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anáfora, contexto e coesão textual:
uma aplicação de semântica para o ensino de
produção textual em língua materna

Miquéias Vitorino
Maria Leonor Maia dos Santos
considerações iniciais
• Proposta: aplicação de atividades e aulas
sobre a anáfora.
• Fundamentação teórica: Semântica de
Cenários e Contextos (SCC) e Linguística de
Texto.
• Pertinência: a anáfora é um dos recursos de
coesão textual que merecem mais atenção no
ensino básico. É preciso conscientizar o
aprendiz
de possíveis problemas
de
referenciação do texto.
semântica de cenários e contextos
• SCC é uma vertente semântica que usa da concepção de língua
natural como “sistema de representação do mundo e seus
eventos” (FERRAREZI, 2008. p.23)
• A SCC estabelece um vínculo entre a língua natural e a cultura
em que ela está inserida para explicar e analisar fenômenos
semânticos.
• O sentido de uma unidade linguística (o sinal), nesta vertente,
só se especializa (é estabelecido) quando situado em um
contexto. O contexto, por sua vez, só é constituído em um
cenário.
• O contexto é visto como todo o conjunto linguístico que cerca o
sinal (em nível do texto e do intertexto, podemos assim dizer);
• O cenário é o panorama sociocultural que cerca o texto e o sinal
em questão. A leitura de certos sinais depende, muitas vezes,
deste nível.
análise semântica do SCC
• “Especialização do sentido é a definição
exata do sentido associado a um sinalpalavra em uso. Ou seja: um sinal-palavra X,
em um contexto Y e um cenário W,
devidamente identificados e definidos, está
associado a um e apenas um sentido S e,
portanto, servirá para representar uma e
apenas uma visão de referência V, e não
outra, em um mundo M.” (FERRAREZI,
2008, p.24)
a anáfora
• Recurso semântico-textual que relaciona itens
lexicais através da referenciação, estratégia
textual de retomada de referentes num texto.
• Do ponto de vista semântico, as anáforas tem
uma mesma referência (aquilo a que se
refere), mas podem ter significações diferentes.
Do ponto de vista textual, um referente
(aquilo que é retomado num texto) pode ser
retomado de diversas formas e as anáforas
podem trazer informações novas sobre ele,
mantendo a coesão do texto.
texto exemplo 1

O fato e as versões
Um elefante incomoda muita gente...
Gualtaer Mathias Netto
Pego os jornais de domingo. Primeiro os do Rio, por
força do hábito. E, logo nas manchetes, fico intrigado. O
Globo anuncia: “Empregos têm crescimento
surpreendente de 30% no Rio”. O Jornal do Brasil abre
de fora a fora: “País ganha 1.061 desempregados por
hora”. Leio as chamadas, e vejo que ambos citam as
mesmas fontes: Ministério do Trabalho e Associação
Brasileira de Recursos Humanos.
texto exemplo 1
Comparando os dados, começo a vislumbrar onde está
a diferença. O Globo se refere a números de março
deste ano. Na mesma sentença, os novos
empregados em São Paulo somam 75% a mais do
que no mês anterior e as demissões no Rio
decresceram 19%. Já o JB faz as contas sobre os 20,2
milhões de demitidos de janeiro de 90 a fevereiro de
93. Nas páginas internas, enquanto O Globo
engorda o seu otimismo com percentuais positivos,
seu concorrente preenche toda uma página com
relatos de desempregados e demonstrativos de que a
classe média foi mais atingida.
(retirado e adaptado de FARACO, C.A.; TEZZA, C. Oficina de texto. Petrópolis: Vozes, 2003.
p.179-182)
observações do t.e.1
• Levando para o viés didático, é preciso mostrar aos
alunos que determinadas retomadas não dependem
apenas de um conhecimento linguístico, mas
também de contexto e cultura. (é o caso da relação
entre ‘O Jornal do Brasil’ e ‘seu concorrente’
(concorrente do jornal O Globo).
