos relevantes paÌa o es-
tudo da organjzação do espaço ou de questões económicas. Mesmo a
estÌàtigrâfiâ só erâ registada desde que reveÌasse informâção cronoÌógica,
pelo que a unidade estratigráfica nuncâ era mâis detalhada do que â camada
geoÌógica. Tâmbém neste contexto, muitos aÍÌefêclos arqueológicos não eram
Ìecuperados ou mantjdos porque não constituíam diagnósticos do peíodo
de ocupação. Em süma, os aÍefâctos só eram utilizados desde que fossem
úteis para a atribuição cronológica e, poÍânto. evoÌutiva dos sítios arqueo
Ìógicos, úo havendo a prcocupação do seu v,ìÌoÌ e signjficado cuÌruraÌ.
Durante esta fase da histórìa da arqueoÌogia houve âjndâ unl ourro fac-
tor bastante impoÍânte na hjstória da ìrqueologjâ pré históiica: a questão
do chamado Homenì TeÌciário. Em 1863, numa cascaÌheira de idade
pljocénicâ em SaìntPres!. peÌto de Chartres, J. Desnoyers encontrou ossos
fósseis com incjsões. Desnoyen a1ìrmou que essâs incisões rinlìam sido
fejtâs por mão humana. No eútanto, como não tjnham sido encontrados em
associação com quaÌquer indústria Ìítica, â comunidâde científicâ refutou
de imediato esses achâdos como sendo de origem humana.
De I867 a 1878, nos vários congÌessos de Arqueologiâ e Ernologia (Pa
ris, 1867; Bruxelas 1872; BrÌdapeste 1876) foràm mosrrâdâs váias peçàs
em sílex, tidas como aÍteíàctos de idade miocénica e pÌiocénìca (DaÌiel,
1976:98). Destes câsos, deve-se aqui relembrar que um dos exemplos con-
t=i: ãO
ÈÍilo:
-E.
-{Fl!fll
-ì--,GãFlrlrFÈ
,È!tu!
rf
sh
F
tÊÍ d
hÉ
Èrr
ff
..Ìnr Inri autêltico foì o de C.fìos Ribeiro e nìatefiai pÌoÌenlenG dr
.ìr (Ìa.
':- iJo ao conlcxto dos .tchidos e ro scu possíìeÌ signific.rdo. ibi cons
r !nìâ corÌìissão de âÌráÌise das peças. quc nunca conseguru concord
- :JÌlenlc sobfe a âutenticidadc do mâlerâÌ. De NÍorlillct e CaIlaìlhâc
: !l Ì ) ef.rnì os delcnsoÍcs nìais acórÌiÌnos da cxistêncie do hoÌrìem
-: . Ìììrls c.Ììo serir de espcÌar no contcxto cültr.Ìrrl da éPoca fecol
-' .:: palaïrN dc DisraeÌi sobìt D 1n' c â.irrcrlula clo Ìncsmo de
- .:lrÌf! 7) muilos cìentisias não acrediiavaÌÌì enì t.rl concepçlo.
l,rÌ1iìlct. mìÌÌÌa ì(igicâ implacálcì dentfo d.L! lcorils evolucronáfias
' Jre se rcllcctiruì laÌÌbóm nâ sur ÌrcÌio.lizaçÌo. inìpunlrn â preseÌr
.:.: rorneÌÌl leÌciário, ou Atúhr?popìth.rk!. alìnÌando qltc terlâ dc
' rìr e. ursor pâú o ho rneÌÌr Èncontrado cìn Ne.rdcÍthaÌ E tâl conÌo
_ ::.h.llerr ililèËrlc do honÌenì actual ÌanbJlìl esse Aníhtopqith?t:Ìts
: .-_ Lliferentc do lìomcnì de Neuderthal e anìdâ mdis difefentc de
:ì::.mì Ìinh.r de fâcioctuio. de Àloíiìlet rfirrìava que os utensÍÌìos
: rnlfiÌrrÌn no Paleolítico Inferior' oLÌ klade do HipoI(itânÌo. li
:: ::: .Ìn1 pÌccufsoÍ nìÌìs sinìpÌes c arcâico. PâÍ:r cuÌninâf e dc lointì
.:,Ièlic.r. conì base nos dors ìrrìncípios Ìógicos aÌrlcÍìofes (o do
..rÌ que nào lbta riffla encontrudo c o da coDcepção eloluúïa
: - : .r: rÌì pedfa) dc lV oÌlillel coÌc1uía que os achados eÍ:Ìm au lênlr
: . ,')l6r9c)). pcÍtcnccndo ao novo Pefíodo EoìíÌico.
A E1FrìGËNcIn DÂ ARQLÌEoLocla
':-'i le rih.resl)aNin pub ..dà Ìrnì lonrà em l87r
:r-_:irtn..strrrdo Inar-
.:: lSll (Tabelâ 3).
i :i!,:rÌos pfirìciplis
::,1:. de Larlet cÌÌÌ
..::.iltìo È do Urso
:::.-:rì!. À Ìdrde üì
:.-:: Íagdulcnense
-: T.lirÍid. ttÌibuiu
:r js9r- cstr!ìtrÚou
: ::: lLìrtiller for Ì
:.. r ir NtabeïcceÍ a
-: ::ri.ef !(Jdos os ir1
-- r:-ì,r !luànÌo possíf el.
:.:ìÌLÌrx As sequôn-
l.: HiÍóna hxnìana.
:-. ::rrÌr.lL!iÈnlcn1cnlc
:::.ìfir!ìoÍes âc|Ìbüam
:- .irÌfirìeÌì(o dos âs_
:: ::.rruões !}ìe efcc-
: .:l:enrcs pnra o e5
:::.,i:nicrs. NÍcsmo a
.:. -r.rçlo cfonológrca.
:i.1.' do qLìe !Ì cnnÌror
' ::jr;.ìógicosnao eranì
:::s'r...ti.os do penooo
.:: r. úcide que tosseìrì
.r:r.J do ÍÌos ârq!Ìeo
: .::riÌì.üdo cnlt!ÌÍal.
:-:: lrnda rnì ourìo 1âc-
r:: rrÌlnifrcr: Il qlÌeslão
:: r:t:!rlhcìfr de id!Ìde
::a,r'. af encontfou ossos
-:: iÌr;rròêr tiihrm srdtì
_i:: illo enconlr'mlos cm
.. ri:aL' cicnÌílìcâ relìror
-jrr,gia e Ernologiã (P1'
:: -rfrdxs váfiâs peçr*
::j- r Plì0cénjca (DÀnLer'
:: rnr d|r excnÌplos con
MaNaraL DE AReL,'EoLoch Pú-HIsróHcA
No seguimento desta Ìógicâ, de Mofiillet criou três espécies de
Aníhropapithecu s, desj.eiados A. Bouryeoísii. A. Ramesií e A. Ríbeìtoii, com
base no nome de trés dos descobÌìdores píncipais, Bourgeois, Rames e
Ribeiro, e representando os produtoÌes dos eóÌìtos provenientes, respectiv:ì
mente, de Thenay e de Aurillac em Fraìlçâ, e da Ota em PoÍugaÌ.
Do ponto de vistâ da hisrória da aÌqüeologia. não é a concepção de um
homem terciário qlÌe é importante. É, sim, o facto de se tercm alesenvolvido
feffaÌÌÌentas pâÌâ testaÌ taÌ Ìeoria: de Mortillet e outros investigadores que se
debruçaranì sobre o pÌobÌena desenvoÌveram um conjunto de crìtérios que
pudesse ser utiÌizado paÌa distinguiÌ a iiagmentâção natural do taÌhe iDten
cionâÌ em pedrâ. Segxindo esta direcção foram fèitos testes e compaÌações,
utilizando lrrbâlho expeÍjmental, dos quais se podem destâcar o de S.H.
warÌen (1905) sobre as esrriâs de fÌâgmentos de síÌer paíidos por pressão
mecânica, o de Marceìin BouÌe (1905) sobre um conjunto de fragmentos de
síÌex rctiÌâdos de uma betonejÌa, e o de A.S. Bâmes (1939) sobrc aspectos
quantitativos do ângulo de percussão em Ìascas de origem antrópica e de
origem natural (Grayson, 1986t Trigger 1981:98).
Devido a este tipo de estudos, deu se um gÌande avanço no conheci-
mento do trabalho da pedra talhada e, coÌno consequência, síúos que se
tinìaú como aÌqueológicos e Íepresentâlivos da antiguidade humâna pude
ram ser refutâdos de l'onna corÌcÌrÌsiva. Mas é este tipo de ânálise críticâ
que, claramente, foi desenvoÌvida apenas muìto mais taÍde, no contexto
teórico da chamâdâ arqueologia processuàl e da MiddÌe Range Theorj
(Grayson, 1986). E taÌ como a seriação e tipologiê de Thomsen, as técnicas
de MofiÌÌet sobre a autenticidade dos aÌlefactos fazem paÌ1e excÌusivamente
do mundo da drqueologia e foram concebidas especificamente por aÌqueó-
Ìogos paÌa a a-queoÌogiâ.
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica
Bicho. manual de arqueologia pré histórica

Contenu connexe

Plus de Mauro Sousa

Animação no ensino fundamental
Animação no ensino fundamentalAnimação no ensino fundamental
Animação no ensino fundamentalMauro Sousa
 
Strong dicionário bíblico
Strong   dicionário bíblicoStrong   dicionário bíblico
Strong dicionário bíblicoMauro Sousa
 
A criança descobrindo interpretando e agindo sobre o mundo
A criança descobrindo interpretando e agindo sobre o mundoA criança descobrindo interpretando e agindo sobre o mundo
A criança descobrindo interpretando e agindo sobre o mundoMauro Sousa
 
A companhia de jesus e a inquisição
A companhia de jesus e a inquisiçãoA companhia de jesus e a inquisição
A companhia de jesus e a inquisiçãoMauro Sousa
 
7334880 historia-do-brasil-por-frei-vicente-do-salvador-1627
7334880 historia-do-brasil-por-frei-vicente-do-salvador-16277334880 historia-do-brasil-por-frei-vicente-do-salvador-1627
7334880 historia-do-brasil-por-frei-vicente-do-salvador-1627Mauro Sousa
 
02 erika - arqueologia em perspectiva
02 erika - arqueologia em perspectiva02 erika - arqueologia em perspectiva
02 erika - arqueologia em perspectivaMauro Sousa
 
001. tese de carlos costa
001. tese de carlos costa001. tese de carlos costa
001. tese de carlos costaMauro Sousa
 
As ofcinas de carne seca do ceará +
As ofcinas de carne seca do ceará +As ofcinas de carne seca do ceará +
As ofcinas de carne seca do ceará +Mauro Sousa
 
A identidade cultural na pós modernidade
A identidade cultural na pós modernidadeA identidade cultural na pós modernidade
A identidade cultural na pós modernidadeMauro Sousa
 
Antropologia e etica
Antropologia e eticaAntropologia e etica
Antropologia e eticaMauro Sousa
 
7344190 etnologia-dos-indios-misturados-joao-pacheco-revista-mana
7344190 etnologia-dos-indios-misturados-joao-pacheco-revista-mana7344190 etnologia-dos-indios-misturados-joao-pacheco-revista-mana
7344190 etnologia-dos-indios-misturados-joao-pacheco-revista-manaMauro Sousa
 
7334886 jean-de-lery
7334886 jean-de-lery7334886 jean-de-lery
7334886 jean-de-leryMauro Sousa
 
(Ebook esp - antropologia) geertz, clifford - desde el punto de vista del n...
(Ebook   esp - antropologia) geertz, clifford - desde el punto de vista del n...(Ebook   esp - antropologia) geertz, clifford - desde el punto de vista del n...
(Ebook esp - antropologia) geertz, clifford - desde el punto de vista del n...Mauro Sousa
 
Apostila de-arte-ensino-mc3a9dio-1c2aa-sc3a9rie
Apostila de-arte-ensino-mc3a9dio-1c2aa-sc3a9rieApostila de-arte-ensino-mc3a9dio-1c2aa-sc3a9rie
Apostila de-arte-ensino-mc3a9dio-1c2aa-sc3a9rieMauro Sousa
 
1 introdução à sucessão testamentária (1)
1   introdução à sucessão testamentária (1)1   introdução à sucessão testamentária (1)
1 introdução à sucessão testamentária (1)Mauro Sousa
 
Legislacao sobre ensino juridico
Legislacao sobre ensino juridicoLegislacao sobre ensino juridico
Legislacao sobre ensino juridicoMauro Sousa
 
Apostila bruno klippel gratuita questões comentadas
Apostila bruno klippel gratuita   questões comentadasApostila bruno klippel gratuita   questões comentadas
Apostila bruno klippel gratuita questões comentadasMauro Sousa
 
Sociedade anônima
Sociedade anônimaSociedade anônima
Sociedade anônimaMauro Sousa
 

Plus de Mauro Sousa (20)

Animação no ensino fundamental
Animação no ensino fundamentalAnimação no ensino fundamental
Animação no ensino fundamental
 
Strong dicionário bíblico
Strong   dicionário bíblicoStrong   dicionário bíblico
Strong dicionário bíblico
 
A criança descobrindo interpretando e agindo sobre o mundo
A criança descobrindo interpretando e agindo sobre o mundoA criança descobrindo interpretando e agindo sobre o mundo
A criança descobrindo interpretando e agindo sobre o mundo
 
A companhia de jesus e a inquisição
A companhia de jesus e a inquisiçãoA companhia de jesus e a inquisição
A companhia de jesus e a inquisição
 
7334880 historia-do-brasil-por-frei-vicente-do-salvador-1627
7334880 historia-do-brasil-por-frei-vicente-do-salvador-16277334880 historia-do-brasil-por-frei-vicente-do-salvador-1627
7334880 historia-do-brasil-por-frei-vicente-do-salvador-1627
 
02 erika - arqueologia em perspectiva
02 erika - arqueologia em perspectiva02 erika - arqueologia em perspectiva
02 erika - arqueologia em perspectiva
 
01 funari
01 funari01 funari
01 funari
 
001. tese de carlos costa
001. tese de carlos costa001. tese de carlos costa
001. tese de carlos costa
 
As ofcinas de carne seca do ceará +
As ofcinas de carne seca do ceará +As ofcinas de carne seca do ceará +
As ofcinas de carne seca do ceará +
 
A identidade cultural na pós modernidade
A identidade cultural na pós modernidadeA identidade cultural na pós modernidade
A identidade cultural na pós modernidade
 
Antropologia e etica
Antropologia e eticaAntropologia e etica
Antropologia e etica
 
7344190 etnologia-dos-indios-misturados-joao-pacheco-revista-mana
7344190 etnologia-dos-indios-misturados-joao-pacheco-revista-mana7344190 etnologia-dos-indios-misturados-joao-pacheco-revista-mana
7344190 etnologia-dos-indios-misturados-joao-pacheco-revista-mana
 
7334886 jean-de-lery
7334886 jean-de-lery7334886 jean-de-lery
7334886 jean-de-lery
 
(Ebook esp - antropologia) geertz, clifford - desde el punto de vista del n...
(Ebook   esp - antropologia) geertz, clifford - desde el punto de vista del n...(Ebook   esp - antropologia) geertz, clifford - desde el punto de vista del n...
(Ebook esp - antropologia) geertz, clifford - desde el punto de vista del n...
 
Apostila de-arte-ensino-mc3a9dio-1c2aa-sc3a9rie
Apostila de-arte-ensino-mc3a9dio-1c2aa-sc3a9rieApostila de-arte-ensino-mc3a9dio-1c2aa-sc3a9rie
Apostila de-arte-ensino-mc3a9dio-1c2aa-sc3a9rie
 
Charles chaplin
Charles chaplinCharles chaplin
Charles chaplin
 
1 introdução à sucessão testamentária (1)
1   introdução à sucessão testamentária (1)1   introdução à sucessão testamentária (1)
1 introdução à sucessão testamentária (1)
 
Legislacao sobre ensino juridico
Legislacao sobre ensino juridicoLegislacao sobre ensino juridico
Legislacao sobre ensino juridico
 
Apostila bruno klippel gratuita questões comentadas
Apostila bruno klippel gratuita   questões comentadasApostila bruno klippel gratuita   questões comentadas
Apostila bruno klippel gratuita questões comentadas
 
