SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  10
Télécharger pour lire hors ligne
ANÁLISE TEMPORAL DA MORFOLOGIA E PROCESSO DA BACIA
        HIDROGRÁFICA DO MÉDIO/BAIXO RIO ARAGUARI (MG).
                        LEAL, Pedro Carignato Basilio1; RODRIGUES, Silvio Carlos2;



RESUMO

A racionalização do uso de recursos ecológicos, por vezes irracional e cega, também pode servir
para se ordenar e planejar determinados territórios. Começa-se atualmente pensar o território de
uma forma sistêmica, holística e, portanto, através de uma nova consciência ecológica.
Considerando o avanço da fronteira agrícola e crescente processo de urbanização fez-se uma
análise da interação das formas e processos em sistemas da Bacia Hidrográfica do Médio/ Baixo
Rio Araguari dos anos de 1973 e 2009. Para tanto, utilizou-se da Ecodinâmica, Ecologia Política e
Sistemas de Informação Geográfica (SIGs). Percebeu-se a mudança de um meio relativamente
estável para um meio fortemente instável. Nesse processo a ecologia e economia caminham
separadas, apesar de não o ser em realidade. Este trabalho pode servir como fonte de informação
para projeção de cenários e planejamentos.

.



ABSTRACT

The management of the ecological resources, sometimes irrational, can provide the territorial
planning of the space. Nowadays the tendency is taking into account the territory systemically and
holistically, and therefore, with a new ecological awareness. Considering the expansion of the
agricultural activities and the urbanization process, the issue of this paper was to make the
analysis of the forms and process, in the River Basin Systems of the Medium/Lower Valley of
Ararguari River, in 1973 and 2009. It was used the Ecodynamics and Political Ecology Methods,
and Geographic Systems Information. It was noticed the change from a relatively stable to a highly
unstable environment, and the separation of the political and ecological process. Finally, it is hoped
that this paper contributes as an information source, in order to project future scenarios and
planning projects.



Palavras-chave: Ecodinâmica, SIG’s, Uso do Solo, Bacia Hidrográfica


1
 Instituto Geológico; Av. Miguel Stéfano, 3.900, 04301-903, São Paulo SP; fone: (11) 5073-5511 R. 2015,
pedro.leal@igeologico.sp.gov.br.

2
 Universidade Federal de Uberlândia; Av. João Naves de Ávila, 2121, Bloco 1H - Sala1H16, 38408-100, Uberlândia –
MG; fone: (34) 3239-4169, silgel@ufu.br.




13º Congresso Brasileiro de Geologia de Engenharia e Ambiental                                                     1
1- INTRODUÇÃO

      A importância de um olhar sistêmico sobre a realidade se faz presente nos dias atuais a fim
de que ao se estudar uma unidade (bacia hidrográfica) não a desintegre da realidade total. A visão
cartesiana fragmentada dá lugar a uma visão holística. Com o aumento da urbanização e fronteira
agrícola, aumento da população do Triângulo Mineiro e as demandas pela utilização cada vez
maior da infraestrutura urbana, o planejamento do ordenamento territorial da expansão do urbano
e rural se faz necessário. A Bacia Hidrográfica do Médio/ Baixo Rio Araguari é uma importante
bacia que drena e abastece o Triângulo Mineiro. Nesse sentido, as ações antrópicas e o uso da
terra dentro desse sistema natural influenciam na dinâmica ecologica dessa unidade territorial. A
conectividade entre os meios bióticos, abióticos e antrópicos dessa unidade territorial dependem
desse sistema ecológico. Compreender esta ecodinâmica propicia a melhor compreensão dessa
unidade territorial e possivelmente um melhor planejamento do ordenamento territorial do local e
região.



    2- OBJETIVO

      Identificar e caracterizar os diferentes usos e ocupação da terra em dois períodos nos
últimos 30 anos, correlacionando-os com os problemas ambientais recorrentes e ecologia política.
Auxiliado pelo instrumento de gestão SIG, informações para gestão (geoprocessamento), conceito
formas de Ecodinâmica e Ecologia Política, fazer uma análise da evolução do uso e ocupação da
terra dos anos de 1973 e 2009, da Bacia Hidrográfica do Médio/ Baixo Rio Araguari.



    3- CARACTERIZAÇÃO GERAL DA ÁREA DE ESTUDO

       O Cerrado brasileiro está classificado como um tipo de bioma savanico. Warming na década
de 1960 defendia que o cerrado brasileiro ocorria em decorrência da sazonalidade marcante de tal
ambiente (CONTI; FURLAN, 2005). Porém, Rawitsher e Ferri na mesma década realizaram
pesquisas sobre a transpiração das plantas do cerrado e chegaram à conclusão de que as
mesmas não sofriam de déficit hídrico. A partir dessa pesquisa provou-se que os solos dos
cerrados brasileiros são úmidos apesar da sazonalidade, em contraponto com as savanas
africanas. Novas pesquisas surgiram para explicar o aparente xerofitismo (planta que se
desenvolve em região árida) dos cerrados e conclui-se que a composição dessa cobertura vegetal
é antes de tudo condicionada pelas queimadas e pelos solos muito antigos e pobres em nutrientes
(solos ácidos e extremamente pobres em bases trocáveis). As concentrações de alumínio também
permitem as trocas catiônicas (os principais cátions envolvidos nesta troca são o sódio, o cálcio e
o magnésio), que ajudam à regular o metabolismo nutricional das plantas. Os cerrados ocupam
em sua maioria terrenos planos com rios permanentes acompanhados por matas galerias e
buritizais. (CONTI; FURLAN, 2005).
       A fitofisionomia do cerrado se caracteriza por haver árvores tortuosas e espaçadas, com
troncos de cortiça e folhagem coriácea e pilosa. As precipitações anuais são superiores a 1000
mm, onde estações secas e chuvosas são bem definidas (AB’SÁBER, 2003). As suas raízes são


13º Congresso Brasileiro de Geologia de Engenharia e Ambiental                                   2
profundas podendo atingir mais de 15 m e essa adaptação se dá para retirada de água em
grandes profundidades (CONTI; FURLAN, 2005).
       Apesar da baixa fertilidade do solo em relação à produção agrícola, as ocupações para
pastagem e monocultura no cerrado só fazem progredir a fronteira agrícola. Extensas áreas desse
domínio servem para a pecuária e também produção de grãos, especialmente soja (CONTI;
FURLAN, 2005). Nas três últimas décadas houveram grandes modificações em muitas áreas do
interior do Brasil. A urbanização e o avanço da fronteira agrícola desse período deram-se de
forma a modernizar e ampliar as cidades e campos para novas funções. “Essa mudanças
ocorreram, principalmente, devido à implantação de novas infra-estruturas viárias e energéticas,
além da descoberta de impensadas vocações dos solos regionais para atividades agrárias
rentáveis” (AB’SÁBER, 2003: 35).
       A área de estudo está localizada em uma bacia hidrográfica do médio-baixo curso do Rio
Araguari em uma escala de 1: 250.000 e que compreende o complexo energético Amador Aguiar I
e II. Localizado entre as coordenadas 7.950.000 e 764.000 UTM e, 7.895.000 e 825.000 UTM, no
município de Uberlândia (figura 1). O Rio Araguari tem 475 Km de extensão nascendo na Parque
Nacional da Serra da Canastra e tendo sua foz no Rio Paranaíba (BACCARO; MEDEIROS;
FERREIRA; RODRIGUES, 2004). O domínio morfoclimático e fitogeográfico a qual pertence à
área estudada é o dos Chapadões recobertos por cerrados e penetrados por florestas-galerias
(AB’SABER, 1977).




                                Figura 1 - Localização da área de estudo (sem escala).




    4- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICO-METODOLÓGICA

              4.1-     Ecologia e Sistemas: conceitos para uma Ecodinâmica

     Leff (2007) e Shiva (2006) nos ensinam que a origem do conceito ecologia deriva do
vocábulo grego oikos (casa) e logos (estudo). O sentido deste vocábulo para os gregos era o de
acesso a vida ou lugar onde de desenvolve a vida. Foi Ernst Haeckel, em 1869, que sistematizou
13º Congresso Brasileiro de Geologia de Engenharia e Ambiental                                3
o conceito de ecologia designando-o como o estudo das relações entre os seres vivos e o
ambiente em que vivem.

      Christofoletti (1999) diz da dificuldade da identificação do conjunto de fenômenos presentes
na realidade, seus atributos (variáveis) e suas relações, a fim de se estabelecer um sistema.
Trabalha-se aqui com um sistema ambiental físico que o mesmo autor apoiados em Forter,
Rapoport e Trucco, estabelecerá a organização e funcionalidade para caracterizá-lo. Portanto, a
caracterização que se faz do trecho da Bacia Hidrográfica do Médio-Baixo Rio Araguari é de um
sistema aberto e controlado. Chorley e Kennedy (1971) apud Christofoletti (1999) já anunciavam o
aspecto da conectividade do conjunto de fenômenos para se formar uma unidade e propõe uma
classificação estrutural. O sistema aberto pressupõe trocas constantes de energia e matéria e o
controlado trabalha com quatro categorias: I - análise morfológica de sistemas, II - análise dos
processos em sistemas, III - análise da interação formas e processos em sistemas e IV - avaliação
dos sistemas e atividades de planejamento (atuação antrópica).

       Dentro dessa perspectiva a Política de Gestão dos Recursos Hídricos do Brasil estabelece
trabalhar com unidade sistêmica ou unidade de paisagem (campo particular) que contemplem
bacias hidrográficas, visto que, a conectividade dentro dos componentes de uma bacia é muito
grande. “... Os rios devem ser examinados sob a ótica das bacias de drenagem, uma vez que
refletem a forma de uso do solo e sua dinâmica, além de considerar as dimensões temporal e
espacial” (CUNHA, 2003: 219).

      Contudo o conceito de Ecologia somado a visão sistêmica dá base para, se não quantificar,
ao menos qualificar as interações entre os vários fenômenos e seres vivos no meio ambiente, ou
seja, estabelece base para a Ecodinâmica. Cada unidade é uma “entidade individualizada, única,
em sua ocorrência” (CHRISTOFOLETTI, 1999: 3) O conceito de Unidade Ecodinâmica pode ser
entendido como uma unidade que se caracteriza pela dinâmica do meio ambiente de um
ecossistema (ecótopos) influenciando em maior ou menor grau no conjunto de seres vivos do
mesmo (biocenoses). A mesma utiliza-se da Teoria Geral dos Sistemas e aborda as relações
mútuas entre os diversos componentes da dinâmica e os fluxos de energia e matéria no meio
ambiente (TRICART, 1977).

      A proposta de Tricart estabelece ainda uma classificação ecodinâmica dos meios
ambientes, que são: meios estáveis, meios intergrades e os meios fortemente instáveis. Para o
autor a idéia de estabilidade está na interface atmosfera-litosfera, que por sua vez, geram
modelados (litologia, pedogênese, morfogênese, recursos ecológicos e clima) mais ou menos
lentos. “Esta noção de estabilidade aplica-se ao modelado à interface atmosfera-litosfera”
(TRICART, 1977: 35).

      Os meios estáveis são aqueles de evolução lenta. São meios morfodinamicamente estáveis
e necessitam de certas condições, como: 1-cobertura vegetal densa para frear processos
mecânicos da morfogênese; 2-dissecação moderada, sem incisão violenta dos cursos d’água,
sem sapeamentos vigorosos dos rios, e vertentes de lenta evolução; 3-ausência de manifestações
vulcânicas suscetíveis de desencadear paroxismos morfodinâmicos de aspectos mais ou menos
catastróficos.


