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PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO E GESTÃO DA
 REGIÃO METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE




    VETOR NORTE DA RMBH




    PROGRAMA DE AÇÕES IMEDIATAS
ÍNDICE
APRESENTAÇÃO....................................................................................... 2
1 – OBJETIVOS DO PROGRAMA DE AÇÕES IMEDIATAS ..................... 5
2 – CARACTERIZAÇÃO DO VETOR NORTE ........................................... 6
  2.1 – Municípios Envolvidos........................................................................................ 6
  2.2 – A Formação do Vetor Norte ................................................................................ 8
  2.3 – O Sistema Viário Atual ..................................................................................... 14
  2.4 - O Transporte Coletivo........................................................................................ 20
3 - OS PROGRAMAS E PROJETOS........................................................ 24
  3.1 – Ampliação da Acessibilidade ............................................................................ 26
  3.2 – Preservação de Ativos Ambientais .................................................................... 34
  3.3 – Empreendimentos de Inovação.......................................................................... 39
  3.4 – Outras Ações Modificadoras ............................................................................. 42
  3.5 – Ações em curso.................................................................................................. 51
4 – PROPOSTAS PARA AÇÕES IMEDIATAS......................................... 62
  4.1 – Desenvolvimento de Processos Participativos .................................................. 62
  4.2 – A Retomada do Planejamento Metropolitano ................................................... 63
  4.3 – O Plano Metropolitano de Transportes.............................................................. 64
  4.4 – Programa de Saneamento Ambiental na Bacia do Ribeirão da Mata................ 65
  4.5 – Programa de Controle do Uso do Solo .............................................................. 66
  4.6 – Programa de Regularização Fundiária............................................................... 67
  4.7 - A Preservação dos Ativos Ambientais ............................................................... 67
  4. 8 – O Transporte Coletivo Sobre Trilhos ............................................................... 68
  4.9 – O Transporte Coletivo por Ônibus .................................................................... 69
  4.10 – Entorno do Centro Administrativo .................................................................. 70
  4.11 – Revitalização dos Distritos Industriais ............................................................ 70
5 - ANEXOS .............................................................................................. 72
  ANEXO I - AÇÕES IMEDIATAS ............................................................................ 72
  ANEXO II - AÇÕES COMPLEMENTARES ........................................................... 84
  ANEXO III - RESUMO DAS AÇÕES PRIORITÁRIAS E COMPLEMENTARES 94
6 – Bibliografia ......................................................................................... 96
7 – Equipe Técnica .................................................................................. 97


                                                                                                                         1
APRESENTAÇÃO


O Plano de Ações Imediatas para o Vetor Norte, priorizado pelo Estado através
do Grupo de Governança Metropolitana, na realidade é um recorte do
Programa de Desenvolvimento e Gestão da RMBH, objeto do Termo de
Parceria assinado entre a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional e
Política Urbana e o Instituto Horizontes. Dentro do escopo do citado programa
o Vetor Norte está contemplado como uma das unidades de análise propostas.
Nesse sentido, o Plano de Ações deve ser visto como o resultado da
consolidação da visão dos atores, permeada pela visão técnica. Cabe, no
entanto, ressaltar que dentro da metodologia proposta pelo Programa de
Desenvolvimento e Gestão há necessidade de se obter o terceiro elemento que
dará sustentabilidade ao Plano de Ações Imediatas: a construção da Visão
Compartilhada com a Sociedade.


A rigor o Plano de Ações Imediatas considera as seguintes dimensões na
abordagem dos processos que ocorrem no Vetor Norte: a ampliação da
acessibilidade local e regional, o desenvolvimento de empreendimentos de
inovação tecnológica, a preservação de ativos ambientais, culturais e
científicos e a gestão compartilhada a ser construída através de processos
participativos.


Há ainda que se preocupar com a Visão de Futuro da RMBH. Daí a
necessidade da retomada do planejamento metropolitano não só para orientar
e priorizar os investimentos públicos e privados na região, gerando cenários
para a avaliação dos impactos desses investimentos, como para aprofundar o
conhecimento sobre o seu território e os processos que determinam sua
organização. A Visão de Futuro é um referencial importante para a mobilização
e ativação de forças sociais e econômicas em torno de metas de
desenvolvimento.




                                                                           2
Outra questão é a governança metropolitana. A gestão compartilhada exige
uma clara definição de compromissos e metas e não há como imaginá-la sem
concretização da vontade política. No caso específico, as ações propostas, no
que se refere especialmente ao controle integrado do uso do solo, não podem
prescindir do comprometimento de todos os atores, não só os que licenciam
(Prefeituras, órgãos do Estado e da União) como os que fornecem os serviços
básicos (COPASA, CEMIG, DER, GASMIG, EMBRATEL, Telefônicas, etc.).
Não há como se imaginar um controle do uso do solo sem fiscalização e com
as   agências    públicas    implantando      serviços   em   loteamentos   ou
empreendimentos não licenciados.



Para o desenvolvimento do trabalho foram realizadas reuniões com
representantes dos seguintes órgãos e empresas:
      Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional e Política Urbana
      Secretaria de Estado de Planejamento e Coordenação Geral
      Secretaria de Estado de Transporte e Obras Públicas
      Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
      Fundação Estadual do Meio Ambiente - FEAM
      Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis –
IBAMA
      Instituto Estadual de Florestas - IEF
      Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais – DER/MG
      Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais –
CODEMIG
      Instituto de Desenvolvimento Integrado de Minas Gerais - INDI
      Empreendedores do Projeto Porto do Rio Golfe Village Resort
      Empreendedores do Projeto Preconpark
      Representantes dos Municípios que compõem o COM 10
      Lume Ambiental e Mil Consultoria
      Comitê da Bacia do Rio das Velhas – Projeto Manuelzão


Foram ainda mantidos contatos com representantes dos seguintes órgãos:
      Secretaria Municipal de Regulação Urbana de Belo Horizonte



                                                                             3
Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Belo Horizonte
Secretaria Municipal da Coordenação de Gestão Regional Venda Nova
Secretaria Executiva do COMAM de Belo Horizonte
Associação Mineira de Defesa do Meio Ambiente - AMDA
COPASA
Instituto de Geociências Aplicadas de Minas Gerais – IGA
Fundação João Pinheiro




                                                                    4
1 – OBJETIVOS DO PROGRAMA DE AÇÕES IMEDIATAS


Os objetivos básicos a serem perseguidos pelo Plano de Ações Imediatas são:
   1- Identificar programas, projetos e ações de relevância metropolitana, de
      responsabilidade dos agentes públicos, privados ou da sociedade civil,
      em processo de formulação ou de implantação no Vetor Norte da
      RMBH.


   2- Caracterizar e avaliar os investimentos públicos e privados de
      relevância,   tanto   no   provimento   da   infra-estrutura   (habitação,
      saneamento, sistema viário e de transporte, etc.) quanto no setor
      produtivo (geração de emprego e renda) e seus impactos no uso do solo
      e no meio ambiente.


   3- Promover a sinergia e a articulação entre os atores visando nivelar as
      informações sobre os processos em curso no Vetor Norte e capacitá-los
      para o desenvolvimento de ações integradas e compartilhadas, ao nível
      do aprofundamento do conhecimento, do desenvolvimento de projetos e
      ações estratégicas e da construção da visão de futuro.


   4- Identificar medidas emergenciais e ações estratégicas necessárias para
      garantir o uso adequado do solo, enfocando aspectos relacionados ao
      controle e preservação dos ativos ambientais, bem como as medidas
      administrativas e legais que possam ser acionadas para o controle do
      processo de urbanização e reprodução de periferias.


   5- Identificar novos planos, programas e estudos a serem desenvolvidos,
      visando aprofundar o conhecimento sobre a região e aperfeiçoar os
      mecanismos de controle sobre os processos que determinam sua
      organização, identificando potencialidades e limitações




                                                                              5
2 – CARACTERIZAÇÃO DO VETOR NORTE
   .

2.1 – Municípios Envolvidos


A partir do centro metropolitano, a dimensão territorial do que chamamos Vetor
Norte da RMBH, envolve os seguintes municípios:
- Belo Horizonte (centro metropolitano e setor norte do município, abrangendo
as regionais Pampulha, Venda Nova, Leste, Noroeste, Norte, e Nordeste);
- Ribeirão das Neves;
- Santa Luzia (especialmente a região de São Benedito);
- Esmeraldas (parte do município situada na bacia do Ribeirão da Mata);
- Vespasiano;
- São José da Lapa;
- Pedro Leopoldo;
- Matozinhos;
- Capim Branco;
- Confins;
- Lagoa Santa;
- Jaboticatubas (parte do município junto ao Rio das Velhas);
- Betim (Vargem das Flores ao longo do Anel Viário de Contorno Norte);
- Contagem (Vargem das Flores ao longo do Anel Viário de Contorno Norte);
- Sabará (ao longo do Anel Viário de Contorno Norte);


O envolvimento dos municípios de Betim, Contagem e Sabará no conjunto do
Vetor Norte se dá em função do projeto do Anel de Contorno Norte, que terá
um impacto significativo no Vetor Norte.




                                                                            6
A inclusão do município de Esmeraldas se deu em função do comprometimento
de parte de seu território com a sub-bacia do Ribeirão da Mata, unidade


                                                                       7
ambiental de referência do Vetor Norte. Esse conjunto de municípios,
excetuando Belo Horizonte, Contagem, Betim, Sabará e Jaboticatubas, está
localizado na sub-bacia do Ribeirão da Mata e constituem um consórcio com o
objetivo de solucionar problemas comuns de saneamento na sub-bacia.


Essa organização é positiva para o Programa na medida em que revela um
nível avançado de organização associativa entre os municípios, que pode ser
aproveitado no sentido de ampliar o foco das atenções para além das questões
simplesmente de saneamento, buscando englobar questões relacionadas ao
desenvolvimento sustentável da região e as possibilidades de se criar
mecanismos de gestão compartilhada de seu território.



2.2 – A Formação do Vetor Norte


A ocupação e o desenvolvimento do Vetor Norte se deram em função da
criação do Complexo da Pampulha na década de 50, empreendimento do
Estado que buscava resgatar o caráter simbólico de Belo Horizonte como
cidade moderna e progressista, através de investimentos em ativos ambientais
e culturais. Além dos projetos arquitetônicos modernistas, foram estabelecidas
normas urbanísticas específicas para a região, com restrições para as
dimensões mínimas dos lotes (1.000m²), e limitações para usos não
residenciais, admitindo-se apenas o uso residencial unifamiliar.


As normas urbanísticas propostas associadas à
valorização dos imóveis em função da beleza
cênica propiciadas pelo espelho d’água e pelas
obras de Niemeyer, transformaram o conjunto da
Pampulha em referência nacional e internacional.


Inicialmente, o dinamismo dessa região se
sustentou na acessibilidade criada com a abertura
da Avenida Antônio Carlos e na concentração de
grandes equipamentos institucionais como o


                                                                            8
Complexo Turístico da Pampulha, o campus da UFMG, o Aeroporto da
Pampulha, o zoológico, o Mineirão, horto florestal e as instalações da RFFSA
no Horto e na atração que exercia a região Cárstica de Lagoa Santa, na época
já um pólo de interesse científico, paisagístico, turístico e de lazer.


Posteriormente houve a implantação da Avenida Cristiano Machado e do
Aeroporto Internacional Tancredo Neves, que na década de 80 consolidaram o
eixo norte na estrutura urbana da Metrópole. Recentemente houve a extensão
do trem metropolitano até o Vilarinho, intervenção que, em curto prazo, irá
reforçar o centro metropolitano de Venda Nova.


A estrutura de acessibilidade formada pelas Avenidas Antônio Carlos e
Cristiano Machado (ambas atualmente com obras de melhorias), reforçada pelo
trem metropolitano, e as obras de despoluição e recuperação da Lagoa da
Pampulha, tendem a impulsionar esse eixo nas próximas décadas, reforçando
e ampliando suas centralidades, promovendo assim um maior equilíbrio na
estrutura urbana da GBH.


Soma-se a este quadro um conjunto de ações de iniciativa do poder público,
tanto ao nível da ampliação de sua capacidade articuladora (Grupo de
Governança, integração de ações), da melhoria da acessibilidade interna e
externa (infra-estrutura viária), da ampliação das possibilidades de formação de
arranjos   produtivos   de   inovação     (Pólo   de   Microeletrônica,   Aeroporto
Internacional Tancredo Neves), associados à preservação de ativos ambientais
científicos e paisagísticos de importância (APA Carste, Parque de Sumidouro),
fundamentais para a consolidação de um processo de desenvolvimento
sustentável para a região.


Podemos segmentar o eixo norte em quatro trechos distintos, em função das
características de sua ocupação e dos processos que presidem sua
organização: o primeiro segmento, constituído pelos trechos das Avenidas
Antônio Carlos e Cristiano Machado, entre o centro metropolitano e o Anel
Rodoviário; o segundo segmento será o compreendido pela região da
Pampulha, do bairro São Francisco, junto do Anel Rodoviário, até o bairro


                                                                                 9
Itapoã, ao norte da barragem; o terceiro segmento seria o constituído pelas
regiões polarizadas pelo centro metropolitano de Venda Nova e o quarto seria
o da região Cárstica, polarizada pelo Aeroporto Internacional Tancredo Neves.


A parte da Avenida Antônio Carlos compreendida no primeiro segmento não
apresenta o dinamismo típico de centralidades que geralmente se formam ao
longo de corredores de tráfego. Demonstra sinais visíveis de decadência,
principalmente em suas edificações, que não se renovaram e não sofreram
quaisquer reforma, pelo menos nos últimos quarenta anos. Pode-se creditar à
ausência de centralidades significativas neste segmento a proximidade do
centro metropolitano, o nível de renda da população dos bairros adjacentes e
as ameaças de desapropriações para alargamento, que sempre pesaram sobre
os terrenos lindeiros à Avenida. Este quadro tende, no entanto a se alterar em
função das obras de melhorias na Avenida que, naturalmente, além de
aumentar    a   acessibilidade,     afastam         as   possibilidades    de    novas
desapropriações.


Já o segmento da Avenida Cristiano Machado neste trecho apresenta
características distintas. Por ter sido implantada mais recentemente, isolada do
centro metropolitano pelo Túnel da Lagoinha e cortar uma região cujos bairros
adjacentes abrigam população de melhor nível de renda já apresenta o
dinamismo    típico   dos    corredores   de    tráfego.     Ocorrem      centralidades
significativas, com destaque especial para o complexo formado em torno do
Minas Shopping e do bairro Cidade Nova. A implantação da Linha Verde irá
ampliar a acessibilidade na região, melhorando as condições de articulação e
integração de diversos bairros.


A parte da Avenida Antônio Carlos entre o Anel e o bairro Itapoã apresenta
características diferentes do segmento anterior. A melhor condição de
circulação propiciada pela duplicação da caixa da Avenida favorece a formação
de centralidades ao possibilitar a separação do tráfego de passagem do tráfego
local. As dificuldades para o surgimento de centralidades ficam por conta da
presença de grandes equipamentos, gerando uma baixa densidade de
população   residente.      Mesmo   assim      há    concentrações     geradoras    de


                                                                                    10
centralidades, de baixa complexidade, como as atividades industriais e de
serviços do bairro São Francisco, as atividades comerciais nas proximidades
da barragem, no bairro Itapoã e em trechos da orla da represa.


No geral há um maior grau de dispersão das centralidades neste segmento,
que passa a contar com outras vias de articulação, como as Avenidas Carlos
Luz, Tancredo Neves e Alípio de Melo, após o Anel Rodoviário, a Avenida
Portugal após a barragem e a própria Cristiano Machado.


A falta de coesão e as descontinuidades provocadas pelos usos de grandes
equipamentos reforçam a dispersão, que de certa forma impedem o surgimento
de centralidades de importância ao longo deste segmento. No entanto não
deve ser negligenciado o efeito modificador que certamente provocarão as
obras de melhoria da Avenida Antônio Carlos, em curso pela PBH, e a
implantação da Linha Verde pelo Estado.


O que marca o terceiro segmento do eixo norte é o centro metropolitano de
Venda Nova, articulador de uma extensa área com extraordinário crescimento
populacional e que, ao longo dos últimos 50 anos se constitui no espaço
preferencial do processo de reprodução de periferias, abrigando os excluídos
do processo de metropolização que, ao longo desse tempo, concentrou os
investimentos produtivos no eixo oeste. O crescimento populacional ocorrido
nas regiões de Venda Nova, Justinópolis em Ribeirão das Neves, e São
Benedito em Santa Luzia, provocaram a formação de uma centralidade de
função metropolitana, que articula uma imensa região com os maiores índices
de exclusão social e de pobreza do aglomerado.


O último segmento Vetor Norte é constituído pelo conjunto dos municípios que
se   situam   no   entorno   do   Aeroporto   Internacional   Tancredo   Neves,
especialmente os de Lagoa Santa, Vespasiano, São José da Lapa, Pedro
Leopoldo e Confins. Compõem o principal foco das atenções do presente Plano
de Ações Imediatas. Foram os Investimentos previstos nas áreas de influência
desses municípios, tanto pelo poder público quanto pela iniciativa privada que
despertaram a atenção para essa região e, consequentemente, a necessidade


                                                                             11
de se elaborar um Plano de Ações Imediatas, com o objetivo de integrar e
organizar as ações modificadoras, no sentido de um desenvolvimento
sustentável.


Alguns aspectos chamam a atenção, com relação às possíveis conseqüências
de um processo e expansão desordenada nessa região: o primeiro deles está
relacionado às características do processo de reprodução de periferias ocorrido
na região de Ribeirão das Neves (Justinópolis) e Santa Luzia (São Benedito),
processo que hoje se constitui numa ameaça para o conjunto dos municípios
da região Cárstica. As taxas médias anuais de crescimento populacional
verificadas nos municípios do Carste, associadas à proximidade deles em
relação à Ribeirão das Neves (Justinópolis) e Santa Luzia (São Benedito) são
um alerta nesse sentido. Pode-se constatar e é visível hoje, a existência de um
eixo de formação de periferias a partir de Neves, ao longo do vale dos ribeirões
das Neves e Areias, em direção a Pedro Leopoldo.




                                                                             12
TAXA DE CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO – MUNICÍPIOS DO VETOR NORTE


                                        1960/1970            1970/1980     1980/1991     1991/2000
RMBH                                            5,63               4,51          2,51            2,39
Belo Horizonte                                  5,94               3,73          1,15            1,15
Capim Branco                                    2,80               1,74          2,32            2,47
Confins                                         1,12               1,64          2,82            4,86
Jaboticatubas                                  -0,40               -0,50         0,86            0,69
Lagoa Santa                                     2,12               3,59          4,08            3,99
Matozinhos                                      2,70               6,44          3,48            2,76
Pedro Leopoldo                                  2,35               3,80          3,02            2,93
Ribeirão das Neves                              4,27              21,36          7,16            6,18
Santa Luzia                                     7,09               9,00          7,87            3,32
São José da Lapa                                                   7,26          -0,35           9,09
Vespasiano                                      4,08               7,26          9,37            5,30
Fonte: 1960/70 – Instituto Horizontes
      1970/80, 1980/91, 1991/2000 - Fundação João Pinheiro



Outra preocupação é o conjunto de investimentos previstos para o Vetor Norte,
tanto pelo Estado como por agentes privados e da sociedade civil que, numa
perspectiva de consolidação de um eixo de inovação tecnológica no Estado, há
que ser pensado de forma integrada, na perspectiva do desenvolvimento
sustentável. Dentro dessa visão busca-se com o Programa evitar a repetição
de experiências passadas, como a que ocorreu com o Vetor Oeste da RMBH
na década de 70, por ocasião de implantação do complexo automotivo da Fiat
e de uma série de investimentos em melhorias na malha viária e de
transportes. Naquela oportunidade o desenvolvimento desordenado anulou em
grande parte os benefícios dos investimentos públicos e privados realizados na
região, tendo sido responsável pelo desenvolvimento e formação do mais
agudo processo de reprodução de periferias de que se tem notícia,
principalmente em Ribeirão das Neves e Ibirité.




                                                                                            13
E finalmente temos a questão ambiental que dadas as características
peculiares da região, caracterizada pela presença do complexo ambiental do
Carste, é imprópria para a ocupação urbana intensiva em função da fragilidade
de suas estruturas calcárias, sujeitas à dissolução por drenagens subterrâneas.
Sem considerar a importância que a região representa como ativo ambiental,
paisagístico, histórico, cultural, turístico e científico em função do seu acervo de
grutas, dolinas, lagos naturais, sítios arqueológicos e, principalmente, devido à
presença da “Mata Seca”, formação de floresta decidual típica da região, que
se desenvolve nos sítios calcários com deficiências hídricas e que tem como
característica principal o desfolhamento da maioria das árvores na estação
seca.


È baseado nesse tripé de preocupações que o Programa de Ações Imediatas
para o Vetor Norte da RMBH pretende fundamentar suas propostas, visando a
promoção de um processo organizado de ativação de forças políticas,
econômicas e sociais, na promoção do desenvolvimento sustentável da
metrópole e na construção de uma visão compartilhada de futuro.



2.3 – O Sistema Viário Atual


2.3.1 - Rodovia Prefeito Américo Gianetti – MG 010 (Via Norte)


Foi implantada em 1975 para fazer a ligação entre Belo Horizonte e Pedro
Leopoldo. Juntamente com a Avenida Presidente Juscelino Kubitschek, (Via
Urbana Leste Oeste). Foram as primeiras vias estaduais em pista dupla,
construídas com pavimentação de concreto rígido. É composta pela MG 010,
que liga Belo Horizonte a Lagoa Santa e ao Parque Nacional da Serra do Cipó,
e pela MG 424, antiga estrada para Sete Lagoas, que deriva da MG 010 na
região conhecida como Confisco.


Na época de sua implantação a principal via de acesso à região Norte era a
Avenida Dom Pedro I, continuação da Avenida Antônio Carlos após a
Barragem da Pampulha. A rodovia Prefeito Américo Gianetti, veio constituir no


                                                                                 14
prolongamento desse sistema Com a extensão da Avenida Cristiano Machado
após o anel Rodoviário, criou-se uma interseção entre as duas vias, tornando-
se diretriz principal a ligação da Avenida Cristiano Machado com a rodovia
Prefeito Américo Gianetti. Com duas faixas de tráfego, acostamento de 3,75m
de largura, canteiro central de largura média de 18m, sem interseções em nível
e com raios mínimos da ordem de 400m, foi classificação na época como via
expressa.