Sociedade anônima
Sociedade anônimaSociedade anônima
Sociedade anônima
 

Bicho. manual de arqueologia pré histórica

  • 1.
  • 2. * L Comp'ldio de Sociologíd, Lucia Demartis 2. Elementos de Antropologia Sociele Cultulal Jean-Paul Colleyn 3. Hístória das ldeìag Políticas. Da AútiguÌdade ao Fim do Século XVII, Dmitri Georges Lavroff 4. Manual de Arqueologia Pré-Históríca, Nrúo Feneira Bicho MAÌ DEI PRE.
  • 3. TituÌÒl ManüaÌ.1. Aryueotolia pré-Histótie O Nuno Feneüa Bjcho e Edições ?0, Ldâ MAF DEI PRÉ Capa: F'B.A DcpósiÌo Legal n, 2:172t7l06 Ìnp.c$âo, pagjnâção e aclbânìentol MN!0L A. p^.Ec. Para EtrIçÕES 70. LDA Ser,eììbro de 2006 ISEN (10): 972 44 1315.1 rsBN (13): 978 972 4_1-1345 7 Díeìlos resenados paÌa todos os laíses de lingua p.nueuesa poÌ Ediçôes 70 EDIÇOES 70, L.jâ Ruâ Llciano Cordetro, 123 _ Ì. Esq, Ì069 ij? LhbÒâ/por1lgâl TeÌefs : 2l:1190240 Faxr 2t3190249 e mart: gcrd@edi.oes7o.pt f.r1 ts.. ". . o o " d. t.-. (.. j io i. cr rcpi. o /,o. r)ír r.r ,o D, frei. L.o.i.. -orôrJ o Vualqtrer úansgr€$ão à leidos DircìLos de ^utor seúpassível de prccedin. nto judic i!l ui![o H Èr*i.io do I
  • 4. l----'/ï"< çxt<* NUNO FERREIRA BICHO MANUAL ÌjÈ I'nQuDoLoGIA pnn,-Htstorucn Prefácio do Professor Vítor Oliveira Jorge úo
  • 5. Agradecìmentos Um conjünto de coÌegas e ãmigos aiudou lnc. eln vários molÌentos da elaìroração deste trabaÌho, no que Ìespeìta a aspectos texiuais. de relisão e de especialidade científica. Por essiì riìzlo. gostaria de âgradecer a Anlónio Faustìno Ca]vaÌho. Dclminda Moutã, José PauÌo Pjúcjro e L ís Raposo. O rabaÌho Ìongo e difíciÌ da primeira revisão foi feìlo poÍCidília Bicho, corìì qxenÌ paÍiÌho tambénÌ a nÌinha vidâ. Costariâ de agradecer a Pedrc BemaÍdo dâs Edições 70. que fez o trâbaÌho, ceÍal1lenlc doloroso. de revisão do texto fÌnaÌ. A oporrunidade de desenvolveÍ o trâbalho de investigação Íbí mc tãcuì tada por uma Ìicença sãbátìca concedìda peÌa Unjvcrsidâde do Algarve no âno lectivo de 2002/2003. PaÌte da recoÌhâ e invesligação bibllogÌáficâ foi leìta nos EUA, utiÌizando para o efeito a desÌocação â vários Congressos no AÌizona. com unÌa boÌsa dâ Fundação Luso-AmeÍicana pam o Desenvolvì Ìnento. Duranle esse período tìve a âjuda de Mary Slincr c de John Lindly, â quenì agìadeço a estadìa durante esse período bem como a anìzâde e as Ìongas discussões científÌcas que tcúos tìdo oâ últiÌna década. I
  • 6. Prefácio O que o leitor lcm ra m:Ìo é. c preteìÌde scr. unÌ manurl de aÌqueologÌa pÉ hiÍórica. não um mÀnual de pré históÍia Mdruâis de quÂlquer tìpo tal- Ìânì Ììo país, e. sobre esta teìnátìca. muiio e paÍiculÀÌ. DeÍte Ìogo pois. é dc nos congratulamlos com o seu âparecinento. sendo uìÌaobìa !éììâ, 'ieo- fosrÌ. saída dâ experiôncia de uìÌÌ â!Ì!or aÌÌÌadurecido Assumindo. como iodos fazenìos, o convencionâlismo da pala'fa pré história (que 1Íâ7 erÌ sì impÌícita uma cenÍâção na nossa hislórìa recenlc dc ociderlais), cosrumanros convcncionâlìnenlc designar "pté-lÌislód.1 â(s) síntese(s) que iàzenos. c "arqueoÌogia" o coÌìjunlo de aìÌáÌìlcs que a |aìs !fuleses, ou intcrprettrções dc conjunto. nos conduzen. O carícter discutí- eÌ deÍâ disiinção é óbvio. e teÌn unìa raìr positivislar prinÌeiro an lsar ''dados". pâra depois com essa ììâtérir-prirìa lìbricâr "tcorias Já se vê que na reaÌidade nada sc passa segundo estrs cartesianas dicoloìÌìlas O probÌemr porém enl PortugaÌ está a montanie: é o da óbvia lalta de ìi'fos de qurìlidade sobre dquêologia, seiâ quÂì tor a pe$pecrrva ou o ob jecdvo quc legiliìnaÌncnte adoptenì. Está o leitoÍ perâÌrie Lrnì desses ÍâÍos livrcs. Nâ verdade, o auloÍ Ìefere-se na sua apÌesentâção iniclal a nìanu ris" coììo o de Louis Fredérìc, qxe nem âqueólogo tìi; e de Abel Viarìâ. Igura respeitá,eÌ de pìoÌìeiro n!ìn]â épocà cn que não havia "âÍqueoÌogia .jerìtifica" em Porlugal. E depois disso neste canpo de Ínanutìis pÍálicos . úteis ao que sc quer inìciÂÌ. é quasc o deseúo. . sobrel!Ìdo no que à pré histódâ se fefere. evidentenìente Daí que eÍe li!Ío corÌece â prcencher uÌna lâcunâ. Esiá â]iás muito dctlìalizado cm aspecbs pouco conhecidos do público. 'fenho aconìparüado o peÍcurso de Nuno Bicho, autorquc basrcrmente t forÌìou tros Eslados Unidos. c pude âie.rrguìÍ. naUnivcÌsidade do,{ìg !e SeÌeÌnbrc de 2004). às pÍo!âs de agrcgação a que apÌesentou unìa prlmerfa
  • 7. versão destc Ìlranud. Foi sagaz. apr1,!cìttìndo da ÌÌìcìhor nìâneira nr .ì.ilLì,, uni'cÍli1Íro de passagent traÍã nos dar urì li!Ìr, que lai ser úújl .ìos cíu- danrcs. Essa aiirude é dc ìoulaì ParL alénì do rììÌi! NuÌro Bicho lidcra. ntì UALC. uma eqlÌjpa dinâ mÌfa. que lìrolÌou que. apes.rf dos cnlpreìÌeiros c da destruìção âciçn .r que um 1uÍìsÌno Ìrì.rl pfogrrmâdo coÌrdenou aqueÌa região dc Poúug.rÌ, aiÍda hrj âli nruiro â .slrLd.ìr. rncmo no donìÍrio dtì pfé htróÍin ! asirÌ o Algrne. quc jÍ loi Ìrln dos ptuaísos pii.r:ísticos da Europâ (recor- dâçõcs dc irlância...l. e que, conì Esticio drì Veìga. Lcvc t.rhez ÌÌma das c,rflrìs xrqueológicns" âis anÌiga deÍe contincrtc, volrâ âgom. coÌìr lr liderançâ do aut.n dcíc N1anurÌ. a eÍâÌ Ìro üapâ dr afqucoìogìâ pì.ó - h istóÌìcâ ìroÍt!Ìg ueu e elll.opeìa. TL]do boÌs rìotícitìs. Até âli c concfetizou. grâçÂ! .L cÌe. taÌrìbérÌ eÌn Setenrbro dc 200,1. o ÌV CoÌìgÌcsso de AfqLreolo- gi3 PeriÌrsuìtìr ('). É er,ìdente na forrra dc concepcìo dcstc Ìnanuâl â 1ìnnação estado, unid ense do alrl(Ì . benì coÌÌro a su a espccìtìlizrLção enì Pfé Histófiâ. e. âdcn tÌo desta, baicanente enì Pré Hisrófia AnÌìga . Tlrdo isio sio dcsjgn,rções e baliz.Ì! con!enc ionâìs. mas dc iàcto radLìzenì a .ecessjdade d. conrjspondef à especraÌização da âÌqucologias. de quc muìto público. cnìLìaÌado âìnda enì 'isôes ronìÀìtjcr. neÌn se apercebc. A âÌqlrcologia é hoje urÌìr ïâÍÌ árerì de sâhcÌes. ÌÌìuìÌo poìoe (colÌo to.Ìos os lrldici.ÌìrLis rrrnos" do coÌìheciìncn(o) a ourïas disciptinas seja .ìc ilnìra mulridìscìpììnaÍ. seja interdìscipliÌrar. sejâ ÌÌarìsdiscìpÌinâr. CoÌno por exemplo a rncdicììÌ.r: nào t[irì scntido hoje. unì Ìrânral d. Ìncdicira: quanclo muÌto. cssa iìpÌesentrção geÌuÌ seria objcclo de umâ encicÌoìrédi.ì e para enchcÌ deceÌÌo esrântes iitcirÂs. Ìhrìbón â tlrqueotogi.r precis:Ìfjâ ítc Lrma pÍoÌì1tr|ção cle maÌìu.ìis de tftlo o tipo desde o tnajs -práricoj . llos nìais "tea)ficoq (paìe ftjiterar unra coÌrvencão nìajt. desde o nr.Lis dirigi dos ao gìíndc ìrliblico, ìnclui.do critìnçff c jolens até âos nlai ,oltrìdos pâÍa especjaliÍas. ou cí.dìd.rtos rì trLi. E sobrerudo feiro ,Ì paÍìr de expeÍi êÌrcixs e dc pcÍìrecti!tìs muito djef!ificadas: poÍque é esse esrno pÌuÍalisrì1o que enriqLrece o campo". pernrite o dcbale. estabelecc rcns!ìo cons(rutiva. problenr:Ìri7ân!c. A ciênciâ ó o contìÍro do dogn ouda Ìloxa poÍ muilo iÌìvesridos de rpaÍato tccnoìógico ou de irÌrgào" espccì.rlizldo conr quc aparecam: aciên cia J o coÌì,i!jo pr.ìzenteìro corì â dú!ida. com a ìnccÍtez!. conl apfecaÍidâdc l,1ÀNLìL DE AReuEoi ocÌ PRÉ-Hrst(jRlc, i ) ItrìNÌ i. ir Lunì;iì I fulì .âqà! dls x.ras ne um nntoÌÌrnre en.onüo oÌglDi lfo.D Lx!.s crì l')r(r ie .ml. .{ncÌnnì RenlÌcr: u niìÌLt. e ou!..( ) DeL pÍn " T.rc(x CìrDl.. oLl. frh.iÈrkJ.ccdne roÌ. r.(.hLJ(. c.ÌìJa ÌÈnÌóu F.dcÌiâre.inì home. (1os llossos conhrlrl ::: ociâI, coÌccti!.,. . r:. r iÌìteÌïjÍ. Até o tll. O boln eÍüdrri: : cniido de tonìlf i:ì- : lquele quc ììão só tr- ela.OpÍo1cs0ré:,r.. cì.rdo â sâu d|) neoi:: prssos. Içto é: !o f.|l: que irìpljcr jí umã.,:. sabcr. qLrer dizer. d. u : 'àÌ de um lbíì.]dlÌ A âfqueolosìlì. i::- n ito Ìi8ada àhiÍón...: ìÌxlependência IÍo : :nÍaf nâ rede dc r;ì..- tLìe se aÌlmcnta. à. i ., hisÌóÌi,r. como su.r r: .eÍ x necessidâdc de .,: r plic itolr .luÌì.rÌì Th.Ì::. 100,+) urn produto d.: :ì: :fofissi(lnaì, nesÌe !i:.. :rll últinìiì aì1Ílìse. fì.. ::nÌe oaqrele â qrc ri:: Por outm hdo. ..- flì? P(tícpti,Ì tt .;. :cercnLes comf l.nrs::: ,ro âfloÌ,ì no seu ctrÌ.::l .: âbc, pfocLrfado ...:l:: : . posìçào. mesm(' J : ::ìcontìari Porque r: : .:nì]rrj pensei qu,r - .-- .-pcciaÌidade (por ni::. .:nre no espaço pÌÌôt::: Nós lemos t!dl,.. . :r "diuÌgüç:Lo . crìn: .i:re oe coÌnerclanta- : :rrtas pessoas d.r Ìj..- . : tiÌ ar a uura dc Ìr!.r- -, .,rÌqrlexìdnde e Ì i
  • 8. irr di ì ììr.iça a Pr ugaÌ. . E 3inì :.:ir.nâdo- ri.ìJ,) aind.Ì Fhna. ejâ iinrÍ Coìro !.1!Édia. e ì1rài diÌigi údr eperi ilos nossos conhecirÌentos. e â accìÌação de que eles são serìpre umprodúo iociâ1, colecdvo. o resultâdo de um processo onde eslamos to.los chaÌnâdos .r nllcÌr'ir. Aló o pírblico leitor coÌn ffi s as ìnterÌogâções âos cspccìâlisrâs. O boÌÌÌ estudaìrG é aqucìc que âctìvâmente quesiiona o prolèssor no ientido de tornar seu, refolmuÌando. o conheciÌnento: e o borÌ professol aquele que não só pernìi1e essâ abeÌtuìa. como a esiimula. e aprende conì .lâ. O protìssoÍ é apenas un estudanie Ìnâìs velho. q c podc aj daÌ o ini üiirdo:rsa do nevocììo cm que este se cncontì. imcno, ao dar os p lncììo! prÌssos. Isto é: ao tuê Ìo passaf do regìme da confusão, para o d.r dú'ida. que jmplìcâjá Lrnra esnrturação, por muito emÌrfion'1ria que seja, de .rlsunì jrber. qüer dizer. dc !ìm abeÍ fazer, incorporâdo. EsÌa a rnìssio fundaÌnen- Ìel de um fomador. A ârqueologia, tradicionaÌmcntc sediada üas FacuÌdades dc Ì-c!râs. e ruuito Ìigadè à lrisÌóriâ. teÌnvindo pouco apouco a gtLnh "caÍadeaÌlbda'. indepeÌìdênci . lslo ó. a Ìnaüridade 0nesnìo insÌilucional) que Lhe pennilÈ :nÌrâr na rede de rcÌaçõe inlcÍdìscìpìinaÌcs. hoÌìzoììtais. dc q e o sâbel hole se alimenta. Não Ìrá ciências prÌrcipais e outr.rs auxiÌìares, nenì de!ia .onlinuaÌ nos concuÍsos pronìovidos pela FCT a arqueologiâ "rgânâdr" r hjstó a. como suapÌótcsc ou apêndicc. Há dócadas que pÍocufaúo! lìzcr rer a necessidade de supeÍaf essc ârcaílmo. A aìqueologìa é. conìo tào bcìÌ :plìcitou Julian Thomas (Archãeolos ond Moàer],,1-1, LoÌrdon,Routledse. lüll) uÌn pÍoduro dâ nodernidade. tanto coino sâber q anro como prárica :rofissìonal. nesle aspcclo ìÌÌevogâvelnìenlc voltadrl p|Ìra o pelììnìónio e. :nl últnna ânÍlise. pdra o tudÌno. Para uÌn Dovo Ìipo de turisÌno, bem dilè ::nÌe daquele a que tradicionalÌnerte ligálamos o Aìgan'e... Por outro lado, se unirmos as rcflexões de Thonras às dc Tim Iì1goìd The Perceptiol 4 the Et1,irônkÌent. London. Rou!ìcdge. 2000) leÍenìo :i.elertes corììplcÌncnlos c contraponlos das probÌenìátictLs qLre NuÌìo Br' :i! aflora ro seu capítuÌo 15. sobì! a "ìnterpfetacão". També lenho, corÌro ,: rabe. procLìrado fefletir sobn isso, mas este não ó o ÌugÂÌ aìIopriado pala : .posjção. nesìno quc sucinta. dâs ffinhas ideìas. que o leitof faciÌnenle ::r.ontr aÌ. Pofque, tâl conìo eÌc, ou colno Jorge de Alarcão (enire outrosl, ìíprc pelìsei que r arqxeologia não pode ficar confinadâ às revisras de :.lecialìdadc lpor Ìnais prestìgiadas que sejrnr) e q e te de ter voz pfe- ::Ìre no esptLço púìrÌico. a!Ìa!ós de edìtoìe quc, coúro cstc. llìc sir',âm de ó5 rcnros lodos. pof falta de leÌnpo e ÌÌÌeios. descurado ulì âÌnbito o ,-r "divÌrlgação . como danrès se diziâ q e foi aproleitado por toda unìa -ì. de coÌÌlerciantes dos ,?7r,./iíÌ. E esqucccrÌos quc a ÂrqucoÌogia iascrn:Ì jiras pessoas dâs nÌais difereD|e! ibrÌnaçõe-( e cÌasses etárias. r quen, selÌ r: iiraÌ a âuÍa de fâscínio, tenÌos de tambén mostÌnra lìce da ì.,estigâçio. : ioÌnplexidâde e rìgoÍ dos nìérodos.
  • 9. , t al NIAu,L DF ARQL l.oloclA PRÉ Èl$r(Ínc^ rlguénì já se apefcebeu, en!Ìc tantos dos nosso colegas. rle quc o ar queólogo é dos iÌÌvcstigadoÌ€s que, durrÌìte nâis ieÌÌÌpo. se dcbruça sobre urn ìocaì Ì Coisa que suçreende até inrcstigadorcs de ciêncìas aiins que e regÍa trabalhan |Ì outra escaln. como a geologià ou ll geogÍafÌ'r' Que elc' arlLreólogo. é dos que rnais e meÌlroÍ coìÌiugâ duas coislls quê â nossahistó ria dc ocidentâis sepaÍou. aìÌratérirre a mente. o manual c o intelccÌual? Não se tfiìia Énto dc os coÌìlpLementrr. ÌÌÌa de os loìtâÍ a llLndrÍ num processo dc codìecimenlo que crigiria. a ptu de no'âs lécnicas' a ÌecupeÍâção dc rìluitos sabcíes eììpíricos e erpeÌièncias vi'ìdas quc se 'ão pefdendo (é sobÌc isso lodâ a rcflexão fenonenológica dc lngoÌd. um Copérnico das ciêncì.ìs do nosso teÌnpo, se ìe é penni!ìdo o anâcrórico cxâgerc!) De Ìnodo quc a arqueoÌogl se pÍâÌicad! com rigoÍ. e Ììão segundo rnrrirS! que lhe são iÌnpostos. e mostranì poÌ eÌa pouco t€lpeito respeito pclo qu!Ìl tenìos senpre de contiÌruaÍ â lutâr' é 'lNs Áeas najs fonÌâdora! to cìjaaao. ate ra ocupação de Ìenìpo! lìvfes dc volurtáÌìos, quchoiepode- mos cncoÌrtÌff. PoÌque conjug.Ì o esforço físico. tã(r do agÌâdo dos lovens' com unì obiectivo dc pfodÌÌçaÌo de conhecimento sobÍe unìêÌealìdade todos os .lias cnr erlinção. pelo nìenos ro q e diz Ícspeito à pÍé-histófra: a ÍeaLÌ dade da aÍqueologiâ. c|Ìdr vc7 nrris confinâ.1â âos terrenos femanescenles .1.. J 5rni,rçJo e L. r'rJl rrr'r' .n o "^den' '.. Sc â arqueololia é uÌnâ urgêÌrcid, este Ìnenual é üìÌr necêssidâde Por lsso os neus votos sri podeÌÌì ser os de êaito. a ÌaÌor da nossa disciplìrì'I M. ..,.rt.cn..rn" I r.cr:.Ii,e .(lo.r.^eÌ|l,r.e e"u "rÌu ine-.' Conìpreìì (não lbtocopìent e Ìeìanì lirc! de arqueóìogos poÍugueses coÌÌìo este, tàoÍarosnas lììraíâs 1 Assim est ão a pÍon1oler anossac liua (permiliìrdo iÌrclusilrrmcnle quc $4aÌn novoc edin)rcs e novos llvros) e â mÈ1hor.r|.Ì qurÌidâde do nosso espaço pÌiblico. Porto, Jurho de 2006 VitaR 0urLtRA JaRCE ProfesÍì ,:lo DepâÌ1arìenÌo de CiêÌìcias e Técìicâs do Palinìóntu da Fac!Ìl dÂde de Letms da UnicÌsid!Ìdc do Porio Ãt Osmanuars de ::i . r.íticos da discipt:. -.ónicos. Podem i: :-l lÌ?.tic?r de R:1- r. Thomas (1979,. .: :: B keÍ (1993 l', .- Ìdeolo$ de Frg: r e que foraÌn tr.: : 1 raÍanìenÌe. P-_: . :, do nosso pú! rri -:::r no seu esludrì i: :- sula Pelo re(t€:': Portugal. ao ;-: :idêncra dÈ ur . :-' :.ìrz. que rer!rt= ::. que esties:: :: .:ri.ìs portusur.-. ìntrâr-se o !ì -: :..1o espanÌìd.r. F : roÌtugues Í)0.: . . ,lr3l,. de L.::,: : ,-: i nossa 1íngir:: -: ::tìecerra p!r: - i::n unìfeÍsrÌ!-: ' ì J!ìn mulÌaì a:.: ji. Lr tfrìbalh: : ll
