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ANDRÉ GOMES, JOSÉ MONTEIRO E NUNO FERRINHO 
        ESCOLA SECUNDÁRIA QUINTA DAS PALMEIRAS 
              TRABALHO DE ÁREA DE PROJECTO 
                        GRUPO 5 
                         12.º A 
                          
                          
                          
                          
                          
                          
                          
                          
                          
                          
                          
                          
                          
                          
                          
USO DE SUBSTÂNCIAS: TABACO, ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS.
RELAÇÃO COM A FAMÍLIA E COM A ESCOLA




                        COVILHà

                      MAIO DE 2011 
II
                                                   PREFÁCIO 
 
 
               Constitui  para  mim  uma  honra  prefaciar  o  trabalho  da  Área  de  Projecto  dos 
jovens  estudantes  André  Gomes,  José  Monteiro  e  Nuno  Ferrinho.  Numa  primeira 
aproximação  estamos  perante  uma  descrição  clara  e  metodologicamente  bem 
conseguida do trabalho de investigação desenvolvido no âmbito da Área de Projecto 
no  âmbito  da  temática  do  consumo  de  substâncias  e  sua  relação  com  o  contexto 
familiar e escolar. 
               O  presente  trabalho  remete‐nos  para  uma  associação  feliz  entre  escola  e 
saúde.  É  no  contexto  escolar  que  os  jovens  fazem  os  seus  primeiros  contactos  mais 
formais com as questões de saúde sendo espectável que desses contactos resulte uma 
compreensão aprofundada de aspectos essenciais neste âmbito para a sua vida futura 
e das comunidades de que virão a fazer parte. 
               A  compreensão  aprofundada  de  algumas  questões  de  saúde  implica  um 
melhor e mais amplo entendimento dos problemas, das suas causas e consequências, 
bem como das possibilidades de os prevenir, conjugando a acção de todos e cada um. 
               Implica também a consideração da saúde como um valor a assumir, a cultivar e 
a defender como âncora, base de comportamentos e estilos de vida saudáveis; como 
um valor a conjugar com outros valores, como o da cidadania, pois o bem‐estar que 
colhemos enquanto indivíduos também se traduz em bem‐estar para aqueles que nos 
rodeiam. 
               Neste  contexto  abordar  a  problemática  do  uso  de  substâncias  e  das 
dependências  associadas  revela‐se  um  esforço  de  grande  oportunidade  pela 
dimensão que assume na sociedade contemporânea, revelando‐se meritório o esforço 
desenvolvido  pelos  jovens  autores  deste  trabalho  e  pelo  docente  responsável  pela 
Área de Projecto que os orientou. Quiseram melhor compreender e melhor conhecer 
a dimensão do problema na sua própria comunidade ‐ a Escola Secundária Quinta das 
Palmeiras ‐ tendo por referência metodologias de pesquisa já experimentadas e dados 
de outros contextos mais alargados, de que nos dão conta ao longo do trabalho. Do 
esforço  resultaram  valiosos  dados  que  seguramente  serão  elucidativos  para  o  leitor 
interessado,  culminando  com  uma  síntese  conclusiva  da  qual  fazem  parte  úteis 
sugestões para as intervenções preventivas. 
               Acresce  aos  dados  sobre  as  dependências  um  outro  fruto  que  não  é  de 
menosprezar  e  que  seguramente  os  enriqueceu.  Este  trabalho  é  também  um  bom 
exemplo de como se aprende a fazer investigação, respeitando os rigores da pesquisa 
e  a  clareza  da  expressão,  num  processo  de  que  todos  saem  a  ganhar:  autores, 
instituição educativa e comunidade em geral. 
 
 
                                                                                                      Manuel Joaquim Loureiro 
                                                                                        Departamento de Psicologia e Educação da 
                                                                                                   Universidade da Beira interior 

 
III
 
 
IV




          É  inteiramente  justo  expressar  o  nosso  agradecimento  ao  Ex.mo  Sr.  Director 

da  Escola  Secundária  Quinta  das  Palmeiras  pela  forma  como  proporcionou  a  feitura 

deste  trabalho,  ao  nosso  professor  de  Área  de  Projecto,  Pedro  Pimparel,  pelo 

acompanhamento que nos prestou, aos Senhores Directores de Turma por tornarem 

possível,  dedicando  o  seu  tempo,  a  resposta  ao  questionário  por  parte  dos  seus 

alunos, aos alunos por responderem ao questionário pois sem o seu contributo nada 

seria  possível,  aos  professores  Manuel  Loureiro  e  Paula  Carvalho,  professores  do 

Departamento  de  Psicologia  e  Educação  (DPE)  da  Faculdade  de  Ciências  Sociais  e 

Humanas da Universidade da Beira Interior (UBI), pela preciosa e sábia colaboração e 

pela  generosidade  e  coragem  em  disponibilizarem‐se  para  trabalharem  connosco  ‐ 

três  alunos  sem  qualquer  tipo  de  experiência  investigativa  digna  desse  nome  ‐  e  à 

Faculdade  de  Ciências  Sociais  e  Humanas  da  UBI  pela  parceria  que  permitiu  a 

colaboração dos professores Manuel Loureiro e Paula Carvalho que tanto nos toca e 

honra. 

 

 

 

 

 
V
 

 
VI
 
                                                                                                      Página 

                                                                                                       

Prefácio 

Agradecimentos                                                                                         

Capítulo 1 ‐ Introdução                                                                                     

Introdução ‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐          2 

Capítulo 2 – Revisão da literatura                                                                          

2.1  Uso de substâncias: Álcool, tabaco e outras drogas ‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐                   4 

2.2  Efeitos associados ao uso de álcool, tabaco e outras drogas ‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐                    5 

2.3  Programas escolares de prevenção em Portugal ‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐                     6 

Capítulo 3 ‐ Metodologia                                                                                    

3.1  Metodologia ‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐           11 

3.2  Instrumento ‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐           11 

3.3  Amostra ‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐          11 

Capítulo 4 – Apresentação e análise dos resultados                                                          

4.1  Análise descritiva global da amostra ‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐               14 

4.2  Tabaco ‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐          16 

4.2.1  Experimentar tabaco ‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐              16 

4.2.2  Consumo de tabaco ‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐               18 

4.3  Álcool ‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐        22 

4.3.1  Experimentar álcool ‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐             22 

4.3.2  Consumo de álcool ‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐             23 

4.4  Outras drogas ‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐           28 

4.4.1  Experimentar outras drogas ‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐               28 
VII
 
 
                                                                                                   Página 

                                                                                                        

4.4.2  Consumo de outras drogas ‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐            33 

4.5  Ambiente familiar ‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐        38 

4.5.1  Agregado familiar ‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐        38 

4.5.2  Relação com a família ‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐         42 

4.5.3  Ambiente escolar ‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐         44 

Capítulo 5 – Discussão/Conclusão                                                                        

5.1  Experimentação e consumo de tabaco ‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐                53 

5.2  Experimentação e consumo de álcool ‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐               54 

5.3  Experimentação e consumo de outras drogas ‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐                 56 

5.4  Conclusão global final ‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐        58 

Referências/Fontes ‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐         60 

Anexo                                                                                                   

Questionário ‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐       63 
viii
1




1
2




               A  problemática  do  uso  de  substâncias  e  da  sua  relação  com  a  família  e 
ambiente  familiar  e  com  a  escola  e  ambiente  escolar  é  fulcral.  O  projecto  HBSC  – 
Health Behaviour in School‐aged Children 1 que se realiza de quatro em quatro anos da 
responsabilidade  da  Organização  Mundial  da  Saúde  (OMS)  é  a  prova  disso  mesmo, 
para não mencionarmos outros estudos referidos oportunamente. 
               Com  este  trabalho  pretendemos  compreender  e  conhecer  melhor  a 
problemática  em  geral  e,  no  contexto  mais  local  da  Escola  Secundária  Quinta  das 
Palmeiras,  perceber  os  comportamentos  de  saúde  dos  alunos  da  escola  relativos  à 
mesma  problemática,  conhecer  o  ponto  de  situação  da  escola  por  referência  aos 
valores  médios  nacionais  e  da  Organização  para  a  Cooperação  e  Desenvolvimento 
Económico  (OCDE)  conhecidos  e  publicados  e  sugerir,  consoante  a  realidade  dos 
dados e respectivos resultados, caminhos de intervenção no sentido da prevenção de 
comportamentos  de  risco  que  possam  pôr  em  causa  a  saúde  dos  alunos  na  relação 
consigo  mesmos,  na  relação  com  a  família  e  ambiente  familiar  e  na  relação  com  a 
escola e ambiente escolar. 
                 Neste sentido pensamos ter conseguido o que se pretendia desde o início.  
                 Estamos  convictos  de  que  este  trabalho  pode  constituir  um  instrumento 
importante de reflexão e de intervenção para a nossa escola. 
                 Assim, o trabalho encontra‐se organizado da seguinte forma: 
                 No capítulo 2, fazemos o ponto de situação da problemática; 
                 No capítulo 3, encontra‐se a metodologia desenvolvida; 
                 No capítulo 4, apresentamos e analisamos os resultados; 
                 No  capítulo  5,  encontra‐se  a  discussão‐conclusão,  incluindo  sugestões  de 
trabalho e de intervenção; 
                 Finalmente,  no  capítulo  6,  constam  as  referências/fontes  bibliográficas  e 
webgráficas que serviram de base ao trabalho. 
                 Para  terminarmos,  e  a  título  informativo,  este  trabalho  pode  ser  consultado 
no blog http://saudenomeioescolar.blogspot.com criado pelo grupo de trabalho para 
o efeito. Neste blog pode‐se, para além de consultar o trabalho, tomar conta de todo 
um percurso feito pelo grupo de trabalho e a actividade desenvolvida por este.   
 
 
 

                                                         




1
    Comportamentos ligados à Saúde em jovens em idade escolar
3


2
4



        Neste capítulo apresenta‐se uma revisão da literatura relacionada com o tema 
em        estudo.       Neste      sentido,       a        revisão       releva    sobretudo 
actividades/estudos/investigações  desenvolvidos  também  em  Portugal  e  em  meio 
escolar.  
        Na  secção  2.1  apresentam‐se  estudos/investigações  sobre  utilização  de 
substâncias: álcool, tabaco e outras drogas, na secção 2.2 os efeitos associados ao uso 
de  álcool,  tabaco  e  drogas  e  na  secção  2.3  apresentam‐se  uma  descrição  dos 
programas de prevenção desenvolvidos em Portugal.  
 
 
2.1     Uso de substâncias: álcool, tabaco e outras drogas 
 
        O HBSC – Health Behaviour in School‐Aged Children 2 é um estudo periódico, 
de  quatro  em  quatro  anos,  patrocinado  pela  Organização  Mundial  de  Saúde  (OMS), 
que conta com a participação de vários países incluindo Portugal. O estudo tem como 
público‐alvo alunos dos 2.º e 3.º ciclos e Secundário, nomeadamente dos 6.º, 8.º e 10.º 
anos,  com  idades  médias  de  referência  de  11,  13  e  15  anos  respectivamente.  Até  ao 
momento Portugal vai com quatro participações. A primeira em 1998, a segunda em 
2002, a terceira em 2006 e a quarta em 2010. O estudo tem por base um inquérito e 
como  objecto  o  uso  de  substâncias,  a  prática  de  exercício  físico,  alimentação, 
comportamento sexual, violência, relações e grupos de pares, ambiente familiar entre 
outros.  
        O  ESPAD  –  European  School  Survey  on  Alcohol  and  Others  Drugs  de  1995  a 
2003  é  um  estudo  em  forma  de  inquérito  aplicado  em  meio  escolar  que  aborda 
especificamente o uso de substâncias, como álcool, tabaco e outras drogas por jovens 
que completam 16 anos no ano de recolha de dados. Este estudo é de âmbito europeu 
e  tem  uma  periodicidade  de  4  anos.  O  estudo  teve  o  seu  início  em  1995  e 
posteriormente em 1999 e 2003, é coordenado pelo CAN  ‐ The Swedish Council for 
Information  on  Alcohol  and  Other  Drugs  e  tem  o  apoio  do  Grupo  Pompidou  do 
Conselho da Europa e de instituições dos diferentes países participantes. Portugal tem 
participado desde sempre. 
        Os estudos têm vindo a registar prevalências mais altas e uma tendência para o 
aumento  do  consumo  de  tabaco  e  cannabis,  principalmente  verificado  no  sexo 
feminino  bem  como  a  manutenção  de  prevalências  e  níveis  altos  de  consumo  de 
álcool,  com  alterações  nocivas  dos  padrões  de  consumo.  Estas  prevalências 
encontram‐se em linha com as da população em geral, com destaque para o consumo 
de  álcool,  tabaco  e  cannabis  em  relação  às  demais  substâncias.  As  tendências  de 
resistência  à  redução  do  consumo  destas  substâncias  nos  jovens  revelam‐se 
relevantes. 
 
 
 
 


2
    Comportamentos ligados à Saúde em jovens em idade escolar
5
 
2.2      Efeitos associados ao uso de álcool, tabaco e outras drogas  
           
           
           O tabaco é a principal causa de problemas de saúde a curto prazo nos jovens, 
nomeadamente  de  agravamento  de  problemas  respiratórios,  tosse,  catarro  e 
dispneia, e  de sintomas relacionados com a asma, chiado na infância  e adolescência 
(USDHHS,  1994,  2004).  O  uso  de  álcool  está  associado  expressivamente  a 
mortalidade nos jovens (Murray et al., 1997) através de acidentes e violência, podendo 
provocar  traumatismos  e  ferimentos  intencionais  ou  acidentais,  problemas  sociais 
com as forças de segurança e actividade sexual não planeada e desprotegida.  
          O  uso  de  outras  substâncias  ao  contrário  do  consumo  do  tabaco  tem 
consequências  directas  e  de  curto  prazo  mais  óbvias  e  graves  para  a  saúde  e 
funcionamento social (Filho & Ferreira‐Borges, 2008).  
           
