SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  23
Componentes da Equipe
 Helena do Amaral de Lima
 Letícia Araújo Fernandes
 Luana Antoniuk
 Marriê Cavalli
Conceito
 Embolia é a obstrução súbita de um vaso (artérias,
veias ou de vasos linfáticos) por um corpo estranho na
corrente sanguínea.
 Este corpo é denominado êmbolo, que pode ter
origem diversificada.
 Principal consequência: necrose do tecido dependente
ou infarto.
Classificação
 As embolias são classificadas conforme a natureza dos
êmbolos:
 Tromboembolismo;
 Embolia bacteriana;
 Embolia celular;
 Embolia gasosa;
 Embolia gordurosa;
 Embolia de medula óssea;
 Embolia parasitária.
 O tromboembolismo é a forma
mais comum de embolia
pulmonar.
Pulmão. Tromboembolismo. (Disponível em:
http://www.uftm.edu.br/patge/index.php?option=com_content&view=article
&id=93:mac-0120&catid=43:macroscopia-1-patologia-celula-c . Acesso
01/10/2013).
Embolia Parasitária
Embolia Gasosa
 Embolia Gasosa: Ocorre pela introdução de ar no
sangue;
 O ar tem acesso ao sistema vascular por ruptura de
grandes veias ou por injeção intravenosa.
Artigo
EMBOLIA GASOSA PULMONAR
EM COELHO CAUSADA POR
PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO –
RELATO DE CASO.
OLIVEIRA et al. ARS VETERINARIA, Jaboticabal, SP, v.28, n.4, 255-259, 2012.
 Embolia gasosa venosa massiva provocada pelo
peróxido de hidrogênio (água oxigenada), em coelho
durante a limpeza e desinfecção de um abscesso no
masseter utilizando H2O2 a 3%.
EMBOLIA GASOSA PULMONAR EM COELHO CAUSADA POR
PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO – RELATO DE CASO.
EMBOLIA GASOSA PULMONAR EM COELHO CAUSADA POR
PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO – RELATO DE CASO.
 Coelho utilizado no experimento: Adulto, peso: 1,1 Kg.
 Anestesiado para punção diagnóstica do local para
avaliar o conteúdo da lesão;
 Comprovada presença de material caseoso;
 Drenagem do conteúdo do abscesso.
 Após retirada de excesso de pus iniciou-se a
administração de peróxido de hidrogênio (15 ml) através
de incisão com seringa;
 Ultima aplicação (5 ml) sob pressão;
EMBOLIA GASOSA PULMONAR EM COELHO CAUSADA POR
PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO – RELATO DE CASO.
 Após última aplicação observou-se aumento do volume
do abscesso devido a formação de espuma –
característica da oxidação da água oxigenada.
 Imediatamente o animal teve parada cardiorrespiratória e
veio a óbito.
EMBOLIA GASOSA PULMONAR EM COELHO CAUSADA POR
PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO – RELATO DE CASO.
 O peróxido de hidrogênio é oxidado quando em contato
com as enzimas presentes no sangue e leva a formação
de uma espuma densa devido a liberação de H2O e O2;
 Quando utilizado no tecido subcutâneo (limpeza de
ferimentos), pode ser absorvido e liberar O2 no leito
vascular;
EMBOLIA GASOSA PULMONAR EM COELHO CAUSADA POR
PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO – RELATO DE CASO.
 Quando o volume de gás formado no leito vascular
excede a capacidade de solubilização sanguínea ocorre
a formação de bolhas de oxigênio – Embolia Gasosa;
 Os êmbolos formados nas veias invadem o ventrículo
direito e causam obstrução do tronco pulmonar
causando a embolia gasosa venosa massiva.
EMBOLIA GASOSA PULMONAR EM COELHO CAUSADA POR
PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO – RELATO DE CASO.
 O animal foi encaminhado ao laboratório de patologia
para necropsia e exame histopatológico;
EMBOLIA GASOSA PULMONAR EM COELHO CAUSADA POR
PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO – RELATO DE CASO.
A: Numerosas bolhas de ar na veia cava caudal. B: bolhas no tronco pulmonar. C: Enfisema pulmonar. D: Atelectasia.
A. corte histológico de abscesso na região massetérica apresentando bolhas de ar (setas) em vaso sanguíneo em
meio à infiltrado inflamatório. B. Bolha de ar no lúmem de artéria pulmonar (seta). C. hemorragia intersticial multifocal
(asteriscos) e enfisema (estrelas) no parênquima pulmonar. D. congestão de leptomeninges e encéfalo (setas).
 O emprego do peróxido de hidrogênio em cavidades
fechadas ou semifechadas vascularizadas e sob pressão
pode favorecer a ocorrência de embolia gasosa;
 A substância gerou alta pressão sobre os tecidos
adjacentes ao abscesso devido a liberação de grande
quantidade de oxigênio em espaço restrito (1ml de H2O2
libera 9,8 ml de oxigênio).
EMBOLIA GASOSA PULMONAR EM COELHO CAUSADA POR
PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO – RELATO DE CASO.
 Embolia gasosa venosa pulmonar – caracteriza-se pela
obstrução microvascular causada por pequenas bolhas
na luz do vaso;
 Bolhas de ar podem ter sido formadas pela passagem
de H2O2 através dos espaços interepiteliais e do
endotélio capilar ou pela absorção do O2 liberado na
reação.
EMBOLIA GASOSA PULMONAR EM COELHO CAUSADA POR
PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO – RELATO DE CASO.
 Quando há a existência de grande quantidade de bolhas
ocorre sobrecarga do ventrículo direito e insuficiência
cardíaca congestiva aguda;
 Ocorre aumento da pressão da artéria pulmonar, da
pressão venosa central e redução do débito cardíaco
além de sinais de choque circulatório.
EMBOLIA GASOSA PULMONAR EM COELHO CAUSADA POR
PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO – RELATO DE CASO.
EMBOLIA GASOSA PULMONAR EM COELHO CAUSADA POR
PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO – RELATO DE CASO.
 O aumento do tônus vagal ocasionado pelo peróxido de
hidrogênio em quimiorreceptores e mecanorreceptores
vasculares e em terminações vagais pode ter ocorrido
com o embolismo massivo na causa mortis.
 Em humanos o peróxido de hidrogênio tem uso restrito
devido a alta incidência de casos de embolia gasosa;
 Na Veterinária ainda é utilizado para limpeza e
desinfecção de ferimentos e também na indução de
vômitos;
EMBOLIA GASOSA PULMONAR EM COELHO CAUSADA POR
PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO – RELATO DE CASO.
EMBOLIA GASOSA PULMONAR EM COELHO CAUSADA POR
PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO – RELATO DE CASO.
 Diante das considerações descritas neste relato e em
agravos já comprovados em humanos, o peróxido de
hidrogênio deve ser utilizado com cautela em processos
de limpeza e desinfecção, além de se evitar o uso do
mesmo em condições que possam determinar seu
acúmulo em cavidades.
Embolia