  • 10. t ;:ngrafia. Que ele. : ,ì 1Ì]rc]ectuaÌÌNão . : r.cuperação de .: ìo perdendo (é ::.-, C(rpómico da .i riÌória: rr reali Apresentação do Manual Os mânuaisde arqueoÌogiaque incidem sobre os âspcctos nìctodológicos c pÌ átlcos dâdisciplìnâ são basrante comuns, prìrcipnìnìcnlc nos paíscs Ânglo saxónicos. Podem dcÍâcâr-se obÍas conìo A/.ld.dlorj. Theories, Meíhods d,ld P,?c/icds de RenlÌew e B ahn ( l99l ), .lá coÌrì !áriâs edìções; lrr,{d.orr,q_r . de Thomas ( Ì979), conÌ 3 edições; IL./i",qes ! .y'Á r, haeo losical ExtLr'rirrr deBârker(1993 3" edjção);ou ajndal,r /àe Begìnnìtry:A Intndrctìon Ít) 1,rid?.)lo8Ì dc FagÂn (199:1). Entrc os nanuais de língua ìnglesa. rlguns houve que forarì traduzido!. de lnelhor ou pior lbmÌìâ. paÍa o cisÌelhâ.o c. mais rafaÌnente. para cataÌão. Assim, os alunos unlvcrsìtÍios de ÂÌqueoÌo Jia do nosso pâís vizinho têrÌ nìânuais actuais e recentes por onde se rege- reJÌì no scu cstrìdo qre. com ccÍleza. corÌplementará a maÌiÍia leccionada :n1 auÌa peÌo respectivo docente. Portugal, ao contrário de Espanha e dc oulros países. pecâla pela :;rexìstêllcia de um voìuÌìc nâ sua Ìíngua. fbsse eÌe tìaduzido ou poÌÌugués :e faiz, que veìsasse sobre aspectos metodoÌógicos e práricos da arqueolo- :ìâ e queestjresse aclxàlizado na sLìa veÍtente cìentífica. Nâ mâjorpâÌte das :: rarias poÍugucsas especìalizadas cÌn livÍos cicn!í1ì co! ou ecadóÌìicos pode ::r.onÌÌar-se o oÌume dc Renlìew e Bahr. quer em ingÌês. qucÌ na sua .:rsão espanhola. Pode, aindâ. lìas Ìnais rnÌarÌente, encontrâr-se uma obü .Í porluguês sobÍe o assunto com a designaçâo de Munud Pflitico de Ar ir.o/dgid. de Lolìis FÌedéric. pubÌìcada no odginaÌ em 1967 e iÌaduzida r.I! a nossa Ìíngua pela Alnìcdim elÌ 1980. Em PoÍugai. terá sido o livro :: .abeceìra pdÌa Ìnuitos jolens arqueólogos no scu pcúodo dc âprcndi :_.Ìn Lìniversilána. Por Ìazões históÍicâs, a obÍa mais inleressaÌìte em línguâ poÍuguesa. -! com muito nenos impâcto na forÌrìâção dos ârqueólogos portugueses - ,ìue o trabalho de Fìedérìc, é a de Abel Vìrrâ. quc podeÌá talvcz scl Ío. ilnhu Je l00b tl
  • 11. eÌìconürda ÌìuÌn.ìu noutro aÌfanâbila. Esla obra, conr o títrìlo Algir,.Ì! Noções Elenle ÌLtt! tle AryLt?ohgì.t Prãíird d.rra de l96l c lbj plrblicada eÌn edição dc aul|Ì'. ApcsaÌ do desenìoÌviÌnenÌo cìc.tíÍilo da ruqueoÌogia cm PoÍu:al nessa dalrì ser ncnos do quÈ e bÍìorìirio, qurlqLref leitofpode rÍ ver nessa obra o brilhantisnìo dc Abcì 'ìam O selì brllho Ìellecc sc ....,e de rrn. F-iÈ.r e.i . .ìr,enre.rnp:r ..,..t,( t,i,,irc f,<.- nruiras vcTcr cnì âspcctos tão âctuais dn arqlìeologìâ como a trìfonoÌri.r. â lòÍfìação dc !ítìos e. cÌafa, i Mitldle Runge Th?ot'] Na pfática, os alunos de Arqucologia !êerÌ-se obrjgâdor â coÌrsul!,Ìf ÌnmLìri de üqueologia que na uà nì<rioria. são de grandc quâlid.rdc, não l,.,J 'o.,,..rf.r In. ru lreJenree tô. rr |.,r.....,.trr lo. quando existen ceÌìtenas de aluoos de ,rqucologia r.rs unì'eridades poftuguesas, com Ìíias licenciâtrnas dcdicadas à Arqueologi.r, P.ìtrnÌÌónio CultuÌâ1. ou HìstóÌi:Ì, ou aindâ 'leslr.rdos eÌÌÌ ArqLìeologìa. È unieÍsì dâde do,A.lgate ao l,IìrÌho (BìcÌÌo. 1002). Com esia lacuÌra ilnportante na trod ção aÍqucológìcâ po(uguca. p.,r rece sef necessáfio a producào de un nÂnuaÌ que dê LrlÌìr ouÍ:Ì opção :Ìos ahnos de AÌq cologia. cvìtando. se rLssiÌÌr o quìsere . as obr,ls dc relèrên- cìa a.glo saxórìicas. lÌaduzidâs pffa o câsieìlìâno ou n,r sur língLìr orì.sinâ|. O prcsente lolume destina-se à âpÍcsc.laçÌìo dos correú.Ìos dc urÌìr dis cipÌjna que versa r problenìítica melodológictì e consequcnr.nìcntc. a pÍá ricr dâ AÍqucôlogiâ pÌc ììistóì'icr. DeÌe-se, assjnì. cpnr.rr o coÍeúdo da ânálisc, ncstc caso a Pré Hislóri.r no seu senrido maìs restrito - a PÉ-Hìstó ria Antila . que não fâz prìÌÌe do âÌÌbiÌo do trabalho que âquj sc apÌcscnta. dos nétoclos urilizados para â aquisìçào dos dâdos c Ìrara a uÍlise crírica desses dados. que peì1ìjlcm no ser desenlolìlìcDro máxìnìo â consrÌ1rcào d- Ir d.1. .. rco i-. ., b (. rr ..ô F$.,J. l, ,rir rqro. Poìquê a escolhx dâ arqueologìa pré hisrórjca. de ceÌu lbnna 1ão Ììnìi lada e que. sjmultâneânìenle. repÍeenta umâ Ìâo gÌÌÌìde vrriedâde de rópi cos? Ainda que a discìpììnâ dà Arqueoìogia scja ulÌa só. a veÌdxdc ú que estâ não criíc por si só .r ArquÈologja eriste apenâs qua lo uplìcad,r a umdeterÌrìinado problenraque se nlateillizâ nunr re po c num espqo pró- prios. geÍâìÌnentc coÌì belìzâs croÌìológiclls e lìonlcirus geográficas defini dÀs. A deliniçào de teÌÌÌpo e espaço ìmplicrì a especiâÌizaçào hìstórico an tropológica deumafqueólogo. berì como o conheciÌrerìto das metodologiâ própriâs â aplìcâÍ no se tÌabâlìo de ctulÌpo e na análise dos mâtcìiais pcr Lcnccnlc a cssa unidade (le ìlalidade virtuâldo paçsàdo. Será. porexempÌo nìuito difíciÌ a um préìristori.rdor trabâlhâÍ no pcríodo nedie.ìÌ. tr comoâ um afqueólogo nìedieÌalist.Ì lrâbalhar eÌÌ PaìeoÌítico - esrâ,:lificuldade re sìde não só no objccro dc cÍudo. que seri. pon'enrurÂ. lácìÌ de supcÍar arrLì- vés de lci!uÌa!. nas tanìbém nos âspectos etúlológicos a úilizaf nos dois câsos. c que ão. selÌ dúvìdâ. ÌÌì ìto dilèrcntes. Nos exelìtos ecinà referi- 4,Lr.L D! AReLr.oLo(ìrÀ PRÉ HtsróRtca dos. o JàcloÍ d. . . esciìla (los irÌ1eÌ:-: esprço de anÍliic : aaso c no outro é. ::: rfosìdôntìca.E.l: quaoos a caoiì cr!ì.. Dcrido âo ÌÌìÈu: :i^qào dcu sc Ì]o :: ?,rleoÌítìco Supc.r: ÌrÌcÍrâs quc s. ì!Lri r:rclrnlÌânì no .iru. ÌilnÈnros. Dai â :. -oüìo é ev enÌ.. i ìÌìÌiga.já que mur- A0 contráno ,ri .n.ctns Ìcónaai r: . :ìr. os aspe.Ìoj nri ::,.ro dossiÈÍÈrPe:l : :rras aplicadai:: i rÌiürdo uln fÌL- :.JLr rs:1cü l.h.:. ::::ro eÌìr Paìer-j ': l:re o desenr. : :r!g.ÌÌ. Siffulr--:. - - ...i. lenr dir:i. .:. ConÌudrì. r: . : .2 qne o r::. .. .r.!enohiÈ. :, ' r freÌende::: l :: erunir,r i- I 1drìr(ìi..'-: - :.i-r: :,: - l--: ÌÌ. ::
  • 12. :: ' riluÌo A/s!,zr! --l r tbipubìicÂda :1.- , Jx x.queoÌogia .:.r:.Ì.1u.Í leitor pode- :- -rilho reflectc sc i:: peÌ]niÌc pcnar arlr iÌ Ìrìtononla. a ..::l.i ir conrLìltâr -...1: LÌur|dâdc. nã0 - E .'Lrrioo este fac- .:.:ì unireÍsidedcs .::rÌr!i!. P,rlriÌnónio : 's,J. cìn unìlersi- tr.-: pofÌrLguesâ. p<r- :ì.: r|ìlÍ:Loìrçao aos -:i rL,rai dc refeÉD- . i-J líÍsur original. :.:.idfdeu âdis i.r:nÌenìentc. a pÌá :a-:r rr conleúdo dâ :i:'rÌ,ì .1Pfé-HìsÌó- j. iüui Je âpr€scnla. r.J: ;r !níÌise cÌíic.l ::ìnÌr .ì con!Ìução i:i1:: roÍJrìa 1ão liÌÌ]l- = rr.d,rde de rópì :r.rrcrdadeéque :t Lturndo apìicèda â 1r: nunì espâço pÍó . -i.Lrlf íïìcas deÍìni, Ìz:.i() histórico an -:!ì d! l1letodolLìgìas :: d,ìi rìalcri,ris per- : S3r1. por exenìpìo. :n.ìile11Ì. tâì colno a :Ìr dilìcuÌd,rde re- :.iÌd. uperar aÍa- ri tr Lrìli/ nos dois ::.rÌili àciÌna relèfi- . .,o iâctof dc. diÍância eurre os doìs aÌlueorogos sera â conccpçao da :..lrltì (clos aÌrefìúos. das esrÍururâs arqlìcotógicrÌs ou, âìuda do próprjo ,p.rço de anáÌise) c da rnida{le de Ìctnpo. A mctortotogìa que se aplica rìunr ,.ì. c Do ouiÌo é. nuns elenros. radicaÌrìenÌc ditèrenre, eÌìquiÌnroque nou ::n idêntica. É o conhecjmenro.r.iri., dos âspecros Ìnetodoló.qicos âde_ :uiroos a cada c!so. conludo. q c pernìj te unì trâb!Ìho arquÈoÌógico de qual i_ -rd.-. . qLre só pode ser exccuÌado âÌì.a,és da especìaitzaçio doì.que,jìogo. D<..1^ urÉ,Der-u, o,(i1.(,rl....:o.rr e."p,._.,,nh. c.te. .. .J l. r.e1..- hir.,J. P-H. , | .Ìi.:r.nr:r.(.pe. jJ: r.rre.n LrÌeolítìco superor coDsequenleÌneìrie. é apenâs tÌcìr a âpresenrrção de -rrrenas quÈ !e aJuÍeÌn âo cstlìdo do corìurÌto dc problemas príticos qrc se ::ì.onÌlanì no esÌudo de c.rçãdore! recolcctores e pì.ÌrneìÌos pfodutore de -Ìmento. Daí a apres!ìì|.àçãa do Mdnwi rtu Atqucottryìd pri Histríica. .-.rÌro ó evidcnre. o seu uso não se rcsfingirí âír mLurrÌo da pré-Hisróri.r -ìrÌsa. lâ que nÌnras das rÌìehdologìâs âo utiÌjzadas de fonna semeÌhânre_ r'Jtfos conÈxtos e cfonologias aryueológìcas. Ào contrário dos mauuâi! xngÌo_saxónicos. esrc lab,ì]]ro não aborìârí .-ÈcÌos 1eóncos rctacionldos com â interprcltrçio rWueoÌógjcx. Evjdenci,ìrÍ .::r. os lspecros 'n.rodoÌógjcos. seguìÌrdo de ccÍra maneira a ideìa que preri : : .Ìo dossjer espcciat pubÌicêdo na re,ì r.r,41 ,?í.12n em 1995 sobr; cj;ncilL! :rrrÌas âpìicadâs à AÍqueologia. luaìs rccenrcmenÌc (DereDrbÌo de 2003) 1oi : rÌicâdo umÌolume peÌo Instituto portuguôs,:le A.qneologja (Ip^). descre_ :ìrdo as actiidades meÌodoÌógicas dos vá1os eìenentos rÌoCenhode Ì.ves ;:ìo e PaÌeoccoÌogìâ HuÍnana (CIPA). Esre voìune de gfânde qMlidade '::i.!Ìe o desen,olvincnÌo eristenre raÍreada nrctoctoÌogiaìqLreológìca enr ì rugal. SimLììl.rÌìeamerre. à in1òrìnação constante no votroÌe publÌcado peìo :1'eÍá. senì dú!iúì. u nìâ bâse essencìd .le estldo para or arunos ae rrqire,r :rr. Coniudo. nâo o fâz de uÌnâ fonna sìtemarÌcac, raÍamenrc. perlagógica. :r.r ez.ìue o objeclivo pÌ ncipal desse voluìÌe iìj o a. nrnst.u.-as r.ì;iiAn -- Jesen,oÌlidas rcccntemcnte ìrelo CIPA. CoÌ.Ì1o e cvr.]cnre. o pÌ.esente rì.a- : :!r pÍctende uma nìaror aìrfâìì8ência dc assuutos, benì como unì rì.ata cn- :r.ri exâustivo de cada útìco e tarìbin maìs didÍcÌjco. O .'tlírrrd1 comprcende 6 pxÌles dj!ìdìdrs e ,ínos câpítulos. A pâne I , .iÈ írbre a listóÌì.r da Aryueotogì.r. dì,ìdida em dois capírulo!. Conlo é : :.r.ì1Ìe. e dendendo ao ripo de ÍnaÌruaì que ó.,:ledicado princjp.rlmcììte .1 -.-.iÌoq nìetodológjcos, a pfjmeira pârc seÌá apcÌìas urììâ bÌele Ìcsenhd_ . rncu. que crploÌa priÌìcjpallìrente os acontecìme|tos hjst(iúcos que pcf r .orpr(erJê . eôr'r-,..J, dcer.ut,r . , rler,rt.t"0,..,1.i.e ::- no âÍìbìto da aqueoìogia pré hisrórica. ì Pane Ì1. denoninada Aryueologìa de Canìpo, trutâ os aspectos de : ìrr.q.ro. escalação e eÍì.trrìgmfia. com uÌ1ì capíluìo dedicado a cadâ uÌÌ ATRESEN T,ÇÁo po Nl tIAr l5
  • 13. MaÀarar DE AReLrEoLoclA PRE lÌJsroRlc AF lit A Pârte III dedica se aos probÌemâs de aúibuição cronoÌógica. O pri- meiÌo capítuÌo descrcve os aspectos da cronologja relativa. enquânto que o segundo trata a geocÌonoÌogia. O rerceiro dedicâ-se âos métodos de dâtação âbsoÌuta, enquanto que o úÌtimo trata de um conjunio diverso de outros métodos de datagão. Deve aqui refeÌenciâÍ se o faclo de esta paÌ1e não ser exâustiva, já que não trâta todos os mótodos de datação absoluta. Esta sol , ção é arbitrária, mâs tem como base o facto de algumâs das meÌodologias não serem utiÌizadas na bâcia medilenârÌicâ, onde se enconúâ contextuâlizâdâ a aÌqueoÌogia porluguesâ. A PaÍe IV está dividida em tÌês capítuÌos. Aqui são tratados os vúios aspectos de reconstmção pâleoecoÌógica. Cada câpítuÌo é dedicado, respec- tìvâmente, à lòÌmação da paisageÌn e do Ì€Ìevo, ao estudo da fauna e, por último, à cobeÍura vegelal. A âniiÌise dos âÌtefactos arqueológicos provenientes de sítios arqueoló gicos pré histódcos consta da paÌ1e Y com dois capítuios que trâtarq prì- meiro, o probÌema das matérias-primas, no que diz rcspeito à sua aquisição e provenjêncja, e a ânálise de artelàclos (Ìíticos, cerâmica e outros como, por exempÌo, a indListnâ óssea). FinaÌmente, a úÌtiira pâIte, com um só capítu1o, é uma conclusão que versâ o desenvolvimento da Arqueologiâ no sécuio )o,(. Brel
  • 14. :Íonológica. O Pf- oétodos de daÍìção e €stâ paÍe não sel aholuta. Esta solu- s das metodologjas ÍÍÍa cotrtextuâlizâda o tÍalados os vários é dedicado, respec do dâ launa e, por s è ítios aÌqueoló úc que tratam, pri Eito à sua aqlÌisìção ri:a e outos como, Enâ coDcìusão que PARTE I Breve História da Arqueologia
