O documento discute um projeto educacional com estudantes sobre a reprodução das dáfnias. Os alunos desenvolveram curiosidade e habilidades científicas através de experiências práticas com dáfnias. Um questionário inicial mostrou que os alunos melhoraram seu interesse e compreensão sobre ciências após participar do projeto.
2. “O papel da Ciência e da Tecnologia no nosso dia-a-dia
exige uma população com conhecimento e
compreensão suficientes para entender e seguir
debates sobre temas científicos e tecnológicos e
envolver-se em questões que estes temas colocam,
quer para eles como indivíduos quer para a sociedade
como um todo”.
[No Currículo Nacional do Ensino Básico (Ministério da Educação, 2001)]
3. AO LONGO DO SEU CRESCIMENTO, AS DÁFNIAS VÃO PERDENDO
VÁRIAS VEZES O SEU EXOSQUELETO, EM UM PROCESSO NORMAL E
SIMILAR À MUDANÇA DE PELE EM ALGUNS RÉPTEIS. ESTE PROCESSO
DENOMINA-SE MUDA OU ECDISE.
PELO FACTO DE ESTES ANIMAIS TEREM UM EXOSQUELETO
TRANSPARENTE, É POSSÍVEL OBSERVAR AO MICROSCÓPIO TODAS AS
PARTES QUE O CONSTITUEM, DESDE O CORAÇÃO A BATER ATÉ AO
DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO NA SUA CAVIDADE
INCUBADORA.
DEPENDENDO DAS TEMPERATURAS, UM INDIVÍDUO PODE
SOBREVIVER 108 DIAS A TEMPERATURAS DE 3ºC E SOBREVIVER
APENAS 29 DIAS A TEMPERATURAS DE 28°C. EM ZONAS TROPICAIS, O
TEMPO DE VIDA É MENOR, ESTIMADO EM POUCO MAIS DE UM MÊS.
NO INVERNO EXISTEM EXCEÇÕES; A POPULAÇÃO FICA MUITO
LIMITADA, MAS VÁRIAS FÊMEAS SOBREVIVEM ATÉ CERCA DE SEIS
MESES, TENDO UM CRESCIMENTO LENTO MAS ATINGINDO MAIORES
PROPORÇÕES QUE AS FÊMEAS QUE SE DESENVOLVEM
NORMALMENTE.
4. As dáfnias reproduzem-se de duas formas distintas,
uma sexuada e outra assexuada.
Ao processo de reprodução assexuada, isto é sem a
intervenção de gâmetas (células sexuais)
machos chamamos partenogénese.
O seu ciclo de vida varia entre, cerca de 40 dias a
25 ºC, e 56 dias a 20ºC. Quando mantida em
laboratório, esta espécie tem, normalmente, juvenis
de 2 em 2 dias e precisa de 6 a 10 dias para dar
origem à primeira ninhada.
5. Em todos os tipos de reprodução assexuada, um único
progenitor dá origem a descendentes.
Neste tipo de reprodução verificam-se multiplicações
celulares em que o núcleo se divide por mitose e, por isso, os
indivíduos das sucessivas gerações são, em geral, idênticos
geneticamente entre si e ao progenitor, do qual recebem
todos os genes.
Entre os diferentes tipos de reprodução assexuada, destaca-se
a partenogénese. Formação de novos indivíduos
exclusivamente a partir do desenvolvimento dos gâmetas
femininos.
6. A reprodução sexuada constitui um processo biológico
comum a quase todos os seres vivos. Neste tipo de
reprodução, os indivíduos das sucessivas gerações não
apresentam uma uniformidade de informação genética.
A reprodução sexuada implica que ocorra a fusão de dois
gâmetas , o masculino e o feminino, ou seja, é necessário
que se verifique fecundação, levando à formação de
células diplóides.
7. 2.1. Análise da realidade:
As atividades desta formação permitiram que os alunos, adquirissem
conhecimentos básicos sobre o tema em estudo.
As experiências com as Dáfnias proporcionaram aos alunos experiências
diversificadas, contribuindo para o desenvolvimento de capacidades e hábitos
de natureza cognitiva, afectiva e social, estimulando a curiosidade, o sentido
crítico, o gosto pela descoberta, o gosto de comunicar, de enfrentar e resolver
problemas.
Levantamento e tratamento de dados, através de um questionário, direcionado
aos alunos e testemunhos in loco das experiências de cada um.
Os discentes revelaram curiosidade, sentido crítico, gosto pela
descoberta, gosto de comunicar , pesquisar e recolher dados.
8. 2.2 Prioridades/ Objetivos
Consciencialização do aluno sobre as suas ideias prévias
relativas ao assunto em estudo;
Clarificação da questão-problema;
Planificação dos procedimentos a adoptar;
Previsão dos resultados;
Execução da experiência;
Resultados obtidos e seu significado;
Resposta à questão problema;
Elaboração de novas questões.
Fundamentalmente, foi sobre o tipo investigativo que a Formação se
tornou de importância fundamental no desenvolvimento das ciências no
contexto escolar.
9. 2.3. Fatores condicionantes
As atividades deste projeto permitiram que os alunos, através
do “saber de experiência feito” adquirissem conhecimentos
básicos sobre o tema em estudo.
Os alunos, provenientes de uma variedade de contextos
familiares e culturais, com dificuldades de aprendizagem
diversas, com pouca motivação para a escola e alguma
atitude negativa para tarefas tradicionais da escola puderam
aprender com recurso a novas tarefas e novas tecnologias.
Estabelecidos objetivos, planeadas atividades, coube-lhes
construírem os seus saberes, através de experiências
diversificadas e estimulantes.
Puderam organizar-se momentos de reflexão e discussão,
tendo como principal objetivo a criação de um ambiente
favorável de aprendizagem.
10. 2.4. Articulação entre os vários agentes educativos
Articulação com os professores
Articular os diferentes saberes e experiências de cada um na
promoção e partilha de conhecimentos ;
Articulação com os Pais/ Encarregados de Educação
Sessão de esclarecimento sobre o tema;
Articulação com Técnicos exteriores à escola
Centro de Formação AlmadaForma.
11. 3.1 Prospeção e reflexão
Aplicação do questionário junto dos discentes;
Análise das questões e formulação de conclusões sobre a
reprodução das Dáfnias;
Criação de materiais e atividades que promovam, nos
alunos, o gosto e a vontade de aprender ciência.
12. 3.2 Ação
Encontro com todos os participantes
envolvidos no projeto, com o objetivo
de apresentar os resultados obtidos
no inquérito inicial aplicado aos
alunos e definirem-se estratégias para
alterar/minimizar as dificuldades
sentidas.
13. 3.3 Exposição e divulgação
Exposição de trabalhos no final do ano
letivo para toda a comunidade escolar;
Divulgação dos trabalhos no site da escola;
Realização de flyers, cartazes e vídeo
relativos aos temas em estudo.
14. 3.4 Extensão à comunidade
Convite a toda a comunidade educativa para
visitar a exposição para o “Prémio Pequenos
Cientistas de Almada”- Solar dos Zagallos.
15. Análise do questionário e suposta alteração
comportamental, no final do projeto;
Participação dos docentes e
pais/encarregados de educação na
exposição;
Questionário final juntos dos discentes.
16. Estamos certas, que a formação
melhorará a nossa prática letiva.
Cabe aqui uma palavra de apreço,
pela disponibilidade, interesse,
organização, apoio e empenho que
a Direção, Drª Catarina Bernardo,
Drª Francisca Soares e a Professora
Maria João Carrilho, nos
disponibilizaram ao longo desta
formação.
Bem-hajam