Contenu connexe

Tendances

INFARTO AGUDO DO MIOCARDIO TRATAMENTO FARMACOLÓGICO
INFARTO AGUDO DO MIOCARDIO TRATAMENTO FARMACOLÓGICOINFARTO AGUDO DO MIOCARDIO TRATAMENTO FARMACOLÓGICO
INFARTO AGUDO DO MIOCARDIO TRATAMENTO FARMACOLÓGICODouglas Tedesco
 
Interpretação do hemograma
Interpretação do hemogramaInterpretação do hemograma
Interpretação do hemogramaJoziane Brunelli
 
Infarto agudo do miocárdio (IAM)
Infarto agudo do miocárdio   (IAM)Infarto agudo do miocárdio   (IAM)
Infarto agudo do miocárdio (IAM)Shirley Rodrigues
 
Doença Arterial Coronariana
Doença Arterial CoronarianaDoença Arterial Coronariana
Doença Arterial Coronarianaresenfe2013
 
Slide 1 Aula 1 Hematologia
Slide 1   Aula 1 HematologiaSlide 1   Aula 1 Hematologia
Slide 1 Aula 1 Hematologiasamir12
 
INSUFICIENCIA CARDÍACA CONGESTIVA
INSUFICIENCIA CARDÍACA CONGESTIVAINSUFICIENCIA CARDÍACA CONGESTIVA
INSUFICIENCIA CARDÍACA CONGESTIVAPaulo Alambert
 