13º Congresso Brasileiro de Geologia de Engenharia e Ambiental                                  4
Os meios intergrades são a transição de um meio estável para um meio instável. A evolução
é de cunho convencional já que a evolução da instabilidade ou estabilidade é um contínuo.
Interferem principalmente neste meio a morfogênese e a pedogênese em função de critérios
qualitativos e quantitativos. Os qualitativos se ligam apenas aos processos morfogênicos e os
quantitativos se dão no balanço entre morfogênese e pedogênese. Nesse último critério a
cobertura vegetal tem papel importante.

      Os meios fortemente instáveis a interferência da morfogênese é predominante. Dentro do
sistema natural é ele que subordina todos os outros elementos. Nesse ambiente há uma
dissecação acelerada com incisão violenta de cursos d’água e com vertentes com rápida
evolução. Também podem ocorrer através de eventos catastróficos como manifestações
vulcânicas. Por outro lado, as condições meteorológicas extremas podem oferecer um grande
potencial energético. Somado a estas condições ainda se sobrepõem a degradação antrópica.

     A preocupação de Jean Tricart é com a gestão dos recursos ecológicos. Pensar em gestão
dos recursos ecológicos pressupõe pensarmos o ordenamento e gestão territorial e ambiental. A
preocupação de Tricart se liga ao que Hegel chamou de “a base geográfica da história universal”.
O complexo biogeográfico que é composto a América Latina levaram esses autores a pensar a
mesma como um lugar de grande importância no futuro. “América es el país del porvenir. En
tiempos futuros se mostrará su importancia histórica...” (HEGEL, 1830 apud ROJAS, 2007). A
importância futura se dá pelo complexo biogeográfico que em primeiro lugar é base para o
desenvolvimento e reprodução da vida humana e em segundo é fonte para geração de
conhecimento. Confirma-se assim a função econômica, social e intelectual que ocupa tal
complexo.

              4.2-     Ecologia Política: bases e marcos para uma gestão ambiental legal

       Cunha e Coelho (2003) propõem uma periodização das políticas ambientais no Brasil a
partir de 1930 (século XX). Em cada período houveram políticas regulatórias, estruturadoras e
indutoras. As regulatórias são as normas e institutos legais (Código Florestal, Secretária do Meio
Ambiente) para regulamentação das políticas ambientais. As estruturadoras são estruturas
(Unidades de Conservação, reservas extrativistas) que são criadas para dar suporte e gerir as
políticas regulatórias. E as indutoras que não estão em normas mais persuadem a sociedade a fim
do bem comum (Agenda 21, certificação ambiental – ISO).

      Cunha e Coelho (2003) se referem a novas políticas ambientais construídas através do
modelo de gestão ambiental participativa, entre elas está a Política Nacional dos Recursos
Hídricos. Através da Lei das Águas (Lei 9.433/1997) fundamentam-se os princípios básicos da
gestão dos recursos hídricos nacionais. É nesse contexto que surgem os Comitês de Bacias
Hidrográficas (regulado pelo Decreto 2.612/ 1998).

      Ao saber que atualmente poucas áreas no planeta terra não passaram por essas práticas de
expressão espacial de políticas, então, é salutar a compreensão da dinâmica atual do uso e
ocupação da terra. Essa compreensão do que foi a unidade ecodinâmica e do que ela é, ajudará
na criação de cenários futuros. Não obstante, as leis do poder vigente orientam o planejamento
ambiental desse ordenamento territorial. Como observa Cunha (2003), as atividades antrópicas

13º Congresso Brasileiro de Geologia de Engenharia e Ambiental                                  5
(construções de reservatórios e canalizações) realizadas nos rios podem alterar de várias formas
e escalas de intensidade o equilíbrio dinâmico da bacia hidrográfica.

              4.3-     USOS DA TERRA: Instrumentos de Gestão (SIGs), Geoprocessamento e
                       Classificação Supervisionada.

     Da mesma forma que os procedimentos teórico-metodológicos (informações para gestão),
ao se trabalhar com sistemas naturais, não podem ser estáticos, da mesma forma, os
procedimentos operacionais (Instrumentos de gestão) também não podem seguir estas
características. A complexidade dos sistemas ambientais naturais estabelece ferramentas que
apoiem atividades e planejamentos também complexos. Os Sistemas de Informações Geográficas
(SIGs) cumprem essa tarefa dinâmica.

     As imagens que foram utilizas para o trabalho foram as dos satélites LANDSAT 1 e 5
disponibilizadas pelo Instituto de Pesquisas Espaciais (INPE). Utilizou-se a Imagem LANDSAT 1
de 14/07/1973 (resolução 80x80 metros) antes de qualquer barragem. E outra LANDSAT 5 de
29/04/2009 (resolução 30x30 metros) com as barragens do Complexo Energético Amador Aguiar.

      O software utilizado para o desenvolvimento do trabalho foi o Sistema de Processamento de
Informações Georreferenciadas (SPRING). A partir da base cartográfica pode-se georreferenciar
as imagens de satélite. Com as imagens georreferenciadas fez-se o recorte da mesma utilizando-
se o plano de informação contorno da bacia retirado do caderno de mapas do plano diretor da
bacia. Logo em seguida, o contraste da imagem foi alterado da operação linear para a operação
mínimo/ máximo. Nesta operação a imagem se mostrou mais contrastada facilitando a detecção
de amostras na imagem no processo seguinte de Classificação Supervisionada.

      Classificação Supervisionada: Tendo a Imagem processada e georreferenciada clicou-se
em Imagem na barra de ferramenta e selecionou-se a opção Classificação. Na janela
Classificação criar um Contexto em diretório previamente determinado. Na janela Criação de
Contexto é necessário nomeá-lo, marcar em Tipo de Análise a opção Pixel e escolher as
bandas a serem analisadas. Clicar em executar e fechar. De volta a Janela Classificação
selecionar o Contexto criado e a partir daí fazer quatro processos: Treinamento, Classificação,
Pós-Classificação e Mapeamento.



    5- RESULTADOS

      A Bacia Hidrográfica do Rio Araguari é um sistema aberto (trocas constantes de matéria e
energia) e controlado. Sendo assim, se analisará a morfologia e o processo do sistema, as
interações dessas formas e processos para, ao final fazermos uma avaliação e discussão do
sistema e possíveis atividades de planejamento (cenários).

     Foram gerados dois mapas de uso da terra do médio/ baixo curso da Bacia do Rio Araguari
dos anos de 1973 e 2009 . As classes para as análises foram: Água; Pasto; Cultura: permanente/
temporária; Mata, floresta, cerrado e Urbano.



13º Congresso Brasileiro de Geologia de Engenharia e Ambiental                                6
No mapa de 1973 (mapa 1) é possível verificar um predomínio da classe mata (781.479
km²) em toda área da bacia hidrográfica. A classe pasto (259.186 km²) está localizada
predominantemente em áreas de relevo tabular, porém distribuídas também nos planaltos
dissecados e canyons do Araguari. Da mesma forma está a classe cultura (122.966 Km²) que
apesar de se concentrar em áreas de planaltos dissecados, se distribui em todas as outras
unidades morfoesculturais. A hidrografia constitui 21.396 km² da bacia e a área urbana (7.234
km²) aparece tímida do lado da cidade de Uberlândia e já bem perceptível na cidade de Araguari.




Mapa 1 - Uso da Terra 1973: Médio/Baixo Rio Araguari (sem escala).



      Já em 2009 (mapa 2) prevalece o domínio da agropecuária. A área em mata (403.563 km²)
tem uma queda vertiginosa e, inclusive, é ultrapassada em área pela classe pasto (472.136 km²).
A cultura (226.998 km²) tem aumento de mais de 100 Km² e sofre mudança no padrão de
ocorrência. Vê-se que a mesma sobe para os relevos tabulares, onde a nordeste do Rio Araguari
há predomínio de plantação de café. Nesse mapa atual fica evidente a relação entre
morfoescultura e o uso da terra, onde: cultura coincide com planos tabulares; pasto com planaltos
dissecados e mata com canyons do Araguari, planícies fluviais e veredas. Em 2004, houve a
instalação do Complexo Energético Amador Aguiar que acabou por alterar a hidrografia (57.102
km²) aumentando a área do rio em mais de duas vezes. Por fim, a área urbana (32.462 km²) tem
sua área aumentada em quase quatro vezes. Ao norte tem-se o crescimento da cidade de
Araguari e ao Sul o crescimento de Uberlândia.




13º Congresso Brasileiro de Geologia de Engenharia e Ambiental                                 7
Mapa 2 - Uso da Terra 2009: Médio/Baixo Rio Araguari (sem escala).




    Gráfico 1 - Uso da Terra entre 1973 a 2009.



    6- DISCUSSÃO

      A Bacia Hidrográfica do Médio/ Baixo Rio Araguari é uma unidade territorial de estudo onde
foi possível verificar a dinâmica do meio ambiente de tal ecossistema. As informações obtidas na
ecologia política e na confecção de mapas foram utilizadas para a compreensão e sistematização
dessa dinâmica.

13º Congresso Brasileiro de Geologia de Engenharia e Ambiental                                8
Os resultados obtidos mostram na década de 1970 já um meio intergrade onde a
morfodinâmica já é vista em evolução continua, com a cultura de subsistência e inicio do processo
da pecuária extensiva. Para confirmar este fato se vê uma cobertura vegetal densa, porém com
grandes partes desmatadas que não freiam processos mecânicos da morfogênese.
Provavelmente essa mesma cobertura realizasse uma dissecação não moderada, já com algumas
incisões violenta dos cursos d’água, iniciando pequenos sapeamentos dos rios, e vertentes de
continua evolução. Dentro da periodização das políticas ambientais no Brasil essa década se
encontra em um período onde predominam políticas regulatórias e estruturadoras, porém sob a
luz de uma crise ecológica anunciada que vai de encontro com as políticas de desenvolvimento
econômico (“milagre econômico”). Não é possível notar ainda suas consequências imediatas.

      Na década de 2000 é claramente uma situação de meio fortemente instável. A pecuária
passa em área a mata e, a cultura sobe vertiginosamente. Sem a cobertura vegetal a
morfogênese se intensifica e a dissecação é acelerada com incisão violenta de cursos d’água e
vertentes com rápida evolução. Por sua vez, o clima sazonal influencia nessa rápida evolução, já
que resseca o terreno ao longo de quatro a seis meses do ano para depois vir com as fortes
pancadas de chuva oferecendo grande potencial energético. Além do que, ainda há a ação
antrópica na construção de estradas, extração de terra, agricultura, pecuária, retirada de áreas de
proteção permanente e finalmente a construção das barragens do complexo Amador Aguiar I e II.

      Observa-se que mesmo com as políticas regulatórias e estruturadoras como é a Lei de
Águas, a criação da Agência Nacional das Águas, IBAMA, Ministério/ secretarias do meio
ambiente, leis ambientais que estabelecem normas e também políticas indutoras como agenda
21, metas para o próximo milênio, etc; não se conseguiu manter a área de estudo preservada
como um meio estável. Talvez a culpa possa ser atribuída a Constituição por não atribuir o
cerrado como patrimônio nacional a ser protegido, porém na esfera estadual mineira tampouco há
uma preocupação com tal fato. Fatos assim podem ser explicados ou pela ganância ou
ignorância.