O pavimento de concreto rígido, entretanto, não se mostrou uma alternativa
estratégica, uma vez que as dificuldades de manutenção face ao tráfego de
caminhões com carga acima do permitido, especialmente transportadores de
areia da região de Pedro Leopoldo para a construção civil em Belo Horizonte,
ensejaram reparos utilizando o pavimento asfáltico, o que foi gradativamente
alterando a condição de pavimento de diversos trechos da via. Apresenta hoje
um volume médio diário anual de tráfego da ordem de 40.000 veículos e está
sendo totalmente remodelada, com a implantação do programa Linha Verde.


2.3.2 - Rodovia MG 424


Ligando Belo Horizonte a Sete Lagoas a rodovia MG 424 inicia-se na MG 010
no extremo norte da capital, passando pelas cidades de Pedro Leopoldo,
Matozinhos e Prudente de Morais, até chegar a Sete Lagoas. Como parte da
Via Norte a antiga estrada para Sete Lagoas ampliada até Pedro Leopoldo em
1975, tendo sua seção sido duplicada com a implantação de pista dupla com
pavimento asfáltico. O tráfego de veículos pesados e a falta de manutenção, no
entanto, degradaram a rodovia ao longo dos anos.


2.3.3 - Avenida Cristiano Machado


A Avenida Cristiano Machado é a principal via de acesso às regiões norte e
nordeste da Região Metropolitana. Originalmente denominada Avenida
Cosmópolis, recebeu investimentos ao longo das últimas duas décadas que a
levaram até o início da rodovia Prefeito Américo René Gianetti, (MG 424), que
juntamente com a MG 010 fazem a ligação com as cidades de Santa Luzia,


                                                                           15
Vespasiano, Lagoa Santa, Jaboticatubas, Pedro Leopoldo, São José da Lapa,
Matozinhos, Capim Branco e Confins. A Avenida Cristiano Machado permite
também o acesso a Ribeirão das Neves, através da Avenida Vilarinho, e a
Caeté, Santa Luzia, Sabará, Taquaraçu de Minas e Nova União pelo Anel
Rodoviário.


A ligação com a cidade de Santa Luzia se fazia inicialmente pela rua Jacuí,
passando pelo bairro da Floresta. Com a implantação do primeiro túnel da
Lagoinha, em 1971, esse percurso passou a ser feito pela Avenida do
Contorno, passando pelo túnel e seguindo pela Avenida Cosmópolis até o seu
final na rua Maura, no bairro Ipiranga, onde o tráfego se desviava e retornava à
rua Jacuí.


Em 1978 a implantação da Avenida Cristiano Machado, com pista exclusiva
para ônibus em seu canteiro central, foi incluída no programa de financiamento
do Banco Mundial, denominado EBTU/BIRD I. A nova Avenida foi implantada
em 1981, iniciando-se no emboque norte do túnel da Lagoinha e indo até o
Anel Rodoviário, na época em duplicação.


Em 1983 o BNDES iniciou o denominado Programa de Transporte de
Capacidade Intermediária, voltado à implantação de trólebus em diversas
cidades brasileiras. Belo Horizonte foi incluída no programa, com a duplicação
do túnel da Lagoinha e a extensão da Avenida Cristiano Machado até a MG
010, em Venda Nova, em trincheira sob a Avenida Pedro I na Avenida
Vilarinho.


Em 1995 foi negociado financiamento do Banco Mundial para extensão do
Trem Metropolitano do bairro São Gabriel até a Avenida Vilarinho, utilizando o
trecho da pista exclusiva de ônibus da Avenida Cristiano Machado entre a
Avenida Sebastião de Brito e a Avenida Vilarinho, alterando-se o traçado da
trincheira de acesso à Avenida Vilarinho.


Além de sua função de ligação metropolitana e articulação da capital com a
malha rodoviária, a Avenida Cristiano Machado desempenha um importante


                                                                             16
papel nos sistemas de transporte público, municipal e metropolitano. Já na sua
implantação em 1981, tinha uma pista exclusiva para ônibus, ligando a Área
Central à Avenida Vilarinho, em Venda Nova. Este papel foi reforçado em 2001
com a implantação da linha do metrô até a estação de integração do Vilarinho,
a partir da Avenida Sebastião de Brito,


Desde sua implantação a partir dos estudos metropolitanos realizados pelo
PLAMBEL na década de 70, estava previsto a gradativa substituição dos
cruzamentos em nível por cruzamentos em desnível, com implantação de
obras de arte como trincheiras e viadutos, de forma a permitir que o tempo de
percurso dos veículos, tanto de transporte público quanto privado, pudesse ser
mantido em condições aceitáveis. A avenida suporta diariamente cerca de
60.000 veículos.


A reativação do Aeroporto Internacional Tancredo Neves deu à Avenida
Cristiano Machado uma importância estratégica, fazendo que o que fora
previsto em todos os planos de transporte e trânsito se transformasse em
prioridade para o Governo do Estado e Prefeitura de Belo Horizonte, resultando
na implantação do programa denominado Linha Verde.


2.3.4 - Avenida Pedro I


A Avenida Pedro I, classificada como via arterial, é a continuação física da
Avenida Antônio Carlos, a partir da barragem da Pampulha, em direção ao
norte. Com 3,76km de extensão, apresenta seção transversal média de 27
metros, com duas pistas de sentidos contrários com três faixas de tráfego por
sentido, separadas por canteiro central.




                                                                           17
2.3.5 - Avenida Antônio Carlos


Implantada em 1952, para substituir a antiga estrada da Pampulha, hoje Rua
Itapetinga, a Avenida Antônio Carlos liga a área Central à barragem da
Pampulha. Com 7,6km de extensão, sua configuração física está em processo
de transformação, pela implantação de alargamento de seção, implantação de
pista exclusiva de ônibus no seu eixo e interseções em desnível.
Possivelmente é a avenida que mais vezes sofreu alterações de traçado para
ampliação de capacidade em Belo Horizonte.


Sua implantação na década de 50 coincide com a implantação do Conjunto da
Pampulha. A partir daí sofreu várias alterações. A primeira delas ocorreu,
ainda, na década de 50, com a criação de pistas laterais no trecho entre o anel
rodoviário e a Avenida Santa Rosa, na Pampulha. Em 1968 foram as
alterações resultantes da implantação dos viadutos A e B, no entorno do
Terminal Rodoviário. Com o programa EBTU-BIRD em 1983, ocorre o
alargamento de pista com estreitamento do canteiro central. Em 1992 há a
implantação de passarela de pedestres em frente ao IAPI. Em 1994 tem-se a
implantação da extensão do viaduto A e alargamento da seção da Avenida na
Lagoinha. Em 1998 ocorre a redução do canteiro central e adequação do
traçado em partes do trecho entre a Lagoinha e o Anel Rodoviário, próximo ao
IAPI, entre a Avenida Américo Vespúcio e Rua Manoel Gomes. Em 2004 é
implantada a trincheira da Avenida Santa Rosa. Em 2006 temos o início da
duplicação do trecho entre o Anel Rodoviário e a Rua Aporé e construção da
trincheira ligando as Avenidas Américo Vespúcio e Bernardo de Vasconcelos.


2.3.6 - Anel Rodoviário


O Anel Rodoviário de Belo Horizonte foi implantado em 1957 para evitar o
atravessamento do sistema viário urbano pelo tráfego rodoviário. É gerenciado
pelo DNIT, o Anel Rodoviário consiste na sobreposição de trechos das rodovias
BR 262 (Vitória – Uberaba); BR 381 (São Paulo – Governador Valadares) e BR
040 (Rio – Brasília). A princípio foi construído como uma rodovia simples, de


                                                                            18
pista única, com apenas uma faixa por sentido, articulando-se em interseções
de um ou dois níveis com o sistema rodoviário e com as principais vias
urbanas. Sua extensão de 26,7 km, desde Olhos D’água, na saída para o Rio
de Janeiro, até o bairro Nazaré, na ligação para Sabará e saída para Vitória.


Duas interseções em desnível foram construídas, na Avenida Amazonas e na
Avenida Antônio Carlos, principais vias arteriais municipais da época. Com o
processo de expansão da mancha urbana o Anel Rodoviário se transformou
numa “avenida” de alta densidade de tráfego, com plena acessibilidade pelo
sistema viário local, independente da categoria das vias, e com um grande
número de interseções em nível totalmente sem controle. Isto levou o DNER a
transformá-lo, na década de 70, numa via expressa formada por um sistema
central de duas faixas contínuas de tráfego por sentido e um sistema de
marginais, também com duas faixas de tráfego por sentido, construídas apenas
em parte do trecho e articulando-se com o sistema viário local. Esta articulação
se fez em duas formas. Uma com transposição da via central em interseções
em desnível, com articulação através das vias marginais ou diretamente com a
via central, em locais em que não foi possível a construção das marginais.
Outra sem transposição da via central, em interseções em “T” do sistema viário
local com as pistas marginais, onde existissem, ou diretamente com a pista
central.


Em função do aumento de tráfego e da conseqüente redução dos níveis de
serviço o Anel recebeu alterações de geometria, com a incorporação de uma
terceira faixa de tráfego na via central. No entanto essa ampliação só foi
possível em trechos, já que as primeiras obras de arte não previam
necessidades futuras de alargamento da pista.


As marginais foram assim, interrompidas, em função de três tipos de
problemas: insuficiência de seção transversal na plataforma de viadutos,
insuficiência de seção transversal sob o viaduto de transposição ferroviária e
permanência de pilares no alinhamento da terceira faixa.


Em função de convênio celebrado entre os governos Federal, Estadual e


                                                                                19
Municipal, o Anel recebeu, ao longo dos últimos anos, algumas melhorias e
alguns serviços de manutenção: a implantação pelo Estado de iluminação com
luminárias de vapor de sódio, a construção pela PBH de passarelas para
pedestres e a recuperação do pavimento, em convênio entre a PBH e o DNIT.


2.3.7 – Avenida Vilarinho


A Avenida Vilarinho resultou da canalização do córrego de mesmo nome e liga
a Avenida Cristiano Machado ao bairro Letícia. No bairro Letícia ela se
encontra com a Rua Padre Pedro Pinto e se articula com a Avenida Civilização,
que segue para Ribeirão das Neves. É uma via arterial com 4,03km de
extensão, uma seção transversal média de 36 metros e duas pistas de sentidos
opostos, com duas faixas de tráfego. O canteiro central de 16 metros de largura
foi projetado para receber pista exclusiva de ônibus, à semelhança da Avenida
Cristiano Machado. Hoje é a diretriz para o prolongamento do Trem
Metropolitano até Justinópolis.



2.4 - O Transporte Coletivo


A Região Metropolitana de Belo Horizonte teve seu crescimento, a partir da
década de 80, fortemente influenciado pelo sistema de transporte coletivo por
ônibus, especialmente pela política tarifária adotada. A impossibilidade de se
obter subsídios externos para o transporte coletivo, levou os gestores em todo
o Brasil, a buscar formas de subsídios internos, possibilitando, de uma forma
cruzada, que a população de renda mais alta subsidiasse a população de
renda mais baixa, num processo que recebeu na RMBH o nome de Câmara de
Compensação Tarifária.


Historicamente as populações periféricas tiveram seu crescimento populacional
limitado pela antiga metodologia de cálculo do preço das passagens de ônibus,
que consistia basicamente na divisão dos custos das linhas pelo número de
passageiros que as utilizavam. Este custo era de certa forma, proporcional à
distância do deslocamento. Morar em áreas periféricas e distantes significava


                                                                            20
arcar com um custo mais alto de transporte para se atingir os locais de
emprego, o que funcionava como variável limitadora do crescimento da
mancha urbana metropolitana.


A Câmara de Compensação Tarifária implantada na década de 80 veio alterar
esse quadro ao possibilitar que as linhas mais curtas, teoricamente servindo às
populações de renda mais alta, cobrassem tarifas mais altas que o seu custo
por passageiro. O superávit obtido subsidiava as linhas com deslocamentos
mais longos, que poderiam, por sua vez, cobrar tarifas mais baixas que o custo
por passageiro.


Esse mecanismo alterou significativamente o processo de ocupação das
periferias, na medida em que reduziu de forma significativa o custo da
passagem para os deslocamentos maiores, incentivando assim a ocupação e o
adensamento em áreas distantes. A intensidade do processo de reprodução de
periferia ocorrido na RMBH, especialmente nas regiões de Ribeirão das Neves
e Ibirité a partir das décadas de 80 e 90 é até certo é fruto desse modelo.


Considerado a princípio como uma solução de aumento de acessibilidade ao
emprego para a população das cidades periféricas, esse modelo revelou-se,
com o passar do tempo como mais um fator indutor da reprodução de periferias
e fixação de populações em regiões distantes, desprovidas de infra-estrutura.


Como o sistema de transporte não foi acompanhado por um processo de
reestruturação, se limitando apenas a uma adequação da oferta à demanda,
tivemos como reflexo uma redução dos índices de produtividade, com IPK1 e
PVD2 mais baixos e custos mais altos, gerando um déficit estrutural crescente,
independente dos aumentos de custos decorrentes da inflação.


As mudanças institucionais na gestão do sistema de transporte e os déficits
acumulados levaram à extinção desse mecanismo em nível metropolitano, com
o conseqüente aumento das tarifas nas regiões estruturalmente deficitárias

1
    IPK – Índice de passageiros por quilômetro
2
    PVD – Passageiros por veículo por dia


                                                                                21
buscando o equilíbrio entre custo e receita das operadoras. Isto gerou um
descompasso na relação entre a localização da população de baixa renda e os
locais de emprego, cujos primeiros resultados começam a aparecer, mesmo
sem uma análise sócio-econômica mais profunda.


Nas áreas conurbadas, o crescimento populacional adensado fez com que as
linhas passassem a desenvolver os itinerários buscando a maior cobertura do
território, atendendo demandas das associações de bairro, tipicamente locais.


Nas áreas periféricas o aumento da área habitada se deu pela própria
disponibilidade do transporte, numa relação causa-efeito que pode ser descrita
da seguinte forma: a população busca se fixar numa área em que tenha
atendimento de transporte, numa distância em que o caminhamento a pé até o
ponto final da linha de ônibus seja suportável. Havendo um número suficiente
de moradores, eles se organizam e solicitam o prolongamento da linha para
reduzir essa distância. Tão logo esse prolongamento é realizado, são abertos
novos loteamentos, formais ou não, na nova área de influência da linha, até o
máximo de distância de deslocamento a pé suportável. O processo então se
reinicia, com a nova população solicitando novos prolongamentos que, para
serem atendidos, necessitam a subdivisão da linha em várias sublinhas. Como
a maior parte da demanda de viagens dessas regiões se destina às áreas de
emprego não especializado, concentradas em Belo Horizonte, o sistema
metropolitano foi incorporando um número excessivo de serviços, ligando
bairros de cidades vizinhas ao centro de Belo Horizonte, sem nenhuma
racionalidade sistêmica.


Em 1986 o Metrô entrou em operação ligando a estação de Eldorado, em
Contagem à estação Central, em Belo Horizonte. Sua diretriz segue o Ribeirão
Arrudas, paralela à linha férrea, em área pouco adensada e pouco acrescentou
à oferta de transporte, pois além de tangenciar, sem penetrar, a área central de
Belo Horizonte, seu projeto não se preocupou com a acessibilidade de suas
estações. Com isso o metrô não teve capacidade de captar demanda local
representativa e nem de se integrar ao sistema de ônibus, ficando na
dependência de receber sua demanda por integrações forçadas no terminal de


                                                                             22
Eldorado, ele em si de difícil acessibilidade.


A estação de Eldorado foi a primeira ação de integração de sistemas na
RMBH, com o Trem passando a desempenhar a função de linha troncal e o
ônibus a desempenhar o papel de sistema alimentador. A expansão do Metrô
até Venda Nova, na Estação Vilarinho, modificou um pouco este aspecto, com
a construção de terminais de integração mais adequados e em melhores
condições de acessibilidade.




                                                                       23
3 - OS PROGRAMAS E PROJETOS




                              24
25
3.1 – Ampliação da Acessibilidade



3.1.1 – A Linha Verde


O Programa da Linha Verde se constitui num conjunto de investimentos em
ampliação de capacidade do eixo de ligação viária entre a Área Central de Belo
Horizonte e o Aeroporto Internacional Tancredo Neves (AITC) em Confins.
Divide-se em três segmentos principais: Boulevard Arrudas, Avenida Cristiano
Machado e MG 010.


3.1.1.1 – Boulevard Arrudas
Trata-se de Obra de Re-qualificação Urbana que consiste no capeamento do
ribeirão Arrudas nas Avenidas Andradas e do Contorno no intervalo entre a
Alameda Ezequiel Dias e a Rua Rio de Janeiro (complexo de viadutos da
Lagoinha), perfazendo 1.400m de extensão. O projeto contempla ainda todo o
paisagismo do Boulevard, restauração da Praça Rui Barbosa mobiliário urbano,
áreas de descanso, iluminação, telefonia etc., além de uma ciclovia no
segmento entre a Ezequiel Dias e o Viaduto de Santa Tereza. A obra está em
andamento, a um custo estimado de R$ 42.000.000,00.


3.1.1.2 – Avenida Cristiano Machado
Foram desenvolvidos projetos de engenharia para eliminar os principais pontos
de conflito de tráfego ao longo da avenida. Foram tratadas com soluções em
desnível as interseções com a Rua Jacuí, Avenida Silviano Brandão, Avenida
José Cândido da Silveira, Avenida Bernardo de Vasconcelos, Via 240 (estação
São Gabriel e articulação com o Anel Rodoviário), Avenida Sebastião de Brito e
Avenida Waldomiro Lobo.
As intervenções em execução nas interseções constam, basicamente, de:
   •   Rua Jacuí e Avenida Silviano Brandão
        Criação de um viaduto linear na Avenida Cristiano Machado para as
        pistas de tráfego misto, enquanto que as pistas de tráfego local e
        exclusivas de ônibus continuarão ao nível do solo, simplificando os
        cruzamentos com a Rua Jacuí e Avenida Silviano Brandão e mantendo


                                                                           26
a acessibilidade aos pontos de ônibus.
•   Avenida José Cândido da Silveira
     Serão eliminadas as interferências do tráfego de entrada e saída da
     Avenida José Cândido da Silveira com a construção de uma trincheira
     e um viaduto. A conversão à esquerda hoje existente na Avenida
     Cristiano Machado, sentido centro, para acesso à Avenida Cândido da
     Silveira, será feita por uma trincheira, enquanto que a saída dessa
     avenida para a Avenida Cristiano Machado indo para o centro será
     feita por um viaduto. Isto permitirá que as pistas de tráfego misto e
     exclusivas de ônibus da Avenida Cristiano Machado possam
     atravessar o cruzamento sem nenhuma interferência.
•   Avenida Bernardo de Vasconcelos
     A Avenida Bernardo de Vasconcelos faz parte da chamada via 710,
     obra prioritária do Plano Diretor do Município de Belo Horizonte, que
     se constitui em um grande anel viário interno ao Anel Rodoviário,
     ligando perimetralmente a Avenida dos Andradas, no bairro São
     Geraldo, à Avenida Tereza Cristina, em direção ao Barreiro,
     atravessando a Cristiano Machado na altura do Minas Shopping e
     tomando o leito das Avenidas Bernardo de Vasconcelos e Américo
     Vespúcio.
     O cruzamento das duas avenidas, Bernardo de Vasconcelos e
     Cristiano Machado, permite o acesso aos bairros Palmares e Ipiranga,
     ao mesmo tempo em que articula as entradas e saídas do Minas
     Shopping. A solução desenvolvida resolve essa circulação através de
     três viadutos, dois no sentido da Avenida Bernardo de Vasconcelos
     para a Avenida Cristiano Machado e um no sentido contrário, com
     alças de articulação com a Avenida Cristiano Machado, projetados de
     forma a se compor com a via 710, quando ela for implantada.
•   Anel Rodoviário
     A Avenida Cristiano Machado não intercepta o Anel Rodoviário,
     passando por baixo de um viaduto dessa via. Entretanto, as
     articulações entre as duas vias são feitas de forma precária, com
     grande complexidade porque no mesmo ponto existe a chegada da Via
     240, de ligação com Santa Luzia, e o terminal intermodal de São


                                                                       27
Gabriel, onde os ônibus dos sistemas urbano e metropolitano se
integram com o Trem Metropolitano. Essa situação é atendida por uma
grande rotatória semaforizada, que interrompe o fluxo de todos os
movimentos entre essas vias e para o terminal.
A diretriz de projeto implantada na Avenida Cristiano Machado nesta
interseção, na década de 80, descreveu um arco orientado para Leste,
em vez de atravessar diretamente o Anel Rodoviário e seguir para o
Norte. Isto se deveu à diretriz inicial da avenida haver sido em direção
Nordeste, rumo a Santa Luzia, no que hoje é a Via 240. Esta diretriz
orientou o Departamento Nacional de Estradas de Rodagem – DNER,
hoje Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes – DNIT,
ao projetar e implantar o alargamento do Anel Rodoviário, na época de
pista simples, a construir um único viaduto para transposição da
avenida e da via férrea existente.    Na década de 70 o PLAMBEL,
órgão então responsável pelo planejamento metropolitano, verificou
que    a   região    de    Venda     Nova    teria   um    crescimento
representativamente maior que o eixo da Via 240, alterando a diretriz
da avenida para o Norte. Como o viaduto construído pelo DNIT se
baseava na diretriz anterior, a avenida foi projetada descrevendo um
arco para aproveitar a passagem existente e voltando para a direção
Norte. A proximidade da via férrea impediu a construção das alças de
articulação do Anel e da avenida nos sentidos Leste – Norte, Sul –
Oeste, Sul – Leste e Oeste – Norte, sendo esses movimentos
atendidos de forma precária com conversão à esquerda e retorno
dentro da avenida.
Mais tarde, a implantação do Trem Metropolitano na faixa de domínio
da RFFSA, com um pátio de manutenção logo depois do Anel, a
continuação da linha do Trem até Venda Nova, passando sob o morro
do bairro Primeiro de Maio e a construção da Estação de Integração
metro-rodoviária de São Gabriel colocaram novos graus de dificuldade
nessas articulações, que passaram a ser atendidas por meio de uma
grande rotatória vasada semaforizada, que além delas atende também
à ligação com a Via 240.
A solução adotada consiste na construção de um novo viaduto no Anel


                                                                     28
Rodoviário, permitindo a retificação do arco descrito pela Avenida
        Cristiano Machado e a implantação de um trevo completo de quatro
        folhas, articulado com a rotatória existente, de tal forma que a
        interseção complexa foi dividida em duas, uma da avenida com o Anel
        Rodoviário, com todos os movimentos atendidos, e outra da avenida
        com a Via 240, articulada com o Anel Rodoviário.
   •   Avenida Sebastião de Brito
        A interseção da Avenida Sebastião de Brito foi recentemente
        reformulada pela Prefeitura, e será mantida operando da forma como
        implantada, recebendo apenas pequenos ajustes.
   •   Avenida Waldomiro Lobo
        A interseção com a Avenida Waldomiro Lobo receberá uma rotatória
        semaforizada, equacionando os problemas de conversão existentes.
A Avenida Cristiano Machado encontra-se com as obras em andamento, com
previsão de conclusão em julho de 2007 a um custo estimado de R$
159.000.000,00, incluindo as remoções e re-assentamentos de 957 famílias.
Há ainda previsão para as obras de duas alças nos viadutos da Cândido da
Silveira e Bernardo Vasconcelos, autorizadas posteriormente.