Hemograma em idosos (pacientes geriátricos)
Hemograma em idosos (pacientes geriátricos)Hemograma em idosos (pacientes geriátricos)
Hemograma em idosos (pacientes geriátricos)João Marcos
 
Patologia 06 distúrbios hemodinâmicos - med resumos - arlindo netto
Patologia 06   distúrbios hemodinâmicos - med resumos - arlindo nettoPatologia 06   distúrbios hemodinâmicos - med resumos - arlindo netto
Patologia 06 distúrbios hemodinâmicos - med resumos - arlindo nettoJucie Vasconcelos
 
Doenças cardiovasculares
Doenças cardiovascularesDoenças cardiovasculares
Doenças cardiovascularesap3bmachado
 
Trombose venosa profunda
Trombose venosa profundaTrombose venosa profunda
Trombose venosa profundaCheila Portela
 
HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA - 2016
HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA - 2016HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA - 2016
HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA - 2016Maycon Silva
 
Anatomia Cardiaca
Anatomia CardiacaAnatomia Cardiaca
Anatomia CardiacaLAC
 
Doenças cardiovasculares
Doenças   cardiovascularesDoenças   cardiovasculares
Doenças cardiovascularesFilipe Leal
 

Tendances (20)

INFARTO AGUDO DO MIOCARDIO TRATAMENTO FARMACOLÓGICO
INFARTO AGUDO DO MIOCARDIO TRATAMENTO FARMACOLÓGICOINFARTO AGUDO DO MIOCARDIO TRATAMENTO FARMACOLÓGICO
INFARTO AGUDO DO MIOCARDIO TRATAMENTO FARMACOLÓGICO
 
Trombose venosa profunda
Trombose venosa profundaTrombose venosa profunda
Trombose venosa profunda
 
Interpretação do hemograma
Interpretação do hemogramaInterpretação do hemograma
Interpretação do hemograma
 
Infarto agudo do miocárdio (IAM)
Infarto agudo do miocárdio   (IAM)Infarto agudo do miocárdio   (IAM)
Infarto agudo do miocárdio (IAM)
 
Doença Arterial Coronariana
Doença Arterial CoronarianaDoença Arterial Coronariana
Doença Arterial Coronariana
 
Estudo de caso clinico
Estudo de caso clinicoEstudo de caso clinico
Estudo de caso clinico
 
Slide 1 Aula 1 Hematologia
Slide 1   Aula 1 HematologiaSlide 1   Aula 1 Hematologia
Slide 1 Aula 1 Hematologia
 
Distúrbios Cardíacos
 Distúrbios Cardíacos Distúrbios Cardíacos
Distúrbios Cardíacos
 
INSUFICIENCIA CARDÍACA CONGESTIVA
INSUFICIENCIA CARDÍACA CONGESTIVAINSUFICIENCIA CARDÍACA CONGESTIVA
INSUFICIENCIA CARDÍACA CONGESTIVA
 
Hemograma em idosos (pacientes geriátricos)
Hemograma em idosos (pacientes geriátricos)Hemograma em idosos (pacientes geriátricos)
Hemograma em idosos (pacientes geriátricos)
 
Embolia Pulmonar
Embolia PulmonarEmbolia Pulmonar
Embolia Pulmonar
 
Patologia 06 distúrbios hemodinâmicos - med resumos - arlindo netto
Patologia 06   distúrbios hemodinâmicos - med resumos - arlindo nettoPatologia 06   distúrbios hemodinâmicos - med resumos - arlindo netto
Patologia 06 distúrbios hemodinâmicos - med resumos - arlindo netto
 
Doenças cardiovasculares
Doenças cardiovascularesDoenças cardiovasculares
Doenças cardiovasculares
 
Trombose venosa profunda
Trombose venosa profundaTrombose venosa profunda
Trombose venosa profunda
 
HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA - 2016
HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA - 2016HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA - 2016
HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA - 2016
 
Anatomia Cardiaca
Anatomia CardiacaAnatomia Cardiaca
Anatomia Cardiaca
 
Embolia pulmonar
Embolia pulmonarEmbolia pulmonar
Embolia pulmonar
 
Apresentação trombose venosa profunda
Apresentação trombose venosa profundaApresentação trombose venosa profunda
Apresentação trombose venosa profunda
 
