SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  47
3.ª Replicação 09-03-2010 Formandos:  Ana Fonte Max Teles Curso de Formação Implementação do Novo Programa de Português para o Ensino Básico
O papel da Leitura no programa de Português: perspectivas e implicações metodológicas* * Esta apresentação baseia-se no Guião de Leitura para a Implementação do Programa, sendo, em alguns casos, retiradas citações na integra.
Entende-se por leitura o processo interactivo que se estabelece entre o leitor e o texto, em que o primeiro apreende e reconstrói o significado ou os significados do segundo. A leitura exige vários processos de actuação interligados (decifração de sequências grafemáticas, acesso a informação semântica, construção de conhecimento, etc.); em termos translatos, a leitura pode ainda ser entendida como actividade que incide sobre textos em diversos suportes e linguagens, para além da escrita verbal. NPPEB, p. 16 Leitura
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],Processos de Leitura
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],Processos de Leitura
2. Construção de significados 2.1 Microprocessos 2.1.1. Identificação e compreensão das unidades de significado ( agrupar palavras em unidades de sentido para construir significado) 2.1.2 A compreensão das diferentes funções das unidades de significado (complexidade na articulação dos diferentes constituintes; alteração da ordem dos constituintes) Processos de Leitura
2.2. Processos integrativos 2.2.1. Compreensão de expressões referenciais anafóricas (relação entre a forma e o referente mencionado anteriormente, ex: pronome, DT. p.34) 2.2.2. Compreensão de conectores (ligação de unidades linguísticas, ex: conjunções) 2.2.3. Realização de inferências (dedução, conclusão a partir de certos dados) Processos de Leitura
Processos de Leitura Compreensão na leitura - resultante da interacção entre, pelo menos, três factores (Giasson, 1993)
Processos de Leitura O leitor As estruturas do leitor (cognitivas e afectivas) afectam a compreensão e a relação com os textos. Os conhecimentos do leitor sobre a língua e sobre o mundo permitem a valorização do acto de leitura e do papel do leitor na construção dos sentidos do texto.  A aula de Português deve proporcionar um papel activo ao aluno-leitor. A leitura é vista como um processo construtivo, como uma interacção produtiva do leitor com um texto e mediada pelo contexto.
Processos de Leitura O texto Diferentes tipos de textos solicitam diferentes atitudes de leitura.  O conteúdo tem influência sobre a leitura, na familiaridade ou proximidade com o tema abordado, determinando a sua compreensão (rapidez no acesso ao sentido, por exemplo). Estes aspectos permitem reforçar a importância de se proporcionar múltiplas experiências de leitura que ajudem a consolidar, nomeadamente “modelos mentais” sobre os diferentes tipos de textos. Os textos em formato electrónico, muitos deles com uma estrutura não-linear, representam novos desafios em termos de compreensão.
Processos de Leitura O contexto O contexto social, físico ou psicológico (Giasson,1990), no qual o aluno vive e aprende a ler influencia a forma como este encara a leitura e a própria necessidade de ler, pela maior ou menor valorização que é dada a essa competência. As intenções ou motivações subjacentes ao acto de leitura são aspectos situacionais a reter: na verdade,  porquê ou para quê ler determina bastante como  se vai ler (Dias & Hayhoe, 1988). Na escola, a orientação ou a finalidade dada à leitura vai determinar e configurar as experiências de leitura e vai também conduzir o aluno a construir perspectivas sobre o que é o acto de ler.
O papel do professor Então, para ler ,  é preciso: um leitor um texto um contexto O aluno aprende a ler fluentemente de forma a ser capaz de descodificar e atribuir significado s  às palavras.  Mas não basta…
O papel do professor … é preciso querer ler!
O papel do professor Duas competências: saber ler + vontade
O papel do professor “ Acontece, por vezes, que o processo de aprendizagem da leitura é de tal forma penoso e difícil que, depois de se conseguir dominar a técnica, se considera o dever cumprido e só se lê por imposição. Por outro lado, manter viva a vontade de querer ler exige que as experiências de leitura sejam gratificantes.”  GIP de Leitura, p.5
O papel do professor “ O professor desempenha um papel primordial neste processo, pois dele se espera que ensine a ler, faça emergir a vontade de querer ler como experiência voluntária e mantenha viva essa atitude ao longo de todo o percurso escolar e para além dele. Estas devem ser algumas das principais linhas orientadoras do trabalho do professor no ensino básico. Para que isto possa acontecer vão naturalmente conjugar-se múltiplos factores.”  GIP – Leitura, p.5
O papel do professor A leitura aperfeiçoa-se e aprofunda-se através da pluralidade das experiências e actividades de leitura,  no desenvolvimento de: ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
O papel do professor A leitura aperfeiçoa-se e aprofunda-se através da pluralidade das experiências e actividades de leitura Não basta o simples “hoje vamos ler o texto da p. x…”. É preciso motivar para a leitura, e as actividades de leitura deverão ter fundamentos claros e precisos que constituam desafios de aprendizagem.
O papel do professor Cabe ao professor criar “contextos de ensino e de aprendizagem ricos, desafiadores e significativos” (p.142). As actividades e projectos de leitura devem também ser sempre orientados para um (ou vários) propósito(s) ou finalidade(s):   ler para identificar ideias-chave,    ler para procurar informação específica;   ler para identificar pontos de vista;   ler para debater as posições do autor;   ler para recreação.
O papel do professor Estratégias de leitura  O professor deverá  construir e explicitar um repertório de estratégias com o objectivo de melhorar a compreensão e os movimentos de leitura que o aluno poderá realizar para se apropriar de um texto.
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
