1. ALTA ... MENTE
?
er feliz
Como s órmula?
p. 2
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Há algu
Escola Secundária Abel Salazar
Escola Secundária Abel Salazar
Responsabilidade ecológica...
p. 5
O Desenvolvimento sustentável e a Filosofia....
1/2 sophia
Porquê a preocupação com a sustentabilidade do planeta?
1/2 sophia
É o Homem uma forma de vida superior às outras?
O universo depende do Homem?
Somos importantes? Pode o Homem desaparecer?
p. 7
Ser criativo é....
p. 10
Revista de Filosofia, poesia e coisas afins...
Revista de Filosofia, poesia e coisas afins...
ROUSSEAU afirma...
"O homem nasce livre, e em toda parte é posto a
ferros . Quem se julga o senhor dos outros não
deixa de ser tão escravo quanto eles."
p. 11
Consulte o site de Filosofia em www.altamente.org
junho de 2012
1.00 mentes nº 4
2. Alta....mente
Como ser feliz ?........................................................2
Como ser feliz ?........................................................3
Qual o efeito da dessacralização na sociedade
atual..........................................................................4
Alma ......................................................................4
O sentido da existência humana ........................5
Responsabilidade ecológica...................................5
Desenvolvimento sustentável .............................6
Desenvolvimento sustentável, porquê? Para quê?
..................................................................................7
Análise do filme: Hotel Rwanda ...........................9
Criatividade ........................................................... 10
Biografia de J.J. Rousseau ................................... 11
The sun ................................................................. 12
Colaboradores desta edição:
Ana Fernandes, Ana Catarina Oliveira, Ana
Lopes, Ana Luísa, Beatriz Fonseca, Daniela
Matos, Daniela Sousa, Diogo Caldeira, Filipa
Marques, Gonçalo Lopes, Isabel Moreira, Ivo
Conceição, Joana Ferreira, José C. Silva, José
Pedro Sousa, Paulo Ferreira, Pedro Abreu,
Pedro Teixeira, Renato Gomes, Rúben Ferreira,
Sofia Santo, Vitor Pereira.
Coordenação: Maria Luísa Valente
de ser feliz.
Será a felicidade (algo) egoísta?
e r fe liz? Ninguém quer aconteça algo aos seus entes próximos, mas nem
omo s
sempre se preocupam com os outros. Mas e se os “outros” também
C não se preocuparem com os “nossos”?
Todos passamos por momentos de tristeza e, várias vezes, nos
questionamos: porquê? Porque sofremos? Porque nos sentimos
Todos nós tentamos fazer de tudo para ter uma vida estável, uma
tristes?
vida feliz.
O certo é que não há forma de garantir que seremos felizes, pelo
Todos estudamos e tentamos obter bons resultados, para entrar-
menos sempre, pois é impossível evitar certos atos que nos
mos na faculdade, para que possamos ficar economicamente es-
magoam ou que nos deixam tristes.
táveis, para podermos casar, ter e dar uma boa vida aos nossos
Aquilo que todos podemos, e devemos fazer, é quando nos colo-
filhos. Nem todos seguem a mesma regra, mas é o que a maior
carem pedras à frente, tentarmos construir algo bonito com elas.
parte das pessoas quer, ser feliz e viver em felicidade.
Mas será que existe uma fórmula para ser feliz? Será que podemos
Ana Catarina Oliveira, nº.2
garantir a nossa felicidade? Se assim o fosse, não haveria pobreza,
10º E
não haveria morte, pois ninguém quer perder os que ama e deixar
mos e apreciando a paisagem que a natureza nos dá?
Por vezes, só damos valor às coisas quando as perdemos,
mas a felicidade constrói-se com positivismo e vontade de viver.
A felicidade é um sentimento que nos faz sentir realizados, Resumindo, a felicidade é uma sensação agradável que nos
dependendo de cada um. Há quem dê mais valor aos bens materiais faz sentir livres mas, ao mesmo tempo, presos a um momento posi-
e que, só pelo facto de os possuir, se sentem felizes. Contrariamente, tivo, do qual não queremos sair.
há quem discrimine os bens palpáveis e se dedique aos bens senti- Haja guerra, haja pobreza, haja lágrimas, haja luta… Haja
mentais. Para estas pessoas, um simples abraço é motivo para sorrir! um sorriso e positivismo em tudo na vida!
A felicidade interfere na nossa personalidade. Suponhamos que al-
guém se questiona: “sentir-me-ei mais realizado se trabalhar ardua-
mente durante esta semana e conseguir uma promoção no emprego
ou se passar o Natal em casa com a família?” Uma pessoa materialista
optaria pelo cargo no emprego, mas alguém mais dedicado aos pe-
quenos prazeres da vida dedicar-se-ia à família.
Este sentimento, invisível aos nossos olhos mas que nos faz
sentir protegidos e realizados, varia de pessoa para pessoa. No meu
caso, ter a minha família e os meus amigos comigo é a minha grande
e verdadeira razão para sorrir. Já perdi pessoas, já perdi muito… Mas
há coisas na vida que nos fazem progredir. Temos, em certas alturas,
momentos de tristeza, é certo, mas as alegrias superam tudo. Trabalho realizado por:
Há coisas na vida, tão simples, tão vulgares, mas que são a Ana Lopes
razão do sorriso de tanta gente. Para quê andar num grande carro, se Nº4
podemos fazer um belo percurso ao lado de alguém de quem gosta- 10ºD 2
3. liz?
Como ser Fe o da sua vid
a serem
as têm com o maior desej de saber de
Muitas pesso lizes, temos
er ermos ser fe – algo que
, antes de qu a felicidade
felize s. No entanto ifica, para nós, a própri
o que sign a pessoa.
onde vem e alores de cad ateriais,
os prin cípios e os v das coisas m
vari a conforme não virá es sencialmente de algum
A felicidade nsações que,
ntim entos e/ou se o somos
lores, dos se lizes» quand
ma s sim dos va s. Sen timo-nos «fe os ser dig-
am radiante ando sabem
mo do, nos deix ante para nós, qu , quando
uém import ncipalmente
apo iados por alg o s livres e pri a amizade,
, quando som alores como
nos de confiança felicid ade virá de v
os. Então, a e tudo, o am
or.
somos amad de e acima d rma ser feliz,
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a co ente erra ; é errado po
É profundam am or de ninguém nte ou satis-
nem recebe menos conte
qu ando não dá o se m ele, muito e confuso
tirá realizad complicado
nin guém se sen um percurso tão sempre será
pria vida. N feição, nem
fe ito com a pró sempre tudo correrá de os ou
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co mo a vida, n ort ar a dor, ultra Precisamos
o perigo, sup e nos apoie.