3.1.1.3 - Rodovia MG 010
A rodovia MG 010 está sendo totalmente remodelada, com a implantação de
obras de adequação de capacidade (duplicação) e restauração da pista
existente, de Belo Horizonte ao Aeroporto Internacional Tancredo Neves (AITC)
em Confins. O projeto prevê a implantação de 33,0 km de vias marginais com
ciclovia, 04 pontes e viadutos novos, passagens superiores e inferiores, 06
passarelas para pedestres, 48 unidades de abrigos para passageiros e a
construção de um novo posto para a Polícia Rodoviária. A obra está em
andamento com previsão de conclusão até novembro de 2006 e custo
estimado de R$ 107.000.000,00.


3.1.2 – A Rodovia MG 424


O DER contratou o projeto executivo de engenharia rodoviária para a
restauração e aumento de capacidade do Trecho Entro MG-010 – Sete Lagoas,


                                                                           29
e Contornos de Matozinhos e Prudente de Morais, com extensão total de 50,3
Km. O projeto foi concluído em dezembro de 2005 com investimento da ordem
de R$1.000.000,00, mas não há previsão para licitação das obras.


3.1.3 - A Avenida Antônio Carlos


A Avenida Antônio Carlos encontra-se em obras, acontecendo sua duplicação
do trecho entre o Anel Rodoviário e a Rua Aporé, com a construção da
trincheira ligando as Avenidas Américo Vespúcio e Bernardo de Vasconcelos.
O projeto em implantação prevê ainda o alargamento da pista entre o Anel
Rodoviário e o complexo da Lagoinha, com a implantação de duas pistas
exclusivas para ônibus, separadas por canteiro central, no eixo da avenida,
duas pistas externas para tráfego misto e passarelas para pedestres.


3.1.4 - O Anel Rodoviário


O Anel Rodoviário encontra-se em
processo    de     recuperação     do
pavimento, obra que está sendo
realizada pela Prefeitura de Belo
Horizonte em convênio com o DNIT.
A operação não altera em nada a
configuração     atual    do     Anel,
mantendo         seus      problemas
funcionais e de capacidade, apenas
recuperando a condição que existia
há cerca de 20 anos atrás. Existem
duas propostas para o tratamento do
Anel. A primeira, de alteração física,
representada por um projeto desenvolvido pelo DNIT no qual o sistema de
marginais é completamente implantado, juntamente com as obras de arte
necessárias para a manutenção do tráfego nas pistas principais e das
marginais, hoje interrompido nas interseções com a Avenida Ivaí, Avenida
Pedro II, Avenida Antônio Carlos, Córrego Cachoeirinha, acesso à Fiat Stola e


                                                                          30
Avenida Cristiano Machado. Não existe previsão de recursos para implantação
desse projeto.


A segunda proposta, devidamente compatibilizada com o projeto anterior é a
apresentada pela FIEMG e consiste na re-qualificação urbana do Anel
Rodoviário e todo o seu entorno, através de um processo de gestão
compartilhada – governos: federal, estadual e municipal; iniciativa privada,
instituições e comunidades – de maneira a construir, coletivamente, uma nova
centralidade metropolitana, que garanta o crescimento econômico e social
sustentável à capital e sua Região Metropolitana. O projeto consiste na divisão
do Anel em três trechos de características distintas, denominados “Via do
Encontro”, “Via Metropolitana” e “Via da Morada”, propondo intervenções
físicas, indução de transformações urbanas, programas habitacionais de
interesse social, operações urbanas, criação de parques e adequações da lei
de uso do solo.


3.1.5 – Rodovia MG – 020


Esta obra consiste na duplicação da rodovia MG 020, no trecho entre o Bairro
Tupy em Belo Horizonte e a sede do município de Santa Luzia, com 5,3 km de
extensão. O projeto prevê uma plataforma de 30,00m sendo 3,00m de canteiro
central e duas pistas de 10,40m, comportando três faixas de tráfego em cada
sentido e passeios de 3,00m de largura nos dois sentidos. Será necessário e a
remoção e re-assentamento de 550 famílias. A obra está em andamento com
previsão de conclusão em 2007 ao custo estimado de R$ 26.000.000,00.




                                                                            31
3.1.6 – Contorno Norte do Aeroporto Internacional Tancredo Neves


Consiste na duplicação do segmento
entre a MG 424 e o município de
Confins       e     na    implantação       e
pavimentação de rodovia duplicada
até a MG 010 na localidade de
Campinho após Lagoa Santa, com
extensão total de 18,0km. A finalidade
básica da implantação deste trecho é
promover a ligação do Aeroporto
Industrial        com         o     Pólo   de
Microeletrônica. O projeto está na
dependência de que se confirme a
localização do Pólo, devendo, portanto, ser ainda submetido ao Licenciamento
Ambiental.


3.1.7 – Anel Viário de Contorno Norte


Antiga       diretriz    do       Planejamento
Metropolitano – PLAMBEL, elaborada
na década de 70, o Anel Viário de
Contorno Norte tem um projeto básico
elaborado pelo DNIT. O Anel será
implantado a partir do Contorno de
Betim até as proximidades do distrito
de Ravena com extensão de 65,0 km
em pista dupla com acostamentos e
faixas de segurança. Além de resolver
o congestionamento do atual Anel Rodoviário, este Anel Viário, será uma via
estruturante na região metropolitana. Será a via ordenadora da ocupação de
uma área ainda desocupada que envolve as urbanizações de periferia dos
municípios de Contagem, Ribeirão das Neves, Vespasiano, Santa Luzia e


                                                                         32
Sabará, devendo proporcionar a instalação de atividades produtivas ao longo
de seu percurso, notadamente nos pontos de maior potencial de centralidade:
os entroncamentos com as estradas BR 040, Justinópolis/Ribeirão das Neves,
Linha Verde, MG 020 e BR 262/381. Os empregos assim gerados serão de
acesso mais fácil para os moradores das áreas periféricas, desonerando o
sistema de transportes que os leva hoje, preferencialmente, para o eixo Belo
Horizonte – Betim – Contagem.


Para que essa ocupação se desenvolva de forma ordenada é fundamental que
se reservem áreas para a formação dessas centralidades e para o controle da
ocupação nas áreas lindeiras ao novo anel. Essas faixas de domínio deverão
ser incorporadas nos Planos Diretores dos municípios afetados, na perspectiva
de definição posterior de leis específicas de uso e ocupação de solo compatível
com as características da demanda que vier a ter em cada município.


3.1.8 – Ligação Venda Nova / Ribeirão das Neves / BR 040


Trata-se de projeto de duplicação,
melhoramento,     pavimentação     e
restauração da rodovia LMG 806
com 12.5 km de extensão. O projeto
tem como objetivo criar um novo
acesso de Ribeirão das Neves à
rodovia BR 040, atendendo ao
Centro Industrial de Ribeirão das
Neves (CIRIN) e desviando o tráfego
pesado do centro da cidade. O
projeto vai melhorar também a acessibilidade da sede do município à região de
Justinópolis, a ligação do Distrito Industrial de Ribeirão das Neves com o
Aeroporto Internacional Tancredo Neves e articulação com o futuro Anel Viário
Norte da RMBH. O projeto encontra-se em elaboração.




                                                                            33
3.1.9 – MGT 262 / MG 005


A rodovia MGT 262, antiga MG/5 e atualmente sob o nome de Avenida Borba
Gato, com 2,0 Km de extensão, possui um tráfego intenso, acima de 14.000
veículos/dia e grande número de pedestres caminhando ao longo da via. É
necessária a execução de obras de melhoramento e/ou restauração da via,
para   viabilizar    sua   municipalização,   transferindo   ao   Município   a
responsabilidade da manutenção e conservação, que hoje está a cargo do
DER/MG. O projeto executivo da rodovia foi elaborado pela PBH com custos
estimados para a obra em torno de R$ 12.000.000,00, não computado neste
valor os possíveis gastos com desapropriações e algumas remoções.




3.2 – Preservação de Ativos Ambientais


3.2.1 – O Parque Estadual do Sumidouro


Criado em 04/01/1980 o Parque Ecológico do Vale do Sumidouro, foi declarado
de utilidade pública para fins de desapropriação em 05/06/1980, com uma área
aproximada de 1.300 hectares. O Parque hoje está situa dentro da área da
APA Carste, criada em 35/01/1990. Sua área abrange terras dos municípios de
Lagoa Santa, Pedro Leopoldo e Matozinhos e é definido como área de
proteção especial.


A criação do Parque Estadual do Sumidouro foi uma compensação ambiental
prevista na implantação do aeroporto metropolitano, resultado de pressões de
grupos conservacionistas (Centro de Conservação da Natureza, Sociedade
Ornitológica Mineira, Associação Mineira de Defesa do Ambiente) e outras
entidades da sociedade civil, que temiam o comprometimento do patrimônio
arqueológico e espeleológico da região.




                                                                              34
O Parque não foi efetivamente
implantado na época, devido a uma
série   de    questões         de   natureza
fundiária, tendo, ao longo desse
período,      sido     feita    apenas     a
desapropriação de uma área de
28,42      hectares,     sem        que,   no
entanto,      tenha passado para o
domínio do Estado.




Há no Instituto Estadual de Florestas - IEF recursos da ordem de R$500.000,00
(quinhentos mil reais), do fundo de compensação ambiental, para iniciar o
processo de aquisição de terras para a implantação efetiva do Parque. O
processo de aprovação da aquisição, no entanto, está dependendo da
liberação da SEPLAG, segundo informam.


Recentemente, em 03/10/2006, foi assinado decreto estadual integrando o
Parque Estadual do Vale do Sumidouro ao Sistema Estadual de Unidades de
Conservação da Natureza e o declarando, novamente, de utilidade pública para
a desapropriação.




3.2.2 – A APA Carste

A importância arqueológica da APA Carste de Lagoa Santa é assegurada pelo
seu papel na história da ciência no Brasil. Trata-se de uma das mais
importantes províncias rupestres do país. Cerca de uma centena de sítios pré-
históricos entre abrigos sob rocha e sítios a céu aberto foram cadastrados pelo
departamento de arqueologia da UFMG. Daí sua importância turística e
científica.




                                                                            35
Deve-se considerar ainda a qualidade de seu relevo que, associado aos
processos dissolutivos provocados por
uma hidrografia com elementos fluviais
alternados,     ora   de    superfície       ora
subterrâneos, é responsável por uma
paisagem típica, com uma infinidade de
recursos cênicos, com destaque para as
grutas,   as    dolinas,   os   lagos    e   as
formações de “Mata Seca”, florestas
deciduais que se desfolham nos períodos
de estiagem.


Criada por Lei Federal a APA Carste teve
o seu zoneamento ambiental aprovado
pela Instrução Normativa Nº 01 de 17 de
dezembro de 1997 do IBAMA, que é
órgão responsável por sua administração.



3.2.3 – Parque Serra Verde

A proposta de se criar um parque na região do Hipódromo Serra Verde surgiu
pela primeira vez no Plano de Uso do Solo da Aglomeração Metropolitana,
elaborado pelo PLAMBEL e aprovado pelo Conselho Deliberativo da Região
Metropolitana em 1975.


A concretização da idéia hoje, se torna
possível em função de dois projetos de
impacto que estão previstos para a
região: o novo Centro Administrativo e a
Implantação do Distrito Industrial de
Venda Nova. O parque seria uma das
medidas    de     compensação      ambiental
previstas nos empreendimentos.



                                                                       36
Objetivamente o parque seria um importante fator de melhoria da qualidade
vida numa região densamente povoada, com população de baixa renda.




3.2.4 - APA Vargem das Flores

A APA foi criada pela Lei estadual
16.197/2006       e   ainda     não    foi
regulamentada. O objetivo de sua
criação       é   o   de    garantir    a
preservação de recursos hídricos, a
diversidade biológica, coordenar o
uso   e       ocupação     do   solo    e
desenvolver ações de recuperação
de áreas degradadas na bacia.


A APA se encontra nos municípios
de Betim e Contagem, sujeitas a leis
distintas de zoneamento. Por ocasião de aprovação dos planos diretores
municipais, ficou acertado entre os municípios que a área da bacia seria objeto
de leis específicas definidas em comum acordo. A maior ameaça que pesa
sobre a área é a expansão urbana a partir dos bairros Nova Contagem, Retiro
e Icaivera.




                                                                            37
3.2.5 – APE Ribeirão do Urubu


A área de preservação estadual do
Ribeirão do Urubu é constituída pela
bacia do mesmo ribeirão, tributária do
Ribeirão da Mata do lado oeste. Tem
ainda em seu território as bacias do
Ribeirão do Vau do Palmital e o
Córrego do Tijuco.


A área é cortada em sua cabeceira
pela BR 040, no distrito de Melo Viana
no município de Esmeraldas, onde
sofre   as   maiores   pressões    do
processo de reprodução de periferias. Inicialmente nessa região foram
implantados vários parcelamentos destinados a sítios de recreio. As pressões
do processo de reprodução de periferias a partir da região de Ribeirão das
Neves, especialmente do Bairro Veneza e outros semelhantes, alteraram as
características iniciais dessa área. A saída dos usuários dos sítios, em função
da perda de segurança, a região está sendo invadida pelo crescimento
periférico de baixa renda, com o reparcelamento das glebas iniciais em lotes
mínimos.




                                                                            38
3.3 – Empreendimentos de Inovação


3.3.1 – Re-qualificação do Aeroporto Internacional Tancredo Neves


No      Aeroporto         Internacional
Tancredo Neves, cuja revitalização
já está em curso com a transferência
dos   vôos    da      Pampulha   e   a
implementação da Linha Verde, está
sendo implementado o Aeroporto
Industrial. A Receita Federal já
homologou o espaço alfandegário e
a empresa Clamper Comércio e
Indústria, do setor eletroeletrônico,
deverá ser implantada brevemente
como projeto piloto. Na primeira fase estarão disponíveis 9 lotes, havendo
previsão de expansão para futuras etapas. Com a implantação do Anel de
Contorno, que liga o Aeroporto à MG 010, na altura da área onde deverá se
instalar o Pólo de Microeletrônica, e a Linha Verde estarão estabelecidos duas
importantes condições para a implementação do projeto.


Embora não fazendo parte do projeto do Aeroporto Industrial, já se encontra
instalado no local o Centro de Manutenção da GOL, com capacidade de
atendimento de 67 aeronaves, com previsão de ampliação do atendimento para
200 aeronaves. A atividade utiliza uma área de 40.000.00m², com 17.300,00m²
de área construída e gera atualmente 300 empregos diretos.


Somados os potenciais de impacto desses dois empreendimentos – Aeroporto
Industrial e o Centro de Manutenção da GOL, é previsível um significativo
aumento da demanda por lotes industriais e habitacionais no seu entorno, o
que deve ser equacionado no nível dos planos diretores dos municípios de sua
área de influência.




                                                                           39
3.3.2 – Pólo Industrial de Microeletrônica


A motivação principal do presente
Plano    de     Ações      Imediatas       é
maximizar os impactos positivos dos
investimentos     que,     a   partir     do
Aeroporto     Industrial   e   do    Centro
Administrativo, o Estado vem fazendo
na região. Nesse sentido, uma das
melhores possibilidades é a criação
de um Eixo de Desenvolvimento de
Alta Tecnologia, capaz de promover a
formação de arranjos produtivos de
Inovação Tecnológica no Vetor Norte
da RMBH. Ao desenvolver o Pólo
Industrial de Microeletrônica na região
de Lagoa Santa, o Estado, através do
INDI, assume uma postura pró-ativa com relação ao desenvolvimento do setor
de alta tecnologia, se lançando num mercado altamente competitivo. Isto
porque um parque tecnológico depende de um conjunto de fatores altamente
complexos que vão desde a qualidade de vida urbana, passando pela presença
de ativos paisagísticos, culturais e ambientais de qualidade, completa infra-
estrutura urbana e de serviços, ambiente acadêmico atualizado e dinâmico
capaz de criar sinergias entre ciência, tecnologia e mercado, além da logística
aérea de qualidade.
A região proposta para a localização do pólo, no município de Lagoa Santa,
reúne   condições        altamente      favoráveis   para   a   localização   de   um
empreendimento dessa natureza. Há, no entanto, que se preocupar com a
manutenção das características ambientais favoráveis que existem hoje,
cuidando-se de estabelecer instrumentos para a manutenção da qualidade
ambiental da área.


O Pólo Industrial de Microeletrônica se instalará num terreno 1,4 milhão de m²,
à margem da MG 010, a 10 km do Aeroporto Internacional Tancredo Neves,


                                                                                   40
nas proximidades do acesso para Lapinha, a partir de uma atividade âncora
que será, no caso, uma Fábrica de Semicondutores.


A exemplo de experiências correlatas em Taiwan e nos Estados Unidos, essa
fábrica, que será a primeira da América do Sul, deverá atrair mais de 200
empresas para seu entorno, gerando cerca de 37 mil empregos diretos e
indiretos de uma mão de obra altamente qualificada de engenheiros, cientistas,
mestres e Phds em eletrônica, química e física entre outras. O Pólo deverá
gerar investimentos de mais de um bilhão de dólares.


3.3.3 – Centro Administrativo do Estado de Minas Gerais


O Centro Administrativo do Estado
será localizado nos terrenos do antigo
Hipódromo Serra Verde. O Estado já
está de posse do terreno e com os
projetos   básicos   de   Arquitetura,
Instalações e Estrutura já elaborados.
Os projetos executivos estão previstos
para serem concluídos em dezembro.
Está em curso ainda o Estudo de
Impacto Ambiental que, entregues em
novembro, darão ensejo à contratação
do Projeto de Terraplenagem.


Há perspectiva de que os Processos de Licitações sejam iniciados em janeiro
de 2007, com previsão de assinatura dos contratos das obras em agosto. A
previsão de duração das obras é de 30 meses, com inauguração prevista para
setembro de 2009. Os investimentos iniciais serão feitos pelo Estado, até que
se obtenham resultados da engenharia financeira necessária para se ter a
participação do setor privado. Será feito um esforço concentrado na construção
dos prédios, uma vez que ainda estão sendo estudadas as alternativas de
acesso.



                                                                           41
Como 93% dos 16 mil funcionários que
devem ocupar as instalações do novo
Centro Administrativo residem em Belo
Horizonte, ainda que a Linha Verde tenha
a capacidade necessária para o fluxo de
veículos     previsto,     a        questão    exige
atenção especial para se evitarem as
retenções      e    congestionamento               nos
horários de entrada e saída do Centro.




3.4 – Outras Ações Modificadoras


3.4.1 – Parque Tecnológico PBH/UFMG


Iniciado em Dezembro de 2005 o Parque Tecnológico BH-TEC, é resultado de
uma parceria entre a UFMG, o Governo do Estado, Prefeitura de Belo
Horizonte,     Fiemg       e    Sebrae.       O
empreendimento             visa           reunir
empresas       dedicadas            a   produzir
inovações       tecnológicas,            abrigar
laboratórios       de      pesquisas          de
instituições públicas e privadas e
criar serviços de apoio às atividades
tecnológicas,       para       estimular      a
expansão econômica da cidade.


Tem    o       objetivo        de       fomentar
empresas       de       base        tecnológica
avançada       e    a     expectativa         de




                                                                     42
incrementar a produção científica na cidade, ampliando a absorção de mão de
obra qualificada e aumentando a interação da Universidade com outros setores
da sociedade. Cria-se condições portanto de viabilizar a transferência de
conhecimento para o setor empresarial e o desenvolvimento de novos
processos e produtos, aprimorando e ampliando a sinergia entre ciência e
mercado, fundamental para as mudanças de qualidade.


O centro está localizado em posição estratégica do Vetor Norte da RMBH,
entre as Avenidas Carlos Luz e José
Vieira    de    Mendonça       e       o   Anel
Rodoviário, em terreno de cerca de
185.000 m² pertencentes ao Campus
da UFMG. Os investimentos previstos
no período de implantação são da
ordem de R$ 60.000.000,00 (sessenta
milhões        de   reais),        e       terá,
basicamente,        um        Centro         de
Transferência de Tecnologia, uma
incubadora de empresas e outras
estruturas de apoio às empresas, com
um pequeno centro de conferências.




3.4.2 – Preconpark


O Preconpark é um empreendimento de iniciativa privada, estratégico para o
desenvolvimento que se pretende no Vetor Norte. Previsto para ocupar uma
área de cerca de 5.000.000,00m2, o empreendimento se localiza entre Pedro
Leopoldo, Confins, rodovia MG 424 e a área do Aeroporto Internacional
Tancredo Neves.


O projeto é composto de dois setores, o Norte e o Sul, atravessados pela
rodovia que liga a MG 424 ao aeroporto. O Setor Norte tem um Parque de
Negócios e dois parques residenciais. O Setor Sul tem previsto um Parque de


                                                                         43
Ciência e Tecnologia e mais dois parques residenciais. No Parque Tecnológico
haverá um Núcleo Empresarial, um
Núcleo        Central     e    um     Núcleo
Educacional (no qual já funciona a
Faculdade de Pedro Leopoldo). O
Parque de Negócios contará com
um       Centro         Internacional     de
Convenções         e     Exposições,      um
Centro de Comércio Exterior, um
Centro de Cargas e um Condomínio
Industrial.      Junto        aos    Núcleos
Residenciais, que são dotados de
Centros de Convivência, estarão
localizados um Clube Rural e um
Clube de Golfe. Haverá ainda um
Centro Esportivo dotado de Estádio,
Shopping,         Parque            Temático,
Conjunto Comercial e de Serviços e
Arena.


O objetivo principal é a criação de uma tecnópolis, onde os moradores,
usuários e investidores tenham oportunidade de trabalhar em espaço de
grande potencial cooperativo, num ambiente propício à inovação, com geração
de emprego e renda e com qualidade de vida.