O papel do professor Estratégias de leitura  A antecipação  - activar conhecimentos prévios sobre o tema, sobre leituras anteriores… . O questionamento  – fazer perguntas para encontrar o tema ou a ideia principal, por ex.. O sumário  e  a recapitulação  ou a ilustração com recurso a elementos que facilitam a compreensão, como esquemas ou outros organizadores gráficos, constituem procedimentos que aumentam a capacidade de compreensão em leitura.
O papel do professor Estratégias de leitura  ,[object Object],[object Object],[object Object]
O papel do professor Estratégias de leitura  ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
O papel do professor actividades aplicadas a diferentes tipos textuais O tipo de texto tem influência na forma como se lê. O trabalho mais habitual incide sobre o texto narrativo, mas é importante diversificar os tipos textuais que são estudados, pois o conhecimento que se tem sobre a estrutura do texto é um factor importante no âmbito da compreensão.
REFERENCIAL DE TEXTOS
O papel do professor actividades aplicadas a diferentes tipos textuais O leitor precisa de ter um plano de acção para ler um texto e esse plano deve estar adequado ao tipo de texto; de facto, o leitor aborda diferentemente um texto narrativo, um texto poético, um texto expositivo ou um texto argumentativo.
O papel do professor Abordagens diversificadas de contacto com os textos O uso de práticas variadas de trabalho, exercitando-se, assim, diferentes capacidades, desenvolve o processo de compreensão dos textos.  O aluno deve ultrapassar a mera recepção passiva dos sentidos dos textos, balizada apenas pelas perguntas do professor (oralmente ou através de questionários escritos).
O papel do professor A complexificação constitui uma exigência no trabalho do professor que deve conduzir os alunos a níveis mais elevados de compreensão e de interpretação. A leitura crítica deve iniciar-se cedo na escola; de facto, importa não só compreender o que o texto diz mas também determinar porque o diz e o que podemos nós dizer das suas intenções e dos seus propósitos.
O papel do professor Actividades que impliquem os alunos na comunicação  literária e apoiem-nos na construção da uma recepção pessoal. Implicar os alunos-leitores na construção dos sentidos dos textos favorece desenvolvimento de competências de leitura e a manutenção do interesse pelo acto de ler. A leitura como experiência pessoal é um pilar fulcral para o querer ler cada vez melhor e ler melhor significa (passada a fase da decifração) conhecer os mecanismos de construção do texto e os efeitos criados pela linguagem.
O papel do professor Implicar os alunos na comunicação literária significa ainda a realização de actividades que suscitem interrogações sobre o porquê dos textos, sobre a realidade e o imaginário para os quais reenviam, sobre as perguntas a que pretendem responder (cf. Rouxel, 1996).
O papel do professor ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
O papel do professor O papel da motivação A motivação e o envolvimento articulam-se com a atribuição de sentido às tarefas que são realizadas - saber porque se lê e implicar-se no sucesso da actividade.  Tarefas claras e concretas, orientadas para propósitos com sentido e que impulsionam o aluno a fazer escolhas de forma autónoma.
O papel do professor Novidade/reconhecimento. Conjugação da leitura de textos fáceis e difíceis. Conjugação de diferentes formas de organizar a leitura (grupo-turma; pequenos grupos, pares, individual).
O papel do professor Ler muito favorece o estabelecimento de relações e de redes entre os textos (aproximação, separação, semelhanças e diferenças em termos de estrutura, em termos temáticos, ou outros).  “ Sistema de ecos” (Rouxel, 1996) , que desenvolve as capacidades, possibilitando a leitura de textos com dimensão e complexidade crescentes. Construção de imagens mentais e de esquemas que vão integrando e consolidando os conhecimentos adquiridos.
O papel do professor Os conhecimentos são activados e enriquecidos sempre que há uma nova situação de leitura. A  progressão dentro de cada ciclo e inter-ciclos vai construir-se tendo presente o diálogo com as leituras já realizadas e o alargamento a novas exigências.  O trabalho da memória consolida-se ainda através da realização de registos que permitem ao aluno-leitor construir o seu percurso pessoal neste domínio.
O papel do professor ,[object Object],A experiência pessoal de leitura é, quase sempre, colocada em comum no grupo-turma. Esta situação pode causar constrangimentos, sobretudo para os leitores menos confiantes nas suas capacidades. Cabe ao professor encontrar soluções para este problema, tirando partido do valor da partilha e da construção conjunta dos sentidos do texto.
O papel do professor O prazer da leitura pode ser um prazer partilhado: por exemplo, a confrontação entre hipóteses de leitura enriquece-se no diálogo cruzado, permitindo afinar, corrigir ou reorientar a leitura de cada um, através do diálogo com o texto e com os outros.
O papel do professor O professor desempenha o papel essencial de leitor, de mediador e de árbitro.  Leitor  -  gosta de ler, gosta do que ensina e esse gosto processa-se por  “contaminação”.   Mediador  – estabelece a ligação entre os livros e os alunos leitores, propiciando e facilitando o encontro, a descoberta e o diálogo entre ambos.
Conclusão Aspectos considerados no Novo Programa de Português 1. Resultados PISA 2001 2. Valorização de vários tipos de texto 3. Desenvolvimento de aprendizagens significativas e desafiadoras 4. Interacção das fases processuais da leitura 5. Relação do texto com o leitor e com o contexto 6. Conciliação da competência leitora com a vontade
Conclusão ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
Resultados esperados ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
Resultados esperados ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
Resultados esperados ,[object Object],[object Object],[object Object]
[object Object],[object Object],[object Object],Resultados esperados
[object Object],[object Object],[object Object],Resultados esperados
[object Object],[object Object],[object Object],Resultados esperados