Doenças cardiovasculares
Doenças   cardiovascularesDoenças   cardiovasculares
Doenças cardiovasculares
 
Hipertensão Arterial
Hipertensão ArterialHipertensão Arterial
Hipertensão Arterial
 

En vedette (20)

Embolia
EmboliaEmbolia
Embolia
 
Embolia
EmboliaEmbolia
Embolia
 
Trombosis y embolia
Trombosis y emboliaTrombosis y embolia
Trombosis y embolia
 
Trombosis, embolia e infarto
Trombosis, embolia e infartoTrombosis, embolia e infarto
Trombosis, embolia e infarto
 
Embolia
EmboliaEmbolia
Embolia
 
Embolia ppt
Embolia pptEmbolia ppt
Embolia ppt
 
Embolia
EmboliaEmbolia
Embolia
 
Trombosis
TrombosisTrombosis
Trombosis
 
7. embolia e infarto
7.  embolia e infarto7.  embolia e infarto
7. embolia e infarto
 
Embolia gasosa
Embolia gasosaEmbolia gasosa
Embolia gasosa
 
Embolia Pulmonar Aula 11
Embolia Pulmonar Aula 11Embolia Pulmonar Aula 11
Embolia Pulmonar Aula 11
 
Embolia Pulmonar
Embolia PulmonarEmbolia Pulmonar
Embolia Pulmonar
 
Trombosis
TrombosisTrombosis
Trombosis
 
TROMBOSIS
TROMBOSISTROMBOSIS
TROMBOSIS
 
Apresentação embolia pulmonar
Apresentação embolia pulmonarApresentação embolia pulmonar
Apresentação embolia pulmonar
 
Hemostasia Y Trombosis
Hemostasia Y TrombosisHemostasia Y Trombosis
Hemostasia Y Trombosis
 
Embolia pulmonar
Embolia pulmonarEmbolia pulmonar
Embolia pulmonar
 
Tromboembolismo Pulmonar
Tromboembolismo PulmonarTromboembolismo Pulmonar
Tromboembolismo Pulmonar
 
isquemia e infarto
isquemia e infarto isquemia e infarto
isquemia e infarto
 
Nefrolitiasis
NefrolitiasisNefrolitiasis
Nefrolitiasis
 

Similaire à Embolia

Síndromes Respiratórias PL 02 - 2010
Síndromes Respiratórias PL 02 - 2010Síndromes Respiratórias PL 02 - 2010
Síndromes Respiratórias PL 02 - 2010rdgomlk
 
Sistema respiratório e renal_Antônio
Sistema respiratório e renal_AntônioSistema respiratório e renal_Antônio
Sistema respiratório e renal_AntônioMarcia Regina
 
Sistema Pulmonar.pptx
Sistema Pulmonar.pptxSistema Pulmonar.pptx
Sistema Pulmonar.pptxgizaraposo
 
Fisiologia do sistema respiratório
Fisiologia do sistema respiratórioFisiologia do sistema respiratório
Fisiologia do sistema respiratórioletyap
 
HPP.pptx - HIPERTENSÃO PULMONAR NO RECEM NASCIDO
HPP.pptx - HIPERTENSÃO PULMONAR NO RECEM NASCIDOHPP.pptx - HIPERTENSÃO PULMONAR NO RECEM NASCIDO
HPP.pptx - HIPERTENSÃO PULMONAR NO RECEM NASCIDOssuser5b3ebd1
 
SISTEMA  RESPIRATÓRIO
SISTEMA  RESPIRATÓRIOSISTEMA  RESPIRATÓRIO
SISTEMA  RESPIRATÓRIORubensRafael4
 
Fisiologia Pulmonar: Difusão
Fisiologia Pulmonar: DifusãoFisiologia Pulmonar: Difusão
Fisiologia Pulmonar: DifusãoFlávia Salame
 
12ª aula sofrimento respiratório agudo (s.a.r.a.)
12ª aula   sofrimento respiratório agudo (s.a.r.a.)12ª aula   sofrimento respiratório agudo (s.a.r.a.)
12ª aula sofrimento respiratório agudo (s.a.r.a.)Prof Silvio Rosa
 