• Uma sugestão para atividade de leitura, o professor
pode solicitar ao aluno que identifique os termos
que retomam um referente ‘x’ e/ou ‘y’. Geralmente
textos informativos possuem muitas anáforas.
a anáfora indireta
• É um fenômeno semântico-textual que, na
verdade, não faz retomadas de um referente
mas estabelece relações de sentido com ele de
forma indireta. Essas relações de sentido são,
geralmente, por relação parte-todo e
hiponímia e hiperonímia.
• As anáforas indiretas podem depender de uma
leitura ampla do contexto para que cada termo
relacionado
ao
referente
devidamente
identificado e compreendido.
texto exemplo 2
A FESTA ACABOU
O governo esperou o carnaval passar para botar
seu bloco na rua. Na semana passada,
enquanto a comissão de frente fechava os
últimos detalhes do acordo com o Fundo
Monetário
Internacional
(FMI),
em
Washington, a turma da bateria acertou o
ritmo do ajuste fiscal. No novo samba quem
dançou primeiro foi a ala dos servidores
públicos, com 514 mil integrantes.
(Wladim Gramacho, ISTOÉ, 10/3/1999, p.84. Trecho extraído de ANTUNES,
Irandé. Lutar com palavras. São Paulo: Parábola, 2005. p.129)
texto exemplo 3
Novas imagens mostram obras do
Mineirão em estágio bem avançado
Reforma do estádio visa à Copa das Confederações e à
Copa do Mundo
Falta pouco para o torcedor mineiro receber o novo Mineirão.
De acordo com a Minas Arena, empresa responsável pelo
andamento das obras, em menos de quatro meses, Belo
Horizonte terá de volta o “Gigante da Pampulha”. A obra,
que já está na terceira e última etapa, e tem previsão de
entrega para 21 de dezembro, já atingiu 78% de conclusão.
texto exemplo 3
Hoje, 2.900 operários trabalham no piso do
estacionamento e na construção da arquibancada
inferior, camarotes, banheiros, vestiários e da
esplanada, uma novidade no estádio, que receberá jogos
da Copa das Confederações e Copa do Mundo em 2014.
Segue também a montagem das peças pré-moldadas da
via de integração com o ginásio do Mineirinho, além das
estruturas que vão receber as novas catracas.
A grama será plantada já em setembro, logo depois que a
fase de nivelamento para a preparação da drenagem for
concluída. Vale lembrar que o campo do estádio recebeu
uma redução de 3,4 metros.
(extraído de globoesporte.com)
observações do t.e.2
• No texto exemplo 2 temos o paralelo da
linguagem de carnaval utilizada para falar de
política.
• Os termos em destaque, no entanto, não tem o
mesmo referente ou referência, mas, em
termos de significado, estão interrelacionadas.
Isso significa dizer que as anáforas indiretas
não tem como função retomar, mas sim
manter a coesão por tema-rema ou parte-todo.
observações do t.e.3
• A primeira parte do texto exemplo 3 temos anáforas
comuns, que retomam um referente específico.
• Na segunda parte do texto, as anáforas indiretas surgem,
focalizando termos que estão relacionados aos termos
em destaque na primeira parte, mas não os retomam de
forma direta.
• O estádio e a obra realizada no estádio é vista de
diferentes ângulos na segunda parte do texto. Portanto,
os que estavam envolvidos na obra (operários), as etapas
da reforma (construção, montagem de pré-moldados
etc.), as partes do estádio (arquibancada, banheiros,
grama etc.) são anáforas indiretas daquilo que foi
expresso no início do texto.
exemplo de aplicação didática na

produção textual
• Atividades de leitura:
1) identificação das anáforas em textos
veiculados na mídia impressa.
