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Cadeira de Medicina Ayurvédica – Naturopatia 3 A; Aluna 4533
História da Medicina Ayurvédica Instituto de Medicina Tradicional Curso Geral de Naturopatia e Ciências Holísticas  Cadeira de Medicina Ayurvédica 1º Semestre Autor: Susana de Almeida Carvalho Docente: Professora Michele Pó 2010/2011
Encontramos na Ayurvédica, uma medicina que compreende a união vital não só entre mente e corpo, mas também a importante necessidade de nutrir e relembrar ao Homem, os aspectos subtis da Humanidade Na filosofia de vida Ayurvédica, muito mais que uma medicina, encontramos uma ciência Desde o inicio dos tempos que os antigos médicos ayurvédicos compreenderam a enorme importância de se viver sempre em sintonia com as Leis da Natureza  Mente Corpo Sentidos Alma Esta forma de Vida, esta ciência, procura atingir uma prevenção e longevidade do Ser Holístico e é tido como o sistema médico holístico mais antigo que se conhece.
A idade dos Compêndios ( Samhitas )  Ano Zero (Era de Cristo) Século XX - O Período Moderno 530 a.C - O Budismo e o Ayurveda coexistem 1600 d.C.- O Período Mongol 700 a.C.- O nascimento da Ciência e divisões do Ayurveda – As Universidades 1000 a.C.- A Filosofia  2000 a 1500 a.C.- Os Vedas 3000 a.C. – Inicio da Civilização Indo, com as cidades de Harappa, Mohenjo-daro e Lothal.
HARAPPA E MOHENJO-DARO Desenvolveu-se e atingiu o seu auge aproximadamente entre os anos 2200 e 1900 a.C., mas os primeiros assentamentos organizados e as primeiras formas arquitectónicas descritas foram datados de 2600 a.C. a 3000 a.C.    Povo Drávida  Higiene  Bem-estar e conforto Equitatividade social ,[object Object]
Foram construídos diques ao longo do rio para controlar a vazão das águas.
Cultivavam trigo, cevada, ervilha, sésamo, tâmara, arroz, e outras frutas para além do melão.
Tinham um comércio bem desenvolvido, inclusive com os povos vizinhos.
Eram um povo que vivia e apreciava a Paz,[object Object]
A palavra Veda significa conhecimento e Vedas, são as escrituras compiladas pelo grande sábio Vyasadeva, recebidos pelos Rishis (sábios videntes), nos Bosques Sagrados de Badari Vana.  Originalmente, o conhecimento era transmitido por via oral, porém, com o advento da era de Kali, quando o homem perde poder de concentração, inteligência e memória, tornou-se necessário codificar os Vedas em forma escrita.  Rigveda Yajurveda Os quatro Vedas são  Sama Atharva “Aceitar a importância da Auto-Realização e encontrar a Verdade Absoluta."  O objectivo dos Vedas é, portanto, proporcionar respostas plausíveis para quem se encontra em busca filosófica acerca da Verdade Absoluta.
ऋग्वेद Rig Veda: "veda dos hinos".  ,[object Object]
Todos os outros derivaram dele.
É o mais antigo veda e, ao mesmo tempo, o documento mais antigo da literatura hindu, composto de hinos, rituais e oferendas às divindades.
Possui 1.028 hinos, sendo que a maioria se refere a oferendas de sacrifícios, algumas sem relação com o culto.
Independentemente do valor interno, o Primeiro Veda é valiosíssimo pela sua antiguidade.