12ª aula sofrimento respiratório agudo (s.a.r.a.) Silvio
12ª aula   sofrimento respiratório agudo (s.a.r.a.) Silvio12ª aula   sofrimento respiratório agudo (s.a.r.a.) Silvio
12ª aula sofrimento respiratório agudo (s.a.r.a.) SilvioProf Silvio Rosa
 
Cistos e cavidades pulmonares
Cistos e cavidades pulmonaresCistos e cavidades pulmonares
Cistos e cavidades pulmonaresFlávia Salame
 
Fisiologia de anormalidades pulmonares específicas(resumo guyton)
Fisiologia de anormalidades pulmonares específicas(resumo guyton)Fisiologia de anormalidades pulmonares específicas(resumo guyton)
Fisiologia de anormalidades pulmonares específicas(resumo guyton)Rose Viviane Bezerra
 
dt9 A influência do ambiente e dos estilos de vida no Sistema respiratório.pptx
dt9 A influência do ambiente e dos estilos de vida no Sistema respiratório.pptxdt9 A influência do ambiente e dos estilos de vida no Sistema respiratório.pptx
dt9 A influência do ambiente e dos estilos de vida no Sistema respiratório.pptxMnicaMatos22
 

Similaire à Embolia (20)

Síndromes Respiratórias PL 02 - 2010
Síndromes Respiratórias PL 02 - 2010Síndromes Respiratórias PL 02 - 2010
Síndromes Respiratórias PL 02 - 2010
 
Sistema respiratório e renal_Antônio
Sistema respiratório e renal_AntônioSistema respiratório e renal_Antônio
Sistema respiratório e renal_Antônio
 
SDRA .pdf
SDRA .pdfSDRA .pdf
SDRA .pdf
 
Sistema Pulmonar.pptx
Sistema Pulmonar.pptxSistema Pulmonar.pptx
Sistema Pulmonar.pptx
 
SARA.pptx
SARA.pptxSARA.pptx
SARA.pptx
 
Fisiologia do sistema respiratório
Fisiologia do sistema respiratórioFisiologia do sistema respiratório
Fisiologia do sistema respiratório
 
Respiração
RespiraçãoRespiração
Respiração
 
HPP.pptx - HIPERTENSÃO PULMONAR NO RECEM NASCIDO
HPP.pptx - HIPERTENSÃO PULMONAR NO RECEM NASCIDOHPP.pptx - HIPERTENSÃO PULMONAR NO RECEM NASCIDO
HPP.pptx - HIPERTENSÃO PULMONAR NO RECEM NASCIDO
 
Ohb rio doenças do mergulho
Ohb rio   doenças do mergulhoOhb rio   doenças do mergulho
Ohb rio doenças do mergulho
 
Respiração
RespiraçãoRespiração
Respiração
 
SISTEMA  RESPIRATÓRIO
SISTEMA  RESPIRATÓRIOSISTEMA  RESPIRATÓRIO
SISTEMA  RESPIRATÓRIO
 
Fisiologia Pulmonar: Difusão
Fisiologia Pulmonar: DifusãoFisiologia Pulmonar: Difusão
Fisiologia Pulmonar: Difusão
 
12ª aula sofrimento respiratório agudo (s.a.r.a.)
12ª aula   sofrimento respiratório agudo (s.a.r.a.)12ª aula   sofrimento respiratório agudo (s.a.r.a.)
12ª aula sofrimento respiratório agudo (s.a.r.a.)
 
12ª aula sofrimento respiratório agudo (s.a.r.a.) Silvio
12ª aula   sofrimento respiratório agudo (s.a.r.a.) Silvio12ª aula   sofrimento respiratório agudo (s.a.r.a.) Silvio
12ª aula sofrimento respiratório agudo (s.a.r.a.) Silvio
 
Cistos e cavidades pulmonares
Cistos e cavidades pulmonaresCistos e cavidades pulmonares
Cistos e cavidades pulmonares
 
Vias aéreas parte 2
Vias aéreas parte 2Vias aéreas parte 2
Vias aéreas parte 2
 
Tromboembolismo Pulmonar
Tromboembolismo PulmonarTromboembolismo Pulmonar
Tromboembolismo Pulmonar
 