          O consumo de tabaco está também associado ao uso de álcool e à embriaguez, e 
          esses  tipos  de  comportamento  de  risco  estão  associados  ao  uso  de  substâncias 
          ilícitas  e  ao  comportamento  anti‐social  (Meyers  et  al.,  1994;  Tyas  et  al.,  1998; 
          Cotrim  et  al  .,  1999;  WHO,  2001;  Ferreira‐Borges  et  al  .,  2004,  2006;  Curie  et 
          al.,2000,  2004;  Matos  et  al.,  2006),  o  que  tem  vindo  a  ser  confirmado  por 
          inúmeros  estudos  de  diversos  institutos  de  referência  internacional  (NIDA  1997, 
          1997ª; SAMHSA, 2001; Hawks et al.,2002; UNODC, 2003; Anderson et al., 2006). 
          Por  exemplo,  os  jovens  fumadores  têm  três  vezes  mais  probabilidades  de 
          consumir álcool regularmente e oito vezes mais probabilidades de usar cannabis 
          do  que  os  não‐fumadores,  ao  mesmo  tempo  que  se  pensa  que  o  consumo  de 
          tabaco  seja  o  principal  preditor  para  o  uso  de  outras  substâncias  Kandel,  1992, 
          2002). 
              Tal quadro demonstra um nível considerável de risco para a saúde associado ao 
          uso  destas  substâncias,  nomeadamente  as  ilícitas,  o  que  torna  a  busca  de 
          intervenções preventivas efectivas em relação à redução destes comportamentos 
          uma prioridade de Saúde Pública. Tais dados levam ainda a que cada vez mais se 
          aponte  a  prevenção  do  consumo  de  tabaco  como  um  meio  de  prevenção  do 
          consumo de outras substâncias  lícitas,  como  o  álcool,  e  as duas primeiras como 
          um meio de prevenção do consumo de substâncias ilícitas. O uso de substâncias 
          ilícitas como o  haxixe ou a cocaína,  por  exemplo, é muitas  vezes  precedido  pelo 
          uso  de  tabaco  e  álcool,  já  que  são  substâncias  de  fácil  acesso  e  socialmente 
          aceites.  Embora  a  maioria  das  pessoas  que  fume  ou  beba  não  use  substâncias 
          ilícitas, quando o último tipo de uso ocorre, na maior parte das vezes, existe essa 
          trajectória. Ela pode reflectir, em parte, a disponibilidade e aceitabilidade social, 
          mas também a interacção de outros factores de risco, ambientais ou individuais, 
          como a desorganização familiar e comunitária, inconsistência de regras/sanções 
          de comportamento e de apoio, factores genéticos ou a ausência ou inadequação 
          de determinadas habilidades pessoais e sociais (Filho & Ferreira‐Borges, 2008, pp. 
          68‐69). 
           
           
6
           
           
          Tendo  em  conta  o  objectivo  do  trabalho:  os  problemas  sociais  ou  de 
funcionamento  social,  associados  ao  uso  de  substâncias,  mais  relevantes  são  a 
disfunção familiar, desagregação familiar, baixo rendimento escolar, insucesso escolar 
e  abandono  escolar;  a  principal  consequência  associada  ao  uso  de  tabaco  é  a  maior 
probabilidade de consumo de álcool e de outras substâncias, a principal consequência 
associada  ao  consumo  de  álcool  é  a  desintegração  familiar  e  as  principais 
consequências associadas ao consumo de outras substâncias são problemas escolares 
(insucesso  e  abandono  escolar)  e  desintegração  familiar  (Filho  &  Ferreira‐Borges, 
2008, pp. 45‐46).  
 
           
2.3      Programas escolares de prevenção em Portugal   
 
          O  Instituto  da  Droga  e  da  Toxicodependência  é  o  principal  proponente  de 
medidas de prevenção de uso de álcool, tabaco e outras drogas, através de programas 
e planos dos quais se destacam o PIF – Programa de Intervenção Focalizada e o PORI – 
Plano  Operacional  de  Respostas  Integradas,  sendo  que  o  PIF  é  exclusivamente 
voltado para a prevenção. Este programa tem como objectivo criar condições para o 
desenvolvimento  de  programas  de  intervenção  baseados  na  evidência  e,  ao  mesmo 
tempo, constitui uma fonte de financiamento dos programas a realizar. 
          Dos  programas  aplicados  e  avaliados  destaca‐se  o  programa  de  prevenção 
universal.  Este  programa  tem  formulação  da  autoria  de  Jorge  Negreiros  em  “Uma 
abordagem socioafectiva de prevenção” (Negreiros, 1998). Este programa teve por 
base  as  componentes,  como  indica  a  sua  designação,  afectiva  e  social.  Em  termos 
gerais, a componente afectiva tem por objectivo facilitar a examinação e a análise das 
atitudes dos jovens em relação ao uso de álcool e outras drogas e a componente social 
visa  estimular  uma  reflexão  centrada  e  aprofundada  nos  diferentes  tipos  de 
influências  sociais  para  consumir  de  forma  excessiva  álcool  e  outras  drogas.  O 
programa desenvolveu‐se em 8 sessões semanais de uma hora cada. A avaliação das 
sessões  demonstrou  a  redução  do  consumo  de  tabaco,  embora  estatisticamente 
pouco  expressiva,  de  álcool  de  forma  mais  significativa  estatisticamente  e  mudança 
em  termos  de  atitudes  menos  favoráveis  em  relação  ao  uso  de  substâncias 
(exceptuando  as  ilícitas  por  não  ter  sido  possível  tirar  conclusões  devido  à  baixa 
prevalência  do  seu  consumo)  nos  estudantes  que  participaram  no  estudo  e  que 
compunham  o  grupo  experimental  comparativamente  aos  estudantes  do  grupo  de 
controlo.  
          No tocante à prevenção do uso de tabaco, no âmbito do programa prevenção 
universal,  existem  alguns  exemplos  de  boas  práticas  em  Portugal.    No  âmbito  do 
ESFA  –  European  Smoking  Prevention  Framework  Approach  desenvolveram‐se  os 
programas  «Querer  é  poder»  e  «Turmas  sem  fumadores»,  levados  a  cabo  pelo 
Conselho  de  Prevenção  do  Tabagismo.  Outros  dois  exemplos  de  programas  de 
prevenção do uso de tabaco são: «Não fumar é que Está a dar» e «Sinais de fumo» 
desenvolvidos por José precioso e Associação CATR – Centro de apoio, tratamento e 
recuperação, respectivamente.  
7
        O  projecto  ESFA  foi  implementado  entre  1997  e  2002  na  Espanha, 
Dinamarca, Finlândia, Holanda, Inglaterra e Portugal tendo como objectivo evitar ou 
atrasar a iniciação do uso do tabaco ou a transição da fase de experimental para a fase 
regular  do  uso  do  tabaco  em  jovens  do  3.º  ciclo  do  ensino  básico.  Neste  sentido  e 
numa fase intermédia o ESFA pretendia informar e sensibilizar os jovens para as várias 
razões contra fumar, melhorar as habilidades sociais para resistir às pressões directas 
e  indirectas  para  fumar  e  reforçar  a  intenção  contra  fumar.  No  seguimento  foram 
implementados em Portugal os programas «Querer é Poder I» e «Querer é Poder II». 
Estes  dois  programas  integraram  acções  para  levar  a  cabo  na  escola  e  na  família.  O 
primeiro  consistindo  em  6  sessões  sobre  tabagismo  em  que  se  procurou  informar 
sobre  os  seus  efeitos,  discutir  os  prós  e  contras  de  fumar,  tomar  consciência  dos 
processos de  influência social e promover competências  para  lidar  com  situações  de 
pressão  social.  O  segundo  também  consistiu  em  6  sessões  sobre  fumo  passivo 
informando  sobre  os  seus  efeitos  e  promovendo  competências  para  lidar  com 
situações de exposição ao fumo passivo. Estas 12 acções relativas aos dois programas 
foram  ainda  reforçadas  com  um  programa  de  educação  inter‐pares  designado 
«Programa 7 OK!» sustentado num jogo animado por colegas que tiveram 7 sessões 
de  formação  previamente.  O  jogo  orientou‐se  por  uma  linha  de  informação  e  uma 
outra  de  promoção  de  competências  sociais.  No  final  do  projecto  ESFA  o  grupo 
experimental  apresentava  uma  prevalência  de  fumadores  regulares  de  7%  enquanto 
que os do grupo de controlo apresentou uma taxa de 12%. Relativamente aos jovens 
que nunca fumaram, no início do projecto eram 83% no grupo experimental e 81% no 
grupo de controlo e no fim do projecto eram 55% e 44%, respectivamente, no grupo 
experimental e no grupo de controlo, 11% de diferença na manutenção do estatuto de 
nunca fumadores no grupo experimental em relação ao grupo de controlo. 
        O  programa  «Turmas  sem  fumadores»  tem  a  participação  de  15  países 
europeus  e  tem  como  objectivo  a  prevenção  do  tabagismo  nos  jovens.  Teve  o  seu 
desenvolvimento  na  escola  dirigido  aos  alunos  do  3.º  ciclo  do  ensino  básico. 
Particularmente,  o  programa  foca  a  sua  acção  na  prevenção  ou  atraso  da  iniciação 
tabágica  e  a  na  promoção  da  mudança  do  comportamento  tabágico  nos  jovens 
iniciados  no  consumo  visando  a  diminuição  ou  cessação  desse  comportamento.  O 
programa  consiste  na  participação  de  turmas em  que  os  respectivos  alunos  assinam 
publica e voluntariamente uma declaração de compromisso de não fumarem durante 
5  meses.  Este  compromisso  é  reafirmado  mensalmente  e  verificado  por  uma 
Comissão  de  Escola  a  quem  compete  o  acompanhamento  da  implementação  do 
programa.  As  turmas  competem  entre  si  através  de  actividades  de  prevenção 
tabágica  e  de  promoção  da  saúde.  No  final  dos  5  meses  cada  aluno  das  turmas 
vencedoras recebe um certificado de participação e um prémio enquanto que a turma 
recebe  um  prémio  especial.  Em  termos  da  avaliação  do  impacto  do  programa 
concluiu‐se que o programa parece revelar‐se preventivo no que toca aos jovens que 
nunca fumaram e permitido que um grande número de jovens fumadores ocasionais 
deixassem de fumar o mesmo acontecendo, menos expressivamente, com os jovens 
fumadores regulares. 
        O programa «Não Fumar è que Está a Dar» desenvolveu‐se no âmbito de um 
trabalho  de  doutoramento  nas  Escolas  Secundárias  de  Vila  Verde  e  da  Póvoa  do 
Lanhoso,  distrito  de  Braga.  Os  quatro  objectivos  do  programa  são:  Contrariar  a 
8
influência  dos  principais  factores  de  risco  relacionados  com  o  comportamento  de 
fumar;  Reduzir  a  percentagem  de  alunos  que  experimentam  fumar  ou  que  fumam 
regularmente;  Ensinar  a  distinguir  os  comportamentos  prejudiciais  dos  que  são 
benéficos para a saúde; e Promover a adopção de um estilo de vida saudável.  
          O  programa  visou  essencialmente  a  prevenção  do  consumo  do  tabaco  mas 
também a  aprendizagem de  comportamentos  benéficos  para  a saúde e a  promoção 
de um estilo de vida saudável. 
          O  programa  consiste  de  um  conjunto  de  15  sessões  semanais  de  uma  hora 
dirigidas  aos  alunos  do  7.º  ano  de  escolaridade  e  por  um  conjunto  de  6  sessões  de 
reforço dirigidas aos alunos do 8.º ano.  
          No  que  toca  aos  resultados  do  programa,  verifica‐se  que  a  primeira  parte  do 
programa teve impacto positivo no controlo de alguns factores de risco relacionados 
com  o  começo  de  fumar  designadamente:  capacidade  de  recusar  cigarros;  resposta 
assertiva; promoção e manutenção de atitudes favoráveis ao não consumo do tabaco. 
No  final  conclui‐se  que  o  programa  não  teve  influências  significativas  quanto  aos 
alunos  que  tinham  experimentado  fumar.  Já  relativamente  aos  jovens  fumadores 
ocasionais  não  houve  evolução.  Assim,  apesar  do  programa  não  ter  atingido  o 
objectivo  no  sentido  de  evitar  a  experimentação  conseguiu  que  os  jovens  que  já 
tinham experimentado não se tornassem fumadores. 
          O  programa  «Sinais  de  Fumo»  apoiado  pela  Câmara  Municipal  de  Cascais 
desde 2002 e pela Câmara Municipal de Lisboa desde 2004, envolve as componentes 
individual, família, escola e comunidade e está divido em nove sessões, sete dedicadas 
aos alunos com duração de hora e meia a decorrer nos horários de Área de Projecto e 
Estudo Acompanhado com frequência mensal, uma sessão dedicada a professores e 
auxiliares  de  educação  e  uma  sessão  para  pais  e  encarregados  de  educação.  A 
dimensão  comunitária  do  programa  é‐lhe  atribuída  pela  comemoração  do  Dia 
Mundial  Sem  Tabaco  (31  de  Maio).  Dia  em  que  os  estabelecimentos  de  ensino 
envolvidos  competem  com  actividades  de  prevenção  tabágica.  O  programa  tem  6 
objectivos: 1)  Sensibilizar  os  alunos  para  a  problemática  do  consumo de  substâncias 
lícitas  e  ilícitas  (Álcool,  Fármacos,  Tabaco  e  outras  drogas)  a  partir  de  uma  reflexão 
durante  as  sessões  da  problemática  do  consumo  de  tabaco  enquanto  um 
comportamento  aditivo,  problemático  e  prejudicial  para  a  saúde;  2)  Incentivar  os 
alunos  a  não  experimentar,  adiar  ou  a  interromper  precocemente  o  consumo  de 
substâncias  psicoactivas,  nomeadamente  em  relação  ao  tabaco,  durante  e  após  a 
realização  do  programa;  3)  Incentivar  os  alunos  a  manifestar  as  suas  opiniões  e 
sentimentos  em  relação  à  problemática  abordada,  promovendo  atitudes  assertivas 
em relação a estas práticas, envolvendo professores, pais e encarregados de educação 
e  motivando  os  alunos  a  participar  activamente  na  promoção  de  espaços  sem  fumo 
(escola,  família  e  comunidade);  4)  Fornecer  informações  e  aumentar  os 
conhecimentos  dos alunos sobre conceitos  como.  O que são  drogas,  como  actua no 
organismo, o que envolve o uso, abuso e dependência destas substâncias psicoactivas 
e as suas consequências; 5) Consciencializar sobre a existência da pressão dos pares, 
da publicidade, dos estilos de vida e das normas sociais em relação a fumar, beber e 
usar  outro  tipo  de  drogas;  6)  Desenvolver  competências  sociais  e  habilidades  que 
ajudem  a  gerir  situações  de  pressão  social  para  fumar  ou  usar  outro  tipo  de 
substâncias psicoactivas. 
9
         
        O  programa  teve  duas  edições  (2002  e  2003  e  2003/2004)  e  envolveu  uma 
metodologia  de  avaliação  ante  e  pós  aplicação  do  programa.  Da  análise  dos 
questionários  iniciais  e  finais  verificou‐se  uma  ligeira  diminuição  em  2,4  pontos 
percentuais  do  número  de  fumadores  e,  ao  mesmo  tempo,  um  aumento  dos  que  já 
tinham  experimentado  ao  longo  da  vida  em  2,4  pontos  percentuais.  Verificou‐se 
também  uma  diminuição  de  pais  e  mães  fumadores  entre  o  início  e  o  final  do 
programa  (4%  para  os  pais  e  4,1%  para  as  mães).  Desta  forma  e  em  síntese,  o 
programa parece ter conseguido o seu objectivo quanto a evitar a experimentação e o 
aumento do consumo do tabaco, estabilizando‐os, e parece ter um efeito positivo em 
relação ao comportamento dos pais em relação ao tabaco. 
        Da  revisão  sobre  programas  escolares,  resulta  que  os  resultados  dos 
programas  dependem  do  número  de  componentes  incluídas,  da  resposta 
multidisciplinar  e  da  incorporação  dos  conhecimentos  científicos  obtidos  nesta  área 
na  construção  e  desenvolvimento  dos  programas  de  prevenção,  os  designados,  por 
Filho e Ferreira‐Borges (2008), programas compreensivos.  
10




3
11


3.1 Metodologia 

     Tendo  em  conta  que  um  dos  objectivos  do  projecto  é  comparar  os  resultados 
obtidos  com  os  conhecidos  da  investigação  periódica  sobre  comportamentos  de 
saúde  em meio escolar que envolve uma rede de países,  incluindo Portugal, e  que é 
patrocinada pela OMS (Organização Mundial de Saúde) designada por HBSC – Health 
Behaviour  in School‐Aged Children 3  (Curie et al.,  2000,  2004;  Matos  et  al.,  2006) 4, a 
metodologia  adoptada  é  o  Inquérito  por  Questionário  por  estar  em  linha  com  a 
metodologia adoptada no HBSC. 