Contenu connexe

Tendances

Graziela o processo_ensino_aprendizagem_tarefas
Graziela o processo_ensino_aprendizagem_tarefasGraziela o processo_ensino_aprendizagem_tarefas
Graziela o processo_ensino_aprendizagem_tarefas
Beth Kozikoski
 
Resumo pensadores concurso itapevi 2
Resumo pensadores concurso  itapevi 2Resumo pensadores concurso  itapevi 2
Resumo pensadores concurso itapevi 2
Adail Silva
 
Representações de docentes sobre seu papel no processo de ensino de Língua Po...
Representações de docentes sobre seu papel no processo de ensino de Língua Po...Representações de docentes sobre seu papel no processo de ensino de Língua Po...
Representações de docentes sobre seu papel no processo de ensino de Língua Po...
Formação Cooperativa
 

Tendances (19)

SOARES, DORIS DE A. A escrita na escola: teoria e prática. Cadernos do CNLF,...
SOARES, DORIS DE A. A escrita na escola: teoria e prática. Cadernos do  CNLF,...SOARES, DORIS DE A. A escrita na escola: teoria e prática. Cadernos do  CNLF,...
SOARES, DORIS DE A. A escrita na escola: teoria e prática. Cadernos do CNLF,...
 
Apresentação Bragança Ciclo I
Apresentação Bragança Ciclo IApresentação Bragança Ciclo I
Apresentação Bragança Ciclo I
 
Lingua Portuguesa Pcop Ana Luisa
Lingua Portuguesa Pcop Ana LuisaLingua Portuguesa Pcop Ana Luisa
Lingua Portuguesa Pcop Ana Luisa
 
Prática texto 2
Prática   texto 2Prática   texto 2
Prática texto 2
 
Livia copesbra
Livia copesbraLivia copesbra
Livia copesbra
 
Alelis aula 1
Alelis aula 1Alelis aula 1
Alelis aula 1
 
Aula 1
 Aula 1 Aula 1
Aula 1
 
Oficinas de leitura3
Oficinas de leitura3Oficinas de leitura3
Oficinas de leitura3
 
Alelis aula 1
Alelis aula 1Alelis aula 1
Alelis aula 1
 
Situções que a rotina deve contemplar
Situções que a rotina deve contemplarSituções que a rotina deve contemplar
Situções que a rotina deve contemplar
 
Fregonezi 2002
Fregonezi 2002Fregonezi 2002
Fregonezi 2002
 
Slide completo mainha
Slide completo mainhaSlide completo mainha
Slide completo mainha
 
Metodologia de mediação a distância
Metodologia de mediação a distânciaMetodologia de mediação a distância
Metodologia de mediação a distância
 
Graziela o processo_ensino_aprendizagem_tarefas
Graziela o processo_ensino_aprendizagem_tarefasGraziela o processo_ensino_aprendizagem_tarefas
Graziela o processo_ensino_aprendizagem_tarefas
 
Resumo pensadores concurso itapevi 2
Resumo pensadores concurso  itapevi 2Resumo pensadores concurso  itapevi 2
Resumo pensadores concurso itapevi 2
 
Pratica livro
Pratica livroPratica livro
Pratica livro
 
Representações de docentes sobre seu papel no processo de ensino de Língua Po...
Representações de docentes sobre seu papel no processo de ensino de Língua Po...Representações de docentes sobre seu papel no processo de ensino de Língua Po...
Representações de docentes sobre seu papel no processo de ensino de Língua Po...
 