fá cil enfrentar ido sem ninguém qu quando caím
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desvendar eda, assim
de alguém q pacto da qu
diminua o im verdade,
que também façam ver a
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como necessi de o fazer so
so mos capazes ermos isso,
quando não amor e se tiv
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existe uma g feliz”. Subit
rd e uma “vida áculos serão
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a capacidad de ultrapass r; a
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Com isto po – e que é mu
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ança e
Eu defendo tro de nós, houv emos
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implica neces trar, mas en
Ser feliz não ss ível de encon o de nós
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pois per feição não ex sa mor e determ ndemos
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trarem os a felicidad em lições, com a s medi-
s obstáculos remos felize
para tr ansformar o nclusão q ue retiro é: se
ais valiosa co
a viver. A m de amar.
capacidade
ante a nossa Beatriz Fon
seca, 10º D
3
4. um grande impulsionador da dessacralização do mundo, con-
segue responder. Pode-se tomar como exemplo questões rela-
Qual o efeito da dessacralização do cionadas com o bem e o mal ou a vida e a
mundo na sociedade atual? morte. Perante esta situação, o Homem percebe
que a ciência não responde a tudo, nem con-
segue solucionar todos os seus pro-
blemas. Aí se dá a ressacralização, onde a razão
O termo dessacralização é sinónimo de secularização e, e a fé tentam conciliar-se e equilibrar-se.
primitivamente, significava a permuta da posse de bens e insti- O Homem é um ser religioso por na-
tuições, como a civil e a educação, por exemplo, da igreja para o tureza e procura na religião a felicidade. Com
Estado. Atualmente, este vocábulo faz referência ao efeito de a dessacralização, os indivíduos que se eman-
perder o caráter sagrado, ou seja, a sociedade mundial está a lib- ciparam da tutela do sagrado não conseguem
ertar-se do domínio religioso. Como tal, este situação tão pre- encontrar a felicidade plena, tornando-se seres infelizes. É por
sente no nosso quotidiano tem causas e consequências. esta razão que, nos últimos anos, se tem verificado um ligeiro
As sociedades Ocidentais, sobretudo as europeias, vivem num retrocesso da secularização, que também se deve ao aumento do
período de tolerância religiosa. Hoje em dia, a sociedade privi- diálogo inter-religioso e da ligação entre a fé e a razão.
legia os valores materiais em detrimento dos valores espirituais.
A ciência tem vindo a ocupar o lugar da religião como fonte de Joana Ferreira, nº15, 10ºE
verdade. A falta de cumprimento dos votos pelos líderes reli-
giosos como responsáveis por ensinar as doutrinas aos crentes
Alma
da religião, como por exemplo, os casos de pedofilia praticados
por padres, ou o facto dos sacerdotes e freiras já não cumprirem
o voto de pobreza e começaram a ser egoístas, vivendo, por
vezes, rodeados de luxo. Estes atos levam os crentes a sentirem-
se repugnados, sendo este um dos motivos impulsionadores da Todos já ouvimos falar em alma, mas será que
dessacralização do Mundo e dos povos. Os vários regimes políti- sabemos o que é?
Este assunto sempre foi controverso. Para a ciên-
cos, principalmente os de matriz marxista-leninista, difundiram
cia, como se trata de algo invisível e imaterial, é
uma perspetiva materialista da realidade, acabando por modi- considerado inexistente.
ficar a hierarquia de valores da sociedade. Em certos locais como Parece aceitável que o facto de levantarmos o
a China e o continente africano, a sacralização é braço direito, em vez do esquerdo, derive de ações do
um pretexto para a realização nosso corpo e do nosso cérebro, mas e o facto de nos sen-
de atentados à vida hu- tirmos felizes, tristes e sozinhos? Será que ao dizermos
mana, como a muti- que nos “dói a alma” quando nos sentimos tristes, afinal
não tem significado? Quando nos sentimos tristes, será
lação genital feminina,
que nos dói o coração? os pulmões? os rins? Parece-me
de modo a que esta não que não. Mas, se nada do que faz parte do nosso corpo
possa sentir prazer du- nos dói quando nos sentimos assim, o que nos dói?
rante o ato sexual, tor- Na antiguidade acreditava-se que a alma
nando a dessacralização “habitava” nos nossos órgãos, até se começar a associar a
um ponto positivo nestas alma ao conjunto da mente e do espírito. Mas será o ser
sociedades. As diversas humano uma máquina coordenada por sinapes? Será que
somos apenas matéria? Será que o nosso coração pára e
vertentes da Religião apre- a nossa vida realmente acaba? É certo que ao nascermos,
sentam uma doutrina. todos nós sabemos que iremos morrer, (dizem-nos que é a
Cada vertente tem um con- lei da vida...) mas será que “esta morte” se refere apenas
junto de valores, tradições e à morte do corpo? Quando morremos o nosso corpo de-
costumes pelos quais os seus crentes se devem guiar. Assim sativa, mas o que acontecerá a tudo o que chamamos
sendo, quando um indivíduo não crê em nenhuma religião, o alma?
Segundo o ponto de vista religioso, a alma, fonte
acesso ao conjunto de valores é mais difícil mas, como se encon-
de todos sos sentimentos e sensações, pode perder-se ou
tra integrado numa sociedade onde a maioria dos indivíduos é ser salva e existir após a morte do corpo. Do ponto de
crente, a convivência entre os crentes e não-crentes levará à ho- vista filosófico, a “residência” da alma não está definida e
mogeneidade da sociedade. Porém, quando a maioria de uma Platão, por exemplo, diz que a alma, princípio da vida e do
sociedade são ateus, a obtenção de princípios que os levarão a conhecimento, é independente do corpo e eterna e que
viver bem em sociedade será ainda mais difícil. Então, pode-se apenas se une ao corpo acidental e temporariamente.
dizer que a dessacralização do mundo leva à perda de valores e Ao que parece o assunto permanece
controverso...
à impossibilidade de se atingir a felicidade plena. Na vida hu-
mana estão constantemente a surgir questões que nem a ciência, 4
Ana Gomes, nº 2, 10º E, adaptado
5. O SENTIDO DA EXISTÊNCIA HUMANA
A finitude é uma característica essencial da vida trada no dever), não só para, por contraste, ex- baseada na rotina ensinam-nos que a nossa
humana. plicitar o que carateriza e distingue o homem vida foi em vão.
religioso, mas também porque são formas de Quanto ao absurdo nada podemos fazer,
Quando nos deparamos com a morte nada existência alternativas que o homem pode es- nem sequer fugir-lhe por meio de suicídio ou
podemos fazer para a vencer, o que nos torna colher como caminho para a sua vida. A estas por meio da fé numa outra vida no reino de
frágeis, vulneráveis e impotentes em relação a formas de existência estética, ética e religiosa, Deus, na qual Camus não acredita, por isso de-
ela. Quando pretendemos realizar objetivos, o filósofo dá o nome de “estádios no caminho vemos aceitá-lo, mas segundo o seu pensa-
alguns podem ultrapassar a nossa capacidade da vida”. mento, assente na revolta contra um mundo
de realização, como também dependem da Estes “estádios” designam determinadas desumano, não corresponde a um niilismo
duração, sempre incerta, da nossa vida. A conceções acerca do mundo e da vida, os quais passivo “não vale a pena lutar por nada, a vida
qualquer momento tudo pode ser inter- traduzem opções fundamentais quanto ao não faz sentido”, assim “deixemos andar”.