Passagens geográficas e etnológicas no Rigveda provêem evidência de que o Rig Veda foi escrito por volta de 1700–1100 a. C., durante o período védico em Punjabe (Sapta Sindhu), fazendo dele um dos mais antigos textos de qualquer linguagem Indo-europeia e um dos textos religiosos mais antigos do mundo. ,[object Object]
यजुर्वेदः  Yajur Veda: "veda do sacrifício” Contém textos religiosos com foco na liturgia, nos rituais e no sacrifício, e como executá-los.  Foi escrito durante o período Védico entre 1500 a.C. e 500 a.C., junto dos outros Vedas.  Existem duas colecções primárias ou samhitas do Yajurveda: Shukla (branco) e Krishna (preto).  Ambos contêm os versos necessários para rituais, mas o Krishna Yajurveda tem comentários de prosa adicionais e instruções detalhadas sobre o próprio trabalho.
अथर्ववेदः  O Atharva Veda é um texto sagrado do Hinduísmo, parte dos quatro livros dos Vedas.  De acordo com a tradição, o Atharva Veda foi principalmente composto por dois grupos de rishis conhecidos como os Bhrigus e os Angirasas.  Estes antigos textos sagrados são  um manual de ensinamentos de como se poderá viver em sintonia com o Todo. Ensinam diferentes métodos para o aperfeiçoamento quer nas actividades humanas (saúde, cuidados higiénicos, astrologia, o caminho espiritual, governo, treino e estratégias de guerra, poesia e ética). Quer no desenvolvimento de uma melhor qualidade de vida, conduzindo a um progresso espiritual. Encontramos aqui  os mais antigos relatos e referências a doenças, ervas e curas com ervas; sobre as tipologias humanas, considerando o transplante de órgãos, uso de ervas no tratamento de doenças físicas e psíquicas e a obtenção da longevidade. Hinos sobre anatomia, fisiologia e cirurgia. É o mais antigo e exploratório  relato escrito de medicina.
1000 A.C.  A FILOSOFIA SAMKHYA De acordo com a filosofia Samkhya, toda a Criação provém de uma dualidade original conhecida como  Purusha (Espírito) e Prakriti (Matéria) e tudo é formado pela interacção destas duas fontes distintas.  Não há um Ser Supremo que governa tudo, mas apenas um aglomerado de Purushas omnipresentes que se interpenetram umas as outras e que, de uma forma não explicada, mantêm-se completamente distintas da Natureza criada.  Assim, o sistema Samkhya passou a ser considerado um sistema ateísta, pois não crê num Deus Supremo.  Na sua essência, Samkhya define a forma como o Universo é construído e atribui assim formas, através dos Tatwas.
PRANA
Assim como são criadas formas entendíveis para o que é patente mas não explicável (Prithivi, Vayu, Apas, Tejas, Akasha), são dados aos Rishis o conhecimento dos humores Tridoshas: Vata, Pitta, Kapha.
A partir da Filosofia Samkhya Surgem os primeiros compêndios onde  todo o conhecimento que vai ser gerado nos tratados de Medicina Ayurvédica, vão ter duas origens distintas, ainda que se cruzem e interajam. Sri Dhanvantari, uma encarnação de Sri Vishni – Senhor Supremo: revelou o conhecimento sobre os cuidados com o corpo, a sua fisiologia e como prevenir as doenças e incentivou depois Susruta Rishi a ensinar Susruta Samhita que mais tarde vai descrever todos estes métodos medicinais de cuta com remédios e cirurgias, em compêndios que falarei mais adiante. Brahma, Senhor Engenheiro do Universo, por sua vez, recebeu o conhecimento das curas, directamente de Vishnu e com uma grande compaixão, revela-o a Prajapati Daksha, que passa para os Ashwini-kumaras, que ensinando Indra, transmitiu a Atreya Rishi, filho do grande sábio Atri Muni. Surgem assim duas escolas:  A Sri Dhanvantari-Sampradaya que dá mais importância ao diagnóstico, administração de remédios e principalmente cirurgias.  A Brahma-sampradaya que, embora fazendo uso do diagnóstico, remédios e tratamentos diversos, não intervém na cirurgia.
