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Barroco no Brasil: 
contexto de produção, estética e valores 
MS. MIQUÉIAS VITORINO
Contexto histórico 
Momento de tensão na Europa entre a reforma e 
contrarreforma (catolicismo x protestantismo) 
Na América Latina, os Jesuítas ibéricos investiam na 
evangelização e doutrina de colonos e índios, 
imprimindo , simultaneamente, valores de fé e 
culturais. As pessoas, então, temiam o tribunal de 
inquisição, destinado aos hereges e protestantes. 
No Brasil, o modo de produção era voltado para a 
cana-de-açúcar no nordeste, tornando a Bahia (hoje 
Salvador) o principal centro econômico.
Princípios e estética barroca 
O Barroco promove um eu-lírico dividido, tenso e 
inconstante. 
Luís de Góngora (espanhol) e Gianbattista Marini 
(italiano) eram nomes fortes do barroco europeu e 
que tiveram impacto sobre a produção literária da 
época. 
O dualismo era presente na poesia, principalmente 
no jogo de palavras e ideias que tornavam a 
poesia e o eu-lírico divididos por valores opostos – 
igreja x mundo, homem x deus, razão x fé, pecado x 
santidade.
Princípios e estética barroca 
Conceptismo é o nome dado à tendência de utilizar 
a linguagem com fins de argumentar e convencer o 
outro com base na lógica. 
Cultismo é a tendência a usar do jogo de 
palavras e ideias além da linguagem rebuscada 
(complexa) para valorizar a produção literária.
Autores e obras de referência 
Bento Teixeira, segundo registros canônicos, é o 
inaugurador da tendência barroca no Brasil. Sua 
Prosopopeia é uma epopeia de louvor ao governador da 
Capitania de Pernambuco, Jorge d’Albuquerque Coelho. 
A obra, apesar de canônica, é considerada de baixa 
qualidade e sem muita relevância por críticos literários 
como Sílvio Romero, embora consiga fazer soar os ecos 
do Barroco. Ver mais 
Botelho de Oliveira também é incluído na lista, apesar 
de sua obra (Música do Parnaso) ter herdado muitas 
características e tendências renascentistas. Apresenta, no 
entanto, alguns sinais de conceptismo e cultismo que 
seriam acentuados em obras posteriores, como as de 
Gregório de Matos.
Autores e obras de referência 
Pe. Antonio Vieira é conhecido por seus sermões 
da Sexagésima, da quinta Dominga de Quaresma e 
do Bom-Ladrão, ricos em figuras de linguagem, 
estilo e pensamento (antíteses, paradoxos, 
hipérboles, ironias, alegorias etc). Em seus sermões, 
Vieira tratava não apenas de questões religiosas, mas 
também de questões seculares.
Autores e obras de referência 
Com uma vasta produção de poemas dos mais 
variados temas, sobretudo lírico-amorosos, sacros, 
satíricos e pornográficos, o Gregório de Matos é 
o representante-mor desse período literário no 
Brasil. Tendo como pano de fundo a cidade da Bahia, 
Gregório de Matos desconstruia e descrevia, com 
uma linguagem única, ações, pessoas e situações 
pitorescas. Dos mulatos vadios aos governantes, suas 
críticas ácidas não deixavam ninguém passar em 
branco. Não chegou a publicar nenhuma obra, mas 
os poemas seus foram reunidos postumamente.
Bibliografia Básica 
Enciclopédia Itaú Cultural. Barroco. Disponível em: 
<http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedi 
a_lit/index.cfm?fuseaction=definicoes_texto&cd_verbete= 
12158&cd_item=237&cd_produto=84>. Acesso em 19 fev. 
2014. 
BOSI, Alfredo. História concisa da literatura 
brasileira. São Paulo: Cultrix, 2006. 
CANDIDO, Antonio. O Romantismo no Brasil. São 
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Barroco no Brasil: contexto e autores

  • 1. Barroco no Brasil: contexto de produção, estética e valores MS. MIQUÉIAS VITORINO
  • 2. Contexto histórico Momento de tensão na Europa entre a reforma e contrarreforma (catolicismo x protestantismo) Na América Latina, os Jesuítas ibéricos investiam na evangelização e doutrina de colonos e índios, imprimindo , simultaneamente, valores de fé e culturais. As pessoas, então, temiam o tribunal de inquisição, destinado aos hereges e protestantes. No Brasil, o modo de produção era voltado para a cana-de-açúcar no nordeste, tornando a Bahia (hoje Salvador) o principal centro econômico.
  • 3. Princípios e estética barroca O Barroco promove um eu-lírico dividido, tenso e inconstante. Luís de Góngora (espanhol) e Gianbattista Marini (italiano) eram nomes fortes do barroco europeu e que tiveram impacto sobre a produção literária da época. O dualismo era presente na poesia, principalmente no jogo de palavras e ideias que tornavam a poesia e o eu-lírico divididos por valores opostos – igreja x mundo, homem x deus, razão x fé, pecado x santidade.
  • 4. Princípios e estética barroca Conceptismo é o nome dado à tendência de utilizar a linguagem com fins de argumentar e convencer o outro com base na lógica. Cultismo é a tendência a usar do jogo de palavras e ideias além da linguagem rebuscada (complexa) para valorizar a produção literária.
  • 5. Autores e obras de referência Bento Teixeira, segundo registros canônicos, é o inaugurador da tendência barroca no Brasil. Sua Prosopopeia é uma epopeia de louvor ao governador da Capitania de Pernambuco, Jorge d’Albuquerque Coelho. A obra, apesar de canônica, é considerada de baixa qualidade e sem muita relevância por críticos literários como Sílvio Romero, embora consiga fazer soar os ecos do Barroco. Ver mais Botelho de Oliveira também é incluído na lista, apesar de sua obra (Música do Parnaso) ter herdado muitas características e tendências renascentistas. Apresenta, no entanto, alguns sinais de conceptismo e cultismo que seriam acentuados em obras posteriores, como as de Gregório de Matos.
  • 6. Autores e obras de referência Pe. Antonio Vieira é conhecido por seus sermões da Sexagésima, da quinta Dominga de Quaresma e do Bom-Ladrão, ricos em figuras de linguagem, estilo e pensamento (antíteses, paradoxos, hipérboles, ironias, alegorias etc). Em seus sermões, Vieira tratava não apenas de questões religiosas, mas também de questões seculares.
  • 7. Autores e obras de referência Com uma vasta produção de poemas dos mais variados temas, sobretudo lírico-amorosos, sacros, satíricos e pornográficos, o Gregório de Matos é o representante-mor desse período literário no Brasil. Tendo como pano de fundo a cidade da Bahia, Gregório de Matos desconstruia e descrevia, com uma linguagem única, ações, pessoas e situações pitorescas. Dos mulatos vadios aos governantes, suas críticas ácidas não deixavam ninguém passar em branco. Não chegou a publicar nenhuma obra, mas os poemas seus foram reunidos postumamente.
  • 8. Bibliografia Básica Enciclopédia Itaú Cultural. Barroco. Disponível em: <http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedi a_lit/index.cfm?fuseaction=definicoes_texto&cd_verbete= 12158&cd_item=237&cd_produto=84>. Acesso em 19 fev. 2014. BOSI, Alfredo. História concisa da literatura brasileira. São Paulo: Cultrix, 2006. CANDIDO, Antonio. O Romantismo no Brasil. São Paulo: Humanitas, 2004.