SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 13
Baixar para ler offline
www.marcelominutti.com.br 1	
DILEMA	DO	ENGAJAMENTO	E	A	DINÂMICA	
DA	ATRATIVIDADE	EM	AMBIENTES	DIGITAIS	
	
Marcelo	Minutti	
	
RESUMO	
	
O	entendimento	do	ecossistema	social,	que	suporta	o	processo	de	engajamento	
de	 indivíduos	 autônomos	 em	 ambientes	 digitais,	 pretende	 oferecer	 alguns	
caminhos	 sobre	 como	 envolver	 o	 internauta	 em	 iniciativas	 de	 engajamento	
realmente	eficazes.	
	
O	 processo	 de	 fragmentação	 da	 atenção	 desse	 indivíduo	 tem	 tornado	 as	
iniciativas	 de	 engajamento	 cada	 vez	 mais	 complexas	 e	 menos	 efetivas.	 Com	 a	
intensificação	desse	fenômeno	nos	últimos	anos,	tornou-se	mandatório	a	busca	
de	 modelos	 alternativos	 que	 tragam	 novas	 abordagens	 para	 a	 questão	 do	
engajamento	digital.		
	
Neste	 contexto,	 o	 modelo	 do	 Dilema	 do	 Engajamento	 traz	 uma	 abordagem	
centrada	no	usuário	de	serviços	de	internet.	Isso	permite	identificar	e	tratar	as	
variáveis	comportamentais	que	afetam	diretamente	as	decisões	de	participação	
desse	indivíduo	em	atividades	online.	
	
A	 partir	 das	 variáveis	 associadas	 ao	 Dilema	 do	 Engajamento	 é	 possível	
chegarmos	a	uma	Dinâmica	da	Atratividade,	que	é	a	responsável	por	conduzir	
o	internauta	até	o	momento	da	efetiva	ação.		
	
Além	disso,	o	uso	adequado	de	tecnologias	sociais		e	a	compreensão	da	dinâmica	
da	 Rede	 de	 Confiança	 do	 indivíduo,	 responsável	 pelo	 filtro	 social	 de	
recomendações	e	indicações,	permitem	que	possíveis	barreiras	sejam	reduzidas	
e	o	percurso	pelo	Funil	do	Engajamento	facilitado.		
	
Por	fim,	o	correto	entendimento	da	percepção	de	valor	que	o	internauta	tem	em	
relação	 ao	 benefício	 individual	 oferecido	 a	 ele,	 permite	 que	 sejam	 definidas	
estratégias	consistentes	e	alinhadas	ao	objetivos	das	organizações.
www.marcelominutti.com.br 2	
SUMÁRIO	
	
RESUMO	................................................................................................................	1	
SUMÁRIO	...............................................................................................................	2	
FRAGMENTAÇÃO	DA	ATENÇÃO	DO	INDÍVIDUO	......................................................	3	
DILEMA	DO	ENGAJAMENTO	E	O	CUSTO-BENEFÍCIO	INDIVIDUAL	............................	3	
FORÇAS	DE	ATRATIVIDADE	E	O	FUNIL	DO	ENGAJAMENTO	......................................	5	
USO	ADEQUADO	DE	TECNOLOGIAS	SOCIAIS	...........................................................	8	
A	INFLUÊNCIA	DA	REDE	DE	CONFIANÇA	.................................................................	8	
CONCLUSÃO	...........................................................................................................	9	
REFERÊNCIAS	BIBLIOGRAFICAS	.............................................................................	12
www.marcelominutti.com.br 3	
FRAGMENTAÇÃO	DA	ATENÇÃO	DO	CONSUMIDOR		
	
Para	 entendermos	 os	 alicerces	 que	 sustentam	 o	 processo	 de	 engajamento	 do	
internauta	 é	 necessário	 compreendermos	 o	 contexto	 geral	 do	 ecossistema	
midiático	 atual	 e	 o	 processo	 de	 fragmentação	 intensiva,	 pelo	 qual	 a	 atenção	
desse	indivíduo	tem	passado	nos	últimos	anos.	
	
Por	 décadas,	 antes	 da	 adesão	 massiva	 do	 internauta	 às	 mídias	 sociais,	 as	
estratégias	de	engajamento	passavam	quase	sempre	pela	compra	da	atenção	do	
público	por	meio	da	propaganda	tradicional.	Seguindo	a	receita	que	sempre	deu	
certo,	 a	 chamada	 ao	 engajamento	 era	 repetida,	 com	 insistência,	 em	 vários	
espaços	 midiáticos	 (TV,	 rádio,	 jornal,	 revista)	 até	 que	 fosse	 absorvida	 e	
executada	pelo	público	alvo.	Nessa	época,	a	atenção	do	indivíduo	era	distribuída	
entre	poucos	e	limitados	espaços	de	informação	e	comunicação.	Esses	espaços,	
na	 maioria	 das	 vezes,	 se	 restringiam	 a	 alguns	 poucos	 veículos	 de	 mídia	 e	
pequenos	grupos	sociais	com	os	quais	esse	indivíduo	interagia.		
	
Nos	 últimos	 anos,	 esse	 cenário	 tem	 mudado	 radicalmente.	 Devido	 à	
popularização	 cada	 vez	 maior	 da	 internet,	 acompanhada	 do	 surgimento	 de	
ambientes	massivos	de	colaboração	online,	onde	cada	internauta	tornar-se	uma	
mídia	 em	 potencial,	 produzindo	 e	 distribuindo	 seu	 próprio	 conteúdo	 para	 sua	
própria	audiência	em	um	constante	processo	de	fragmentação	da	atenção.	
	
Assim,	o	ciberespaço	(LÉVY,	2000)	tornou-se	um	quase	infinito	emaranhado	de	
nós	conectados,	representados	por	indivíduos	reais,	onde	cada	um	desses	nós	é	
um	 canal	 de	 informação	 autônomo	 que	 compete	 pela	 atenção	 de	 outros	
indivíduos	iguais	a	ele.	A	perda	de	audiência	registrada	nos	últimos	tempos	pelos	
veículos	de	mídia	tradicional	é	um	dos	principais	reflexos	dessa	fragmentação	da	
atenção	do	indivíduo.		
	
Os	usuários	de	internet	deixaram	de	ser	simples	internautas	para	se	tornarem	
web	 atores,	 modificando	 a	 web	 a	 sua	 maneira,	 comentando,	 divulgando,	
propondo	serviços	e	conteúdos.	Tornando-se	assim	consumidores	e	produtores	
de	conteúdo	ao	mesmo	tempo.	(PISANI,	2010).	
	
Nesse	contexto,	o	internauta	vive	uma	rotina	diária,	onde	precisa	tomar	decisões	
constantes	sobre	como	distribuir	sua	atenção	e	envolvimento.	Esse	processo	de	
análise	 de	 alternativas	 e	 escolhas	 é	 o	 que	 chamaremos	 de	 Dilema	 do	
Engajamento.	
DILEMA	DO	ENGAJAMENTO	E	O	CUSTO-BENEFÍCIO	
INDIVIDUAL	
	
O	 Dilema	 do	 Engajamento	 Digital	 (Minutti,	 2011)	 é	 o	 processo	 pelo	 qual	 o	
internauta	analisa	alternativas	e	faz	escolhas,	distribuindo	assim	sua	atenção	e	
envolvimento	 entre	 aquelas	 opções	 que	 trazem	 o	 melhor	 custo-benefício	
individual.
www.marcelominutti.com.br 4	
	
Entendermos	a	importância	da	relação	custo-benefício	individual	no	processo	de	
engajamento	do	internauta	é	fundamental	para	compreendermos	o	motivo	pelo	
qual	 alguns	 serviços	 online	conquistam	 maior	 envolvimento	 e	 participação	 do	
seu	 público	 do	 que	 outros.	 Essa	 percepção	 nos	 ajuda	 a	 entender	 algumas	
situações	 empíricas	 como,	 por	 exemplo,	 o	 motivo	 do	 grande	 volume	 de	
visualizações	 de	 um	 vídeo	 no	 YouTube	 ou	 a	 grande	 quantidade	 de	
compartilhamentos	de	uma	foto	no	Facebook.		
	
O	custo-benefício	individual	do	engajamento	digital	poderia	ser	descrito	como	o	
valor	 percebido	 pelo	 indivíduo	 no	 processo	 de	 decisão	 de	 engajar-se	 em	 algo.	
Com	isso,	podemos	afirmar	que	quanto	maior	o	valor	percebido	pelo	internauta,	
maior	será	seu	nível	de	engajamento	em	alguma	atividade	online.		
	
Outro	 ponto	 importante,	 que	 deve	 ser	 considerado,	 está	 associado	 ao	
comportamento	 desses	 indivíduos	 quando	 fazem	 parte	 de	 grupos	 ou	
comunidades	online,	que	é	o	caso	de	redes	sociais	como	o	Facebook	e	Twitter.		
De	acordo	com	Olson	(1971),	mesmo	que	todos	os	indivíduos	de	um	grupo	sejam	
racionais	 e	 centrados	 em	 seus	 próprios	 interesses,	 e	 que	 saiam	 ganhando	 se,	
como	 grupo,	 agirem	 para	 atingir	 seus	 objetivos	 comuns,	 ainda	 assim	 eles	 não	
agirão	voluntariamente	para	promover	esses	interesses	comuns	e	grupais.		
	
Apesar	 de	 Olson	 não	 tratar	 diretamente	 sobre	 grupos	 em	 ambientes	 de	
colaboração	online,	ele	deixa	claro	que	os	interesses	individuais	se	sobrepõem	
aos	 interesses	 do	 grupo.	 Assim,	 é	 fundamental	 que	 ações	 e	 iniciativas	 em	
ambientes	 digitais	 que	 queiram	 fomentar	 o	 engajamento	 de	 seus	 públicos	
precisem	 prioritariamente	 se	 preocupar	 com	 o	 equilíbrio	 entre	 a	 entrega	 de	
benefícios	 individuais	 e	 os	 benefícios	 gerados	 para	 o	 grupo.	 A	 diluição	 da	
percepção	dos	benefícios	individuais	pelos	grupos	podem	inibir	e,	até	mesmo,	
anular	o	movimento	de	engajamento.	
	