AS UNIVERSIDADES DE MEDICINA AYURVÉDICA  São conhecidas duas grandes Universidades já em 700 a.C A estrutura académica de ambas as escolas eram muito sólidas e incluíam a passagem de conhecimento em: ,[object Object]
o próprio conhecimento e seu treino (Vidya)
a lógica versus crítica (Tarka)

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  • 4. A idade dos Compêndios ( Samhitas ) Ano Zero (Era de Cristo) Século XX - O Período Moderno 530 a.C - O Budismo e o Ayurveda coexistem 1600 d.C.- O Período Mongol 700 a.C.- O nascimento da Ciência e divisões do Ayurveda – As Universidades 1000 a.C.- A Filosofia 2000 a 1500 a.C.- Os Vedas 3000 a.C. – Inicio da Civilização Indo, com as cidades de Harappa, Mohenjo-daro e Lothal.
  • 5.
  • 6. Foram construídos diques ao longo do rio para controlar a vazão das águas.
  • 7. Cultivavam trigo, cevada, ervilha, sésamo, tâmara, arroz, e outras frutas para além do melão.
  • 8. Tinham um comércio bem desenvolvido, inclusive com os povos vizinhos.
  • 9.
  • 10. A palavra Veda significa conhecimento e Vedas, são as escrituras compiladas pelo grande sábio Vyasadeva, recebidos pelos Rishis (sábios videntes), nos Bosques Sagrados de Badari Vana. Originalmente, o conhecimento era transmitido por via oral, porém, com o advento da era de Kali, quando o homem perde poder de concentração, inteligência e memória, tornou-se necessário codificar os Vedas em forma escrita. Rigveda Yajurveda Os quatro Vedas são Sama Atharva “Aceitar a importância da Auto-Realização e encontrar a Verdade Absoluta." O objectivo dos Vedas é, portanto, proporcionar respostas plausíveis para quem se encontra em busca filosófica acerca da Verdade Absoluta.
  • 11.
  • 12. Todos os outros derivaram dele.
  • 13. É o mais antigo veda e, ao mesmo tempo, o documento mais antigo da literatura hindu, composto de hinos, rituais e oferendas às divindades.
  • 14. Possui 1.028 hinos, sendo que a maioria se refere a oferendas de sacrifícios, algumas sem relação com o culto.
  • 15. Independentemente do valor interno, o Primeiro Veda é valiosíssimo pela sua antiguidade.
  • 16.
  • 17. यजुर्वेदः Yajur Veda: "veda do sacrifício” Contém textos religiosos com foco na liturgia, nos rituais e no sacrifício, e como executá-los. Foi escrito durante o período Védico entre 1500 a.C. e 500 a.C., junto dos outros Vedas. Existem duas colecções primárias ou samhitas do Yajurveda: Shukla (branco) e Krishna (preto). Ambos contêm os versos necessários para rituais, mas o Krishna Yajurveda tem comentários de prosa adicionais e instruções detalhadas sobre o próprio trabalho.
  • 18. अथर्ववेदः O Atharva Veda é um texto sagrado do Hinduísmo, parte dos quatro livros dos Vedas. De acordo com a tradição, o Atharva Veda foi principalmente composto por dois grupos de rishis conhecidos como os Bhrigus e os Angirasas. Estes antigos textos sagrados são um manual de ensinamentos de como se poderá viver em sintonia com o Todo. Ensinam diferentes métodos para o aperfeiçoamento quer nas actividades humanas (saúde, cuidados higiénicos, astrologia, o caminho espiritual, governo, treino e estratégias de guerra, poesia e ética). Quer no desenvolvimento de uma melhor qualidade de vida, conduzindo a um progresso espiritual. Encontramos aqui os mais antigos relatos e referências a doenças, ervas e curas com ervas; sobre as tipologias humanas, considerando o transplante de órgãos, uso de ervas no tratamento de doenças físicas e psíquicas e a obtenção da longevidade. Hinos sobre anatomia, fisiologia e cirurgia. É o mais antigo e exploratório relato escrito de medicina.