3.4.3 – Porto do Rio Golfe Village Resort


O Porto do Rio Golfe Village Resort é um empreendimento que situa-se à
margem do Rio das Velhas, a cavaleiro da divisa entre os município de
Jaboticatubas e Lagoa Santa, a 30 km do Aeroporto Internacional Tancredo
Neves, com acesso pela MG 010. Pertence aos Circuitos Estrada Real, do
Ouro, das Grutas e da Serra do Cipó e estima-se que poderá gerar até 3000
empregos diretos e indiretos.


                                                                         44
Trata-se de um projeto visando à criação, em bela área natural preservada, de
um Complexo Turístico formado pelo hotel já existente na Fazenda das
Minhocas, um Resort de grande porte, voltado para esportes de elite, com
Campo de Golfe, Spa, Centro Hípico e Centro de Convenções e um loteamento
de luxo que pretende estabelecer um novo padrão para os parcelamentos da
região.


O projeto, voltado para o público de nível AA, nacional e internacional, é
comprometido com a preservação dos patrimônios ambiental, histórico e
cultural existentes na região, devendo o Resort Golfe abranger de 80 a 90
hectares e o parcelamento residencial de 240 a 260, parte dos quais já em
propriedade dos empreendedores.


Além de seus objetivos específicos, pode vir a ser de grande valia para a
solução das demandas por habitação e lazer de qualidade do pessoal a ser
empregado no Pólo Industrial de Microeletrônica. Os empreendedores já têm
opção de compra de parte dos terrenos necessários e estão na fase de atrair
outros investidores .




                                                                          45
3.4.4 – Distrito Industrial de Venda Nova


O Distrito Industrial de Venda Nova foi
um    empreendimento     de   iniciativa
particular que contou com o incentivo
da Prefeitura de Belo Horizonte em
sua fase inicial de aprovação. Com
uma    área    de   731.000,00m2      o
empreendimento, no entanto, não foi
implantado, tendo seu proprietário
descumprido             compromissos
assumidos com a municipalidade ao
não executar a infra-estrutura prevista
no    termo   de    compromisso      de
aprovação     do     empreendimento,
obrigando a Prefeitura a recorrer à
justiça, processo que retardou sua
implantação por mais de 10 anos.


Atualmente a PBH já está com a liminar de posse do terreno e a Sudecap já
elaborou orçamento preliminar para a implantação do distrito, que aponta para
valores entre oito e dez milhões de reais.


Recentemente foi promulgada a Lei Estadual 16.295 de 2006, que incluiu o
distrito Industrial de Venda Nova no Programa de Apoio ao Desenvolvimento
do Comércio Exterior do Aeroporto Internacional Tancredo Neves (Pró-
Confins), que visa incentivar o desenvolvimento ordenado dos municípios do
entorno do aeroporto, com incentivos para a implantação de atividades ligadas
ao comércio exterior, a cargas e serviços.




                                                                          46
3.4.5 - Distritos Industriais de Santa Luzia


São 4 os distritos Industriais de Santa Luzia:
   1- Distrito Industrial Simão da Cunha, Implantado em 1973, distante 11 km
      do centro de Santa Luzia, com uma área total de 2.844.525,00m2, se
      encontra sem disponibilidade de área para venda. Possui 34 empresas,
      na maioria de pequeno e médio portes, destacando-se a CVRD. Está
      localizado à margem esquerda da BR-262. Parte desse distrito se situa
      em Sabará.


   2- Distrito Industrial da Avenida
      das Indústrias, implantado em
      1973, com área 2.989.353m2
      com     área      disponível    para
      venda de 46.000,00m2, mas
      sem infra-estrutura. O distrito é
      ocupado     por     15   empresas,
      algumas     de     grande      porte,
      destacando-se o terminal do
      porto    seco      da    CVRD,     a
      Cecrisa, a Celite e um parque
      de exposições.


   3- Distrito Industrial da Rodovia MG-145 (Atual Avenida Oswaldo Ferreira),
      situado a 3 km do centro histórico de Santa Luzia foi implantado em
      1973. Tem uma área total de 1.288.080,00m2, sem área disponível para
      venda. Há duas glebas para expansão, desapropriadas, mas não
      indenizadas. É ocupada por duas agroindústrias, uma universidade
      (FACSAL), além da Cera Inglesa.




   4- Distrito Industrial de Carreira Comprida foi implantado em 1973, distante
      5 km do centro histórico de santa Luzia junto à Avenida Ângelo Teixeira
      da Costa no bairro de Carreira Comprida, com área total de


                                                                            47
1.577.272,00m2. Não há área disponível para venda, havendo, no
       entanto uma área remanescente de 194.453,00m2 sem condições de
       comercialização por depender de desmembramento da Cimentos
       Lafarge. O distrito tem 13 empresas instaladas, destacando-se a
       Moinhos Vera Cruz e a Forjas Acesita do grupo Krupp.


Todos os distritos de Santa Luzia foram implantados pela CDI-MG e estão
sujeitos ao licenciamento ambiental corretivo e à construção de Estações de
tratamento de esgotos ETEs.




3.4.6 – Distrito Industrial de Pedro
Leopoldo


O    Distrito   Industrial    de     Pedro
Leopoldo se situa a 3km do centro
urbano, às margens de MG-424,
junto à divisa com o município de
Matozinhos. Foi implantado em 1990
pela CDI-MG e tem uma área total
de       383.135,00m2.        Não       há
disponibilidade    de    terreno      para
venda,     existindo,    no        entanto,
diversos lotes vagos que foram
adquiridos pelo município e doados
para     empresas       que    não      se
instalaram. O Distrito está sujeito a
licenciamento ambiental corretivo e à construção de Estação de tratamento de
esgotos ETE.




                                                                         48
3.4.7 – Distrito Industrial de Vespasiano


O Distrito Industrial de Vespasiano foi implantado em 1980 pela CDI-MG, com
uma área total de 2.400.000,00m2 e tem uma área livre disponível para venda
de 14.880,00m2. O Distrito está sujeito a licenciamento ambiental corretivo e à
construção de Estação de Tratamento de Esgotos ETE.


3.4.8 – Centro Industrial de Ribeirão das Neves (CIRIN)


O Centro Industrial de Ribeirão das Neves (CIRIN) foi implantado pela
Prefeitura, numa área de 500.000,00m2. Vinte empresas estão instaladas,
gerando 1700 empregos diretos, e seis empresas estão em processo de
implantação. Não existe no centro, disponibilidade para novos assentamentos
industriais.


3.4.9 – Planos Diretores dos Municípios

Os Planos Diretores dos Municípios integrantes do Vetor Norte se encontram
em diferentes estágios de elaboração. Estão com os planos diretores
aprovados os municípios de Belo Horizonte, Capim Branco, Confins,
Matozinhos, Ribeirão das Neves e Santa Luzia. Estão ainda em processo de
elaboração ou discussão nas Câmaras de Vereadores os Planos Diretores dos
municípios de Esmeraldas, Lagoa Santa, Pedro Leopoldo, São José da Lapa, e
Vespasiano.


De modo geral, a tônica dos Planos Diretores dos municípios do Vetor Note foi
a preservação ambiental e a contenção do processo de crescimento
desordenado que se dá através do processo de reprodução de periferias. Nota-
se uma preocupação com a contenção dos perímetros urbanos, com o controle
das densidades e da verticalização. Essas preocupações são originadas das
discussões no âmbito do “COM 10”, evidenciando a importância dessa
associação para o Vetor Norte de RMBH.




                                                                            49
3.4.10 – Outros Projetos


Há ainda dois outros projetos que, a se confirmarem, serão fatores influentes
no processo de transformação do Vetor Norte. São eles:


A Catedral Metropolitana poderá vir a ser construída num terreno de 40 mil m²,
na Avenida Cristiano Machado, em frente ao Pronto Socorro de Venda Nova. A
Cúria Metropolitana já dispõe de estudos preliminares para o projeto
arquitetônico, elaborado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, mas não dá como
definitiva a localização uma vez que parte do terreno ainda está em processo
de negociação.


O   prefeito    de    Belo   Horizonte   apresentou   à   Infraero   proposta   de
reaproveitamento da área do Aeroporto da Pampulha, a partir de uma ligação
viária a ser feita, entre as Avenidas Pedro l e Cristiano Machado. Seriam
removidos      os    hangares,   construído   um   Shopping   Center    e   outros
equipamentos importantes para a cidade.
Por outro lado, a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico,
recebeu proposta de empresários do setor aeroviário, no sentido de se
desenvolver no local uma cadeia produtiva da Indústria aeronáutica da RMBH.




                                                                                50
3.5 – Ações em curso


Além das ações de impacto mais evidentes, há uma extensa relação de ações
do Estado e do setor privado, em diferentes estágios, distribuídos no Vetor
Norte.


3.5.1 – Setor Público


No setor público são de especial relevância para o Vetor Norte os seguintes
programas e projetos :3



Secretaria da Agricultura
         Ruralminas: Programa Estruturador de Revitalização do Rio São
         Francisco - recuperação e conservação da bacia dos rios das Velhas e
         Paraopeba, nos município de Ribeirão das Neves, Capim Branco, Lagoa
         Santa, Matozinhos e Esmeraldas.
         Emater: criação de 57 conselhos, associações e grupos de trabalho
         como locais para a discussão dos temas metropolitanos no meio rural.


Secretaria de Desenvolvimento Econômico
         Projeto Estruturador Plataforma Logística da RMBH
         Criação de cadeia produtiva da petroquímica na RMBH.
         Redefinição do Plano Diretor de Expansão do Aeroporto Internacional
         Tancredo Neves e adequação dos planos diretores dos municípios de
         sua área de influência.
         Criação do Grupo Executivo de Mudanças Climáticas para viabilizar
         projetos no âmbito do MDL (Mecanismos de Desenvolvimento Limpo),
         visando atrair recursos do Banco Mundial.
         INDI: investimentos privados nos municípios do Vetor Norte, com
         destaque para os setores Químico (4032 empregos), Eletroeletrônico

3
 Selecionados no documento “REGIÃO METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE – RELATÓRIO
DOS PROGRAMAS E PROJETOS DO GOVERNO DO ESTADO” , SEDRU, julho de 2006.


                                                                                51
(411 empregos), Comércio e Serviços (450 empregos), Têxtil (300
      empregos), Moveleiro, Automotivo e de Transportes Aéreos, entre
      outros.
      CEMIG: Implantação de 3 Sub-Estações em Ribeirão das Neves, 2 em
      Vespasiano. 3472 postes em Vespasiano e 2569 em outros municípios
      do Vetor Norte.


Secretaria de Desenvolvimento Regional e Política Urbana
      Programa de Desenvolvimento e Gestão da Região Metropolitana de
BH.
      Programa de capacitação para elaboração de Planos Diretores
Municipais.
      Programa de Fortalecimento do Associativismo Municipal: apoio à
      implantação de consórcio público.
      Controle de expansão urbana da RMBH através de convênio com o
      CREA para a        sistematização e fiscalização de processos de
      parcelamento.
      Ações de Saneamento Básico nos município da região
      COHAB: Programa Lares Gerais nos municípios de Ribeirão das Neves
      e Pedro Leopoldo


Secretaria de Ciência e Tecnologia
      Programa Estruturador de Inclusão Digital
      Implantação de Tele-centros em Ribeirão das Neves e Santa Luzia
      Informatização dos Centros Comunitários em locais públicos.


Secretaria da Educação
      Projeto Escolas em Redes


Secretaria de Meio Ambiente
      IGAM: Plano Diretor de Recursos Hídricos da Bacia do Rio das Velhas.
      FEAM: Instituição de RPPN no município de Pedro Leopoldo




                                                                         52
Secretaria da Cultura
      Projeto de restauração do Convento de Macaúbas


Secretaria da Saúde
      Obra de estruturação das Redes Assistenciais em Ribeirão das Neves e
      Santa Luzia
      Obras do Programa Viva Vida em Santa Luzia
      Obra na Unidade Regional em Pedro Leopoldo
      Obras do Pro-Hosp em Santa Luzia e Vespasiano


Secretaria de Transporte e Obras Públicas
      Ações decorrentes do Projeto Estruturador Plataforma Logística da
RMBH:
      Obras nos presídios: Ribeirão das Neves, ampliação da Penitenciária
      Dutra Ladeira, penitenciária de Santa Luzia, Colônia Penal de
      Vespasiano
      Centro Multieventos Risoleta Neves, em Vespasiano


3.5.2 – Setor Privado


Foram considerados os investimentos na produção industrial, seja para o
incremento de atividades existentes ou para a criação de novas atividades, a
partir da amostragem dos investimentos em processo de licenciamento nos
últimos cinco anos. 2


Em Belo Horizonte, dentre 148 processos de licenciamento ambiental, em
diversos estágios de andamento, foram destacados:
Na Regional Leste:
      Conjunto Residencial Porto Rico – MVR
      Conjunto Residencial Azaléia – MVR

2
 Selecionados no documento “EMPREENDIMENTOS EM PROCESSO DE LICENCIAMENTO
AMBIENTAL NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA MG 010 E MG 24 – LINHA VERDE”, Feam, agosto
de 2006.


                                                                               53
Plano Diretor Granja de Freitas - Urbel
      Conjunto Habitacional Granja de Freitas – Urbel
      Plano Diretor Taquaril – Urbel


Na Regional Nordeste:
      Loteamento Residencial – ASVAP
      Parcelamentos residenciais Goiânia e Jardins – PAR – Emcamp
      Laticínio – Itambé
      Parcelamento Bairro Jardim das Palmeiras – COHABITA
      Distrito Industrial Gorduras – Eduardo P. Campos
      Residencial Batalha dos Palmares I e II – Habit Empr. Imobiliários
      Conjunto Residencial Centaurus – MRV


Na Regional Noroeste:
      Conjunto Habitacional Quibebe - - SMAHAB
      Fabricação de peças e accessórios - Aethra
      Residencial Montes Claros – Asacop
      Estação de Integração da Lagoinha – BHTrans
      Indústria gráfica – Cartográfica Fênix
      Produção de tijolos refratários – Cepali
      Fabricação de produtos alimentares – Kodama
      Indústria textil – Industrial Horizonte Textil
      Indústria Gráfica – Lastro Editora
      Fábrica de refrigerantes – Mate Couro
      Fábrica de refrigerantes – Coca Cola
      Urbanização Vila Califórnia (Propam) – Urbel
      Conjunto Habitacional Via Expçressa – Urbel


Na Regional Norte:
      Parcelamento do Solo Vinculado - COHABITA
      Conjunto Residencial Berlim I e II – Andrade Valadares
      Industria de reciclagem de material plásticos – ASMARE
      Indústria de calçados – San Marino
      Estação de Integração e Centro Comercial Vilarinho – CBTU


                                                                           54
Residêncial Província de Vicenza-PAR- Direcional Engenharia
      Fábrica de artefatos de papel - Editora O Lutador
      Ampliação dos conjuntos Ipê Amarelo, Ipê Branco e Ipê Roxo – LCG
      Loteamento residencial Granja Werneck – Maria Helena Rocha
      Conjunto Residencial Jaquelile/Residencial das Flores – Urbel


Na Regional Pampulha:
      Indústria de produtos farmacêuticos – Belfar
      Estação de Integração Intermodal Pampulha – BHTrans
      Loteamento residencial – Construtora Modelo
      Indústria de estampagem e moldagem de peças – Fiat
      Fabricação de produtos alimentares – Frigorífico Modelo
      Loteamento residencial Bairro Castelo – Las Casas Empreendimentos
      Fabricação de artigos de marcenaria – Madeiras Agmar
      Fábrica de produtos químicos e farmacêuticos – Quibasa
      Fábrica de produtos alimentares – Sadia Concórdia
      Parque Ecológico Francisco Lins do Rego – SUDECAP
      Fabricação de concreto – Supremix
      Parcelamento vinculado ao Parque Tecnológico – UFMG
      Conjunto Habitacional Itatiaia – Urbel


Na Regional Venda Nova
      Conjunto Habitacional-PAR-Arquitetos Consultores Associados
      Conjunto habitacional-PAR- Construtora Encamp
      Estaçao de Integração Venda Nova – BHTrans
      Parcelamento residencial N. S. do Cenáculo – Construtora Modelo
      Mercado Central de Venda Nova - Ind. Bras. de Madeira e Ferro
      Conjunto Habitacional Jardim Leblon - Urbel




No município de Capim Branco, dentre 4 processos foram destacados:
      Loteamento - Abdalla Empreendimentos e Participações
      Loteamento Vivendas do Sol



                                                                          55
No município de Confins, dentre 27 processos foram destacados:
      Distrito Industrial Infraero
      Distrito Industrial Tecnoparque
      Loteamento Fazenda Busca Vida
      Extração de argila e beneficiamento de minerais não metálicos Lapa
Vermelha
      Fábrica de preparados para limpeza Kharis do Brasil


No município de Esmeraldas, dentre 14 processos foram destacados:
      Loteamento de Amarillys
      Usina de concreto asfáltico – Abril Construções e Serviços Ltda
      Beneficiamento de minerais não metálicos Fazenda Cafundó
      Laticínios Formiguinha


No município de Lagoa Santa, dentre 90 processos, foram destacados:
      Loteamento Lagoa Mansões
      Loteamento Moradas da Lapinha
      Loteamento Fazenda Contendas
      Loteamento Mirante do Fidalgo
      Loteamento Bairro Visão
      Fábrica de papelão – Casa Sol
      Fábrica de papelão - Dataprint
      Fábrica de papelão – Dell Papéis
      Fábrica de pap Fábrica de papelão
      Fábrica de papelão – Embalapack
      Fábrica de papelão – Imbalaggio
      Fábrica de papelão – Pinus
      Fábrica de papelão – Setorial
      Fábrica de papelão – Variepack
      Fábrica de cimento Soeicon
      Beneficiamento de resíduos industriais – Soeicon
      Extração e beneficiamento de calcário – Soeicon
      Lavra a céu aberto – Lapa Vermelha
      Fábrica de utensílios elétricos – Clamper


                                                                        56
Fábrica de aparelhos elétricos – VMI
      Fábrica de máquinas – B R Astec
      Fábrica de produtos de perfumaria – Fanape
      Fábrica de produtos farmacêuticos - Lema
      Fábrica de produtos químicos – Rotcel
      Indústria metalúrgica - MDE
      Indústria de borracha - Marangoni
      Produção de fundidos não ferrosos – Inael
      Manutenção de aeronaves - Gol
      Abatedouro – Frigorífico Gramado


No município de Matozinhos, dentre 61 processos foram destacados:
      Loteamento – Imobiliária Presidente
      Siderúrgica – Cifergusa
      Siderúrgica – Cosimat
      Fábrica de cimento – Lafarge
      Extração de pedras – Lafarge
      Extração e beneficiamento de calcário – Min. Resende
      Extração e beneficiamento de calcário - Belocal
      Metalúrgica -Thyssen Krupp
      Metalúrgica de não ferrosos - Hidromet
      Fábrica de abrasivos – Veja
      Fábrica de peças – Erva Dôce
      Fábrica de estruturas metálicas – Edgel
      Fábrica de material elétrico – Mecal Bras
      Fábrica de material elétrico - Cablelettra
      Beneficiamento de minerais não metálicos – Vila Rica
      Beneficiamento de pedras preciosas – Fragminas
      Britamento – Fragminas
      Beneficiamento de escória – Central Ibec
      Fabricação de estruturas metálicas – Edgel
      Recauchutagem – Figueiredo Ltda
      Fábrica de artefatos de borracha – Reciclap
      Transformação de termoplásticos – Mueller


                                                                    57
Fábrica de telhas – Operadora Ceramista
      Fábrica de laticínios – Minas Rancho
      Fábrica de cal virgem – Cal Neve
      Fábrica de papelão – Cepelma


No município de Pedro Leopoldo, dentre 278 processos foram destacados:
      Urbanização - Manoel Brandão
      Beneficiamento de resíduos industriais - Holcim
      Fábrica de cimento - Belum
      Fábrica de cimento - Camargo Correa
      Beneficiamento de resíduos industriais - Camargo Correa
      Beneficiamento de resíduos industriais - Holcim
      Beneficiamento de resíduos industriais - Recitec
      Lavra de minérios - Lapa Vermelha
      Fiação de algodão, seda e fibras - Franco Matos Tintextil
      Fábrica de estruturas de cimento - Precon
      Fábrica de produtos químicos - Analub
      Extração e beneficiamento de calcário - CBE
      Extração de pedras - Hélio Pereira
      Extração e beneficiamento de calcário - Holcim



No município de Ribeirão das Neves, dentre 54 processos foram destacados:
      Loteamento Alves e Neves Empreendimentos Imobiliários
      Loteamento - Contria Constr. Ltda
      Loteamento - Edifica Empreendimentos
      Loteamento - Vida Nova
      Extração de pedras -Santiago e Cia. Ltda
      Malharia Fabrica de tecidos - Ematex
      Curtimento de couro - Santelena Finicolor
      Moldagem de termoplásticos -Natália Ind. Comércio
      Fábrica de artefatos de papelão - Duloro
      Fábrica de móveis de metal - Sta. Tereza Industrial
      Beneficiamento de sucata - Sociedade Bras. De Sinalização


                                                                            58
Fábrica de estruturas de cimento - Forte Premoldados
      Produção de elementos químicos - Belquímica
      Fábrica de bebidas - Belo Horizonte Refrigerantes
      Fábrica de combustíveis e lubrificantes - DS Lubrificantes
      Fábrica de material cerâmico – Cerâmica Iolanda
      Fábrica de material cerâmico – Cerâmica Ipê
      Fábrica de material cerâmico – Cerâmica Jacarandá
      Fábrica de material cerâmico – Cerâmica Mabeth



No município de Santa Luzia, dentre 74 processos, foram destacados:
      Loteamento Novocentro – COHAB
      Loteamento - Eldorado Empreendimentos
      Loteamento – Metalcentro Ltda
      Extração de minério de ferro – CVRD
      Terminal de minério – CVRD
      Extração de minérios – Roca Brasil
      Extração de pedras – Sane Adm. e Serviços
      Extração de pedras – Mineração Engenho
      Fábrica de material cerâmico - Crecisa
      Fábrica de preparados para limpeza – Cera Inglesa
      Fábrica de cimento – Cimento Davi
      Fábrica de material plástico - Epex
      Fábrica de material elétrico – Molina
      Fábrica de móveis de madeira – Ieda Maria Sales
      Fábrica de papelão – Minas Papel
      Fábrica de rações - Nutriara
      Fábrica rações balanceadas - Prodap
      Fábrica de material cerâmico – Roca Brasil
      Reciclagem de materiais - Cibell
      Produção de Forjados de aço – Thyssenkrupp
      Produção de fundidos de metais não ferrosos – Usir-Usina
      Produção de elementos químicos – Phoster
      Beneficiamento de resíduos industriais – Placas Molina