	
	
Figura:	Matriz	do	Engajamento
www.marcelominutti.com.br 5	
	
Dessa	 forma,	 a	 motivação	 para	 o	 efetivo	 engajamento	 em	 ambientes	 digitais	
acontece	quando	a	força	de	atração	proporcionada	pela	relação	custo-benefício	
apresentada	é	percebida	pelo	indivíduo	como	positiva	e	benéfica	para	ele.	A	essa	
percepção	 do	 valor	 entregue	 pela	 relação	 custo-benefício	 damos	 o	 nome	 de	
Forças	de	Atratividade.	
FORÇAS	DE	ATRATIVIDADE	E	O	FUNIL	DO	ENGAJAMENTO	
	
As	 Forças	 de	 Atratividade	 do	 Engajamento	 Digital	 são	 responsáveis	 por	
trazer	 o	 internauta	 até	 o	 momento	 efetivo	 da	 ação	 que	 concretiza	 seu	
envolvimento	com	uma	determinada	atividade	online.	Por	exemplo,	publicar	um	
comentário	relacionado	a	publicação	de	conteúdo	de	um	outro	indivíduo	em	um	
blog	ou	rede	social.	
	
De	 maneira	 geral,	 podemos	 classificar	 as	 forças	 de	 atratividade	 em	 duas	
categorias:	sociais	e	pessoais.	
	
As	 forças	 de	 atratividade	 sociais	 estão	 relacionadas	 aos	 benefícios	 percebidos	
pelo	 internauta	 em	 sua	 esfera	 social.	 Essas	 forças	 são	 comuns	 em	 ambientes	
colaborativos	online	e	aparecem	de	forma	explícita	nas	interações	públicas	que	
ocorrem	 nas	 plataformas	 de	 redes	 sociais.	 Reconhecimento	 e	 sensação	 de	
pertencimento	são	exemplos	desse	tipo	de	força	de	atração.	
	
As	 forças	 de	 atratividade	 pessoais	 são	 aquelas	 que	 estão	 associadas	 aos	
benefícios	percebidos	pelo	indivíduo	em	sua	esfera	pessoal.		Satisfação	pessoal	e	
ganhos	financeiros/materiais	são	exemplos	de	forças	dessa	natureza.		
	
Por	meio	dessas	duas	forças	de	atratividade,	o	internauta	é	conduzido	e	atraído	
para	o	espaço	digital	onde	ocorre	o	engajamento,	como	se	tivesse	passando	por	
um	funil.		Durante	esse	percurso,	a	intensidade	das	forças	de	atratividade	podem	
variar,	mas	o	engajamento	só	acontece,	de	fato,	quando	se	atinge	o	ponto	ótimo	
de	atratividade	ao	final	desse	funil.	O	deslocamento	não	linear	dentro	do	funil	de	
engajamento	representa	a	dinâmica	da	atratividade	em	ambientes	digitais.	
	
A	figura	a	seguir	demonstra	visualmente	como	seria	essa	dinâmica.
www.marcelominutti.com.br 6	
	
	
Figura:	Funil	do	Engajamento	
	
Outro	ponto	importante	quando	analisamos	a	dinâmica	do	engajamento	digital	
está	associado	aos	tipos	de	engajamento.	De	acordo	com	Li	(2011)	um	modo	de	
abordar	essa	questão	é	agrupar	e	priorizar	os	tipos	de	engajamento	no	que	ela	
denomina	“pirâmide	de	engajamento”.		
	
A	pirâmide	mostra	como	o	internauta	pode	se	engajar	e	é	composta	por	cinco	
níveis,	cada	um	representado	por	um	grau	mais	elevado	de	comportamento	de	
engajamento.	
	
Esse	 modelo	 possui	 similaridade	 com	 o	 modelo	 de	 avaliação	 conhecido	 como	
Teoria	 da	 Desigualdade	 de	 Participação	 (Nielsen,	 2006),	 também	 denominado	
“90-9-1”.	 Onde	 90%	 representa	 os	 indivíduos	 que	 apenas	 observam,	 9%	 são	
aqueles	que	contribuem	ocasionalmente	e	apenas	1%	participa	intensamente.	
	
Os	tipos	de	engajamento	podem	ser	descritos	da	seguinte	forma	(Li,	2011):	
	
Curadoria	–	Seleção	e	tratamento	de	conteúdos	de	outros	indivíduos.	
Produção	–	Produção	e	distribuição	de	conteúdo	próprio.	
Comentário	–	Interação	e	participação	em	relação	a	produção	de	outros.	
Compartilhamento	–	Compartilhar	e	repassar	conteúdo	de	outros.		
Observação	–	Consumo	da	produção	de	outros.
www.marcelominutti.com.br 7	
	
	
Figura:	Pirâmide	do	engajamento	
	
	
Um	estudo	realizado	pela	Global	Web	Index	(2010)	apontou	que	as	atividades	de	
engajamento	 do	 brasileiro	 estão	 distribuídas	 ao	 longo	 da	 pirâmide	 do	
engajamento	 da	 seguinte	 forma:	 observadores	 (89,3%),	 compartilhadores	
(79,3%),	comentadores	(54%)	e	produtores	(52,7%).	
	
O	engajamento	pode	variar	em	tipo	e	intensidade,	mas	a	produção	própria,	que	
está	 representada	 no	 topo	 da	 pirâmide	 do	 engajamento,	 possui	 papel	 de	
destaque	 no	 ecossistema	 de	 colaboração	 de	 ambientes	 digitais.	 Por	 isso,	 os	
indivíduos	que	apresentam	comportamento	orientado	para	a	produção	própria	
são	atores	fundamentais	nesse	processo	e	funcionam	como	alavancas	para	que	o	
engajamento	 contamine	 outros	 participantes.	 Sem	 produtores	 o	 engajamento	
não	existe.	
	
O	 ambiente	 digital	 proporciona	 um	 espaço	 propício	 para	 o	 engajamento,	 pois	
oferece	barreiras	de	fácil	transposição	em	relação	as	barreiras	encontradas	em	
ambientes	 não	 digitais.	 Na	 prática,	 é	 muito	 mais	 simples,	 prático	 e	 rápido	 o	
indivíduo	apoiar,	por	exemplo,	o	Movimento	Ficha	Limpa,	compartilhando	uma	
publicação	sobre	o	assunto,	do	que	participar	de	uma	manifestação	de	rua.	Essa	
característica	do	engajamento	digital	associada	à	proliferação	de	plataformas	de	
colaboração	na	Internet	é	o	que	torna	a	viralização	de	conteúdos	digitais	algo	
comum	nos	dias	atuais.	
	
Se	 por	 um	 lado,	 promover	 o	 engajamento	 digital	 é	 mais	 fácil	 que	 envolver	 as	
pessoas	em	iniciativas	no	mundo	físico,	por	outro,	como	já	foi	dito,	o	ambiente	
digital	pulveriza	e	dilui	a	atenção	e	o	tempo	do	indivíduo	entre	múltiplas	opções	
de	engajamento.	Esse	é	um	dos	motivos	pelos	quais	muitos	assuntos	que	em	um	
momento	 aparecem	 no	 Trending	 Topics	 do	 Twitter,	 em	 outro	 já	 foram	
esquecidos.	 Essa	 dinâmica	 efêmera	 das	 mídias	 digitais	 representa	 um	 dos	
maiores	desafios	das	organizações	para	manter	o	interesse	e	a	participação	do	
internauta	em	torno	de	suas	ações.
www.marcelominutti.com.br 8	
Nesse	 contexto,	 os	 principais	 fatores	 que	 contribuem	 para	 que	 o	 engajamento	
persista	são:	o	uso	adequado	de	tecnologias	sociais	(McAfee,	2009)	e	a	influência	
de	outros	indivíduos	conectados.		
USO	ADEQUADO	DE	TECNOLOGIAS	SOCIAIS		
	
No	 caso	 das	 tecnologias	 sociais,	 McAfee	 (2009)	 cita	 três	 tendências	 que	
produzem	ferramentas	melhores	para	o	engajamento,	que	podem	ser	resumidas	
da	seguinte	forma:		
	
	Plataformas	gratuitas	e	fáceis	de	comunicação	e	interação.	
Quanto	maior	a	facilidade	do	internauta	se	comunicar	e	interagir	menor	serão	as	
barreiras	e	maior	será	o	estímulo	ao	engajamento.	Ex.:	publicação	de	conteúdos	
em	poucos	passos.		
	
Estruturas	impostas	flexíveis	e	adaptáveis.	
A	 redução	 da	 quantidade	 de	 regras	 e	 restrições	 para	 que	 o	 indivíduo	 interaja	
com	 a	 plataforma	 e	 com	 outros	 usuários	 estimula	 sua	 participação.	 Ex.:	
ampliação	de	direitos	de	produção	e	publicação	de	conteúdos.	
	
Mecanismos	para	deixar	a	estrutura	emergir.	
As	 ferramentas	 devem	 oferecer	 mecanismos	 que	 ajudem	 a	 estrutura	 social	
emergir	 com	 base	 na	 produção	 e	 interação	 dos	 indivíduos	 participantes.	 Esse	
processo	pode	ser	chamado	de	folksonomia	(Peters,	2009)	em	contraponto	ao	
conceito	de	taxonomia.	Ex.:	nuvem	de	tags.	
	
Outro	 fator	 que	 contribui	 para	 o	 engajamento	 digital	 é	 a	 influência	 de	 outros	
indivíduos	 conectados.	 Nesse	 caso,	 as	 forças	 de	 atratividade	 sociais,	
mencionadas	 anteriormente,	 podem	 ser	 estimuladas	 e	 até	 potencializadas	
quando	 indivíduos	 com	 influência	 social	 superior	 em	 temas	 ou	 assuntos	
específicos	 fazem	 recomendações	 ou	 sugerem	 preferências.	 Normalmente,	
nesses	casos,	a	influência	está	associada	a	credibilidade	do	influenciador	perante	
o	influenciado.		
	
Com	a	fragmentação	da	atenção	do	internauta,	em	decorrência	do	grande	volume	
de	 informações	 do	 ambiente	 digital,	 muitos	 participantes	 de	 plataformas	
colaborativas	online	utilizam	os	influenciadores	presentes	em	suas	redes	sociais	
digitais	como	filtro	para	selecionar	as	possibilidades	de	engajamento.	Chamamos	
essa	camada	de	filtragem	social	de	Rede	de	Confiança.		
A	INFLUÊNCIA	DA	REDE	DE	CONFIANÇA	
	
A	Rede	de	Confiança	(Minutti,	2011)	do	indivíduo	funciona	como	um	filtro	que	
seleciona	 as	 opções	 de	 engajamento	 (conteúdos)	 disponíveis.	 Um	 exemplo	
prático	desse	fenômeno	é	o	feed	de	atualizações	(timeline)	de	plataformas	sociais	
como	 Facebook	 e	 Twitter.	 Nesse	 tipo	 de	 rede,	 toda	 oferta	 de	 conteúdo	 para
www.marcelominutti.com.br 9	
engajamento	 chega	 até	 o	 indivíduo	 após	 passar	 pela	 filtragem	 de	 sua	 rede	 de	
amigos,	sua	rede	de	confiança.	
	