  • 15. TÍâdicionâlÌnentc. a hisróÍìa da arqucoÌogia ó !isttL como ulì desen!oÌ .Ìnlento em váias fases, que, depcndendo do autoÍ. pftle chegar às seis r... TdggeÍ. 1989). O rÌ.rbãlho de base hìsroriogÍáfico mais jiìpoÍanrc é. ieÌn .ìúr,ida. o de Gl,vn Dâniel. pubtìcado pe1ã pÌìrÌeira I,e7 cm 1950 coln o lÍ,rkt A Hundrcdyear of A/ï tdr.rl,gÌ. incidìndo sobre a hisrórja dâ arqueo_ .gÌa até cerca dc 1940. Ccrca de 25 dnos dcpois (Danìel. 1976) ó pubticadâ ìovtì edição destâ obrâ. a leìceiÌ.â, mas coÌì um noya ïítr1lo, A flundftd a d ! inr Yeurs ofArchdealo$., dcstâ feìra colì â ìncÌusão dos desen,oìviììen_ ìr cicndfìcos e teóÌìcos até Deados da décadx de serentâ. Ete trabalho é .rèpois reorganìzâdo enì 1981 e1n A Shorí HìstoÌ) ofArtha@togr lDatliet, :981). SensjveÌrÌenre n. mesnìa aÌturâj Gordon Wiley c Jerem,v Sabloff :ublicâm / Hirrdry.y'Arleinn h chacoÌo{ lwilley e S,ìbloff, t980) que. :onìo ó evidente, esludâ Fjncipalmente o desenvoÌvimenro d.l hisiórir dâ :rqrìcologia aÌìrcricana, fÂzendo rcferêncìas impoÌ.tantes à elolução da dis Jiplira do oÌrtro lâdo do Adânrìco. Mais recenÌemenle. T.jgger (t989) nâ sua obra jntìluladx,1 A,sÌ.rf 4t|chdeolagitd Thoueht. dá-nos uìÌa perspecrrla muib complcla dâ hisió :ia dâ ârqLreoÌogia. tÍaçando a e!oÌucâo do pensamenro ârqucoÌógico sob jrÌrâ pc^pectr'â tcóÌicâ pós processuaìista bâsLanre mârcâoa. O que paÍcce cÌrìro em quâlqucÍ dâs obÌas acìma Ícièridas é que os ruÌores vêem o desenvol'1,imenro dâ lìistórìa da arqueoìogì.r e a evoìução do reu pensaiìeÌrto como tendo um fro condulor diâcÍórìico. mas com vários ,rcais onde os !áios eventos 1êÌÌr lugâr. Veja-se. por exenìpìo. a preocupa rão de TriggeÌ em salienrâÌ o dese.roÌ daacçâo eÌÌì áÍcas específicâs corÌìo j ex-Uniâo Soviética (TriggeÌ. 1989:207-243) ou a Occanil (Trìgger r989:138 1.15). mante.do, no entanÌo. uma linha condurom em ó f;esl ìntrquaÌismo (cap. 2): Descnvolvimento da AÌqueoìogìtì Cienrítìca (cap. j l9
  • 16. ü * MaNarN- pE AReLrEoLocIA PRÉ-HrsróRÌc^ e4);ArqueoÌogla Histórico Cultural (cap.5 e 6)l Funcionalismo daArqueo- Ìogia OcìdentdÌ (câp. 7); Novâ AÍqueologia e o Nco Evolucionisno (cap 8);ErpÌicação da dìvcÌsjdade (cap.9). Estas seis fases coÍrspondem, em lìnhas gerais. às cinco làses da peÌspectivi apÍesentada por RenÈew e Bún (1991) no seu mrnuâl de aqueologiâ. uma vez que estes autores não divi dem âquilo que foi desigÌÌado por wìllet' e saìrÌoil (l980) como o pertodo da Classlficação HislóÌic ^ (ClassiJì catorJ hino ricdl pcrird) e que inclui as fases3e4d,-Triggel Numa perspectiva geraÌ, portanto, parccc clâro que todos os autores corÌcordaÌn com o facto de que a evolução da hìs!ória da arqueoÌogia passâ pÍimeiro por LÌma fase de descoberla dâ existência dos materiais aÌqueoló- gicos e consequente fascínjo e coleccionìsmo dos nÌesmos. A esta lase se- gue se uma outra. com inícios em meados do século xrx, em que se começa a dar a energênciâ da arqueoÌogi como disciPÌina científica. e quândo sur gcm os primejÍos desenvolvimerÌtos melodológicos. pdncipalmente ao ni- vel classifÌcalóio e croüoÌógico. O teÍceiro momento, já no ìnicio do sécuÌo xx. preoc pâ-se essenclal- mente, ,ìinda na senda da tradição positivista, com o desenvolvinìento da cronoÌogiâ e a descrição hlstórica dos maleÍ]âis aÌqüeoÌógicos e dos povos rcPÍe eìrrdo oôÍ e.e drlciocros. A quarta fase d históri.ì da arqueologia foi taÌvez â Ìnàis impoíante E nestafìse que se dão desenvoÌvimentos metodológicos e rcóncos inìporun tes qüe consÍ!íram as iÌ1fÍa-estÌxturas do p,rnsamento ârqueoÌógíco moder no. É conlìecida pelo apdÌecimento dâ Nova AÌqueoÌogia, denominada por uma fâse pÌocessualista ox expÌìcatìvâ. Ncstafase, e com base nos trabaÌhos de muitos ârqueóÌogos, podeÌrdo distinguìr se de entre esses Lewis Binford (1962, 196:1. 1965, l9ó7. 1968a, 1968b, 1987e2002),DavidCÌdÌke(1968), Kent Fldnnery ( 1968, 1972, I982). RjchaÌd GouÌd (1978 e 1980). PauÌ Martìn (1910 e 1971) e Patty-Jo Walson (1973;Wâtson ?/ dl., 1971 e 1984). dão-se transloÍmaçòes inpoÍantes na concepção do pensamenio arqueoÌógico qte estÍuluraÌn essencjaÌmenle a cÍíticâ arqueoÌógica bâseada enl novâs melodoÌogias e lÌovas teorias, Eslanova concepção de pensamento aqueo lógico peÍnitiu, como objeclivo principaÌ dâ suaPr.dÌir, erplicaro processo de formação aqueológico. pãÌa assim poder compreendeÌ o passâdo, numa peÌspectjvâ essencialmeÌìte dìnâmica do n1esmo A úÌúmâ fase, conhecida como pós-processu.ü ou contextuâl' pâÌece desenvoÌver se, pelo menos paÌciâÌmente, em simuÌ!âneo coÌn a fase prccessualista, mrs negândo desla últinÌa aÌguns dos seus aspectos maìs iÌÌÌpoÍantes. O pós processualismo, acluaLmente ainda em pleno dcsenvol- viìnento (cf. Trigger, I 989:3ó9; Renfrew e Bahn, 1991:431) e sem umâ es coÌa únicâ, apaÌece marcado por umâ diversidade de peÍspectivasr das quais se deve destaca( o trabaÌho de Ì an Hodder ( 1979, 1982 c i 985), MrÌÌ Leone -É-::ìr Iuna:i :.- rç. q!. uru - -! -€:i.'ÌimiLlri.:. I r:-in.ir Je rèi: Ì :pli.ãc.ãr -{. ir :.: -Ipe.ri3 È : ;r-opolósr!'a ' RÈÍr -ìo .onüìíri. é: r.-:nnóSica a ríè: :E iLìr dìièreffÊ È , jÈ.:ii drscipliDâ é : - !.ece que a .ìn r-. linìas hlq6íiÈ l:r .rzõès mero,ìa l- ..uÌo ì são d i!1i.Io uma hj'Íóíiá r: .üecÌo deíes ( Tamb€m ao !'rB Lr.a alenâs em ò RirFiro. por$E rd ü'- não é obiI| gÉ$logiâ: segì.lnò f+.Eológrca- òIâ p E irre é a dâ *âquÈ ü -'!mpo necÈssiú è.iú oÌ ìnenro E - mas meto.tìlo! Éi':Ì â química a Fffiros capíurJ6 Ê ueoÌogia h È jllriplina 20
  • 17. : R-ìrÌret e B.ÌhlÌ - ii.r!.:nogir prssa ::-::ir.1i rfqueoL|ì- ::: ì enx tase se : : l-lÌ| s. conÌeçâ r:::::.: qrÌiìndo sur - -.::r:ÌiÌl.nÌe a0 nl : ..,r.i ie csscn!1rl ::ij::rnÌ inìento dn ::: Jr r dos Poos :..:Ì: IrÌuoltâìÌlc rl !: 3.r.i..r iÌìpoÍan -r::.Ìri:ico nlodcr' ::: -rrn'ìinadâ pol : r. r:,.: nos rrrbalhos .:..:. Le$is Binlord D.:.rJ CÌiüte ( 1968). ] i I,:rl i. l'lltlÌ NlaÍtLìl ú l:Ì98+).dáose .:,tu J.queológico quc : D:i3Jdiì enì üolils r: rÈn!iìÌìrcnb arqueo ... 3 rcar o proceso :-_rJ:r n Ìrassàdo. nxnriI r'.1 irrntelual. Pârece :.trÌÌlneo com â iâse :ri i.us aspectos rnrjs :r:Ììr dcn0 desenlor r't:rlLÌesÈmurnae! I :Èriteclì'as. das quais :: r ì915J. Nlark Leonc B!I.1!lÌ!!a)!!!Dr! iRaÌ Ê!!1)!!! :Ì ,tS6ì e l,lìchâeì Shlnks c Clìris Tjlle-"- (ì987. e 1987bì Bía novâ pcÍs :rLnl bascia+c na icìcia dc que a escoÌ!Ì p(Ì'esraÌ Ìsscnte nrÌÌrr per' ..'ì'ì i ..u"ì',io,.,,o""ologi:r' ten lirnites rra srac4acidadc inrcrpfctâtiâ' ou Fcr' ' rc! rJ'u'r 'ei' e .: ;'.,.' b..."'n".ro. ;"- ì^ ru" r rrÍ(' r': 'r 'ri" ,,,. ' - t',.||.t'' " -'""'r''"" "' r'l ri rrr'r(r "r' '"ì,.*: ; i.. r" ri,' p,'r.r' '| r'|i'|ô' 'p '' rú-i "'i' " ".1."".ï " a".""",,ução r1a narraLivrr hisrórlca do que dr erpÌicação ."',i",,,"r0"i., f u*ti.,' . Êrhn l 99 ì :'126; Tri g-scr' 1 989:118 l5 1 )' .i"."i'ue,io a, n.,.pecri"ì lìâdiciorìnl da ofgsÌìização dâ historlogrâÌÌa ..rqLreológica. a prtsente dìvisro d'Lhistófia da arqueologìa 1iz+c nuìì'ì pcÌJ -.ì;;;:f";;"1. " ";,*"s eÌÌì dois capítuÌos PiÌÌÌc,Ío porque o objeclìo -.'i,,i;-.iprl"" e *rj"r.t' â Arqreologii t'ró Históricâ e' sesuÌìdo pofq e :,. o.l*.. u'" " oú*"ogia não terc apcnas nÌìâ 1iúa evolutia ÌÌÌa sirÌì :u.ri ììnhas hìstificrs tlifererlcs Estas Ìocàfanì-se erÌ delcrlnjnados P(nÍo rÍ rrlões nìetodológìcas. xÌna ve7 quc os rÌoos métol:rÌdtì atqrÈoÌoili i,r século xx são ulìliTaLlos fof aìnbrs Âs ÍqueoloSìrs" Plrece poÌs' cr liido r.Ì ìa hiíória para a arqrìeologìâ d0 gf'iìder civiìizrrçÓe' e utì'L ou --1. oLrjecto dcstes,:lo1 cnpítulos, ìram a arq!ìeoìogia pré hrstóüci T.rrnbóm uo contLário rlo quc éifrìclicìonal' dilide c 'rhislriÍirr diìtìrcÌrìeo ,,"i"ìr',.na. on au"t t"ses lsLa dn'isÌio shples reÌn razões inpoÌlanies' jì,.eìr,. p".q"",,,r -.o diz o títrlo ila Pirte I (Brcìe Ilist(ifix da 'íqLÌL'o- i.i"l.-"ri e iU*", .r.u" discipÌin'Ì o estlLdÔ cxaustio ':la hisrória dâ xì .1., lr' (r.' ,r.. pôr.lr 'ìr fÔnl '_ r'r' or ''rJ r"d_' r^'Ìulo . . r"p.....,li 'er ' rl rr( ' r"lo <rr ltrl' e' l rr" I li.. .' i a^:"q.,i'lçr.; oLr consLruqào da rlimcr são 'l enìpo (quc concedcLl "..- ' o 'lr l' H'' r,.o,. nrc, me'"'lo'o9r., FlcÔ-r.Ô,JcpJ nrlrr (''-u nrJ'r(L :r noles nlelodoÌogins pfo'indas dc outìâs cìêÌìci"ls coÌÌro enÍe ouÌras- iL -,. " ou. "'., ou.';c r' .ir" Iìe JLrt'9J ' 'Ín _ rr(l :' d-'L J " ì;.""..,; "'. 'cne r"i""oe"ì r'rcn'n''ôr.'^ .. iìu,J"!i"ì* ur'toic.' râtxdo ao longo dos rcstanÌe crìpituÌo! dL's- licidì'Ì.Ì
  • 18. I A Emergência da ArqueoÌogia O mlr.do conÌeçou scìrâ lèil.". l8 de Oulubrc. do âno de'100'1 tlnlcs dc ::.úl Eru cÍa a con'ìcqào do âfcebìspo de Usher ( 1581 1656). âtrrvés do - rdLìdo exalÌíio dâ tsíblir Sâgr,rdê. eìì I65.1. denominrdo lÌ. r,uítk.t ' anl OÌd Tcsntntnt rìth tht S't1chtolììsìüu ú Hcathe, Slo)) to Ìlt. : n(íi.ú .[ Hìeun$ulcD1 h the Ra]tuuls T.!ììbérÌ o Dì: John Lighifoot. ,:: i612. {1.Ì tinìersidlde de Cambndge. em.4 }.ì1 an(l Ne)'Ab(ttd1ì.'1 .! Bnok aí Gcit6ì, the hnsÍ t)J tlt(n ( eútin. rhe ftst trvbdbÌe. (tllhanle' '1+ untL tu)eÌ he rd of. tnarca a datr dü cúução ìrcla TÌindade no dia 2l :. rlurubro de.100,l .rnlcs dc CrisÌo pelas nole lìoras da rìrnhã (Daniel. :Ì -ì-l) Eta convicção. de tcoÍ pcssoal. rapidarìenle 'ie tÌmsforÌnou no FiguÍa 1. R.tÌato do arccbispo de U nrer.
  • 19. l]!!.1 !!lrq!!! rltllÌ !rt!tÌ d.€r 'rdJIrreir.ri.,a..e ornu r. ìruJiernJo., ! i,-(Joo..Jer terl ìircrn -u Ini.,u dô ÍÌurdô p i orjer rJH, n!rl . Este paÍadigma rornou se.pois, o ìrimigo prìncipâl dâ Arqueotogia pró -nÌstoÌrcaJâ que, senì tcmpo, ou mcÌhor, com rìm tempo rctÌ.ito em qÌle se conheciam todos os ÌÌonenros.Ìa evoÌução humana destÌe a sua cnação divinâ aié ao nascìmerro de Crislo. raì como o naÌÌava o Anrjgo Testânen to, não podia haveÌ ulì passÀdo pré hisrórico. ÈÍá ideiâ parccìa eslâr àin{Ìrì ll.jj:""' I"n " rc,,reJeR:.,,u.t)L|tr o.,,.. rõo::rn..n.lrp:e. 'ò": ,rurenor.'(l pet:r cJ ri.,r.arL. | | rJ,!.ro du 4...c I d:r, Ar.l guidades Nacionâis d.r Dìnanìarcâ: ''Tudo o quc tem chcgâdo ati rós !ìndo do üundo prìrntÌi!o está envoìto iün denso È!ocÍo. pertencc a ìrm segmento de reDrpo que nio .onseguiÌnos medn: Sabemos quc é ndis andgo.lo que o cristianìsÌo. mas se poÌ uÌì tar de e.os ou lrn pa. dc séculos, oìr Dresno por n is .Ìe üni nìiÌénio. é um aspecro sobr€ o quaÌ não podenros senâo conjeclurar.. (in Dâniel, 1976:38). AssÌm, a quesrão principal no aparecimsnro c desenloh,jÌìento da Ar queologia Bé-Histórica pai:ce Ìcr sido a da dimensào rcmpo. que rere que 5er Figura 2. C.ìpa da obri do Arcctrìspo .te Usher 21
  • 20. A Ellt:rìaìÈNc]a Dr ARrlLrÈrJLo(;la i.r.r-ìo 1icideDlrl erìr :r rqueologi.ì Pré - ifiÌrìlo cìÌ qlrc sc :ì. a sua cri.rçaro .. r ìnÌi-!o lèÍrnren- :::r.ci! eslaf aiÌrda .Ál 16. in TÍigger, .: lucu üs A,ìti :-..i,Ìr inìcnto dâ ^r'::-1ì ,luc Lcrcquc lcr .,.Ìndido pãra. de trcor.lo conì a pcÌspcctilx cvoÌuci(Jnjsla darlug'1 ìPrí - .r,iria hurnarr. Este processo deu se 'rlra'és do prcgfesso cieÌtífÌco nou .. JÌircirs. pincipâìnÌente nu biologiiì, Ììa p eortologìa e nâ georLìgìâ S.,',,f,iuitlu q* o ll"Íesse soble o prLssârlo crìpt€ cxjsljr' como âìiás -nlc lerifìcücorìì tìs pe$ltctivas eÌposus poÍHenr'jo em Ot Tlalrdllri 1 i)trrl N nâ pÌópìì:Ì ?.)go,ìrír' QueÍ nunìr olrÌâ dessc âLÍoÍ qucr na oura' '::no. rer r iu,r amçro aos aspecÌo dr cultura Ììrxtei âl e a inìlrlrrâncir iluÈ ' 'ír,rll julrr/!.'r :. o (H(''lJl LlJr"r"JJ f"r "Lì ; .. ;."'-.r, "'- i''a hirJ"'J ""''(''de :, rrcoÌha e rlc Lrn cLnecciorìismo qrÌe comcçrì nâ Anliguidiìd' ClÍsicâ :ìieÌ. 1976:16) Esse 1ìpo de ìnreresse não só pelos 'ìdctactos do |lìssâ rìr lrÌÌÌìbóm pclrì origclÌì do desen!'ohhÌenLo da hurÌìanìdtde e dr Jua .,". t ,a.rp"no, ".oiiusìd:Ìde. âquc Ìl'rnielchânìa 11tìlrLÌâl" (1916:Ì'l)' :: ir "Pra História' Lste fèn(iÌÌtno de!ì se pÌìncrrlrÌcnie nos ciÌsos cl1r . :ì,ru e co!ìteÌnporaneidade e contaclo diìccto cntre gÍuPos c|)Iìì esládnrs . .a.tcrllaae lccnot,igic'L cliferenre scndo cremplo dis so o Níundo Chs- Jn que Cregos e RoÌÌÌarror entÍrfnnì err 'Ôftacto con 'r 'bar'bític' , ' ciLcuncla"a iDanicl Ì976rì't) oLì o caso dos lÌrA rlo século xllr c ::ì .rue r ci'ìlizâqã(r ocidentaì Ènc|]ÌÍf !a objcctos iÌrciìÌcos cLârrìÌncnle -:urÌo locrt nas mios Llos pri itios ndigeÌìrrs luüo iãclor irÌportante do óculo rxno pfogresso d'L AÌqucologrã pr€ .:r::rque.aÌìás,coìncìrlccorììoda!ÌÌqued(Jgiadâsgrandescniìiz'Lçòcs' ::.rmiolrìrnento de sislcmas dc penodizaçâo c o ilícro das grândes - :iò.s (D.Ìnieì. l916:68 6c)r Fâgân 199'l:'t: ReìÌlìcr e Bún' Ì991:25 i ÌÌlc e SrbLoil Ì980:38 95) Estes Àspeclos penìitiraìn silnul|aneâ , : LÌnÌ naioÍ interessc pelo pâssado hunìâno c pela arqucologrâ coíìo :r.Jpliìr1. bcÌn cüno .r ,ìplic.rç ão dÈ noros ìnélodos que contÌrb!ì1Ììm - :o;rolidrçao de LLma crorìologìa longr d^ hist')ria da terlâ e dx orr . :. |umânidÌde ntiguidàde do Nlundo Nàtural .:!Jqão da cìondogirL c Íta c clo tlognìa Ìedógico do ccblspo dc , ...."" pt tl.;"t ""-ttos c 'lescobcÌlrs 'los q!Ìâis o nomento deci' rr,rlatfrL, ae Cnartes u'rrwin conì a publicacão tle Da Otìrtnl dur . :.,, ven) da Sdecçna Nútu'?1. cnr 1859' e de I](r'o ol ltul LnÌd '. rl(ìÌìt t lo t('-r' eÌn ì871 Conìo é âbido Ddrwrn recoLheu a - :ì ,que íla rL a basc cìenlÍlìca à suâ lcofia dâ eroìrìçào da cspecres , 'i r ls16. na surr viagem no lìrdglc e Pfcpruou o sèrì pnÌnerÌo ' i::: ISl-1. No cntrnto. só en l85lì tornolì pública I suâ ieoÍìa noi :. Jr Linnâe.rÌì Sociely de l-ondrcs corì1'r sLìbs'quentc prLbìicrr - ç v È: *i â 25