É importante mostrar aos alunos como escritores, jornalistas
ou colunistas fazem para manter a coesão textual por meio
de substituição lexical, enriquecendo o texto com novas
informações sobre um mesmo referente e também
focalizar no uso de anáforas indiretas, que mantém a
coesão textual e desconstrói um referente em outros
referentes, como no texto exemplo 3, por exemplo.
exemplo de aplicação didática na

produção textual
• Atividades de escrita:
1) Produção de notícias jornalísticas fictícias à
partir de informações de uma manchete e
subtítulo
Estimular o uso de anáforas, realizando retomadas de termos presentes
no título e subtítulo da notícia proposta. O aluno pode compreender
como a anáfora pode trazer informações novas sobre um referente.

2) Complementar textos, desconstruindo um
referente em outros referentes para o uso de
anáforas indiretas.
Escrever um texto partindo da leitura de um termo contextualizado,
explorando outros termos semanticamente relacionados.
considerações finais
• As anáforas não são apenas elementos gramaticais, mas
unidades linguísticas com referência ‘cativa’ ao referente
e o sentido não é necessariamente o mesmo que o do
referente.
• Para estabelecer a relação entre referente e retomadas, o
contexto é necessário. O cenário também é importante
para fazer as relações entre alguns termos.
• A importância de reconhecer a anáfora indireta como
importante recurso de coesão textual e que pode ser
trabalhado em sala de aula.
• Não é necessária a apresentação de terminologias na
aplicação didática. O professor precisa focar no perfil do
aprendiz para aplicar atividades sobre anáfora.
referências bibliográficas
ANTUNES, I. Lutar com palavras: coesão e coerência. 3.ed. São Paulo:
Parábola, 2005.
FARACO, C.A.; TEZZA, C. Oficina de texto. Petrópolis: Vozes, 2003.
FERRAREZI, C. Semântica para a educação básica. São Paulo:
Parábola, 2008.
KOCH, I.V; ELIAS, V.M. Ler e escrever: estratégias de produção
textual. São Paulo: Contexto, 2009.
MOURA, H.M.M. Significação e contexto: uma introdução a
questões de semântica e pragmática. Florianópolis: Insular, 2006.

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Anáfora, contexto e coesão textual

  • 1. anáfora, contexto e coesão textual: uma aplicação de semântica para o ensino de produção textual em língua materna Miquéias Vitorino Maria Leonor Maia dos Santos
  • 2. considerações iniciais • Proposta: aplicação de atividades e aulas sobre a anáfora. • Fundamentação teórica: Semântica de Cenários e Contextos (SCC) e Linguística de Texto. • Pertinência: a anáfora é um dos recursos de coesão textual que merecem mais atenção no ensino básico. É preciso conscientizar o aprendiz de possíveis problemas de referenciação do texto.
  • 3. semântica de cenários e contextos • SCC é uma vertente semântica que usa da concepção de língua natural como “sistema de representação do mundo e seus eventos” (FERRAREZI, 2008. p.23) • A SCC estabelece um vínculo entre a língua natural e a cultura em que ela está inserida para explicar e analisar fenômenos semânticos. • O sentido de uma unidade linguística (o sinal), nesta vertente, só se especializa (é estabelecido) quando situado em um contexto. O contexto, por sua vez, só é constituído em um cenário. • O contexto é visto como todo o conjunto linguístico que cerca o sinal (em nível do texto e do intertexto, podemos assim dizer); • O cenário é o panorama sociocultural que cerca o texto e o sinal em questão. A leitura de certos sinais depende, muitas vezes, deste nível.