	
Figura:	Rede	de	confiança	do	internauta	
	
Neste	 cenário,	 um	 dos	 principais	 desafios	 das	 empresas	 que	 precisam	 se	
relacionar	com	seus	públicos	nas	mídias	sociais	é	conseguir	entrar	na	timeline.		É	
comum	 dizer	 que	 se	 a	 empresa	 não	 aparece	 na	 timeline	 das	 pessoas,	 ela	 não	
existe.	Pois	para	ser	lembrado,	você	antes	precisa	ser	visto.	Aquelas	marcas	que	
não	conseguem	atingir	esse	objetivo	veem	suas	iniciativas	de	relacionamento	e	
engajamento	se	tornarem	inócuas.	
CONCLUSÃO	
	
Utilizando	a	premissa	básica	que	o	engajamento	digital	é	motivado	a	partir	da	
percepção	 de	 valor	 que	 o	 internauta	 tem	 em	 relação	 ao	 benefício	 individual	
oferecido	a	ele,	o	primeiro	passo	na	construção	de	estratégias	de	engajamento	é	
identificar	quais	são	os	benefícios	individuais	que	despertam	os	INTERESSES	e	
MOTIVAÇÕES	de	seu	público	alvo.	Esse	é	o	insumo	principal	para	que	quaisquer	
iniciativas	de	engajamento	utilizadas	alcancem	a	efetividade	esperada.		
	
Após	 o	 mapeamento	 dos	 benefícios	 individuais	 e	 a	 definição	 das	 forças	 de	
atratividade	sociais	e	pessoais	que	possuem	maior	impacto	sobre	as	decisões	de	
engajamento	do	público,	é	necessário	“aplainar	o	caminho”	para	o	engajamento,	
reduzindo	barreiras	e	esforços	necessários.	Isso	deve	ser	feito	com	a	escolha	das	
melhores	tecnologias	sociais	e	com	os	estímulos	adequados	para	a	ativação	da	
rede	de	confiança	do	público	alvo.	Por	fim,	devem	ser	selecionadas	estratégias	de	
engajamento	 digital	 que	 ajudem	 na	 condução	 do	 público	 através	 do	 Funil	 do	
Engajamento.
www.marcelominutti.com.br 10	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
Figura:	Modelo	Estrela	/	Modelo	dos	5	Fatores	
	
	
A	 implementação	 da	 estratégia	 é	 um	 outro	 ponto	 que	 deve	 ser	 tratado	 com	
atenção,	pois	ambientes	digitais	possuem	características	e	dinâmicas	singulares.	
Com	 isso,	 recomenda-se	 a	 utilização	 de	 frameworks	 e	 modelos	 adequados	 a	
natureza	desse	tipo	de	projeto.		Um	exemplo	desse	tipo	de	framework	é	o	Modelo	
Estrela,	 ou	 Modelo	 dos	 5	 Fatores	 (Minutti,	 2011),	 que	 atende	 os	 requisitos	
necessários.	 Este	 modelo	 “fornece	 um	 método	 simples	 e	 direto	 que	 evidencia	
os	principais	 fatores	 que	 influenciam	 a	 eficácia	 de	 uma	 estratégia	 digital	 e,	
conforme	 o	 uso	 tem	 demostrado,	 reduz	 significativamente	 os	 esforços	 com	
estratégias	inadequadas	ou	equivocadas”	(Minutti,	2011).		
	
O	modelo	se	baseia	nos	seguintes	fatores	que	devem	ser	levados	em	conta	na	
implementação	de	uma	estratégia	digital	eficaz:	
	
Stakeholders	/	Para	quem?	
Para	quem	a	estratégia	será	elaborada?	Qual	é	o	consumidor	alvo?	Como	esse	
consumidor	se	comporta	no	ambiente	digital	e	o	que	espera-se	dele	para	que	a	
estratégia	alcance	sucesso.	
	
Colaboração	/	Com	quem?	
Qual	o	perfil	do	público	que	orbita	seu	público	alvo?	Quem	são	os	amigos	do	seu	
consumidor	alvo?	Quais	ações	que	poderiam	estimular	o	engajamento	da	rede	de	
relacionamento	do	seu	cliente?	Quais	os	hábitos	de	consumo	de	conteúdo	digital	
da	 rede	 de	 amigos	 do	 público	 alvo	 da	 estratégia?	 Como	 será	 promovida	 a	
colaboração	entre	o	público	alvo	e	seus	amigos?	
	
Relevância	/	O	que?	
O	que	será	oferecido,	ou	feito,	para	que	seu	público	alvo	seja	envolvido	por	sua	
estratégia?	Qual	a	relevância	do	seu	conteúdo	para	o	público	alvo?
www.marcelominutti.com.br 11	
	
Interatividade	/	Como?	
Como	a	estratégia	pretende	motivar	a	interação	do	público	alvo	com	a	mensagem	
que	 você	 pretende	 passar?	 Como	 será	 a	 dinâmica	 dessa	 interatividade?	 O	
engajamento	será	promovido	apenas	no	meio	digital?	A	experiência	de	interação	
é	adequada	ao	comportamento	digital	do	seu	público	alvo?	
	
Canal	/	Onde?	
Onde	 será	 implementada	 a	 estratégia?	 Quais	 os	 canais	 ou	 plataformas	 digitais	
serão	utilizados?	Quais	as	plataformas	de	mídias	digitais	mais	adequadas	para	o	
sucesso	da	estratégia?	
	
Este	modelo	não	tem	o	intuito	de	sugerir	uma	norma	rígida	para	implementação	
de	 estratégias	 digitais,	 mas	 sim	 auxiliar	 na	 construção	 mental	 do	 melhor	
caminho.
www.marcelominutti.com.br 12	
REFERÊNCIAS	BIBLIOGRAFICAS		
	
LÉVY,	Pierre	(2000).	Cibercultura.	São	Paulo	:	Ed.	34.	
	
OLSON,	Mancur	(1999).	A	Lógica	da	ação	coletiva.	São	Paulo:	EDUSP.	
	
PETERS,	Isabella	(2009).	Folksonomies.	Indexing	and	Retrieval	in	Web	2.0.	Berlin:	
De	Gruyter	Saur.	
	
PISANI,	Francis;	PIOTET,	Dominique	(2010).	Como	a	web	transforma	o	mundo	–	
a	alquimia	das	multidões.	São	Paulo:	Editora	Senac	São	Paulo.	
	
JENKINS,	H.	(2008).	Cultura	da	Convergência.	São	Paulo:	Aleph.	
	
SESI,	Serviço	Social	da	Indústria.	Departamento	Nacional.	Projeto	aprendizagem	
digital	para	inclusão	no	mundo	do	trabalho	–	educação	livre	:	referencial	teórico	
e	metodológico.	Brasília	:	SESI,	no	prelo	2014.		
	
MINUTTI,	 Marcelo.	 (2011).	 Comportamento	 digital	 e	 o	 novo	 consumidor	 2.0,.	
Disponível:	 http://www.slideshare.net/minutti/a-revoluo-das-mdias-sociais-e-
o-novo-consumidor-digital-8884503.	Acesso	em:	10.10.2013	
	
LI,	 Charlene	 (2011).	 Liderança	 aberta:	 como	 as	 redes	 sociais	 transformam	 o	
modo	como	lideramos.	São	Paulo:	Évora.	
	
LI,	 Charlene	 (2008).	 Groundswell:	 Fenômenos	 sociais	 nos	 negócios.	 Rio	 de	
Janeiro:	Campus.		
	
MINUTTI,	 Marcelo.	 (2011).	 Modelo	 Estrela:	 Estratégias	 Digitais	 de	 Sucesso,.	
Disponível:	 http://www.slideshare.net/minutti/como-criar-estratgias-digitais-
de-sucesso-marcelo-minutti.	Acesso	em:	10.10.2013	
	
MCAFEE,	Andrew	(2010).	Empresas	2.0:	a	força	das	mídias	colaborativas	para	
superar	grandes	desafios	empresariais.	Rio	de	Janeiro:	Elsevier.	
	
NIELSEN,	 J.	 (2006).	 Participation	 inequality:	 encouraging	 more	 users	 to	
contribute.	Alertbox,	Fremont,.			
http://www.nngroup.com/articles/participation-inequality/	
	
ZICHERMANN,	Gabe;	CUNNINGHAM,	Christopher	(2011).	Gamification	by	Design:	
Implementing	 Game	 Mechanics	 in	 Web	 and	 Mobile	 Apps	 (1st	 ed.).	 Sebastopol,	
California:	O'Reilly	Media.	
	
CARTER,	L.;	UNDERWOOD,	J.	(1998).		The	significance	principle:	the	secret	behind	
high	performance	people	and	organizations.	Nashville:	B	&	H	Publishing	Group.	
	
SOLIS, Brian (2012). The Rise of Digital Influence. Altimeter Group.
www.marcelominutti.com.br 13	
SOLIS,	 Brian	 (2010).	 Engage:	 the	 complete	 guide	 for	 brands	 and	 businesses	 to	
build,	cultivate	and	measure	success	in	the	new	Web.	Hoboken,	New	Jersey:	John	
Wiley	&	Sons.	
	
WILLIAMS,	 Anthony	 (2012).	 Projeto	 Educação	 Livre	 –	 Reduzindo	 a	 falta	 de	
habilidades	no	Brasil:	Como	a	educação	gratuita	pode	despertar	a	oportunidade	
econômica	e	promover	a	inclusão	social?	
	