O gip da escrita
O gip da escritaO gip da escrita
O gip da escrita
 
Escrita
Escrita Escrita
Escrita
 

Similaire à 3 ª ReplicaçãO Leitura

O que é Leitura e o que faz um Leitor Fluente.pdf
O que é Leitura e o que faz um Leitor Fluente.pdfO que é Leitura e o que faz um Leitor Fluente.pdf
O que é Leitura e o que faz um Leitor Fluente.pdf
Cássia Souza
 
Projeto de Leitura
Projeto de LeituraProjeto de Leitura
Projeto de Leitura
Jomari
 
Slides planejamento escolar
Slides planejamento escolarSlides planejamento escolar
Slides planejamento escolar
Ananda Lima
 
Aprender a ler e a escrever uma proposta construtivista
Aprender a ler e a escrever uma proposta construtivistaAprender a ler e a escrever uma proposta construtivista
Aprender a ler e a escrever uma proposta construtivista
Deusrieta M1)
 
Desenvolvendo competencia.leitora
Desenvolvendo competencia.leitoraDesenvolvendo competencia.leitora
Desenvolvendo competencia.leitora
Fatima Costa
 
Três de Maio - Maria Iraci Cardoso Tuzzin
Três de Maio - Maria Iraci Cardoso TuzzinTrês de Maio - Maria Iraci Cardoso Tuzzin
Três de Maio - Maria Iraci Cardoso Tuzzin
CursoTICs
 
Atividades de-leitura-livre-planejamento-7c2ba-ano
Atividades de-leitura-livre-planejamento-7c2ba-anoAtividades de-leitura-livre-planejamento-7c2ba-ano
Atividades de-leitura-livre-planejamento-7c2ba-ano
Sandracbm123456
 
PNAIC - Ano 2 unidade 2
PNAIC - Ano 2   unidade 2PNAIC - Ano 2   unidade 2
PNAIC - Ano 2 unidade 2
ElieneDias
 

Similaire à 3 ª ReplicaçãO Leitura (20)

O ensino pragmático da leitura
O ensino pragmático da leituraO ensino pragmático da leitura
O ensino pragmático da leitura
 
O que é Leitura e o que faz um Leitor Fluente.pdf
O que é Leitura e o que faz um Leitor Fluente.pdfO que é Leitura e o que faz um Leitor Fluente.pdf
O que é Leitura e o que faz um Leitor Fluente.pdf
 
Projeto de Leitura
Projeto de LeituraProjeto de Leitura
Projeto de Leitura
 
VII OFICINA - GESTAR II
VII OFICINA - GESTAR IIVII OFICINA - GESTAR II
VII OFICINA - GESTAR II
 
Slides planejamento escolar
Slides planejamento escolarSlides planejamento escolar
Slides planejamento escolar
 
Situações didáticas
Situações didáticasSituações didáticas
Situações didáticas
 
Anateberosky aprenderalereaescrever-3745436254
Anateberosky aprenderalereaescrever-3745436254Anateberosky aprenderalereaescrever-3745436254
Anateberosky aprenderalereaescrever-3745436254
 
Aprender a ler e a escrever - Ana Teberosky
Aprender a ler e a escrever  - Ana TeberoskyAprender a ler e a escrever  - Ana Teberosky
Aprender a ler e a escrever - Ana Teberosky
 
Aprender a ler e a escrever uma proposta construtivista
Aprender a ler e a escrever uma proposta construtivistaAprender a ler e a escrever uma proposta construtivista
Aprender a ler e a escrever uma proposta construtivista
 
Concepções de leitura
Concepções de leituraConcepções de leitura
Concepções de leitura
 
Desenvolvendo competencia.leitora
Desenvolvendo competencia.leitoraDesenvolvendo competencia.leitora
Desenvolvendo competencia.leitora
 
Três de Maio - Maria Iraci Cardoso Tuzzin
Três de Maio - Maria Iraci Cardoso TuzzinTrês de Maio - Maria Iraci Cardoso Tuzzin
Três de Maio - Maria Iraci Cardoso Tuzzin
 
Fluencia leitora
Fluencia leitoraFluencia leitora
Fluencia leitora
 
Fluencia leitora
Fluencia leitoraFluencia leitora
Fluencia leitora
 
A FORMAÇÃO DO LEITOR COMPETENTE.pdf
A FORMAÇÃO DO LEITOR COMPETENTE.pdfA FORMAÇÃO DO LEITOR COMPETENTE.pdf
A FORMAÇÃO DO LEITOR COMPETENTE.pdf
 
A FORMAÇÃO DO LEITOR COMPETENTE na graduação
A FORMAÇÃO DO LEITOR COMPETENTE na graduaçãoA FORMAÇÃO DO LEITOR COMPETENTE na graduação
A FORMAÇÃO DO LEITOR COMPETENTE na graduação
 
A sequência didática
A sequência didáticaA sequência didática
A sequência didática
 
Atividades de-leitura-livre-planejamento-7c2ba-ano
Atividades de-leitura-livre-planejamento-7c2ba-anoAtividades de-leitura-livre-planejamento-7c2ba-ano
Atividades de-leitura-livre-planejamento-7c2ba-ano
 
PNAIC - Ano 2 unidade 2
PNAIC - Ano 2   unidade 2PNAIC - Ano 2   unidade 2
PNAIC - Ano 2 unidade 2
 
Apresentação marilia
Apresentação mariliaApresentação marilia
Apresentação marilia
 