rompido, todos os nossos desejos e esperanças modo como cada um decide viver a sua vida. Conforme Camus, o sentimento absurdo da
podem “ir por água abaixo”. Segundo Albert Camus, a vontade profun- nossa existência é um incentivo para nos es-
O facto de sermos seres finitos significa que damente humana de tornar o mundo in- forçarmos contra o que consideramos re-
a nossa vida se desenvolve num quadro tem- teligível, é constantemente defraudada pela voltante, como a morte e o sofrimento.
poral e, por isso, cada coisa tem o seu tempo. realidade. Entre a nossa consciência e o mundo Se a morte é invencível, o homem não pode
A característica precária da existência hu- existe um fosso inultrapassável. A realidade é fazer outra coisa senão revoltar-se e renovar a
mana, constantemente ameaçada por uma vi- surda às nossas perguntas e é a partir deste sua luta para diminuir o sofrimento.
sitante clandestina que muitas vezes não se confronto que nasce o sentimento pelo ab- Nesta luta, ele insiste na sua vontade de
anuncia, leva muitos sereshumanos a pensar surdo. O silêncio cósmico é sentido como irra- viver e não desiste perante a morte inevitável.
que todos os esforços são inúteis e vãos e que cional. A resposta ao carácter absurdo da condição
a vida não tem sentido. Mas será que tinha De acordo com aquele filósofo, a realidade humana é a revolta. Esta significa a recusa em
sentido se vivessemos para sempre ou então não foi feita à nossa medida; tentamos aspirar cooperar com uma sociedade desonesta, in-
inúmeros anos? a um mundo de justiça, mas este não quer justa e com um mundo que esmaga os nossos
Segundo Kierkegaard, a vida humana só saber dos nossos sonhos. Nascemos inocentes, sonhos.
tem sentido se for orientada pelo cumprimento mas o mundo onde nascemos não é bom. O Como diz Camus: “Aceitar o carácter ab-
da palavra e da vontade de Deus. Para este mundo em que vivemos é um universo pri- surdo de tudo o que nos rodeia é um mo-
filósofo dinamarquês, a fé absoluta (relação vado de bondade, logo torna revoltante que se mento, uma experiência necessária. Mas não
com Deus) está em primeiro plano, passando diga que Deus existe, sendo o mundo sórdido deve tornar-se um ponto de chegada. Deve
a ser os objetivos terrenos, temporais e pas- e a existência de Deus incompatíveis. despertar uma revolta que possa tornar-se fru-
sageiros um desperdício da existência já que A este carácter revoltante de sofrimento, tuosa e permitir-nos descobrir os meios de dar
Deus nos criou à sua imagem e por isso para a acrescenta-se a tirania do tempo e da morte, um relativo sentido à existência.”
eternidade, pois sem essa relação, o homem sendo a condição humana uma absurda aven- Daniela Matos nº 6
desperdiça a sua vida e condena-se ao deses- tura – a cada dia que passa, é mais um dia que Diogo Caldeira nº 7
pero total. passa é menos um na contagem decrescente Filipa Marques nº 8
Kierkegaard refere-se também às formas de para o nosso desaparecimento. A experiência José Carlos nº 11
vida estética (centrada no prazer) e ética (cen de um mundo cego e a nossa vida constante 11º D
RESPONSABILIDADE ECOLÓGICA
A Ecologia retamente ou indiretamente) pelo homem, e que causam efeitos ne-
gativos no planeta.
A primeira definição de ecologia foi proposta por Haeckel, Os agentes de poluição (ou poluentes) podem ser de origem
em 1886, com o objetivo de estabelecer uma ciência que se dedicasse química, genica ou energética.
ao estuda das relações entre os organismos vivos e o seu meio. Existem vários tipos de poluição, como por exemplo:o au-
A Ecologia é a ciência que estuda as interações dos seres mento da população e a evolução da tecnologia.
vivos com o meio ambiente onde vivem. Cabe à Ecologia estudar a
distribuição e abundância dos seres vivos no planeta Terra. En- Consequências da Poluição
quanto seres humanos somos todos responsáveis e dependentes da
natureza. Com o avanço da tecnologia e da dependência de recursos As consequências da poluição podem ser muitas, aconte-
existentes, a natureza tem sido ameaçada, pois o Homem serve-se cendo por vezes reações em cadeia, em que umas são consequências
da natureza como fonte de rendimentos. Mas o ser humano não é de outros problemas. Algumas consequências da poluição são:
assim tao forte para se tornar independente desta. Deste modo, é - Desaparecimento da camada de ozono (a destruição da camada
preciso proteger a natureza para manter as gerações futuras. de ozono vai causar uma maior incidência de casos de cataratas e
O futuro da humanidade depende da capacidade de cancros de pele, bem como a morte de animais e de plantas);
resposta do ser humano face aos problemas ambientais. - Poluição dos ecossistemas com os resíduos;
Deve-se tentar conciliar a lógica da vida saudável com o - Alterações climáticas (alteração de ecossistemas, morte de seres
sucesso económico, pois, muitas vezes, o desenvolvimento da hu- vivos, cheias, chuvas ácidas, aumento do nível das águas do mar,
manidade faz-se à custa da natureza e com fins financeiros. degelo dos calotes polares, furacões, secas, etc);
A verdadeira lógica da vida deve ser orientada para a - Problemas de saúde devido aos poluentes (anemia, redução da
preservação do meio ambiente. Quanto mais o homem olha para a capacidade pulmonar, asma, problemas nos olhos, etc).
Natureza com o objetivo de a utilizar para progredir economica-
mente, mais a degrada. José Pedro Sousa e Pedro Abreu, 11º D
Poluição
O termo poluição refere-se à introdução de substâncias (di- 5
6. Desenvolvimento Sustentável
Principais impactos do homem sobre o ambiente
Alterações muito significativas no ambiente global, devido a:
• Poluição atmosférica, hídrica e dos solos;
• Aquecimento global (efeito de estufa), destruição da camada de ozono;
• Chuvas ácidas e smog;
• Degradação da cobertura vegetal e dos solos;
• Produção, transporte e armazenamento de resíduos;
• Manipulação genética;
• Perda de biodiversidade;
Estes impactos do homem sobre o ambiente levam , essencialmente, ao esgotamento dos recursos
naturais.