3.2 Instrumento 

     O  questionário  construído  e  passado  aos  alunos  teve  por  base  o  adoptado  no 
estudo (HBSC) Comportamento e Saúde em Jovens em Idade Escolar, tendo em conta 
as  dimensões  estudadas:  Uso  de  substâncias:  Álcool,  tabaco  e  outras  drogas; 
Ambiente Familiar e Ambiente Escolar. 



3.3 Amostra 

      O questionário foi passado a alunos dos 8.º e 10.º anos, com idades médias de 
referência  de  13 e  15/16  anos  respectivamente,  que frequentam  a  Escola  Secundária 
Quinta das Palmeiras.  
      As  idades  médias  de  referência  e  respectivos  anos  de  escolaridade 
correspondem  aos  adoptados  no  estudo  HBSC  e  ao  dizer  de  Filho  e  Ferreira‐Borges 
(2008,  pág.  83) 5,  citamos: “(…) no que diz respeito à idade verifica-se um padrão
consistente em termos de aumento de risco entre os 12 e os 16 anos, quer em termos
dos factores externos quer em termos das orientações e percepções internas. Em
relação ao uso de substâncias verificou-se um aumento acentuado ao longo desses anos
o que parece sugerir uma associação entre um aumento do risco e o aumento do
consumo de substâncias. (…)”.
      A amostra foi construída a partir de uma população‐alvo constituída por todos os 
alunos  dos  8.º  e  10.º  anos  de  escolaridade  do  ensino  regular,  250  alunos.  123  do  8.º 
ano e 127 do 10.º ano.  
      Por  forma  a  obtermos  uma  amostra  representativa  segundo  Krejcie  e  Morgan 
(1970) 6, à excepção da turma do Curso  de línguas e  Literaturas  do  10.º  ano  todas as 
restantes turmas foram sorteadas aleatoriamente perfazendo um total de 160 alunos, 
83  do  8.º  ano  e  77  do  10.º  ano.  Assim,  do  total  de  160  alunos  que  constituem  a 
amostra,  apenas  a  turma  do  Curso  de  Línguas  e  Literaturas  integrou  a  amostra 

3
  Designado em português por: Comportamento e Saúde em Jovens em Idade Escolar
4
  Curie, C. e tal. (eds.). Health and Health Behaviour among Young People. Health Behaviour in School-aged Children: a WHO
Cross-National study (HBSC): International report 1997/1998 survey. Copenhagen, 2000.
Matos, M.G. et al. Aventura Social & Saúde: A saúde dos adolescentes portugueses – hoje e em 8 anos: Relatório preliminar do
estudo HBSC 2006. Faculdade de Motricidade Humana/UTL, Lisboa, 2006.
5
  Filho, H. C.; Ferreira-Borges, C.. Uso de Substâncias: Álcool, Tabaco e outras Drogas. Coisas de Ler Edições, 1.ª Edição, Lisboa,
2008.
6
   Krejcie, R.V. e Morgan, D. W. . Determining Sample Size for Research Activities. Journal: Education and Psychological
Measurement, 30 (1970) 607-610.
12
directamente,  todas  as  restantes  turmas  dos  8.º  e  10.º  anos  foram  sorteadas 
aleatoriamente.  A  razão  pela  qual  os  alunos  da  turma  do  Curso  de  Línguas  e 
Literaturas  foram  incluídos  directamente,  prendeu‐se  com  o  facto  de  todos  os 
restantes  alunos  do  10.º  ano  pertencerem  a  turmas  do  Curso  de  Ciências  e 
Tecnologias.  
       Dos  160  alunos  inquiridos  responderam  153  alunos,  79  do  8.º  ano  e  74  do  10.º 
ano.  
       O  número  de  153  respondentes,  preenche  o  requisito  de  representatividade 
segundo aqueles autores.  



                                                 
                                                 
                                                 
                                                 
                                                 
                                                 
                                                 
                                                 
                                                 
                                                 
                                                 
                                                 
                                                 
                                                 
                                                 
13
 



4
14




        Para  organizar  e  relacionar  os  dados,  procedemos  à  construção  de  uma  base 
de dados em Access. A base de dados é composta por seis tabelas de dados. A tabela 
Identificação  onde  se  registaram  os  dados  relativos  ao  género,  à  idade  e  ao  ano  de 
escolaridade.  A  tabela  Tabaco  com  os  dados  relativos  às  respostas  sobre  o  uso  de 
tabaco. A tabela Álcool registando as respostas sobre o uso do álcool. A tabela Drogas 
que  contém  os  dados  relativos  às  respostas  sobre  o  uso  de  outras  drogas.  A  tabela 
Família com os dados das respostas sobre o ambiente familiar. E a tabela Escola com 
os dados relativos às respostas sobre o ambiente escolar. 
        As tabelas da base de dados foram relacionadas de forma a cruzar os dados e 
os gráficos foram construídos em Excel. 
        Nos  quadros  que  se  seguem  as  percentagens  médias  nacionais  constam  do 
estudo HBSC 2010 ‐ Portugal e as percentagens médias da OCDE constam do estudo 
internacional  HBSC  2006,  ambos  promovidos  pela  Organização  Mundial  de  Saúde, 
uma vez que o estudo internacional HBSC 2010 apenas está previsto ser editado em 
Outubro próximo. Todavia, tendo em conta a informação, a propósito deste assunto, 
junto da equipa do Projecto Aventura Social que lidera o estudo HBSC em Portugal, 
não  se  antecipam  alterações  significativas  em  relação  às  percentagens  médias  da 
OCDE  (44  países  envolvidos  no  estudo,  contando  com  Portugal)  constantes  do 
relatório  internacional  HBSC  de  2006,  atendendo  à  insuficiência  e/ou  frágil 
sustentação  de  programas  dirigidos,  por  um  lado,  e  a  que  os  comportamentos  de 
saúde não  se alteram num período  de  tempo  tão  curto,  4  anos,  por  outro. O  que se 
pode  antecipar  são  alterações  em  relação  à  posição  dos  países  quando  comparados 
em  conjunto,  o  que  não  tem  qualquer  reflexo  no  nosso  trabalho  uma  vez  que 
entramos em linha de conta com as percentagens médias do conjunto dos 44 países 
da OCDE que participaram no estudo.  
    Ainda relativamente às percentagens médias da OCDE constantes deste trabalho, 
estas  são  aquelas  que  é  possível  retirar  do  estudo  internacional,  uma  vez  que  este 
estudo  não  apresenta,  relativamente  à  sua  amostra,  a  distribuição  dos  géneros  por 
idade (ano de escolaridade).  
    Neste  capítulo,  tendo  em  conta  os  objectivos  do  trabalho,  tratam‐se  ainda  e 
apenas as relações estatisticamente significativas entre variáveis do questionário.  
 
 

4.1  Análise descritiva global da amostra 
 

   Nesta  secção  descreve‐se  a  amostra  no  que  toca  à  sua  distribuição  por  género, 
anos de escolaridade e idade. No que diz respeito a esta última variável, apresenta‐se 
a média, desvio padrão (D.P.) e valor mínimo e máximo.  
   O gráfico 1 apresenta a distribuição da amostra por género.  
    
    
    
    
15
    
    
                                          Género (n=153)

                                          Rapazes     Raparigas




                                                                       Rapazes
                                                                        41%


                      Raparigas
                        59%




                          Gráfico 1 – Distribuição da amostra por género



         A percentagem de 59% de raparigas  contra 41%  de  rapazes  deve‐se  ao  facto 
de  no  total  das  seis  turmas  da  amostra  duas  apresentarem  diferenças  favoráveis  ao 
género feminino em 70% e 28%. Das restantes quatro que registam algum equilíbrio 
apenas uma é favorável em 8% ao género masculino. 
 
         O  gráfico  2  permite  observar  a  distribuição  da  amostra  por  anos  de 
escolaridade. 
 
                                  Anos de escolaridade (n=153)

                                         8.º Ano    10.º Ano




                     10.º Ano
                     48,40%
                                                                     8.º Ano
                                                                     51,60%




                   Gráfico 2 – Distribuição da amostra por anos de escolaridade



       Do  gráfico  2  podemos  observar  que  os  alunos  se  encontram  distribuídos  em 
percentagens  próximas  relativamente  a  anos  de  escolaridade,  registando‐se  uma 
diferença de 3,2% favorável ao 8.º ano de escolaridade.  
16
 
 
        Nos Quadros 1 a 3, apresenta‐se, em relação à idade, a média, desvio padrão 
(D.P.), valor mínimo e máximo e a percentagem de rapazes e raparigas na amostra no 
total e por ano de escolaridade. 


                         Amostra – alunos dos 8.º e 10.º anos

  Rapazes       Raparigas         Média              D.P.            Mínimo     Máximo

    41%           59%               14,3             1,41                  13     17
                      Quadro 1 - Característica significativas da amostra




                             Amostra - alunos dos 8.º ano

              Percentagem          Média             D.P.            Mínimo     Máximo

Rapazes           24%               13,3             0,71                  13     15

Raparigas         28%                13              0,62                  13     15
                        Quadro 2 – Características dos alunos do 8.º ano




                             Amostra - alunos dos 10.º ano

              Percentagem          Média             D.P.            Mínimo     Máximo

Rapazes           18%                16                0                   15     17

Raparigas         31%               15,5             0,71                  15     17
                      Quadro 3 – Características dos alunos do 10.º ano


 
 
4.2 Tabaco 
 
4.2.1 Experimentar tabaco 
 
       Relativamente  ao  experimentar  tabaco,  28%  dos  inquiridos  afirmam  já  ter 
experimentado tabaco contra 72% que afirmam que não. 
17

                                   Experimentar tabaco (n=153)

                                                   Sim     Não


                                                                    Sim
                                                                    28%



                                       Não
                                       72%


                                   Gráfico 3 – Experimentar tabaco na amostra



        O Quadro 4 mostra uma percentagem de não experimentação de tabaco pelos 
inquiridos da amostra superior às percentagens médias nacionais e da OCDE. 


                                           Experimentar tabaco

                                       Escola                    Nacional                      OCDE
Sim                                     28%                         30%                         43%
Não                                     72%                         70%                         57%
          Quadro 4 – Experimentar tabaco: Comparação entre as percentagens da Escola, Nacional e da OCDE




 
4.2.1.1  Comparação entre géneros 
 
        No  que  diz  respeito  ao  experimentar  tabaco  por  género,  a  amostra  deixa 
perceber que o género feminino é o que experimenta mais. O Quadro 5 mostra ainda 
que  relativamente  aos  rapazes,  os  resultados  da  amostra  são  mais  favoráveis  a 
comportamentos saudáveis quando comparados com a média nacional. 


                                           Experimentar tabaco

                                      Sim                                             Não
                             7              8
                      Esc.           Nac.            OCDE             Esc.            Nac.           OCDE
Rapaz                23,8%           30,6%             ----          76,2%           69,4%             ----
Rapariga             31,3%           29,5%             ----          68,9%           70,5%             ----
    Quadro 5 – Experimentar tabaco entre géneros: Comparação entre as percentagens da Escola, Nacional e da OCDE




7
    De agora em diante Esc. é a abreviatura de Escola.
8
    De agora em diante Nac. é a abreviatura de Nacional.
18

 
4.2.1.2 Comparação entre anos de escolaridade 
 
        Relativamente  ao  experimentar  tabaco  por  ano  de  escolaridade,  a  amostra 
deixa perceber que os jovens do 10.º ano são os que experimentam mais. O Quadro 6 
mostra  ainda  que  os  resultados  da  amostra  são  mais  favoráveis  a  comportamentos 
saudáveis quando comparados com a média nacional e a média da OCDE. 



                                        Experimentar tabaco

                                    Sim                                             Não
                   Esc.            Nac.           OCDE              Esc.            Nac.             OCDE
8.º ano           15,2%           28,3%             32%            84,8%           71,7%             68%
10.º ano          41,9%           47,9%             54%            58,1%           52,1%             46%
Quadro 6 – Experimentar tabaco entre Anos de escolaridade: Comparação entre as percentagens da Escola, Nacional
                                                  e da OCDE


 
4.2.2 Consumo de tabaco 
 
      O  Gráfico 2 mostra que a grande  maioria,  90,2%, dos  jovens da  amostra não 
      fuma. 


                                                                                        Pelo menos
                                   Consumo de tabaco (n=153)                             uma/vez
                                                                                          semana
                                 Todos os                                                   2%
                                   dias
                                  2,6%
                                                                                                Menos de uma
                                                                                                 vez/semana
                                                                                                    5,2%



                                 Não fuma
                                  90,2%




                                Gráfico 4 – Consumo de tabaco na amostra


 
      No  Quadro  7,  pode  observar‐se  que  a  esmagadora  maioria  dos  jovens  da 
amostra não fuma. Que 2,6% são fumadores diários, 5,2% fumam menos que uma vez 
19
por  semana  e  2%  fuma  pelo  menos  uma  vez  por  semana.  Comparativamente  às 
percentagens médias nacionais, a amostra apresenta para todos os tipos de consumo 
de  tabaco  percentagens  inferiores.  Também  relativamente  aos  fumadores  diários,  a 
percentagem de fumadores da amostra é inferior à percentagem média da OCDE.   



                                         Consumo de tabaco

                                                              Escola           Nacional            OCDE
Todos os dias                                                  2,6%                  4,5%              8,4%
Pelo menos uma vez/semana                                       2%                   2,9%               ----
Menos de uma vez/semana                                        5,2%                  4,5%               ----
Não fuma                                                      90,2%              88,1%                  ----
        Quadro 7 – Consumo de tabaco: Comparação entre as percentagens da Escola, Nacional e da OCDE


 
4.2.2.1   Comparação entre géneros 
 
        Quando  comparamos  o  consumo  de  tabaco  entre  géneros,  verifica‐se  que  o 
género feminino apresenta para todos os tipo de consumo percentagens inferiores ao 
género masculino e às percentagens médias nacionais. 
          Por  sua  vez,  o  consumo  de  tabaco  nos  jovens  masculinos  apresenta 
percentagens  superiores  às  percentagens  médias  nacionais  excepcionando  a 
percentagem, 3,2%, de jovens masculinos que fumam todos os dias. 