Plus de maxteles2004

13.ª corrida ribeira grande
13.ª corrida ribeira grande13.ª corrida ribeira grande
13.ª corrida ribeira grande
maxteles2004
 
Certificado i encontro nacional - os mass media e a escola
Certificado   i encontro nacional - os mass media e a escolaCertificado   i encontro nacional - os mass media e a escola
Certificado i encontro nacional - os mass media e a escola
maxteles2004
 
Apresentação clube de jornalismo - ebi ginetes
Apresentação   clube de jornalismo - ebi ginetesApresentação   clube de jornalismo - ebi ginetes
Apresentação clube de jornalismo - ebi ginetes
maxteles2004
 
C:\fakepath\jornal escolar palavras d'encantar 9.º edição
C:\fakepath\jornal escolar   palavras d'encantar 9.º ediçãoC:\fakepath\jornal escolar   palavras d'encantar 9.º edição
C:\fakepath\jornal escolar palavras d'encantar 9.º edição
maxteles2004
 
(Jornal escolar palavras d'encanta 8.ª edição
(Jornal escolar   palavras d'encanta 8.ª edição(Jornal escolar   palavras d'encanta 8.ª edição
(Jornal escolar palavras d'encanta 8.ª edição
maxteles2004
 
Anualização trab. ind. 3.º ciclo max teles
Anualização   trab. ind. 3.º ciclo max telesAnualização   trab. ind. 3.º ciclo max teles
Anualização trab. ind. 3.º ciclo max teles
maxteles2004
 
(Jornal escolar palavras d'encanta 8.ª edição
(Jornal escolar   palavras d'encanta 8.ª edição(Jornal escolar   palavras d'encanta 8.ª edição
(Jornal escolar palavras d'encanta 8.ª edição
maxteles2004
 
(Jornal escolar palavras d'encanta 7.ª edição
(Jornal escolar   palavras d'encanta 7.ª edição(Jornal escolar   palavras d'encanta 7.ª edição
(Jornal escolar palavras d'encanta 7.ª edição
maxteles2004
 
(Jornal escolar palavras d'encanta 6.º ed.
(Jornal escolar   palavras d'encanta 6.º ed.(Jornal escolar   palavras d'encanta 6.º ed.
(Jornal escolar palavras d'encanta 6.º ed.
maxteles2004
 
(Jornal escolar palavras d'encanta 5.º ed.
(Jornal escolar   palavras d'encanta 5.º ed.(Jornal escolar   palavras d'encanta 5.º ed.
(Jornal escolar palavras d'encanta 5.º ed.
maxteles2004
 
(Jornal escolar palavras d'encanta 4.º ed.
(Jornal escolar   palavras d'encanta 4.º ed.(Jornal escolar   palavras d'encanta 4.º ed.
(Jornal escolar palavras d'encanta 4.º ed.
maxteles2004
 
(Jornal escolar palavras d'encanta 3.º ed.
(Jornal escolar   palavras d'encanta 3.º ed.(Jornal escolar   palavras d'encanta 3.º ed.
(Jornal escolar palavras d'encanta 3.º ed.
maxteles2004
 
(Jornal escolar palavras d'encanta 2.º ed.
(Jornal escolar   palavras d'encanta 2.º ed.(Jornal escolar   palavras d'encanta 2.º ed.
(Jornal escolar palavras d'encanta 2.º ed.
maxteles2004
 
(Jornal escolar palavras d'encanta 1.º ed.
(Jornal escolar   palavras d'encanta 1.º ed.(Jornal escolar   palavras d'encanta 1.º ed.
(Jornal escolar palavras d'encanta 1.º ed.
maxteles2004
 
Clube Desportivo Escolar De Ginetes 1 º Lugar Por Equipas Triatlo 2009
Clube Desportivo Escolar De Ginetes   1 º Lugar Por Equipas Triatlo 2009Clube Desportivo Escolar De Ginetes   1 º Lugar Por Equipas Triatlo 2009
Clube Desportivo Escolar De Ginetes 1 º Lugar Por Equipas Triatlo 2009
maxteles2004
 
Corta Mato Da Ebi 2,3 De Ginetes 2009 2010
Corta Mato Da Ebi 2,3 De Ginetes 2009 2010Corta Mato Da Ebi 2,3 De Ginetes 2009 2010
Corta Mato Da Ebi 2,3 De Ginetes 2009 2010
maxteles2004
 
Clube Desportivo Escolar De Ginetes
Clube Desportivo Escolar De GinetesClube Desportivo Escolar De Ginetes
Clube Desportivo Escolar De Ginetes
maxteles2004
 
SequêNcia Trab Grupo
SequêNcia  Trab  GrupoSequêNcia  Trab  Grupo
SequêNcia Trab Grupo
maxteles2004
 

Plus de maxteles2004 (20)

13.ª corrida ribeira grande
13.ª corrida ribeira grande13.ª corrida ribeira grande
13.ª corrida ribeira grande
 