Poluição
O conceito de poluição surge naturalmente associado à presença de elementos tóxicos, que impossi-
bilitam, dificultam e desestabilizam, gravemente a vida tal como nós a conhecemos, seja a nível local,
seja a nível global. Existem 7 tipos de poluição, sendo elas a atmosférica, a hídrica, a do solo, a sonora,
a visual, a térmica, e a poluição luminosa.
Aquecimento global
O aquecimento global é o atual aumento da temperatura média dos oceanos e da atmosfera da Terra.
O que está a provocar o aquecimento global é o agravamento do efeito de estufa, que está a destabi-
lizar o equilíbrio energético da terra. Cientificamente, considera-se que o aquecimento global é con-
sequência de atividades humanas, especialmente aquelas que aumentam a concentração de gases
efeito de estufa na atmosfera.
Efeito estufa
Efeito de estufa é um processo que ocorre quando uma parte da ra-
diação infravermelha emitida pela superfície terrestre é absorvida por
determinados gases presentes na atmosfera. Como consequência disso,
o calor fica retido, não sendo libertado para o espaço.
Pegada Ecológica
A pegada ecológica consiste na quantidade de hectares de solo produ-
tivo e de água que uma pessoa necessita para produzir os recursos que consome e para acolher os resíduos produzidos. Este
método é cada vez mais utilizado para medir o impacto de cada país ou indivíduo sobre o ambiente.
Relação entre o meio ambiente e a população
O homem está a consumir os recursos naturais, a um ritmo muito superior, ao da sua capacidade de regeneração.
O esgotamento dos recursos naturais
O nosso planeta oferece um leque de recursos naturais bastante alargado, passando pelos que se encontram à superfície,
como a água, o solo e as florestas, até aos que necessitam de investimentos elevados e tecnologia avançada para os
obtermos do subsolo. Anteriormente, a perspectiva de utilização dos recursos naturais, era a de que estes eram infin-
dáveis. No passado, a ciência e a tecnologia eram pouco avançadas, certos recursos foram desperdiçados e atualmente
enfrentamos o esgotamento de muitos deles.
Atualmente, alguns dos recursos que se encontram ameaçados são a água potável e as energias fósseis como o petróleo;
outras como o carvão e o gás natural, são mais duradouras e permitem uma maior exploração contudo, trazem o aumento
da poluição, em cima referida.
As florestas naturais estão a ser reduzidas a um ritmo avassalador, para darem lugar, por exemplo, à construção urbana,
causando a perda do habitat de espécies também ameaçadas.
No que respeita os oceanos, a sua gestão equilibrada é difícil quanto ao controlo das capturas dos recursos piscatórios, e do despejo de resíduos nocivos que,
a seu tempo, irão destruir o equilíbrio ecológico, e afetar (também por consequência dele), o último elemento da cadeia alimentar – o Homem.
A s desigualdade na distribuição da riqueza
• Os últimos relatórios do desenvolvimento humano, revelam inúmeros desequilíbrios de desenvolvimento.
• As desigualdades da distribuição da riqueza resultam, em muitos casos, de políticas e estratégias de desenvolvimento inadequadas e que geram conflitos e
instabilidade.
• Existem alguns indicadores que permitem avaliar a distribuição da riqueza, sendo um deles o PIB (produto interno bruto) de cada país.
• O desenvolvimento mais justo na distribuição da riqueza, é o que apresenta menor valor de PIB, o que mostra menor diferença entre ricos e pobres.
Nem sempre o crescimento económico, é acompanhado pelo desenvolvimento.
A riqueza deve ser convertida em desenvolvimento humano, nomeadamente ao nível das condições de acesso da população, à saúde e à educação, traduzindo-
se na melhoria da qualidade de vida.
A população
• A diferente evolução das taxas demográficas tem igualmente condicionado o desenvolvimento.
• Nos países menos desenvolvidos, o elevado crescimento natural não é acompanhado pelo crescimento da economia, pelo que o desemprego é cada vez
maior; o baixo nível de vida dificulta o acesso à saúde e à educação das populações pobres e agrava-se o ciclo de miséria que pode resultar em conflitos sociais,
de segurança e ameaçar a estabilidade política dos países, essencial para o desenvolvimento; como consequência, verifica-se uma elevada taxa de mortalidade
infantil e uma menor esperança média de vida.
• Uma população carente e sem formação, pouco contribui para o crescimento económico do país, que fica mais dependente do exterior.
6
7. Como verificamos até agora, o Homem, não respeita a natureza, e é a acção humana a principal causadora de grandes catástrofes
nesta. Os efeitos negativos do crescimento e do desenvolvimento a nível ambiental (que levam a um esgotamento dos recursos)
põem em causa as atitudes do homem, que deveriam ser de proteção. Assim, levanta-se uma questão importante:
“O que fazer para manter o equilíbrio?”
Resposta: Implementar o desenvolvimento sustentável !
O desenvolvimento sustentável é um tipo de desenvolvimento que visa satisfazer as necessidades das
gerações presentes, sem por isso, comprometer as necessidades das gerações futuras.
Por outras palavras, é usar os recursos naturais com respeito ao próximo e ao meio ambiente. É preservar
os bens naturais e a dignidade humana. Este é um tipo de desenvolvimento que não esgota os recursos, e
conjuga crescimento económico e a preservação da natureza.
Uma politica de desenvolvimento sustentável resulta do equilibro entre a economia, o bem-estar social e o ambiente e tem em conta as
gerações futuras. A gestão equilibrada dos recursos obriga a um ritmo de crescimento económico mais de acordo com os ciclos da natureza e
favorece o uso dos recursos renováveis.
O conceito de sustentabilidade surgiu na década de 70, quando se começou a ter consciência da degradação ambiental resultante de
políticas de desenvolvimento, baseadas na prioridade ao crescimento económico e na perspectiva de que todos os recursos eram infinitos.
Nos países industrializados, o ambiente ia-se degradando, devido à poluição dos grandes complexos industriais, a segurança era ameaçada
pelas indústrias nucleares, a camada de ozono estava a ser destruída e o efeito de estufa aumentava, pondo em risco a vida do planeta.
Em 1972, a ONU promove a Conferência de Estocolmo, para se estabelecerem novas estratégias de desenvolvimento e metas para a
resolução dos problemas.
Nos anos 80, verificou-se que os modelos de desenvolvimento também tinham aumentado as assimetrias entre os ricos e os pobres.
O conceito “Desenvolvimento Sustentável”, começa a definir-se com o tema “Nosso Futuro Comum” da Comissão Mundial sobre Ambiente
e Desenvolvimento, da ONU. Estava a iniciar-se em paralelo a nova realidade da globalização e os respetivos desafios com os quais a Humanidade
se confronta nos diversos domínios da actualidade.
Ana Fernandes, Gonçalo Lopes, Ivo Conceição,11º F
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL, PORQUÊ? PARA QUÊ?