  • 19. 1000 A.C. A FILOSOFIA SAMKHYA De acordo com a filosofia Samkhya, toda a Criação provém de uma dualidade original conhecida como Purusha (Espírito) e Prakriti (Matéria) e tudo é formado pela interacção destas duas fontes distintas. Não há um Ser Supremo que governa tudo, mas apenas um aglomerado de Purushas omnipresentes que se interpenetram umas as outras e que, de uma forma não explicada, mantêm-se completamente distintas da Natureza criada. Assim, o sistema Samkhya passou a ser considerado um sistema ateísta, pois não crê num Deus Supremo. Na sua essência, Samkhya define a forma como o Universo é construído e atribui assim formas, através dos Tatwas.
  • 20. PRANA
  • 21. Assim como são criadas formas entendíveis para o que é patente mas não explicável (Prithivi, Vayu, Apas, Tejas, Akasha), são dados aos Rishis o conhecimento dos humores Tridoshas: Vata, Pitta, Kapha.
  • 22. A partir da Filosofia Samkhya Surgem os primeiros compêndios onde todo o conhecimento que vai ser gerado nos tratados de Medicina Ayurvédica, vão ter duas origens distintas, ainda que se cruzem e interajam. Sri Dhanvantari, uma encarnação de Sri Vishni – Senhor Supremo: revelou o conhecimento sobre os cuidados com o corpo, a sua fisiologia e como prevenir as doenças e incentivou depois Susruta Rishi a ensinar Susruta Samhita que mais tarde vai descrever todos estes métodos medicinais de cuta com remédios e cirurgias, em compêndios que falarei mais adiante. Brahma, Senhor Engenheiro do Universo, por sua vez, recebeu o conhecimento das curas, directamente de Vishnu e com uma grande compaixão, revela-o a Prajapati Daksha, que passa para os Ashwini-kumaras, que ensinando Indra, transmitiu a Atreya Rishi, filho do grande sábio Atri Muni. Surgem assim duas escolas: A Sri Dhanvantari-Sampradaya que dá mais importância ao diagnóstico, administração de remédios e principalmente cirurgias. A Brahma-sampradaya que, embora fazendo uso do diagnóstico, remédios e tratamentos diversos, não intervém na cirurgia.
  • 23.
  • 24. o próprio conhecimento e seu treino (Vidya)
  • 25. a lógica versus crítica (Tarka)
  • 26. exercitava-se profundamente a memória (Smriti)
  • 28. e com elevada importância, a prática (Kriya).É nesta fase da História da Medicina Ayurvedica que se contextualiza a forma mais cientifica da Ayurvedica e que se divide nos 8 ramos da medicina.
  • 29. Os 8 Ramos da Medicina Ayurvédica Kayachikitsa - Medicina Interna Salakya Tantra - Ouvidos, nariz, garganta, olhos, boca e dentes Agada Tantra – Toxicologia Kaumara bhritya ou Bala Tantra – Pediatria, embriologia e obstetrícia Salya Tantra – Cirurgia Bhuta Vidya – Psiquiatria Vajikarana Tantra - Afrodisíacos e medicina reprodutiva Rasayan Tantra - Longevidade e revitalização
  • 30. É entre 700 a.C. e 530 a.C. que se verifica o auge da compilação escrita do conhecimento ayurvédico, dos registo de todas as suas observações sobre: engenharia, física, filosofia, astrologia, biologia, toxicologia, teologia, fitoterapia, anatomia, entre outros. A Idade dos Compêndios (Samhitas) Embora só se conheçam registos que tenham sobrevivido na íntegra de Agnivesa Samhita, redigido por Charakae que ficou conhecido por Charaka Samhita, e de Susruta Samhita são ainda conhecidos fragmentos ou registos de Susruta Samhita, kasyapa Samhita, Agnivesa Samhita, BhelaSamhita, Harita Samhita, Bharadvaja Samhita e Agastya Samhita, importantes escritos deste período.
