PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
Pirâmide de idades
1. Aprende Técnicas
Como construir uma pirâmide de idades
Material: lápis, borracha, régua, calculadora, lápis de cor e papel milimétrico ou quadriculado.
1º A pirâmide de idades é um gráfico de barras horizontais no qual se separam os homens das
mulheres ou outro tipo de população (população rural e população urbana).
2° As barras dizem respeito a valores da população ano a ano (1 ano, 2 anos, 3 anos, etc.) ou a
valores agrupados segundo determinados intervalos. Na maioria dos casos utilizam-se
conjuntos de 5 anos (até aos 4 anos, dos 5 aos 9 anos, dos 10 aos 14 anos, etc.).
3° As barras constroem-se com valores absolutos ou valores relativos (em percentagem). Os
valores em percentagem permitem-nos estabelecer comparações mais correctas entre
populações de diferente dimensão.
4.° O cálculo das percentagens faz-se relativamente à população total da área em estudo —
continente, país, distrito, etc.
Vejamos um exemplo:
População total do distrito de Portalegre: 128 430 hab.
População do género masculino dos 0 aos 4 anos: 2890
População do género feminino dos 0 aos 4 anos: 2670
Então:
5° Procedemos ao cálculo das percentagens para as
diferentes classes etárias.
6° Confirmamos os cálculos procedendo à soma de
todos os valores encontrados. Esta soma deve dar
100 ou um valor muito próximo.
7º Fazemos os eixos perpendiculares como a figura
indica.
8° Nos eixos verticais marcamos as idades conforme
está na figura. As barras podem ter 4 ou 5 mm de
espessura.
9° Nos eixos horizontais marcamos os valores das
percentagens. A fim de facilitar a elaboração das
barras fazemos corresponder 1% a 1cm.
10° Procedemos à pintura das barras. A pintura pode
ser feita segundo critérios diferentes:
— pintamos as barras correspondentes aos
homens de uma cor e as correspondentes às
mulheres de outra;
— pintamos as barras correspondentes aos
“jovens” de um tom claro de uma cor; as barras
correspondentes aos “adultos” de um tom mais
forte e as barras correspondentes aos “velhos”
de um tom ainda mais carregado.
11° Completamos a pirâmide com o título, área a que corresponde, data dos dados, indicação
dos sexos pelas letras H e M e, ainda, a fonte dos dados.
2. Leitura e análise de uma pirâmide de idades
Devemos ter como referência que, em teoria, uma pirâmide de idades deve ter a forma
triangular pois o “normal” em qualquer população é que os elementos mais jovens sejam mais
numerosos do que os mais velhos.
Leitura/análise:
1° As barras dos 0-4 anos são mais curtas do
que as barras dos 5-9 anos e estas, por sua
vez, mais pequenas do que as relativas às
idades entre 10 e 14 anos. Verifica-se esta
situação até à barra dos 20-24 anos.
A explicação relaciona-se com:
• o decréscimo das taxas de natalidade na
sequência da diminuição do número de
filhos por mulher;
• o facto de parte da população em idade de
ter filhos ser menos numerosa do que o
“normal”.
2° As barras relativas à população acima dos 60 anos são maiores do que as relativas às
populações menos jovens, o que é “anormal”.
A explicação relaciona-se com:
• a emigração nos grupos etários em idade de trabalhar. Contudo, não se emigra, em regra, aos
50 anos e mais. Esta emigração diz respeito ao grande surto de emigração nas décadas de 60
e 70, portanto, há 25-35 anos (1995-1960 = 35 anos; 1995-1970 = 25 anos);
• as pessoas que não nasceram durante a II Guerra Mundial (1995-1945 = 50 anos; 1995-1938 =
57 anos), o chamado défice de nascimentos devido à guerra;
• o êxodo rural cujo destino “interno” era e é, sobretudo, Lisboa.
3° As barras relativas ao género masculino e ao género feminino apresentam uma dimensão
relativa “anormal”, ou seja:
— as barras relativas aos homens são maiores do que as relativas às mulheres até 40-44
anos e tendo, apenas, como excepção a faixa dos 25-29 anos;
— as barras relativas às mulheres são maiores do que as relativas aos homens a partir dos
45 anos.
A explicação relaciona-se com os factos seguintes:
• nascem mais rapazes do que raparigas, o que é uma questão biológica;
• os homens emigram mais do que as mulheres;
• a emigração nos anos 60 e 70 foi maioritariamente de homens;
• o êxodo rural foi, também, um movimento essencialmente “masculino”;
• morrem mais homens do que mulheres, tendo ainda estes mais acidentes mortais;
• as mulheres vivem mais tempo do que os homens.