Curso 42 ii
Curso 42 iiCurso 42 ii
Curso 42 ii
 
Fisiologia de anormalidades pulmonares específicas(resumo guyton)
Fisiologia de anormalidades pulmonares específicas(resumo guyton)Fisiologia de anormalidades pulmonares específicas(resumo guyton)
Fisiologia de anormalidades pulmonares específicas(resumo guyton)
 
dt9 A influência do ambiente e dos estilos de vida no Sistema respiratório.pptx
dt9 A influência do ambiente e dos estilos de vida no Sistema respiratório.pptxdt9 A influência do ambiente e dos estilos de vida no Sistema respiratório.pptx
dt9 A influência do ambiente e dos estilos de vida no Sistema respiratório.pptx
 

Plus de Helena Amaral

Plus de Helena Amaral (6)

Sistema digestório Cães
Sistema digestório CãesSistema digestório Cães
Sistema digestório Cães
 
Inflamação
InflamaçãoInflamação
Inflamação
 
Farmacodermia
FarmacodermiaFarmacodermia
Farmacodermia
 
Termorregulação
TermorregulaçãoTermorregulação
Termorregulação
 
Raiva
RaivaRaiva
Raiva
 
Biofísica da Audição
Biofísica da AudiçãoBiofísica da Audição
Biofísica da Audição
 