                                         Consumo de tabaco

                  Todos os dias              Pelo menos          Menos de uma                  Não fuma
                                                uma               vez/semana
                                             vez/semana
               Esc.   Nac.   OCDE     Esc.     Nac.   OCDE    Esc.   Nac.   OCDE       Esc.     Nac.      OCDE

Rapaz          3,2%   5,1%     ----   4,8%     2,9%    ----   6,3%   4,2%     ----     85,7%    87,9%          ----

Rapariga       2,2%    4%      ----    0%       3%     ----   4,4%   4,8%     ----     93,4%    88,3%          ----

Quadro 8 – Consumo de tabaco entre géneros: Comparação entre as percentagens da Escola, Nacional e da OCDE


 
4.2.2.2   Comparação entre anos de escolaridade 
 
        Comparando o consumo de tabaco entre anos de escolaridade, observa‐se que 
os jovens do 10.º ano apresentam percentagens muito superiores às dos jovens do 8.º 
ano  para  todos  os  tipos  de  consumo.  Excepcionando  a  percentagem  dos  jovens  da 
amostra que dizem consumir tabaco menos de uma vez por semana, todas as outras 
20
percentagens  de  consumos  dos  jovens  da  amostra  são  inferiores  às  percentagens 
médias nacionais. A percentagem de fumadores diários da amostra é inferior também 
à percentagem média da OCDE. 


                                                           Consumo de tabaco

                    Todos os dias                          Pelo menos                  Menos de uma                         Não fuma
                                                              uma                       vez/semana
                                                           vez/semana
                Esc.     Nac.      OCDE             Esc.        Nac.      OCDE       Esc.      Nac.      OCDE       Esc.     Nac.     OCDE

8.º ano          0%      2,4%           3%          1,3%        2,4%       ----      3,7%      5,1%       ----      95%%     90,1%      ----

10.º ano        5,4%     9,1%          14%          2,7%        4,9%       ----      6,8%      6,3%       ----      85,1%    79,7%      ----

    Quadro 9 – Consumo de tabaco entre anos de escolaridade: Comparação entre as percentagens da Escola, Nacional e da OCDE


 
4.2.2.3   Relação entre experimentar tabaco e consumir tabaco 
 
        No  Quadro  10,  pode  observar‐se  que  dos  28%  de  inquiridos  que 
experimentaram  tabaco  cerca  de  35%  passaram  a  consumir  tabaco,  9,3%  todos  os 
dias, 7% pelo menos uma vez/semana e 18,6% menos de uma vez por semana.  


                                       Experimentar tabaco e consumir tabaco

                         Todos os dias                          Pelo menos                  Menos de uma                     Não fuma
                                                                   uma                       vez/semana
                                                                vez/semana
Experimentar           Esc.   Nac.       OCDE          Esc.       Nac.     OCDE        Esc.      Nac.     OCDE       Esc.     Nac.    OCDE
Sim                    9,3%     ----         ----          7%      ----       ----     18,6%      ----       ----    65,1%     ----     ----

                                             Quadro 10 – Experimentar tabaco e consumir tabaco


 
4.2.2.4    Relação entre experimentar tabaco e experimentar outras drogas 
 
       No Quadro 11, 18,6% dos que experimentaram tabaco experimentaram outras 
drogas. 


                         Experimentar tabaco e experimentar outras drogas

                                                                                      Experimentar outras drogas
              Experimentar tabaco                                                                        18,6%
                                         Quadro 11 – Experimentar tabaco e experimentar drogas


 
21
  
4.2.2.5   Relação entre experimentar tabaco e consumo de outras drogas 
 
        O Quadro 12, mostra a distribuição dos inquiridos que experimentaram tabaco 
e  consomem  outras  drogas  por  tipo  de  consumo.  Destes  11,6%  destes  consumiram 
outras drogas no último mês. 


                   Experimentar tabaco e consumir outras drogas

                Consumo de outras drogas
Mais de uma vez no último mês                                                            2,3%
Uma vez no último mês                                                                    9,3%
Mais de 3 vezes Cannabis ao longo da vida                                                2,3%
Uma a duas vezes Cannabis ao longo da vida                                               4,7%
Uma a duas vezes Cannabis ao longo do último ano                                          7%
                       Quadro 12 – Experimentar tabaco e consumos de outras drogas


 
4.2.2.6    Relação entre consumo de tabaco e consumo de outras drogas 
 
       O  Quadro  13,  mostra  a  distribuição  dos  consumidores  de  tabaco  e  outras 
drogas. Do quadro observa‐se que  os  consumidores  crónicos  de  tabaco consumiram 
outras drogas e que 33% dos que consomem tabaco pelo menos uma vez por semana 
consumiram  outras  drogas  uma  vez  no  último  mês.  Da  relação  foi  possível  ainda 
observar que 75% dos fumadores consumiram outras drogas no último mês. 

                           Consumir tabaco e outras drogas

        Consumo de outras drogas                            Consumo de                  Consumo de
                                                          tabaco todos os            tabaco pelo menos
                                                               dias                   uma vez/semana
Mais de uma vez no último mês                                     25%                       0%
Uma vez no último mês                                             25%                      33%
Mais de 3 vezes Cannabis ao longo da vida                         25%                       0%
Uma a duas vezes Cannabis ao longo da vida                        25%                       0%
                       Quadro 13 – Consumos de tabaco e consumos de outras drogas




 
4.2.2.7    Relação entre  consumo de tabaco e o ambiente familiar 
 
        Foram  cruzados  os  dados  das  tabelas  Identificação,  Tabaco  e  Família.  Do 
cruzamento  dos  dados  realça‐se  que  dos  9,8%  de  consumidores  de  tabaco 
22
(fumadores) todos têm mais facilidade em falar com a mãe, pai, irmão mais velho 
e/ou irmã mais velha.  
        Desses 9,8% de consumidores de tabaco, 13,3% têm uma segunda casa do pai. 
Destes  13,3%,  6,65%  visita‐a  às  vezes  e  6,65%  visita‐a  regularmente,  e  têm  mais 
facilidade em falar com a mãe.   
 
 
4.2.2.8    Relação entre o consumo de tabaco e o ambiente escolar 
 
        Dos  9,8%  de  consumidores  de  tabaco,  93,3%  gostam  da  escola.  6,6%  afirma 
que os seus professores os pensam com capacidade inferior à média.  
        100% dos consumidores de tabaco afirma gostar de se juntar aos seus amigos 
e vice‐versa, que os seus  amigos são  simpáticos e prestáveis e  que  estes os aceitam 
como são. 



4.3 Álcool 

4.3.1 Experimentar álcool 


                             Experimentar bebidas alcoólicas (n=153)
                                                          Sim      Não



                                           Não
                                           33%

                                                                               Sim
                                                                               67%



                                     Gráfico 5 – Experimentar bebidas alcoólicas


      No  que  toca  ao  experimentar  bebidas  alcoólicas,  as  bebidas  mais 
experimentadas são a cerveja, seguida das bebidas destiladas seguidas do vinho. De 
referir  que  dos  21%  que  afirmam  experimentar  vinho  19,7%  experimentaram 
champanhe (vinho espumante). Salienta‐se ainda que as raparigas 9 e os jovens mais 
velhos são os que mais experimentam bebidas alcoólicas.  




9
  Tendo  em  conta  que  a  amostra  tem  mais  18%  de  raparigas  do  que  rapazes,  aumentando  9%  ao  número  de  rapazes  e 
diminuindo 9% ao número de raparigas, mantendo n=153 e a mesma distribuição da amostra por tipo de bebida experimentada, 
continuaria a verificar‐se que as raparigas experimentam mais bebidas alcoólicas do que os rapazes. 
23


                         Experimentar bebidas alcoólicas (n=153)

                            Totais          Rapaz 8.º ano       Rapariga       Rapaz 10.º      Rapariga 10.º
                                                                 8.ºano           ano              ano
Cerveja                     48,4%             16,2%                28,4%        25,7%               29,7%
Vinho                        21%              18,8%                28%          21,9%               31,3%
Bebidas destiladas          31,4%               9%                 20,8%        23,9%               46,3%
Outras                      4,6%                0%                 50%            0%                50%
                                Quadro 14 – Experimentar bebidas alcoólicas


4.3.2 Consumo de álcool 

     O Quadro 15 deixa observar, no que toca ao consumo de bebidas alcoólicas, as 
bebidas mais consumidas todas as semanas/meses são as bebidas destiladas, todavia 
a maioria dos jovens refere que raramente ou nunca consome bebidas alcoólicas.  
     A  escola,  nas  respostas  dos  alunos  inquiridos,  apresenta  percentagens  de 
consumos de bebidas inferiores às percentagens médias nacionais em todos os tipos 
de consumo e tipos de bebida e às percentagens médias da OCDE relativamente ao 
consumo todas as semanas/meses para todo o tipo de bebidas. 



                          Consumo de bebidas alcoólicas (n=153)


                     Todos os dias                    Todas as                  Raramente ou nunca
                                                   semanas/meses
              Esc.       Nac.    OCDE          Esc.         Nac.      OCDE      Esc.        Nac.      OCDE

Cerveja       0%         0,5%        ----       2%          7,8%      10,4%    98%          91,7%      ----

Vinho         0%         0,4%        ----       0%          2,1%       4,5%    100%         97,5%      ----

Bebidas
destiladas    0%         0,3%        ----      7,2%         9,9%        14%    93%          89,8%      ----

Outra         0%         0,4%        ----      0,7%         5,3%        ----   99,3%        94,3%      ----
                                Quadro 15 – Consumo de bebidas alcoólicas




4.3.2.1   Comparação entre géneros 

       Dos Quadros 16 a 19 pode dizer‐se que de entre os géneros, são as raparigas 
que menos afirmam consumir bebidas alcoólicas. Quanto ao consumo de vinho não se 
registam  diferenças  entre  os  géneros.  No  que  diz  respeito  à  comparação  das 
percentagens  de  consumo  de  bebidas  da  amostra  por  género  e  por  tipo  de  bebida 
estas são todas inferiores às percentagens médias nacionais. 
24

                             Consumo de cerveja (n=153)


                  Todos os dias                     Todas as                    Raramente ou nunca
                                                 semanas/meses
           Esc.       Nac.    OCDE           Esc.        Nac.        OCDE      Esc.    Nac.    OCDE

Rapaz      0%         0,7%        ----      3,2%        11,5%           ----   96,8%   87,8%    ----

Rapariga   0%         0,3%        ----      1,1%        4,5%            ----   98,9%   95,2%    ----
                                    Quadro 16 – Consumo de cerveja




                             Consumo de vinho (n=153)


                  Todos os dias                     Todas as                    Raramente ou nunca
                                                 semanas/meses
           Esc.       Nac.    OCDE           Esc.        Nac.        OCDE      Esc.    Nac.    OCDE

Rapaz      0%         0,6%        ----        0%         3%             ----   100%    96,3%    ----

Rapariga   0%         0,1%        ----        0%        1,3%            ----   100%    98,6%    ----
                                     Quadro 17 – Consumo de vinho




                       Consumo de bebidas destiladas (n=153)


                  Todos os dias                     Todas as                    Raramente ou nunca
                                                 semanas/meses
           Esc.       Nac.    OCDE           Esc.        Nac.        OCDE      Esc.    Nac.    OCDE

Rapaz      0%         0,5%        ----      7,9%        11,6%           ----   92,1%   87,9%    ----

Rapariga   0%         0,1%        ----      6,7%        8,3%            ----   93,3%   91,6%    ----
                             Quadro 18 – Consumo de bebidas destiladas




                         Consumo de outras bebidas (n=153)


                  Todos os dias                     Todas as                    Raramente ou nunca
                                                 semanas/meses
           Esc.       Nac.    OCDE           Esc.        Nac.        OCDE      Esc.    Nac.    OCDE

Rapaz      0%         0,7%        ----      1,6%        6,3%            ----   98,4%   93,1%    ----

Rapariga   0%         0,2%        ----        0%        4,3%            ----   100%    95,5%    ----
                                  Quadro 19 – Consumo de outra bebida
25

4.3.2.2 Comparação entre anos de escolaridade 

       Dos Quadros 20 a 23 pode observar‐se que são os jovens do 8.º ano que dizem 
menos  consumir  as  bebidas  mencionadas.  As  percentagens  de  consumo  de  bebidas 
por  ano  de  escolaridade  referentes  à  amostra  quando  comparadas  com  as 
percentagens médias nacionais são todas mais favoráveis à amostra, isto é, inferiores. 


                                 Consumo de cerveja (n=153)


                    Todos os dias                       Todas as                       Raramente ou nunca
                                                     semanas/meses
             Esc.       Nac.       OCDE          Esc.        Nac.       OCDE          Esc.    Nac.   OCDE

8.º ano       0%        0,2%         ----        0%         5,1%          5%         100%    94,7%    ----

10.º ano      0%        1,1%         ----       4,1%        14,8%        16%         95,9%   84,1%    ----
                            Quadro 20 – Consumo de cerveja por ano de escolaridade




                                   Consumo de vinho (n=153)


                    Todos os dias                       Todas as                       Raramente ou nunca
                                                     semanas/meses
             Esc.       Nac.       OCDE          Esc.        Nac.       OCDE          Esc.    Nac.   OCDE

8.º ano       0%        0,4%         ----        0%         1,5%          3%         100%    98,1%    ----

10.º ano      0%        0,6%         ----        0%           4%          6%         100%    95,5%    ----
                             Quadro 21 – Consumo de vinho por ano de escolaridade




                         Consumo de bebidas destiladas (n=153)


                    Todos os dias                       Todas as                       Raramente ou nunca
                                                     semanas/meses
             Esc.       Nac.       OCDE          Esc.        Nac.       OCDE          Esc.    Nac.   OCDE

8.º ano       0%        0,3%         ----       1,3%        6,7%          8%         98,7%   93,1%    ----

10.º ano      0%        0,6%         ----      13,5%        18,9%        20%         86,5%   80,5%    ----
                       Quadro 22 – Consumo de bebidas destiladas por ano de escolaridade
26


                               Consumo de outras bebidas (n=153)


                     Todos os dias                         Todas as                         Raramente ou nunca
                                                        semanas/meses
              Esc.          Nac.      OCDE           Esc.       Nac.       OCDE             Esc.       Nac.       OCDE

8.º ano       0%            0,5%        ----        1,3%       6,7%          ----       98,7%         95,4%        ----

10.º ano      0%            0,7%        ----         0%        18,9%         ----       100%          89,4%        ----
                            Quadro 23 – Consumo de outras bebidas por ano de escolaridade




4.3.2.3 Embriaguez 

      A  esmagadora  maioria  dos  inquiridos,  92,2%,  afirma  nunca  ter  estado 
embriagado. 