HOWE,	 Jeff	 (2006).	 The	 Rise	 of	 Crowdsourcing,	 Wired	 Magazine.	
http://www.wired.com/wired/archive/14.06/crowds.html.		
Acesso	em:	10.10.2013	
	
PRAUDE,	Carlos.	(2014)	TECNOLOGIA,	COMUNICAÇÃO	E	SOCIEDADE:	Educação	
Livre	para	Inclusão	de	Jovens	no	Mercado	de	Trabalho.	São	Paulo.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Como posso usar as Redes Sociais ao meu favor
Como posso usar as Redes Sociais ao meu favorComo posso usar as Redes Sociais ao meu favor
Como posso usar as Redes Sociais ao meu favorCarolina Almeida
 
Artigo: Inteligência Competitiva e a integração com Marketing e Redes Sociais...
Artigo: Inteligência Competitiva e a integração com Marketing e Redes Sociais...Artigo: Inteligência Competitiva e a integração com Marketing e Redes Sociais...
Artigo: Inteligência Competitiva e a integração com Marketing e Redes Sociais...REVIE Inteligencia Empresarial
 
ComunicaçãO Org Em Tempos De Redes Sociais Online E Blogs Corporativos
ComunicaçãO Org Em Tempos De Redes Sociais Online E Blogs CorporativosComunicaçãO Org Em Tempos De Redes Sociais Online E Blogs Corporativos
ComunicaçãO Org Em Tempos De Redes Sociais Online E Blogs CorporativosCarolina Terra
 
WOT - 04_socialmediatoolkit (porquê um gestor de redes sociais)
WOT - 04_socialmediatoolkit (porquê um gestor de redes sociais)WOT - 04_socialmediatoolkit (porquê um gestor de redes sociais)
WOT - 04_socialmediatoolkit (porquê um gestor de redes sociais)WOT - Social Web Contents
 
Mini curso de mobilização nas Redes Sociais
Mini curso de mobilização nas Redes Sociais Mini curso de mobilização nas Redes Sociais
Mini curso de mobilização nas Redes Sociais Ana Célia Costa
 
Comunicação Organizacional em Mídias Sociais: primeiros passos
Comunicação Organizacional em Mídias Sociais: primeiros passosComunicação Organizacional em Mídias Sociais: primeiros passos
Comunicação Organizacional em Mídias Sociais: primeiros passosPaperCliQ Comunicação
 
SMSP: Planejamento em comunicação digital com Márcia Ceschini
SMSP: Planejamento em comunicação digital com Márcia CeschiniSMSP: Planejamento em comunicação digital com Márcia Ceschini
SMSP: Planejamento em comunicação digital com Márcia CeschiniRafael Hernandez
 
Tecnologia e Mídias Sociais para Mudanças sociais português
Tecnologia e Mídias Sociais para Mudanças sociais portuguêsTecnologia e Mídias Sociais para Mudanças sociais português
Tecnologia e Mídias Sociais para Mudanças sociais portuguêsFernanda Bornhausen Sá
 
Pôster do I Congresso de IC e Pós- Graduação - Sul Brasil
Pôster do I Congresso de IC e Pós- Graduação - Sul BrasilPôster do I Congresso de IC e Pós- Graduação - Sul Brasil
Pôster do I Congresso de IC e Pós- Graduação - Sul BrasilCinara Moura
 
Como conquistar o eleitorado utilizando as mídias sociais
Como conquistar o eleitorado utilizando as mídias sociaisComo conquistar o eleitorado utilizando as mídias sociais
Como conquistar o eleitorado utilizando as mídias sociaisSuellen Dias
 
Apresentação Redes Sociais
Apresentação Redes SociaisApresentação Redes Sociais
Apresentação Redes SociaisFabio Stefanini
 
Aula11 - social media 2
Aula11 - social media 2Aula11 - social media 2
Aula11 - social media 2Marcio Nunes
 

Mais procurados (18)

wmn
wmnwmn
wmn
 
Artigo redes sociais
Artigo redes sociaisArtigo redes sociais
Artigo redes sociais
 
Como posso usar as Redes Sociais ao meu favor
Como posso usar as Redes Sociais ao meu favorComo posso usar as Redes Sociais ao meu favor
Como posso usar as Redes Sociais ao meu favor
 
Artigo: Inteligência Competitiva e a integração com Marketing e Redes Sociais...
Artigo: Inteligência Competitiva e a integração com Marketing e Redes Sociais...Artigo: Inteligência Competitiva e a integração com Marketing e Redes Sociais...
Artigo: Inteligência Competitiva e a integração com Marketing e Redes Sociais...
 
ComunicaçãO Org Em Tempos De Redes Sociais Online E Blogs Corporativos
ComunicaçãO Org Em Tempos De Redes Sociais Online E Blogs CorporativosComunicaçãO Org Em Tempos De Redes Sociais Online E Blogs Corporativos
ComunicaçãO Org Em Tempos De Redes Sociais Online E Blogs Corporativos
 
Mídias Sociais e Eleições 2010
Mídias Sociais e Eleições 2010Mídias Sociais e Eleições 2010
Mídias Sociais e Eleições 2010
 
Assessoria de Imprensa na Era Digital: ações focadas em influenciadores
Assessoria de Imprensa na Era Digital: ações focadas em influenciadoresAssessoria de Imprensa na Era Digital: ações focadas em influenciadores
Assessoria de Imprensa na Era Digital: ações focadas em influenciadores
 
WOT - 04_socialmediatoolkit (porquê um gestor de redes sociais)
WOT - 04_socialmediatoolkit (porquê um gestor de redes sociais)WOT - 04_socialmediatoolkit (porquê um gestor de redes sociais)
WOT - 04_socialmediatoolkit (porquê um gestor de redes sociais)
 
Hangout: gestão de crise em mídias sociais
Hangout: gestão de crise em mídias sociaisHangout: gestão de crise em mídias sociais
Hangout: gestão de crise em mídias sociais
 
Mini curso de mobilização nas Redes Sociais
Mini curso de mobilização nas Redes Sociais Mini curso de mobilização nas Redes Sociais
Mini curso de mobilização nas Redes Sociais
 
Comunicação Organizacional em Mídias Sociais: primeiros passos
Comunicação Organizacional em Mídias Sociais: primeiros passosComunicação Organizacional em Mídias Sociais: primeiros passos
Comunicação Organizacional em Mídias Sociais: primeiros passos
 
SMSP: Planejamento em comunicação digital com Márcia Ceschini
SMSP: Planejamento em comunicação digital com Márcia CeschiniSMSP: Planejamento em comunicação digital com Márcia Ceschini
SMSP: Planejamento em comunicação digital com Márcia Ceschini
 
Tecnologia e Mídias Sociais para Mudanças sociais português
Tecnologia e Mídias Sociais para Mudanças sociais portuguêsTecnologia e Mídias Sociais para Mudanças sociais português
Tecnologia e Mídias Sociais para Mudanças sociais português
 
Pôster do I Congresso de IC e Pós- Graduação - Sul Brasil
Pôster do I Congresso de IC e Pós- Graduação - Sul BrasilPôster do I Congresso de IC e Pós- Graduação - Sul Brasil
Pôster do I Congresso de IC e Pós- Graduação - Sul Brasil
 
Como conquistar o eleitorado utilizando as mídias sociais
Como conquistar o eleitorado utilizando as mídias sociaisComo conquistar o eleitorado utilizando as mídias sociais
Como conquistar o eleitorado utilizando as mídias sociais
 
Apresentação Redes Sociais
Apresentação Redes SociaisApresentação Redes Sociais
Apresentação Redes Sociais
 
Apresentação Redes Sociais
Apresentação Redes SociaisApresentação Redes Sociais
Apresentação Redes Sociais
 
Aula11 - social media 2
Aula11 - social media 2Aula11 - social media 2
Aula11 - social media 2
 

Destaque

Amag guía de actuación del juez en el ncpp
Amag   guía de actuación del juez en el ncppAmag   guía de actuación del juez en el ncpp
Amag guía de actuación del juez en el ncppHenry Zevallos
 
Guia buenas prácticas uso racional de energia en el sector de la pyme
Guia buenas prácticas uso racional de energia en el sector de la pymeGuia buenas prácticas uso racional de energia en el sector de la pyme
Guia buenas prácticas uso racional de energia en el sector de la pymeEnrique Posada
 
TDAH en el aula: Guía para Docentes
TDAH en el aula: Guía para DocentesTDAH en el aula: Guía para Docentes
TDAH en el aula: Guía para DocentesFundación CADAH TDAH
 
Magazine Het Ondernemersbelang de Baronie 0212
Magazine Het Ondernemersbelang de Baronie 0212Magazine Het Ondernemersbelang de Baronie 0212
Magazine Het Ondernemersbelang de Baronie 0212HetOndernemersBelang
 
Segundo Paquete Económico 2017 Zacatecas - Egresos (3-9)
Segundo Paquete Económico 2017 Zacatecas - Egresos (3-9)Segundo Paquete Económico 2017 Zacatecas - Egresos (3-9)
Segundo Paquete Económico 2017 Zacatecas - Egresos (3-9)Zacatecas TresPuntoCero
 
Informe mantenimiento mecanico
Informe mantenimiento mecanicoInforme mantenimiento mecanico
Informe mantenimiento mecanicoJDPVasquez
 
Actualiteiten ICT Contracten en Partnerships (2012)
Actualiteiten ICT Contracten en Partnerships (2012)Actualiteiten ICT Contracten en Partnerships (2012)
Actualiteiten ICT Contracten en Partnerships (2012)Advocatenkantoor LEGALZ
 
Training Schrijven voor het Web
Training Schrijven voor het WebTraining Schrijven voor het Web
Training Schrijven voor het WebSimone Levie
 
Marco del buen desempeño docente
Marco del buen desempeño docenteMarco del buen desempeño docente
Marco del buen desempeño docente0013
 
Primer Paquete Económico 2017 Zacatecas (2/9)
Primer Paquete Económico 2017 Zacatecas (2/9)Primer Paquete Económico 2017 Zacatecas (2/9)
Primer Paquete Económico 2017 Zacatecas (2/9)Zacatecas TresPuntoCero
 
Amag guía de actuación fiscal en el ncpp
Amag   guía de actuación fiscal en el ncppAmag   guía de actuación fiscal en el ncpp
Amag guía de actuación fiscal en el ncppHenry Zevallos
 
De Reis van de Heldin december 2015
De Reis van de Heldin december 2015De Reis van de Heldin december 2015
De Reis van de Heldin december 2015Peter de Kuster
 
1ºBACH ECONOMÍA Repaso temas 5 6-7 (gh23)
1ºBACH ECONOMÍA Repaso temas 5 6-7 (gh23)1ºBACH ECONOMÍA Repaso temas 5 6-7 (gh23)
1ºBACH ECONOMÍA Repaso temas 5 6-7 (gh23)Geohistoria23
 
Error messages
Error messagesError messages
Error messagesrtinkelman
 
Gfpi f-019 guia de aprendizaje 01 tda orientar fpi
Gfpi f-019 guia de aprendizaje 01 tda orientar fpiGfpi f-019 guia de aprendizaje 01 tda orientar fpi
Gfpi f-019 guia de aprendizaje 01 tda orientar fpilisbet bravo
 