      Os indicadores de degradação de uma bacia hidrográfica podem ser observados através de
feições embutidas na paisagem (Cunha, 2003). Na área de estudo é possível encontrar pelo
menos dois grandes indicadores de degradação do rio Araguari e seus canais. O primeiro é
relacionado ao barramento do rio que traz perdas irreparáveis ao meio físico, biológico e
antrópico. E o segundo é o desmatamento de matas ciliares (galerias) para a pecuária e cultura.

      Além do mais a supressão da vegetação quebra o equilíbrio entre solo, água e vegetação
invariavelmente ocasionando erosão hídrica. Essas transferências aceleradas de fluxos de
matérias e energia ocasionam perda da produtividade agrícola e quando o processo erosivo está
conectado a uma rede hidrográfica ainda se corre o risco de assoreamento de canais.



    7- CONSIDERAÇÕES FINAIS

      Este estudo teve como objetivo identificar e caracterizar os diferentes usos e ocupação da
terra em dois períodos distintos (1973 e 2009) na Bacia Hidrográfica do Médio/Baixo Rio Araguari,


13º Congresso Brasileiro de Geologia de Engenharia e Ambiental                                   9
correlacionando-os com os problemas ambientais recorrentes e ecologia política. A escala de
estudo média (1:250.000) faz figurar fatores gerais em detrimento dos particulares.

     Nesse contexto o auxilio do instrumento de gestão SIG, informações para gestão
(geoprocessamento), conceito de Ecodinâmica e Ecologia Política; foram fundamentais para fazer
uma análise da evolução do uso e ocupação da terra de 1973 a 2009 da Bacia Hidrográfica do
Médio/ Baixo Rio Araguari. Esse trabalho poderia ser ampliado com maior resolução temporal e
também com a criação de cenários futuros para o planejamento ambiental da área.

     A tentativa de integrar este estudo de campo particular (unidade territorial) a realidade total
também foi importante para a compreensão de como a Bacia Hidrográfica do Médio/ Baixo Rio
Araguari contribui para constituição do sistema-mundo.



REFERÊNCIAS

- AB’SÁBER, Aziz Nacib. Os Domínios de Natureza no Brasil: potencialidades paisagísticas.
4ª Ed. São Paulo: Ateliê Editorial, 2003.

- CHRISTOFOLETTI, A. Modelagem de Sistemas Ambientais. 1ª Ed. – São Paulo: Edgard
Blücher, 1999.

- CONTI, José B; FURLAN, Sueli A. Geoecologia – o clima, os solos e a biota. In: ROSS, Jurandyr
L. S. Geografia do Brasil – 5ªed. Ver. E ampl. – São Paulo: Editora da Universidade de São
Paulo, 2005. pp. 67 – 208.

- INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS ESPACIAIS (INPE). CBERS - Satélite Sino-Brasileiro
de Recursos Terrestres. Disponível em: http://www.dgi.inpe.br/CDSR/. Acesso a partir de:
08/2009.

- LIMA, Samuel do C.; SANTOS, Roosevelt J.dos (org.). Gestão Ambiental da Bacia do Rio
Araguari – rumo do desenvolvimento sustentável. Uberlândia, Universidade Federal de
Uberlândia/ Instituto de Geografia; Brasília: CNPq, 2004.

- MARCUSE, Herbert. A ideologia da sociedade industrial. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 3ª
edição, 1969.

- RODRIGUES, Silvio C. OLIVEIRA, Paula C. A. de. Programa de Registro do Patrimônio
Natural – Complexo Energético Amador Aguiar. Araguari: Zardo, 2007. 91p. ilust.

- ROSS, Jurandyr L. S. Geomorfologia: ambiente e planejamento. 8ª Ed – São Paulo: Contexto,
2005.

- SILVA, Ardemirio de B. Sistemas de Informações Geo-referenciadas: conceitos e
fundamentos. Campinas, SP: Editora da UNICAMP, 2003. 240p.

-TRICART, Jean. Ecodinâmica. Rio de Janeiro, IBGE, Diretoria técnica, SUPREN, 1977. 97p.


13º Congresso Brasileiro de Geologia de Engenharia e Ambiental
10

Contenu connexe

Tendances

As intervenções antropogênicas no uso e ocupação da terra sinageo
As intervenções antropogênicas no uso e ocupação da terra sinageoAs intervenções antropogênicas no uso e ocupação da terra sinageo
As intervenções antropogênicas no uso e ocupação da terra sinageoVictor Dos Santos Souza
 
Classificação geomorfológica das lagoas da região hidrográfica do baixo paraí...
Classificação geomorfológica das lagoas da região hidrográfica do baixo paraí...Classificação geomorfológica das lagoas da região hidrográfica do baixo paraí...
Classificação geomorfológica das lagoas da região hidrográfica do baixo paraí...Leidiana Alves
 
ANÁLISE DE FUNCIONALIDADE DO SISTEMA DE CAPTAÇÃO DE ÁGUA PLUVIAL DA ESCOLA DE...
ANÁLISE DE FUNCIONALIDADE DO SISTEMA DE CAPTAÇÃO DE ÁGUA PLUVIAL DA ESCOLA DE...ANÁLISE DE FUNCIONALIDADE DO SISTEMA DE CAPTAÇÃO DE ÁGUA PLUVIAL DA ESCOLA DE...
ANÁLISE DE FUNCIONALIDADE DO SISTEMA DE CAPTAÇÃO DE ÁGUA PLUVIAL DA ESCOLA DE...Mari Barroso
 
INFLUÊNCIA DA COMPOSIÇÃO FÍSICO-QUÍMICA DO SOLO NA SUCESSÃO ECOLÓGICA EM FLOR...
INFLUÊNCIA DA COMPOSIÇÃO FÍSICO-QUÍMICA DO SOLO NA SUCESSÃO ECOLÓGICA EM FLOR...INFLUÊNCIA DA COMPOSIÇÃO FÍSICO-QUÍMICA DO SOLO NA SUCESSÃO ECOLÓGICA EM FLOR...
INFLUÊNCIA DA COMPOSIÇÃO FÍSICO-QUÍMICA DO SOLO NA SUCESSÃO ECOLÓGICA EM FLOR...Sabrina Thamago
 
Zoneamento Agroecológico uma Abordagem das Leguminosas
Zoneamento Agroecológico uma Abordagem das LeguminosasZoneamento Agroecológico uma Abordagem das Leguminosas
Zoneamento Agroecológico uma Abordagem das LeguminosasGilberto Fugimoto
 
As marcas do homem na floresta
As marcas do homem na florestaAs marcas do homem na floresta
As marcas do homem na florestaelenitamalta
 
Ambiente sedimentar fluvial e o ribeirão arrudas
Ambiente sedimentar fluvial e o ribeirão arrudasAmbiente sedimentar fluvial e o ribeirão arrudas
Ambiente sedimentar fluvial e o ribeirão arrudasGEOLOGIAINFOCO
 
Pré dimensionamento de um sistema para produção de biogás a partir dos resídu...
Pré dimensionamento de um sistema para produção de biogás a partir dos resídu...Pré dimensionamento de um sistema para produção de biogás a partir dos resídu...
Pré dimensionamento de um sistema para produção de biogás a partir dos resídu...Jose de Souza
 
Geossistemas do estado de Santa Catarina
Geossistemas do estado de Santa CatarinaGeossistemas do estado de Santa Catarina
Geossistemas do estado de Santa CatarinaGabrieldibernardi
 
Aula de geografia de 18 de março de 2013
Aula de geografia de 18 de março de 2013Aula de geografia de 18 de março de 2013
Aula de geografia de 18 de março de 2013Filipa Ramalhete
 
PALESTRA - Mata Atlântica em Sergipe Geocaçadores Judson Malta
PALESTRA - Mata Atlântica em Sergipe Geocaçadores Judson MaltaPALESTRA - Mata Atlântica em Sergipe Geocaçadores Judson Malta
PALESTRA - Mata Atlântica em Sergipe Geocaçadores Judson MaltaJudson Malta
 
O MODELO GTP (GEOSSISTEMA – TERRITÓRIO – PAISAGEM) como trabalhar IMP2.pdf
O MODELO GTP (GEOSSISTEMA – TERRITÓRIO – PAISAGEM) como trabalhar IMP2.pdfO MODELO GTP (GEOSSISTEMA – TERRITÓRIO – PAISAGEM) como trabalhar IMP2.pdf
O MODELO GTP (GEOSSISTEMA – TERRITÓRIO – PAISAGEM) como trabalhar IMP2.pdfAlexandre Pinheiro de Alcântara
 

Tendances (20)

As intervenções antropogênicas no uso e ocupação da terra sinageo
As intervenções antropogênicas no uso e ocupação da terra sinageoAs intervenções antropogênicas no uso e ocupação da terra sinageo
As intervenções antropogênicas no uso e ocupação da terra sinageo
 
Classificação geomorfológica das lagoas da região hidrográfica do baixo paraí...
Classificação geomorfológica das lagoas da região hidrográfica do baixo paraí...Classificação geomorfológica das lagoas da região hidrográfica do baixo paraí...
Classificação geomorfológica das lagoas da região hidrográfica do baixo paraí...
 
ANÁLISE DE FUNCIONALIDADE DO SISTEMA DE CAPTAÇÃO DE ÁGUA PLUVIAL DA ESCOLA DE...
ANÁLISE DE FUNCIONALIDADE DO SISTEMA DE CAPTAÇÃO DE ÁGUA PLUVIAL DA ESCOLA DE...ANÁLISE DE FUNCIONALIDADE DO SISTEMA DE CAPTAÇÃO DE ÁGUA PLUVIAL DA ESCOLA DE...
ANÁLISE DE FUNCIONALIDADE DO SISTEMA DE CAPTAÇÃO DE ÁGUA PLUVIAL DA ESCOLA DE...
 
INFLUÊNCIA DA COMPOSIÇÃO FÍSICO-QUÍMICA DO SOLO NA SUCESSÃO ECOLÓGICA EM FLOR...
INFLUÊNCIA DA COMPOSIÇÃO FÍSICO-QUÍMICA DO SOLO NA SUCESSÃO ECOLÓGICA EM FLOR...INFLUÊNCIA DA COMPOSIÇÃO FÍSICO-QUÍMICA DO SOLO NA SUCESSÃO ECOLÓGICA EM FLOR...
INFLUÊNCIA DA COMPOSIÇÃO FÍSICO-QUÍMICA DO SOLO NA SUCESSÃO ECOLÓGICA EM FLOR...
 
Zoneamento Agroecológico uma Abordagem das Leguminosas
Zoneamento Agroecológico uma Abordagem das LeguminosasZoneamento Agroecológico uma Abordagem das Leguminosas
Zoneamento Agroecológico uma Abordagem das Leguminosas
 
As marcas do homem na floresta
As marcas do homem na florestaAs marcas do homem na floresta
As marcas do homem na floresta
 
Ambiente sedimentar fluvial e o ribeirão arrudas
Ambiente sedimentar fluvial e o ribeirão arrudasAmbiente sedimentar fluvial e o ribeirão arrudas
Ambiente sedimentar fluvial e o ribeirão arrudas
 
Pré dimensionamento de um sistema para produção de biogás a partir dos resídu...
Pré dimensionamento de um sistema para produção de biogás a partir dos resídu...Pré dimensionamento de um sistema para produção de biogás a partir dos resídu...
Pré dimensionamento de um sistema para produção de biogás a partir dos resídu...
 