  • 31. BRIHAT-TRAYI OU VRIDDHA-TRAYI Trilogia de Compêndios, constituída por três tratados que subsistem até aos dias de hoje e são obrigatórios para o médico ayurveda. A sua escrita permanece em sânscrito e muito pouco dos seus tratados foram traduzidos para o inglês. Charaka Samhita - revela os ensinamentos de Atreya para o seu pupilo Agnivesa. Susruta Samhita - fala dos ensinamentos do sábio Dhanvantari e foi escrito pelo seu discípulo, o médico Susruta, tratando-se na sua essência de um Tratados de Cirurgia. Astanga hridayam é talvez o compêndio mais conhecido e contém a essência e filosofia do Ayurveda, por Vagbhata.
  • 32. O BUDISMO E A SUA IMPORTÂNCIA NA MEDICINA AYURVÉDICA Buda, vivendo na busca e perfeição da Verdade era um grande estimulador da prática e do estudo da Ayurvédica, pois em coerência e sintonia com o Todo, fazia parte da sua Verdade. Na Era Budista há também um desenvolvimento e divulgação desta ciência médica. No século III a.C., Samarat Ashoka, imperador sanguinário do norte da India converte-se e vivendo intensamente a compaixão por todos os seres humanos, tal como Buda ensinava, construíu hospitais de caridade, completos e com sectores de cirurgia, obstetrícia e problemas mentais, por todo o seu império e atendendo à filosofia tão harmoniosa de que todos somos um só, os seus hospitais não se destinava somente para seres humanos, como também para animais. Institucionalização e acesso à medicina para todos
  • 33. AS INVASÕES MUÇULMANAS E O PERIODO MONGOL É entre os séculos X e XII d.C. que, a forma coerente e concisa da Medicina Ayurvédica, deixa de ser praticada e difundida, precisamente pelas alterações que este país vê decorrer com as repetidas e violentas invasões dos povos muçulmanos que, assassinando monges budistas, destruindo universidades e queimando bibliotecas, vão deixar fragmentadas todas as estruturas que criavam um sistema de Vida único e tão eficaz. No século XVI d.C., Akbar O Grande, imperador Mongol que sobe ao poder com apenas 13 anos mas com muita vontade de aprender algo mais do que apenas o que o império lhe preparava, tornou-se estudioso dos textos sobreviventes e vai novamente alterar o decurso da História, ordenando que todo o conhecimento médico indiano fosse recuperado e compilado, trazendo uma nova luz para o Ayurveda. Graças à perseverança de monges budistas e tibetanos e as suas práticas inalteráveis, permitiu-se que o conhecimento não desaparecesse e tivesse chegado até Akbar
  • 34. O NOVO MUNDO E A INFLUÊNCIA NA HISTÓRIA DE UMA MEDICINA FRAGILIZADA – SÉCULO XVI E XVII As doenças venéreas, como a Sífilis, as sistémicas como a Difteria, Desinteria e as epidémicas como a Tuberculose, Escarlatina e a Peste Bubônica, depressa se apoderaram dos metabolismos puros e muito mais desintoxicados do povo oriental e rapidamente a Medicina Ayurvédica foi colocada em causa. Não pela falta de solução para as doenças em si, mas porque a sua capacidade de resposta era muito lenta assim como o número de enfermos em muitas regiões era inferior à ao número de médicos existentes. O Ayurveda vê-se rapidamente colocado com uma mera teoria não funcional e de práticas dúbias, difamando-se os seus praticantes e maltratando a sabedoria popular e a pressão do Mundo Novo Ocidental faz com que toda a Índia comece a acreditar que a forma tão mais pura como a Vida era encarada pelo povo, seria para sempre a causa de um atraso na sua civilização. O descrédito pelas suas crenças é fortemente implantado e a verdadeira doença na Índia começa aqui a instalar-se: a perda da sua identidade e da sua consciência como Seres Iluminados por algo bem maior que o material físico.