Análisis situacional integral de salud final
 Análisis situacional integral de salud final Análisis situacional integral de salud final
Análisis situacional integral de salud finalEstefanía Echeverría
 
Portafolio de Evidencias de mi Práctica Docente
Portafolio de Evidencias de mi Práctica DocentePortafolio de Evidencias de mi Práctica Docente
Portafolio de Evidencias de mi Práctica DocenteNorma Vega
 

Destaque (20)

Liderazgo
LiderazgoLiderazgo
Liderazgo
 
Amag guía de actuación del juez en el ncpp
Amag   guía de actuación del juez en el ncppAmag   guía de actuación del juez en el ncpp
Amag guía de actuación del juez en el ncpp
 
Guia buenas prácticas uso racional de energia en el sector de la pyme
Guia buenas prácticas uso racional de energia en el sector de la pymeGuia buenas prácticas uso racional de energia en el sector de la pyme
Guia buenas prácticas uso racional de energia en el sector de la pyme
 
TDAH en el aula: Guía para Docentes
TDAH en el aula: Guía para DocentesTDAH en el aula: Guía para Docentes
TDAH en el aula: Guía para Docentes
 
Magazine Het Ondernemersbelang de Baronie 0212
Magazine Het Ondernemersbelang de Baronie 0212Magazine Het Ondernemersbelang de Baronie 0212
Magazine Het Ondernemersbelang de Baronie 0212
 
Segundo Paquete Económico 2017 Zacatecas - Egresos (3-9)
Segundo Paquete Económico 2017 Zacatecas - Egresos (3-9)Segundo Paquete Económico 2017 Zacatecas - Egresos (3-9)
Segundo Paquete Económico 2017 Zacatecas - Egresos (3-9)
 
Informe mantenimiento mecanico
Informe mantenimiento mecanicoInforme mantenimiento mecanico
Informe mantenimiento mecanico
 
Actualiteiten ICT Contracten en Partnerships (2012)
Actualiteiten ICT Contracten en Partnerships (2012)Actualiteiten ICT Contracten en Partnerships (2012)
Actualiteiten ICT Contracten en Partnerships (2012)
 
Training Schrijven voor het Web
Training Schrijven voor het WebTraining Schrijven voor het Web
Training Schrijven voor het Web
 
Marco del buen desempeño docente
Marco del buen desempeño docenteMarco del buen desempeño docente
Marco del buen desempeño docente
 
Primer Paquete Económico 2017 Zacatecas (2/9)
Primer Paquete Económico 2017 Zacatecas (2/9)Primer Paquete Económico 2017 Zacatecas (2/9)
Primer Paquete Económico 2017 Zacatecas (2/9)
 
"Protección de la salud mental luego del terremoto y tsunami del 27 de febrer...
"Protección de la salud mental luego del terremoto y tsunami del 27 de febrer..."Protección de la salud mental luego del terremoto y tsunami del 27 de febrer...
"Protección de la salud mental luego del terremoto y tsunami del 27 de febrer...
 
Relatietips
RelatietipsRelatietips
Relatietips
 
Amag guía de actuación fiscal en el ncpp
Amag   guía de actuación fiscal en el ncppAmag   guía de actuación fiscal en el ncpp
Amag guía de actuación fiscal en el ncpp
 
De Reis van de Heldin december 2015
De Reis van de Heldin december 2015De Reis van de Heldin december 2015
De Reis van de Heldin december 2015
 
1ºBACH ECONOMÍA Repaso temas 5 6-7 (gh23)
1ºBACH ECONOMÍA Repaso temas 5 6-7 (gh23)1ºBACH ECONOMÍA Repaso temas 5 6-7 (gh23)
1ºBACH ECONOMÍA Repaso temas 5 6-7 (gh23)
 
Error messages
Error messagesError messages
Error messages
 
Gfpi f-019 guia de aprendizaje 01 tda orientar fpi
Gfpi f-019 guia de aprendizaje 01 tda orientar fpiGfpi f-019 guia de aprendizaje 01 tda orientar fpi
Gfpi f-019 guia de aprendizaje 01 tda orientar fpi
 
Análisis situacional integral de salud final
 Análisis situacional integral de salud final Análisis situacional integral de salud final
Análisis situacional integral de salud final
 
Portafolio de Evidencias de mi Práctica Docente
Portafolio de Evidencias de mi Práctica DocentePortafolio de Evidencias de mi Práctica Docente
Portafolio de Evidencias de mi Práctica Docente
 

Semelhante a DILEMA DO ENGAJAMENTO E A DINÂMICA DA ATRATIVIDADE DIGITAL - Marcelo Minutti

MARKETING DIGITAL: CONCEITO E ESTUDO DE CASO SOBRE A UTILIZAÇÃO DAS MÍDIAS SO...
MARKETING DIGITAL: CONCEITO E ESTUDO DE CASO SOBRE A UTILIZAÇÃO DAS MÍDIAS SO...MARKETING DIGITAL: CONCEITO E ESTUDO DE CASO SOBRE A UTILIZAÇÃO DAS MÍDIAS SO...
MARKETING DIGITAL: CONCEITO E ESTUDO DE CASO SOBRE A UTILIZAÇÃO DAS MÍDIAS SO...Igor Balasa
 
E. MÉDIO 3 TARDE SOU FANZINE 13 04 2023 PESQUISAS DE IMAGENS E TÉCNICAS DE RE...
E. MÉDIO 3 TARDE SOU FANZINE 13 04 2023 PESQUISAS DE IMAGENS E TÉCNICAS DE RE...E. MÉDIO 3 TARDE SOU FANZINE 13 04 2023 PESQUISAS DE IMAGENS E TÉCNICAS DE RE...
E. MÉDIO 3 TARDE SOU FANZINE 13 04 2023 PESQUISAS DE IMAGENS E TÉCNICAS DE RE...TrjGamest
 
A voz dos likes: influenciadores digitais como instrumentos de marketing - Pa...
A voz dos likes: influenciadores digitais como instrumentos de marketing - Pa...A voz dos likes: influenciadores digitais como instrumentos de marketing - Pa...
A voz dos likes: influenciadores digitais como instrumentos de marketing - Pa...Paulinha Paz
 
3 marketing nas redes sociais
3   marketing nas redes sociais3   marketing nas redes sociais
3 marketing nas redes sociaiscefaprodematupa
 
Mídias sociais e as organizações: um levantamento bibliográfico sobre vantage...
Mídias sociais e as organizações: um levantamento bibliográfico sobre vantage...Mídias sociais e as organizações: um levantamento bibliográfico sobre vantage...
Mídias sociais e as organizações: um levantamento bibliográfico sobre vantage...Phillipe Araujo
 
Sites de redes sociais no contexto de marketing rodrigo santos - artigo
Sites de redes sociais no contexto de marketing   rodrigo santos - artigoSites de redes sociais no contexto de marketing   rodrigo santos - artigo
Sites de redes sociais no contexto de marketing rodrigo santos - artigoRodrigo Santos
 
Ações promocionais como influenciadoras do relacionamento entre consumidores ...
Ações promocionais como influenciadoras do relacionamento entre consumidores ...Ações promocionais como influenciadoras do relacionamento entre consumidores ...
Ações promocionais como influenciadoras do relacionamento entre consumidores ...Camila Florêncio
 
A utilização de redes sociais como ferramentas no processo de recrutamento ex...
A utilização de redes sociais como ferramentas no processo de recrutamento ex...A utilização de redes sociais como ferramentas no processo de recrutamento ex...
A utilização de redes sociais como ferramentas no processo de recrutamento ex...Paola Muller
 
Curso Gestão de Rede Sociais - Introdução e tendências das Redes Sociais
Curso Gestão de Rede Sociais - Introdução e tendências das Redes Sociais Curso Gestão de Rede Sociais - Introdução e tendências das Redes Sociais
Curso Gestão de Rede Sociais - Introdução e tendências das Redes Sociais Fernando Souza
 
METODOS E TECNICAS DE S.S I.pptx
METODOS E TECNICAS DE S.S I.pptxMETODOS E TECNICAS DE S.S I.pptx
METODOS E TECNICAS DE S.S I.pptxarmando jonas
 
How Social Network are an asset to the business growth
How Social Network are an asset to the business growthHow Social Network are an asset to the business growth
How Social Network are an asset to the business growthRui Pedro Monteiro
 
Um Estudo sobre o Contexto e Motivação do Uso das Redes Sociais por Empresas ...
Um Estudo sobre o Contexto e Motivação do Uso das Redes Sociais por Empresas ...Um Estudo sobre o Contexto e Motivação do Uso das Redes Sociais por Empresas ...
Um Estudo sobre o Contexto e Motivação do Uso das Redes Sociais por Empresas ...janierson
 
Entretenimento e Interatividade: aspectos colaborativos das plataformas digitais
Entretenimento e Interatividade: aspectos colaborativos das plataformas digitaisEntretenimento e Interatividade: aspectos colaborativos das plataformas digitais
Entretenimento e Interatividade: aspectos colaborativos das plataformas digitaisJeferson L. Feuser
 
O Consumidor da Era Digital: O crescimento do poder do Consumidor com as Mídi...
O Consumidor da Era Digital: O crescimento do poder do Consumidor com as Mídi...O Consumidor da Era Digital: O crescimento do poder do Consumidor com as Mídi...
O Consumidor da Era Digital: O crescimento do poder do Consumidor com as Mídi...Henrique Coutinho Teixeira
 
Trabalho Final de Disciplina - Essenciais do Marketing
Trabalho Final de Disciplina - Essenciais do Marketing Trabalho Final de Disciplina - Essenciais do Marketing
Trabalho Final de Disciplina - Essenciais do Marketing Rodrigo Galhano
 
Marcas e Engajamento Digital: algumas considerações
Marcas e Engajamento Digital: algumas consideraçõesMarcas e Engajamento Digital: algumas considerações
Marcas e Engajamento Digital: algumas consideraçõesTarcízio Silva
 

Semelhante a DILEMA DO ENGAJAMENTO E A DINÂMICA DA ATRATIVIDADE DIGITAL - Marcelo Minutti (20)

MARKETING DIGITAL: CONCEITO E ESTUDO DE CASO SOBRE A UTILIZAÇÃO DAS MÍDIAS SO...
MARKETING DIGITAL: CONCEITO E ESTUDO DE CASO SOBRE A UTILIZAÇÃO DAS MÍDIAS SO...MARKETING DIGITAL: CONCEITO E ESTUDO DE CASO SOBRE A UTILIZAÇÃO DAS MÍDIAS SO...
MARKETING DIGITAL: CONCEITO E ESTUDO DE CASO SOBRE A UTILIZAÇÃO DAS MÍDIAS SO...
 