Atlas de icapui
Atlas de icapuiAtlas de icapui
Atlas de icapui
 
Artigo Unisanta
Artigo  UnisantaArtigo  Unisanta
Artigo Unisanta
 
Geossistemas do estado de Santa Catarina
Geossistemas do estado de Santa CatarinaGeossistemas do estado de Santa Catarina
Geossistemas do estado de Santa Catarina
 
Aula de geografia de 18 de março de 2013
Aula de geografia de 18 de março de 2013Aula de geografia de 18 de março de 2013
Aula de geografia de 18 de março de 2013
 
Apostila 1
Apostila 1Apostila 1
Apostila 1
 
PALESTRA - Mata Atlântica em Sergipe Geocaçadores Judson Malta
PALESTRA - Mata Atlântica em Sergipe Geocaçadores Judson MaltaPALESTRA - Mata Atlântica em Sergipe Geocaçadores Judson Malta
PALESTRA - Mata Atlântica em Sergipe Geocaçadores Judson Malta
 
Análise+parcial
Análise+parcialAnálise+parcial
Análise+parcial
 
inventario rapido
inventario rapidoinventario rapido
inventario rapido
 
15
1515
15
 
a_natureza_da_gf_na_geografia.pdf
a_natureza_da_gf_na_geografia.pdfa_natureza_da_gf_na_geografia.pdf
a_natureza_da_gf_na_geografia.pdf
 
O MODELO GTP (GEOSSISTEMA – TERRITÓRIO – PAISAGEM) como trabalhar IMP2.pdf
O MODELO GTP (GEOSSISTEMA – TERRITÓRIO – PAISAGEM) como trabalhar IMP2.pdfO MODELO GTP (GEOSSISTEMA – TERRITÓRIO – PAISAGEM) como trabalhar IMP2.pdf
O MODELO GTP (GEOSSISTEMA – TERRITÓRIO – PAISAGEM) como trabalhar IMP2.pdf
 
Georges Bertrand
Georges BertrandGeorges Bertrand
Georges Bertrand
 

En vedette

Campos do Jordão (SP): mapeamento de perigos e riscos de escorregamentos e in...
Campos do Jordão (SP): mapeamento de perigos e riscos de escorregamentos e in...Campos do Jordão (SP): mapeamento de perigos e riscos de escorregamentos e in...
Campos do Jordão (SP): mapeamento de perigos e riscos de escorregamentos e in...Maria José Brollo
 
As repórteres alimentação saudavel 29-05-13
As repórteres  alimentação saudavel 29-05-13As repórteres  alimentação saudavel 29-05-13
As repórteres alimentação saudavel 29-05-13CarinaaC
 
Manual de configuración de utorrent
Manual de configuración de utorrentManual de configuración de utorrent
Manual de configuración de utorrentLuciano Tornatore
 
Cat b i-79-2009
Cat b i-79-2009Cat b i-79-2009
Cat b i-79-2009trinxa15
 
Rastreadores utorrent
Rastreadores utorrentRastreadores utorrent
Rastreadores utorrent0225017
 

En vedette (8)

Campos do Jordão (SP): mapeamento de perigos e riscos de escorregamentos e in...
Campos do Jordão (SP): mapeamento de perigos e riscos de escorregamentos e in...Campos do Jordão (SP): mapeamento de perigos e riscos de escorregamentos e in...
Campos do Jordão (SP): mapeamento de perigos e riscos de escorregamentos e in...
 
As repórteres alimentação saudavel 29-05-13
As repórteres  alimentação saudavel 29-05-13As repórteres  alimentação saudavel 29-05-13
As repórteres alimentação saudavel 29-05-13
 
Manual de configuración de utorrent
Manual de configuración de utorrentManual de configuración de utorrent
Manual de configuración de utorrent
 
Rio Pinheiros
Rio PinheirosRio Pinheiros
Rio Pinheiros
 
Cat b i-79-2009
Cat b i-79-2009Cat b i-79-2009
Cat b i-79-2009
 
Rastreadores utorrent
Rastreadores utorrentRastreadores utorrent
Rastreadores utorrent
 
Segurança
SegurançaSegurança
Segurança
 
Flipchart Gestaltung
Flipchart GestaltungFlipchart Gestaltung
Flipchart Gestaltung
 

Similaire à LEAL&RODRIGUES_13CBGE

A2 094 Augm Ambiente 2009
A2 094   Augm Ambiente 2009A2 094   Augm Ambiente 2009
A2 094 Augm Ambiente 2009guest445a26
 
Caracteristicas e peculiaridades da paisagem do Sistema Campelo RJ.pdf
Caracteristicas e peculiaridades da paisagem do Sistema Campelo RJ.pdfCaracteristicas e peculiaridades da paisagem do Sistema Campelo RJ.pdf
Caracteristicas e peculiaridades da paisagem do Sistema Campelo RJ.pdfLeidiana Alves
 
A dinâmica dos fluxos dos canais artificiais e a qualidade das águas no baixo...
A dinâmica dos fluxos dos canais artificiais e a qualidade das águas no baixo...A dinâmica dos fluxos dos canais artificiais e a qualidade das águas no baixo...
A dinâmica dos fluxos dos canais artificiais e a qualidade das águas no baixo...Leidiana Alves
 
Indicadores ambientais
Indicadores ambientaisIndicadores ambientais
Indicadores ambientaisgustavohfs
 
3aAula Disciplina Pos Geo USP 03 set 2 (1).pptx
3aAula Disciplina Pos Geo USP 03 set 2 (1).pptx3aAula Disciplina Pos Geo USP 03 set 2 (1).pptx
3aAula Disciplina Pos Geo USP 03 set 2 (1).pptxVladimirSantos30
 
4. ecologia da paisagem e bacia hidrográfica
4. ecologia da paisagem e bacia hidrográfica4. ecologia da paisagem e bacia hidrográfica
4. ecologia da paisagem e bacia hidrográficaVirna Salgado Barra
 
Paisagens ecologia aquatica sobre manchas
Paisagens ecologia aquatica sobre manchasPaisagens ecologia aquatica sobre manchas
Paisagens ecologia aquatica sobre manchasRobsonelchavo
 
CARACTERIZAÇÃO DE UNIDADES AQUÍFERAS APARTIR DE DADOS DO CADASTRO DE POÇOS DE...
CARACTERIZAÇÃO DE UNIDADES AQUÍFERAS APARTIR DE DADOS DO CADASTRO DE POÇOS DE...CARACTERIZAÇÃO DE UNIDADES AQUÍFERAS APARTIR DE DADOS DO CADASTRO DE POÇOS DE...
CARACTERIZAÇÃO DE UNIDADES AQUÍFERAS APARTIR DE DADOS DO CADASTRO DE POÇOS DE...Gabriella Ribeiro
 
Proteção de solos em área de recarga de nascentes
Proteção de solos em área de recarga de nascentesProteção de solos em área de recarga de nascentes
Proteção de solos em área de recarga de nascentesRodrigo Sganzerla
 
Geodiversidade do brasil conhecer o passado, para entender o presente e pre...
Geodiversidade do brasil   conhecer o passado, para entender o presente e pre...Geodiversidade do brasil   conhecer o passado, para entender o presente e pre...
Geodiversidade do brasil conhecer o passado, para entender o presente e pre...Filipe Carvalho
 
Geodiversidade brasil
Geodiversidade brasilGeodiversidade brasil
Geodiversidade brasilSamir Gfc
 
Temticasetemasusadosnoplanejamentoambiental 130321120635-phpapp01
Temticasetemasusadosnoplanejamentoambiental 130321120635-phpapp01Temticasetemasusadosnoplanejamentoambiental 130321120635-phpapp01
Temticasetemasusadosnoplanejamentoambiental 130321120635-phpapp01Paulo Orlando
 

Similaire à LEAL&RODRIGUES_13CBGE (20)

08
0808
08
 
007 serviços ecossistêmicos
007 serviços ecossistêmicos007 serviços ecossistêmicos
007 serviços ecossistêmicos
 
A2 094 Augm Ambiente 2009
A2 094   Augm Ambiente 2009A2 094   Augm Ambiente 2009
A2 094 Augm Ambiente 2009
 
Caracteristicas e peculiaridades da paisagem do Sistema Campelo RJ.pdf
Caracteristicas e peculiaridades da paisagem do Sistema Campelo RJ.pdfCaracteristicas e peculiaridades da paisagem do Sistema Campelo RJ.pdf
Caracteristicas e peculiaridades da paisagem do Sistema Campelo RJ.pdf
 
10
1010
10
 
Artigo bioterra v18_n2_10
Artigo bioterra v18_n2_10Artigo bioterra v18_n2_10
Artigo bioterra v18_n2_10
 
A dinâmica dos fluxos dos canais artificiais e a qualidade das águas no baixo...
A dinâmica dos fluxos dos canais artificiais e a qualidade das águas no baixo...A dinâmica dos fluxos dos canais artificiais e a qualidade das águas no baixo...
A dinâmica dos fluxos dos canais artificiais e a qualidade das águas no baixo...
 
Indicadores ambientais
Indicadores ambientaisIndicadores ambientais
Indicadores ambientais
 
3aAula Disciplina Pos Geo USP 03 set 2 (1).pptx
3aAula Disciplina Pos Geo USP 03 set 2 (1).pptx3aAula Disciplina Pos Geo USP 03 set 2 (1).pptx
3aAula Disciplina Pos Geo USP 03 set 2 (1).pptx
 
Gestão de bacias hidrográficas
Gestão de bacias hidrográficasGestão de bacias hidrográficas
Gestão de bacias hidrográficas
 
4. ecologia da paisagem e bacia hidrográfica
4. ecologia da paisagem e bacia hidrográfica4. ecologia da paisagem e bacia hidrográfica
4. ecologia da paisagem e bacia hidrográfica
 
Paisagens ecologia aquatica sobre manchas
Paisagens ecologia aquatica sobre manchasPaisagens ecologia aquatica sobre manchas
Paisagens ecologia aquatica sobre manchas
 
CARACTERIZAÇÃO DE UNIDADES AQUÍFERAS APARTIR DE DADOS DO CADASTRO DE POÇOS DE...
CARACTERIZAÇÃO DE UNIDADES AQUÍFERAS APARTIR DE DADOS DO CADASTRO DE POÇOS DE...CARACTERIZAÇÃO DE UNIDADES AQUÍFERAS APARTIR DE DADOS DO CADASTRO DE POÇOS DE...
CARACTERIZAÇÃO DE UNIDADES AQUÍFERAS APARTIR DE DADOS DO CADASTRO DE POÇOS DE...
 
Proteção de solos em área de recarga de nascentes
Proteção de solos em área de recarga de nascentesProteção de solos em área de recarga de nascentes
Proteção de solos em área de recarga de nascentes
 
Geodiversidade do brasil conhecer o passado, para entender o presente e pre...
Geodiversidade do brasil   conhecer o passado, para entender o presente e pre...Geodiversidade do brasil   conhecer o passado, para entender o presente e pre...
Geodiversidade do brasil conhecer o passado, para entender o presente e pre...
 