Certificado i encontro nacional - os mass media e a escola
Certificado   i encontro nacional - os mass media e a escolaCertificado   i encontro nacional - os mass media e a escola
Certificado i encontro nacional - os mass media e a escola
 
Apresentação clube de jornalismo - ebi ginetes
Apresentação   clube de jornalismo - ebi ginetesApresentação   clube de jornalismo - ebi ginetes
Apresentação clube de jornalismo - ebi ginetes
 
C:\fakepath\jornal escolar palavras d'encantar 9.º edição
C:\fakepath\jornal escolar   palavras d'encantar 9.º ediçãoC:\fakepath\jornal escolar   palavras d'encantar 9.º edição
C:\fakepath\jornal escolar palavras d'encantar 9.º edição
 
Seq did conceitos
Seq did conceitosSeq did conceitos
Seq did conceitos
 
Seq did conceitos
Seq did conceitosSeq did conceitos
Seq did conceitos
 
(Jornal escolar palavras d'encanta 8.ª edição
(Jornal escolar   palavras d'encanta 8.ª edição(Jornal escolar   palavras d'encanta 8.ª edição
(Jornal escolar palavras d'encanta 8.ª edição
 
Anualização trab. ind. 3.º ciclo max teles
Anualização   trab. ind. 3.º ciclo max telesAnualização   trab. ind. 3.º ciclo max teles
Anualização trab. ind. 3.º ciclo max teles
 
(Jornal escolar palavras d'encanta 8.ª edição
(Jornal escolar   palavras d'encanta 8.ª edição(Jornal escolar   palavras d'encanta 8.ª edição
(Jornal escolar palavras d'encanta 8.ª edição
 
(Jornal escolar palavras d'encanta 7.ª edição
(Jornal escolar   palavras d'encanta 7.ª edição(Jornal escolar   palavras d'encanta 7.ª edição
(Jornal escolar palavras d'encanta 7.ª edição
 
(Jornal escolar palavras d'encanta 6.º ed.
(Jornal escolar   palavras d'encanta 6.º ed.(Jornal escolar   palavras d'encanta 6.º ed.
(Jornal escolar palavras d'encanta 6.º ed.
 
(Jornal escolar palavras d'encanta 5.º ed.
(Jornal escolar   palavras d'encanta 5.º ed.(Jornal escolar   palavras d'encanta 5.º ed.
(Jornal escolar palavras d'encanta 5.º ed.
 
(Jornal escolar palavras d'encanta 4.º ed.
(Jornal escolar   palavras d'encanta 4.º ed.(Jornal escolar   palavras d'encanta 4.º ed.
(Jornal escolar palavras d'encanta 4.º ed.
 
(Jornal escolar palavras d'encanta 3.º ed.
(Jornal escolar   palavras d'encanta 3.º ed.(Jornal escolar   palavras d'encanta 3.º ed.
(Jornal escolar palavras d'encanta 3.º ed.
 
(Jornal escolar palavras d'encanta 2.º ed.
(Jornal escolar   palavras d'encanta 2.º ed.(Jornal escolar   palavras d'encanta 2.º ed.
(Jornal escolar palavras d'encanta 2.º ed.
 
(Jornal escolar palavras d'encanta 1.º ed.
(Jornal escolar   palavras d'encanta 1.º ed.(Jornal escolar   palavras d'encanta 1.º ed.
(Jornal escolar palavras d'encanta 1.º ed.
 
Clube Desportivo Escolar De Ginetes 1 º Lugar Por Equipas Triatlo 2009
Clube Desportivo Escolar De Ginetes   1 º Lugar Por Equipas Triatlo 2009Clube Desportivo Escolar De Ginetes   1 º Lugar Por Equipas Triatlo 2009
Clube Desportivo Escolar De Ginetes 1 º Lugar Por Equipas Triatlo 2009
 
Corta Mato Da Ebi 2,3 De Ginetes 2009 2010
Corta Mato Da Ebi 2,3 De Ginetes 2009 2010Corta Mato Da Ebi 2,3 De Ginetes 2009 2010
Corta Mato Da Ebi 2,3 De Ginetes 2009 2010
 
Clube Desportivo Escolar De Ginetes
Clube Desportivo Escolar De GinetesClube Desportivo Escolar De Ginetes
Clube Desportivo Escolar De Ginetes
 
SequêNcia Trab Grupo
SequêNcia  Trab  GrupoSequêNcia  Trab  Grupo
SequêNcia Trab Grupo
 