Contemporanemente assistimos a uma redefinição dos Cimeira de Copenhaga*cópia da notícia na deco.proteste.pt*
modelos de Desenvolvimento Sustentável:
- Criar emprego e satisfazer as necessidades básicas – repartição eq- A União Europeia só cortou 3% das emissões de gases com
uitativa; efeito de estufa, entre 1990 e 2006. Ainda sem cumprir as metas para
- Promover estruturas justas e democráticas; 2012, a Cimeira de Copenhaga teve como finalidade lançar objetivos
- Desenvolver os recursos humanos; mais ambiciosos.
- Consumo justo, equitativo e racional; Para já, assegurar a redução de 20%, prevista pelo protocolo
- Pensar nas gerações futuras; de Quioto, implicava concertar várias medidas. Estes gases são os mais
As medidas do desenvolvimento sustentável pretendem evi- prejudiciais para as alterações climáticas e deles fazem parte o dióxido
tar a proliferação de agressões ao ambiente como a desflorestação, a
poluição e destruição dos recursos hídricos e a destruição da camada
de ozono, através da implementação de uma nova atitude relativa-
mente aos recursos naturais que passa, entre outras medidas, por
uma nova consciência ambiental e por alterações nas tecnologias at-
ualmente utilizadas.
Assim, devem ser tomadas medidas como:
• Promover atividades de desenvolvimento económico;
• Controlar a emissão de gases;
• Promover a conservação da diversidade da fauna e da flora;
• Diminuir o crescimento explosivo da população;
• Proporcionar recursos financeiros;
Contudo, estas iniciativas só serão possíveis com a criação
de verdadeiras políticas ambientais, que promovam ações como:
- O aproveitamento racional dos recursos naturais; de carbono, metano, óxido de enxofre e gases fluorados.
- A diversificação das fontes energéticas; O relatório-inventário da Agência Europeia do Ambiente
- O apoio à investigação científica. confirma que os esforços planeados ou realizados individualmente
Para preservar o equilíbrio ambiental e um desenvolvi- por país, os mecanismos de Quioto, os sumidouros de carbono (como
mento sustentável é preciso valorizar a cooperação internacional na a plantação de árvores para absorver gases) e os créditos
preservação ambiental e também a criação de áreas protegidas. É pre- do comércio de carbono podem reduzir em 11% as emis-
ciso ainda referir o contributo das organizações ecologistas e divulgar sões da União Europeia. É preciso agir rapidamente, para
as vantagens de algumas atitudes ecológicas. não se desrespeitarem os objetivos traçados. 7
8. Contudo esta cimeira foi um autêntico fracasso. Os responsáveis à semelhança da perspetiva de que a existência de uma miserável bac-
políticos ao nível mundial só despertam dentro das cimeiras e das con- téria não é importante para um ser humano, então podemos deixar
ferências (para ficarem “bem na fotografia”) e, no tempo que decorre de existir, e todo o pensamento que não o queira deixar de ser,
entre elas, esquecem o verdadeiro problema: as alterações climáticas. será limitado e egoísta. Se a perspetiva for a
Infelizmente as populações de que a nossa existência é impor-
de diversas partes do mundo é que vão tante, ainda que seja pela simples
sofrendo os efeitos concretos que hoje razão de que Deus criou o homem, e
já se fazem sentir das mudanças climáti- que o homem é especial e tem um
cas e das condições extremas que o propósito desconhecido, então não de-
clima vai atingindo, cada vez com mais vemos deixar de existir, e todo o pensa-
regularidade. mento que não o queira deixar de ser,
Ainda não se percebeu que poderá ser ilimitado e altruísta.
agir sobre as alterações climáticas não Será a perspetiva tudo, ou apenas al-
é dar machadadas à economia, pelo guma coisa? É certo que há infinitas perspetivas, mas haverá umas
contrário, é dar uma oportunidade para mais certas do que outras? Prefiro acreditar, (sendo algo em que
gerar economias mais sustentáveis, não acredito e não algo que sei), que sim pois, caso contrário, estaria (eu
dependentes dos combustíveis fósseis, mesmo) a refutar todo o meu próprio raciocínio, ao mesmo tempo
mais autónomas no preço do petróleo, que o raciocinava. Ao pegar nas duas perspetivas dadas e ao ana-
e gerar formas de mobilidade, desig- lisá-las, penso que ambas podem estar certas, e que ambas podem
nadamente nos grandes centros ur- estar erradas e até posso observar que na junção das duas, estaria
banos, que promovam mais qualidade uma perspetiva mais correta ou, pelo menos, mais parecida com a
de vida aos cidadãos. Independentemente das alterações climáticas, minha. Uma bactéria tanto pode não ter impacto no homem, como
esse não deveria ser um objetivo do poder político? pode ajudá-lo, ou matá-lo. Se o racicocínio se conduzir do particular
Quando, na véspera da conferência de Copenhaga, Obama para o geral, este facto não poderá ser aplicado indutivamente à re-
declarou publicamente que era quase impossível que se chegasse a lação entre o homem e o universo? O homem, ao existir, é ainda mais
um acordo vinculativo, estava tudo dito por parte dos EUA. Os EUA minúsculo em relação ao universo, que uma bactéria em relação ao
são o maior poluidor per capita do mundo, foram eles que se desvin- homem, mas o princípio não deixa de ser o mesmo. Ao fazer esta com-
cularam do protocolo de Quioto e entenderam não dar qualquer con- paração, posso dizer que o homem tem impacto no universo, mesmo
tributo para o combate às alterações climáticas ao nível mundial. que este não se modifique por isso. Reparemos que mesmo quando
Entenderam-se no direito de poluir, mas não no dever de ser parte uma bactéria não tem impacto no homem, no mínimo, obriga à deslo-
das soluções. Atitude egoísta, insensata e de declaração de guerra cação e ação, por exemplo, de um leucócito, não é verdade? Até a
climática ao mundo! deslocação desse leucócito, poderá, ou não, ter efeito sobre o homem,
Uns dias depois, já no decurso da conferência, os EUA ap- falhando, ao destruir uma bactéria menos perigosa, em destruir um
resentavam uma proposta de redução de gases com efeito de estufa vírus mais perigoso. Toda a ação tem uma reação, uma consequência.