  • 35. O SÉCULO XX E O RENASCER DE UMA NOVA ERA PARA O AYURVEDA Em 1947 a Índia vê declarada a sua independência e com isso um lento mas efectivo retomar da sua identidade. A libertação da opressão vinda do Ocidente permitiu que muitos dos estudiosos pudessem retirar das sombras do passado a sabedoria ancestral e a pouco e pouco a Medicina ayurveda vai voltando a engrenar a sua sabedoria e com Vasant Lad e Deepak Chopra, mais tarde, assume novos contornos na sua aplicação e divulgação mundial. Hoje, já no iniciar de página do século XXI, a Índia dá um salto quântico na sua identidade e abre espaço para uma evolução que se torna cada vez maior. A História deste povo fantástico une-se e a sabedoria popular ancestral interliga-se e permite ao mundo assistir, quase que numa semelhança que podemos correlacionar com o imperador Ashoka há mais de 2300 anos atrás, a um sistema global único em que ao indivíduo é-lhe permitido usufruir de um dos seis sistemas médicos reconhecidos na India: Ayurveda, Alopatia, Homeopatia, Naturopatia, Unani e Siddha (uma variedade de Ayurveda praticada no sul da Índia).
  • 36. "Satyameva Jayate" (Sânscrito) सत्यमेव जयते  (Devanāgarī) "Só a verdade triunfa" Lema actual da Índia, fracção do mantra original 3.1.6 do Mundaka Upanishad नमस्ते - Namasté
  • 37. BIBLIOGRAFIA Fontes Impressas CALDECOTT, Todd – Ayurveda the divine science of life, Mosby Elsevier Editions, 2006, Philladelphia, PA, USA, ISBN-13 978-0-7234-3410-8 POLE, Sebastian – Ayurvedic Medicine Elsevier Editions, 2006, Philladelphia, PA, USA, ISBN-13 978-0-443-10090-1 TIRTHA, Swami Sadashiva – The Ayurveda Encyclopedia: Natural Secrets to Healing, Prevention & Longevity, Ayurveda Holistic Center Press, 2005, Bayville, NY, USA, ISBN 0-9658042-2-4 AUROBINDO, Sri – The Life Divine, Sri Aurobindo Ashram Trust, Pondicherry, 1977, ISBN 81-215-0647-6 CHOPRA, Deepak – Em busca do Buda da Medicina, Ed. Pensamento, S.Paulo, 2004, ISBN – 85-315-1378-2 Fontes Electrónicas http://www.harappa.com/har/indus-saraswati.html http://www.harappa.com/har/indus-saraswati-geography.html http://www.harappa.com/indus2/152.html http://www.harappa.com/indus2/index.html http://www.dharmabindu.com/?l=pt&p=ensinamento&id=86 http://members.fortunecity.com/entremundos1/Sámkhia.htm http://pt.wikipedia.org/wiki/Sankhya http://www.angelfire.com/realm/robinhood/teoria/teoria.htm http://www.centrodeyogavajrapani.com.br/mantras/mantras_indianos.php http://pt.shvoong.com/medicine-and-health/1706603-medicina-ayurveda/ http://historia-interactiva.blogspot.com/2009/02/as-doencas-na-idade-media.html http://www.ff.ul.pt/paginas/jpsdias/Farmacia-e-Historia/node25.html http://portugalmistico.com/artigos-por-temas-mainmenu-56/terapias-mainmenu-46/med-trad/117-medicina-ayurvedica.html http://www.google.pt/images Outras Fontes Documentação entregue pela Docente, no contexto de slides de apoio à Cadeira. Imagens Todas as imagens foram retiradas dos sites mencionados acima, com excepção do Diagrama da Linha Temporal da História da Medicina Ayurvédica, que é de autoria própria.