Embolia

  • 1.
  • 2. Componentes da Equipe  Helena do Amaral de Lima  Letícia Araújo Fernandes  Luana Antoniuk  Marriê Cavalli
  • 3. Conceito  Embolia é a obstrução súbita de um vaso (artérias, veias ou de vasos linfáticos) por um corpo estranho na corrente sanguínea.  Este corpo é denominado êmbolo, que pode ter origem diversificada.  Principal consequência: necrose do tecido dependente ou infarto.
  • 4. Classificação  As embolias são classificadas conforme a natureza dos êmbolos:  Tromboembolismo;  Embolia bacteriana;  Embolia celular;  Embolia gasosa;  Embolia gordurosa;  Embolia de medula óssea;  Embolia parasitária.
  • 5.  O tromboembolismo é a forma mais comum de embolia pulmonar. Pulmão. Tromboembolismo. (Disponível em: http://www.uftm.edu.br/patge/index.php?option=com_content&view=article &id=93:mac-0120&catid=43:macroscopia-1-patologia-celula-c . Acesso 01/10/2013). Embolia Parasitária
  • 6. Embolia Gasosa  Embolia Gasosa: Ocorre pela introdução de ar no sangue;  O ar tem acesso ao sistema vascular por ruptura de grandes veias ou por injeção intravenosa.
  • 7. Artigo EMBOLIA GASOSA PULMONAR EM COELHO CAUSADA POR PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO – RELATO DE CASO. OLIVEIRA et al. ARS VETERINARIA, Jaboticabal, SP, v.28, n.4, 255-259, 2012.
  • 8.  Embolia gasosa venosa massiva provocada pelo peróxido de hidrogênio (água oxigenada), em coelho durante a limpeza e desinfecção de um abscesso no masseter utilizando H2O2 a 3%. EMBOLIA GASOSA PULMONAR EM COELHO CAUSADA POR PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO – RELATO DE CASO.
  • 9. EMBOLIA GASOSA PULMONAR EM COELHO CAUSADA POR PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO – RELATO DE CASO.  Coelho utilizado no experimento: Adulto, peso: 1,1 Kg.  Anestesiado para punção diagnóstica do local para avaliar o conteúdo da lesão;  Comprovada presença de material caseoso;  Drenagem do conteúdo do abscesso.
  • 10.  Após retirada de excesso de pus iniciou-se a administração de peróxido de hidrogênio (15 ml) através de incisão com seringa;  Ultima aplicação (5 ml) sob pressão; EMBOLIA GASOSA PULMONAR EM COELHO CAUSADA POR PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO – RELATO DE CASO.
  • 11.  Após última aplicação observou-se aumento do volume do abscesso devido a formação de espuma – característica da oxidação da água oxigenada.  Imediatamente o animal teve parada cardiorrespiratória e veio a óbito. EMBOLIA GASOSA PULMONAR EM COELHO CAUSADA POR PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO – RELATO DE CASO.
  • 12.  O peróxido de hidrogênio é oxidado quando em contato com as enzimas presentes no sangue e leva a formação de uma espuma densa devido a liberação de H2O e O2;  Quando utilizado no tecido subcutâneo (limpeza de ferimentos), pode ser absorvido e liberar O2 no leito vascular; EMBOLIA GASOSA PULMONAR EM COELHO CAUSADA POR PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO – RELATO DE CASO.
  • 13.  Quando o volume de gás formado no leito vascular excede a capacidade de solubilização sanguínea ocorre a formação de bolhas de oxigênio – Embolia Gasosa;  Os êmbolos formados nas veias invadem o ventrículo direito e causam obstrução do tronco pulmonar causando a embolia gasosa venosa massiva. EMBOLIA GASOSA PULMONAR EM COELHO CAUSADA POR PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO – RELATO DE CASO.
  • 14.  O animal foi encaminhado ao laboratório de patologia para necropsia e exame histopatológico; EMBOLIA GASOSA PULMONAR EM COELHO CAUSADA POR PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO – RELATO DE CASO.
  • 15. A: Numerosas bolhas de ar na veia cava caudal. B: bolhas no tronco pulmonar. C: Enfisema pulmonar. D: Atelectasia.
  • 16. A. corte histológico de abscesso na região massetérica apresentando bolhas de ar (setas) em vaso sanguíneo em meio à infiltrado inflamatório. B. Bolha de ar no lúmem de artéria pulmonar (seta). C. hemorragia intersticial multifocal (asteriscos) e enfisema (estrelas) no parênquima pulmonar. D. congestão de leptomeninges e encéfalo (setas).
  • 17.  O emprego do peróxido de hidrogênio em cavidades fechadas ou semifechadas vascularizadas e sob pressão pode favorecer a ocorrência de embolia gasosa;  A substância gerou alta pressão sobre os tecidos adjacentes ao abscesso devido a liberação de grande quantidade de oxigênio em espaço restrito (1ml de H2O2 libera 9,8 ml de oxigênio). EMBOLIA GASOSA PULMONAR EM COELHO CAUSADA POR PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO – RELATO DE CASO.
  • 18.  Embolia gasosa venosa pulmonar – caracteriza-se pela obstrução microvascular causada por pequenas bolhas na luz do vaso;  Bolhas de ar podem ter sido formadas pela passagem de H2O2 através dos espaços interepiteliais e do endotélio capilar ou pela absorção do O2 liberado na reação. EMBOLIA GASOSA PULMONAR EM COELHO CAUSADA POR PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO – RELATO DE CASO.
  • 19.  Quando há a existência de grande quantidade de bolhas ocorre sobrecarga do ventrículo direito e insuficiência cardíaca congestiva aguda;  Ocorre aumento da pressão da artéria pulmonar, da pressão venosa central e redução do débito cardíaco além de sinais de choque circulatório. EMBOLIA GASOSA PULMONAR EM COELHO CAUSADA POR PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO – RELATO DE CASO.
  • 20. EMBOLIA GASOSA PULMONAR EM COELHO CAUSADA POR PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO – RELATO DE CASO.  O aumento do tônus vagal ocasionado pelo peróxido de hidrogênio em quimiorreceptores e mecanorreceptores vasculares e em terminações vagais pode ter ocorrido com o embolismo massivo na causa mortis.
  • 21.  Em humanos o peróxido de hidrogênio tem uso restrito devido a alta incidência de casos de embolia gasosa;  Na Veterinária ainda é utilizado para limpeza e desinfecção de ferimentos e também na indução de vômitos; EMBOLIA GASOSA PULMONAR EM COELHO CAUSADA POR PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO – RELATO DE CASO.
  • 22. EMBOLIA GASOSA PULMONAR EM COELHO CAUSADA POR PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO – RELATO DE CASO.  Diante das considerações descritas neste relato e em agravos já comprovados em humanos, o peróxido de hidrogênio deve ser utilizado com cautela em processos de limpeza e desinfecção, além de se evitar o uso do mesmo em condições que possam determinar seu acúmulo em cavidades.