em 17% até 2020. Era pouco, face à redução de 25% a 40% recomen- O bater das asas de uma pequena borboleta poderá causar um tor-
dada pelo IPCC (International Pannel of Climate Change). Os EUA, nado do outro lado do mundo (efeito borboleta). Então e o bater de
fazendo uma batota inqualificável, punham como valor de referência asas de muitas borboletas? E o Homem, também é constituído por
de poluição o ano de 2005 (onde, como se calcula, se poluía a níveis muitos homens. O Homem tem, obrigatoriamente, impacto. Tendo
muito superiores a 1990). Isto significava na prática, uma proposta de analisado e refutado a primeira perspetiva, de que o homem não tem
redução de emissões de 3% face a 1990, o mesmo é dizer que os EUA importância, parto para a segunda. Mais uma vez, é algo em que
se propunham a contribuir nada, para o combate mundial ao aquec- acredito, pois
imento global. não tenho
Os EUA tinham aqui uma dupla responsabilidade. Por um maneira de o
lado, era a manifestação de vontade do maior poluidor por cidadão, provar, mas
a quem se exigia uma resposta adequada. Por outro lado, a sua recuso-me a
posição arrastaria países e economias emergentes como a China e a acreditar que
Índia que, até então, estavam foram das metas do protocolo de algo não tem
Quioto, dado o seu estado de crescimento económico na altura. propósito,
pois acredito
Desenvolvimento sustentável e Filosofia que tudo o
tem. Poderá
Podemos perguntar-nos: ter um
• É o Homem uma forma de vida superior às outras? propósito
• Está a humanidade destinada a algo? diferente,
• O Homem caminha para a própria destruição? maior, ou menor, bom ou mau, pode ser relativo, mas é um propósito.
• Deve o Homem desaparecer? O Homem é algo, e ninguém tem realmente maneira de provar fisica-
• O Universo depende do Homem? mente, sem artimanhas, a existência de Deus ou de um propósito,
• Somos importantes? Valemos a pena? mas o homem é algo, e raciocinando sobre a minha própria fé como
• A perspetiva é tudo? Homem, tem de ter um objetivo maior, algo a encontrar, um caminho
• Todas as perspetivas estão certas, ou todas erradas? a percorrer. O meu ponto é pequeno, (ou grande), que o homem é
importante. E se o homem é importante, deve existir, e para que con-
O desenvolvimento sustentável é algo teórico e prático mas, tinue a existir, é necessário um desenvolvimento sustentável.
uma vez que ele não é algo que interessa à sociedade presente, mas
à uma futura, deriva obrigatoriamente de um pensamento muito Pedro Teixeira, Renato Gomes e Vitor Pereira, 11º D
filosófico.
Podemos considerar: se a perspetiva é tudo, a nossa e-
xistência pode ser importante, ou não. Se pode ser ou não importante,
pode ser preciso, ou não, que continuemos a existir. Para que conti-
nuemos a existir, é necessário um desenvolvimento sustentável. Se a
perspetiva for que não é importante a nossa existência para “o existir”, 8
9. anda
Hotel Ru
Análise do filme:
O filme “Hotel Ruanda” representa um acontecimento verídico, consi-
derado genocídio, no Ruanda, em 1994. A divisão entre as duas popu-
lações (hútus e tutsi) foi o resultado da colonização belga, o que criou uma
grande rivalidade entre as duas etnias, o que levou à intervenção da ONU
para manter a paz. Paul Rosesabagina, de origem hutu, foi gerente do Hotel
Des Mille Collines e durante esta época de guerra, abrigou centenas de tutsis, in-
cluindo a sua família de origem tutsi (esposa de Rosesabagina). Paul usou os
seus conhecimentos de gerente e o dinheiro que tinha arranjado para manter a
sobrevivência dos seus vizinhos tutsis, arriscando a sua própria vida.
O filme apresenta uma perspetiva complexa, em que mostra o Genocídio e,
também, como a população inocente reage e é afetada pela violência entre as et-
nias. É ainda uma crítica às Nações Unidas e à sociedade internacional da qual, a
população esperava uma intervenção para o massacre pelo qual estavam a passar.
Para além dos massacres, “Hotel Ruanda” demonstra o medo que a população
sentia, a força, a determinação e o valor humanitário por parte de Paul em salvar
todas as pessoas que podia e o apoio emocional que a sua esposa Tatiana teve no
decorrer do filme.
“Hotel Ruanda” apresenta uma visão real dos massacres a todas as classes sociais tutsis e igualmente aos hutus que negaram a sua
participação no genocídio, apresenta as estratégias e o esforço que a população teve em conseguir sobreviver e ajudar-se durante o
genocídio, com a falta de ação da ONU e outras organizações como a Cruz Vermelha. No fim, Paul quando se prepara para ir em-
bora, encontra as suas sobrinhas e outras crianças “abandonadas” que também quer que estejam em segurança, acabando por as levar
para o autocarro que partia e ia dizendo: “Há sempre um lugar”, o que representa a bondade que Paul teve durante o massacre, sal-
vando inúmeros tutsi de diversas maneiras e acabou por ser uma personagem importante não só para o filme mas para o mundo real,
transmitindo que o valor humanitário e a coexistência são fatores importantes para organizar uma sociedade pacifista, sem guerras e
genocídios como os acontecimentos do Ruanda.
Joana Ferreira
Nº15, 10ºE
O filme “Hotel Ruanda“
HOTEL ger e evacuar é um retrato da discriminação
RWAND todos os refugia- entre dois povos, em pleno
A... dos, mesmo de- século XX, num país, Ruanda,
opois disso lhe numa capital, Kigali.
ser negado. O filme retrata a realidade que,
Acho que, no infelizmente, ainda existe nos
O filme “Hotel filme, o que mais nos im- nossos dias.
Ruanda” descreve uma pressiona e choca, é que O gerente do Hotel “Milles Collines”, Paul Rosesabagina , foi a
guerra civil, de 1994, na ca- todos os acontecimentos re- personagem mais marcante e corajosa do filme. Na minha opinião, a
pital de Ruanda, Kigali, latados aconteceram personagem agiu corretamente, não fez distinção nenhuma, pelo con-
entre Hutu e os Rebeldes mesmo e que pouco ou trário, ajudou o povo Tutsi. Foi de grande coragem quando sacrificou a
Tutsi. Durante o enredo, nada, foi feito para o im- mulher e os filhos para poder ajudar os seus empregados do hotel e
podemos observar a dis- pedir. Devemos ter em con- também as crianças do orfanato. Em relação ao apoio da equipa da
criminação e o ódio que os sideração o que se passa no ONU, penso que eles agiram mal, porque deviam defender, deviam ter
Hutu sentem pelos Tutsi, mundo à nossa volta, não disparado contra os Hutu para defenderem os Tutsi.
devido a um acontecimento ignorando os que sofrem, Fiquei estupefacta quando um jornalista disse ao gerente que
passado, chegando a levar à pois situações como esta não valia a pena mostrar ao resto do mundo, porque as pessoas contin-
morte de quase um milhaão acontecem a todas horas, uariam nos seus lugares e não fariam nada para tentar parar ou evitar a
de pessoas Tutsi. minutos e segundos. Está a guerra entre aqueles dois povos. Não consegui perceber, não achei
A personagem acontecer agora. justo, o facto das tropas belgas terem ido apenas buscar a população
principal, Paul Rusesaba- europeia e terem abandonado a população
gina, gerente do hotel Les negra.