3 ª ReplicaçãO Leitura

  • 1. 3.ª Replicação 09-03-2010 Formandos: Ana Fonte Max Teles Curso de Formação Implementação do Novo Programa de Português para o Ensino Básico
  • 2. O papel da Leitura no programa de Português: perspectivas e implicações metodológicas* * Esta apresentação baseia-se no Guião de Leitura para a Implementação do Programa, sendo, em alguns casos, retiradas citações na integra.
  • 3. Entende-se por leitura o processo interactivo que se estabelece entre o leitor e o texto, em que o primeiro apreende e reconstrói o significado ou os significados do segundo. A leitura exige vários processos de actuação interligados (decifração de sequências grafemáticas, acesso a informação semântica, construção de conhecimento, etc.); em termos translatos, a leitura pode ainda ser entendida como actividade que incide sobre textos em diversos suportes e linguagens, para além da escrita verbal. NPPEB, p. 16 Leitura
  • 4.
  • 5.
  • 6. 2. Construção de significados 2.1 Microprocessos 2.1.1. Identificação e compreensão das unidades de significado ( agrupar palavras em unidades de sentido para construir significado) 2.1.2 A compreensão das diferentes funções das unidades de significado (complexidade na articulação dos diferentes constituintes; alteração da ordem dos constituintes) Processos de Leitura
  • 7. 2.2. Processos integrativos 2.2.1. Compreensão de expressões referenciais anafóricas (relação entre a forma e o referente mencionado anteriormente, ex: pronome, DT. p.34) 2.2.2. Compreensão de conectores (ligação de unidades linguísticas, ex: conjunções) 2.2.3. Realização de inferências (dedução, conclusão a partir de certos dados) Processos de Leitura
  • 8. Processos de Leitura Compreensão na leitura - resultante da interacção entre, pelo menos, três factores (Giasson, 1993)
  • 9. Processos de Leitura O leitor As estruturas do leitor (cognitivas e afectivas) afectam a compreensão e a relação com os textos. Os conhecimentos do leitor sobre a língua e sobre o mundo permitem a valorização do acto de leitura e do papel do leitor na construção dos sentidos do texto. A aula de Português deve proporcionar um papel activo ao aluno-leitor. A leitura é vista como um processo construtivo, como uma interacção produtiva do leitor com um texto e mediada pelo contexto.
  • 10. Processos de Leitura O texto Diferentes tipos de textos solicitam diferentes atitudes de leitura. O conteúdo tem influência sobre a leitura, na familiaridade ou proximidade com o tema abordado, determinando a sua compreensão (rapidez no acesso ao sentido, por exemplo). Estes aspectos permitem reforçar a importância de se proporcionar múltiplas experiências de leitura que ajudem a consolidar, nomeadamente “modelos mentais” sobre os diferentes tipos de textos. Os textos em formato electrónico, muitos deles com uma estrutura não-linear, representam novos desafios em termos de compreensão.
  • 11. Processos de Leitura O contexto O contexto social, físico ou psicológico (Giasson,1990), no qual o aluno vive e aprende a ler influencia a forma como este encara a leitura e a própria necessidade de ler, pela maior ou menor valorização que é dada a essa competência. As intenções ou motivações subjacentes ao acto de leitura são aspectos situacionais a reter: na verdade, porquê ou para quê ler determina bastante como se vai ler (Dias & Hayhoe, 1988). Na escola, a orientação ou a finalidade dada à leitura vai determinar e configurar as experiências de leitura e vai também conduzir o aluno a construir perspectivas sobre o que é o acto de ler.
  • 12. O papel do professor Então, para ler , é preciso: um leitor um texto um contexto O aluno aprende a ler fluentemente de forma a ser capaz de descodificar e atribuir significado s às palavras. Mas não basta…
  • 13. O papel do professor … é preciso querer ler!
  • 14. O papel do professor Duas competências: saber ler + vontade
  • 15. O papel do professor “ Acontece, por vezes, que o processo de aprendizagem da leitura é de tal forma penoso e difícil que, depois de se conseguir dominar a técnica, se considera o dever cumprido e só se lê por imposição. Por outro lado, manter viva a vontade de querer ler exige que as experiências de leitura sejam gratificantes.” GIP de Leitura, p.5
  • 16. O papel do professor “ O professor desempenha um papel primordial neste processo, pois dele se espera que ensine a ler, faça emergir a vontade de querer ler como experiência voluntária e mantenha viva essa atitude ao longo de todo o percurso escolar e para além dele. Estas devem ser algumas das principais linhas orientadoras do trabalho do professor no ensino básico. Para que isto possa acontecer vão naturalmente conjugar-se múltiplos factores.” GIP – Leitura, p.5
  • 17.
  • 18. O papel do professor A leitura aperfeiçoa-se e aprofunda-se através da pluralidade das experiências e actividades de leitura Não basta o simples “hoje vamos ler o texto da p. x…”. É preciso motivar para a leitura, e as actividades de leitura deverão ter fundamentos claros e precisos que constituam desafios de aprendizagem.
  • 19. O papel do professor Cabe ao professor criar “contextos de ensino e de aprendizagem ricos, desafiadores e significativos” (p.142). As actividades e projectos de leitura devem também ser sempre orientados para um (ou vários) propósito(s) ou finalidade(s): ler para identificar ideias-chave, ler para procurar informação específica; ler para identificar pontos de vista; ler para debater as posições do autor; ler para recreação.