Geodiversidade brasil
Geodiversidade brasilGeodiversidade brasil
Geodiversidade brasil
 
Geodiversidade brasil
Geodiversidade brasilGeodiversidade brasil
Geodiversidade brasil
 
Biogeografia
BiogeografiaBiogeografia
Biogeografia
 
BIOMA CERRADO
BIOMA  CERRADOBIOMA  CERRADO
BIOMA CERRADO
 
Temticasetemasusadosnoplanejamentoambiental 130321120635-phpapp01
Temticasetemasusadosnoplanejamentoambiental 130321120635-phpapp01Temticasetemasusadosnoplanejamentoambiental 130321120635-phpapp01
Temticasetemasusadosnoplanejamentoambiental 130321120635-phpapp01
 

Plus de Maria José Brollo

GESTÃO DE RISCOS DE DESASTRES DEVIDO A FENÔMENOS GEODINÂMICOS NO ESTADO DE SÃ...
GESTÃO DE RISCOS DE DESASTRES DEVIDO A FENÔMENOS GEODINÂMICOS NO ESTADO DE SÃ...GESTÃO DE RISCOS DE DESASTRES DEVIDO A FENÔMENOS GEODINÂMICOS NO ESTADO DE SÃ...
GESTÃO DE RISCOS DE DESASTRES DEVIDO A FENÔMENOS GEODINÂMICOS NO ESTADO DE SÃ...Maria José Brollo
 
Campos do Jordão (SP): Notícias veiculadas na mídia impressa como apoio à ges...
Campos do Jordão (SP): Notícias veiculadas na mídia impressa como apoio à ges...Campos do Jordão (SP): Notícias veiculadas na mídia impressa como apoio à ges...
Campos do Jordão (SP): Notícias veiculadas na mídia impressa como apoio à ges...Maria José Brollo
 
Sistema Gerenciador de Informações sobre Riscos Geológicos no Estado de São P...
Sistema Gerenciador de Informações sobre Riscos Geológicos no Estado de São P...Sistema Gerenciador de Informações sobre Riscos Geológicos no Estado de São P...
Sistema Gerenciador de Informações sobre Riscos Geológicos no Estado de São P...Maria José Brollo
 
Itaoca (SP) : histórico de acidentes e desastres relacionados a perigos geoló...
Itaoca (SP) : histórico de acidentes e desastres relacionados a perigos geoló...Itaoca (SP) : histórico de acidentes e desastres relacionados a perigos geoló...
Itaoca (SP) : histórico de acidentes e desastres relacionados a perigos geoló...Maria José Brollo
 
ITAOCA (SP) : HISTÓRICO DE ACIDENTES E DESASTRES RELACIONADOS A PERIGOS GEOLÓ...
ITAOCA (SP) : HISTÓRICO DE ACIDENTES E DESASTRES RELACIONADOS A PERIGOS GEOLÓ...ITAOCA (SP) : HISTÓRICO DE ACIDENTES E DESASTRES RELACIONADOS A PERIGOS GEOLÓ...
ITAOCA (SP) : HISTÓRICO DE ACIDENTES E DESASTRES RELACIONADOS A PERIGOS GEOLÓ...Maria José Brollo
 
SISTEMA GERENCIADOR DE INFORMAÇÕES SOBRE RISCOS GEOLÓGICOS NO ESTADO DE SÃO P...
SISTEMA GERENCIADOR DE INFORMAÇÕES SOBRE RISCOS GEOLÓGICOS NO ESTADO DE SÃO P...SISTEMA GERENCIADOR DE INFORMAÇÕES SOBRE RISCOS GEOLÓGICOS NO ESTADO DE SÃO P...
SISTEMA GERENCIADOR DE INFORMAÇÕES SOBRE RISCOS GEOLÓGICOS NO ESTADO DE SÃO P...Maria José Brollo
 
A REDUÇÃO DOS RISCOS DE DESASTRES COMEÇA NA ESCOLA: ESTUDO DE CASO EM CAMPOS ...
A REDUÇÃO DOS RISCOS DE DESASTRES COMEÇA NA ESCOLA: ESTUDO DE CASO EM CAMPOS ...A REDUÇÃO DOS RISCOS DE DESASTRES COMEÇA NA ESCOLA: ESTUDO DE CASO EM CAMPOS ...
A REDUÇÃO DOS RISCOS DE DESASTRES COMEÇA NA ESCOLA: ESTUDO DE CASO EM CAMPOS ...Maria José Brollo
 
PERIGOS E RISCOS GEOLÓGICOS EM CAMPOS DO JORDÃO (SP) : DIAGNÓSTICO EM 2014 - ...
PERIGOS E RISCOS GEOLÓGICOS EM CAMPOS DO JORDÃO (SP) : DIAGNÓSTICO EM 2014 - ...PERIGOS E RISCOS GEOLÓGICOS EM CAMPOS DO JORDÃO (SP) : DIAGNÓSTICO EM 2014 - ...
PERIGOS E RISCOS GEOLÓGICOS EM CAMPOS DO JORDÃO (SP) : DIAGNÓSTICO EM 2014 - ...Maria José Brollo
 
Solo - Desastres naturais e riscos geológicos no estado de São Paulo – cenári...
Solo - Desastres naturais e riscos geológicos no estado de São Paulo – cenári...Solo - Desastres naturais e riscos geológicos no estado de São Paulo – cenári...
Solo - Desastres naturais e riscos geológicos no estado de São Paulo – cenári...Maria José Brollo
 
PERIGOS E RISCOS GEOLÓGICOS EM CAMPOS DO JORDÃO (SP) : DIAGNÓSTICO EM 2014
PERIGOS E RISCOS GEOLÓGICOS EM CAMPOS DO JORDÃO (SP) : DIAGNÓSTICO EM 2014PERIGOS E RISCOS GEOLÓGICOS EM CAMPOS DO JORDÃO (SP) : DIAGNÓSTICO EM 2014
PERIGOS E RISCOS GEOLÓGICOS EM CAMPOS DO JORDÃO (SP) : DIAGNÓSTICO EM 2014Maria José Brollo
 
Avaliação e mapeamento de risco a escorregamentos no município de Guaratingue...
Avaliação e mapeamento de risco a escorregamentos no município de Guaratingue...Avaliação e mapeamento de risco a escorregamentos no município de Guaratingue...
Avaliação e mapeamento de risco a escorregamentos no município de Guaratingue...Maria José Brollo
 
PROGRAMA ESTADUAL DE PREVENÇÃO DE DESASTRES NATURAIS E DE REDUÇÃO DE RISCOS G...
PROGRAMA ESTADUAL DE PREVENÇÃO DE DESASTRES NATURAIS E DE REDUÇÃO DE RISCOS G...PROGRAMA ESTADUAL DE PREVENÇÃO DE DESASTRES NATURAIS E DE REDUÇÃO DE RISCOS G...
PROGRAMA ESTADUAL DE PREVENÇÃO DE DESASTRES NATURAIS E DE REDUÇÃO DE RISCOS G...Maria José Brollo
 
Desastres naturais e riscos geológicos no Estado de São Paulo: Cenário de ref...
Desastres naturais e riscos geológicos no Estado de São Paulo: Cenário de ref...Desastres naturais e riscos geológicos no Estado de São Paulo: Cenário de ref...
Desastres naturais e riscos geológicos no Estado de São Paulo: Cenário de ref...Maria José Brollo
 
Indicadores de desastres naturais no Estado de São Paulo.
Indicadores de desastres naturais no Estado de São Paulo. Indicadores de desastres naturais no Estado de São Paulo.
Indicadores de desastres naturais no Estado de São Paulo. Maria José Brollo
 
Avaliação e mapeamento de áreas de risco do Estado de São Paulo - Programa Es...
Avaliação e mapeamento de áreas de risco do Estado de São Paulo - Programa Es...Avaliação e mapeamento de áreas de risco do Estado de São Paulo - Programa Es...
Avaliação e mapeamento de áreas de risco do Estado de São Paulo - Programa Es...Maria José Brollo
 
Metodologia automatizada para seleção de áreas para disposição de resíduos só...
Metodologia automatizada para seleção de áreas para disposição de resíduos só...Metodologia automatizada para seleção de áreas para disposição de resíduos só...
Metodologia automatizada para seleção de áreas para disposição de resíduos só...Maria José Brollo
 
Programa Estadual de Prevenção de Desastres Naturais e Redução de Riscos Geol...
Programa Estadual de Prevenção de Desastres Naturais e Redução de Riscos Geol...Programa Estadual de Prevenção de Desastres Naturais e Redução de Riscos Geol...
Programa Estadual de Prevenção de Desastres Naturais e Redução de Riscos Geol...Maria José Brollo
 
Instituto Geológico (1999). Seleção de áreas para tratamento e disposição fin...
Instituto Geológico (1999). Seleção de áreas para tratamento e disposição fin...Instituto Geológico (1999). Seleção de áreas para tratamento e disposição fin...
Instituto Geológico (1999). Seleção de áreas para tratamento e disposição fin...Maria José Brollo
 
Avaliação da suscetibilidade de terrenos a perigos de instabilidade e poluiçã...
Avaliação da suscetibilidade de terrenos a perigos de instabilidade e poluiçã...Avaliação da suscetibilidade de terrenos a perigos de instabilidade e poluiçã...
Avaliação da suscetibilidade de terrenos a perigos de instabilidade e poluiçã...Maria José Brollo
 
Programa Estadual de Prevenção de Desastres Naturais e Gestão de Riscos Geoló...
Programa Estadual de Prevenção de Desastres Naturais e Gestão de Riscos Geoló...Programa Estadual de Prevenção de Desastres Naturais e Gestão de Riscos Geoló...
Programa Estadual de Prevenção de Desastres Naturais e Gestão de Riscos Geoló...Maria José Brollo
 

Plus de Maria José Brollo (20)

GESTÃO DE RISCOS DE DESASTRES DEVIDO A FENÔMENOS GEODINÂMICOS NO ESTADO DE SÃ...
GESTÃO DE RISCOS DE DESASTRES DEVIDO A FENÔMENOS GEODINÂMICOS NO ESTADO DE SÃ...GESTÃO DE RISCOS DE DESASTRES DEVIDO A FENÔMENOS GEODINÂMICOS NO ESTADO DE SÃ...
GESTÃO DE RISCOS DE DESASTRES DEVIDO A FENÔMENOS GEODINÂMICOS NO ESTADO DE SÃ...
 
Campos do Jordão (SP): Notícias veiculadas na mídia impressa como apoio à ges...
Campos do Jordão (SP): Notícias veiculadas na mídia impressa como apoio à ges...Campos do Jordão (SP): Notícias veiculadas na mídia impressa como apoio à ges...
Campos do Jordão (SP): Notícias veiculadas na mídia impressa como apoio à ges...
 
Sistema Gerenciador de Informações sobre Riscos Geológicos no Estado de São P...
Sistema Gerenciador de Informações sobre Riscos Geológicos no Estado de São P...Sistema Gerenciador de Informações sobre Riscos Geológicos no Estado de São P...
Sistema Gerenciador de Informações sobre Riscos Geológicos no Estado de São P...
 
Itaoca (SP) : histórico de acidentes e desastres relacionados a perigos geoló...
Itaoca (SP) : histórico de acidentes e desastres relacionados a perigos geoló...Itaoca (SP) : histórico de acidentes e desastres relacionados a perigos geoló...
Itaoca (SP) : histórico de acidentes e desastres relacionados a perigos geoló...
 
ITAOCA (SP) : HISTÓRICO DE ACIDENTES E DESASTRES RELACIONADOS A PERIGOS GEOLÓ...
ITAOCA (SP) : HISTÓRICO DE ACIDENTES E DESASTRES RELACIONADOS A PERIGOS GEOLÓ...ITAOCA (SP) : HISTÓRICO DE ACIDENTES E DESASTRES RELACIONADOS A PERIGOS GEOLÓ...
ITAOCA (SP) : HISTÓRICO DE ACIDENTES E DESASTRES RELACIONADOS A PERIGOS GEOLÓ...
 