                                         Embriaguez (n=153)
              1 - 3 vezes
                 5,2%                                                                              Quatro vezes
                                                                                                     ou mais
                                                                                                      2,6%


                                   Nunca
                                   92,2%




                                               Gráfico 6 – Embriaguez



4.3.2.3.1 Comparação entre géneros 

       No Quadro 24 pode‐se observar que as raparigas afirmam nunca se embriagar 
numa  percentagem  superior  à  dos  rapazes.  As  raparigas  afirmam  também  ter‐se 
embriago uma a três vezes numa percentagem superior à dos rapazes. Já os rapazes 
afirmam ter‐se embriagado quatro ou mais vezes numa percentagem superior à das 
raparigas que apresentam percentagem zero.  
       Comparando  as  percentagens  da  amostra  com  as  percentagens  médias 
nacionais,  verifica‐se  que  as  percentagens  da  amostra  são  significativamente  mais 
favoráveis à não embriaguez.   
27


                                     Embriaguez (n=153)


                      Nunca                           1 a 3 vezes                 4 vezes ou mais

              Esc.     Nac.     OCDE          Esc.        Nac.       OCDE      Esc.    Nac.    OCDE

Rapaz        88,9%    73,1%        ----       4,8%       18,7%          ----   6,3%    8,2%     ----

Rapariga     94,4%    76,9%        ----       5,6%       19,1%          ----   0%       4%      ----
                                    Quadro 24 – Embriaguez por género




4.3.2.3.2 Comparação entre anos de escolaridade 

      O  Quadro  25  deixa  observar  que  os  alunos  inquiridos  do  8.º  ano  nunca  se 
embriagaram.  Já  os  alunos  inquiridos  do  10.º  ano  apresentam  percentagens  de 
embriaguez a ter em conta.  
      Comparando  as  percentagens  da  amostra  com  as  percentagens  médias 
nacionais  observa‐se  que  aquelas  são  significativamente  mais  favoráveis  à  não 
embriaguez.  


                                     Embriaguez (n=153)


                      Nunca                           1 a 3 vezes                 4 vezes ou mais

              Esc.     Nac.     OCDE          Esc.        Nac.       OCDE      Esc.    Nac.    OCDE

8.º ano      100%     78,1%        ----        0%        18,5%          ----   0%      3,3%     ----

10.º ano     83,8%    59,5%        ----      10,8%       28,2%          ----   5,4%   12,3%     ----
                              Quadro 25 – Embriaguez por ano de escolaridade




4.3.2.3.3 Relação entre consumo de álcool e outras drogas 

      O cruzamento das tabelas Identificação, Álcool e Drogas permitiu observar que 
não  existem  inquiridos  que  consomem  álcool  todos  os  dias  ou  todas  as 
semanas/meses e outras drogas regularmente ou mais que uma vez. 


4.3.2.4 Relação entre a embriaguez do tipo “quatro ou mais vezes” e o ambiente 
       familiar 

       Foram  cruzados  os  dados  das  tabelas  Identificação,  Álcool  e  Família.  Do 
cruzamento  dos  dados  salienta‐se  que  dos  2,6%  que  afirmam  ter‐se  embriagado 
quatro ou mais vezes, todos são do género masculino, vivem com mãe/pai e não têm 
uma  segunda  casa,  0,65%  tem  mais  facilidade  em  falar  com  a  mãe,  1,3%  tem  mais 
28
facilidade  em  falar  com  o  irmão  mais  velho  e  0,65%  não  respondeu  à  pergunta 
“Tens mais facilidade em falar com:”. 


4.3.2.5 Relação entre a embriaguez do tipo “quatro ou mais vezes” e o ambiente 
       escolar 

       Do  cruzamento  das  tabelas  Identificação,  Álcool  e  Escola,  dos  2,6%  que 
afirmam  ter‐se  embriagado  quatro  ou  mais  vezes  todos  são  do  género  masculino, 
todos  gostam  da  escola,  1,95%  acham  que  os  seus  professores  os  pensam  com 
capacidade  boa/média  e  0,65%  acham  que  os  seus  professores  os  pensam  com 
capacidade superior à média.  
       Desses  2,6%,  100%  afirma  gostar  de  se  juntar  aos  seus  amigos  e  vice‐versa, 
que os seus amigos são simpáticos e prestáveis e que estes os aceitam como são. 



4.4    Outras drogas 

4.4.1 Experimentar outras drogas 

       A  esmagadora  maioria  dos  inquiridos  refere  não  ter  experimentado  outras 
drogas. 
        

                        Experimentar outras drogas (n=153)
                                           Sim    Não

                                                 Sim
                                                 6%




                                         Não
                                         94%

                             Gráfico 7 – Experimentar outras drogas



4.4.1.1    Experimentar outras drogas por género 

       São os rapazes os que mais experimentam outras drogas.  
29


                        Experimentar outras drogas por género

                                Sim                                              Não
Rapaz                          7,9%                                             92,1%
Rapariga                       4,4%                                             95,6%
                           Quadro 26 – Experimentar outras drogas por género




4.4.1.2   Experimentar outras drogas por ano de escolaridade 

          São os jovens do 10.º ano os que mais experimentam outras drogas. 


                 Experimentar outras drogas por ano de escolaridade

                                Sim                                              Não
8.º ano                        1,3%                                             98,7%
10.º ano                      10,8%                                             89,2%
                     Quadro 27 – Experimentar outras drogas por ano de escolaridade




4.4.1.3   Experimentação de tipos de outras drogas 

      No  Quadro  28,  pode‐se  observar  que  o  Haxixe/erva  apresenta  maior 
percentagem. As percentagens da amostra são todas significativamente inferiores às 
percentagens médias nacionais. 


                   Experimentação de tipos de outras drogas (n=153)

Experimentar os seguintes produtos:                            Escola           Nacional   OCDE
Haxixe/erva                                                      5,2%            8,8%       ----
Estimulantes                                                      0%             3,4%       ----
LSD                                                             0,65%                 2%    ----
Cocaína                                                           0%             1,9%       ----
Ecstasy                                                         0,65%            1,8%       ----
Medicamentos usados como drogas                                   0%             1,6%       ----
Heroína                                                         0,65%            1,4%       ----
Doping                                                          0,65%            1,2%       ----
                         Quadro 28 – Experimentação de tipos de outras drogas
30
4.4.1.4 Comparação entre géneros 

       Nos Quadros 29 a 33 apresentam‐se os produtos mais experimentados. Pode 
observar‐se que são os rapazes que mais frequentemente referem ter experimentado 
haxixe,  heroína  e  doping.  Já  as  raparigas  referem  ter  experimentado  mais 
frequentemente LSD e Ecstasy.  
       À excepção dos produtos heroína e doping em relação aos quais não existem 
referentes  nacionais,  pode‐se  constatar  que  as  percentagens  de  experimentação  da 
amostra  são  inferiores,  relativamente  à  experimentação  de  todos  os  produtos  com 
excepção  do  LSD  nas  raparigas  cujas  percentagens  são  iguais,  quando  comparadas 
com as percentagens médias nacionais.    


                                 Experimentar haxixe


                                                   Haxixe

                             Sim                                         Não
              Escola      Nacional        OCDE            Escola     Nacional    OCDE
Rapaz          7,9%         10,7%           ----          92,1%          89,3%    ----
Rapariga       3,3%           7%            ----          96,1%          93%      ----
                       Quadro 29 – Experimentação de haxixe por género


                                   Experimentar LSD


                                                    LSD

                             Sim                                         Não
              Escola      Nacional        OCDE            Escola     Nacional    OCDE
Rapaz           0%            3%            ----          100%           97%      ----
Rapariga       1,1%         1,1%            ----          98,9%          98,9%    ----
                       Quadro 30 – Experimentação de LSD por género
31

                                  Experimentar Ecstasy


                                                     Ecstasy

                              Sim                                             Não
               Escola      Nacional         OCDE            Escola          Nacional   OCDE
Rapaz            0%           2,4%            ----           100%            97,6%      ----
Rapariga        1,1%          1,4%            ----          98,9%            98,6%      ----
                         Quadro 31 – Experimentação de Ecstasy por género



                                  Experimentar Heroína


                                                     Heroína

                              Sim                                             Não
               Escola      Nacional         OCDE            Escola          Nacional   OCDE
Rapaz           1,6%           ----           ----          98,4%             ----      ----
Rapariga         0%            ----           ----           100%             ----      ----
                         Quadro 32 – Experimentação de Heroína por género




                                  Experimentar Doping


                                                     Doping

                              Sim                                             Não
               Escola      Nacional         OCDE            Escola          Nacional   OCDE
Rapaz           1,6%           ----           ----          98,4%             ----      ----
Rapariga         0%            ----           ----           100%             ----      ----
                          Quadro 33 – Experimentação de Doping por género


4.4.1.5   Comparação entre anos de escolaridade 


       Dos  Quadros  34  a  38  pode‐se  constatar  que  são  os  jovens  do  10.º  ano  que 
referem mais frequentemente que já experimentaram haxixe, LSD, Ecstasy, Heroína e 
Doping. Os jovens do 8.º ano apenas dizem ter experimentado Haxixe. 
       As  percentagens  de  experimentação  de  todos  os  produtos  pela  amostra 
quando comparadas as percentagens médias nacionais revelaram‐se inferiores. 
32


                                Experimentar haxixe


                                                   Haxixe

                            Sim                                               Não
           Escola       Nacional          OCDE            Escola         Nacional   OCDE
8.º ano    1,3%            5,2%             ----           98,7%           94,8%     ----
10.º ano   9,5%           17,1%             ----           90,5%           82,9%     ----
                 Quadro 34 – Experimentação de haxixe por ano de escolaridade




                                  Experimentar LSD


                                                    LSD

                            Sim                                               Não
           Escola       Nacional          OCDE            Escola         Nacional   OCDE
8.º ano     0%             2,4%             ----           100%            97,6%     ----
10.º ano   1,4%            1,9%             ----           98,6%           98,1%     ----
                  Quadro 35 – Experimentação de LSD por ano de escolaridade




                                Experimentar Ecstasy


                                                   Ecstasy

                            Sim                                               Não
           Escola       Nacional          OCDE            Escola         Nacional   OCDE
8.º ano     0%             1,9%             ----           100%            98,1%     ----
10.º ano   1,4%             2%              ----           98,6%            98%      ----
                 Quadro 36 – Experimentação de Ecstasy por ano de escolaridade
33



                                   Experimentar Heroína


                                                       Heroína

                                Sim                                             Não
              Escola         Nacional         OCDE            Escola         Nacional   OCDE
8.º ano         0%              ----            ----           100%              ----    ----
10.º ano       1,4%             ----            ----           98,6%             ----    ----
                     Quadro 37 – Experimentação de Heroína por ano de escolaridade




                                    Experimentar Doping


                                                       Heroína

                                Sim                                             Não
              Escola         Nacional         OCDE            Escola         Nacional   OCDE
8.º ano         0%              ----            ----           100%              ----    ----
10.º ano       1,4%             ----            ----           98,6%             ----    ----
                     Quadro 38 – Experimentação de Doping por ano de escolaridade




4.4.2 Consumo de outras drogas 

4.4.2.1   Consumo de outras drogas no último mês pelos inquiridos consumidores 
 
       Dos  3,3%  dos  inquiridos  que  se  dizem  consumidores,  no  último  mês:  0% 
consumiram regularmente, 0,65% consumiram mais que uma vez e 2,6% consumiram 
uma vez, conforme se pode observar no Gráfico 8. 
        
        
        
        
        
        
        
        
        
        
34
       

                 Consumo de outras drogas no último mês pelos
                       inquiridos consumidores (n=153)


                                                0%          0,65%




                                2,60%


                                                                                              
          Gráfico 8 – Consumo de outras drogas no último mês pelos inquiridos consumidores
 
 
 
 
4.4.2.2   Consumo de cannabis ao longo da vida e no último ano 
 


                Consumo de cannabis ao longo da vida (n=153)

                  Mais do que                                               Uma a duas
                   3 vezes                                                    vezes
                    0,65%                                                     1,35%




                                 Nunca
                                  98%




                           Gráfico 9 – Consumir cannabis ao longo da vida
35


                      Consumo de cannabis no último ano
                                  (n=153)
                          Mais do que                                      Uma a duas
                           3 vezes                                           vezes
                              0%                                             1,96%



                                  Nunca
                                  98,04%




                           Gráfico 10 – Consumir cannabis no último ano



4.4.2.2.1 Comparação entre géneros 


       De  acordo  com  os  Quadros  39  e  40  são  as  raparigas  as  que  mais  referem  ter 
consumido uma – duas vezes ao longo da vida e no último ano. Já os rapazes afirmam 
ter consumido mais de três vezes ao longo da vida.  
       Comparando  as  percentagens  da  amostra  com  as  percentagens  médias 
nacionais  aquelas  são  significativamente  favoráveis  a  comportamentos  mais 
saudáveis. 


                                          Consumo ao longo da vida

                      Nunca                          1 – 2 vezes                  Mais de três vezes
              Esc.     Nac.      OCDE        Esc.      Nac.      OCDE           Esc.    Nac.   OCDE
Rapaz        98,4%    91,4%        ----       0%       3,3%        ----        1,6%     5,2%     ----
Rapariga 97,8%        94,6%        ----      2,2%      2,8%        ----         0%      2,7%     ----
                      Quadro 39 – Consumo de cannabis ao longo da vida por género




                                           Consumo no último ano

                      Nunca                          1 – 2 vezes                  Mais de três vezes
              Esc.     Nac.      OCDE         Esc.      Nac.     OCDE           Esc.    Nac.   OCDE
Rapaz        98,4%    92,5%        ----      1,6%        3%         ----        0%      4,5%     ----
Rapariga     97,8%    95,2%        ----      2,2%       2,6%        ----        0%      2,2%     ----
                       Quadro 40 – Consumo de cannabis no último ano por género
36
4.4.2.2.2 Comparação entre anos de escolaridade 

       Nos  Quadros  41  e  42  pode‐se  constatar  que  são  os  jovens  inquiridos  do  10.º 
ano os que mais referem ter consumido ao longo da vida e no último ano. 
       Comparando  as  percentagens  da  amostra  com  as  percentagens  médias 
nacionais  e  da  OCDE  aquelas  são  significativamente  favoráveis  a  comportamentos 
mais saudáveis. 


                                            Consumo ao longo da vida

                       Nunca                          1 – 2 vezes                Mais de três vezes
               Esc.     Nac.      OCDE         Esc.      Nac.      OCDE        Esc.         Nac.   OCDE
8.º ano        100%    96,3%         ----       0%       1,6%        ----       0%          2,1%    ----
10.º ano       96%     85,3%         ----      2,7%      6,4%        ----      1,4%         8,3%    ----
                 Quadro 41 – Consumo de cannabis ao longo da vida por ano de escolaridade




                                             Consumo no último ano

                       Nunca                          1 – 2 vezes                Mais de três vezes
               Esc.     Nac.      OCDE         Esc.      Nac.      OCDE        Esc.         Nac.   OCDE
8.º ano        100%    96,5%         ----       0%       1,9%        ----       0%          1,6%    ----
10.º ano       96%     87,4%         ----       4%       5,4%        5%         0%          7,2%    6%
                  Quadro 42 – Consumo de cannabis no último ano por ano de escolaridade




4.4.2.3  Consumo de cannabis no último mês 

          100% dos inquiridos afirma nunca ter consumido cannabis no último mês. 