  • 21. cão enì liìo no rìÌìo seguì te. prcaelÌìenrc catapLìÌrâdrì pcÌa leiÌuÍâ do Íi- go para pubÌicaçío ncssc nìesnìo âÌro sobre o nesnro lcm.r de Altred $r.rÌÌace. À slrtL peÍspcclila sobre a cvolLÌção do horÌreÌn demorou ÌìrÌis uDra dú zi.r de anos parrì ser pu blicâda. Esscs dois inÌeìÌcgros deÍânì se. pe to cnos ìrarcialmcnlc. de fofrÌìâ proposìÌâda pois a socìedade {la pìinìeifâ meÌâde do séc lo rl)i nÌlo estxva aìnda pÌrprìradâ pa.r a expoição a uma rcoria rio fadicrlnente dìlcÍcnF daquilo que eÍa a perspectìva criacìonjta aceitc dc iìnna quâse n.ânnne no mundo ocidcnral da epoc.r. Norc sc a coìÌìcidênci,r erüe a dâ!,ì d<r publicação drrs teo.ils de DâÌ'iÌr e â dcscolreÌ1a oficial dos pnmcrÌos estígios dc c.rÌrdeÌÌíis. no VrÌc de Dusscì. por SchaaftìÀusen cm 1857. pubÌicadx erì 186 | (in DmìeÌ. t976:61). c o rralratho ílc TìruÌras Huxley em I 8ói (Trigger. I c)89: I i l). Esra coìncjdôncia sr geÌ€ quc DaN, in aguaÌdou que I socjedâde aceltassc r divef,iìdadc iõssì1. tâÌâ poder depoì accÌtar a surL teorlâ dc coluçio. Antes conrldo. deu sc uìnrì séfje de acon tccìnentos quc trcÌÌoitir,rÌn o dcscÌrÌoh irÌìcrì1o das teon|Ìs cruciaìs de DãÌa.in. São eÍes ccn||)s que rqLìì scrao.:liscrüidos. Um dos ìrrilÌeiros aconlc!jmerìtos conì fepcrcussões n!1 aÍlueologia prc- -históÍic,r 1ìi a quÈsrão da eritinçlo dlì,i espócies EsÌ leofia rtìínou se com os tÌeb.rlÌros.le NjchoÌtìs Steno (1638 t686) ccoìles ButÌìn (170?-Ì788). jâmes Hutinì tll)6-)197i. Jerìn-Brpriste r:te NtuÌeÌ condc de Lam.ìrck (17.1-l-1829). $'iÌÌirìnì Srìilh (1769 l83q). Ccorges C!r!ier 769 t8j2) e CharÌcs t 'eÌÌ (1197 l8l5). Em 1669. Stc.o. uln anaroììÌista de o.iserìdìnaüìÌquesâ. !çercebe_sc de qüc os fósseis dc 'árias espécìes nrâìacológicâ sÌo nìais scmelhântes a cspé- cìes vilas do que aos nraÌcriais mj.crais ondc lìo enc.rnrr.ìdos, iÍo é as rochas oÌrde se lonndram (TÌiggcr. 1989:52). Stcno .Ìcaba por pín,rf que â oÌigern desses Jóseis renâ çido oÌ:ânici. sendo pÍovenìentcs de espécjcs Ìivxs.Ìo ìras_ !âdo. SteÌro der airìd! oulro conrriburo nìuito ìnìroÍantÈ u eÌìrnciâçãr d.ì lei da sobrcposição geológi€. Segundo estll (â base dÈ loda a tógicí por nís da ÌcoÌia aci al dâ fornìação geológica). nurìa sérìe esratigríiìca. o estrao n1ais lLndso cnconn1t se aÌn biìixo, eìlquanto o estrâto .laÌs recenlc eÍí no Ìopo. Buffon. por seu hdo foììnulolr a ideir.Ìc que a Ter ru serix naj,rnrigâ do que enlão se pensâ'r. rcrìdo pâssado poÌ vúriâs fasc desde uììi pcriodo de allas lelnpemturas, semeÌhante x unì.ì ostÌelit. até ao nlot.Ììc.lo âcnìal. Estaideiafoi con s!fuída com base nuÍÌì nl|)(lelo ex|crimenralcom uÌnxconl ponção scrììclhante ì d:Ì'feÌÌa. rendo Buffon Ìììcdido depoj r lelocjcìârlc de rl||etècìnento desse modclo.1àlcperêncìa ìndicou,Ìhc que o planera lcria cerca de 75 000 anos. e que tudo se tìrmìri.r segunrlo uÌn sìstenrâ dc Ljans, lìnììaçôes nrturâis. perspectìa esra ÌÌìuito próxjm! dâ de t_a:oìsier clrja ìnÍúimâ é irad| se peÍde llLdo sc t.|.rnsfoína,'(creenc. 1959:Ì19 c 1:11). SiÌrultaneanìeÌrÌe. tsuflìrì cstudou tâmbérìì â questio da rìdrìprÀçeo.ìo mèio. afiìmâÌìdo que o hoÌììcìrì sefia. conì cÈr.lcra. uÌnâ espécie ÌcceÌrte. X]l.NÌrAr r)[ ARel.uoloc]a Pú HtstóRrc^ t6
  • 22. ':',,Í[tÈilï :.] EÀ!f.RciNcrA D^ Aìlq!Iq!qG!! Fi8uÍa 3. ReÍinr dc G'or8es rì fion' ,..r..k acferlitala que exisdâ unìâ ordenr nâtlrlrrl dâs corsÂs qLìe co - - :. : o urìiverso, de lìnü ìnalterá'eL e ìndÈltndentc cla nìateììr' c qr'ÌÈ I -. .,oal" "e. utj..tu tle obserlação De lacto' Lamarck dcfinir a nâtu' , -u, uut.nnju,,rn de leìs e foÍç'rs que govcrnrìn o morimento da , . (lfetne. 1959:155). Nestr pcrspecriv! no eü cstlrdo de tloÍa e -rma|ck rapirlamcnte chegou à coÌìclirsão de que halei|l unìa lìgr- :,i:iicà entle as váúns espécics e que lcrill hlvido eÌtinção de ìtrnâs . - ::r 1assar1o. possibìlìtairiJo o conccito rlc eloìução bid ógica (Tri ggeÍ' .] i:::. Hullon iìì, iìÌd bitaveìmcnle urÌÌa peç'Ì ì nporlarlte dcste cenarÌo ... - , ,u a. -n,,".lÌÌ1"ntos. Segllì n'to â idci a dâ sobrcpírs ição de Steno ' . -:bou por dcmoìÌstrar nr s!ìa ?/Ìta'r oítl' (ar'r (l7tEì que o _ :_ .rui rlttva LugÂr ao proccsso íle estrrLliiìcação d c'ìnìadas geolo r. , ,:.jntes era o mesmo nos contcxios fltrliais Ìaclrsircs e Ìì1irìnnos , I .,1 - .i "t" -*r"tão íoi. poÌ1anlo a rle qüe os pfocesos dc d'posr .. ' :: ::.:riificlçaro efrìÌn os üesnìos no Pissado e no pÍescnte (DanÌeL' r i.r idera. contudo, só foì aceite ìnais Ìâfdc com LyelÌ quand') P , c Pr" JÔ I rrl' íniL l'rno -- SlÍrlu SÌÌÌìlh (a tfârìuç'Lo p!Ì poÌtuguês drúa GuilhenÌc -' SÌÌitlÌì seg!ìiLì os passos de Slcno coÌìcordindo conr 1lcl geo- ,...p".içi". "li*.iâÌrdo-a coÌn sideiade que seria possireÌ ârfi- 2.1
  • 23. MN!Ar rr AFeL€oloctc pÌ<E HrÌoRlcA buiridâdes relâlivas âessâs camadâs atravós dos fósseis que cada umadelas contém. De fÂcto, Smith acabou por delìú o conceÌto de..tóssiÌ directoi, e enuncÌaÌ o princípio da sucessão dâ fauna e rla flora. Esre pdncípio esti pulâ que os fósseis mais antigos se encontÌân locâÌizados numa séÌje eirdugrâ'l(r mdj. dbaio do que 05 tu,.e,. .nai. recenLe,. Também CeoÌges Cuvier acreditava no pÍincípio dâ sucessão da fauna mâs, ao conlrário de smirh e Hutton. viâ a evoÌução da crostâ teresrre como o resulrado de uma série de acontecimentos carastró1ìcos. De iâc o. o uÌlirno dc".e' eenro! re r.icto regi.tâdo ro Cenc,i. ar,aes clu de.cr,çãu do cpi.^dro dâ Ar..r de Noe e ou Drtu! iô De.rJ iorï.ì, C.rv.ef e os seus seguÌdoÍes acreditêvam numa teoÍia Cahstrófica ou Dillrviâna dâ loÌmação da Terra, enquanto que a conrÍacorrente, tbrmada por lcm.r.Ì. Hu lo.r. Sm.th. e mxj. rdrde nor L)(ll. e,a cor hecida como ''tturali,t.r" íDJnie. ta-o.ìi,. -credrrurdo no trilcip;o do ÌÌnilormiraÌisÌÌo e que lodos os processos ale forrnaçao geàiOgica serlam natLìraìsi "nenhuma acção deve ser âdmitida a não ser que se conheça o :e-Ìr flncíe:" (Ìn DanÈÌ. 1976:37). Apesâr de encarar a transformação do melo ambienre, e especificamente o aparecimento de novas espécies, ( o'Ìro u n 0rucê,o cddx r e/ mF. cômpleu de Jridcoe, tIirr. pur DcL" rTÍgger. taSa 8or. Cr.., ,", .,lÌ." ".;" tundrmenrrt nr que.rao dL, re_ conl ec menro d" e'.nc-u dâ. e.ìe(ie. rCrcc e. Jo5q:lrJ I eLrnloro, l::::" i,T-":, .L ier nuncn dum,r, | á ro,ib I d.,de da ,r" sranJeanlrpurdâde íDxnieJ. "'-b:Jo,. .egr rndo J. .rjeir, d". re.runr., orruvrunrs!âs. qìre acreditavam numâ slÌcessão de ditúvìos, anteÌiores ao Driri! io d< Joe e ao tcnoo b olir o. peto que nro looe||arn cún,er re,05 nDmanos (cÍalson, 108l:hq). _ Charles Lyell foi. j á no século xìx. o elemenro que âcabou por daÌ o golpe de miseficórdia nâ pe pectiva diÌuvionista dos segurdores de Usher e Cuvier De facto, Lyell pegou na ideia de uniformitarìsno de HutÌon e, de íoÌmâ me_ ms flexível, âpresentou-a ao mundo nos seus três v olÌ1fies de pnncipt s of G?.rlosl, ( 1 830-33 ), segui do de Etenenís .)í Ceotos! ( 193 8). A sua oúa mais tmpoÍIante, Os ptincípíos tle Geokgia, teve onze edições. soi.endo aÌte- rações manifestamente imporontes âo longo dos tempos devido à evoÌução cle conceitos_e reodâs como a evolução dâs espécies debarwin. Lyell estú a reverDeìr de. lmr .egunrla er pnn, ipb,.t o?./oÁaquando tcleceu u rÍdbr/ho Lte Lleìì fôr le âJo a c"oo prirciprlmenre em llJ t,â. e prorou que os processos geoÌógicos que ocorreram no passado são os mesmos que acontecem no presenre, tendo lugar sensiveÌmente à mesma veÌocidaìe (Daniel, 1976:38; Tngger 1989:92; Renlìew e BaÌnì, L99t:22). Com os dâdos de LyeÌÌ, o princípio do unilbrmitdrisnìo, cnuncrado j0 anos âúíes por Hutton, acabâva por ficar cientificamente provado e, mais jnpoÍante- aceÍe peÌa comunidade científicê da época. -l Fl-nã ficil. Hdmerre r ry FüóLú.ò &â e cÍEç- rrrer- çÈÍD6 EI ú,!5Gki EÈaEI Ír|É 'i'õdlri *òi cF-i rÈ Eüht -!Éì .ËEr è - 2lJ dÈtu
  • 24. Eir,rì(ìiìcrA D^ ARQLECI ocn fi$trâ;t RelÌrto dc Cìe'rgcs Cu!le" reÌ!Ìti!a lãcil aceitnção.los eu" prìncíplos da geologia cteve rcLr- .-rif,. ccrtrirllÌcnle. conì iL üa irtgrrìqão acadómìca c socj|Ìì' qucÍ enÌ In_ : :.rr. qrÌer nos EUA. e qrìe acâbou pof Ìhc ìaÌer o título de "sif' Devido ..-, .rinuno . ru t.u ,Í;balho. LleÌì é rclualflentc considerÂ'1o o pâi dn ?.Íalelàmentc âo úabaÌlìo de Lyell, Jcan Louis AgÂssiz (Ì801 !813)' - .:LÌírìlisÌâ suíço-anìericano. aprescnta ao ptiblico enì l8l7 LÌnì üabalho --: , pfobìcnÌrr dos glâciafes. atìmìnndo quc reriN exisrido rìrÌa ìdade dos - :ir cobrita rotla a Eurásia NlL época. a rccepqão I eÍe trabâlho lbi - .:, quc o se xrÌÌigo e cdcgâ, Alexardcr ron HunÌbolt o rÌcorÌlclhoLì rÌ .roi csiudos nat râis, quc enlào incìdìânì na anâtoÌrìia dc peixcs - .. r. coÌÌrariaDcnÌe ao que Ìlìc fora âconselhâdo 'ão dcsiste c âplicÀ :. :LìÌà e coÌação 1o proLrlem.r. estudando e ':let'ihe os gltìcj!Ìres srí .:irÌiftlo dePoìs Pala âs llhrs Britânicês Desc trabâìho rcsútn â obfÌ .rr L'-i Gturriens. prìblìcÂda eìì l840 enì que Agassì7 pro'r tluc rna ldide dos Cclos anlcrìof à época geológic! actuÂ! e que a .-.., :ifr! .lilNianas erâlì de f.rcÌo fesultado de episódjos de glacraç'o' :- :ìeados do séc!l]o xDi. a comunidade cienLítlcâ rcerl3Íir rÌrÌ conirn- :: rna e pfncipios q e constiluíânì LÌr'Ìì piÌar e'itl!úur0nte pâÍa a lor- :r Jà Ìeoììa de Dalwjìr sobrc a e'olução drs cspécìes e sÌrÌÌullânea i . :.i!rx urn conjunto de Ìrrclodologi'rs bÂicâs pl|rao dcsenldviÌnerìto i, -.l.rgia prc his(óÌicâ Essc conjrüúo de prircípios que se descnrol , _: refca .Ìe doìs séculos. a ìr&1rr dc meados do sécrìÌo rn pode sef ::..iì de iorÌna croÌìoÌógìctì da seguinte ÌÌÌanerfa: ;:i .lue càda xn|l delis -. J,- fúsiìdircco e x_à È-le ìrÍ1ncrpÌo csu r'::,1 zrdos nttüì sórie :.: .-: .Lìücssào dâ lâunr .::. .l:i.rostil lclrasÌÍe - ,-1,ìfiLo Delì! .i Gi.ei atrarÈs oiL -_ D:.ÌÈforÌna Cuvlef ::.11.it,L otÌ Diluvi'tnr :...::rÌe. forìn!,:ì.Ì pol :. :fr .onhecrdL! conÌo ::. l],-. pfì,ìcíPio do -:i-:r .!3ológrcÀ scrülì1 ,r -:f .lLÌ. se cdìbèq!Ì o :::-..ri r lünsfoÍmrçtto r:_:.,.ir no'rs espécres' :.:.ti r feil.rs l0r Deu) .:.::1i ntì.luÈstato do re_ . i<! 1ll) Quanlo.Ìos ,:r: i.ìr.d. dn sLÌrÌ gfarìdc .: :.irr.los restanre r: ::iii i.s. antefrore ao .r :,.,Ì:rìr'n cortef Íesto -i.r: -.lh.u Pofd,tì, o got ::::,Ì. de tJrbcÍ e CuvieÍ :: HuÌÌ|Ìì e de tìÌrìrì ÌÌÌe ! r.Ìünì. dc P,nì.r/,tr '7Ì :r Ì!13 ). A stìxoblrn] s :. :Ji!õÈs solÍendo 'ìÌte' ' =:rN. delido à eloìução :. Jr D!ÌÌ1in. l-vell est'Lva â -. q rndo taL.ceu .,ìn.n(c enì I(álL!Ì' e Proon r-.:rdo rio o! nÌesÌìos quc ::,-nÌ,' i rneÌÌÌrr vclocidadc : B.rhn. l99l:221. Com os r :n ncindo 5r:) ano 'rnÌe r:..r,ln c. $âis iÌÌrpoÍante.
  • 25. MNLAr pE ÁReLEuLocrA pRr_lìrçroprrrr tì3'**ïi;"n;*"u" oe róssiÌ e enunciação da Ìei de sobrepos,,. .).|iï:l.l]iilï rempo diferenre e mais ronso do que o dâ BôÌ 3) enunciação do princípio do uniformltarismo (Hufton - 1?88)r -ìï:li:::il*:l:"iru€enétjca que aceira a ideia de exrinção d. ";ï::ïïJffi:'ìï[cÌor e enunciâção dâ rei da sucessão da râÌrnâ e 6) aceìlação do conceiro de extinção dc especÌes (Culier _ 1825); t',iii',":'fi:Í; *t"'-tarismo é aceile pelâ comunidade cienínca 8) aceitação da exisrôncia da Idâde do celo (Agassjz _ 1840). n".]:1il1ïì!1ì:lïï1,,1; ;.#:::ïiiï"ï jï:."i :i",,3."ï'*ï:"ï :i:iì!*l * illï;,ìr'ï;,ïi,ï:[ff:Ë;:ì-,.: . :ì.;; :;,ï ",,iìï ; ;,",',:';'jjì,ïl;: ï:ï::;T.- " :.",,',co. chdr,e Dd,u in *:iri*lix,u# riïi jr.: I I iri,ïï*ïï:il1ïì,:ï;1":"ïï,i;;l)'ffiïU;J:fT u " "p;, .i.',. ".ì,,,.r de c,or,,(ao,.".,,. ;ï, fi ,iX";ï::il1ïf ï:i #ï:)ïf :ï ìf:t:x"ï;:,;;,t jul,Ì1,. ',-i:;rrüctp^te .Òf.pofuldtìu1. que Dirq in cheA( ïì';'"i i" ;i"..;:.':i. :Jj:l:"*::ïri'"Ëjl'"':, l:;;;1 ;i biorogrco .impre, e .,n j,",,,i0;; ,ì;";,i.u,ïilìl;:*ï i:;";:ï:'uç.Ìo genetrcr dJ especÌes. e que apres€nti ;ï:":ì,ì jffi n rn ìi ïÉr*ïïilrï jÌd *irïj,*r ;lïl.;'Ï[:jjïÍlì:ïlllì:illli;"lï *"en nco qu<r do rne o ::ïï:::?.'l:: ï' " " ra;:, p.,s""'ìllïïï"ï.liÏl'iìÏ"ï ." ii""ìi',1,"-iiii;1"'nro eie prop'io Eil e''|nL do ',a. ,r"' o"'' : , -- : t-.:i .',--. - l .-:l! _ r ry:i-*Ì .EEI ::.'-.:::JtÈr rú:ì;- .È re r -! -.:! 1 --rg::r ll :r='::LL- ;i5 E &{,:i :I=--ltrítìI !{È--Ê( *--rNÉ. trúÌã:: jr Èro*: ú;rc:tì {a!.t rhra çe é dÈpaÈ ôq ì.4Ésà&r... f.Es,Ê+,dÈ! -, ròìrhàlo óür D r3.r !tir'Í6's -úlh :r@ fó.sÈi È -r'. 'Tdser ll &èBÕladr"r -ã dèi{reìÈ ü Ê ìr& ÈoÍãr È Èr rri G1 como a tu-l -,rmojoto-Í-ltú, Tri-ggeÍr lry E que os otÌer6 r De acordo cd H {i55 r. rambéü c€- -Ear que os ureml ir'ÍEnte. Piêuo ìL -ta comparado ã cd t' mlmdo medìteÍrài çe foi tâmMm dis{T l0