                                                                      59
Beneficiamento de minerais não metálicos – Mineração Engenho
      Beneficiamento de resíduos industriais – Usir -Usina
      Abate de animais – Frigo Alvorada
      Torrefação e moagem de grãos – Moinho Vera Cruz
      Aparelhamento de pedras para construção - Stonart
      Complexo turístico e de lazer – Mega Space
      Usina de concreto – Concretomix


No município de São José da Lapa, dentre 16 processos, foram selecionados:
      Fábrica de produtos alimentares – Arte Nativa
      Fábrica de telhas – Cerâmica Xavier
      Fábrica de preparados para limpeza – Força Química
      Fábrica de preparados para limpeza – Max Clean
      Fábrica de cal – Ical
      Fábrica de cal - Belocal
      Fábrica de medicamentos – Laboratório Globo
      Fábrica de produtos farmacêuticos – Pharmascience
      Abate de animais – Açougue Viana
      Serralheria e fabricação de esquadrias – Presmaco


No município de Vespasiano, dentre 93 processos, foram destacados:
      Loteamento - Lotearte
      Loteamento - Gávea
      Fábrica de artefatos de borracha – União Ltda
      Fábrica de máquinas motrizes - Delp
      Fábrica de máquinas e equipamentos – Horácio Albertini
      Fábrica de produtos farmacêuticos – Catedral Ltda
      Fábrica de medicamentos fitoterápicos – Catedral Ltda
      Fábrica de artigos de metal – Locguel
      Fábrica e montagem de tratores - Mecan
      Fábrica de peças de cimento – Premo
      Fábrica de sabões – Stepan Química
      Fábrica de produtos de perfumaria - Floervas Biocos



                                                                         60
Serviços galvanotécnicos – Friomax Usina de concreto asfáltico – Real
Eng.
       Beneficiamento de café e cereais – Café Don Pedro
       Beneficiamento de resíduos industriais – Holaim Brasil
       Indústria metalúrgica – Cia. Semeato Aços Ltda
       Geração e fornecimento de energia elétrica – Cemig


No município de Jaboticatubas, dentre 8 processos, foram destacados:
       Loteamento Quintas do Almeida
       Loteamento Canto da Siriema