                     Consumo de cannabis no último mês (n=153)




                                    Nunca
                                    100%




                            Gráfico 11 – Consumir cannabis no último mês
Uso de substâncias e relação com família e escola
Uso de substâncias e relação com família e escola
Uso de substâncias e relação com família e escola
Uso de substâncias e relação com família e escola
Uso de substâncias e relação com família e escola
Uso de substâncias e relação com família e escola
Uso de substâncias e relação com família e escola
Uso de substâncias e relação com família e escola
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Uso de substâncias e relação com família e escola

  • 1. ANDRÉ GOMES, JOSÉ MONTEIRO E NUNO FERRINHO  ESCOLA SECUNDÁRIA QUINTA DAS PALMEIRAS  TRABALHO DE ÁREA DE PROJECTO  GRUPO 5  12.º A                                USO DE SUBSTÂNCIAS: TABACO, ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS. RELAÇÃO COM A FAMÍLIA E COM A ESCOLA COVILHà MAIO DE 2011 
  • 2. II PREFÁCIO      Constitui  para  mim  uma  honra  prefaciar  o  trabalho  da  Área  de  Projecto  dos  jovens  estudantes  André  Gomes,  José  Monteiro  e  Nuno  Ferrinho.  Numa  primeira  aproximação  estamos  perante  uma  descrição  clara  e  metodologicamente  bem  conseguida do trabalho de investigação desenvolvido no âmbito da Área de Projecto  no  âmbito  da  temática  do  consumo  de  substâncias  e  sua  relação  com  o  contexto  familiar e escolar.    O  presente  trabalho  remete‐nos  para  uma  associação  feliz  entre  escola  e  saúde.  É  no  contexto  escolar  que  os  jovens  fazem  os  seus  primeiros  contactos  mais  formais com as questões de saúde sendo espectável que desses contactos resulte uma  compreensão aprofundada de aspectos essenciais neste âmbito para a sua vida futura  e das comunidades de que virão a fazer parte.    A  compreensão  aprofundada  de  algumas  questões  de  saúde  implica  um  melhor e mais amplo entendimento dos problemas, das suas causas e consequências,  bem como das possibilidades de os prevenir, conjugando a acção de todos e cada um.    Implica também a consideração da saúde como um valor a assumir, a cultivar e  a defender como âncora, base de comportamentos e estilos de vida saudáveis; como  um valor a conjugar com outros valores, como o da cidadania, pois o bem‐estar que  colhemos enquanto indivíduos também se traduz em bem‐estar para aqueles que nos  rodeiam.    Neste  contexto  abordar  a  problemática  do  uso  de  substâncias  e  das  dependências  associadas  revela‐se  um  esforço  de  grande  oportunidade  pela  dimensão que assume na sociedade contemporânea, revelando‐se meritório o esforço  desenvolvido  pelos  jovens  autores  deste  trabalho  e  pelo  docente  responsável  pela  Área de Projecto que os orientou. Quiseram melhor compreender e melhor conhecer  a dimensão do problema na sua própria comunidade ‐ a Escola Secundária Quinta das  Palmeiras ‐ tendo por referência metodologias de pesquisa já experimentadas e dados  de outros contextos mais alargados, de que nos dão conta ao longo do trabalho. Do  esforço  resultaram  valiosos  dados  que  seguramente  serão  elucidativos  para  o  leitor  interessado,  culminando  com  uma  síntese  conclusiva  da  qual  fazem  parte  úteis  sugestões para as intervenções preventivas.    Acresce  aos  dados  sobre  as  dependências  um  outro  fruto  que  não  é  de  menosprezar  e  que  seguramente  os  enriqueceu.  Este  trabalho  é  também  um  bom  exemplo de como se aprende a fazer investigação, respeitando os rigores da pesquisa  e  a  clareza  da  expressão,  num  processo  de  que  todos  saem  a  ganhar:  autores,  instituição educativa e comunidade em geral.                                                                                                            Manuel Joaquim Loureiro  Departamento de Psicologia e Educação da                                                                                     Universidade da Beira interior   
  • 4. IV É  inteiramente  justo  expressar  o  nosso  agradecimento  ao  Ex.mo  Sr.  Director  da  Escola  Secundária  Quinta  das  Palmeiras  pela  forma  como  proporcionou  a  feitura  deste  trabalho,  ao  nosso  professor  de  Área  de  Projecto,  Pedro  Pimparel,  pelo  acompanhamento que nos prestou, aos Senhores Directores de Turma por tornarem  possível,  dedicando  o  seu  tempo,  a  resposta  ao  questionário  por  parte  dos  seus  alunos, aos alunos por responderem ao questionário pois sem o seu contributo nada  seria  possível,  aos  professores  Manuel  Loureiro  e  Paula  Carvalho,  professores  do  Departamento  de  Psicologia  e  Educação  (DPE)  da  Faculdade  de  Ciências  Sociais  e  Humanas da Universidade da Beira Interior (UBI), pela preciosa e sábia colaboração e  pela  generosidade  e  coragem  em  disponibilizarem‐se  para  trabalharem  connosco  ‐  três  alunos  sem  qualquer  tipo  de  experiência  investigativa  digna  desse  nome  ‐  e  à  Faculdade  de  Ciências  Sociais  e  Humanas  da  UBI  pela  parceria  que  permitiu  a  colaboração dos professores Manuel Loureiro e Paula Carvalho que tanto nos toca e  honra.           
  • 6. VI     Página      Prefácio  Agradecimentos    Capítulo 1 ‐ Introdução    Introdução ‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐  2  Capítulo 2 – Revisão da literatura    2.1  Uso de substâncias: Álcool, tabaco e outras drogas ‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐  4  2.2  Efeitos associados ao uso de álcool, tabaco e outras drogas ‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐  5  2.3  Programas escolares de prevenção em Portugal ‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐  6  Capítulo 3 ‐ Metodologia    3.1  Metodologia ‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐  11  3.2  Instrumento ‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐  11  3.3  Amostra ‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐  11  Capítulo 4 – Apresentação e análise dos resultados    4.1  Análise descritiva global da amostra ‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐  14  4.2  Tabaco ‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐  16  4.2.1  Experimentar tabaco ‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐  16  4.2.2  Consumo de tabaco ‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐  18  4.3  Álcool ‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐  22  4.3.1  Experimentar álcool ‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐  22  4.3.2  Consumo de álcool ‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐  23  4.4  Outras drogas ‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐  28  4.4.1  Experimentar outras drogas ‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐  28 
  • 7. VII       Página      4.4.2  Consumo de outras drogas ‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐  33  4.5  Ambiente familiar ‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐  38  4.5.1  Agregado familiar ‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐  38  4.5.2  Relação com a família ‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐  42  4.5.3  Ambiente escolar ‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐  44  Capítulo 5 – Discussão/Conclusão    5.1  Experimentação e consumo de tabaco ‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐  53  5.2  Experimentação e consumo de álcool ‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐  54  5.3  Experimentação e consumo de outras drogas ‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐  56  5.4  Conclusão global final ‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐  58  Referências/Fontes ‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐  60  Anexo    Questionário ‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐  63 
  • 9. 1 1
  • 10. 2 A  problemática  do  uso  de  substâncias  e  da  sua  relação  com  a  família  e  ambiente  familiar  e  com  a  escola  e  ambiente  escolar  é  fulcral.  O  projecto  HBSC  –  Health Behaviour in School‐aged Children 1 que se realiza de quatro em quatro anos da  responsabilidade  da  Organização  Mundial  da  Saúde  (OMS)  é  a  prova  disso  mesmo,  para não mencionarmos outros estudos referidos oportunamente.                 Com  este  trabalho  pretendemos  compreender  e  conhecer  melhor  a  problemática  em  geral  e,  no  contexto  mais  local  da  Escola  Secundária  Quinta  das  Palmeiras,  perceber  os  comportamentos  de  saúde  dos  alunos  da  escola  relativos  à  mesma  problemática,  conhecer  o  ponto  de  situação  da  escola  por  referência  aos  valores  médios  nacionais  e  da  Organização  para  a  Cooperação  e  Desenvolvimento  Económico  (OCDE)  conhecidos  e  publicados  e  sugerir,  consoante  a  realidade  dos  dados e respectivos resultados, caminhos de intervenção no sentido da prevenção de  comportamentos  de  risco  que  possam  pôr  em  causa  a  saúde  dos  alunos  na  relação  consigo  mesmos,  na  relação  com  a  família  e  ambiente  familiar  e  na  relação  com  a  escola e ambiente escolar.                   Neste sentido pensamos ter conseguido o que se pretendia desde o início.                    Estamos  convictos  de  que  este  trabalho  pode  constituir  um  instrumento  importante de reflexão e de intervenção para a nossa escola.                   Assim, o trabalho encontra‐se organizado da seguinte forma:                   No capítulo 2, fazemos o ponto de situação da problemática;                   No capítulo 3, encontra‐se a metodologia desenvolvida;                   No capítulo 4, apresentamos e analisamos os resultados;                   No  capítulo  5,  encontra‐se  a  discussão‐conclusão,  incluindo  sugestões  de  trabalho e de intervenção;                   Finalmente,  no  capítulo  6,  constam  as  referências/fontes  bibliográficas  e  webgráficas que serviram de base ao trabalho.                   Para  terminarmos,  e  a  título  informativo,  este  trabalho  pode  ser  consultado  no blog http://saudenomeioescolar.blogspot.com criado pelo grupo de trabalho para  o efeito. Neste blog pode‐se, para além de consultar o trabalho, tomar conta de todo  um percurso feito pelo grupo de trabalho e a actividade desenvolvida por este.            1 Comportamentos ligados à Saúde em jovens em idade escolar
  • 11. 3 2
  • 12. 4 Neste capítulo apresenta‐se uma revisão da literatura relacionada com o tema  em  estudo.  Neste  sentido,  a  revisão  releva  sobretudo  actividades/estudos/investigações  desenvolvidos  também  em  Portugal  e  em  meio  escolar.   Na  secção  2.1  apresentam‐se  estudos/investigações  sobre  utilização  de  substâncias: álcool, tabaco e outras drogas, na secção 2.2 os efeitos associados ao uso  de  álcool,  tabaco  e  drogas  e  na  secção  2.3  apresentam‐se  uma  descrição  dos  programas de prevenção desenvolvidos em Portugal.       2.1 Uso de substâncias: álcool, tabaco e outras drogas    O HBSC – Health Behaviour in School‐Aged Children 2 é um estudo periódico,  de  quatro  em  quatro  anos,  patrocinado  pela  Organização  Mundial  de  Saúde  (OMS),  que conta com a participação de vários países incluindo Portugal. O estudo tem como  público‐alvo alunos dos 2.º e 3.º ciclos e Secundário, nomeadamente dos 6.º, 8.º e 10.º  anos,  com  idades  médias  de  referência  de  11,  13  e  15  anos  respectivamente.  Até  ao  momento Portugal vai com quatro participações. A primeira em 1998, a segunda em  2002, a terceira em 2006 e a quarta em 2010. O estudo tem por base um inquérito e  como  objecto  o  uso  de  substâncias,  a  prática  de  exercício  físico,  alimentação,  comportamento sexual, violência, relações e grupos de pares, ambiente familiar entre  outros.   O  ESPAD  –  European  School  Survey  on  Alcohol  and  Others  Drugs  de  1995  a  2003  é  um  estudo  em  forma  de  inquérito  aplicado  em  meio  escolar  que  aborda  especificamente o uso de substâncias, como álcool, tabaco e outras drogas por jovens  que completam 16 anos no ano de recolha de dados. Este estudo é de âmbito europeu  e  tem  uma  periodicidade  de  4  anos.  O  estudo  teve  o  seu  início  em  1995  e  posteriormente em 1999 e 2003, é coordenado pelo CAN  ‐ The Swedish Council for  Information  on  Alcohol  and  Other  Drugs  e  tem  o  apoio  do  Grupo  Pompidou  do  Conselho da Europa e de instituições dos diferentes países participantes. Portugal tem  participado desde sempre.  Os estudos têm vindo a registar prevalências mais altas e uma tendência para o  aumento  do  consumo  de  tabaco  e  cannabis,  principalmente  verificado  no  sexo  feminino  bem  como  a  manutenção  de  prevalências  e  níveis  altos  de  consumo  de  álcool,  com  alterações  nocivas  dos  padrões  de  consumo.  Estas  prevalências  encontram‐se em linha com as da população em geral, com destaque para o consumo  de  álcool,  tabaco  e  cannabis  em  relação  às  demais  substâncias.  As  tendências  de  resistência  à  redução  do  consumo  destas  substâncias  nos  jovens  revelam‐se  relevantes.          2 Comportamentos ligados à Saúde em jovens em idade escolar