E. MÉDIO 3 TARDE SOU FANZINE 13 04 2023 PESQUISAS DE IMAGENS E TÉCNICAS DE RE...
E. MÉDIO 3 TARDE SOU FANZINE 13 04 2023 PESQUISAS DE IMAGENS E TÉCNICAS DE RE...E. MÉDIO 3 TARDE SOU FANZINE 13 04 2023 PESQUISAS DE IMAGENS E TÉCNICAS DE RE...
E. MÉDIO 3 TARDE SOU FANZINE 13 04 2023 PESQUISAS DE IMAGENS E TÉCNICAS DE RE...
 
A voz dos likes: influenciadores digitais como instrumentos de marketing - Pa...
A voz dos likes: influenciadores digitais como instrumentos de marketing - Pa...A voz dos likes: influenciadores digitais como instrumentos de marketing - Pa...
A voz dos likes: influenciadores digitais como instrumentos de marketing - Pa...
 
3 marketing nas redes sociais
3   marketing nas redes sociais3   marketing nas redes sociais
3 marketing nas redes sociais
 
Inclusão Social 2 0
Inclusão Social 2 0Inclusão Social 2 0
Inclusão Social 2 0
 
Decifra-me ou te devoro.
Decifra-me ou te devoro.Decifra-me ou te devoro.
Decifra-me ou te devoro.
 
Mídias sociais e as organizações: um levantamento bibliográfico sobre vantage...
Mídias sociais e as organizações: um levantamento bibliográfico sobre vantage...Mídias sociais e as organizações: um levantamento bibliográfico sobre vantage...
Mídias sociais e as organizações: um levantamento bibliográfico sobre vantage...
 
Sites de redes sociais no contexto de marketing rodrigo santos - artigo
Sites de redes sociais no contexto de marketing   rodrigo santos - artigoSites de redes sociais no contexto de marketing   rodrigo santos - artigo
Sites de redes sociais no contexto de marketing rodrigo santos - artigo
 
Ações promocionais como influenciadoras do relacionamento entre consumidores ...
Ações promocionais como influenciadoras do relacionamento entre consumidores ...Ações promocionais como influenciadoras do relacionamento entre consumidores ...
Ações promocionais como influenciadoras do relacionamento entre consumidores ...
 
A utilização de redes sociais como ferramentas no processo de recrutamento ex...
A utilização de redes sociais como ferramentas no processo de recrutamento ex...A utilização de redes sociais como ferramentas no processo de recrutamento ex...
A utilização de redes sociais como ferramentas no processo de recrutamento ex...
 
Curso Gestão de Rede Sociais - Introdução e tendências das Redes Sociais
Curso Gestão de Rede Sociais - Introdução e tendências das Redes Sociais Curso Gestão de Rede Sociais - Introdução e tendências das Redes Sociais
Curso Gestão de Rede Sociais - Introdução e tendências das Redes Sociais
 
METODOS E TECNICAS DE S.S I.pptx
METODOS E TECNICAS DE S.S I.pptxMETODOS E TECNICAS DE S.S I.pptx
METODOS E TECNICAS DE S.S I.pptx
 
How Social Network are an asset to the business growth
How Social Network are an asset to the business growthHow Social Network are an asset to the business growth
How Social Network are an asset to the business growth
 
Um Estudo sobre o Contexto e Motivação do Uso das Redes Sociais por Empresas ...
Um Estudo sobre o Contexto e Motivação do Uso das Redes Sociais por Empresas ...Um Estudo sobre o Contexto e Motivação do Uso das Redes Sociais por Empresas ...
Um Estudo sobre o Contexto e Motivação do Uso das Redes Sociais por Empresas ...
 
Entretenimento e Interatividade: aspectos colaborativos das plataformas digitais
Entretenimento e Interatividade: aspectos colaborativos das plataformas digitaisEntretenimento e Interatividade: aspectos colaborativos das plataformas digitais
Entretenimento e Interatividade: aspectos colaborativos das plataformas digitais
 
O Consumidor da Era Digital: O crescimento do poder do Consumidor com as Mídi...
O Consumidor da Era Digital: O crescimento do poder do Consumidor com as Mídi...O Consumidor da Era Digital: O crescimento do poder do Consumidor com as Mídi...
O Consumidor da Era Digital: O crescimento do poder do Consumidor com as Mídi...
 
Trabalho Final de Disciplina - Essenciais do Marketing
Trabalho Final de Disciplina - Essenciais do Marketing Trabalho Final de Disciplina - Essenciais do Marketing
Trabalho Final de Disciplina - Essenciais do Marketing
 
Transparência e responsabilidade empresarial
Transparência e responsabilidade empresarial Transparência e responsabilidade empresarial
Transparência e responsabilidade empresarial
 
Marcas e Engajamento Digital: algumas considerações
Marcas e Engajamento Digital: algumas consideraçõesMarcas e Engajamento Digital: algumas considerações
Marcas e Engajamento Digital: algumas considerações
 
Trabalho Acadêmico
Trabalho Acadêmico Trabalho Acadêmico
Trabalho Acadêmico
 

Mais de Marcelo Minutti

Inovação Digital - Marcelo Minutti
Inovação Digital - Marcelo MinuttiInovação Digital - Marcelo Minutti
Inovação Digital - Marcelo MinuttiMarcelo Minutti
 
Caminho da Inovação - Design Thinking - Marcelo Minutti
Caminho da Inovação - Design Thinking - Marcelo MinuttiCaminho da Inovação - Design Thinking - Marcelo Minutti
Caminho da Inovação - Design Thinking - Marcelo MinuttiMarcelo Minutti
 
Economia da Recomendação - Marcelo Minutti
Economia da Recomendação - Marcelo MinuttiEconomia da Recomendação - Marcelo Minutti
Economia da Recomendação - Marcelo MinuttiMarcelo Minutti
 
Gestão de Crises em Redes Sociais por Marcelo Minutti
Gestão de Crises em Redes Sociais por Marcelo MinuttiGestão de Crises em Redes Sociais por Marcelo Minutti
Gestão de Crises em Redes Sociais por Marcelo MinuttiMarcelo Minutti
 
Palestra Perpectivas 2013 - O novo consumidor digital
Palestra Perpectivas 2013 - O novo consumidor digital  Palestra Perpectivas 2013 - O novo consumidor digital
Palestra Perpectivas 2013 - O novo consumidor digital Marcelo Minutti
 
Marketing de Guerrilha por Marcelo Minutti
Marketing de Guerrilha por Marcelo MinuttiMarketing de Guerrilha por Marcelo Minutti
Marketing de Guerrilha por Marcelo MinuttiMarcelo Minutti
 
Gestão de Crises 2.0 - Marcelo Minutti
Gestão de Crises 2.0 - Marcelo Minutti Gestão de Crises 2.0 - Marcelo Minutti
Gestão de Crises 2.0 - Marcelo Minutti Marcelo Minutti
 
Negócios digitais na Copa do Mundo de 2014
Negócios digitais na Copa do Mundo de 2014Negócios digitais na Copa do Mundo de 2014
Negócios digitais na Copa do Mundo de 2014Marcelo Minutti
 
Comportamento Digital e o Novo Consumidor 2.0
Comportamento Digital e o Novo Consumidor 2.0Comportamento Digital e o Novo Consumidor 2.0
Comportamento Digital e o Novo Consumidor 2.0Marcelo Minutti
 
Comportamento do Cidadão e a Revolução das Novas Mídais
Comportamento do Cidadão e a Revolução das Novas MídaisComportamento do Cidadão e a Revolução das Novas Mídais
Comportamento do Cidadão e a Revolução das Novas MídaisMarcelo Minutti
 
Politica e Campanha Eleitoral 2.0
Politica e Campanha Eleitoral 2.0Politica e Campanha Eleitoral 2.0
Politica e Campanha Eleitoral 2.0Marcelo Minutti
 
Social Media Mobile Marketing
Social Media Mobile MarketingSocial Media Mobile Marketing
Social Media Mobile MarketingMarcelo Minutti
 

Mais de Marcelo Minutti (13)

Inovação Digital - Marcelo Minutti
Inovação Digital - Marcelo MinuttiInovação Digital - Marcelo Minutti
Inovação Digital - Marcelo Minutti
 
Caminho da Inovação - Design Thinking - Marcelo Minutti
Caminho da Inovação - Design Thinking - Marcelo MinuttiCaminho da Inovação - Design Thinking - Marcelo Minutti
Caminho da Inovação - Design Thinking - Marcelo Minutti
 
Economia da Recomendação - Marcelo Minutti
Economia da Recomendação - Marcelo MinuttiEconomia da Recomendação - Marcelo Minutti
Economia da Recomendação - Marcelo Minutti
 
Gestão de Crises em Redes Sociais por Marcelo Minutti
Gestão de Crises em Redes Sociais por Marcelo MinuttiGestão de Crises em Redes Sociais por Marcelo Minutti
Gestão de Crises em Redes Sociais por Marcelo Minutti
 
Palestra Perpectivas 2013 - O novo consumidor digital
Palestra Perpectivas 2013 - O novo consumidor digital  Palestra Perpectivas 2013 - O novo consumidor digital
Palestra Perpectivas 2013 - O novo consumidor digital
 
Marketing de Guerrilha por Marcelo Minutti
Marketing de Guerrilha por Marcelo MinuttiMarketing de Guerrilha por Marcelo Minutti
Marketing de Guerrilha por Marcelo Minutti
 
Gestão de Crises 2.0 - Marcelo Minutti
Gestão de Crises 2.0 - Marcelo Minutti Gestão de Crises 2.0 - Marcelo Minutti
Gestão de Crises 2.0 - Marcelo Minutti
 
Negócios digitais na Copa do Mundo de 2014
Negócios digitais na Copa do Mundo de 2014Negócios digitais na Copa do Mundo de 2014
Negócios digitais na Copa do Mundo de 2014
 
Comportamento Digital e o Novo Consumidor 2.0
Comportamento Digital e o Novo Consumidor 2.0Comportamento Digital e o Novo Consumidor 2.0
Comportamento Digital e o Novo Consumidor 2.0
 
Comportamento do Cidadão e a Revolução das Novas Mídais
Comportamento do Cidadão e a Revolução das Novas MídaisComportamento do Cidadão e a Revolução das Novas Mídais
Comportamento do Cidadão e a Revolução das Novas Mídais
 
Politica e Campanha Eleitoral 2.0
Politica e Campanha Eleitoral 2.0Politica e Campanha Eleitoral 2.0
Politica e Campanha Eleitoral 2.0
 