                                                                               61
Vetor norte - Bola da vez!
Vetor norte - Bola da vez!
Vetor norte - Bola da vez!
Vetor norte - Bola da vez!
Vetor norte - Bola da vez!
Vetor norte - Bola da vez!
Vetor norte - Bola da vez!
Vetor norte - Bola da vez!
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  • 1. PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO E GESTÃO DA REGIÃO METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE VETOR NORTE DA RMBH PROGRAMA DE AÇÕES IMEDIATAS
  • 2. ÍNDICE APRESENTAÇÃO....................................................................................... 2 1 – OBJETIVOS DO PROGRAMA DE AÇÕES IMEDIATAS ..................... 5 2 – CARACTERIZAÇÃO DO VETOR NORTE ........................................... 6 2.1 – Municípios Envolvidos........................................................................................ 6 2.2 – A Formação do Vetor Norte ................................................................................ 8 2.3 – O Sistema Viário Atual ..................................................................................... 14 2.4 - O Transporte Coletivo........................................................................................ 20 3 - OS PROGRAMAS E PROJETOS........................................................ 24 3.1 – Ampliação da Acessibilidade ............................................................................ 26 3.2 – Preservação de Ativos Ambientais .................................................................... 34 3.3 – Empreendimentos de Inovação.......................................................................... 39 3.4 – Outras Ações Modificadoras ............................................................................. 42 3.5 – Ações em curso.................................................................................................. 51 4 – PROPOSTAS PARA AÇÕES IMEDIATAS......................................... 62 4.1 – Desenvolvimento de Processos Participativos .................................................. 62 4.2 – A Retomada do Planejamento Metropolitano ................................................... 63 4.3 – O Plano Metropolitano de Transportes.............................................................. 64 4.4 – Programa de Saneamento Ambiental na Bacia do Ribeirão da Mata................ 65 4.5 – Programa de Controle do Uso do Solo .............................................................. 66 4.6 – Programa de Regularização Fundiária............................................................... 67 4.7 - A Preservação dos Ativos Ambientais ............................................................... 67 4. 8 – O Transporte Coletivo Sobre Trilhos ............................................................... 68 4.9 – O Transporte Coletivo por Ônibus .................................................................... 69 4.10 – Entorno do Centro Administrativo .................................................................. 70 4.11 – Revitalização dos Distritos Industriais ............................................................ 70 5 - ANEXOS .............................................................................................. 72 ANEXO I - AÇÕES IMEDIATAS ............................................................................ 72 ANEXO II - AÇÕES COMPLEMENTARES ........................................................... 84 ANEXO III - RESUMO DAS AÇÕES PRIORITÁRIAS E COMPLEMENTARES 94 6 – Bibliografia ......................................................................................... 96 7 – Equipe Técnica .................................................................................. 97 1
  • 3. APRESENTAÇÃO O Plano de Ações Imediatas para o Vetor Norte, priorizado pelo Estado através do Grupo de Governança Metropolitana, na realidade é um recorte do Programa de Desenvolvimento e Gestão da RMBH, objeto do Termo de Parceria assinado entre a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional e Política Urbana e o Instituto Horizontes. Dentro do escopo do citado programa o Vetor Norte está contemplado como uma das unidades de análise propostas. Nesse sentido, o Plano de Ações deve ser visto como o resultado da consolidação da visão dos atores, permeada pela visão técnica. Cabe, no entanto, ressaltar que dentro da metodologia proposta pelo Programa de Desenvolvimento e Gestão há necessidade de se obter o terceiro elemento que dará sustentabilidade ao Plano de Ações Imediatas: a construção da Visão Compartilhada com a Sociedade. A rigor o Plano de Ações Imediatas considera as seguintes dimensões na abordagem dos processos que ocorrem no Vetor Norte: a ampliação da acessibilidade local e regional, o desenvolvimento de empreendimentos de inovação tecnológica, a preservação de ativos ambientais, culturais e científicos e a gestão compartilhada a ser construída através de processos participativos. Há ainda que se preocupar com a Visão de Futuro da RMBH. Daí a necessidade da retomada do planejamento metropolitano não só para orientar e priorizar os investimentos públicos e privados na região, gerando cenários para a avaliação dos impactos desses investimentos, como para aprofundar o conhecimento sobre o seu território e os processos que determinam sua organização. A Visão de Futuro é um referencial importante para a mobilização e ativação de forças sociais e econômicas em torno de metas de desenvolvimento. 2
  • 4. Outra questão é a governança metropolitana. A gestão compartilhada exige uma clara definição de compromissos e metas e não há como imaginá-la sem concretização da vontade política. No caso específico, as ações propostas, no que se refere especialmente ao controle integrado do uso do solo, não podem prescindir do comprometimento de todos os atores, não só os que licenciam (Prefeituras, órgãos do Estado e da União) como os que fornecem os serviços básicos (COPASA, CEMIG, DER, GASMIG, EMBRATEL, Telefônicas, etc.). Não há como se imaginar um controle do uso do solo sem fiscalização e com as agências públicas implantando serviços em loteamentos ou empreendimentos não licenciados. Para o desenvolvimento do trabalho foram realizadas reuniões com representantes dos seguintes órgãos e empresas: Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional e Política Urbana Secretaria de Estado de Planejamento e Coordenação Geral Secretaria de Estado de Transporte e Obras Públicas Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável Fundação Estadual do Meio Ambiente - FEAM Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis – IBAMA Instituto Estadual de Florestas - IEF Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais – DER/MG Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais – CODEMIG Instituto de Desenvolvimento Integrado de Minas Gerais - INDI Empreendedores do Projeto Porto do Rio Golfe Village Resort Empreendedores do Projeto Preconpark Representantes dos Municípios que compõem o COM 10 Lume Ambiental e Mil Consultoria Comitê da Bacia do Rio das Velhas – Projeto Manuelzão Foram ainda mantidos contatos com representantes dos seguintes órgãos: Secretaria Municipal de Regulação Urbana de Belo Horizonte 3
  • 5. Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Belo Horizonte Secretaria Municipal da Coordenação de Gestão Regional Venda Nova Secretaria Executiva do COMAM de Belo Horizonte Associação Mineira de Defesa do Meio Ambiente - AMDA COPASA Instituto de Geociências Aplicadas de Minas Gerais – IGA Fundação João Pinheiro 4
  • 6. 1 – OBJETIVOS DO PROGRAMA DE AÇÕES IMEDIATAS Os objetivos básicos a serem perseguidos pelo Plano de Ações Imediatas são: 1- Identificar programas, projetos e ações de relevância metropolitana, de responsabilidade dos agentes públicos, privados ou da sociedade civil, em processo de formulação ou de implantação no Vetor Norte da RMBH. 2- Caracterizar e avaliar os investimentos públicos e privados de relevância, tanto no provimento da infra-estrutura (habitação, saneamento, sistema viário e de transporte, etc.) quanto no setor produtivo (geração de emprego e renda) e seus impactos no uso do solo e no meio ambiente. 3- Promover a sinergia e a articulação entre os atores visando nivelar as informações sobre os processos em curso no Vetor Norte e capacitá-los para o desenvolvimento de ações integradas e compartilhadas, ao nível do aprofundamento do conhecimento, do desenvolvimento de projetos e ações estratégicas e da construção da visão de futuro. 4- Identificar medidas emergenciais e ações estratégicas necessárias para garantir o uso adequado do solo, enfocando aspectos relacionados ao controle e preservação dos ativos ambientais, bem como as medidas administrativas e legais que possam ser acionadas para o controle do processo de urbanização e reprodução de periferias. 5- Identificar novos planos, programas e estudos a serem desenvolvidos, visando aprofundar o conhecimento sobre a região e aperfeiçoar os mecanismos de controle sobre os processos que determinam sua organização, identificando potencialidades e limitações 5
  • 7. 2 – CARACTERIZAÇÃO DO VETOR NORTE . 2.1 – Municípios Envolvidos A partir do centro metropolitano, a dimensão territorial do que chamamos Vetor Norte da RMBH, envolve os seguintes municípios: - Belo Horizonte (centro metropolitano e setor norte do município, abrangendo as regionais Pampulha, Venda Nova, Leste, Noroeste, Norte, e Nordeste); - Ribeirão das Neves; - Santa Luzia (especialmente a região de São Benedito); - Esmeraldas (parte do município situada na bacia do Ribeirão da Mata); - Vespasiano; - São José da Lapa; - Pedro Leopoldo; - Matozinhos; - Capim Branco; - Confins; - Lagoa Santa; - Jaboticatubas (parte do município junto ao Rio das Velhas); - Betim (Vargem das Flores ao longo do Anel Viário de Contorno Norte); - Contagem (Vargem das Flores ao longo do Anel Viário de Contorno Norte); - Sabará (ao longo do Anel Viário de Contorno Norte); O envolvimento dos municípios de Betim, Contagem e Sabará no conjunto do Vetor Norte se dá em função do projeto do Anel de Contorno Norte, que terá um impacto significativo no Vetor Norte. 6
  • 8. A inclusão do município de Esmeraldas se deu em função do comprometimento de parte de seu território com a sub-bacia do Ribeirão da Mata, unidade 7
  • 9. ambiental de referência do Vetor Norte. Esse conjunto de municípios, excetuando Belo Horizonte, Contagem, Betim, Sabará e Jaboticatubas, está localizado na sub-bacia do Ribeirão da Mata e constituem um consórcio com o objetivo de solucionar problemas comuns de saneamento na sub-bacia. Essa organização é positiva para o Programa na medida em que revela um nível avançado de organização associativa entre os municípios, que pode ser aproveitado no sentido de ampliar o foco das atenções para além das questões simplesmente de saneamento, buscando englobar questões relacionadas ao desenvolvimento sustentável da região e as possibilidades de se criar mecanismos de gestão compartilhada de seu território. 2.2 – A Formação do Vetor Norte A ocupação e o desenvolvimento do Vetor Norte se deram em função da criação do Complexo da Pampulha na década de 50, empreendimento do Estado que buscava resgatar o caráter simbólico de Belo Horizonte como cidade moderna e progressista, através de investimentos em ativos ambientais e culturais. Além dos projetos arquitetônicos modernistas, foram estabelecidas normas urbanísticas específicas para a região, com restrições para as dimensões mínimas dos lotes (1.000m²), e limitações para usos não residenciais, admitindo-se apenas o uso residencial unifamiliar. As normas urbanísticas propostas associadas à valorização dos imóveis em função da beleza cênica propiciadas pelo espelho d’água e pelas obras de Niemeyer, transformaram o conjunto da Pampulha em referência nacional e internacional. Inicialmente, o dinamismo dessa região se sustentou na acessibilidade criada com a abertura da Avenida Antônio Carlos e na concentração de grandes equipamentos institucionais como o 8
  • 10. Complexo Turístico da Pampulha, o campus da UFMG, o Aeroporto da Pampulha, o zoológico, o Mineirão, horto florestal e as instalações da RFFSA no Horto e na atração que exercia a região Cárstica de Lagoa Santa, na época já um pólo de interesse científico, paisagístico, turístico e de lazer. Posteriormente houve a implantação da Avenida Cristiano Machado e do Aeroporto Internacional Tancredo Neves, que na década de 80 consolidaram o eixo norte na estrutura urbana da Metrópole. Recentemente houve a extensão do trem metropolitano até o Vilarinho, intervenção que, em curto prazo, irá reforçar o centro metropolitano de Venda Nova. A estrutura de acessibilidade formada pelas Avenidas Antônio Carlos e Cristiano Machado (ambas atualmente com obras de melhorias), reforçada pelo trem metropolitano, e as obras de despoluição e recuperação da Lagoa da Pampulha, tendem a impulsionar esse eixo nas próximas décadas, reforçando e ampliando suas centralidades, promovendo assim um maior equilíbrio na estrutura urbana da GBH. Soma-se a este quadro um conjunto de ações de iniciativa do poder público, tanto ao nível da ampliação de sua capacidade articuladora (Grupo de Governança, integração de ações), da melhoria da acessibilidade interna e externa (infra-estrutura viária), da ampliação das possibilidades de formação de arranjos produtivos de inovação (Pólo de Microeletrônica, Aeroporto Internacional Tancredo Neves), associados à preservação de ativos ambientais científicos e paisagísticos de importância (APA Carste, Parque de Sumidouro), fundamentais para a consolidação de um processo de desenvolvimento sustentável para a região. Podemos segmentar o eixo norte em quatro trechos distintos, em função das características de sua ocupação e dos processos que presidem sua organização: o primeiro segmento, constituído pelos trechos das Avenidas Antônio Carlos e Cristiano Machado, entre o centro metropolitano e o Anel Rodoviário; o segundo segmento será o compreendido pela região da Pampulha, do bairro São Francisco, junto do Anel Rodoviário, até o bairro 9
  • 11. Itapoã, ao norte da barragem; o terceiro segmento seria o constituído pelas regiões polarizadas pelo centro metropolitano de Venda Nova e o quarto seria o da região Cárstica, polarizada pelo Aeroporto Internacional Tancredo Neves. A parte da Avenida Antônio Carlos compreendida no primeiro segmento não apresenta o dinamismo típico de centralidades que geralmente se formam ao longo de corredores de tráfego. Demonstra sinais visíveis de decadência, principalmente em suas edificações, que não se renovaram e não sofreram quaisquer reforma, pelo menos nos últimos quarenta anos. Pode-se creditar à ausência de centralidades significativas neste segmento a proximidade do centro metropolitano, o nível de renda da população dos bairros adjacentes e as ameaças de desapropriações para alargamento, que sempre pesaram sobre os terrenos lindeiros à Avenida. Este quadro tende, no entanto a se alterar em função das obras de melhorias na Avenida que, naturalmente, além de aumentar a acessibilidade, afastam as possibilidades de novas desapropriações. Já o segmento da Avenida Cristiano Machado neste trecho apresenta características distintas. Por ter sido implantada mais recentemente, isolada do centro metropolitano pelo Túnel da Lagoinha e cortar uma região cujos bairros adjacentes abrigam população de melhor nível de renda já apresenta o dinamismo típico dos corredores de tráfego. Ocorrem centralidades significativas, com destaque especial para o complexo formado em torno do Minas Shopping e do bairro Cidade Nova. A implantação da Linha Verde irá ampliar a acessibilidade na região, melhorando as condições de articulação e integração de diversos bairros. A parte da Avenida Antônio Carlos entre o Anel e o bairro Itapoã apresenta características diferentes do segmento anterior. A melhor condição de circulação propiciada pela duplicação da caixa da Avenida favorece a formação de centralidades ao possibilitar a separação do tráfego de passagem do tráfego local. As dificuldades para o surgimento de centralidades ficam por conta da presença de grandes equipamentos, gerando uma baixa densidade de população residente. Mesmo assim há concentrações geradoras de 10
  • 12. centralidades, de baixa complexidade, como as atividades industriais e de serviços do bairro São Francisco, as atividades comerciais nas proximidades da barragem, no bairro Itapoã e em trechos da orla da represa. No geral há um maior grau de dispersão das centralidades neste segmento, que passa a contar com outras vias de articulação, como as Avenidas Carlos Luz, Tancredo Neves e Alípio de Melo, após o Anel Rodoviário, a Avenida Portugal após a barragem e a própria Cristiano Machado. A falta de coesão e as descontinuidades provocadas pelos usos de grandes equipamentos reforçam a dispersão, que de certa forma impedem o surgimento de centralidades de importância ao longo deste segmento. No entanto não deve ser negligenciado o efeito modificador que certamente provocarão as obras de melhoria da Avenida Antônio Carlos, em curso pela PBH, e a implantação da Linha Verde pelo Estado. O que marca o terceiro segmento do eixo norte é o centro metropolitano de Venda Nova, articulador de uma extensa área com extraordinário crescimento populacional e que, ao longo dos últimos 50 anos se constitui no espaço preferencial do processo de reprodução de periferias, abrigando os excluídos do processo de metropolização que, ao longo desse tempo, concentrou os investimentos produtivos no eixo oeste. O crescimento populacional ocorrido nas regiões de Venda Nova, Justinópolis em Ribeirão das Neves, e São Benedito em Santa Luzia, provocaram a formação de uma centralidade de função metropolitana, que articula uma imensa região com os maiores índices de exclusão social e de pobreza do aglomerado. O último segmento Vetor Norte é constituído pelo conjunto dos municípios que se situam no entorno do Aeroporto Internacional Tancredo Neves, especialmente os de Lagoa Santa, Vespasiano, São José da Lapa, Pedro Leopoldo e Confins. Compõem o principal foco das atenções do presente Plano de Ações Imediatas. Foram os Investimentos previstos nas áreas de influência desses municípios, tanto pelo poder público quanto pela iniciativa privada que despertaram a atenção para essa região e, consequentemente, a necessidade 11
  • 13. de se elaborar um Plano de Ações Imediatas, com o objetivo de integrar e organizar as ações modificadoras, no sentido de um desenvolvimento sustentável. Alguns aspectos chamam a atenção, com relação às possíveis conseqüências de um processo e expansão desordenada nessa região: o primeiro deles está relacionado às características do processo de reprodução de periferias ocorrido na região de Ribeirão das Neves (Justinópolis) e Santa Luzia (São Benedito), processo que hoje se constitui numa ameaça para o conjunto dos municípios da região Cárstica. As taxas médias anuais de crescimento populacional verificadas nos municípios do Carste, associadas à proximidade deles em relação à Ribeirão das Neves (Justinópolis) e Santa Luzia (São Benedito) são um alerta nesse sentido. Pode-se constatar e é visível hoje, a existência de um eixo de formação de periferias a partir de Neves, ao longo do vale dos ribeirões das Neves e Areias, em direção a Pedro Leopoldo. 12
  • 14. TAXA DE CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO – MUNICÍPIOS DO VETOR NORTE 1960/1970 1970/1980 1980/1991 1991/2000 RMBH 5,63 4,51 2,51 2,39 Belo Horizonte 5,94 3,73 1,15 1,15 Capim Branco 2,80 1,74 2,32 2,47 Confins 1,12 1,64 2,82 4,86 Jaboticatubas -0,40 -0,50 0,86 0,69 Lagoa Santa 2,12 3,59 4,08 3,99 Matozinhos 2,70 6,44 3,48 2,76 Pedro Leopoldo 2,35 3,80 3,02 2,93 Ribeirão das Neves 4,27 21,36 7,16 6,18 Santa Luzia 7,09 9,00 7,87 3,32 São José da Lapa 7,26 -0,35 9,09 Vespasiano 4,08 7,26 9,37 5,30 Fonte: 1960/70 – Instituto Horizontes 1970/80, 1980/91, 1991/2000 - Fundação João Pinheiro Outra preocupação é o conjunto de investimentos previstos para o Vetor Norte, tanto pelo Estado como por agentes privados e da sociedade civil que, numa perspectiva de consolidação de um eixo de inovação tecnológica no Estado, há que ser pensado de forma integrada, na perspectiva do desenvolvimento sustentável. Dentro dessa visão busca-se com o Programa evitar a repetição de experiências passadas, como a que ocorreu com o Vetor Oeste da RMBH na década de 70, por ocasião de implantação do complexo automotivo da Fiat e de uma série de investimentos em melhorias na malha viária e de transportes. Naquela oportunidade o desenvolvimento desordenado anulou em grande parte os benefícios dos investimentos públicos e privados realizados na região, tendo sido responsável pelo desenvolvimento e formação do mais agudo processo de reprodução de periferias de que se tem notícia, principalmente em Ribeirão das Neves e Ibirité. 13
  • 15. E finalmente temos a questão ambiental que dadas as características peculiares da região, caracterizada pela presença do complexo ambiental do Carste, é imprópria para a ocupação urbana intensiva em função da fragilidade de suas estruturas calcárias, sujeitas à dissolução por drenagens subterrâneas. Sem considerar a importância que a região representa como ativo ambiental, paisagístico, histórico, cultural, turístico e científico em função do seu acervo de grutas, dolinas, lagos naturais, sítios arqueológicos e, principalmente, devido à presença da “Mata Seca”, formação de floresta decidual típica da região, que se desenvolve nos sítios calcários com deficiências hídricas e que tem como característica principal o desfolhamento da maioria das árvores na estação seca. È baseado nesse tripé de preocupações que o Programa de Ações Imediatas para o Vetor Norte da RMBH pretende fundamentar suas propostas, visando a promoção de um processo organizado de ativação de forças políticas, econômicas e sociais, na promoção do desenvolvimento sustentável da metrópole e na construção de uma visão compartilhada de futuro. 2.3 – O Sistema Viário Atual 2.3.1 - Rodovia Prefeito Américo Gianetti – MG 010 (Via Norte) Foi implantada em 1975 para fazer a ligação entre Belo Horizonte e Pedro Leopoldo. Juntamente com a Avenida Presidente Juscelino Kubitschek, (Via Urbana Leste Oeste). Foram as primeiras vias estaduais em pista dupla, construídas com pavimentação de concreto rígido. É composta pela MG 010, que liga Belo Horizonte a Lagoa Santa e ao Parque Nacional da Serra do Cipó, e pela MG 424, antiga estrada para Sete Lagoas, que deriva da MG 010 na região conhecida como Confisco. Na época de sua implantação a principal via de acesso à região Norte era a Avenida Dom Pedro I, continuação da Avenida Antônio Carlos após a Barragem da Pampulha. A rodovia Prefeito Américo Gianetti, veio constituir no 14
  • 16. prolongamento desse sistema Com a extensão da Avenida Cristiano Machado após o anel Rodoviário, criou-se uma interseção entre as duas vias, tornando- se diretriz principal a ligação da Avenida Cristiano Machado com a rodovia Prefeito Américo Gianetti. Com duas faixas de tráfego, acostamento de 3,75m de largura, canteiro central de largura média de 18m, sem interseções em nível e com raios mínimos da ordem de 400m, foi classificação na época como via expressa. O pavimento de concreto rígido, entretanto, não se mostrou uma alternativa estratégica, uma vez que as dificuldades de manutenção face ao tráfego de caminhões com carga acima do permitido, especialmente transportadores de areia da região de Pedro Leopoldo para a construção civil em Belo Horizonte, ensejaram reparos utilizando o pavimento asfáltico, o que foi gradativamente alterando a condição de pavimento de diversos trechos da via. Apresenta hoje um volume médio diário anual de tráfego da ordem de 40.000 veículos e está sendo totalmente remodelada, com a implantação do programa Linha Verde. 2.3.2 - Rodovia MG 424 Ligando Belo Horizonte a Sete Lagoas a rodovia MG 424 inicia-se na MG 010 no extremo norte da capital, passando pelas cidades de Pedro Leopoldo, Matozinhos e Prudente de Morais, até chegar a Sete Lagoas. Como parte da Via Norte a antiga estrada para Sete Lagoas ampliada até Pedro Leopoldo em 1975, tendo sua seção sido duplicada com a implantação de pista dupla com pavimento asfáltico. O tráfego de veículos pesados e a falta de manutenção, no entanto, degradaram a rodovia ao longo dos anos. 2.3.3 - Avenida Cristiano Machado A Avenida Cristiano Machado é a principal via de acesso às regiões norte e nordeste da Região Metropolitana. Originalmente denominada Avenida Cosmópolis, recebeu investimentos ao longo das últimas duas décadas que a levaram até o início da rodovia Prefeito Américo René Gianetti, (MG 424), que juntamente com a MG 010 fazem a ligação com as cidades de Santa Luzia, 15
  • 17. Vespasiano, Lagoa Santa, Jaboticatubas, Pedro Leopoldo, São José da Lapa, Matozinhos, Capim Branco e Confins. A Avenida Cristiano Machado permite também o acesso a Ribeirão das Neves, através da Avenida Vilarinho, e a Caeté, Santa Luzia, Sabará, Taquaraçu de Minas e Nova União pelo Anel Rodoviário. A ligação com a cidade de Santa Luzia se fazia inicialmente pela rua Jacuí, passando pelo bairro da Floresta. Com a implantação do primeiro túnel da Lagoinha, em 1971, esse percurso passou a ser feito pela Avenida do Contorno, passando pelo túnel e seguindo pela Avenida Cosmópolis até o seu final na rua Maura, no bairro Ipiranga, onde o tráfego se desviava e retornava à rua Jacuí. Em 1978 a implantação da Avenida Cristiano Machado, com pista exclusiva para ônibus em seu canteiro central, foi incluída no programa de financiamento do Banco Mundial, denominado EBTU/BIRD I. A nova Avenida foi implantada em 1981, iniciando-se no emboque norte do túnel da Lagoinha e indo até o Anel Rodoviário, na época em duplicação. Em 1983 o BNDES iniciou o denominado Programa de Transporte de Capacidade Intermediária, voltado à implantação de trólebus em diversas cidades brasileiras. Belo Horizonte foi incluída no programa, com a duplicação do túnel da Lagoinha e a extensão da Avenida Cristiano Machado até a MG 010, em Venda Nova, em trincheira sob a Avenida Pedro I na Avenida Vilarinho. Em 1995 foi negociado financiamento do Banco Mundial para extensão do Trem Metropolitano do bairro São Gabriel até a Avenida Vilarinho, utilizando o trecho da pista exclusiva de ônibus da Avenida Cristiano Machado entre a Avenida Sebastião de Brito e a Avenida Vilarinho, alterando-se o traçado da trincheira de acesso à Avenida Vilarinho. Além de sua função de ligação metropolitana e articulação da capital com a malha rodoviária, a Avenida Cristiano Machado desempenha um importante 16
  • 18. papel nos sistemas de transporte público, municipal e metropolitano. Já na sua implantação em 1981, tinha uma pista exclusiva para ônibus, ligando a Área Central à Avenida Vilarinho, em Venda Nova. Este papel foi reforçado em 2001 com a implantação da linha do metrô até a estação de integração do Vilarinho, a partir da Avenida Sebastião de Brito, Desde sua implantação a partir dos estudos metropolitanos realizados pelo PLAMBEL na década de 70, estava previsto a gradativa substituição dos cruzamentos em nível por cruzamentos em desnível, com implantação de obras de arte como trincheiras e viadutos, de forma a permitir que o tempo de percurso dos veículos, tanto de transporte público quanto privado, pudesse ser mantido em condições aceitáveis. A avenida suporta diariamente cerca de 60.000 veículos. A reativação do Aeroporto Internacional Tancredo Neves deu à Avenida Cristiano Machado uma importância estratégica, fazendo que o que fora previsto em todos os planos de transporte e trânsito se transformasse em prioridade para o Governo do Estado e Prefeitura de Belo Horizonte, resultando na implantação do programa denominado Linha Verde. 2.3.4 - Avenida Pedro I A Avenida Pedro I, classificada como via arterial, é a continuação física da Avenida Antônio Carlos, a partir da barragem da Pampulha, em direção ao norte. Com 3,76km de extensão, apresenta seção transversal média de 27 metros, com duas pistas de sentidos contrários com três faixas de tráfego por sentido, separadas por canteiro central. 17
  • 19. 2.3.5 - Avenida Antônio Carlos Implantada em 1952, para substituir a antiga estrada da Pampulha, hoje Rua Itapetinga, a Avenida Antônio Carlos liga a área Central à barragem da Pampulha. Com 7,6km de extensão, sua configuração física está em processo de transformação, pela implantação de alargamento de seção, implantação de pista exclusiva de ônibus no seu eixo e interseções em desnível. Possivelmente é a avenida que mais vezes sofreu alterações de traçado para ampliação de capacidade em Belo Horizonte. Sua implantação na década de 50 coincide com a implantação do Conjunto da Pampulha. A partir daí sofreu várias alterações. A primeira delas ocorreu, ainda, na década de 50, com a criação de pistas laterais no trecho entre o anel rodoviário e a Avenida Santa Rosa, na Pampulha. Em 1968 foram as alterações resultantes da implantação dos viadutos A e B, no entorno do Terminal Rodoviário. Com o programa EBTU-BIRD em 1983, ocorre o alargamento de pista com estreitamento do canteiro central. Em 1992 há a implantação de passarela de pedestres em frente ao IAPI. Em 1994 tem-se a implantação da extensão do viaduto A e alargamento da seção da Avenida na Lagoinha. Em 1998 ocorre a redução do canteiro central e adequação do traçado em partes do trecho entre a Lagoinha e o Anel Rodoviário, próximo ao IAPI, entre a Avenida Américo Vespúcio e Rua Manoel Gomes. Em 2004 é implantada a trincheira da Avenida Santa Rosa. Em 2006 temos o início da duplicação do trecho entre o Anel Rodoviário e a Rua Aporé e construção da trincheira ligando as Avenidas Américo Vespúcio e Bernardo de Vasconcelos. 2.3.6 - Anel Rodoviário O Anel Rodoviário de Belo Horizonte foi implantado em 1957 para evitar o atravessamento do sistema viário urbano pelo tráfego rodoviário. É gerenciado pelo DNIT, o Anel Rodoviário consiste na sobreposição de trechos das rodovias BR 262 (Vitória – Uberaba); BR 381 (São Paulo – Governador Valadares) e BR 040 (Rio – Brasília). A princípio foi construído como uma rodovia simples, de 18