Mille Collines, demonstra Isabel O filme dá uma lição muito grande:
uma enorme coragem, Moreira às vezes basta uma pessoa para mudar tudo
sendo Hutu, e protegendo a N.º 29 e ajudar muitas pessoas.
sua família e vizinhos Tutsi, 10º D
no hotel, assim que a guerra
começa, Paul emociona Ana Luísa, 10º D
tudo e todos tentando, por
todos os seus meios, prote
9
10. CRIATIVIDADE Ser criativo é....
A criatividade é considerada uma capacidade humana de grande valor universal, tudo in-
dica que aqui reside a memória "RAM" biológica para o impulso da evolução humana. A memória
RAM, segundo Cury, é o fenómeno dos registos da memória.
O que melhor descreve a criatividade é o que Sanchez referiu nos seus apontamentos, a
criatividade é uma poderosa dimensão da condição humana. É entretanto na capacidade criativa,
que existe a chave da capacidade da evolução da humanidade. O mérito da expressão criativa é
fruto da "complexidade", ou seja, é fruto do contexto social no seu desenvolvimento natural e hu-
mano. É consensual e gratificante, perceber que todos temos capacidade criativa, deve é ser melhor
desenvolvida.
Há quem defenda que a criatividade se produz por meio da interação entre os pensamen-
tos de uma pessoa e um contexto sociocultural, há casos que pode exteriorizar-se naturalmente da
própria personalidade humana, por se tratar de uma função da mente humana, por vezes também
precisa ser ativada por meio dos estímulos externos e internos. A criatividade representa-se de
várias maneiras. Segundo Gardner (1999), cada individuo apresenta um perfil criativo distinto, daí a
dificuldade da definição de criatividade. O ano 1950 foi um ano histórico na reabertura do estudo da
criatividade, mas até ao momento não há um conceito único que a descreva, não há uma definição
exclusiva para o termo criatividade. Dinamicamente a variedade ou a "complexidade" condiciona o
individuo a ver o diferente, dai vai um passo para criar a originalidade. O fenómeno “criatividade”
manifesta-se em todos os setores da vida seja ela social, política, estética, científica, e é por isto que
todas as ciências apresentam uma versão diferenciada do seu conceito, de acordo com as suas
próprias ideologias, agregando-lhe a utilidade e individualidade de cada.
A minha opinião sobre a criatividade é que todos temos e podemos tê-la, só temos de a
desenvolver. Alguns têm mais facilidade do que outros mas penso que, com esforço, todos con-
seguimos alcançá-la.. Quanto à sua definição, acho que simplesmente não existe definição, porque é
um termo tão complexo e tão diferente de pessoa para a pessoa que não podemos dar uma
definição universal.
Usamos a criatividade para nos expressarmos, para divulgarmos algo, para nos descon-
trairmos, para nos divertimos enfim, ela é usada de inúmeras maneiras.
“A criatividade é a procura de opções; o FOCO é a eliminação delas” – Bob Marley; para mim esta
frase transmite o essencial da criatividade, para sermos criativos temos de aprender a ser subjetivos
e não termos apenas uma visão.
Sofia Santos, nº24, 10ºE
Criatividade. Como podemos definir esta palavra? Há quem a defina como: “ uma capaci-
dade humana de grande valor universal, tudo indica que nesta competência reside a memória
<<RAM>> biológica para o impulso da evolução humana”.
Criatividade, no fundo, todos possuímos, somos todos iguais e diferentes, no fundo, sabe-
mos que é assim. A criatividade é a capacidade que o ser humano tem para desenvolver coisas
novas, é a inclinação do ser humano para construir e inovar. É marcar pela diferença, não querer
fazer igual, querer expor o seu trabalho de uma forma nova para que outros possam ver e até ad-
mirar.
Afinal qual de nós não quer ser diferente? Qual de nós não gosta de ser admirado e reconhecido
pelo esforço que teve? Todos queremos ser diferentes, criativos e inovadores.
Para mim, ser criativo é ser diferente e ao mesmo tempo igual, no fim de contas todos queremos o mesmo, sermos admirados,
queremos que nos seja dado o respetivo valor que achamos que merecemos; ou simplesmente queremos ser bajulados, pelo simples facto
de sermos pessoas porque pessoas são assim. Não devemos colocar “rótulos” nas pessoas, não há pessoas boas nem más, existem simples-
mente pessoas diferentes que passaram por coisas diferentes e acabaram por se tornar naquilo que são. Talvez sejam um pouco amarguradas
pela vida, mas isso não implica ser necessariamente ser uma pessoa má. Afinal, algum de nós consegue definir “pessoa má?” Somos alguém
para criticar o próximo? Afinal somos todos seres humanos, temos todos modos de vida diferentes e vivemos experiências diferentes e isso
fez com que nos tornássemos naquilo que somos, por isso levámos a vida de uma forma diferente. A criatividade pode ser uma coisa extra-
ordinária, pois se desenvolvermos a nossa capacidade mental, ficaremos com mentes mais abertas, acabaremos por ficar ocupados usando
a nossa criatividade e não nos preocuparemos em criticar os outros. Sim, todos nós criticamos, ou pelo menos já o fizemos, nem que tenha
sido uma única vez! Se alguém disser o contrário estará a mentir.
Outra das grandes características humanas é a inveja, que está a dominar o mundo, um mundo onde os valores estão em extinção.
As gerações foram mudando e os valores foram se perdendo. Difícil, hoje, é encontrar pessoas que nos aceitem por aquilo que somos. Racismo?
Outro problema da sociedade que vive cercada por falsidade, cinismo e por pessoas com mentes fechadas, designadas racistas, segundo a
minha opinião.
O que distingue um branco de um negro? Um heterossexual de um bissexual ou de um homossexual?
Se somos todos feitos de carne e osso porque adicionar “rótulos” para pessoas “diferentes” de nós?
As pessoas deviam aprender a respeitar… Usem a tal da criatividade para se ocuparem e deixarem de fazer aquilo que tão bem
sabem, criticar! 10
11. Ser diferente é bom, não julgues ninguém por ter uma cor diferente da tua, não se vestir como tu, se não é da tua estrutura… Pois
os valores até podem ser os mesmos mas a tabela de valores não o é! E se para muitos o respeito está no fim da tabela, para outros, como
eu, está no topo! Por isso sê criativo sim, mas não usando essa criatividade com maldade, usa-a para fazeres algo de que gostes, acredita que
o teu tempo será melhor entregue!
Sê feliz, criativo, diferente, fá-lo acima de tudo por ti! Conquista o respeito, porque respeito todos queremos e precisamos, mas
poucos são capazes de o transmitir.