  • 13. 5   2.2      Efeitos associados ao uso de álcool, tabaco e outras drogas        O tabaco é a principal causa de problemas de saúde a curto prazo nos jovens,  nomeadamente  de  agravamento  de  problemas  respiratórios,  tosse,  catarro  e  dispneia, e  de sintomas relacionados com a asma, chiado na infância  e adolescência  (USDHHS,  1994,  2004).  O  uso  de  álcool  está  associado  expressivamente  a  mortalidade nos jovens (Murray et al., 1997) através de acidentes e violência, podendo  provocar  traumatismos  e  ferimentos  intencionais  ou  acidentais,  problemas  sociais  com as forças de segurança e actividade sexual não planeada e desprotegida.   O  uso  de  outras  substâncias  ao  contrário  do  consumo  do  tabaco  tem  consequências  directas  e  de  curto  prazo  mais  óbvias  e  graves  para  a  saúde  e  funcionamento social (Filho & Ferreira‐Borges, 2008).     O consumo de tabaco está também associado ao uso de álcool e à embriaguez, e  esses  tipos  de  comportamento  de  risco  estão  associados  ao  uso  de  substâncias  ilícitas  e  ao  comportamento  anti‐social  (Meyers  et  al.,  1994;  Tyas  et  al.,  1998;  Cotrim  et  al  .,  1999;  WHO,  2001;  Ferreira‐Borges  et  al  .,  2004,  2006;  Curie  et  al.,2000,  2004;  Matos  et  al.,  2006),  o  que  tem  vindo  a  ser  confirmado  por  inúmeros  estudos  de  diversos  institutos  de  referência  internacional  (NIDA  1997,  1997ª; SAMHSA, 2001; Hawks et al.,2002; UNODC, 2003; Anderson et al., 2006).  Por  exemplo,  os  jovens  fumadores  têm  três  vezes  mais  probabilidades  de  consumir álcool regularmente e oito vezes mais probabilidades de usar cannabis  do  que  os  não‐fumadores,  ao  mesmo  tempo  que  se  pensa  que  o  consumo  de  tabaco  seja  o  principal  preditor  para  o  uso  de  outras  substâncias  Kandel,  1992,  2002).      Tal quadro demonstra um nível considerável de risco para a saúde associado ao  uso  destas  substâncias,  nomeadamente  as  ilícitas,  o  que  torna  a  busca  de  intervenções preventivas efectivas em relação à redução destes comportamentos  uma prioridade de Saúde Pública. Tais dados levam ainda a que cada vez mais se  aponte  a  prevenção  do  consumo  de  tabaco  como  um  meio  de  prevenção  do  consumo de outras substâncias  lícitas,  como  o  álcool,  e  as duas primeiras como  um meio de prevenção do consumo de substâncias ilícitas. O uso de substâncias  ilícitas como o  haxixe ou a cocaína,  por  exemplo, é muitas  vezes  precedido  pelo  uso  de  tabaco  e  álcool,  já  que  são  substâncias  de  fácil  acesso  e  socialmente  aceites.  Embora  a  maioria  das  pessoas  que  fume  ou  beba  não  use  substâncias  ilícitas, quando o último tipo de uso ocorre, na maior parte das vezes, existe essa  trajectória. Ela pode reflectir, em parte, a disponibilidade e aceitabilidade social,  mas também a interacção de outros factores de risco, ambientais ou individuais,  como a desorganização familiar e comunitária, inconsistência de regras/sanções  de comportamento e de apoio, factores genéticos ou a ausência ou inadequação  de determinadas habilidades pessoais e sociais (Filho & Ferreira‐Borges, 2008, pp.  68‐69).     
  • 14. 6     Tendo  em  conta  o  objectivo  do  trabalho:  os  problemas  sociais  ou  de  funcionamento  social,  associados  ao  uso  de  substâncias,  mais  relevantes  são  a  disfunção familiar, desagregação familiar, baixo rendimento escolar, insucesso escolar  e  abandono  escolar;  a  principal  consequência  associada  ao  uso  de  tabaco  é  a  maior  probabilidade de consumo de álcool e de outras substâncias, a principal consequência  associada  ao  consumo  de  álcool  é  a  desintegração  familiar  e  as  principais  consequências associadas ao consumo de outras substâncias são problemas escolares  (insucesso  e  abandono  escolar)  e  desintegração  familiar  (Filho  &  Ferreira‐Borges,  2008, pp. 45‐46).       2.3      Programas escolares de prevenção em Portugal      O  Instituto  da  Droga  e  da  Toxicodependência  é  o  principal  proponente  de  medidas de prevenção de uso de álcool, tabaco e outras drogas, através de programas  e planos dos quais se destacam o PIF – Programa de Intervenção Focalizada e o PORI –  Plano  Operacional  de  Respostas  Integradas,  sendo  que  o  PIF  é  exclusivamente  voltado para a prevenção. Este programa tem como objectivo criar condições para o  desenvolvimento  de  programas  de  intervenção  baseados  na  evidência  e,  ao  mesmo  tempo, constitui uma fonte de financiamento dos programas a realizar.  Dos  programas  aplicados  e  avaliados  destaca‐se  o  programa  de  prevenção  universal.  Este  programa  tem  formulação  da  autoria  de  Jorge  Negreiros  em  “Uma  abordagem socioafectiva de prevenção” (Negreiros, 1998). Este programa teve por  base  as  componentes,  como  indica  a  sua  designação,  afectiva  e  social.  Em  termos  gerais, a componente afectiva tem por objectivo facilitar a examinação e a análise das  atitudes dos jovens em relação ao uso de álcool e outras drogas e a componente social  visa  estimular  uma  reflexão  centrada  e  aprofundada  nos  diferentes  tipos  de  influências  sociais  para  consumir  de  forma  excessiva  álcool  e  outras  drogas.  O  programa desenvolveu‐se em 8 sessões semanais de uma hora cada. A avaliação das  sessões  demonstrou  a  redução  do  consumo  de  tabaco,  embora  estatisticamente  pouco  expressiva,  de  álcool  de  forma  mais  significativa  estatisticamente  e  mudança  em  termos  de  atitudes  menos  favoráveis  em  relação  ao  uso  de  substâncias  (exceptuando  as  ilícitas  por  não  ter  sido  possível  tirar  conclusões  devido  à  baixa  prevalência  do  seu  consumo)  nos  estudantes  que  participaram  no  estudo  e  que  compunham  o  grupo  experimental  comparativamente  aos  estudantes  do  grupo  de  controlo.   No tocante à prevenção do uso de tabaco, no âmbito do programa prevenção  universal,  existem  alguns  exemplos  de  boas  práticas  em  Portugal.    No  âmbito  do  ESFA  –  European  Smoking  Prevention  Framework  Approach  desenvolveram‐se  os  programas  «Querer  é  poder»  e  «Turmas  sem  fumadores»,  levados  a  cabo  pelo  Conselho  de  Prevenção  do  Tabagismo.  Outros  dois  exemplos  de  programas  de  prevenção do uso de tabaco são: «Não fumar é que Está a dar» e «Sinais de fumo»  desenvolvidos por José precioso e Associação CATR – Centro de apoio, tratamento e  recuperação, respectivamente.  
  • 15. 7 O  projecto  ESFA  foi  implementado  entre  1997  e  2002  na  Espanha,  Dinamarca, Finlândia, Holanda, Inglaterra e Portugal tendo como objectivo evitar ou  atrasar a iniciação do uso do tabaco ou a transição da fase de experimental para a fase  regular  do  uso  do  tabaco  em  jovens  do  3.º  ciclo  do  ensino  básico.  Neste  sentido  e  numa fase intermédia o ESFA pretendia informar e sensibilizar os jovens para as várias  razões contra fumar, melhorar as habilidades sociais para resistir às pressões directas  e  indirectas  para  fumar  e  reforçar  a  intenção  contra  fumar.  No  seguimento  foram  implementados em Portugal os programas «Querer é Poder I» e «Querer é Poder II».  Estes  dois  programas  integraram  acções  para  levar  a  cabo  na  escola  e  na  família.  O  primeiro  consistindo  em  6  sessões  sobre  tabagismo  em  que  se  procurou  informar  sobre  os  seus  efeitos,  discutir  os  prós  e  contras  de  fumar,  tomar  consciência  dos  processos de  influência social e promover competências  para  lidar  com  situações  de  pressão  social.  O  segundo  também  consistiu  em  6  sessões  sobre  fumo  passivo  informando  sobre  os  seus  efeitos  e  promovendo  competências  para  lidar  com  situações de exposição ao fumo passivo. Estas 12 acções relativas aos dois programas  foram  ainda  reforçadas  com  um  programa  de  educação  inter‐pares  designado  «Programa 7 OK!» sustentado num jogo animado por colegas que tiveram 7 sessões  de  formação  previamente.  O  jogo  orientou‐se  por  uma  linha  de  informação  e  uma  outra  de  promoção  de  competências  sociais.  No  final  do  projecto  ESFA  o  grupo  experimental  apresentava  uma  prevalência  de  fumadores  regulares  de  7%  enquanto  que os do grupo de controlo apresentou uma taxa de 12%. Relativamente aos jovens  que nunca fumaram, no início do projecto eram 83% no grupo experimental e 81% no  grupo de controlo e no fim do projecto eram 55% e 44%, respectivamente, no grupo  experimental e no grupo de controlo, 11% de diferença na manutenção do estatuto de  nunca fumadores no grupo experimental em relação ao grupo de controlo.  O  programa  «Turmas  sem  fumadores»  tem  a  participação  de  15  países  europeus  e  tem  como  objectivo  a  prevenção  do  tabagismo  nos  jovens.  Teve  o  seu  desenvolvimento  na  escola  dirigido  aos  alunos  do  3.º  ciclo  do  ensino  básico.  Particularmente,  o  programa  foca  a  sua  acção  na  prevenção  ou  atraso  da  iniciação  tabágica  e  a  na  promoção  da  mudança  do  comportamento  tabágico  nos  jovens  iniciados  no  consumo  visando  a  diminuição  ou  cessação  desse  comportamento.  O  programa  consiste  na  participação  de  turmas em  que  os  respectivos  alunos  assinam  publica e voluntariamente uma declaração de compromisso de não fumarem durante  5  meses.  Este  compromisso  é  reafirmado  mensalmente  e  verificado  por  uma  Comissão  de  Escola  a  quem  compete  o  acompanhamento  da  implementação  do  programa.  As  turmas  competem  entre  si  através  de  actividades  de  prevenção  tabágica  e  de  promoção  da  saúde.  No  final  dos  5  meses  cada  aluno  das  turmas  vencedoras recebe um certificado de participação e um prémio enquanto que a turma  recebe  um  prémio  especial.  Em  termos  da  avaliação  do  impacto  do  programa  concluiu‐se que o programa parece revelar‐se preventivo no que toca aos jovens que  nunca fumaram e permitido que um grande número de jovens fumadores ocasionais  deixassem de fumar o mesmo acontecendo, menos expressivamente, com os jovens  fumadores regulares.  O programa «Não Fumar è que Está a Dar» desenvolveu‐se no âmbito de um  trabalho  de  doutoramento  nas  Escolas  Secundárias  de  Vila  Verde  e  da  Póvoa  do  Lanhoso,  distrito  de  Braga.  Os  quatro  objectivos  do  programa  são:  Contrariar  a 
  • 16. 8 influência  dos  principais  factores  de  risco  relacionados  com  o  comportamento  de  fumar;  Reduzir  a  percentagem  de  alunos  que  experimentam  fumar  ou  que  fumam  regularmente;  Ensinar  a  distinguir  os  comportamentos  prejudiciais  dos  que  são  benéficos para a saúde; e Promover a adopção de um estilo de vida saudável.   O  programa  visou  essencialmente  a  prevenção  do  consumo  do  tabaco  mas  também a  aprendizagem de  comportamentos  benéficos  para  a saúde e a  promoção  de um estilo de vida saudável.  O  programa  consiste  de  um  conjunto  de  15  sessões  semanais  de  uma  hora  dirigidas  aos  alunos  do  7.º  ano  de  escolaridade  e  por  um  conjunto  de  6  sessões  de  reforço dirigidas aos alunos do 8.º ano.   No  que  toca  aos  resultados  do  programa,  verifica‐se  que  a  primeira  parte  do  programa teve impacto positivo no controlo de alguns factores de risco relacionados  com  o  começo  de  fumar  designadamente:  capacidade  de  recusar  cigarros;  resposta  assertiva; promoção e manutenção de atitudes favoráveis ao não consumo do tabaco.  No  final  conclui‐se  que  o  programa  não  teve  influências  significativas  quanto  aos  alunos  que  tinham  experimentado  fumar.  Já  relativamente  aos  jovens  fumadores  ocasionais  não  houve  evolução.  Assim,  apesar  do  programa  não  ter  atingido  o  objectivo  no  sentido  de  evitar  a  experimentação  conseguiu  que  os  jovens  que  já  tinham experimentado não se tornassem fumadores.  O  programa  «Sinais  de  Fumo»  apoiado  pela  Câmara  Municipal  de  Cascais  desde 2002 e pela Câmara Municipal de Lisboa desde 2004, envolve as componentes  individual, família, escola e comunidade e está divido em nove sessões, sete dedicadas  aos alunos com duração de hora e meia a decorrer nos horários de Área de Projecto e  Estudo Acompanhado com frequência mensal, uma sessão dedicada a professores e  auxiliares  de  educação  e  uma  sessão  para  pais  e  encarregados  de  educação.  A  dimensão  comunitária  do  programa  é‐lhe  atribuída  pela  comemoração  do  Dia  Mundial  Sem  Tabaco  (31  de  Maio).  Dia  em  que  os  estabelecimentos  de  ensino  envolvidos  competem  com  actividades  de  prevenção  tabágica.  O  programa  tem  6  objectivos: 1)  Sensibilizar  os  alunos  para  a  problemática  do  consumo de  substâncias  lícitas  e  ilícitas  (Álcool,  Fármacos,  Tabaco  e  outras  drogas)  a  partir  de  uma  reflexão  durante  as  sessões  da  problemática  do  consumo  de  tabaco  enquanto  um  comportamento  aditivo,  problemático  e  prejudicial  para  a  saúde;  2)  Incentivar  os  alunos  a  não  experimentar,  adiar  ou  a  interromper  precocemente  o  consumo  de  substâncias  psicoactivas,  nomeadamente  em  relação  ao  tabaco,  durante  e  após  a  realização  do  programa;  3)  Incentivar  os  alunos  a  manifestar  as  suas  opiniões  e  sentimentos  em  relação  à  problemática  abordada,  promovendo  atitudes  assertivas  em relação a estas práticas, envolvendo professores, pais e encarregados de educação  e  motivando  os  alunos  a  participar  activamente  na  promoção  de  espaços  sem  fumo  (escola,  família  e  comunidade);  4)  Fornecer  informações  e  aumentar  os  conhecimentos  dos alunos sobre conceitos  como.  O que são  drogas,  como  actua no  organismo, o que envolve o uso, abuso e dependência destas substâncias psicoactivas  e as suas consequências; 5) Consciencializar sobre a existência da pressão dos pares,  da publicidade, dos estilos de vida e das normas sociais em relação a fumar, beber e  usar  outro  tipo  de  drogas;  6)  Desenvolver  competências  sociais  e  habilidades  que  ajudem  a  gerir  situações  de  pressão  social  para  fumar  ou  usar  outro  tipo  de  substâncias psicoactivas. 
  • 17. 9   O  programa  teve  duas  edições  (2002  e  2003  e  2003/2004)  e  envolveu  uma  metodologia  de  avaliação  ante  e  pós  aplicação  do  programa.  Da  análise  dos  questionários  iniciais  e  finais  verificou‐se  uma  ligeira  diminuição  em  2,4  pontos  percentuais  do  número  de  fumadores  e,  ao  mesmo  tempo,  um  aumento  dos  que  já  tinham  experimentado  ao  longo  da  vida  em  2,4  pontos  percentuais.  Verificou‐se  também  uma  diminuição  de  pais  e  mães  fumadores  entre  o  início  e  o  final  do  programa  (4%  para  os  pais  e  4,1%  para  as  mães).  Desta  forma  e  em  síntese,  o  programa parece ter conseguido o seu objectivo quanto a evitar a experimentação e o  aumento do consumo do tabaco, estabilizando‐os, e parece ter um efeito positivo em  relação ao comportamento dos pais em relação ao tabaco.  Da  revisão  sobre  programas  escolares,  resulta  que  os  resultados  dos  programas  dependem  do  número  de  componentes  incluídas,  da  resposta  multidisciplinar  e  da  incorporação  dos  conhecimentos  científicos  obtidos  nesta  área  na  construção  e  desenvolvimento  dos  programas  de  prevenção,  os  designados,  por  Filho e Ferreira‐Borges (2008), programas compreensivos.  