  • 20. pista única, com apenas uma faixa por sentido, articulando-se em interseções de um ou dois níveis com o sistema rodoviário e com as principais vias urbanas. Sua extensão de 26,7 km, desde Olhos D’água, na saída para o Rio de Janeiro, até o bairro Nazaré, na ligação para Sabará e saída para Vitória. Duas interseções em desnível foram construídas, na Avenida Amazonas e na Avenida Antônio Carlos, principais vias arteriais municipais da época. Com o processo de expansão da mancha urbana o Anel Rodoviário se transformou numa “avenida” de alta densidade de tráfego, com plena acessibilidade pelo sistema viário local, independente da categoria das vias, e com um grande número de interseções em nível totalmente sem controle. Isto levou o DNER a transformá-lo, na década de 70, numa via expressa formada por um sistema central de duas faixas contínuas de tráfego por sentido e um sistema de marginais, também com duas faixas de tráfego por sentido, construídas apenas em parte do trecho e articulando-se com o sistema viário local. Esta articulação se fez em duas formas. Uma com transposição da via central em interseções em desnível, com articulação através das vias marginais ou diretamente com a via central, em locais em que não foi possível a construção das marginais. Outra sem transposição da via central, em interseções em “T” do sistema viário local com as pistas marginais, onde existissem, ou diretamente com a pista central. Em função do aumento de tráfego e da conseqüente redução dos níveis de serviço o Anel recebeu alterações de geometria, com a incorporação de uma terceira faixa de tráfego na via central. No entanto essa ampliação só foi possível em trechos, já que as primeiras obras de arte não previam necessidades futuras de alargamento da pista. As marginais foram assim, interrompidas, em função de três tipos de problemas: insuficiência de seção transversal na plataforma de viadutos, insuficiência de seção transversal sob o viaduto de transposição ferroviária e permanência de pilares no alinhamento da terceira faixa. Em função de convênio celebrado entre os governos Federal, Estadual e 19
  • 21. Municipal, o Anel recebeu, ao longo dos últimos anos, algumas melhorias e alguns serviços de manutenção: a implantação pelo Estado de iluminação com luminárias de vapor de sódio, a construção pela PBH de passarelas para pedestres e a recuperação do pavimento, em convênio entre a PBH e o DNIT. 2.3.7 – Avenida Vilarinho A Avenida Vilarinho resultou da canalização do córrego de mesmo nome e liga a Avenida Cristiano Machado ao bairro Letícia. No bairro Letícia ela se encontra com a Rua Padre Pedro Pinto e se articula com a Avenida Civilização, que segue para Ribeirão das Neves. É uma via arterial com 4,03km de extensão, uma seção transversal média de 36 metros e duas pistas de sentidos opostos, com duas faixas de tráfego. O canteiro central de 16 metros de largura foi projetado para receber pista exclusiva de ônibus, à semelhança da Avenida Cristiano Machado. Hoje é a diretriz para o prolongamento do Trem Metropolitano até Justinópolis. 2.4 - O Transporte Coletivo A Região Metropolitana de Belo Horizonte teve seu crescimento, a partir da década de 80, fortemente influenciado pelo sistema de transporte coletivo por ônibus, especialmente pela política tarifária adotada. A impossibilidade de se obter subsídios externos para o transporte coletivo, levou os gestores em todo o Brasil, a buscar formas de subsídios internos, possibilitando, de uma forma cruzada, que a população de renda mais alta subsidiasse a população de renda mais baixa, num processo que recebeu na RMBH o nome de Câmara de Compensação Tarifária. Historicamente as populações periféricas tiveram seu crescimento populacional limitado pela antiga metodologia de cálculo do preço das passagens de ônibus, que consistia basicamente na divisão dos custos das linhas pelo número de passageiros que as utilizavam. Este custo era de certa forma, proporcional à distância do deslocamento. Morar em áreas periféricas e distantes significava 20
  • 22. arcar com um custo mais alto de transporte para se atingir os locais de emprego, o que funcionava como variável limitadora do crescimento da mancha urbana metropolitana. A Câmara de Compensação Tarifária implantada na década de 80 veio alterar esse quadro ao possibilitar que as linhas mais curtas, teoricamente servindo às populações de renda mais alta, cobrassem tarifas mais altas que o seu custo por passageiro. O superávit obtido subsidiava as linhas com deslocamentos mais longos, que poderiam, por sua vez, cobrar tarifas mais baixas que o custo por passageiro. Esse mecanismo alterou significativamente o processo de ocupação das periferias, na medida em que reduziu de forma significativa o custo da passagem para os deslocamentos maiores, incentivando assim a ocupação e o adensamento em áreas distantes. A intensidade do processo de reprodução de periferia ocorrido na RMBH, especialmente nas regiões de Ribeirão das Neves e Ibirité a partir das décadas de 80 e 90 é até certo é fruto desse modelo. Considerado a princípio como uma solução de aumento de acessibilidade ao emprego para a população das cidades periféricas, esse modelo revelou-se, com o passar do tempo como mais um fator indutor da reprodução de periferias e fixação de populações em regiões distantes, desprovidas de infra-estrutura. Como o sistema de transporte não foi acompanhado por um processo de reestruturação, se limitando apenas a uma adequação da oferta à demanda, tivemos como reflexo uma redução dos índices de produtividade, com IPK1 e PVD2 mais baixos e custos mais altos, gerando um déficit estrutural crescente, independente dos aumentos de custos decorrentes da inflação. As mudanças institucionais na gestão do sistema de transporte e os déficits acumulados levaram à extinção desse mecanismo em nível metropolitano, com o conseqüente aumento das tarifas nas regiões estruturalmente deficitárias 1 IPK – Índice de passageiros por quilômetro 2 PVD – Passageiros por veículo por dia 21
  • 23. buscando o equilíbrio entre custo e receita das operadoras. Isto gerou um descompasso na relação entre a localização da população de baixa renda e os locais de emprego, cujos primeiros resultados começam a aparecer, mesmo sem uma análise sócio-econômica mais profunda. Nas áreas conurbadas, o crescimento populacional adensado fez com que as linhas passassem a desenvolver os itinerários buscando a maior cobertura do território, atendendo demandas das associações de bairro, tipicamente locais. Nas áreas periféricas o aumento da área habitada se deu pela própria disponibilidade do transporte, numa relação causa-efeito que pode ser descrita da seguinte forma: a população busca se fixar numa área em que tenha atendimento de transporte, numa distância em que o caminhamento a pé até o ponto final da linha de ônibus seja suportável. Havendo um número suficiente de moradores, eles se organizam e solicitam o prolongamento da linha para reduzir essa distância. Tão logo esse prolongamento é realizado, são abertos novos loteamentos, formais ou não, na nova área de influência da linha, até o máximo de distância de deslocamento a pé suportável. O processo então se reinicia, com a nova população solicitando novos prolongamentos que, para serem atendidos, necessitam a subdivisão da linha em várias sublinhas. Como a maior parte da demanda de viagens dessas regiões se destina às áreas de emprego não especializado, concentradas em Belo Horizonte, o sistema metropolitano foi incorporando um número excessivo de serviços, ligando bairros de cidades vizinhas ao centro de Belo Horizonte, sem nenhuma racionalidade sistêmica. Em 1986 o Metrô entrou em operação ligando a estação de Eldorado, em Contagem à estação Central, em Belo Horizonte. Sua diretriz segue o Ribeirão Arrudas, paralela à linha férrea, em área pouco adensada e pouco acrescentou à oferta de transporte, pois além de tangenciar, sem penetrar, a área central de Belo Horizonte, seu projeto não se preocupou com a acessibilidade de suas estações. Com isso o metrô não teve capacidade de captar demanda local representativa e nem de se integrar ao sistema de ônibus, ficando na dependência de receber sua demanda por integrações forçadas no terminal de 22
  • 24. Eldorado, ele em si de difícil acessibilidade. A estação de Eldorado foi a primeira ação de integração de sistemas na RMBH, com o Trem passando a desempenhar a função de linha troncal e o ônibus a desempenhar o papel de sistema alimentador. A expansão do Metrô até Venda Nova, na Estação Vilarinho, modificou um pouco este aspecto, com a construção de terminais de integração mais adequados e em melhores condições de acessibilidade. 23
  • 25. 3 - OS PROGRAMAS E PROJETOS 24
  • 26. 25
  • 27. 3.1 – Ampliação da Acessibilidade 3.1.1 – A Linha Verde O Programa da Linha Verde se constitui num conjunto de investimentos em ampliação de capacidade do eixo de ligação viária entre a Área Central de Belo Horizonte e o Aeroporto Internacional Tancredo Neves (AITC) em Confins. Divide-se em três segmentos principais: Boulevard Arrudas, Avenida Cristiano Machado e MG 010. 3.1.1.1 – Boulevard Arrudas Trata-se de Obra de Re-qualificação Urbana que consiste no capeamento do ribeirão Arrudas nas Avenidas Andradas e do Contorno no intervalo entre a Alameda Ezequiel Dias e a Rua Rio de Janeiro (complexo de viadutos da Lagoinha), perfazendo 1.400m de extensão. O projeto contempla ainda todo o paisagismo do Boulevard, restauração da Praça Rui Barbosa mobiliário urbano, áreas de descanso, iluminação, telefonia etc., além de uma ciclovia no segmento entre a Ezequiel Dias e o Viaduto de Santa Tereza. A obra está em andamento, a um custo estimado de R$ 42.000.000,00. 3.1.1.2 – Avenida Cristiano Machado Foram desenvolvidos projetos de engenharia para eliminar os principais pontos de conflito de tráfego ao longo da avenida. Foram tratadas com soluções em desnível as interseções com a Rua Jacuí, Avenida Silviano Brandão, Avenida José Cândido da Silveira, Avenida Bernardo de Vasconcelos, Via 240 (estação São Gabriel e articulação com o Anel Rodoviário), Avenida Sebastião de Brito e Avenida Waldomiro Lobo. As intervenções em execução nas interseções constam, basicamente, de: • Rua Jacuí e Avenida Silviano Brandão Criação de um viaduto linear na Avenida Cristiano Machado para as pistas de tráfego misto, enquanto que as pistas de tráfego local e exclusivas de ônibus continuarão ao nível do solo, simplificando os cruzamentos com a Rua Jacuí e Avenida Silviano Brandão e mantendo 26
  • 28. a acessibilidade aos pontos de ônibus. • Avenida José Cândido da Silveira Serão eliminadas as interferências do tráfego de entrada e saída da Avenida José Cândido da Silveira com a construção de uma trincheira e um viaduto. A conversão à esquerda hoje existente na Avenida Cristiano Machado, sentido centro, para acesso à Avenida Cândido da Silveira, será feita por uma trincheira, enquanto que a saída dessa avenida para a Avenida Cristiano Machado indo para o centro será feita por um viaduto. Isto permitirá que as pistas de tráfego misto e exclusivas de ônibus da Avenida Cristiano Machado possam atravessar o cruzamento sem nenhuma interferência. • Avenida Bernardo de Vasconcelos A Avenida Bernardo de Vasconcelos faz parte da chamada via 710, obra prioritária do Plano Diretor do Município de Belo Horizonte, que se constitui em um grande anel viário interno ao Anel Rodoviário, ligando perimetralmente a Avenida dos Andradas, no bairro São Geraldo, à Avenida Tereza Cristina, em direção ao Barreiro, atravessando a Cristiano Machado na altura do Minas Shopping e tomando o leito das Avenidas Bernardo de Vasconcelos e Américo Vespúcio. O cruzamento das duas avenidas, Bernardo de Vasconcelos e Cristiano Machado, permite o acesso aos bairros Palmares e Ipiranga, ao mesmo tempo em que articula as entradas e saídas do Minas Shopping. A solução desenvolvida resolve essa circulação através de três viadutos, dois no sentido da Avenida Bernardo de Vasconcelos para a Avenida Cristiano Machado e um no sentido contrário, com alças de articulação com a Avenida Cristiano Machado, projetados de forma a se compor com a via 710, quando ela for implantada. • Anel Rodoviário A Avenida Cristiano Machado não intercepta o Anel Rodoviário, passando por baixo de um viaduto dessa via. Entretanto, as articulações entre as duas vias são feitas de forma precária, com grande complexidade porque no mesmo ponto existe a chegada da Via 240, de ligação com Santa Luzia, e o terminal intermodal de São 27
  • 29. Gabriel, onde os ônibus dos sistemas urbano e metropolitano se integram com o Trem Metropolitano. Essa situação é atendida por uma grande rotatória semaforizada, que interrompe o fluxo de todos os movimentos entre essas vias e para o terminal. A diretriz de projeto implantada na Avenida Cristiano Machado nesta interseção, na década de 80, descreveu um arco orientado para Leste, em vez de atravessar diretamente o Anel Rodoviário e seguir para o Norte. Isto se deveu à diretriz inicial da avenida haver sido em direção Nordeste, rumo a Santa Luzia, no que hoje é a Via 240. Esta diretriz orientou o Departamento Nacional de Estradas de Rodagem – DNER, hoje Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes – DNIT, ao projetar e implantar o alargamento do Anel Rodoviário, na época de pista simples, a construir um único viaduto para transposição da avenida e da via férrea existente. Na década de 70 o PLAMBEL, órgão então responsável pelo planejamento metropolitano, verificou que a região de Venda Nova teria um crescimento representativamente maior que o eixo da Via 240, alterando a diretriz da avenida para o Norte. Como o viaduto construído pelo DNIT se baseava na diretriz anterior, a avenida foi projetada descrevendo um arco para aproveitar a passagem existente e voltando para a direção Norte. A proximidade da via férrea impediu a construção das alças de articulação do Anel e da avenida nos sentidos Leste – Norte, Sul – Oeste, Sul – Leste e Oeste – Norte, sendo esses movimentos atendidos de forma precária com conversão à esquerda e retorno dentro da avenida. Mais tarde, a implantação do Trem Metropolitano na faixa de domínio da RFFSA, com um pátio de manutenção logo depois do Anel, a continuação da linha do Trem até Venda Nova, passando sob o morro do bairro Primeiro de Maio e a construção da Estação de Integração metro-rodoviária de São Gabriel colocaram novos graus de dificuldade nessas articulações, que passaram a ser atendidas por meio de uma grande rotatória vasada semaforizada, que além delas atende também à ligação com a Via 240. A solução adotada consiste na construção de um novo viaduto no Anel 28
  • 30. Rodoviário, permitindo a retificação do arco descrito pela Avenida Cristiano Machado e a implantação de um trevo completo de quatro folhas, articulado com a rotatória existente, de tal forma que a interseção complexa foi dividida em duas, uma da avenida com o Anel Rodoviário, com todos os movimentos atendidos, e outra da avenida com a Via 240, articulada com o Anel Rodoviário. • Avenida Sebastião de Brito A interseção da Avenida Sebastião de Brito foi recentemente reformulada pela Prefeitura, e será mantida operando da forma como implantada, recebendo apenas pequenos ajustes. • Avenida Waldomiro Lobo A interseção com a Avenida Waldomiro Lobo receberá uma rotatória semaforizada, equacionando os problemas de conversão existentes. A Avenida Cristiano Machado encontra-se com as obras em andamento, com previsão de conclusão em julho de 2007 a um custo estimado de R$ 159.000.000,00, incluindo as remoções e re-assentamentos de 957 famílias. Há ainda previsão para as obras de duas alças nos viadutos da Cândido da Silveira e Bernardo Vasconcelos, autorizadas posteriormente. 3.1.1.3 - Rodovia MG 010 A rodovia MG 010 está sendo totalmente remodelada, com a implantação de obras de adequação de capacidade (duplicação) e restauração da pista existente, de Belo Horizonte ao Aeroporto Internacional Tancredo Neves (AITC) em Confins. O projeto prevê a implantação de 33,0 km de vias marginais com ciclovia, 04 pontes e viadutos novos, passagens superiores e inferiores, 06 passarelas para pedestres, 48 unidades de abrigos para passageiros e a construção de um novo posto para a Polícia Rodoviária. A obra está em andamento com previsão de conclusão até novembro de 2006 e custo estimado de R$ 107.000.000,00. 3.1.2 – A Rodovia MG 424 O DER contratou o projeto executivo de engenharia rodoviária para a restauração e aumento de capacidade do Trecho Entro MG-010 – Sete Lagoas, 29
  • 31. e Contornos de Matozinhos e Prudente de Morais, com extensão total de 50,3 Km. O projeto foi concluído em dezembro de 2005 com investimento da ordem de R$1.000.000,00, mas não há previsão para licitação das obras. 3.1.3 - A Avenida Antônio Carlos A Avenida Antônio Carlos encontra-se em obras, acontecendo sua duplicação do trecho entre o Anel Rodoviário e a Rua Aporé, com a construção da trincheira ligando as Avenidas Américo Vespúcio e Bernardo de Vasconcelos. O projeto em implantação prevê ainda o alargamento da pista entre o Anel Rodoviário e o complexo da Lagoinha, com a implantação de duas pistas exclusivas para ônibus, separadas por canteiro central, no eixo da avenida, duas pistas externas para tráfego misto e passarelas para pedestres. 3.1.4 - O Anel Rodoviário O Anel Rodoviário encontra-se em processo de recuperação do pavimento, obra que está sendo realizada pela Prefeitura de Belo Horizonte em convênio com o DNIT. A operação não altera em nada a configuração atual do Anel, mantendo seus problemas funcionais e de capacidade, apenas recuperando a condição que existia há cerca de 20 anos atrás. Existem duas propostas para o tratamento do Anel. A primeira, de alteração física, representada por um projeto desenvolvido pelo DNIT no qual o sistema de marginais é completamente implantado, juntamente com as obras de arte necessárias para a manutenção do tráfego nas pistas principais e das marginais, hoje interrompido nas interseções com a Avenida Ivaí, Avenida Pedro II, Avenida Antônio Carlos, Córrego Cachoeirinha, acesso à Fiat Stola e 30
  • 32. Avenida Cristiano Machado. Não existe previsão de recursos para implantação desse projeto. A segunda proposta, devidamente compatibilizada com o projeto anterior é a apresentada pela FIEMG e consiste na re-qualificação urbana do Anel Rodoviário e todo o seu entorno, através de um processo de gestão compartilhada – governos: federal, estadual e municipal; iniciativa privada, instituições e comunidades – de maneira a construir, coletivamente, uma nova centralidade metropolitana, que garanta o crescimento econômico e social sustentável à capital e sua Região Metropolitana. O projeto consiste na divisão do Anel em três trechos de características distintas, denominados “Via do Encontro”, “Via Metropolitana” e “Via da Morada”, propondo intervenções físicas, indução de transformações urbanas, programas habitacionais de interesse social, operações urbanas, criação de parques e adequações da lei de uso do solo. 3.1.5 – Rodovia MG – 020 Esta obra consiste na duplicação da rodovia MG 020, no trecho entre o Bairro Tupy em Belo Horizonte e a sede do município de Santa Luzia, com 5,3 km de extensão. O projeto prevê uma plataforma de 30,00m sendo 3,00m de canteiro central e duas pistas de 10,40m, comportando três faixas de tráfego em cada sentido e passeios de 3,00m de largura nos dois sentidos. Será necessário e a remoção e re-assentamento de 550 famílias. A obra está em andamento com previsão de conclusão em 2007 ao custo estimado de R$ 26.000.000,00. 31
  • 33. 3.1.6 – Contorno Norte do Aeroporto Internacional Tancredo Neves Consiste na duplicação do segmento entre a MG 424 e o município de Confins e na implantação e pavimentação de rodovia duplicada até a MG 010 na localidade de Campinho após Lagoa Santa, com extensão total de 18,0km. A finalidade básica da implantação deste trecho é promover a ligação do Aeroporto Industrial com o Pólo de Microeletrônica. O projeto está na dependência de que se confirme a localização do Pólo, devendo, portanto, ser ainda submetido ao Licenciamento Ambiental. 3.1.7 – Anel Viário de Contorno Norte Antiga diretriz do Planejamento Metropolitano – PLAMBEL, elaborada na década de 70, o Anel Viário de Contorno Norte tem um projeto básico elaborado pelo DNIT. O Anel será implantado a partir do Contorno de Betim até as proximidades do distrito de Ravena com extensão de 65,0 km em pista dupla com acostamentos e faixas de segurança. Além de resolver o congestionamento do atual Anel Rodoviário, este Anel Viário, será uma via estruturante na região metropolitana. Será a via ordenadora da ocupação de uma área ainda desocupada que envolve as urbanizações de periferia dos municípios de Contagem, Ribeirão das Neves, Vespasiano, Santa Luzia e 32
  • 34. Sabará, devendo proporcionar a instalação de atividades produtivas ao longo de seu percurso, notadamente nos pontos de maior potencial de centralidade: os entroncamentos com as estradas BR 040, Justinópolis/Ribeirão das Neves, Linha Verde, MG 020 e BR 262/381. Os empregos assim gerados serão de acesso mais fácil para os moradores das áreas periféricas, desonerando o sistema de transportes que os leva hoje, preferencialmente, para o eixo Belo Horizonte – Betim – Contagem. Para que essa ocupação se desenvolva de forma ordenada é fundamental que se reservem áreas para a formação dessas centralidades e para o controle da ocupação nas áreas lindeiras ao novo anel. Essas faixas de domínio deverão ser incorporadas nos Planos Diretores dos municípios afetados, na perspectiva de definição posterior de leis específicas de uso e ocupação de solo compatível com as características da demanda que vier a ter em cada município. 3.1.8 – Ligação Venda Nova / Ribeirão das Neves / BR 040 Trata-se de projeto de duplicação, melhoramento, pavimentação e restauração da rodovia LMG 806 com 12.5 km de extensão. O projeto tem como objetivo criar um novo acesso de Ribeirão das Neves à rodovia BR 040, atendendo ao Centro Industrial de Ribeirão das Neves (CIRIN) e desviando o tráfego pesado do centro da cidade. O projeto vai melhorar também a acessibilidade da sede do município à região de Justinópolis, a ligação do Distrito Industrial de Ribeirão das Neves com o Aeroporto Internacional Tancredo Neves e articulação com o futuro Anel Viário Norte da RMBH. O projeto encontra-se em elaboração. 33
  • 35. 3.1.9 – MGT 262 / MG 005 A rodovia MGT 262, antiga MG/5 e atualmente sob o nome de Avenida Borba Gato, com 2,0 Km de extensão, possui um tráfego intenso, acima de 14.000 veículos/dia e grande número de pedestres caminhando ao longo da via. É necessária a execução de obras de melhoramento e/ou restauração da via, para viabilizar sua municipalização, transferindo ao Município a responsabilidade da manutenção e conservação, que hoje está a cargo do DER/MG. O projeto executivo da rodovia foi elaborado pela PBH com custos estimados para a obra em torno de R$ 12.000.000,00, não computado neste valor os possíveis gastos com desapropriações e algumas remoções. 3.2 – Preservação de Ativos Ambientais 3.2.1 – O Parque Estadual do Sumidouro Criado em 04/01/1980 o Parque Ecológico do Vale do Sumidouro, foi declarado de utilidade pública para fins de desapropriação em 05/06/1980, com uma área aproximada de 1.300 hectares. O Parque hoje está situa dentro da área da APA Carste, criada em 35/01/1990. Sua área abrange terras dos municípios de Lagoa Santa, Pedro Leopoldo e Matozinhos e é definido como área de proteção especial. A criação do Parque Estadual do Sumidouro foi uma compensação ambiental prevista na implantação do aeroporto metropolitano, resultado de pressões de grupos conservacionistas (Centro de Conservação da Natureza, Sociedade Ornitológica Mineira, Associação Mineira de Defesa do Ambiente) e outras entidades da sociedade civil, que temiam o comprometimento do patrimônio arqueológico e espeleológico da região. 34
  • 36. O Parque não foi efetivamente implantado na época, devido a uma série de questões de natureza fundiária, tendo, ao longo desse período, sido feita apenas a desapropriação de uma área de 28,42 hectares, sem que, no entanto, tenha passado para o domínio do Estado. Há no Instituto Estadual de Florestas - IEF recursos da ordem de R$500.000,00 (quinhentos mil reais), do fundo de compensação ambiental, para iniciar o processo de aquisição de terras para a implantação efetiva do Parque. O processo de aprovação da aquisição, no entanto, está dependendo da liberação da SEPLAG, segundo informam. Recentemente, em 03/10/2006, foi assinado decreto estadual integrando o Parque Estadual do Vale do Sumidouro ao Sistema Estadual de Unidades de Conservação da Natureza e o declarando, novamente, de utilidade pública para a desapropriação. 3.2.2 – A APA Carste A importância arqueológica da APA Carste de Lagoa Santa é assegurada pelo seu papel na história da ciência no Brasil. Trata-se de uma das mais importantes províncias rupestres do país. Cerca de uma centena de sítios pré- históricos entre abrigos sob rocha e sítios a céu aberto foram cadastrados pelo departamento de arqueologia da UFMG. Daí sua importância turística e científica. 35
  • 37. Deve-se considerar ainda a qualidade de seu relevo que, associado aos processos dissolutivos provocados por uma hidrografia com elementos fluviais alternados, ora de superfície ora subterrâneos, é responsável por uma paisagem típica, com uma infinidade de recursos cênicos, com destaque para as grutas, as dolinas, os lagos e as formações de “Mata Seca”, florestas deciduais que se desfolham nos períodos de estiagem. Criada por Lei Federal a APA Carste teve o seu zoneamento ambiental aprovado pela Instrução Normativa Nº 01 de 17 de dezembro de 1997 do IBAMA, que é órgão responsável por sua administração. 3.2.3 – Parque Serra Verde A proposta de se criar um parque na região do Hipódromo Serra Verde surgiu pela primeira vez no Plano de Uso do Solo da Aglomeração Metropolitana, elaborado pelo PLAMBEL e aprovado pelo Conselho Deliberativo da Região Metropolitana em 1975. A concretização da idéia hoje, se torna possível em função de dois projetos de impacto que estão previstos para a região: o novo Centro Administrativo e a Implantação do Distrito Industrial de Venda Nova. O parque seria uma das medidas de compensação ambiental previstas nos empreendimentos. 36
  • 38. Objetivamente o parque seria um importante fator de melhoria da qualidade vida numa região densamente povoada, com população de baixa renda. 3.2.4 - APA Vargem das Flores A APA foi criada pela Lei estadual 16.197/2006 e ainda não foi regulamentada. O objetivo de sua criação é o de garantir a preservação de recursos hídricos, a diversidade biológica, coordenar o uso e ocupação do solo e desenvolver ações de recuperação de áreas degradadas na bacia. A APA se encontra nos municípios de Betim e Contagem, sujeitas a leis distintas de zoneamento. Por ocasião de aprovação dos planos diretores municipais, ficou acertado entre os municípios que a área da bacia seria objeto de leis específicas definidas em comum acordo. A maior ameaça que pesa sobre a área é a expansão urbana a partir dos bairros Nova Contagem, Retiro e Icaivera. 37
  • 39. 3.2.5 – APE Ribeirão do Urubu A área de preservação estadual do Ribeirão do Urubu é constituída pela bacia do mesmo ribeirão, tributária do Ribeirão da Mata do lado oeste. Tem ainda em seu território as bacias do Ribeirão do Vau do Palmital e o Córrego do Tijuco. A área é cortada em sua cabeceira pela BR 040, no distrito de Melo Viana no município de Esmeraldas, onde sofre as maiores pressões do processo de reprodução de periferias. Inicialmente nessa região foram implantados vários parcelamentos destinados a sítios de recreio. As pressões do processo de reprodução de periferias a partir da região de Ribeirão das Neves, especialmente do Bairro Veneza e outros semelhantes, alteraram as características iniciais dessa área. A saída dos usuários dos sítios, em função da perda de segurança, a região está sendo invadida pelo crescimento periférico de baixa renda, com o reparcelamento das glebas iniciais em lotes mínimos. 38