Mobile Marketing
Mobile MarketingMobile Marketing
Mobile Marketing
 
Social Media Mobile Marketing
Social Media Mobile MarketingSocial Media Mobile Marketing
Social Media Mobile Marketing
 

DILEMA DO ENGAJAMENTO E A DINÂMICA DA ATRATIVIDADE DIGITAL - Marcelo Minutti

  • 1. www.marcelominutti.com.br 1 DILEMA DO ENGAJAMENTO E A DINÂMICA DA ATRATIVIDADE EM AMBIENTES DIGITAIS Marcelo Minutti RESUMO O entendimento do ecossistema social, que suporta o processo de engajamento de indivíduos autônomos em ambientes digitais, pretende oferecer alguns caminhos sobre como envolver o internauta em iniciativas de engajamento realmente eficazes. O processo de fragmentação da atenção desse indivíduo tem tornado as iniciativas de engajamento cada vez mais complexas e menos efetivas. Com a intensificação desse fenômeno nos últimos anos, tornou-se mandatório a busca de modelos alternativos que tragam novas abordagens para a questão do engajamento digital. Neste contexto, o modelo do Dilema do Engajamento traz uma abordagem centrada no usuário de serviços de internet. Isso permite identificar e tratar as variáveis comportamentais que afetam diretamente as decisões de participação desse indivíduo em atividades online. A partir das variáveis associadas ao Dilema do Engajamento é possível chegarmos a uma Dinâmica da Atratividade, que é a responsável por conduzir o internauta até o momento da efetiva ação. Além disso, o uso adequado de tecnologias sociais e a compreensão da dinâmica da Rede de Confiança do indivíduo, responsável pelo filtro social de recomendações e indicações, permitem que possíveis barreiras sejam reduzidas e o percurso pelo Funil do Engajamento facilitado. Por fim, o correto entendimento da percepção de valor que o internauta tem em relação ao benefício individual oferecido a ele, permite que sejam definidas estratégias consistentes e alinhadas ao objetivos das organizações.
  • 2. www.marcelominutti.com.br 2 SUMÁRIO RESUMO ................................................................................................................ 1 SUMÁRIO ............................................................................................................... 2 FRAGMENTAÇÃO DA ATENÇÃO DO INDÍVIDUO ...................................................... 3 DILEMA DO ENGAJAMENTO E O CUSTO-BENEFÍCIO INDIVIDUAL ............................ 3 FORÇAS DE ATRATIVIDADE E O FUNIL DO ENGAJAMENTO ...................................... 5 USO ADEQUADO DE TECNOLOGIAS SOCIAIS ........................................................... 8 A INFLUÊNCIA DA REDE DE CONFIANÇA ................................................................. 8 CONCLUSÃO ........................................................................................................... 9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ............................................................................. 12
  • 3. www.marcelominutti.com.br 3 FRAGMENTAÇÃO DA ATENÇÃO DO CONSUMIDOR Para entendermos os alicerces que sustentam o processo de engajamento do internauta é necessário compreendermos o contexto geral do ecossistema midiático atual e o processo de fragmentação intensiva, pelo qual a atenção desse indivíduo tem passado nos últimos anos. Por décadas, antes da adesão massiva do internauta às mídias sociais, as estratégias de engajamento passavam quase sempre pela compra da atenção do público por meio da propaganda tradicional. Seguindo a receita que sempre deu certo, a chamada ao engajamento era repetida, com insistência, em vários espaços midiáticos (TV, rádio, jornal, revista) até que fosse absorvida e executada pelo público alvo. Nessa época, a atenção do indivíduo era distribuída entre poucos e limitados espaços de informação e comunicação. Esses espaços, na maioria das vezes, se restringiam a alguns poucos veículos de mídia e pequenos grupos sociais com os quais esse indivíduo interagia. Nos últimos anos, esse cenário tem mudado radicalmente. Devido à popularização cada vez maior da internet, acompanhada do surgimento de ambientes massivos de colaboração online, onde cada internauta tornar-se uma mídia em potencial, produzindo e distribuindo seu próprio conteúdo para sua própria audiência em um constante processo de fragmentação da atenção. Assim, o ciberespaço (LÉVY, 2000) tornou-se um quase infinito emaranhado de nós conectados, representados por indivíduos reais, onde cada um desses nós é um canal de informação autônomo que compete pela atenção de outros indivíduos iguais a ele. A perda de audiência registrada nos últimos tempos pelos veículos de mídia tradicional é um dos principais reflexos dessa fragmentação da atenção do indivíduo. Os usuários de internet deixaram de ser simples internautas para se tornarem web atores, modificando a web a sua maneira, comentando, divulgando, propondo serviços e conteúdos. Tornando-se assim consumidores e produtores de conteúdo ao mesmo tempo. (PISANI, 2010). Nesse contexto, o internauta vive uma rotina diária, onde precisa tomar decisões constantes sobre como distribuir sua atenção e envolvimento. Esse processo de análise de alternativas e escolhas é o que chamaremos de Dilema do Engajamento. DILEMA DO ENGAJAMENTO E O CUSTO-BENEFÍCIO INDIVIDUAL O Dilema do Engajamento Digital (Minutti, 2011) é o processo pelo qual o internauta analisa alternativas e faz escolhas, distribuindo assim sua atenção e envolvimento entre aquelas opções que trazem o melhor custo-benefício individual.
  • 4. www.marcelominutti.com.br 4 Entendermos a importância da relação custo-benefício individual no processo de engajamento do internauta é fundamental para compreendermos o motivo pelo qual alguns serviços online conquistam maior envolvimento e participação do seu público do que outros. Essa percepção nos ajuda a entender algumas situações empíricas como, por exemplo, o motivo do grande volume de visualizações de um vídeo no YouTube ou a grande quantidade de compartilhamentos de uma foto no Facebook. O custo-benefício individual do engajamento digital poderia ser descrito como o valor percebido pelo indivíduo no processo de decisão de engajar-se em algo. Com isso, podemos afirmar que quanto maior o valor percebido pelo internauta, maior será seu nível de engajamento em alguma atividade online. Outro ponto importante, que deve ser considerado, está associado ao comportamento desses indivíduos quando fazem parte de grupos ou comunidades online, que é o caso de redes sociais como o Facebook e Twitter. De acordo com Olson (1971), mesmo que todos os indivíduos de um grupo sejam racionais e centrados em seus próprios interesses, e que saiam ganhando se, como grupo, agirem para atingir seus objetivos comuns, ainda assim eles não agirão voluntariamente para promover esses interesses comuns e grupais. Apesar de Olson não tratar diretamente sobre grupos em ambientes de colaboração online, ele deixa claro que os interesses individuais se sobrepõem aos interesses do grupo. Assim, é fundamental que ações e iniciativas em ambientes digitais que queiram fomentar o engajamento de seus públicos precisem prioritariamente se preocupar com o equilíbrio entre a entrega de benefícios individuais e os benefícios gerados para o grupo. A diluição da percepção dos benefícios individuais pelos grupos podem inibir e, até mesmo, anular o movimento de engajamento. Figura: Matriz do Engajamento
  • 5. www.marcelominutti.com.br 5 Dessa forma, a motivação para o efetivo engajamento em ambientes digitais acontece quando a força de atração proporcionada pela relação custo-benefício apresentada é percebida pelo indivíduo como positiva e benéfica para ele. A essa percepção do valor entregue pela relação custo-benefício damos o nome de Forças de Atratividade. FORÇAS DE ATRATIVIDADE E O FUNIL DO ENGAJAMENTO As Forças de Atratividade do Engajamento Digital são responsáveis por trazer o internauta até o momento efetivo da ação que concretiza seu envolvimento com uma determinada atividade online. Por exemplo, publicar um comentário relacionado a publicação de conteúdo de um outro indivíduo em um blog ou rede social. De maneira geral, podemos classificar as forças de atratividade em duas categorias: sociais e pessoais. As forças de atratividade sociais estão relacionadas aos benefícios percebidos pelo internauta em sua esfera social. Essas forças são comuns em ambientes colaborativos online e aparecem de forma explícita nas interações públicas que ocorrem nas plataformas de redes sociais. Reconhecimento e sensação de pertencimento são exemplos desse tipo de força de atração. As forças de atratividade pessoais são aquelas que estão associadas aos benefícios percebidos pelo indivíduo em sua esfera pessoal. Satisfação pessoal e ganhos financeiros/materiais são exemplos de forças dessa natureza. Por meio dessas duas forças de atratividade, o internauta é conduzido e atraído para o espaço digital onde ocorre o engajamento, como se tivesse passando por um funil. Durante esse percurso, a intensidade das forças de atratividade podem variar, mas o engajamento só acontece, de fato, quando se atinge o ponto ótimo de atratividade ao final desse funil. O deslocamento não linear dentro do funil de engajamento representa a dinâmica da atratividade em ambientes digitais. A figura a seguir demonstra visualmente como seria essa dinâmica.
  • 6. www.marcelominutti.com.br 6 Figura: Funil do Engajamento Outro ponto importante quando analisamos a dinâmica do engajamento digital está associado aos tipos de engajamento. De acordo com Li (2011) um modo de abordar essa questão é agrupar e priorizar os tipos de engajamento no que ela denomina “pirâmide de engajamento”. A pirâmide mostra como o internauta pode se engajar e é composta por cinco níveis, cada um representado por um grau mais elevado de comportamento de engajamento. Esse modelo possui similaridade com o modelo de avaliação conhecido como Teoria da Desigualdade de Participação (Nielsen, 2006), também denominado “90-9-1”. Onde 90% representa os indivíduos que apenas observam, 9% são aqueles que contribuem ocasionalmente e apenas 1% participa intensamente. Os tipos de engajamento podem ser descritos da seguinte forma (Li, 2011): Curadoria – Seleção e tratamento de conteúdos de outros indivíduos. Produção – Produção e distribuição de conteúdo próprio. Comentário – Interação e participação em relação a produção de outros. Compartilhamento – Compartilhar e repassar conteúdo de outros. Observação – Consumo da produção de outros.