SISTEMA GERENCIADOR DE INFORMAÇÕES SOBRE RISCOS GEOLÓGICOS NO ESTADO DE SÃO P...
SISTEMA GERENCIADOR DE INFORMAÇÕES SOBRE RISCOS GEOLÓGICOS NO ESTADO DE SÃO P...SISTEMA GERENCIADOR DE INFORMAÇÕES SOBRE RISCOS GEOLÓGICOS NO ESTADO DE SÃO P...
SISTEMA GERENCIADOR DE INFORMAÇÕES SOBRE RISCOS GEOLÓGICOS NO ESTADO DE SÃO P...
 
A REDUÇÃO DOS RISCOS DE DESASTRES COMEÇA NA ESCOLA: ESTUDO DE CASO EM CAMPOS ...
A REDUÇÃO DOS RISCOS DE DESASTRES COMEÇA NA ESCOLA: ESTUDO DE CASO EM CAMPOS ...A REDUÇÃO DOS RISCOS DE DESASTRES COMEÇA NA ESCOLA: ESTUDO DE CASO EM CAMPOS ...
A REDUÇÃO DOS RISCOS DE DESASTRES COMEÇA NA ESCOLA: ESTUDO DE CASO EM CAMPOS ...
 
PERIGOS E RISCOS GEOLÓGICOS EM CAMPOS DO JORDÃO (SP) : DIAGNÓSTICO EM 2014 - ...
PERIGOS E RISCOS GEOLÓGICOS EM CAMPOS DO JORDÃO (SP) : DIAGNÓSTICO EM 2014 - ...PERIGOS E RISCOS GEOLÓGICOS EM CAMPOS DO JORDÃO (SP) : DIAGNÓSTICO EM 2014 - ...
PERIGOS E RISCOS GEOLÓGICOS EM CAMPOS DO JORDÃO (SP) : DIAGNÓSTICO EM 2014 - ...
 
Solo - Desastres naturais e riscos geológicos no estado de São Paulo – cenári...
Solo - Desastres naturais e riscos geológicos no estado de São Paulo – cenári...Solo - Desastres naturais e riscos geológicos no estado de São Paulo – cenári...
Solo - Desastres naturais e riscos geológicos no estado de São Paulo – cenári...
 
PERIGOS E RISCOS GEOLÓGICOS EM CAMPOS DO JORDÃO (SP) : DIAGNÓSTICO EM 2014
PERIGOS E RISCOS GEOLÓGICOS EM CAMPOS DO JORDÃO (SP) : DIAGNÓSTICO EM 2014PERIGOS E RISCOS GEOLÓGICOS EM CAMPOS DO JORDÃO (SP) : DIAGNÓSTICO EM 2014
PERIGOS E RISCOS GEOLÓGICOS EM CAMPOS DO JORDÃO (SP) : DIAGNÓSTICO EM 2014
 
Avaliação e mapeamento de risco a escorregamentos no município de Guaratingue...
Avaliação e mapeamento de risco a escorregamentos no município de Guaratingue...Avaliação e mapeamento de risco a escorregamentos no município de Guaratingue...
Avaliação e mapeamento de risco a escorregamentos no município de Guaratingue...
 
PROGRAMA ESTADUAL DE PREVENÇÃO DE DESASTRES NATURAIS E DE REDUÇÃO DE RISCOS G...
PROGRAMA ESTADUAL DE PREVENÇÃO DE DESASTRES NATURAIS E DE REDUÇÃO DE RISCOS G...PROGRAMA ESTADUAL DE PREVENÇÃO DE DESASTRES NATURAIS E DE REDUÇÃO DE RISCOS G...
PROGRAMA ESTADUAL DE PREVENÇÃO DE DESASTRES NATURAIS E DE REDUÇÃO DE RISCOS G...
 
Desastres naturais e riscos geológicos no Estado de São Paulo: Cenário de ref...
Desastres naturais e riscos geológicos no Estado de São Paulo: Cenário de ref...Desastres naturais e riscos geológicos no Estado de São Paulo: Cenário de ref...
Desastres naturais e riscos geológicos no Estado de São Paulo: Cenário de ref...
 
Indicadores de desastres naturais no Estado de São Paulo.
Indicadores de desastres naturais no Estado de São Paulo. Indicadores de desastres naturais no Estado de São Paulo.
Indicadores de desastres naturais no Estado de São Paulo.
 
Avaliação e mapeamento de áreas de risco do Estado de São Paulo - Programa Es...
Avaliação e mapeamento de áreas de risco do Estado de São Paulo - Programa Es...Avaliação e mapeamento de áreas de risco do Estado de São Paulo - Programa Es...
Avaliação e mapeamento de áreas de risco do Estado de São Paulo - Programa Es...
 
Metodologia automatizada para seleção de áreas para disposição de resíduos só...
Metodologia automatizada para seleção de áreas para disposição de resíduos só...Metodologia automatizada para seleção de áreas para disposição de resíduos só...
Metodologia automatizada para seleção de áreas para disposição de resíduos só...
 
Programa Estadual de Prevenção de Desastres Naturais e Redução de Riscos Geol...
Programa Estadual de Prevenção de Desastres Naturais e Redução de Riscos Geol...Programa Estadual de Prevenção de Desastres Naturais e Redução de Riscos Geol...
Programa Estadual de Prevenção de Desastres Naturais e Redução de Riscos Geol...
 
Instituto Geológico (1999). Seleção de áreas para tratamento e disposição fin...
Instituto Geológico (1999). Seleção de áreas para tratamento e disposição fin...Instituto Geológico (1999). Seleção de áreas para tratamento e disposição fin...
Instituto Geológico (1999). Seleção de áreas para tratamento e disposição fin...
 
Avaliação da suscetibilidade de terrenos a perigos de instabilidade e poluiçã...
Avaliação da suscetibilidade de terrenos a perigos de instabilidade e poluiçã...Avaliação da suscetibilidade de terrenos a perigos de instabilidade e poluiçã...
Avaliação da suscetibilidade de terrenos a perigos de instabilidade e poluiçã...
 
Programa Estadual de Prevenção de Desastres Naturais e Gestão de Riscos Geoló...
Programa Estadual de Prevenção de Desastres Naturais e Gestão de Riscos Geoló...Programa Estadual de Prevenção de Desastres Naturais e Gestão de Riscos Geoló...
Programa Estadual de Prevenção de Desastres Naturais e Gestão de Riscos Geoló...
 

Dernier

Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Centro Jacques Delors
 
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasCassio Meira Jr.
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024Jeanoliveira597523
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBAline Santana
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividadeMary Alvarenga
 
ELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VER
ELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VERELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VER
ELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VERDeiciane Chaves
 
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 BrasilGoverno Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasillucasp132400
 
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfEditoraEnovus
 
ANTIGUIDADE CLÁSSICA - Grécia e Roma Antiga
ANTIGUIDADE CLÁSSICA - Grécia e Roma AntigaANTIGUIDADE CLÁSSICA - Grécia e Roma Antiga
ANTIGUIDADE CLÁSSICA - Grécia e Roma AntigaJúlio Sandes
 
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOColégio Santa Teresinha
 
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMCOMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMVanessaCavalcante37
 
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptxD9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptxRonys4
 
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxOsnilReis1
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresLilianPiola
 
Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.keislayyovera123
 
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdfJorge Andrade
 

Dernier (20)

Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
 
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
 
ELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VER
ELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VERELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VER
ELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VER
 
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 BrasilGoverno Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
 
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
 
ANTIGUIDADE CLÁSSICA - Grécia e Roma Antiga
ANTIGUIDADE CLÁSSICA - Grécia e Roma AntigaANTIGUIDADE CLÁSSICA - Grécia e Roma Antiga
ANTIGUIDADE CLÁSSICA - Grécia e Roma Antiga
 
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
 
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMCOMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
 
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptxD9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
 
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
 
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULACINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
 
Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.
 
Em tempo de Quaresma .
Em tempo de Quaresma                            .Em tempo de Quaresma                            .
Em tempo de Quaresma .
 