  • 4. análise semântica do SCC • “Especialização do sentido é a definição exata do sentido associado a um sinalpalavra em uso. Ou seja: um sinal-palavra X, em um contexto Y e um cenário W, devidamente identificados e definidos, está associado a um e apenas um sentido S e, portanto, servirá para representar uma e apenas uma visão de referência V, e não outra, em um mundo M.” (FERRAREZI, 2008, p.24)
  • 5. a anáfora • Recurso semântico-textual que relaciona itens lexicais através da referenciação, estratégia textual de retomada de referentes num texto. • Do ponto de vista semântico, as anáforas tem uma mesma referência (aquilo a que se refere), mas podem ter significações diferentes. Do ponto de vista textual, um referente (aquilo que é retomado num texto) pode ser retomado de diversas formas e as anáforas podem trazer informações novas sobre ele, mantendo a coesão do texto.
  • 6. texto exemplo 1 O fato e as versões Um elefante incomoda muita gente... Gualtaer Mathias Netto Pego os jornais de domingo. Primeiro os do Rio, por força do hábito. E, logo nas manchetes, fico intrigado. O Globo anuncia: “Empregos têm crescimento surpreendente de 30% no Rio”. O Jornal do Brasil abre de fora a fora: “País ganha 1.061 desempregados por hora”. Leio as chamadas, e vejo que ambos citam as mesmas fontes: Ministério do Trabalho e Associação Brasileira de Recursos Humanos.
  • 7. texto exemplo 1 Comparando os dados, começo a vislumbrar onde está a diferença. O Globo se refere a números de março deste ano. Na mesma sentença, os novos empregados em São Paulo somam 75% a mais do que no mês anterior e as demissões no Rio decresceram 19%. Já o JB faz as contas sobre os 20,2 milhões de demitidos de janeiro de 90 a fevereiro de 93. Nas páginas internas, enquanto O Globo engorda o seu otimismo com percentuais positivos, seu concorrente preenche toda uma página com relatos de desempregados e demonstrativos de que a classe média foi mais atingida. (retirado e adaptado de FARACO, C.A.; TEZZA, C. Oficina de texto. Petrópolis: Vozes, 2003. p.179-182)
  • 8. observações do t.e.1 • Levando para o viés didático, é preciso mostrar aos alunos que determinadas retomadas não dependem apenas de um conhecimento linguístico, mas também de contexto e cultura. (é o caso da relação entre ‘O Jornal do Brasil’ e ‘seu concorrente’ (concorrente do jornal O Globo). • Uma sugestão para atividade de leitura, o professor pode solicitar ao aluno que identifique os termos que retomam um referente ‘x’ e/ou ‘y’. Geralmente textos informativos possuem muitas anáforas.
  • 9. a anáfora indireta • É um fenômeno semântico-textual que, na verdade, não faz retomadas de um referente mas estabelece relações de sentido com ele de forma indireta. Essas relações de sentido são, geralmente, por relação parte-todo e hiponímia e hiperonímia. • As anáforas indiretas podem depender de uma leitura ampla do contexto para que cada termo relacionado ao referente devidamente identificado e compreendido.
  • 10. texto exemplo 2 A FESTA ACABOU O governo esperou o carnaval passar para botar seu bloco na rua. Na semana passada, enquanto a comissão de frente fechava os últimos detalhes do acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), em Washington, a turma da bateria acertou o ritmo do ajuste fiscal. No novo samba quem dançou primeiro foi a ala dos servidores públicos, com 514 mil integrantes. (Wladim Gramacho, ISTOÉ, 10/3/1999, p.84. Trecho extraído de ANTUNES, Irandé. Lutar com palavras. São Paulo: Parábola, 2005. p.129)
  • 11. texto exemplo 3 Novas imagens mostram obras do Mineirão em estágio bem avançado Reforma do estádio visa à Copa das Confederações e à Copa do Mundo Falta pouco para o torcedor mineiro receber o novo Mineirão. De acordo com a Minas Arena, empresa responsável pelo andamento das obras, em menos de quatro meses, Belo Horizonte terá de volta o “Gigante da Pampulha”. A obra, que já está na terceira e última etapa, e tem previsão de entrega para 21 de dezembro, já atingiu 78% de conclusão.