  • 40. 3.3 – Empreendimentos de Inovação 3.3.1 – Re-qualificação do Aeroporto Internacional Tancredo Neves No Aeroporto Internacional Tancredo Neves, cuja revitalização já está em curso com a transferência dos vôos da Pampulha e a implementação da Linha Verde, está sendo implementado o Aeroporto Industrial. A Receita Federal já homologou o espaço alfandegário e a empresa Clamper Comércio e Indústria, do setor eletroeletrônico, deverá ser implantada brevemente como projeto piloto. Na primeira fase estarão disponíveis 9 lotes, havendo previsão de expansão para futuras etapas. Com a implantação do Anel de Contorno, que liga o Aeroporto à MG 010, na altura da área onde deverá se instalar o Pólo de Microeletrônica, e a Linha Verde estarão estabelecidos duas importantes condições para a implementação do projeto. Embora não fazendo parte do projeto do Aeroporto Industrial, já se encontra instalado no local o Centro de Manutenção da GOL, com capacidade de atendimento de 67 aeronaves, com previsão de ampliação do atendimento para 200 aeronaves. A atividade utiliza uma área de 40.000.00m², com 17.300,00m² de área construída e gera atualmente 300 empregos diretos. Somados os potenciais de impacto desses dois empreendimentos – Aeroporto Industrial e o Centro de Manutenção da GOL, é previsível um significativo aumento da demanda por lotes industriais e habitacionais no seu entorno, o que deve ser equacionado no nível dos planos diretores dos municípios de sua área de influência. 39
  • 41. 3.3.2 – Pólo Industrial de Microeletrônica A motivação principal do presente Plano de Ações Imediatas é maximizar os impactos positivos dos investimentos que, a partir do Aeroporto Industrial e do Centro Administrativo, o Estado vem fazendo na região. Nesse sentido, uma das melhores possibilidades é a criação de um Eixo de Desenvolvimento de Alta Tecnologia, capaz de promover a formação de arranjos produtivos de Inovação Tecnológica no Vetor Norte da RMBH. Ao desenvolver o Pólo Industrial de Microeletrônica na região de Lagoa Santa, o Estado, através do INDI, assume uma postura pró-ativa com relação ao desenvolvimento do setor de alta tecnologia, se lançando num mercado altamente competitivo. Isto porque um parque tecnológico depende de um conjunto de fatores altamente complexos que vão desde a qualidade de vida urbana, passando pela presença de ativos paisagísticos, culturais e ambientais de qualidade, completa infra- estrutura urbana e de serviços, ambiente acadêmico atualizado e dinâmico capaz de criar sinergias entre ciência, tecnologia e mercado, além da logística aérea de qualidade. A região proposta para a localização do pólo, no município de Lagoa Santa, reúne condições altamente favoráveis para a localização de um empreendimento dessa natureza. Há, no entanto, que se preocupar com a manutenção das características ambientais favoráveis que existem hoje, cuidando-se de estabelecer instrumentos para a manutenção da qualidade ambiental da área. O Pólo Industrial de Microeletrônica se instalará num terreno 1,4 milhão de m², à margem da MG 010, a 10 km do Aeroporto Internacional Tancredo Neves, 40
  • 42. nas proximidades do acesso para Lapinha, a partir de uma atividade âncora que será, no caso, uma Fábrica de Semicondutores. A exemplo de experiências correlatas em Taiwan e nos Estados Unidos, essa fábrica, que será a primeira da América do Sul, deverá atrair mais de 200 empresas para seu entorno, gerando cerca de 37 mil empregos diretos e indiretos de uma mão de obra altamente qualificada de engenheiros, cientistas, mestres e Phds em eletrônica, química e física entre outras. O Pólo deverá gerar investimentos de mais de um bilhão de dólares. 3.3.3 – Centro Administrativo do Estado de Minas Gerais O Centro Administrativo do Estado será localizado nos terrenos do antigo Hipódromo Serra Verde. O Estado já está de posse do terreno e com os projetos básicos de Arquitetura, Instalações e Estrutura já elaborados. Os projetos executivos estão previstos para serem concluídos em dezembro. Está em curso ainda o Estudo de Impacto Ambiental que, entregues em novembro, darão ensejo à contratação do Projeto de Terraplenagem. Há perspectiva de que os Processos de Licitações sejam iniciados em janeiro de 2007, com previsão de assinatura dos contratos das obras em agosto. A previsão de duração das obras é de 30 meses, com inauguração prevista para setembro de 2009. Os investimentos iniciais serão feitos pelo Estado, até que se obtenham resultados da engenharia financeira necessária para se ter a participação do setor privado. Será feito um esforço concentrado na construção dos prédios, uma vez que ainda estão sendo estudadas as alternativas de acesso. 41
  • 43. Como 93% dos 16 mil funcionários que devem ocupar as instalações do novo Centro Administrativo residem em Belo Horizonte, ainda que a Linha Verde tenha a capacidade necessária para o fluxo de veículos previsto, a questão exige atenção especial para se evitarem as retenções e congestionamento nos horários de entrada e saída do Centro. 3.4 – Outras Ações Modificadoras 3.4.1 – Parque Tecnológico PBH/UFMG Iniciado em Dezembro de 2005 o Parque Tecnológico BH-TEC, é resultado de uma parceria entre a UFMG, o Governo do Estado, Prefeitura de Belo Horizonte, Fiemg e Sebrae. O empreendimento visa reunir empresas dedicadas a produzir inovações tecnológicas, abrigar laboratórios de pesquisas de instituições públicas e privadas e criar serviços de apoio às atividades tecnológicas, para estimular a expansão econômica da cidade. Tem o objetivo de fomentar empresas de base tecnológica avançada e a expectativa de 42
  • 44. incrementar a produção científica na cidade, ampliando a absorção de mão de obra qualificada e aumentando a interação da Universidade com outros setores da sociedade. Cria-se condições portanto de viabilizar a transferência de conhecimento para o setor empresarial e o desenvolvimento de novos processos e produtos, aprimorando e ampliando a sinergia entre ciência e mercado, fundamental para as mudanças de qualidade. O centro está localizado em posição estratégica do Vetor Norte da RMBH, entre as Avenidas Carlos Luz e José Vieira de Mendonça e o Anel Rodoviário, em terreno de cerca de 185.000 m² pertencentes ao Campus da UFMG. Os investimentos previstos no período de implantação são da ordem de R$ 60.000.000,00 (sessenta milhões de reais), e terá, basicamente, um Centro de Transferência de Tecnologia, uma incubadora de empresas e outras estruturas de apoio às empresas, com um pequeno centro de conferências. 3.4.2 – Preconpark O Preconpark é um empreendimento de iniciativa privada, estratégico para o desenvolvimento que se pretende no Vetor Norte. Previsto para ocupar uma área de cerca de 5.000.000,00m2, o empreendimento se localiza entre Pedro Leopoldo, Confins, rodovia MG 424 e a área do Aeroporto Internacional Tancredo Neves. O projeto é composto de dois setores, o Norte e o Sul, atravessados pela rodovia que liga a MG 424 ao aeroporto. O Setor Norte tem um Parque de Negócios e dois parques residenciais. O Setor Sul tem previsto um Parque de 43
  • 45. Ciência e Tecnologia e mais dois parques residenciais. No Parque Tecnológico haverá um Núcleo Empresarial, um Núcleo Central e um Núcleo Educacional (no qual já funciona a Faculdade de Pedro Leopoldo). O Parque de Negócios contará com um Centro Internacional de Convenções e Exposições, um Centro de Comércio Exterior, um Centro de Cargas e um Condomínio Industrial. Junto aos Núcleos Residenciais, que são dotados de Centros de Convivência, estarão localizados um Clube Rural e um Clube de Golfe. Haverá ainda um Centro Esportivo dotado de Estádio, Shopping, Parque Temático, Conjunto Comercial e de Serviços e Arena. O objetivo principal é a criação de uma tecnópolis, onde os moradores, usuários e investidores tenham oportunidade de trabalhar em espaço de grande potencial cooperativo, num ambiente propício à inovação, com geração de emprego e renda e com qualidade de vida. 3.4.3 – Porto do Rio Golfe Village Resort O Porto do Rio Golfe Village Resort é um empreendimento que situa-se à margem do Rio das Velhas, a cavaleiro da divisa entre os município de Jaboticatubas e Lagoa Santa, a 30 km do Aeroporto Internacional Tancredo Neves, com acesso pela MG 010. Pertence aos Circuitos Estrada Real, do Ouro, das Grutas e da Serra do Cipó e estima-se que poderá gerar até 3000 empregos diretos e indiretos. 44
  • 46. Trata-se de um projeto visando à criação, em bela área natural preservada, de um Complexo Turístico formado pelo hotel já existente na Fazenda das Minhocas, um Resort de grande porte, voltado para esportes de elite, com Campo de Golfe, Spa, Centro Hípico e Centro de Convenções e um loteamento de luxo que pretende estabelecer um novo padrão para os parcelamentos da região. O projeto, voltado para o público de nível AA, nacional e internacional, é comprometido com a preservação dos patrimônios ambiental, histórico e cultural existentes na região, devendo o Resort Golfe abranger de 80 a 90 hectares e o parcelamento residencial de 240 a 260, parte dos quais já em propriedade dos empreendedores. Além de seus objetivos específicos, pode vir a ser de grande valia para a solução das demandas por habitação e lazer de qualidade do pessoal a ser empregado no Pólo Industrial de Microeletrônica. Os empreendedores já têm opção de compra de parte dos terrenos necessários e estão na fase de atrair outros investidores . 45
  • 47. 3.4.4 – Distrito Industrial de Venda Nova O Distrito Industrial de Venda Nova foi um empreendimento de iniciativa particular que contou com o incentivo da Prefeitura de Belo Horizonte em sua fase inicial de aprovação. Com uma área de 731.000,00m2 o empreendimento, no entanto, não foi implantado, tendo seu proprietário descumprido compromissos assumidos com a municipalidade ao não executar a infra-estrutura prevista no termo de compromisso de aprovação do empreendimento, obrigando a Prefeitura a recorrer à justiça, processo que retardou sua implantação por mais de 10 anos. Atualmente a PBH já está com a liminar de posse do terreno e a Sudecap já elaborou orçamento preliminar para a implantação do distrito, que aponta para valores entre oito e dez milhões de reais. Recentemente foi promulgada a Lei Estadual 16.295 de 2006, que incluiu o distrito Industrial de Venda Nova no Programa de Apoio ao Desenvolvimento do Comércio Exterior do Aeroporto Internacional Tancredo Neves (Pró- Confins), que visa incentivar o desenvolvimento ordenado dos municípios do entorno do aeroporto, com incentivos para a implantação de atividades ligadas ao comércio exterior, a cargas e serviços. 46
  • 48. 3.4.5 - Distritos Industriais de Santa Luzia São 4 os distritos Industriais de Santa Luzia: 1- Distrito Industrial Simão da Cunha, Implantado em 1973, distante 11 km do centro de Santa Luzia, com uma área total de 2.844.525,00m2, se encontra sem disponibilidade de área para venda. Possui 34 empresas, na maioria de pequeno e médio portes, destacando-se a CVRD. Está localizado à margem esquerda da BR-262. Parte desse distrito se situa em Sabará. 2- Distrito Industrial da Avenida das Indústrias, implantado em 1973, com área 2.989.353m2 com área disponível para venda de 46.000,00m2, mas sem infra-estrutura. O distrito é ocupado por 15 empresas, algumas de grande porte, destacando-se o terminal do porto seco da CVRD, a Cecrisa, a Celite e um parque de exposições. 3- Distrito Industrial da Rodovia MG-145 (Atual Avenida Oswaldo Ferreira), situado a 3 km do centro histórico de Santa Luzia foi implantado em 1973. Tem uma área total de 1.288.080,00m2, sem área disponível para venda. Há duas glebas para expansão, desapropriadas, mas não indenizadas. É ocupada por duas agroindústrias, uma universidade (FACSAL), além da Cera Inglesa. 4- Distrito Industrial de Carreira Comprida foi implantado em 1973, distante 5 km do centro histórico de santa Luzia junto à Avenida Ângelo Teixeira da Costa no bairro de Carreira Comprida, com área total de 47
  • 49. 1.577.272,00m2. Não há área disponível para venda, havendo, no entanto uma área remanescente de 194.453,00m2 sem condições de comercialização por depender de desmembramento da Cimentos Lafarge. O distrito tem 13 empresas instaladas, destacando-se a Moinhos Vera Cruz e a Forjas Acesita do grupo Krupp. Todos os distritos de Santa Luzia foram implantados pela CDI-MG e estão sujeitos ao licenciamento ambiental corretivo e à construção de Estações de tratamento de esgotos ETEs. 3.4.6 – Distrito Industrial de Pedro Leopoldo O Distrito Industrial de Pedro Leopoldo se situa a 3km do centro urbano, às margens de MG-424, junto à divisa com o município de Matozinhos. Foi implantado em 1990 pela CDI-MG e tem uma área total de 383.135,00m2. Não há disponibilidade de terreno para venda, existindo, no entanto, diversos lotes vagos que foram adquiridos pelo município e doados para empresas que não se instalaram. O Distrito está sujeito a licenciamento ambiental corretivo e à construção de Estação de tratamento de esgotos ETE. 48
  • 50. 3.4.7 – Distrito Industrial de Vespasiano O Distrito Industrial de Vespasiano foi implantado em 1980 pela CDI-MG, com uma área total de 2.400.000,00m2 e tem uma área livre disponível para venda de 14.880,00m2. O Distrito está sujeito a licenciamento ambiental corretivo e à construção de Estação de Tratamento de Esgotos ETE. 3.4.8 – Centro Industrial de Ribeirão das Neves (CIRIN) O Centro Industrial de Ribeirão das Neves (CIRIN) foi implantado pela Prefeitura, numa área de 500.000,00m2. Vinte empresas estão instaladas, gerando 1700 empregos diretos, e seis empresas estão em processo de implantação. Não existe no centro, disponibilidade para novos assentamentos industriais. 3.4.9 – Planos Diretores dos Municípios Os Planos Diretores dos Municípios integrantes do Vetor Norte se encontram em diferentes estágios de elaboração. Estão com os planos diretores aprovados os municípios de Belo Horizonte, Capim Branco, Confins, Matozinhos, Ribeirão das Neves e Santa Luzia. Estão ainda em processo de elaboração ou discussão nas Câmaras de Vereadores os Planos Diretores dos municípios de Esmeraldas, Lagoa Santa, Pedro Leopoldo, São José da Lapa, e Vespasiano. De modo geral, a tônica dos Planos Diretores dos municípios do Vetor Note foi a preservação ambiental e a contenção do processo de crescimento desordenado que se dá através do processo de reprodução de periferias. Nota- se uma preocupação com a contenção dos perímetros urbanos, com o controle das densidades e da verticalização. Essas preocupações são originadas das discussões no âmbito do “COM 10”, evidenciando a importância dessa associação para o Vetor Norte de RMBH. 49
  • 51. 3.4.10 – Outros Projetos Há ainda dois outros projetos que, a se confirmarem, serão fatores influentes no processo de transformação do Vetor Norte. São eles: A Catedral Metropolitana poderá vir a ser construída num terreno de 40 mil m², na Avenida Cristiano Machado, em frente ao Pronto Socorro de Venda Nova. A Cúria Metropolitana já dispõe de estudos preliminares para o projeto arquitetônico, elaborado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, mas não dá como definitiva a localização uma vez que parte do terreno ainda está em processo de negociação. O prefeito de Belo Horizonte apresentou à Infraero proposta de reaproveitamento da área do Aeroporto da Pampulha, a partir de uma ligação viária a ser feita, entre as Avenidas Pedro l e Cristiano Machado. Seriam removidos os hangares, construído um Shopping Center e outros equipamentos importantes para a cidade. Por outro lado, a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, recebeu proposta de empresários do setor aeroviário, no sentido de se desenvolver no local uma cadeia produtiva da Indústria aeronáutica da RMBH. 50
  • 52. 3.5 – Ações em curso Além das ações de impacto mais evidentes, há uma extensa relação de ações do Estado e do setor privado, em diferentes estágios, distribuídos no Vetor Norte. 3.5.1 – Setor Público No setor público são de especial relevância para o Vetor Norte os seguintes programas e projetos :3 Secretaria da Agricultura Ruralminas: Programa Estruturador de Revitalização do Rio São Francisco - recuperação e conservação da bacia dos rios das Velhas e Paraopeba, nos município de Ribeirão das Neves, Capim Branco, Lagoa Santa, Matozinhos e Esmeraldas. Emater: criação de 57 conselhos, associações e grupos de trabalho como locais para a discussão dos temas metropolitanos no meio rural. Secretaria de Desenvolvimento Econômico Projeto Estruturador Plataforma Logística da RMBH Criação de cadeia produtiva da petroquímica na RMBH. Redefinição do Plano Diretor de Expansão do Aeroporto Internacional Tancredo Neves e adequação dos planos diretores dos municípios de sua área de influência. Criação do Grupo Executivo de Mudanças Climáticas para viabilizar projetos no âmbito do MDL (Mecanismos de Desenvolvimento Limpo), visando atrair recursos do Banco Mundial. INDI: investimentos privados nos municípios do Vetor Norte, com destaque para os setores Químico (4032 empregos), Eletroeletrônico 3 Selecionados no documento “REGIÃO METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE – RELATÓRIO DOS PROGRAMAS E PROJETOS DO GOVERNO DO ESTADO” , SEDRU, julho de 2006. 51
  • 53. (411 empregos), Comércio e Serviços (450 empregos), Têxtil (300 empregos), Moveleiro, Automotivo e de Transportes Aéreos, entre outros. CEMIG: Implantação de 3 Sub-Estações em Ribeirão das Neves, 2 em Vespasiano. 3472 postes em Vespasiano e 2569 em outros municípios do Vetor Norte. Secretaria de Desenvolvimento Regional e Política Urbana Programa de Desenvolvimento e Gestão da Região Metropolitana de BH. Programa de capacitação para elaboração de Planos Diretores Municipais. Programa de Fortalecimento do Associativismo Municipal: apoio à implantação de consórcio público. Controle de expansão urbana da RMBH através de convênio com o CREA para a sistematização e fiscalização de processos de parcelamento. Ações de Saneamento Básico nos município da região COHAB: Programa Lares Gerais nos municípios de Ribeirão das Neves e Pedro Leopoldo Secretaria de Ciência e Tecnologia Programa Estruturador de Inclusão Digital Implantação de Tele-centros em Ribeirão das Neves e Santa Luzia Informatização dos Centros Comunitários em locais públicos. Secretaria da Educação Projeto Escolas em Redes Secretaria de Meio Ambiente IGAM: Plano Diretor de Recursos Hídricos da Bacia do Rio das Velhas. FEAM: Instituição de RPPN no município de Pedro Leopoldo 52
  • 54. Secretaria da Cultura Projeto de restauração do Convento de Macaúbas Secretaria da Saúde Obra de estruturação das Redes Assistenciais em Ribeirão das Neves e Santa Luzia Obras do Programa Viva Vida em Santa Luzia Obra na Unidade Regional em Pedro Leopoldo Obras do Pro-Hosp em Santa Luzia e Vespasiano Secretaria de Transporte e Obras Públicas Ações decorrentes do Projeto Estruturador Plataforma Logística da RMBH: Obras nos presídios: Ribeirão das Neves, ampliação da Penitenciária Dutra Ladeira, penitenciária de Santa Luzia, Colônia Penal de Vespasiano Centro Multieventos Risoleta Neves, em Vespasiano 3.5.2 – Setor Privado Foram considerados os investimentos na produção industrial, seja para o incremento de atividades existentes ou para a criação de novas atividades, a partir da amostragem dos investimentos em processo de licenciamento nos últimos cinco anos. 2 Em Belo Horizonte, dentre 148 processos de licenciamento ambiental, em diversos estágios de andamento, foram destacados: Na Regional Leste: Conjunto Residencial Porto Rico – MVR Conjunto Residencial Azaléia – MVR 2 Selecionados no documento “EMPREENDIMENTOS EM PROCESSO DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA MG 010 E MG 24 – LINHA VERDE”, Feam, agosto de 2006. 53
  • 55. Plano Diretor Granja de Freitas - Urbel Conjunto Habitacional Granja de Freitas – Urbel Plano Diretor Taquaril – Urbel Na Regional Nordeste: Loteamento Residencial – ASVAP Parcelamentos residenciais Goiânia e Jardins – PAR – Emcamp Laticínio – Itambé Parcelamento Bairro Jardim das Palmeiras – COHABITA Distrito Industrial Gorduras – Eduardo P. Campos Residencial Batalha dos Palmares I e II – Habit Empr. Imobiliários Conjunto Residencial Centaurus – MRV Na Regional Noroeste: Conjunto Habitacional Quibebe - - SMAHAB Fabricação de peças e accessórios - Aethra Residencial Montes Claros – Asacop Estação de Integração da Lagoinha – BHTrans Indústria gráfica – Cartográfica Fênix Produção de tijolos refratários – Cepali Fabricação de produtos alimentares – Kodama Indústria textil – Industrial Horizonte Textil Indústria Gráfica – Lastro Editora Fábrica de refrigerantes – Mate Couro Fábrica de refrigerantes – Coca Cola Urbanização Vila Califórnia (Propam) – Urbel Conjunto Habitacional Via Expçressa – Urbel Na Regional Norte: Parcelamento do Solo Vinculado - COHABITA Conjunto Residencial Berlim I e II – Andrade Valadares Industria de reciclagem de material plásticos – ASMARE Indústria de calçados – San Marino Estação de Integração e Centro Comercial Vilarinho – CBTU 54
  • 56. Residêncial Província de Vicenza-PAR- Direcional Engenharia Fábrica de artefatos de papel - Editora O Lutador Ampliação dos conjuntos Ipê Amarelo, Ipê Branco e Ipê Roxo – LCG Loteamento residencial Granja Werneck – Maria Helena Rocha Conjunto Residencial Jaquelile/Residencial das Flores – Urbel Na Regional Pampulha: Indústria de produtos farmacêuticos – Belfar Estação de Integração Intermodal Pampulha – BHTrans Loteamento residencial – Construtora Modelo Indústria de estampagem e moldagem de peças – Fiat Fabricação de produtos alimentares – Frigorífico Modelo Loteamento residencial Bairro Castelo – Las Casas Empreendimentos Fabricação de artigos de marcenaria – Madeiras Agmar Fábrica de produtos químicos e farmacêuticos – Quibasa Fábrica de produtos alimentares – Sadia Concórdia Parque Ecológico Francisco Lins do Rego – SUDECAP Fabricação de concreto – Supremix Parcelamento vinculado ao Parque Tecnológico – UFMG Conjunto Habitacional Itatiaia – Urbel Na Regional Venda Nova Conjunto Habitacional-PAR-Arquitetos Consultores Associados Conjunto habitacional-PAR- Construtora Encamp Estaçao de Integração Venda Nova – BHTrans Parcelamento residencial N. S. do Cenáculo – Construtora Modelo Mercado Central de Venda Nova - Ind. Bras. de Madeira e Ferro Conjunto Habitacional Jardim Leblon - Urbel No município de Capim Branco, dentre 4 processos foram destacados: Loteamento - Abdalla Empreendimentos e Participações Loteamento Vivendas do Sol 55
  • 57. No município de Confins, dentre 27 processos foram destacados: Distrito Industrial Infraero Distrito Industrial Tecnoparque Loteamento Fazenda Busca Vida Extração de argila e beneficiamento de minerais não metálicos Lapa Vermelha Fábrica de preparados para limpeza Kharis do Brasil No município de Esmeraldas, dentre 14 processos foram destacados: Loteamento de Amarillys Usina de concreto asfáltico – Abril Construções e Serviços Ltda Beneficiamento de minerais não metálicos Fazenda Cafundó Laticínios Formiguinha No município de Lagoa Santa, dentre 90 processos, foram destacados: Loteamento Lagoa Mansões Loteamento Moradas da Lapinha Loteamento Fazenda Contendas Loteamento Mirante do Fidalgo Loteamento Bairro Visão Fábrica de papelão – Casa Sol Fábrica de papelão - Dataprint Fábrica de papelão – Dell Papéis Fábrica de pap Fábrica de papelão Fábrica de papelão – Embalapack Fábrica de papelão – Imbalaggio Fábrica de papelão – Pinus Fábrica de papelão – Setorial Fábrica de papelão – Variepack Fábrica de cimento Soeicon Beneficiamento de resíduos industriais – Soeicon Extração e beneficiamento de calcário – Soeicon Lavra a céu aberto – Lapa Vermelha Fábrica de utensílios elétricos – Clamper 56
  • 58. Fábrica de aparelhos elétricos – VMI Fábrica de máquinas – B R Astec Fábrica de produtos de perfumaria – Fanape Fábrica de produtos farmacêuticos - Lema Fábrica de produtos químicos – Rotcel Indústria metalúrgica - MDE Indústria de borracha - Marangoni Produção de fundidos não ferrosos – Inael Manutenção de aeronaves - Gol Abatedouro – Frigorífico Gramado No município de Matozinhos, dentre 61 processos foram destacados: Loteamento – Imobiliária Presidente Siderúrgica – Cifergusa Siderúrgica – Cosimat Fábrica de cimento – Lafarge Extração de pedras – Lafarge Extração e beneficiamento de calcário – Min. Resende Extração e beneficiamento de calcário - Belocal Metalúrgica -Thyssen Krupp Metalúrgica de não ferrosos - Hidromet Fábrica de abrasivos – Veja Fábrica de peças – Erva Dôce Fábrica de estruturas metálicas – Edgel Fábrica de material elétrico – Mecal Bras Fábrica de material elétrico - Cablelettra Beneficiamento de minerais não metálicos – Vila Rica Beneficiamento de pedras preciosas – Fragminas Britamento – Fragminas Beneficiamento de escória – Central Ibec Fabricação de estruturas metálicas – Edgel Recauchutagem – Figueiredo Ltda Fábrica de artefatos de borracha – Reciclap Transformação de termoplásticos – Mueller 57
  • 59. Fábrica de telhas – Operadora Ceramista Fábrica de laticínios – Minas Rancho Fábrica de cal virgem – Cal Neve Fábrica de papelão – Cepelma No município de Pedro Leopoldo, dentre 278 processos foram destacados: Urbanização - Manoel Brandão Beneficiamento de resíduos industriais - Holcim Fábrica de cimento - Belum Fábrica de cimento - Camargo Correa Beneficiamento de resíduos industriais - Camargo Correa Beneficiamento de resíduos industriais - Holcim Beneficiamento de resíduos industriais - Recitec Lavra de minérios - Lapa Vermelha Fiação de algodão, seda e fibras - Franco Matos Tintextil Fábrica de estruturas de cimento - Precon Fábrica de produtos químicos - Analub Extração e beneficiamento de calcário - CBE Extração de pedras - Hélio Pereira Extração e beneficiamento de calcário - Holcim No município de Ribeirão das Neves, dentre 54 processos foram destacados: Loteamento Alves e Neves Empreendimentos Imobiliários Loteamento - Contria Constr. Ltda Loteamento - Edifica Empreendimentos Loteamento - Vida Nova Extração de pedras -Santiago e Cia. Ltda Malharia Fabrica de tecidos - Ematex Curtimento de couro - Santelena Finicolor Moldagem de termoplásticos -Natália Ind. Comércio Fábrica de artefatos de papelão - Duloro Fábrica de móveis de metal - Sta. Tereza Industrial Beneficiamento de sucata - Sociedade Bras. De Sinalização 58
  • 60. Fábrica de estruturas de cimento - Forte Premoldados Produção de elementos químicos - Belquímica Fábrica de bebidas - Belo Horizonte Refrigerantes Fábrica de combustíveis e lubrificantes - DS Lubrificantes Fábrica de material cerâmico – Cerâmica Iolanda Fábrica de material cerâmico – Cerâmica Ipê Fábrica de material cerâmico – Cerâmica Jacarandá Fábrica de material cerâmico – Cerâmica Mabeth No município de Santa Luzia, dentre 74 processos, foram destacados: Loteamento Novocentro – COHAB Loteamento - Eldorado Empreendimentos Loteamento – Metalcentro Ltda Extração de minério de ferro – CVRD Terminal de minério – CVRD Extração de minérios – Roca Brasil Extração de pedras – Sane Adm. e Serviços Extração de pedras – Mineração Engenho Fábrica de material cerâmico - Crecisa Fábrica de preparados para limpeza – Cera Inglesa Fábrica de cimento – Cimento Davi Fábrica de material plástico - Epex Fábrica de material elétrico – Molina Fábrica de móveis de madeira – Ieda Maria Sales Fábrica de papelão – Minas Papel Fábrica de rações - Nutriara Fábrica rações balanceadas - Prodap Fábrica de material cerâmico – Roca Brasil Reciclagem de materiais - Cibell Produção de Forjados de aço – Thyssenkrupp Produção de fundidos de metais não ferrosos – Usir-Usina Produção de elementos químicos – Phoster Beneficiamento de resíduos industriais – Placas Molina 59
  • 61. Beneficiamento de minerais não metálicos – Mineração Engenho Beneficiamento de resíduos industriais – Usir -Usina Abate de animais – Frigo Alvorada Torrefação e moagem de grãos – Moinho Vera Cruz Aparelhamento de pedras para construção - Stonart Complexo turístico e de lazer – Mega Space Usina de concreto – Concretomix No município de São José da Lapa, dentre 16 processos, foram selecionados: Fábrica de produtos alimentares – Arte Nativa Fábrica de telhas – Cerâmica Xavier Fábrica de preparados para limpeza – Força Química Fábrica de preparados para limpeza – Max Clean Fábrica de cal – Ical Fábrica de cal - Belocal Fábrica de medicamentos – Laboratório Globo Fábrica de produtos farmacêuticos – Pharmascience Abate de animais – Açougue Viana Serralheria e fabricação de esquadrias – Presmaco No município de Vespasiano, dentre 93 processos, foram destacados: Loteamento - Lotearte Loteamento - Gávea Fábrica de artefatos de borracha – União Ltda Fábrica de máquinas motrizes - Delp Fábrica de máquinas e equipamentos – Horácio Albertini Fábrica de produtos farmacêuticos – Catedral Ltda Fábrica de medicamentos fitoterápicos – Catedral Ltda Fábrica de artigos de metal – Locguel Fábrica e montagem de tratores - Mecan Fábrica de peças de cimento – Premo Fábrica de sabões – Stepan Química Fábrica de produtos de perfumaria - Floervas Biocos 60
  • 62. Serviços galvanotécnicos – Friomax Usina de concreto asfáltico – Real Eng. Beneficiamento de café e cereais – Café Don Pedro Beneficiamento de resíduos industriais – Holaim Brasil Indústria metalúrgica – Cia. Semeato Aços Ltda Geração e fornecimento de energia elétrica – Cemig No município de Jaboticatubas, dentre 8 processos, foram destacados: Loteamento Quintas do Almeida Loteamento Canto da Siriema 61