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
 
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
 

LEAL&RODRIGUES_13CBGE

  • 1. ANÁLISE TEMPORAL DA MORFOLOGIA E PROCESSO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO MÉDIO/BAIXO RIO ARAGUARI (MG). LEAL, Pedro Carignato Basilio1; RODRIGUES, Silvio Carlos2; RESUMO A racionalização do uso de recursos ecológicos, por vezes irracional e cega, também pode servir para se ordenar e planejar determinados territórios. Começa-se atualmente pensar o território de uma forma sistêmica, holística e, portanto, através de uma nova consciência ecológica. Considerando o avanço da fronteira agrícola e crescente processo de urbanização fez-se uma análise da interação das formas e processos em sistemas da Bacia Hidrográfica do Médio/ Baixo Rio Araguari dos anos de 1973 e 2009. Para tanto, utilizou-se da Ecodinâmica, Ecologia Política e Sistemas de Informação Geográfica (SIGs). Percebeu-se a mudança de um meio relativamente estável para um meio fortemente instável. Nesse processo a ecologia e economia caminham separadas, apesar de não o ser em realidade. Este trabalho pode servir como fonte de informação para projeção de cenários e planejamentos. . ABSTRACT The management of the ecological resources, sometimes irrational, can provide the territorial planning of the space. Nowadays the tendency is taking into account the territory systemically and holistically, and therefore, with a new ecological awareness. Considering the expansion of the agricultural activities and the urbanization process, the issue of this paper was to make the analysis of the forms and process, in the River Basin Systems of the Medium/Lower Valley of Ararguari River, in 1973 and 2009. It was used the Ecodynamics and Political Ecology Methods, and Geographic Systems Information. It was noticed the change from a relatively stable to a highly unstable environment, and the separation of the political and ecological process. Finally, it is hoped that this paper contributes as an information source, in order to project future scenarios and planning projects. Palavras-chave: Ecodinâmica, SIG’s, Uso do Solo, Bacia Hidrográfica 1 Instituto Geológico; Av. Miguel Stéfano, 3.900, 04301-903, São Paulo SP; fone: (11) 5073-5511 R. 2015, pedro.leal@igeologico.sp.gov.br. 2 Universidade Federal de Uberlândia; Av. João Naves de Ávila, 2121, Bloco 1H - Sala1H16, 38408-100, Uberlândia – MG; fone: (34) 3239-4169, silgel@ufu.br. 13º Congresso Brasileiro de Geologia de Engenharia e Ambiental 1
  • 2. 1- INTRODUÇÃO A importância de um olhar sistêmico sobre a realidade se faz presente nos dias atuais a fim de que ao se estudar uma unidade (bacia hidrográfica) não a desintegre da realidade total. A visão cartesiana fragmentada dá lugar a uma visão holística. Com o aumento da urbanização e fronteira agrícola, aumento da população do Triângulo Mineiro e as demandas pela utilização cada vez maior da infraestrutura urbana, o planejamento do ordenamento territorial da expansão do urbano e rural se faz necessário. A Bacia Hidrográfica do Médio/ Baixo Rio Araguari é uma importante bacia que drena e abastece o Triângulo Mineiro. Nesse sentido, as ações antrópicas e o uso da terra dentro desse sistema natural influenciam na dinâmica ecologica dessa unidade territorial. A conectividade entre os meios bióticos, abióticos e antrópicos dessa unidade territorial dependem desse sistema ecológico. Compreender esta ecodinâmica propicia a melhor compreensão dessa unidade territorial e possivelmente um melhor planejamento do ordenamento territorial do local e região. 2- OBJETIVO Identificar e caracterizar os diferentes usos e ocupação da terra em dois períodos nos últimos 30 anos, correlacionando-os com os problemas ambientais recorrentes e ecologia política. Auxiliado pelo instrumento de gestão SIG, informações para gestão (geoprocessamento), conceito formas de Ecodinâmica e Ecologia Política, fazer uma análise da evolução do uso e ocupação da terra dos anos de 1973 e 2009, da Bacia Hidrográfica do Médio/ Baixo Rio Araguari. 3- CARACTERIZAÇÃO GERAL DA ÁREA DE ESTUDO O Cerrado brasileiro está classificado como um tipo de bioma savanico. Warming na década de 1960 defendia que o cerrado brasileiro ocorria em decorrência da sazonalidade marcante de tal ambiente (CONTI; FURLAN, 2005). Porém, Rawitsher e Ferri na mesma década realizaram pesquisas sobre a transpiração das plantas do cerrado e chegaram à conclusão de que as mesmas não sofriam de déficit hídrico. A partir dessa pesquisa provou-se que os solos dos cerrados brasileiros são úmidos apesar da sazonalidade, em contraponto com as savanas africanas. Novas pesquisas surgiram para explicar o aparente xerofitismo (planta que se desenvolve em região árida) dos cerrados e conclui-se que a composição dessa cobertura vegetal é antes de tudo condicionada pelas queimadas e pelos solos muito antigos e pobres em nutrientes (solos ácidos e extremamente pobres em bases trocáveis). As concentrações de alumínio também permitem as trocas catiônicas (os principais cátions envolvidos nesta troca são o sódio, o cálcio e o magnésio), que ajudam à regular o metabolismo nutricional das plantas. Os cerrados ocupam em sua maioria terrenos planos com rios permanentes acompanhados por matas galerias e buritizais. (CONTI; FURLAN, 2005). A fitofisionomia do cerrado se caracteriza por haver árvores tortuosas e espaçadas, com troncos de cortiça e folhagem coriácea e pilosa. As precipitações anuais são superiores a 1000 mm, onde estações secas e chuvosas são bem definidas (AB’SÁBER, 2003). As suas raízes são 13º Congresso Brasileiro de Geologia de Engenharia e Ambiental 2
  • 3. profundas podendo atingir mais de 15 m e essa adaptação se dá para retirada de água em grandes profundidades (CONTI; FURLAN, 2005). Apesar da baixa fertilidade do solo em relação à produção agrícola, as ocupações para pastagem e monocultura no cerrado só fazem progredir a fronteira agrícola. Extensas áreas desse domínio servem para a pecuária e também produção de grãos, especialmente soja (CONTI; FURLAN, 2005). Nas três últimas décadas houveram grandes modificações em muitas áreas do interior do Brasil. A urbanização e o avanço da fronteira agrícola desse período deram-se de forma a modernizar e ampliar as cidades e campos para novas funções. “Essa mudanças ocorreram, principalmente, devido à implantação de novas infra-estruturas viárias e energéticas, além da descoberta de impensadas vocações dos solos regionais para atividades agrárias rentáveis” (AB’SÁBER, 2003: 35). A área de estudo está localizada em uma bacia hidrográfica do médio-baixo curso do Rio Araguari em uma escala de 1: 250.000 e que compreende o complexo energético Amador Aguiar I e II. Localizado entre as coordenadas 7.950.000 e 764.000 UTM e, 7.895.000 e 825.000 UTM, no município de Uberlândia (figura 1). O Rio Araguari tem 475 Km de extensão nascendo na Parque Nacional da Serra da Canastra e tendo sua foz no Rio Paranaíba (BACCARO; MEDEIROS; FERREIRA; RODRIGUES, 2004). O domínio morfoclimático e fitogeográfico a qual pertence à área estudada é o dos Chapadões recobertos por cerrados e penetrados por florestas-galerias (AB’SABER, 1977). Figura 1 - Localização da área de estudo (sem escala). 4- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICO-METODOLÓGICA 4.1- Ecologia e Sistemas: conceitos para uma Ecodinâmica Leff (2007) e Shiva (2006) nos ensinam que a origem do conceito ecologia deriva do vocábulo grego oikos (casa) e logos (estudo). O sentido deste vocábulo para os gregos era o de acesso a vida ou lugar onde de desenvolve a vida. Foi Ernst Haeckel, em 1869, que sistematizou 13º Congresso Brasileiro de Geologia de Engenharia e Ambiental 3
  • 4. o conceito de ecologia designando-o como o estudo das relações entre os seres vivos e o ambiente em que vivem. Christofoletti (1999) diz da dificuldade da identificação do conjunto de fenômenos presentes na realidade, seus atributos (variáveis) e suas relações, a fim de se estabelecer um sistema. Trabalha-se aqui com um sistema ambiental físico que o mesmo autor apoiados em Forter, Rapoport e Trucco, estabelecerá a organização e funcionalidade para caracterizá-lo. Portanto, a caracterização que se faz do trecho da Bacia Hidrográfica do Médio-Baixo Rio Araguari é de um sistema aberto e controlado. Chorley e Kennedy (1971) apud Christofoletti (1999) já anunciavam o aspecto da conectividade do conjunto de fenômenos para se formar uma unidade e propõe uma classificação estrutural. O sistema aberto pressupõe trocas constantes de energia e matéria e o controlado trabalha com quatro categorias: I - análise morfológica de sistemas, II - análise dos processos em sistemas, III - análise da interação formas e processos em sistemas e IV - avaliação dos sistemas e atividades de planejamento (atuação antrópica). Dentro dessa perspectiva a Política de Gestão dos Recursos Hídricos do Brasil estabelece trabalhar com unidade sistêmica ou unidade de paisagem (campo particular) que contemplem bacias hidrográficas, visto que, a conectividade dentro dos componentes de uma bacia é muito grande. “... Os rios devem ser examinados sob a ótica das bacias de drenagem, uma vez que refletem a forma de uso do solo e sua dinâmica, além de considerar as dimensões temporal e espacial” (CUNHA, 2003: 219). Contudo o conceito de Ecologia somado a visão sistêmica dá base para, se não quantificar, ao menos qualificar as interações entre os vários fenômenos e seres vivos no meio ambiente, ou seja, estabelece base para a Ecodinâmica. Cada unidade é uma “entidade individualizada, única, em sua ocorrência” (CHRISTOFOLETTI, 1999: 3) O conceito de Unidade Ecodinâmica pode ser entendido como uma unidade que se caracteriza pela dinâmica do meio ambiente de um ecossistema (ecótopos) influenciando em maior ou menor grau no conjunto de seres vivos do mesmo (biocenoses). A mesma utiliza-se da Teoria Geral dos Sistemas e aborda as relações mútuas entre os diversos componentes da dinâmica e os fluxos de energia e matéria no meio ambiente (TRICART, 1977). A proposta de Tricart estabelece ainda uma classificação ecodinâmica dos meios ambientes, que são: meios estáveis, meios intergrades e os meios fortemente instáveis. Para o autor a idéia de estabilidade está na interface atmosfera-litosfera, que por sua vez, geram modelados (litologia, pedogênese, morfogênese, recursos ecológicos e clima) mais ou menos lentos. “Esta noção de estabilidade aplica-se ao modelado à interface atmosfera-litosfera” (TRICART, 1977: 35). Os meios estáveis são aqueles de evolução lenta. São meios morfodinamicamente estáveis e necessitam de certas condições, como: 1-cobertura vegetal densa para frear processos mecânicos da morfogênese; 2-dissecação moderada, sem incisão violenta dos cursos d’água, sem sapeamentos vigorosos dos rios, e vertentes de lenta evolução; 3-ausência de manifestações vulcânicas suscetíveis de desencadear paroxismos morfodinâmicos de aspectos mais ou menos catastróficos. 13º Congresso Brasileiro de Geologia de Engenharia e Ambiental 4