  • 12. texto exemplo 3 Hoje, 2.900 operários trabalham no piso do estacionamento e na construção da arquibancada inferior, camarotes, banheiros, vestiários e da esplanada, uma novidade no estádio, que receberá jogos da Copa das Confederações e Copa do Mundo em 2014. Segue também a montagem das peças pré-moldadas da via de integração com o ginásio do Mineirinho, além das estruturas que vão receber as novas catracas. A grama será plantada já em setembro, logo depois que a fase de nivelamento para a preparação da drenagem for concluída. Vale lembrar que o campo do estádio recebeu uma redução de 3,4 metros. (extraído de globoesporte.com)
  • 13. observações do t.e.2 • No texto exemplo 2 temos o paralelo da linguagem de carnaval utilizada para falar de política. • Os termos em destaque, no entanto, não tem o mesmo referente ou referência, mas, em termos de significado, estão interrelacionadas. Isso significa dizer que as anáforas indiretas não tem como função retomar, mas sim manter a coesão por tema-rema ou parte-todo.
  • 14. observações do t.e.3 • A primeira parte do texto exemplo 3 temos anáforas comuns, que retomam um referente específico. • Na segunda parte do texto, as anáforas indiretas surgem, focalizando termos que estão relacionados aos termos em destaque na primeira parte, mas não os retomam de forma direta. • O estádio e a obra realizada no estádio é vista de diferentes ângulos na segunda parte do texto. Portanto, os que estavam envolvidos na obra (operários), as etapas da reforma (construção, montagem de pré-moldados etc.), as partes do estádio (arquibancada, banheiros, grama etc.) são anáforas indiretas daquilo que foi expresso no início do texto.
  • 15. exemplo de aplicação didática na produção textual • Atividades de leitura: 1) identificação das anáforas em textos veiculados na mídia impressa. É importante mostrar aos alunos como escritores, jornalistas ou colunistas fazem para manter a coesão textual por meio de substituição lexical, enriquecendo o texto com novas informações sobre um mesmo referente e também focalizar no uso de anáforas indiretas, que mantém a coesão textual e desconstrói um referente em outros referentes, como no texto exemplo 3, por exemplo.
  • 16. exemplo de aplicação didática na produção textual • Atividades de escrita: 1) Produção de notícias jornalísticas fictícias à partir de informações de uma manchete e subtítulo Estimular o uso de anáforas, realizando retomadas de termos presentes no título e subtítulo da notícia proposta. O aluno pode compreender como a anáfora pode trazer informações novas sobre um referente. 2) Complementar textos, desconstruindo um referente em outros referentes para o uso de anáforas indiretas. Escrever um texto partindo da leitura de um termo contextualizado, explorando outros termos semanticamente relacionados.
  • 17. considerações finais • As anáforas não são apenas elementos gramaticais, mas unidades linguísticas com referência ‘cativa’ ao referente e o sentido não é necessariamente o mesmo que o do referente. • Para estabelecer a relação entre referente e retomadas, o contexto é necessário. O cenário também é importante para fazer as relações entre alguns termos. • A importância de reconhecer a anáfora indireta como importante recurso de coesão textual e que pode ser trabalhado em sala de aula. • Não é necessária a apresentação de terminologias na aplicação didática. O professor precisa focar no perfil do aprendiz para aplicar atividades sobre anáfora.
  • 18. referências bibliográficas ANTUNES, I. Lutar com palavras: coesão e coerência. 3.ed. São Paulo: Parábola, 2005. FARACO, C.A.; TEZZA, C. Oficina de texto. Petrópolis: Vozes, 2003. FERRAREZI, C. Semântica para a educação básica. São Paulo: Parábola, 2008. KOCH, I.V; ELIAS, V.M. Ler e escrever: estratégias de produção textual. São Paulo: Contexto, 2009. MOURA, H.M.M. Significação e contexto: uma introdução a questões de semântica e pragmática. Florianópolis: Insular, 2006.