  • 26. :.,r Jr Ì.i dc sobretosição . ..-!,r do qxe o da Bíbliâ .r,r HLrÌÌ.nì - 1788): ::: :, tr i!ì.ir de cxiìnçào de :,::: Jr ruccssio dâ iâuna e :.:r:: CtìlicÍ 1815); r:.' .iÌnunìdÀde cicntítica r ì::1iìz 18'10) - rÌìi.rìr iÌnrâ ideia' qüe ó a .::ì:: iJrd. dos gelos. rnteior :eii.t trnrÌnais e legclâis q!Ìe r .r3nÌíir.o. ClìârÌcs Darwin - Drr(iÌì scguìndo âs lco :!.: L!clì. sobre os nìecaÌìis' ::.iii o PrìncíPios esrrÌrÌ' :]: Èroìogiâ e!oìucìonàfrrÌ :.- DJf in Pegou nrììnâ idei!Ì :r1j.r. rìosLrando conìo târ ::.r rìrrLìf ì. Foi Gnìbénì coÌÌÌ ...1. Jr 1798. Ersa)" on tht :j : i.nri.ì da -luta peì!Ì so- :i..a ,Danicl. 1976:6'l) As . ;,r.ìl eiste um nìccimis ìo ..:.:rlrirs. PcrÌnitlndo a cvo :1-rÌn ríenÌr de colnpcÌição r::r.rl rl.rés dâ sobÍeÌì'ên- . ::.rÌr naLo foi 3ceìte de ime i:i:r.icntí1ìc0. q!ìer d0 mcio :: i ,mentírios, nonìeadanen- ::-r-: I o homem uüì nacaco -a: rnoLì do Ìado dos anjos lÌ : pcfgrÌnla de DisÍaelì é Ìespondidâ pof Darwin apenâs cm l8ll qLtc , 'tr"'ir-"rï.,,r"4o sobre o assunÌo duf!Ìntc cercâ dc unra díÌ7ia de anos' ,, n.ì.-,''",r 'c'4O"'1r"'t/" ' ' q'e '< r''r'â ìLr' ro i. 'l...,," 't. """ " ''n Dr{in'l'''LeJe n'J 'do'r'""'l ^ r' .r ri r', 1nJd< oo hôrìrrr D ll: 1" Ü 18 ''i rr' Jt'( ' írre^ a. ln.,o,'. IJ..c"fe'],(m l'r' rri'Je r' JÌ pr'oc flrr'r ' : rrocesso dr evohção : :. l. ântiguidade do Hom€m e â questão 'ìâ associàção com faunâ etinta :rquânlo quÈ a aÌÌ,ìgÌìd': .: *:'.9" :,ïj.#ïjï::ïÌïï:1":ï:r.io de LtÌne cÌonologìa longtÌ rììdep : 'ì"ì, àìì*ììï4. n"'* estau'a dcpencìcnrc dc un coniunto de ìde*s ''- lii*:,':r::ï"ï::ìï::;:::iJï:ï'ï:"::i:'lÏï: ,,,.::;.;ì;ì;;-'i"'"s Estap'|obrcnÌáÌicà não coììtenìa!â arrda o l-.:',, o" "ìL,1"ç- ni'"rogìca hlrnrana que scrá aFeuâs discúidÈ cien .,:i;''à;;;',t,ri."ção de Á oriÁ"''r dar Er1)r'i'r1 de charres . - :esrio rro reconhecimento -'*l:ti:ì[:ï:ï:i.""ì:ïÏÏiil':; -, .t.:ì:'i,ï,'."":ïi,::'ïJ,'Ì:::,ïil:ì *""'-..m pedÍa seme'IÌrâr - ..ì;ì;".;;"' " E!ìÍopâ Estcs objectos eÍam tü'iicionar.Tel:: ' ,-ì"',,ttttit t i"tf"faos no mesno gflrpo dos cfisÌârs e dos lossers ' t,..;:t*lÍ',,:,ll ilLï:.ìilïì.ïïiltliï'liï.ì1.i,', *Kïll. :, --=..,t ,rt **tnlos de pedÍa talh'rda colÌo "renìltâdo de xÌna n1rs ' :;11.:.:l:l lï;ïi l i j,. I l''ìil.ìi: j,ï:,1 i,ï' i';l'' ' " ; : ;;- . '"J" ' "t'-"''u'' -n (nJJ ei Jo rJ'u ' 'r'{ -- ìr,, ,.' r'*l"i 1916:25 e DanìeÌ' l98lr35) No cnlúrc e se r,l98r:!-rr.cr'J,ob tV'- tt v 1ì t'tt 'l'oânJr_l ' - ',,.','.'np'or 'rln dâc "rìob Ioe ""5'rrr rr '',-.'r"il"n :*f *;ç;ç,.,'"'.:;*11;';ïïïï;r -- : : " ÌensíliosemPedralâlb'ìda - l _',"t. IàÌ11'Ì d'AngÌriefÀ' historradoÌ ilâliano d.:Ì Rcnasccnqâ' -:irì iì cultuÍa dos indÌos âÌncricanos con ada tradição clássica '.-,'*l,tl.. io-itr ' 198 I :35 i T1i gger' 1989:53 )', âspecto '-'rìíì- -.1 l '.:*iarl "rtr rsgg È1 DclL'Hisío)tll NatLtt?1' por ferrunle
  • 27. MAÀ'ÌJAì- DE A PRÉ-HrsróRÌcÁ Impeftto, renascentista napolitano que criou um dos primeiÌos museus de carácter arqueológico (iI1 DanieÌ, t98l:35). E_de notâr que tanto AgdcoÌa como Imperaro não trataran a quesrão especí1ica dos objectos europeus ein pedra taÌhâda, mas sim a sua presença h ìroric. ch.sicr lera ,rJo .!4ercâli , t)4t .t:,rJr rrn do. pr,rneiros " reco nheceren a ongem humana dos objecros eÌrì pedra taÌhada. MicheÌ Mercâri. encarÍegado peÌo Papâ Pio V dos jaÌdirÌs bolânjcos do Vaticâno. e médico do Papa Clemente VII, escÌe'veu a obra Metallothccd, que penììaneceu em manuscnto na BibÌiorecrì do Vaticano âré 1717, ano em qÌÌe foi pÌÌbÌicada (DanjeÌ, 1981r35). Aíloram iÌusrrados urensílios líticos em pedra taÌhada e foi sugerido que esses objectos eraun ânteÌioÌes ao uso clo metat, mostrândo que tais objectos eüm conìecidos e referidos na pÌóp.ia Bíbljâ e em autores cÌássjcos (Dâni.gÌ. 1976:26, l98t:35: Trjgger 1989:53). ,, En A.Theologìcal Srstem upan that pre4upposìtìon íh.i Men were beíare Add'r, publicâdo em LondÍes em 1655, Isaac de ja peyÍere ( 1594_ 1676);fir mâ que terá havido dois momentos de criação do horÌern. Llm primeiro de gcntios e. num segundo monÌenro, DeLÌs terìa criarto os Judeuia parú de Adão (McKee, 1914:461)_ De La peyrère aÌgumenrou âinda a iàvor de um tempo maìs longo que o da Bíblia, aimündo que ..todâs as cojsas que foÌam cnadÍ6 no segundo ve$ícuÌo não podiâm rer sido criadas num só dia, e muito menos num meio diâ eü que Deus criou rodas as crjâtluas e depois o homem,, (in McKee, i 94,1:461). paÌâ pÌovar as suas ideias, de Ìa peyrèrè afumou ainda que serÌa rmposstvet repovoar todo o m ndo após o Dilúvìo, peÌo que âs cheias terjam sido apenas üm aconrecjmenio. Ìocâlizado na áreâ judaica O4cKee, 1914:464) e que, porranro, â Bíblia era âpeDas a história do povo judeu.ene conret.. de h pe).ere rfi -ÌÌìou que..a. |e,lÍd. de rajo. ráo erxm Írxr. do qre o rrr.úio. da pnmi iv" riç.r pre adáÌniJa rDaniet. talÕ:Js_ ror. r omo.enn d( eperar. d( La, ideia. nro |ordm ace (.. e de la peyrerr e as süas obÌas Iorâm objecro de análise da IÌÌquisição. resultando ná sua retractação pública e na fogueiÌa paÌã os seüs Ìivros. _ , _No ano seguinte, em Inglatena, o anrjquiirio Sir WìÌÌiam Dugdale (1605 -1686), no sen The Ann.tuities of Warnshìre, aÍ.]lbr'ri os utensíÌÃs em pedra au. dnl.Ëo' Breloe,. relenndo q c ese pun u.dÍi r pedra Jìte Cle roer I-dbaLirro Inetnì íD:-niel. l08t.Jô: l.iËger tqsa:5r/. f.lJ ioe.â(onr,nuou na.iamíia. uma vez que o genÌo de Dugdale. o Dr RobeÉplor, responsável pelo Almoleân Mu(eum. chegou ) aÍ-Ídr qu,. 05 dnljgo Brelòeì teriam uçaoo m1 J Dedra do que o melal e qLe,eìd tdle,, posriel aprender.e como é q e os seus utensflios em pedra tinham sido uriÌizados e;ncâbados atraves dâ compâração coü os dos índios da Nova ÌngÌarenâ. SensileÌmente â partir desle momenlo, o núrìero ãe estudiosos que tra- tâ a questão da aurenticidâd€ dos iÌìstrumentos em pedra aümenta Ìapidâ !.nÌe nâ Europâ. ErÌì àìbb€í SibbaÌd ( l6t8 lÈ$on (Ì755) em Ìr hrsieu (início do secu 'l-18) (DanieÌ, 1981:: E países nórdicos c( h.oppidan (1763) (I Durante esre peíü è !'olecEões que dep( -rrìações cieníÊc"s & objectos "exóricos i-a .esÌrÌtândo râ o +se Fabião. l98q IÌhas Brirâtricà -qkles imporÌnr@s -I-mdon (1?17). qE lno.eaSocietyo que surge a Sci çe as antiguid* da epocl Com é ie RoyaI dess lr esÍa úlrimâ F fugiesas. tiv€Í- Õ mütrdo nâú.I e.d Ése cona€xro IÈr o Flirrm F d€ sílex -dito de elú O Íúerib d tL-múo6 dJoàaR bdEs;-r rhiel l$l_ì e's=rô E*sllÊiistu
  • 28. IúsroRrLa A EMERGÊNC|A DA AReuEoÌ-ocra F[Ìe na Europâ. Entre os melhores exempÌos destacan se o ântìquriÌio t ìbbeÍ SibbdÌd (1648). o bìspo ChaÌÌes LyftÌeton ( 1766), o escrirorSamuel liÌnson (1755) eÌn lnglârera. enquânlo que en Françâ são Afioine de hsieu (inícjo do século xu), Pére LafÌtâr (l724) e Anroine yves cosuer .Ì-l8r íDrírel lq8J:ì e J8./. A memd coner.e de o(ni-mento aD;ece E Pfle. nurdico.ôm o. trabaio de Kj ,rr Slooeu. !t/ìòr e d; Fnk rbcppidân (1763) (TriggeÌ. 1989:53 a 55). D.Ìrante este peúodo deshcam se dois aspectos hjstórìcos: a fonÌação è --olÈcções que depois se transfonnam em museusì e a consriruicão de -:r.{óer cie'Ìrl cd.ouc.rlÍuí ì O. n-rmerro. perÍÍLliram a i{Dú,,lcro rL aai:ctos "exólicos e Íaros" de forma tão públicâ quanto possível nâ l-a rÈsultando nâ credilação das teoias cjentífìcas pela sociedade civil lqr-JÈ Fâòião, 1989; Jorge e Jorge. 1998, para o caso porruguês). {s lhas Brjtânjcas viràm, durânte o sécuÌo xvÌn. a foÌmação de várias -.-+4= impoÍanlesj das quàis se devem destacâr a Society of Anúquaries l-doo (1717), que pubÌica o nú1ìero um da sua Íe.vjst,t ArchaeoLo!íd t--0- ê a Society of Antiquiaries of ScotÌand 11780). É tambóÌn neste çE sürge aSociety ofDiÌenanti (1734). nostraruo o rrrcresse enor I dos p.imeiros museus de Ê' nào tralaranì a qucstão lã- mas sim a sua prcseüça E isso Ìeriâ no passado da ) |m dos prìneiros a reco- .â Èlhada. MiclìeÌ MeÌcâti, ffi do Vaticano, e nódico údrd. que permaneceu em :no em que foi prülicada i lfticos em pedÌa taÌhada e n Eso do melaÌ, mostrando FE ria Bi:ìrÌia e en rutores Bq53). '6''ion ntalt Men í,erc before âPelÈre (1594 1676) afÌr- b homem. um pÍlmeÍo de ddo os Judeus a paÍtiÍ de úu ainda a favoÌ dc um | *todÀ a.s cojsas que forìÌn diâzl,s nu só dia, e muito riaturasedepoisohomem de la PeyrèÌe alÌÌmou aindâ pó6 o Dilúvio, peÌo que as krcalizado na áea judaica r +enas a história do povo 'âs pedÌ.s de Íâio" não eram dmìca (DânìeÌ. 1976:35- m aceiles. e de Ìâ Pe'Íère FisiFo, resuÌtando na sua Sir Yr'ilüam DugdaÌe ( i 605 dhri os ulensflios em pedra !ãã a pedm antes dc saber [}J.3). Esta idela continuou L RobeÌt Plot, responsável eoc antigos Bretões lenam râlYez possível âprender se sllo utilizados e encabados oYa lnglateÍ a. üro de esludjosos que tra- a pedra aumentâ râpidâ- F õ antiguidades cÌássicâs tinìam para a alrâ sociedade da IngÌa_ à epoca. CoÌno é evidenie, a IoÌmação destas sociedâdes, bem colno .È cârìícter cjentifico conìo a Royaì Sociery of London (1660) ou a -Royal des Sciences (1666), ou rnesmo a Society of AntiqlÌâries e*a última que tinìa por objectivo estudar e preservar as antigui- -çsâs. tiveÌàm um impàcto djreclo menor na questão da antisui Eodo nâturaÌ e da origem do homem, mâs perÍÌitiram a difusão h ._ortexio hjstórico de aceilação da aurenricidaale dos ulensilios o FóxiÌno passo impoÍanre foi o da questão da âssocìacão dos ,:DÍn os fósseis de ânimais de espécies já ertinras. IÌustra o caso d-'sflex encontrado em Londres e que estava âssocÌaoo a um .&o ih eÌelante, Ìnas que Daniel juÌga ser de mamure (DanieÌ, O Êferido achado foi descriro por John Bâgford em 1715. êsso- rÍor a ossâda do "eÌefante" à importação cÌaudianâ dur.ìnte a Ítmnna das Ilhas Britânicas (Grâyson. 1983:7-8: croenen, f_a ouEo caso semelhante é o dâ gruta de caylenreuth no Jura * Johânn Friederich EspeÌ em 1774 enconrÍê ìÌì conjunto de im€nto e a discüssão das novas reorias cìenlíficas que! por sua o contexto quercientífico, queÌ público. rendo possibìljra do coì,erro de Pre H:i,ona e dr eolucro d. nomen . ar.ociâdos â utensílios de pedra lascada e fauna de espécies ! Árociaçâo é apenas fortuira. j á que não poderiam ter a mesma ,tbiÈL 198 I :38; croenen, 1994:3 8). No enranro. EspeÌ âcaba Dor h: -* Gr.riais forarn depois estudados pelo anatomistâ Jeân_ChÍisúan 33
  • 29. MANTaL DE AReuEoLocIA PRÉ-HIsróRÌcA Rosenmuller em 1795, chegando este à conclusão de que os Íestos humârÌos estavam associados aos ossos de urso e de leão, espécies já então extintas íGroenen. 1994:39). O primeiÌo sinal cÌaro de invo$ão nesta coÌaente de pensamento é o de John FreÌe em 1797. FÍere descobúa um conjunto de bifaces e outros uten- síÌios em pedra Ìascadas associados a fósseis de ânìmâisjá extintos na ca- mada inferior de um coÍe com cerca de quatro metÌos de espessula. As camadas superiores tinhan câÌactefsúcâs de fonnação maÌinha, peÌo que FreÌe concluiu que esses achados peÍenceriâm â um grupo humano de um tempo rcmoto, ânterior ao dâ épocâ actuaÌ, refeúndo_se ao tempo bíblico. O seu contributo lbi enviado à Society of ArÌtiquâdes of London' a quâl deci- diü publicar o aÍigo (Daniet, 1976:25:Daniel, 1981:38iVânRiper, 1993:8; croenen, 1994:38). Como seria de esperar, após â sua publicação' o raba tho de Frere não recebeu quaÌquer apoio (Daniet, 1976:26). A primeiÌa metade alo sécülo )rx pmece Ìeflectir definitivâmente â in- versão das perspecúvas cientíÍìcâs sobÌe a autenticidade dos utensílios em pedÌa Ìascada. Talvez porque foi nesse período que se começam a lazer as primeiÍas escavações de grlüâs paleoÌíticâs e, por conseguinte, é também nesta aÌturâ que os pnmeiÌos fósseis hulÌÌanos começâm a sel encontraclos, Contudo. até meados do século )a- contjnuou a existìr ainda grênde resis- ren. ra. Ìnesmo perrDle prora. empLrica. crarat dr a'sociaçàn enue ütensi ìios em pedra lascâdâ, fósseis humanos e fauna de animais extintos (Trigger' 1989:92). As escavações dos depósitos plistocénicos dão-se principâÌmente ms Ilhas Britânicas, França e Alemanhâ. Ê preciso recordaÌ que nessa época já se efectuavam as gÌândes escavações dâs civiÌizações mediteÍânícas e do PÌóxìmo Oriente, b.3m como Ilas Amérjcas (vejâ se o câso de Thomas BÌface encontÍado por John FÌere em I797 e publ cado em I800 na revista Ár.hae/ogla. Jefferson que, em li rqueoÌógicas em síti ìIortimer Wheeler a Ê história da aÍqueol E pois nesíe coni d gruÌas e noutros d õ E-abalhos de Phü - Bélgica; lohn Mi ìckland (1784-18t llBO5-1872) na zor htpeÌÌjer e Bouch El:48-49; Trigger lE o seu trabaìho e I -|aÊ extintos e ho rcspactrvos aÍIefu Fs mérodos è i pe-a eliminâr q údo cietrtíficú fur€mente úac qlìe etes F Un dÉs èqtnú -<s,th-ir d & peÍspÉuir de kÍú t6r€úmF -í|nilâl' pd. i!ãèBd da q'a o6rer .É r|ErEíii.l -ÈEFL dÈren ìaB.ii d OEs|ba è}lrfut èl Figura s. 34 ìlibàrkg