  • 5. Os meios intergrades são a transição de um meio estável para um meio instável. A evolução é de cunho convencional já que a evolução da instabilidade ou estabilidade é um contínuo. Interferem principalmente neste meio a morfogênese e a pedogênese em função de critérios qualitativos e quantitativos. Os qualitativos se ligam apenas aos processos morfogênicos e os quantitativos se dão no balanço entre morfogênese e pedogênese. Nesse último critério a cobertura vegetal tem papel importante. Os meios fortemente instáveis a interferência da morfogênese é predominante. Dentro do sistema natural é ele que subordina todos os outros elementos. Nesse ambiente há uma dissecação acelerada com incisão violenta de cursos d’água e com vertentes com rápida evolução. Também podem ocorrer através de eventos catastróficos como manifestações vulcânicas. Por outro lado, as condições meteorológicas extremas podem oferecer um grande potencial energético. Somado a estas condições ainda se sobrepõem a degradação antrópica. A preocupação de Jean Tricart é com a gestão dos recursos ecológicos. Pensar em gestão dos recursos ecológicos pressupõe pensarmos o ordenamento e gestão territorial e ambiental. A preocupação de Tricart se liga ao que Hegel chamou de “a base geográfica da história universal”. O complexo biogeográfico que é composto a América Latina levaram esses autores a pensar a mesma como um lugar de grande importância no futuro. “América es el país del porvenir. En tiempos futuros se mostrará su importancia histórica...” (HEGEL, 1830 apud ROJAS, 2007). A importância futura se dá pelo complexo biogeográfico que em primeiro lugar é base para o desenvolvimento e reprodução da vida humana e em segundo é fonte para geração de conhecimento. Confirma-se assim a função econômica, social e intelectual que ocupa tal complexo. 4.2- Ecologia Política: bases e marcos para uma gestão ambiental legal Cunha e Coelho (2003) propõem uma periodização das políticas ambientais no Brasil a partir de 1930 (século XX). Em cada período houveram políticas regulatórias, estruturadoras e indutoras. As regulatórias são as normas e institutos legais (Código Florestal, Secretária do Meio Ambiente) para regulamentação das políticas ambientais. As estruturadoras são estruturas (Unidades de Conservação, reservas extrativistas) que são criadas para dar suporte e gerir as políticas regulatórias. E as indutoras que não estão em normas mais persuadem a sociedade a fim do bem comum (Agenda 21, certificação ambiental – ISO). Cunha e Coelho (2003) se referem a novas políticas ambientais construídas através do modelo de gestão ambiental participativa, entre elas está a Política Nacional dos Recursos Hídricos. Através da Lei das Águas (Lei 9.433/1997) fundamentam-se os princípios básicos da gestão dos recursos hídricos nacionais. É nesse contexto que surgem os Comitês de Bacias Hidrográficas (regulado pelo Decreto 2.612/ 1998). Ao saber que atualmente poucas áreas no planeta terra não passaram por essas práticas de expressão espacial de políticas, então, é salutar a compreensão da dinâmica atual do uso e ocupação da terra. Essa compreensão do que foi a unidade ecodinâmica e do que ela é, ajudará na criação de cenários futuros. Não obstante, as leis do poder vigente orientam o planejamento ambiental desse ordenamento territorial. Como observa Cunha (2003), as atividades antrópicas 13º Congresso Brasileiro de Geologia de Engenharia e Ambiental 5
  • 6. (construções de reservatórios e canalizações) realizadas nos rios podem alterar de várias formas e escalas de intensidade o equilíbrio dinâmico da bacia hidrográfica. 4.3- USOS DA TERRA: Instrumentos de Gestão (SIGs), Geoprocessamento e Classificação Supervisionada. Da mesma forma que os procedimentos teórico-metodológicos (informações para gestão), ao se trabalhar com sistemas naturais, não podem ser estáticos, da mesma forma, os procedimentos operacionais (Instrumentos de gestão) também não podem seguir estas características. A complexidade dos sistemas ambientais naturais estabelece ferramentas que apoiem atividades e planejamentos também complexos. Os Sistemas de Informações Geográficas (SIGs) cumprem essa tarefa dinâmica. As imagens que foram utilizas para o trabalho foram as dos satélites LANDSAT 1 e 5 disponibilizadas pelo Instituto de Pesquisas Espaciais (INPE). Utilizou-se a Imagem LANDSAT 1 de 14/07/1973 (resolução 80x80 metros) antes de qualquer barragem. E outra LANDSAT 5 de 29/04/2009 (resolução 30x30 metros) com as barragens do Complexo Energético Amador Aguiar. O software utilizado para o desenvolvimento do trabalho foi o Sistema de Processamento de Informações Georreferenciadas (SPRING). A partir da base cartográfica pode-se georreferenciar as imagens de satélite. Com as imagens georreferenciadas fez-se o recorte da mesma utilizando- se o plano de informação contorno da bacia retirado do caderno de mapas do plano diretor da bacia. Logo em seguida, o contraste da imagem foi alterado da operação linear para a operação mínimo/ máximo. Nesta operação a imagem se mostrou mais contrastada facilitando a detecção de amostras na imagem no processo seguinte de Classificação Supervisionada. Classificação Supervisionada: Tendo a Imagem processada e georreferenciada clicou-se em Imagem na barra de ferramenta e selecionou-se a opção Classificação. Na janela Classificação criar um Contexto em diretório previamente determinado. Na janela Criação de Contexto é necessário nomeá-lo, marcar em Tipo de Análise a opção Pixel e escolher as bandas a serem analisadas. Clicar em executar e fechar. De volta a Janela Classificação selecionar o Contexto criado e a partir daí fazer quatro processos: Treinamento, Classificação, Pós-Classificação e Mapeamento. 5- RESULTADOS A Bacia Hidrográfica do Rio Araguari é um sistema aberto (trocas constantes de matéria e energia) e controlado. Sendo assim, se analisará a morfologia e o processo do sistema, as interações dessas formas e processos para, ao final fazermos uma avaliação e discussão do sistema e possíveis atividades de planejamento (cenários). Foram gerados dois mapas de uso da terra do médio/ baixo curso da Bacia do Rio Araguari dos anos de 1973 e 2009 . As classes para as análises foram: Água; Pasto; Cultura: permanente/ temporária; Mata, floresta, cerrado e Urbano. 13º Congresso Brasileiro de Geologia de Engenharia e Ambiental 6
  • 7. No mapa de 1973 (mapa 1) é possível verificar um predomínio da classe mata (781.479 km²) em toda área da bacia hidrográfica. A classe pasto (259.186 km²) está localizada predominantemente em áreas de relevo tabular, porém distribuídas também nos planaltos dissecados e canyons do Araguari. Da mesma forma está a classe cultura (122.966 Km²) que apesar de se concentrar em áreas de planaltos dissecados, se distribui em todas as outras unidades morfoesculturais. A hidrografia constitui 21.396 km² da bacia e a área urbana (7.234 km²) aparece tímida do lado da cidade de Uberlândia e já bem perceptível na cidade de Araguari. Mapa 1 - Uso da Terra 1973: Médio/Baixo Rio Araguari (sem escala). Já em 2009 (mapa 2) prevalece o domínio da agropecuária. A área em mata (403.563 km²) tem uma queda vertiginosa e, inclusive, é ultrapassada em área pela classe pasto (472.136 km²). A cultura (226.998 km²) tem aumento de mais de 100 Km² e sofre mudança no padrão de ocorrência. Vê-se que a mesma sobe para os relevos tabulares, onde a nordeste do Rio Araguari há predomínio de plantação de café. Nesse mapa atual fica evidente a relação entre morfoescultura e o uso da terra, onde: cultura coincide com planos tabulares; pasto com planaltos dissecados e mata com canyons do Araguari, planícies fluviais e veredas. Em 2004, houve a instalação do Complexo Energético Amador Aguiar que acabou por alterar a hidrografia (57.102 km²) aumentando a área do rio em mais de duas vezes. Por fim, a área urbana (32.462 km²) tem sua área aumentada em quase quatro vezes. Ao norte tem-se o crescimento da cidade de Araguari e ao Sul o crescimento de Uberlândia. 13º Congresso Brasileiro de Geologia de Engenharia e Ambiental 7
  • 8. Mapa 2 - Uso da Terra 2009: Médio/Baixo Rio Araguari (sem escala). Gráfico 1 - Uso da Terra entre 1973 a 2009. 6- DISCUSSÃO A Bacia Hidrográfica do Médio/ Baixo Rio Araguari é uma unidade territorial de estudo onde foi possível verificar a dinâmica do meio ambiente de tal ecossistema. As informações obtidas na ecologia política e na confecção de mapas foram utilizadas para a compreensão e sistematização dessa dinâmica. 13º Congresso Brasileiro de Geologia de Engenharia e Ambiental 8
  • 9. Os resultados obtidos mostram na década de 1970 já um meio intergrade onde a morfodinâmica já é vista em evolução continua, com a cultura de subsistência e inicio do processo da pecuária extensiva. Para confirmar este fato se vê uma cobertura vegetal densa, porém com grandes partes desmatadas que não freiam processos mecânicos da morfogênese. Provavelmente essa mesma cobertura realizasse uma dissecação não moderada, já com algumas incisões violenta dos cursos d’água, iniciando pequenos sapeamentos dos rios, e vertentes de continua evolução. Dentro da periodização das políticas ambientais no Brasil essa década se encontra em um período onde predominam políticas regulatórias e estruturadoras, porém sob a luz de uma crise ecológica anunciada que vai de encontro com as políticas de desenvolvimento econômico (“milagre econômico”). Não é possível notar ainda suas consequências imediatas. Na década de 2000 é claramente uma situação de meio fortemente instável. A pecuária passa em área a mata e, a cultura sobe vertiginosamente. Sem a cobertura vegetal a morfogênese se intensifica e a dissecação é acelerada com incisão violenta de cursos d’água e vertentes com rápida evolução. Por sua vez, o clima sazonal influencia nessa rápida evolução, já que resseca o terreno ao longo de quatro a seis meses do ano para depois vir com as fortes pancadas de chuva oferecendo grande potencial energético. Além do que, ainda há a ação antrópica na construção de estradas, extração de terra, agricultura, pecuária, retirada de áreas de proteção permanente e finalmente a construção das barragens do complexo Amador Aguiar I e II. Observa-se que mesmo com as políticas regulatórias e estruturadoras como é a Lei de Águas, a criação da Agência Nacional das Águas, IBAMA, Ministério/ secretarias do meio ambiente, leis ambientais que estabelecem normas e também políticas indutoras como agenda 21, metas para o próximo milênio, etc; não se conseguiu manter a área de estudo preservada como um meio estável. Talvez a culpa possa ser atribuída a Constituição por não atribuir o cerrado como patrimônio nacional a ser protegido, porém na esfera estadual mineira tampouco há uma preocupação com tal fato. Fatos assim podem ser explicados ou pela ganância ou ignorância. Os indicadores de degradação de uma bacia hidrográfica podem ser observados através de feições embutidas na paisagem (Cunha, 2003). Na área de estudo é possível encontrar pelo menos dois grandes indicadores de degradação do rio Araguari e seus canais. O primeiro é relacionado ao barramento do rio que traz perdas irreparáveis ao meio físico, biológico e antrópico. E o segundo é o desmatamento de matas ciliares (galerias) para a pecuária e cultura. Além do mais a supressão da vegetação quebra o equilíbrio entre solo, água e vegetação invariavelmente ocasionando erosão hídrica. Essas transferências aceleradas de fluxos de matérias e energia ocasionam perda da produtividade agrícola e quando o processo erosivo está conectado a uma rede hidrográfica ainda se corre o risco de assoreamento de canais. 7- CONSIDERAÇÕES FINAIS Este estudo teve como objetivo identificar e caracterizar os diferentes usos e ocupação da terra em dois períodos distintos (1973 e 2009) na Bacia Hidrográfica do Médio/Baixo Rio Araguari, 13º Congresso Brasileiro de Geologia de Engenharia e Ambiental 9
  • 10. correlacionando-os com os problemas ambientais recorrentes e ecologia política. A escala de estudo média (1:250.000) faz figurar fatores gerais em detrimento dos particulares. Nesse contexto o auxilio do instrumento de gestão SIG, informações para gestão (geoprocessamento), conceito de Ecodinâmica e Ecologia Política; foram fundamentais para fazer uma análise da evolução do uso e ocupação da terra de 1973 a 2009 da Bacia Hidrográfica do Médio/ Baixo Rio Araguari. Esse trabalho poderia ser ampliado com maior resolução temporal e também com a criação de cenários futuros para o planejamento ambiental da área. A tentativa de integrar este estudo de campo particular (unidade territorial) a realidade total também foi importante para a compreensão de como a Bacia Hidrográfica do Médio/ Baixo Rio Araguari contribui para constituição do sistema-mundo. REFERÊNCIAS - AB’SÁBER, Aziz Nacib. Os Domínios de Natureza no Brasil: potencialidades paisagísticas. 4ª Ed. São Paulo: Ateliê Editorial, 2003. - CHRISTOFOLETTI, A. Modelagem de Sistemas Ambientais. 1ª Ed. – São Paulo: Edgard Blücher, 1999. - CONTI, José B; FURLAN, Sueli A. Geoecologia – o clima, os solos e a biota. In: ROSS, Jurandyr L. S. Geografia do Brasil – 5ªed. Ver. E ampl. – São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2005. pp. 67 – 208. - INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS ESPACIAIS (INPE). CBERS - Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres. Disponível em: http://www.dgi.inpe.br/CDSR/. Acesso a partir de: 08/2009. - LIMA, Samuel do C.; SANTOS, Roosevelt J.dos (org.). Gestão Ambiental da Bacia do Rio Araguari – rumo do desenvolvimento sustentável. Uberlândia, Universidade Federal de Uberlândia/ Instituto de Geografia; Brasília: CNPq, 2004. - MARCUSE, Herbert. A ideologia da sociedade industrial. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 3ª edição, 1969. - RODRIGUES, Silvio C. OLIVEIRA, Paula C. A. de. Programa de Registro do Patrimônio Natural – Complexo Energético Amador Aguiar. Araguari: Zardo, 2007. 91p. ilust. - ROSS, Jurandyr L. S. Geomorfologia: ambiente e planejamento. 8ª Ed – São Paulo: Contexto, 2005. - SILVA, Ardemirio de B. Sistemas de Informações Geo-referenciadas: conceitos e fundamentos. Campinas, SP: Editora da UNICAMP, 2003. 240p. -TRICART, Jean. Ecodinâmica. Rio de Janeiro, IBGE, Diretoria técnica, SUPREN, 1977. 97p. 13º Congresso Brasileiro de Geologia de Engenharia e Ambiental 10