  • 7. www.marcelominutti.com.br 7 Figura: Pirâmide do engajamento Um estudo realizado pela Global Web Index (2010) apontou que as atividades de engajamento do brasileiro estão distribuídas ao longo da pirâmide do engajamento da seguinte forma: observadores (89,3%), compartilhadores (79,3%), comentadores (54%) e produtores (52,7%). O engajamento pode variar em tipo e intensidade, mas a produção própria, que está representada no topo da pirâmide do engajamento, possui papel de destaque no ecossistema de colaboração de ambientes digitais. Por isso, os indivíduos que apresentam comportamento orientado para a produção própria são atores fundamentais nesse processo e funcionam como alavancas para que o engajamento contamine outros participantes. Sem produtores o engajamento não existe. O ambiente digital proporciona um espaço propício para o engajamento, pois oferece barreiras de fácil transposição em relação as barreiras encontradas em ambientes não digitais. Na prática, é muito mais simples, prático e rápido o indivíduo apoiar, por exemplo, o Movimento Ficha Limpa, compartilhando uma publicação sobre o assunto, do que participar de uma manifestação de rua. Essa característica do engajamento digital associada à proliferação de plataformas de colaboração na Internet é o que torna a viralização de conteúdos digitais algo comum nos dias atuais. Se por um lado, promover o engajamento digital é mais fácil que envolver as pessoas em iniciativas no mundo físico, por outro, como já foi dito, o ambiente digital pulveriza e dilui a atenção e o tempo do indivíduo entre múltiplas opções de engajamento. Esse é um dos motivos pelos quais muitos assuntos que em um momento aparecem no Trending Topics do Twitter, em outro já foram esquecidos. Essa dinâmica efêmera das mídias digitais representa um dos maiores desafios das organizações para manter o interesse e a participação do internauta em torno de suas ações.
  • 8. www.marcelominutti.com.br 8 Nesse contexto, os principais fatores que contribuem para que o engajamento persista são: o uso adequado de tecnologias sociais (McAfee, 2009) e a influência de outros indivíduos conectados. USO ADEQUADO DE TECNOLOGIAS SOCIAIS No caso das tecnologias sociais, McAfee (2009) cita três tendências que produzem ferramentas melhores para o engajamento, que podem ser resumidas da seguinte forma: Plataformas gratuitas e fáceis de comunicação e interação. Quanto maior a facilidade do internauta se comunicar e interagir menor serão as barreiras e maior será o estímulo ao engajamento. Ex.: publicação de conteúdos em poucos passos. Estruturas impostas flexíveis e adaptáveis. A redução da quantidade de regras e restrições para que o indivíduo interaja com a plataforma e com outros usuários estimula sua participação. Ex.: ampliação de direitos de produção e publicação de conteúdos. Mecanismos para deixar a estrutura emergir. As ferramentas devem oferecer mecanismos que ajudem a estrutura social emergir com base na produção e interação dos indivíduos participantes. Esse processo pode ser chamado de folksonomia (Peters, 2009) em contraponto ao conceito de taxonomia. Ex.: nuvem de tags. Outro fator que contribui para o engajamento digital é a influência de outros indivíduos conectados. Nesse caso, as forças de atratividade sociais, mencionadas anteriormente, podem ser estimuladas e até potencializadas quando indivíduos com influência social superior em temas ou assuntos específicos fazem recomendações ou sugerem preferências. Normalmente, nesses casos, a influência está associada a credibilidade do influenciador perante o influenciado. Com a fragmentação da atenção do internauta, em decorrência do grande volume de informações do ambiente digital, muitos participantes de plataformas colaborativas online utilizam os influenciadores presentes em suas redes sociais digitais como filtro para selecionar as possibilidades de engajamento. Chamamos essa camada de filtragem social de Rede de Confiança. A INFLUÊNCIA DA REDE DE CONFIANÇA A Rede de Confiança (Minutti, 2011) do indivíduo funciona como um filtro que seleciona as opções de engajamento (conteúdos) disponíveis. Um exemplo prático desse fenômeno é o feed de atualizações (timeline) de plataformas sociais como Facebook e Twitter. Nesse tipo de rede, toda oferta de conteúdo para
  • 9. www.marcelominutti.com.br 9 engajamento chega até o indivíduo após passar pela filtragem de sua rede de amigos, sua rede de confiança. Figura: Rede de confiança do internauta Neste cenário, um dos principais desafios das empresas que precisam se relacionar com seus públicos nas mídias sociais é conseguir entrar na timeline. É comum dizer que se a empresa não aparece na timeline das pessoas, ela não existe. Pois para ser lembrado, você antes precisa ser visto. Aquelas marcas que não conseguem atingir esse objetivo veem suas iniciativas de relacionamento e engajamento se tornarem inócuas. CONCLUSÃO Utilizando a premissa básica que o engajamento digital é motivado a partir da percepção de valor que o internauta tem em relação ao benefício individual oferecido a ele, o primeiro passo na construção de estratégias de engajamento é identificar quais são os benefícios individuais que despertam os INTERESSES e MOTIVAÇÕES de seu público alvo. Esse é o insumo principal para que quaisquer iniciativas de engajamento utilizadas alcancem a efetividade esperada. Após o mapeamento dos benefícios individuais e a definição das forças de atratividade sociais e pessoais que possuem maior impacto sobre as decisões de engajamento do público, é necessário “aplainar o caminho” para o engajamento, reduzindo barreiras e esforços necessários. Isso deve ser feito com a escolha das melhores tecnologias sociais e com os estímulos adequados para a ativação da rede de confiança do público alvo. Por fim, devem ser selecionadas estratégias de engajamento digital que ajudem na condução do público através do Funil do Engajamento.
  • 10. www.marcelominutti.com.br 10 Figura: Modelo Estrela / Modelo dos 5 Fatores A implementação da estratégia é um outro ponto que deve ser tratado com atenção, pois ambientes digitais possuem características e dinâmicas singulares. Com isso, recomenda-se a utilização de frameworks e modelos adequados a natureza desse tipo de projeto. Um exemplo desse tipo de framework é o Modelo Estrela, ou Modelo dos 5 Fatores (Minutti, 2011), que atende os requisitos necessários. Este modelo “fornece um método simples e direto que evidencia os principais fatores que influenciam a eficácia de uma estratégia digital e, conforme o uso tem demostrado, reduz significativamente os esforços com estratégias inadequadas ou equivocadas” (Minutti, 2011). O modelo se baseia nos seguintes fatores que devem ser levados em conta na implementação de uma estratégia digital eficaz: Stakeholders / Para quem? Para quem a estratégia será elaborada? Qual é o consumidor alvo? Como esse consumidor se comporta no ambiente digital e o que espera-se dele para que a estratégia alcance sucesso. Colaboração / Com quem? Qual o perfil do público que orbita seu público alvo? Quem são os amigos do seu consumidor alvo? Quais ações que poderiam estimular o engajamento da rede de relacionamento do seu cliente? Quais os hábitos de consumo de conteúdo digital da rede de amigos do público alvo da estratégia? Como será promovida a colaboração entre o público alvo e seus amigos? Relevância / O que? O que será oferecido, ou feito, para que seu público alvo seja envolvido por sua estratégia? Qual a relevância do seu conteúdo para o público alvo?
  • 11. www.marcelominutti.com.br 11 Interatividade / Como? Como a estratégia pretende motivar a interação do público alvo com a mensagem que você pretende passar? Como será a dinâmica dessa interatividade? O engajamento será promovido apenas no meio digital? A experiência de interação é adequada ao comportamento digital do seu público alvo? Canal / Onde? Onde será implementada a estratégia? Quais os canais ou plataformas digitais serão utilizados? Quais as plataformas de mídias digitais mais adequadas para o sucesso da estratégia? Este modelo não tem o intuito de sugerir uma norma rígida para implementação de estratégias digitais, mas sim auxiliar na construção mental do melhor caminho.
  • 12. www.marcelominutti.com.br 12 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS LÉVY, Pierre (2000). Cibercultura. São Paulo : Ed. 34. OLSON, Mancur (1999). A Lógica da ação coletiva. São Paulo: EDUSP. PETERS, Isabella (2009). Folksonomies. Indexing and Retrieval in Web 2.0. Berlin: De Gruyter Saur. PISANI, Francis; PIOTET, Dominique (2010). Como a web transforma o mundo – a alquimia das multidões. São Paulo: Editora Senac São Paulo. JENKINS, H. (2008). Cultura da Convergência. São Paulo: Aleph. SESI, Serviço Social da Indústria. Departamento Nacional. Projeto aprendizagem digital para inclusão no mundo do trabalho – educação livre : referencial teórico e metodológico. Brasília : SESI, no prelo 2014. MINUTTI, Marcelo. (2011). Comportamento digital e o novo consumidor 2.0,. Disponível: http://www.slideshare.net/minutti/a-revoluo-das-mdias-sociais-e- o-novo-consumidor-digital-8884503. Acesso em: 10.10.2013 LI, Charlene (2011). Liderança aberta: como as redes sociais transformam o modo como lideramos. São Paulo: Évora. LI, Charlene (2008). Groundswell: Fenômenos sociais nos negócios. Rio de Janeiro: Campus. MINUTTI, Marcelo. (2011). Modelo Estrela: Estratégias Digitais de Sucesso,. Disponível: http://www.slideshare.net/minutti/como-criar-estratgias-digitais- de-sucesso-marcelo-minutti. Acesso em: 10.10.2013 MCAFEE, Andrew (2010). Empresas 2.0: a força das mídias colaborativas para superar grandes desafios empresariais. Rio de Janeiro: Elsevier. NIELSEN, J. (2006). Participation inequality: encouraging more users to contribute. Alertbox, Fremont,. http://www.nngroup.com/articles/participation-inequality/ ZICHERMANN, Gabe; CUNNINGHAM, Christopher (2011). Gamification by Design: Implementing Game Mechanics in Web and Mobile Apps (1st ed.). Sebastopol, California: O'Reilly Media. CARTER, L.; UNDERWOOD, J. (1998). The significance principle: the secret behind high performance people and organizations. Nashville: B & H Publishing Group. SOLIS, Brian (2012). The Rise of Digital Influence. Altimeter Group.
  • 13. www.marcelominutti.com.br 13 SOLIS, Brian (2010). Engage: the complete guide for brands and businesses to build, cultivate and measure success in the new Web. Hoboken, New Jersey: John Wiley & Sons. WILLIAMS, Anthony (2012). Projeto Educação Livre – Reduzindo a falta de habilidades no Brasil: Como a educação gratuita pode despertar a oportunidade econômica e promover a inclusão social? HOWE, Jeff (2006). The Rise of Crowdsourcing, Wired Magazine. http://www.wired.com/wired/archive/14.06/crowds.html. Acesso em: 10.10.2013 PRAUDE, Carlos. (2014) TECNOLOGIA, COMUNICAÇÃO E SOCIEDADE: Educação Livre para Inclusão de Jovens no Mercado de Trabalho. São Paulo.