  • 30. L ",,'D "Q"o'o'' . ï,i,.l,iiïï J,Ï,lljl;1,:.ïiãiï.'J'Ìii;Ïil'Ëïi:il:.::,:'ffi:.ir3iNshumanos :: ,: entio etintrLs :-nlanìentoéode :: .aJi e orLtros u!en_ :r: tr rÌìrnos nâ ca- ::. J: esPessura' As .: :r..nnh.Ì, Pelo quc ---r:, huü!Ìno íle LLrn --l .,. rrmpobfulico o .'r,iLIr. .ì 'Ì!ì3i deci- l': rn RiPeÍ, ì993rllr -: :ioÌi..Ìção. 0 lÍâon- -:::6' j :.irnitiamenl' a nt -i: ,ios rtensilios em . :.. eçânì x 1a7eÍ as : r..3gurnte. ó ttììbeÌn -:.i1 I sel encontrâdos rt.:f rindâ graod' resls- ::i.r3qào cntf È !ìtcÌlsr -r:rri! eÌinlos (Tnsgcr' : .Ì Pnn.ipâÌmente nas ::r:1r quc rìcssn épocdla :.:.e. nÌcditelÌànicas e do :. i:,,.rìso de lhomlls ', i:., ï": ;-;q,:ì;;;. ;,""--.'".'"..1 :::ì.:;:.,.;"ì -ì,"s . nnut,us 'lep"''t"' pìiÌ"ccnr!o' uc . u.'" i"i. c', ,;.-_s."''.,;,s '1: iï.,ï]'.'ï' :';; :: rÌü : J,,hrì MlLEn(n lllLìo lx+l-ì eìÌ , | òr-,8:o' 'n, PJ ' rJ l"o'': ll'1",'l'^"i-:"]ìÏ']1, .,'ïì:,,:.; i"J' ;.;..*.,oôr ì4'+ rôdô"'('ren'xr"n - ;,1;". -.."-. ".*"bJ.^.'" t., Ìr o : jill'*::-": l:ì '.1,;ì;;.'.q;,. d,',r'' q'e nu'e'e Lu (Í''be' r-u'oe' . ;Íl; .Jl:ï::"Ìì:: ïï Ï';''"iì:- lli::: :,'ì:: ì Ïli':il;:i:'l'"'""a;'''' ''ì'u ' :l:i:i ,l:ll"'. ',-l:'ï''Jì:'J' ;*'p'* ; " '*" íre Boucher de PeÍtlÌes' que ' .ì"ì..t*t tl^*nrtnte pcla antiguLtìarìc dos aúefactos encontra- ' ìnìi.," a.' s**'c acfe'ìiÌa!â na sua^c'ìcìidade cotn os 'Úos . r. .". ., ."...'" ' "t.'- :::':] ";.r.;:; ,;.,".-"""-''.,** ' ''rocu' p'e . " " '"'" rnerJ nrr';or:r Drrr';'ì-:'l"l:^:.::;; ']t " ;ïr ll jl:Ïi : ::;:::"::::1":í::l''rlì' r' ' - .,""-,ïïlìÏ"iü^;" 'ì'i'ì' dt''t'"' ' n*or;rr,'r€n,,cs (I8'r7)' , - ..LJ* alL""itnos passâfiÌnÌ a ser ânlcdihl'iânos e poÍÌamo' . rrno brt'li!' r '" ."'; retu'rd drn' p<lorr '""ouei'rrr'4Peri:r B r''rnC e'ru!r''r( rÒi' P(r't l')''r'r(r|ÌbdÚ '..,i."t itttto'y s"tiel'v de ìecomeçar o iÌabâlho eÌn Kem s - l'. , :1,' ars escauaçòes de aÌnbos os sítios colfimìou o:ü:: ' ^ tr L:nh_ Inu''l 'oo 'r:'lâ < de 'n n" '' lx rr ''rlo'-. : ' J: Pedr hscada e os ossos . .. ."'."r,'or" at e;xÌrrm Câe e 1858 â RoyÂL Sociely ' a , .-1. *i**-r".r(r"nandouìnacÔmissãodeìnves!igâç'opara-:- . i!lll.àd! cm I800 nÀ 35
  • 31. , Êl âs escavâções da gÍuta, que incluía, enÍe outlos' PengelÌy como o respon_ sável pelos trabaÌhos, Hugh Falconer (1808-1865) responsável peio estudo da fâuna, Joseph Prestwich (1812 I 896) e ChaiÌes LyelÌ Estâconissãoâca bou por torn.Ìr príblicos os achados 'r confÌrmâr, sem margem paÌa dúvidas' a associação da launa extinta com a indústria de pedra Ìascada e. definitiva- mente, at;sur a âÌltiguidade dohomem (DânieÌ. 1916:59 e l98l:53;Trigget 1989r93). Em I 85 8, FalcoDer visitou o VaÌe do Son-me' econsiderou que as ideiâs ale BouíjheÍ de Perthes iinham fundâmento No ano seguinte' FaÌconer retomou ao Vate do Somme, tÍâzendo consigo Presiwich e o afqueoÌogo John Evâns (1834 1908) (Daniel 19?6:601 Trigger 1989:93-94; GÌoenen lqo4 05 hôr. No ,Ìrern o ano. Prerur'h upÍe.entotr u'rr comuni'â(ào à Royâl Socìety en Lordres, com o títuÌo "SobÌe â ocorÍência de aÍelactos em sílex associados a restos de espécies de ânimâisjá extintas em camâdas úe um ocnbdo r.eoldgrco recenle Je qmier' e Aoe ille e de lnglâìeÍd e'n Horne : LDarìei ìa8i 5 ì: an Riper' loo ì: ìoh-| | | ) Fna omrnh rcao de 1859, junramente com oma outÍa de Evâns à Society of Antjquâriâns e o ÌiÍo d; ChaÌ]es Lyell de 18$,'rhe geolagical ?údences oÍ the aníiquìtv al nar, eÌiminaran para se[rpÍe a dúvida da ântiguidâde da humanidade e da sua associação com i lústdas de pedÍâlascadae a espécies anìmâis já ex- tintas - ã Pr;'História podia assimexistir aindaque essadesigação tivesse sido já uÌilizadâ desde 1833 por TouÍnaÌ (DanieÌ, 1981:41ì) 1.3. A questão dâs periodizâções e a arqü€ologia pré-históÌica no final do século xD( É só a parliÌ de meados do século x'L. que se começa a geneüÌizal o termo Pré História, apesâÌ de existir desde 1833 Este dado pode ser obser- vado em autorcs como Daniel wiison quc, em 1863, na sLÌa segunda ediqão de The Archaeolog! and Prchistoric Annals of Scotla'd (â púneirâ edÌção datâ de 185 L). afinlâ "a aplicaqão do termo pÌé-histórico já usãdo' se não me engano, pelâ primeira v,3z neste trabalho" (in Dènìel. 1976:86) Sem dúvida que o conceìto de PÉ Históriâ é impoúante, mas talvez âinda mais impoíante é o da ideiâ de que a Pré-História se poderìa dividir em v&ias fases. As periodizações' que de inicio teriâm sido definidâs por umâ simpÌes questão dc organização dos Ìnateriãis arqrÌeológicos' come (am clenoi. d.eI reorganr/add' e ubdi!:didr' p"-a que e pos'c compreen Jcr " evo'uçáo e r uire^ioJde Lulrrrrr' do homem p'e-hj'Ìd ico A ped;dìzação é uma dâs prineiÌas lèrÌâmenlas da aÌqüeologia pÍé- histOrica, servinao corno método de organização e dâtação relativa do seu objecto de estudo e que continuâ â ser usâdo na ârqueologia modema Desde o sécuÌo aü q E. bdtâções refercntÊs à r Firúeira orgâÌrizçâo c!€ à r cabo na DinâÍâÌcâ n 3smâ das TÉs ldad.s- i.qanização da Fttrs EÍn 1806, Rasmus I .-ï,-üegl publicorì uú lÉr dÈ*ìrição de mdÍt lrfcaedificaçaoèr -- o goìemo iliffi ãc,ão e Colêcçao. fLamarca da aftr| d ia do co lito - è o inte.esse pêb Íz€Íàm clm çè a úárfiias Pa:l ItsW-qlEf(r-r- sr_mda|r-Ê Cbrí-h e Fw-:atl oL-a íÍrtEr.ll cI<4- irÉí a InglãF i diMnÊqÉ .*i-. --iL ..ê..r F-.Ê-i ri-- rlD-Ll -.--*b-I!Ék È{-r-- Édtlltü- rdiÉr*rè. -d--Ibr
  • 32. slly como o resPon rnúveÌ Pelo esluoo L Ésta conÌissão aca- regem pâÍa dúvidas, lascada e, defidtlva- De l98l:5 3; Trigger' dderoìr qìre as ìdeìas o segìrinte, FâÌconeÌ rsich e o aÌqueóÌogo 1989:93-94; Groenen r uma comunicagão à lrênda de aÌteiactos á €xtinos em camadâs 'i[€ e de lnglâtena em ! Êsta comunicâção de ly of Antiqüarians e o. ,a:es oí Íhe ^nïìqürtY oJ & da humânidâde e da €{écies animais já e)'- €ssâ designâção trvesse 98r:48). €ia pré-históricâ no : cDmeça a genefahzar o lse dado Pode ser obseÍ- 13, na sua segunda edição odand (a PÌimeira edição tuórico iá usado, se rÌão Daniel, l916:86)' é impoÍrnie. mas talvez mstona se Poderiâ drroÚ Eianì sido definidâs Por iâis arqueoiógicos. come- fir que se possâ compreen ú pré-histórico 6tas da aÌqueoÌogú PÍe- b e datação ÍeÌativa do seLì dqueoÌogjâ modema' Dede o .e.ülo !m que di'eÍsÚ' estuLlnos ÌeìluÍóm d con'úrìçio de *.'íìrltu.'ì.i.,."'e'' Pre Hi{ôric (Ddniel lasl :ss s8r' Nãu obrrnre' i.J.ir" o,r-lr*," "edrer de rrna 'Jhdj isi' ü pre-hi'rorìa foi le"- -;jl:;;.1;:m:.Y:ïji:,iì::ïiìì"'i*'"::T::f ilïÏ: ,È oígrnizJcro da PÍe-Hisloriâ xjnd"hole, .,:caí;o d- t n:eísid"de cte Em 180b, Ràs us NleÍup o blorrolr c.JJago. puuri,* Lm li ro eÌÌ' ouetnr"$d n 5e'r Je"onrentdmenìo ãJ.irlr- * 'no'ttenros arriËos rxnìbêm ne''e docuÌÌenlo Nlerup Ë. ".,ìL"-.," a. ,, T";::_" i::iJ:ffì.1ïi:ï,ì,ìï*Xï,l, :Ëff:;"1:"111:J.xïì "ïlili illl".; ;' .'"e u cu".e ;o nor r' : co lìï,-iï,'a, crmÍr e.u cm rrrdo propi'ro x eJe desenor!imenro "tru =ï.ffi; .";. '" lnslo lrancc' duranre " epansào do Tntpe-to il-ì.",, '*,r*" ì oca copenr'og" en r80Iedenooern I807 o ã;;; ã'.;;*o,* *"*lï :lïlïÏ"liïilï"3,ïlï ïïi'i tFr e o inteÌesse pelos ":ot T':o-"lt:t -..^^ ^ -^-.""(cê r h,hâÌhar. A EMERcEN.Ì{ D!! Q!!g!9914 =ï*iìil:ï..1''r.'' ronnrs'Ê e começl'e c rrcb'rh :;;il;;, ;"?' ;;;.; 4,ìseL da' An'is'l':dale' Nccionli' dr -,ffi" .', ,* .''ro:.so d' nuru'mirica c'os'r..: "-l " lT::i õ i"r''," o" *rl"'.,,i." inha dü 'eculo "nterior' i,nreres'e à"ãiee"., t s,Ìs,;+l sue Àoôò) incÌuía a orsaniziti: 11'^T:: .ïir .,".ìì"i"t'.,. ".'"'d pera'uJ i ncdçro mJ'l''"': lil :l- J;;;';:;"ã,'."e."' niocon in''rm inscriçòe' ìrabrhoque ||||E.-oúecia com ceLtezÀ -L+. o.' . . Ì nomsen Jeciuju -c'It'"lI d: -t:Li-":lÌ:^g]:'.:i"ï*,. '"*i"J" "." oi'i'áo em-'rè' l:r'e':a' lodde'oa PedÍd do :;Ë;. Ëì;; ''' .',., brseaJo na' l re' ldade' rerr tale/.sesuido ã.a"". nï.ãi"ã".." anamarqueses'loúo,P.sh!Ìm ( 1776)' skuÌi I,iso.rlou L. s vedel si'Ìronsen ' rSlJ lÒr' 'egr ndoo' q,t'r' **J;"ì;J.;, peo,.. r,m" raade rn cobÍe e uma ldddc d^ . *- .'*"átl" desses historiadores' Thomsen preocupoú-se em oaÍ =--J#; ;" ",u"u'"' "'' p"''*" que aclbou por'er' reâd' E.- ú, ", o,"'e,. I oÒ | :sR,. Des,l roÌmd"ï"::ï ";:J: T:: ffi'**.i;;í;;;*; iorn o 'ist"'nu úoao por si com o jnício ;*bt.'th"."" "erilìcuu J drfi uloadc dc rrdourro Lìo' aíeÍ"cro' 31 *'.,*ïi:'iilï*:Xãi3iïlüï"'ï" *-o.- e q.Ìe "uranrc ânos -ië"i*iã +"'"0"0" 9"..1i:1il:-i::"ï:ffi:ï"li',ïÏè:i:1 =ff';,'ff ÏÏ#ïiË'i:iff :ïÏ::'ï'*:1,6iÌ'.ï1^::ïi::""::,ï:
  • 33. MANUAL DE AReLrEoLocra PRÉ-HrsróRrc^ aos váÌios momentos cronológicos, uma vez que esta dificuÌdade Ì€sidia no fâcto de um objecto em pedra poder fâcjlmente peÍtencer a qualquer um dos três peíodos delineados. Para obviaÌ este problema, Thomsen começou por usaÌ gnrpos de aÍefactos que tinìâm a nesma proveniênciâ e qüe, poÍênto, foÌmavam uma unidade arqueoÌógica. Comparando estes grupos de aÍefac ios seria possíveÌ orgdnizálos de forma coerente, isto é, seriando-os e agru- pando âqueles que apareciam junlos, de modo â ibrmff conjunlos de cârac- terísticas dos diÍèrenles períodos, Pâra isso, Thomsen construiu uma tipoÌogia, que depois subdividiu de acordo com as matáiâs-primas de que eram feitos os aÍefactos, bem como os padrões de decoração de alguns objectos. Deste modo, e com bâse nos grupos de arlelàcios com a mesmâ proveniênciâ. Thomsen pôde vedfìcar quais os tipos que apreciâmjuntos e organizaÌ a sua cronoÌogiâ de aÉefactos essencialmente com base elÌ crité rios estilísticos (TúggeÌ, 1989:75-78). O Sistemâ das Três Idades complifico -se com uma posteÌior subdivisão eÌn Idâde da Pedm Anliga, Idade da Pedra Recente (fase durante a qudÌ se começou a utilizar o metaÌ e se iniciou a irÌumaqão dos moltos em estutrÌras megâ]ítjcÀs onde t ìmbém se encontrava ceràÌÌica), a ldade do BÌonze e a Idâde do Feno com duàs fâses (Trigger 1989:76). Este esquemâ foi pubÌÌca do apenas em 1836 na obÍ^ Ledetruaà til Nordisk oüllqüighe.l (Man]ual da Antiguidâde escandinava), tradundo para aÌemão no ano seguinte e parâ ú glês somente em 1848. Dânjel (Ì976:78 79) âfirmâ que foì depois elaborâdo pelo segrÌidordeThomsen. JensJacobWo$âae (1821 1885), um sistemâ mais compÌexo que incluíâ sete fâses, no quàÌ existiam duas fases, rcspectivamente para as Idades da Pedra e do BÌonze, e três para a Idade do Ferc. Este tipo de ordenação cronológicâ e orgânizâtjvâ dos materiâjs aÌque- ológicos râpidamente se espêÌhou peÌa ErÌropa. Na Suíqa, o sislema foi uti- Ìizado pdncipalÌnente depois de Worsaae desenvolver esse sistemâ e tâm- béÌrÌ da pubÌicação do seü trabalho exemplar de estudo da estraligrafia e formação dos concheiros dinâmaÍqueses onde provou a apÌicabìÌidêde do sjstema intÍoduzido por Thomsen e desenvoÌvido por si próprio. O trabaÌho nâ Suíça prosseguiu com Ferdinand Keller (1800-1881), de Zuriq e, que Ìocalizou peúo de duas centenas de sitios 1âcusÍes pté hislódcos em rcdor dos lâgos de Zurique, Genebra, Ne!ÌchateÌ e PfafEkon (DdnieÌ. 19811 6G 61), seriândo os cronoÌogicâmente. Na Escócia, DanieÌ WiÌson utilizoü o sistemâ tripaÍido paÌa organizar a colecção de aÌtefactos dã Society of Antiqüâries of Scotland, mostÌando que os estiÌos encontrados na Escócia eran'Ì diierentes dâqüeles $e Thomseo tinha camcierizado na Dinàmarcâ, WiÌson chegou â soÌicìtâÍ que âs cole.- ções do Museu Britânico fossem reorgaÌizadas sesundo o novo sistemâ de Thomsen. Mas, ao contrário do que aconteceu na Escócia e na Sì.Ìíç4. o grupo de antiquários ìngleses não aceitou o novo sjstema (Trigger, 1989r831 ,lE 5 b- b 38
  • 34. ff-' ÉHrsróMca pe estâ difrculdade residjâ no e Isr€ncer a quâÌquer um dos ,hà Thomsen começou por LFoYeniência e que, Portanto, Édo estes gÌupos de artefâc- Ê isto é. seriando os e agru- r a formar conjuntos de carac ro, Thomsen constÌuilÌ uma m âs matériâs primas de que tõ€s de decoração de âÌgllns B ab aÍÌefaclos com a mesna 6ripo6 qüe âPaÌeclâmluntos e riâlmeúe com base em crité- ,cm ìÌma posteior subdivisão L€ e (fase düÍante a qual se qfu dos mo(tos em esüuturâs ki:a). a Idade do Bronze e â :õ)- Êste esquema foi publica & Olàbndighed o/I.aflAal d^ rib no ano seguinte e parâ in- tua que foi depois elaborado e(1821-1885),ümsistema mais m òiâs fases. respectivamente É a Idade do FeÌÍo. túizativâ dos matenais ârqÌre- pd Na Suíça, o sistema foi uti- -ã!:olver esse sistema e tam I al€ estudo da estratigrâfia e È pÍovou â apljcabiÌidade do lviìo por si próprio. O tabaÌho (180G1881). de Zurique, que tses pÌé-histódcos en redor e PfaffrkoÍ (DanieÌ, 1981: 60 Ema üipaddo para orga,'nzaÍ a Fies of ScotÌand, Ìlostrândo iEEntes dâqueÌes que Thomsen àÊgou a soÌicitaÍ que as ooÌec- fu segudo o novo slstemâ de Ecerr na Escóciâ e na Suíçâ, o Drc sistema (Trigger. 1989i83) E r+1ìndo aspecto tundarnentaÌ na história dâ aÌqueologiâ foi o de- -Émprestâdos". mâs cnou o se próprio método com bâses teóri do estudo do Pâleolítico. O PâÌeoÌítìco âpmece como uma A EMERGÈNCÌÀ D^ AReuEolocÌa este processo hjstórico é de saìienlìr um aspecto, atiás reconìecido :dém por Trigger (1989:84): Thomsen, com a eÌaboração de uma estru- Er rÊóricâ paÌa a periodìzação da PÌé-história, trabaÌho verdadeiramente úatrte pãa a âltuÌa, consiruiu lambém uma fenamenta melodoÌógica es- FÊnEcã da arqueologia. Devjdo âo desenvoÌvimenlo dâ sua oÌganização slógica da Pré História, que conjuga as teorias sócjo-evolucionárias ddtrid-âs no SécuÌo das Luzes com a informação recoÌhida peÌos seüs ---È.ssores e com o corhecimento de sedaqão estiÌística utiÌizâdâ na -sríticâ. Thomsen inventa um método de datação relativa. Este novo ú;b (k datação reÌativa foi desenvolvido especifÌcamente pàÌâ â aÌqueo- +ípí€ histórica. Assim, e âo contÌário do que tradicionaÌmenle diz a his_ '- de arqueoÌogia, os métodos ârqueoÌógicos não são apenas onundos de --a- como a geologiaou âpaleontoÌogia. De lâcto, as sequências crono- EË dêsenvolvidas no seio dâ geologia e dâ paleontologiâ, e que são *trte tidâs como â raiz da cronologiâ e das pedoúzâções pré-históri -,rò forâú a base dos métodos de datação dâ aÌqueologia pré-históricâ hÉase esú o desenvolümento da metodologiâ de Thomsen. esruturada rlrioeia e na seriação desenvolvidâs especificâmente pma a aÌqueolo l- do em mente um objectivo arqueoÌógico; a organizâçáo de aÌtefâc- -lF-LiqÍicos. A AÌqÌleologiâ Pré-histórica não começou, portanto, conl esdo importante, nomeâdamente porque provoca omâ curiosjdade úal- suscita questões sobre o início e a antigridade da hunani- que, como se viu, deu azo a gÍandes debates, tanto no seio da científica, como no público. Simultaneameüte, o peíodo em qcou padrões impoÍantes de qualidade cìentífica para a aÌtüa. ÈSiia à estratigÌafia, aspecto que Ì rlca a sua ligação com a geoÌo- r p6ìeontologia. Ora, em meados do século >rD(, estas duas ciôn É pnmeir r linhc do dcrcn ol r,ììcr'o cienrrìco e de E d1.Íor à ._ücepção do mundo naturÀÌ. A Ìigaçío entre o estudo dê Prc dâúdo-lhe um câÍismâ científico muito impoÌtânte. O facto de ga Llade da PedÍa em duas fases, lascâda e poÌida e que foi rÈ o ílÀã: crencra ndrurri. toÌlaieceu grcnderenle d drqueuìL'gic iÉnro ter tido Ìugar nos dois pâíses mais hrportântes dâ EuÌo- .-l-q acontecimentos, a Frânqa e a lnglatenâ, ajudou também à .idntíficâ dâ disciplina. Deste modo. fâcilnente a êrqueoÌogia iì ie impôs e serviü como modeÌo pdra o Ìesto da arqueoÌogia. lair dÈ Éleolítico estâva imDlícitâ no sistemà de Thomsen, atrnvés th,r* ieÍos momenÌos após â sua divulgação (€. g. , LaÍtet e ChÌisty, l9