Trabalho realizado por: Daniela Sousa, 10ºE, nº9
BIOGRAFIA DE JEAN JACQUES ROUSSEAU
Rousseau foi considerado um dos mais importantes filósofos da era iluminista e um precursor
do romantism. Além de filósofo, foi teórico político, compositor e escritor. Nasceu a 28 de julho de
1782, em Genebra, na Suiça e morreu em 2 de julho de 1778, em França. A mãe morreria alguns
dias depois do parto e cedo viria a a ingressar numa escola religiosa de onde viria a sair quando,
pela 3ª vez, perdeu o toque de recolher por se ter atrasado num dos seus passeios pelo campo, dado
que sempre foi um apaixonado pela natureza, depois disso decidiu vaguear pelo mundo.
Em Paris, anos mais tarde teria a proteção de uma senhora rica e entrou em contato com a música
e a filosofia.
Aos 37 anos participou num concurso da academia de Dijon cujo o tema era: "O restabelecimento os indivíduos só era quebrado para fins
das ciências e das artes terá favorecido o aprimoramento dos costumes?", tornando-se famoso de reprodução, pois sendo auto-sufi-
quando ganhou um prémio em 1750. Passou, então, a fazer parte da elite parisiense, sendo convi- cientes não tinham outra necessidade
dado para participar em discussões e jantares para expôr as suas ideias. para viverem em agrupamentos hu-
Rousseau teve 5 filhos com a sua amante de Paris, que acaba por colocar num orfanato. Uma manos. Foi a partir do isolamento que o
ironia, já que, anos depois, escreve o livro Emílio, ou Da Educação que ensina sobre como se deve homem adquiriu qualidades como amor
educar as crianças. de si mesmo e a piedade.
Mais tarde seria censurado por defender uma religião natural afirmando que o ser humano podia Para Rousseau, o homem completa-se
encontrar Deus dentro do seu próprio coração e por expôr as suas ideias políticas sobre o contrato com a natureza que não é um estado a
social. ser superado, como acreditava Hobbes.
Em 1762 começou a ser perseguido e refugiou-se em Inglaterra. Só regressará a França em No Discurso Sobre a Origem e os Fun-
1767. damentos da Desigualdade Entre os
Homens, afirma que “a maioria de nossos
males é obra nossa e (…) os teríamos
FILOSOFIA ROUSSEAUNIANA O estado de natureza está evitado quase todos conservando a
descrito no livro Discurso sobre a maneira de viver simples, uniforme e
Origem e Fundamentos da De- solitária que nos era prescrita pela na-
sigualdade Entre Homens. tureza” (ROUSSEAU apud LEOPOLDI
A definição da natureza humana é um equilíbrio perfeito entre o que se quer e o que se tem. O , 2002, p. 160 )
homem natural é um ser de sensações e deseja somente aquilo que o rodeia, porque ele não pensa
e, portanto, é desprovido da imaginação necessária para desenvolver um desejo que ele não percebe. Rúben Ferreira, 10º E
Estas são as únicas coisas que ele poderia "representar". Os desejos do homem no estado de na-
tureza são os desejos o seu corpo.
Não sendo, neste estado, um “lobo” para os seus “associados”, o seu instinto é individualista, ele
não induz a qualquer vida social. Para viver em sociedade, é preciso a razão. O instinto é o instru-
mento de adaptação humana à natureza, a razão é o instrumento de adaptação humana ao meio so-
cial e jurídico.
Na obra Do Contrato Social, publicada em 1762, propõe que todos os homens façam um novo
contrato social onde se defenda a liberdade do homem baseada na experiência política das antigas
civilizações onde predomina o consenso, garantindo os direitos de todos os cidadãos. Condena a
escravidão e defende que o principal motivo da “evolução” do estado natural para o civil, é a neces-
sidade de liberdade moral. Diz também que no Estado Civil o povo deve ter a soberania da decisão. "O homem nasce livre, e em toda parte é
O povo tem interesses, a “vontade geral”, que é o que mais beneficia a sociedade. Evidentemente, posto a ferros . Quem se julga o senhor dos
o “soberano” tem que agir de acordo com essa vontade, o que representa o limite do poder de tal outros não deixa de ser tão escravo quanto
governante: ele não pode ultrapassar a soberania do povo ou a vontade geral. Defende que os gov eles."
vernantes corruptos devem ser depostos.
Quanto às possíveis formas de governo, defende a democracia, para estados pequenos, a aristo- "O homem é bom por natureza. É a so-
cracia para estados médios e a monarquia para estados de gandes dimensões. O principal objetivo ciedade que o corrompe."
de uma sociedade política é a preservação e a prosperidade dos seus membros.
A liberdade natural caracteriza-se por ações tomadas pelo indivíduo com o objetivo de satisfazer "E quais poderiam ser as correntes da de-
os seus instintos, as suas necessidades. Neste estado de natureza o homem desconsidera as conse- pendência entre homens que nada pos-
quências das suas ações para com os outros e não sente vontade, nem obrigação, de manter o vín- suem? Se me expulsam de uma árvore, sou
culo das relações sociais. Ao perder uma disputa com outros indivíduos o sujeito não consegue livre para ir a uma outra"
exercer a sua liberdade, uma vez que a liberdade nesse estádio se estabelece a partir da correlação
de forças entre os indivíduos. Não há regras, instituições ou costumes que se sobreponham às von- "Se houvesse um povo de deuses, ele seria
tades individuais para a manutenção do “bem coletivo”. Contudo, o homem selvagem viveria isolado governado democraticamente. Um gov-
e, por isso, não faz sentido pensar num bem coletivo. Também não haveria tendência ao conflito erno tão perfeito não convém aos homens."
entre os indivíduos isolados quando se encontrassem, pois os seus desejos (necessidades) seriam
satisfeitas com pouco esforço, devido à relação de comunhão com a natureza. O isolamento entre Rousseau 11
12. The sun
They just want it for tehmeselves
Like a prize in their shelves Do you believe?...
In this consuming society você acredita?!...
They destroy the reality
They speak of world peace
Like an impossible dream
Only if it was the purple kiss
The one I will truly miss
The sun, do you believe in the sun?
Do you believe in the sun?
The light, do you do what´s right?
I feel so ignored
Not even self-assured
It´s now I know true friends
Where the honesty never ends
No more bload to pump
No more tears to cry
No more air to breed
No more life to die
The sun, do you believe in the sun?
Do you believe in the sun?
The truth, do you believe in the truth?
Please give me a sign my youth
When I was born by my
grandfather I was blessed
the love that by me was sworn
in love will be expressed
The sun, do you believe in the sun?
Do you believe in the sun?
Friend, do you believe in me?
If so, give me you empathy
The sun, the sun
The sun, the sun
The sun, the sun
The sun, the sun
letra da música de Paulo Ferreira, nº 20, 10º E
12