  • 20. O papel do professor Estratégias de leitura O professor deverá construir e explicitar um repertório de estratégias com o objectivo de melhorar a compreensão e os movimentos de leitura que o aluno poderá realizar para se apropriar de um texto.
  • 21.
  • 22. O papel do professor Estratégias de leitura A antecipação - activar conhecimentos prévios sobre o tema, sobre leituras anteriores… . O questionamento – fazer perguntas para encontrar o tema ou a ideia principal, por ex.. O sumário e a recapitulação ou a ilustração com recurso a elementos que facilitam a compreensão, como esquemas ou outros organizadores gráficos, constituem procedimentos que aumentam a capacidade de compreensão em leitura.
  • 23.
  • 24.
  • 25. O papel do professor actividades aplicadas a diferentes tipos textuais O tipo de texto tem influência na forma como se lê. O trabalho mais habitual incide sobre o texto narrativo, mas é importante diversificar os tipos textuais que são estudados, pois o conhecimento que se tem sobre a estrutura do texto é um factor importante no âmbito da compreensão.
  • 27. O papel do professor actividades aplicadas a diferentes tipos textuais O leitor precisa de ter um plano de acção para ler um texto e esse plano deve estar adequado ao tipo de texto; de facto, o leitor aborda diferentemente um texto narrativo, um texto poético, um texto expositivo ou um texto argumentativo.
  • 28. O papel do professor Abordagens diversificadas de contacto com os textos O uso de práticas variadas de trabalho, exercitando-se, assim, diferentes capacidades, desenvolve o processo de compreensão dos textos. O aluno deve ultrapassar a mera recepção passiva dos sentidos dos textos, balizada apenas pelas perguntas do professor (oralmente ou através de questionários escritos).
  • 29. O papel do professor A complexificação constitui uma exigência no trabalho do professor que deve conduzir os alunos a níveis mais elevados de compreensão e de interpretação. A leitura crítica deve iniciar-se cedo na escola; de facto, importa não só compreender o que o texto diz mas também determinar porque o diz e o que podemos nós dizer das suas intenções e dos seus propósitos.
  • 30. O papel do professor Actividades que impliquem os alunos na comunicação literária e apoiem-nos na construção da uma recepção pessoal. Implicar os alunos-leitores na construção dos sentidos dos textos favorece desenvolvimento de competências de leitura e a manutenção do interesse pelo acto de ler. A leitura como experiência pessoal é um pilar fulcral para o querer ler cada vez melhor e ler melhor significa (passada a fase da decifração) conhecer os mecanismos de construção do texto e os efeitos criados pela linguagem.
  • 31. O papel do professor Implicar os alunos na comunicação literária significa ainda a realização de actividades que suscitem interrogações sobre o porquê dos textos, sobre a realidade e o imaginário para os quais reenviam, sobre as perguntas a que pretendem responder (cf. Rouxel, 1996).
  • 32.
  • 33. O papel do professor O papel da motivação A motivação e o envolvimento articulam-se com a atribuição de sentido às tarefas que são realizadas - saber porque se lê e implicar-se no sucesso da actividade. Tarefas claras e concretas, orientadas para propósitos com sentido e que impulsionam o aluno a fazer escolhas de forma autónoma.
  • 34. O papel do professor Novidade/reconhecimento. Conjugação da leitura de textos fáceis e difíceis. Conjugação de diferentes formas de organizar a leitura (grupo-turma; pequenos grupos, pares, individual).
  • 35. O papel do professor Ler muito favorece o estabelecimento de relações e de redes entre os textos (aproximação, separação, semelhanças e diferenças em termos de estrutura, em termos temáticos, ou outros). “ Sistema de ecos” (Rouxel, 1996) , que desenvolve as capacidades, possibilitando a leitura de textos com dimensão e complexidade crescentes. Construção de imagens mentais e de esquemas que vão integrando e consolidando os conhecimentos adquiridos.
  • 36. O papel do professor Os conhecimentos são activados e enriquecidos sempre que há uma nova situação de leitura. A progressão dentro de cada ciclo e inter-ciclos vai construir-se tendo presente o diálogo com as leituras já realizadas e o alargamento a novas exigências. O trabalho da memória consolida-se ainda através da realização de registos que permitem ao aluno-leitor construir o seu percurso pessoal neste domínio.
  • 37.
  • 38. O papel do professor O prazer da leitura pode ser um prazer partilhado: por exemplo, a confrontação entre hipóteses de leitura enriquece-se no diálogo cruzado, permitindo afinar, corrigir ou reorientar a leitura de cada um, através do diálogo com o texto e com os outros.
  • 39. O papel do professor O professor desempenha o papel essencial de leitor, de mediador e de árbitro. Leitor - gosta de ler, gosta do que ensina e esse gosto processa-se por “contaminação”. Mediador – estabelece a ligação entre os livros e os alunos leitores, propiciando e facilitando o encontro, a descoberta e o diálogo entre ambos.
  • 40. Conclusão Aspectos considerados no Novo Programa de Português 1. Resultados PISA 2001 2. Valorização de vários tipos de texto 3. Desenvolvimento de aprendizagens significativas e desafiadoras 4. Interacção das fases processuais da leitura 5. Relação do texto com o leitor e com o contexto 6. Conciliação da competência leitora com a vontade
  • 41.
  • 42.
  • 43.
  • 44.
  • 45.
  • 46.
  • 47.