  • 35. 1864). Foì, contudo, John Lubbock em 1865, com Pruhirlo/ic tim?s, ds iÌÌustrated br ancient remains, and the mdnners and customs oí mo(íem sr7Ì,agrr, que inrrodtÌziü os terÌÌÌos PâÌeoÌítico e NeoÌítico. dcfinindo-os corì base nos artefactos enl pedra: Íespectivamentc pedra lascada c pedra poÌidâ Foj tâmbém este autor que, no seglimento da pe$pectrva daÌwirlistâ dâ se- Ìecção naturaÌ, âlìrmou que os grupos humanos se tinìam djversific.ìdo não só cuÌturalmente, mas tambéÌÌÌ na sua capacidade bioÌógicâ de utiìizar a cuÌturâ (TÌigger, 1989: I Ì6). A subdìvisão da Idade da PcdÍâ de Lubbock (tarÌbém lorde Avcbury), bem como a inÍodução dos tennos PaÌeolítico e NeoÍtico foram, sem dúrvi- da- impoÍântes ÌÌlas apenas por uma questão de terminoÌogìâ, umã vez que, como se viu anleriormente, os conceitosjá existjam. No processo de organi zaqão das periodjzações, a seg!ìndâmetade do sóctÌlo xrx viu grânde activi dade no que conceme ao PaÌeoÌilico, principaÌmente em FrarÌça devido a todâs as descobeúas de grutâs no Sudoeste francês. (J conjunto desses tÍa- baÌhos marcou definilivamente â periodização do PaÌeoÌíúco, e ícou essen_ ciaÌmente concÌúdo enì 1912 com o lÌabaÌho de Henri Breuil ( 1877-1961) Uú dos principais estudiosos que paÌticiPaÍam no processo de periocìizaqão do pâÌeolítico foj Edoudrd Lartet (1E01-1871), coÌÌ1 os seus lrabalhos Ìevados â cabo üos Pirinéus e na Dordorúa, onde ÌocdÌizou e esca- vou váÌiàs gntas compaÌeolítico e,laÌvcz mais impoÍantc. onde encontlou vestígios de aÍe pré histórica. De faclo. o seu trabalho, jÌ.Ìntâmente coln o inglês Henri Christy (?-1865), nÌârcou o estudo do paleolítico (Tâbela 1). pois foram eÌes qlÌe apresenlâram âs primeiras sequências cuÌturais do PaÌeoÌílico Süperior, depois de teren percebì do que o PaleoÌítico não repre_ seniavrì apenâs xÌÌÌa só época de evolução humana. Esta peÌiodização as_ senÌava em cí!érjos pdìeontoÌógicos, cujas épocas eram marcadas pela pre- scnçâ de certas espécies de animais extìntos (Tabela 2). A pcrjodização de Larlet. elaboìadâ com Garigou, foi depois âlteÌâda por CbÌisty em 1864. com um esquema Ììais desenvolvido e seìÌÌeÌhanle ao âctual. âirÌda que se- guindo a base paleontoÌógica ârÌterìor. Tab€la 1 D jvisão do Paleolítjco, seg! ndo L arct e CaÍigo! (.r dapÌado de D anlel, | 981 164ì MÁNUAL DE AReuEoLocLA PRÉ-HI sróRÌc^ PERioDo Do PAl-ÈoL.a]co IDÀnE Supeior Rena Médio Uíso drs cdemas e Elefanre Intèrior Hìpopótanìo bs-tqi r ft inbd 40
  • 36. A EMh]R(]ÉNCIA DA ARQUEOLOCIÁ Tâbela 2 Épocas do Q'raicmárìo, sesündo Edouard LâÍtet 11861). I ir.so seguìnte foi dado porCabrieÌ de MoÍiÌÌe! (1821 I898) (Figura ì !:.ilÌel. conseÍvâdor do Museu drs Aniiguidades NâcioMis enl Saint- -?-:ììn Laye, êo contÌário de Laíe! decidiu utilizar critérios ârqueoló- g::: :-r a organização da sequôncia do pâleoÌítico Como seria de espe- ; i! --ìrr conhecimeÌÌtos de eslfatigrâfia e pâÌcontoÌogia forâln uti lizados. E : -ìÌirìo principâl foì o da cultura materiaÌ. vista ìÌas caraciensncas Dí r:-.tos ou. de outra foÌnìa. a lipoÌogjâ usando lbsséis directores se- !Ei: j: cefia ibrmâ âs perspectivas teórìcas desenvoÌvidas poÌ Thomscn l!5ür-' r Lubbock. .ehitíorìc times' a &sru1ls oJ mod(tt1 o- definìndo os com .:adâ e pedÍa PoÌida- Lã dnr inìsia da se- ú diersificado não rlógica de Lúrlzar a LÈm loÍde AvebLLrYl, ico forânì. senr dúvi tologia. uÍna vez que' o processo de organi rÉ( liu grande actÌvl_ em Franqa deÌido a ) conjunlo desses Ía- slítico. e iicou essen ó Breuil (i877-1961) Íam no processo oe ì 187 L). com os seus mde ìocâìizou e esca- íatrÌe- onde enconlÌoLr ho. juntamente com o ÉÌeoÌíiico (TabeÌâ ll' quências cultulals oo r PaìeoÌítico não Ìepre Esm Pedodizãção as râm mâÍcadas Pela PÍe r l). À Periodização de r por ChÌiÍY en 1864' ao âctÌìal. âinda que se' {ado de Oanlel l98l:6aJ ttÉ E ;:-:itr de Cabriel dc MoÍÌl let. oÍerecjdo por ele mesmo a losé Lcìte EFoc^ IDÀDE Massèt Mrssxt Bise/Savigné Rena L gerie Bâsse, tn Mìdeleine ' r ' rlle/Sxinr-A Lh( uì Elcfante e rinoceronte Le Mouíier , caemr. e Eiefsnte
  • 37. MaNUÁr DE ARellol-ocrA PRÉ-HÌsróRÌcÁ O trabalho ds MoÌ1iÌlet evoluiu ao Ìongo do seu percurso, estando mar câdo por vários momentos, destacando-se os úabâlhos de 1872 (TabeÌa 3). de 1885 (TabeÌa 4) e de 1897 (TabeÌa 5). No entânto, os aspectos principais do resultado do seu trabaÌho é a transformação das "Idades" de LaÍter em "Epocas". passando rcspectivâmente as Idade do Hipopótâmo e do Urso das calemas e do EÌefante às Épocâs Chellense e Moutierense. A Idade da Rena foi dividida em duas fases, designadâs Solutrense e Màgdalenense. De Mortillet, seguindo o grande debale do "Homem Terciário", arribuiu também duâs épocas paÌa essa iâse, e no seu trabâlho de 1897. estrutÌrou loda uma sequência dos tempos proto-históricos e histúicos. Segundo Trigger (1989198), os trabalhos de Larrer e de MoÍillet forâm exemplaÌes, umâ vez que o seu objectjvo principaÌ era o de esiâbelecer â ântiguidade do Homem. Na prática, era necessário reconhecer todos os in- dícios da presença humânâ até a üm momenlo tão ântjgo quanlo possível, demonstrando a pÌesença de cuÌturas cada vez mais pnmitivas. As sequên- cjas que LaÍtet e de MortiÌÌet estabelecerâm para a PÉ História humana, com base em geoÌogia. estratigÌafi a e paleontologia servÍam efÌcienremenre esse proposrto. Na sua perspectiva evoÌucìonária, aqueles pré-historjâdoÌes acabaram por se interessar âpenas por questões cfonológicas em detdmento dos as- pectos da dinâmica e diversidade culturaÌ. Nas muitas escavações que elec tuaràm. pouca ou nenhuma alenqão deram a âspectos relevantes paÌa o es- tudo da organjzação do espaço ou de questões económicas. Mesmo a estÌàtigrâfiâ só erâ registada desde que reveÌasse informâção cronoÌógica, pelo que a unidade estratigráfica nuncâ era mâis detalhada do que â camada geoÌógica. Tâmbém neste contexto, muitos aÍÌefêclos arqueológicos não eram Ìecuperados ou mantjdos porque não constituíam diagnósticos do peíodo de ocupação. Em süma, os aÍefâctos só eram utilizados desde que fossem úteis para a atribuição cronológica e, poÍânto. evoÌutiva dos sítios arqueo Ìógicos, úo havendo a prcocupação do seu v,ìÌoÌ e signjficado cuÌruraÌ. Durante esta fase da histórìa da arqueoÌogia houve âjndâ unl ourro fac- tor bastante impoÍânte na hjstória da ìrqueologjâ pré históiica: a questão do chamado Homenì TeÌciário. Em 1863, numa cascaÌheira de idade pljocénicâ em SaìntPres!. peÌto de Chartres, J. Desnoyers encontrou ossos fósseis com incjsões. Desnoyen a1ìrmou que essâs incisões rinlìam sido fejtâs por mão humana. No eútanto, como não tjnham sido encontrados em associação com quaÌquer indústria Ìítica, â comunidâde científicâ refutou de imediato esses achâdos como sendo de origem humana. De I867 a 1878, nos vários congÌessos de Arqueologiâ e Ernologia (Pa ris, 1867; Bruxelas 1872; BrÌdapeste 1876) foràm mosrrâdâs váias peçàs em sílex, tidas como aÍteíàctos de idade miocénica e pÌiocénìca (DaÌiel, 1976:98). Destes câsos, deve-se aqui relembrar que um dos exemplos con- t=i: ãO ÈÍilo: -E. -{Fl!fll -ì--,GãFlrlrFÈ ,È!tu! rf sh F tÊÍ d hÉ Èrr ff
  • 38. ..Ìnr Inri autêltico foì o de C.fìos Ribeiro e nìatefiai pÌoÌenlenG dr .ìr (Ìa. ':- iJo ao conlcxto dos .tchidos e ro scu possíìeÌ signific.rdo. ibi cons r !nìâ corÌìissão de âÌráÌise das peças. quc nunca conseguru concord - :JÌlenlc sobfe a âutenticidadc do mâlerâÌ. De NÍorlillct e CaIlaìlhâc : !l Ì ) ef.rnì os delcnsoÍcs nìais acórÌiÌnos da cxistêncie do hoÌrìem -: . Ìììrls c.Ììo serir de espcÌar no contcxto cültr.Ìrrl da éPoca fecol -' .:: palaïrN dc DisraeÌi sobìt D 1n' c â.irrcrlula clo Ìncsmo de - .:lrÌf! 7) muilos cìentisias não acrediiavaÌÌì enì t.rl concepçlo. l,rÌ1iìlct. mìÌÌÌa ì(igicâ implacálcì dentfo d.L! lcorils evolucronáfias ' Jre se rcllcctiruì laÌÌbóm nâ sur ÌrcÌio.lizaçÌo. inìpunlrn â preseÌr .:.: rorneÌÌl leÌciário, ou Atúhr?popìth.rk!. alìnÌando qltc terlâ dc ' rìr e. ursor pâú o ho rneÌÌr Èncontrado cìn Ne.rdcÍthaÌ E tâl conÌo _ ::.h.llerr ililèËrlc do honÌenì actual ÌanbJlìl esse Aníhtopqith?t:Ìts : .-_ Lliferentc do lìomcnì de Neuderthal e anìdâ mdis difefentc de :ì::.mì Ìinh.r de fâcioctuio. de Àloíiìlet rfirrìava que os utensÍÌìos : rnlfiÌrrÌn no Paleolítico Inferior' oLÌ klade do HipoI(itânÌo. li :: ::: .Ìn1 pÌccufsoÍ nìÌìs sinìpÌes c arcâico. PâÍ:r cuÌninâf e dc lointì .:,Ièlic.r. conì base nos dors ìrrìncípios Ìógicos aÌrlcÍìofes (o do ..rÌ que nào lbta riffla encontrudo c o da coDcepção eloluúïa : - : .r: rÌì pedfa) dc lV oÌlillel coÌc1uía que os achados eÍ:Ìm au lênlr : . ,')l6r9c)). pcÍtcnccndo ao novo Pefíodo EoìíÌico. A E1FrìGËNcIn D ARQLÌEoLocla ':-'i le rih.resl)aNin pub ..dà Ìrnì lonrà em l87r :r-_:irtn..strrrdo Inar- .:: lSll (Tabelâ 3). i :i!,:rÌos pfirìciplis ::,1:. de Larlet cÌÌÌ ..::.iltìo È do Urso :::.-:rì!. À Ìdrde üì :.-:: Íagdulcnense -: T.lirÍid. ttÌibuiu :r js9r- cstr!ìtrÚou : ::: lLìrtiller for Ì :.. r ir NtabeïcceÍ a -: ::ri.ef !(Jdos os ir1 -- r:-ì,r !luànÌo possíf el. :.:ìÌLÌrx As sequôn- l.: HiÍóna hxnìana. :-. ::rrÌr.lL!iÈnlcn1cnlc :::.ìfir!ìoÍes âc|Ìbüam :- .irÌfirìeÌì(o dos âs_ :: ::.rruões !}ìe efcc- : .:l:enrcs pnra o e5 :::.,i:nicrs. NÍcsmo a .:. -r.rçlo cfonológrca. :i.1.' do qLìe !Ì cnnÌror ' ::jr;.ìógicosnao eranì :::s'r...ti.os do penooo .:: r. úcide que tosseìrì .r:r.J do ÍÌos ârq!Ìeo : .::riÌì.üdo cnlt!ÌÍal. :-:: lrnda rnì ourìo 1âc- r:: rrÌlnifrcr: Il qlÌeslão :: r:t:!rlhcìfr de id!Ìde ::a,r'. af encontfou ossos -:: iÌr;rròêr tiihrm srdtì _i:: illo enconlr'mlos cm .. ri:aL' cicnÌílìcâ relìror -jrr,gia e Ernologiã (P1' :: -rfrdxs váfiâs peçr* ::j- r Plì0cénjca (DÀnLer' :: rnr d|r excnÌplos con
  • 39. MaNaraL DE AReL,'EoLoch Pú-HIsróHcA No seguimento desta Ìógicâ, de Mofiillet criou três espécies de Aníhropapithecu s, desj.eiados A. Bouryeoísii. A. Ramesií e A. Ríbeìtoii, com base no nome de trés dos descobÌìdores píncipais, Bourgeois, Rames e Ribeiro, e representando os produtoÌes dos eóÌìtos provenientes, respectiv:ì mente, de Thenay e de Aurillac em Fraìlçâ, e da Ota em PoÍugaÌ. Do ponto de vistâ da hisrória da aÌqüeologia. não é a concepção de um homem terciário qlÌe é importante. É, sim, o facto de se tercm alesenvolvido feffaÌÌÌentas pâÌâ testaÌ taÌ Ìeoria: de Mortillet e outros investigadores que se debruçaranì sobre o pÌobÌena desenvoÌveram um conjunto de crìtérios que pudesse ser utiÌizado paÌa distinguiÌ a iiagmentâção natural do taÌhe iDten cionâÌ em pedrâ. Segxindo esta direcção foram fèitos testes e compaÌações, utilizando lrrbâlho expeÍjmental, dos quais se podem destâcar o de S.H. warÌen (1905) sobre as esrriâs de fÌâgmentos de síÌer paíidos por pressão mecânica, o de Marceìin BouÌe (1905) sobre um conjunto de fragmentos de síÌex rctiÌâdos de uma betonejÌa, e o de A.S. Bâmes (1939) sobrc aspectos quantitativos do ângulo de percussão em Ìascas de origem antrópica e de origem natural (Grayson, 1986t Trigger 1981:98). Devido a este tipo de estudos, deu se um gÌande avanço no conheci- mento do trabalho da pedra talhada e, coÌno consequência, síúos que se tinìaú como aÌqueológicos e Íepresentâlivos da antiguidade humâna pude ram ser refutâdos de l'onna corÌcÌrÌsiva. Mas é este tipo de ânálise críticâ que, claramente, foi desenvoÌvida apenas muìto mais taÍde, no contexto teórico da chamâdâ arqueologia processuàl e da MiddÌe Range Theorj (Grayson, 1986). E taÌ como a seriação e tipologiê de Thomsen, as técnicas de MofiÌÌet sobre a autenticidade dos aÌlefactos fazem paÌ1e excÌusivamente do mundo da drqueologia e foram concebidas especificamente por aÌqueó- Ìogos paÌa a a-queoÌogiâ.