  • 18. 10 3
  • 19. 11 3.1 Metodologia  Tendo  em  conta  que  um  dos  objectivos  do  projecto  é  comparar  os  resultados  obtidos  com  os  conhecidos  da  investigação  periódica  sobre  comportamentos  de  saúde  em meio escolar que envolve uma rede de países,  incluindo Portugal, e  que é  patrocinada pela OMS (Organização Mundial de Saúde) designada por HBSC – Health  Behaviour  in School‐Aged Children 3  (Curie et al.,  2000,  2004;  Matos  et  al.,  2006) 4, a  metodologia  adoptada  é  o  Inquérito  por  Questionário  por  estar  em  linha  com  a  metodologia adoptada no HBSC.  3.2 Instrumento  O  questionário  construído  e  passado  aos  alunos  teve  por  base  o  adoptado  no  estudo (HBSC) Comportamento e Saúde em Jovens em Idade Escolar, tendo em conta  as  dimensões  estudadas:  Uso  de  substâncias:  Álcool,  tabaco  e  outras  drogas;  Ambiente Familiar e Ambiente Escolar.  3.3 Amostra  O questionário foi passado a alunos dos 8.º e 10.º anos, com idades médias de  referência  de  13 e  15/16  anos  respectivamente,  que frequentam  a  Escola  Secundária  Quinta das Palmeiras.   As  idades  médias  de  referência  e  respectivos  anos  de  escolaridade  correspondem  aos  adoptados  no  estudo  HBSC  e  ao  dizer  de  Filho  e  Ferreira‐Borges  (2008,  pág.  83) 5,  citamos: “(…) no que diz respeito à idade verifica-se um padrão consistente em termos de aumento de risco entre os 12 e os 16 anos, quer em termos dos factores externos quer em termos das orientações e percepções internas. Em relação ao uso de substâncias verificou-se um aumento acentuado ao longo desses anos o que parece sugerir uma associação entre um aumento do risco e o aumento do consumo de substâncias. (…)”. A amostra foi construída a partir de uma população‐alvo constituída por todos os  alunos  dos  8.º  e  10.º  anos  de  escolaridade  do  ensino  regular,  250  alunos.  123  do  8.º  ano e 127 do 10.º ano.   Por  forma  a  obtermos  uma  amostra  representativa  segundo  Krejcie  e  Morgan  (1970) 6, à excepção da turma do Curso  de línguas e  Literaturas  do  10.º  ano  todas as  restantes turmas foram sorteadas aleatoriamente perfazendo um total de 160 alunos,  83  do  8.º  ano  e  77  do  10.º  ano.  Assim,  do  total  de  160  alunos  que  constituem  a  amostra,  apenas  a  turma  do  Curso  de  Línguas  e  Literaturas  integrou  a  amostra  3 Designado em português por: Comportamento e Saúde em Jovens em Idade Escolar 4 Curie, C. e tal. (eds.). Health and Health Behaviour among Young People. Health Behaviour in School-aged Children: a WHO Cross-National study (HBSC): International report 1997/1998 survey. Copenhagen, 2000. Matos, M.G. et al. Aventura Social & Saúde: A saúde dos adolescentes portugueses – hoje e em 8 anos: Relatório preliminar do estudo HBSC 2006. Faculdade de Motricidade Humana/UTL, Lisboa, 2006. 5 Filho, H. C.; Ferreira-Borges, C.. Uso de Substâncias: Álcool, Tabaco e outras Drogas. Coisas de Ler Edições, 1.ª Edição, Lisboa, 2008. 6 Krejcie, R.V. e Morgan, D. W. . Determining Sample Size for Research Activities. Journal: Education and Psychological Measurement, 30 (1970) 607-610.
  • 20. 12 directamente,  todas  as  restantes  turmas  dos  8.º  e  10.º  anos  foram  sorteadas  aleatoriamente.  A  razão  pela  qual  os  alunos  da  turma  do  Curso  de  Línguas  e  Literaturas  foram  incluídos  directamente,  prendeu‐se  com  o  facto  de  todos  os  restantes  alunos  do  10.º  ano  pertencerem  a  turmas  do  Curso  de  Ciências  e  Tecnologias.   Dos  160  alunos  inquiridos  responderam  153  alunos,  79  do  8.º  ano  e  74  do  10.º  ano.   O  número  de  153  respondentes,  preenche  o  requisito  de  representatividade  segundo aqueles autores.                                
  • 22. 14 Para  organizar  e  relacionar  os  dados,  procedemos  à  construção  de  uma  base  de dados em Access. A base de dados é composta por seis tabelas de dados. A tabela  Identificação  onde  se  registaram  os  dados  relativos  ao  género,  à  idade  e  ao  ano  de  escolaridade.  A  tabela  Tabaco  com  os  dados  relativos  às  respostas  sobre  o  uso  de  tabaco. A tabela Álcool registando as respostas sobre o uso do álcool. A tabela Drogas  que  contém  os  dados  relativos  às  respostas  sobre  o  uso  de  outras  drogas.  A  tabela  Família com os dados das respostas sobre o ambiente familiar. E a tabela Escola com  os dados relativos às respostas sobre o ambiente escolar.    As tabelas da base de dados foram relacionadas de forma a cruzar os dados e  os gráficos foram construídos em Excel.    Nos  quadros  que  se  seguem  as  percentagens  médias  nacionais  constam  do  estudo HBSC 2010 ‐ Portugal e as percentagens médias da OCDE constam do estudo  internacional  HBSC  2006,  ambos  promovidos  pela  Organização  Mundial  de  Saúde,  uma vez que o estudo internacional HBSC 2010 apenas está previsto ser editado em  Outubro próximo. Todavia, tendo em conta a informação, a propósito deste assunto,  junto da equipa do Projecto Aventura Social que lidera o estudo HBSC em Portugal,  não  se  antecipam  alterações  significativas  em  relação  às  percentagens  médias  da  OCDE  (44  países  envolvidos  no  estudo,  contando  com  Portugal)  constantes  do  relatório  internacional  HBSC  de  2006,  atendendo  à  insuficiência  e/ou  frágil  sustentação  de  programas  dirigidos,  por  um  lado,  e  a  que  os  comportamentos  de  saúde não  se alteram num período  de  tempo  tão  curto,  4  anos,  por  outro. O  que se  pode  antecipar  são  alterações  em  relação  à  posição  dos  países  quando  comparados  em  conjunto,  o  que  não  tem  qualquer  reflexo  no  nosso  trabalho  uma  vez  que  entramos em linha de conta com as percentagens médias do conjunto dos 44 países  da OCDE que participaram no estudo.   Ainda relativamente às percentagens médias da OCDE constantes deste trabalho,  estas  são  aquelas  que  é  possível  retirar  do  estudo  internacional,  uma  vez  que  este  estudo  não  apresenta,  relativamente  à  sua  amostra,  a  distribuição  dos  géneros  por  idade (ano de escolaridade).   Neste  capítulo,  tendo  em  conta  os  objectivos  do  trabalho,  tratam‐se  ainda  e  apenas as relações estatisticamente significativas entre variáveis do questionário.       4.1  Análise descritiva global da amostra    Nesta  secção  descreve‐se  a  amostra  no  que  toca  à  sua  distribuição  por  género,  anos de escolaridade e idade. No que diz respeito a esta última variável, apresenta‐se  a média, desvio padrão (D.P.) e valor mínimo e máximo.   O gráfico 1 apresenta a distribuição da amostra por género.          
  • 23. 15     Género (n=153) Rapazes Raparigas Rapazes 41% Raparigas 59% Gráfico 1 – Distribuição da amostra por género A percentagem de 59% de raparigas  contra 41%  de  rapazes  deve‐se  ao  facto  de  no  total  das  seis  turmas  da  amostra  duas  apresentarem  diferenças  favoráveis  ao  género feminino em 70% e 28%. Das restantes quatro que registam algum equilíbrio  apenas uma é favorável em 8% ao género masculino.      O  gráfico  2  permite  observar  a  distribuição  da  amostra  por  anos  de  escolaridade.    Anos de escolaridade (n=153) 8.º Ano 10.º Ano 10.º Ano 48,40% 8.º Ano 51,60% Gráfico 2 – Distribuição da amostra por anos de escolaridade Do  gráfico  2  podemos  observar  que  os  alunos  se  encontram  distribuídos  em  percentagens  próximas  relativamente  a  anos  de  escolaridade,  registando‐se  uma  diferença de 3,2% favorável ao 8.º ano de escolaridade.  
  • 24. 16       Nos Quadros 1 a 3, apresenta‐se, em relação à idade, a média, desvio padrão  (D.P.), valor mínimo e máximo e a percentagem de rapazes e raparigas na amostra no  total e por ano de escolaridade.  Amostra – alunos dos 8.º e 10.º anos Rapazes Raparigas Média D.P. Mínimo Máximo 41% 59% 14,3 1,41 13 17 Quadro 1 - Característica significativas da amostra Amostra - alunos dos 8.º ano Percentagem Média D.P. Mínimo Máximo Rapazes 24% 13,3 0,71 13 15 Raparigas 28% 13 0,62 13 15 Quadro 2 – Características dos alunos do 8.º ano Amostra - alunos dos 10.º ano Percentagem Média D.P. Mínimo Máximo Rapazes 18% 16 0 15 17 Raparigas 31% 15,5 0,71 15 17 Quadro 3 – Características dos alunos do 10.º ano     4.2 Tabaco    4.2.1 Experimentar tabaco      Relativamente  ao  experimentar  tabaco,  28%  dos  inquiridos  afirmam  já  ter  experimentado tabaco contra 72% que afirmam que não. 
  • 25. 17 Experimentar tabaco (n=153) Sim Não Sim 28% Não 72% Gráfico 3 – Experimentar tabaco na amostra O Quadro 4 mostra uma percentagem de não experimentação de tabaco pelos  inquiridos da amostra superior às percentagens médias nacionais e da OCDE.  Experimentar tabaco Escola Nacional OCDE Sim 28% 30% 43% Não 72% 70% 57% Quadro 4 – Experimentar tabaco: Comparação entre as percentagens da Escola, Nacional e da OCDE   4.2.1.1  Comparação entre géneros    No  que  diz  respeito  ao  experimentar  tabaco  por  género,  a  amostra  deixa  perceber que o género feminino é o que experimenta mais. O Quadro 5 mostra ainda  que  relativamente  aos  rapazes,  os  resultados  da  amostra  são  mais  favoráveis  a  comportamentos saudáveis quando comparados com a média nacional.  Experimentar tabaco Sim Não 7 8 Esc. Nac. OCDE Esc. Nac. OCDE Rapaz 23,8% 30,6% ---- 76,2% 69,4% ---- Rapariga 31,3% 29,5% ---- 68,9% 70,5% ---- Quadro 5 – Experimentar tabaco entre géneros: Comparação entre as percentagens da Escola, Nacional e da OCDE 7 De agora em diante Esc. é a abreviatura de Escola. 8 De agora em diante Nac. é a abreviatura de Nacional.
  • 26. 18   4.2.1.2 Comparação entre anos de escolaridade    Relativamente  ao  experimentar  tabaco  por  ano  de  escolaridade,  a  amostra  deixa perceber que os jovens do 10.º ano são os que experimentam mais. O Quadro 6  mostra  ainda  que  os  resultados  da  amostra  são  mais  favoráveis  a  comportamentos  saudáveis quando comparados com a média nacional e a média da OCDE.  Experimentar tabaco Sim Não Esc. Nac. OCDE Esc. Nac. OCDE 8.º ano 15,2% 28,3% 32% 84,8% 71,7% 68% 10.º ano 41,9% 47,9% 54% 58,1% 52,1% 46% Quadro 6 – Experimentar tabaco entre Anos de escolaridade: Comparação entre as percentagens da Escola, Nacional e da OCDE   4.2.2 Consumo de tabaco    O  Gráfico 2 mostra que a grande  maioria,  90,2%, dos  jovens da  amostra não  fuma.  Pelo menos Consumo de tabaco (n=153) uma/vez semana Todos os 2% dias 2,6% Menos de uma vez/semana 5,2% Não fuma 90,2% Gráfico 4 – Consumo de tabaco na amostra     No  Quadro  7,  pode  observar‐se  que  a  esmagadora  maioria  dos  jovens  da  amostra não fuma. Que 2,6% são fumadores diários, 5,2% fumam menos que uma vez 
  • 27. 19 por  semana  e  2%  fuma  pelo  menos  uma  vez  por  semana.  Comparativamente  às  percentagens médias nacionais, a amostra apresenta para todos os tipos de consumo  de  tabaco  percentagens  inferiores.  Também  relativamente  aos  fumadores  diários,  a  percentagem de fumadores da amostra é inferior à percentagem média da OCDE.    Consumo de tabaco Escola Nacional OCDE Todos os dias 2,6% 4,5% 8,4% Pelo menos uma vez/semana 2% 2,9% ---- Menos de uma vez/semana 5,2% 4,5% ---- Não fuma 90,2% 88,1% ---- Quadro 7 – Consumo de tabaco: Comparação entre as percentagens da Escola, Nacional e da OCDE   4.2.2.1   Comparação entre géneros    Quando  comparamos  o  consumo  de  tabaco  entre  géneros,  verifica‐se  que  o  género feminino apresenta para todos os tipo de consumo percentagens inferiores ao  género masculino e às percentagens médias nacionais.    Por  sua  vez,  o  consumo  de  tabaco  nos  jovens  masculinos  apresenta  percentagens  superiores  às  percentagens  médias  nacionais  excepcionando  a  percentagem, 3,2%, de jovens masculinos que fumam todos os dias.  Consumo de tabaco Todos os dias Pelo menos Menos de uma Não fuma uma vez/semana vez/semana Esc. Nac. OCDE Esc. Nac. OCDE Esc. Nac. OCDE Esc. Nac. OCDE Rapaz 3,2% 5,1% ---- 4,8% 2,9% ---- 6,3% 4,2% ---- 85,7% 87,9% ---- Rapariga 2,2% 4% ---- 0% 3% ---- 4,4% 4,8% ---- 93,4% 88,3% ---- Quadro 8 – Consumo de tabaco entre géneros: Comparação entre as percentagens da Escola, Nacional e da OCDE   4.2.2.2   Comparação entre anos de escolaridade    Comparando o consumo de tabaco entre anos de escolaridade, observa‐se que  os jovens do 10.º ano apresentam percentagens muito superiores às dos jovens do 8.º  ano  para  todos  os  tipos  de  consumo.  Excepcionando  a  percentagem  dos  jovens  da  amostra que dizem consumir tabaco menos de uma vez por semana, todas as outras 
  • 28. 20 percentagens  de  consumos  dos  jovens  da  amostra  são  inferiores  às  percentagens  médias nacionais. A percentagem de fumadores diários da amostra é inferior também  à percentagem média da OCDE.  Consumo de tabaco Todos os dias Pelo menos Menos de uma Não fuma uma vez/semana vez/semana Esc. Nac. OCDE Esc. Nac. OCDE Esc. Nac. OCDE Esc. Nac. OCDE 8.º ano 0% 2,4% 3% 1,3% 2,4% ---- 3,7% 5,1% ---- 95%% 90,1% ---- 10.º ano 5,4% 9,1% 14% 2,7% 4,9% ---- 6,8% 6,3% ---- 85,1% 79,7% ---- Quadro 9 – Consumo de tabaco entre anos de escolaridade: Comparação entre as percentagens da Escola, Nacional e da OCDE   4.2.2.3   Relação entre experimentar tabaco e consumir tabaco    No  Quadro  10,  pode  observar‐se  que  dos  28%  de  inquiridos  que  experimentaram  tabaco  cerca  de  35%  passaram  a  consumir  tabaco,  9,3%  todos  os  dias, 7% pelo menos uma vez/semana e 18,6% menos de uma vez por semana.   Experimentar tabaco e consumir tabaco Todos os dias Pelo menos Menos de uma Não fuma uma vez/semana vez/semana Experimentar Esc. Nac. OCDE Esc. Nac. OCDE Esc. Nac. OCDE Esc. Nac. OCDE Sim 9,3% ---- ---- 7% ---- ---- 18,6% ---- ---- 65,1% ---- ---- Quadro 10 – Experimentar tabaco e consumir tabaco   4.2.2.4    Relação entre experimentar tabaco e experimentar outras drogas    No Quadro 11, 18,6% dos que experimentaram tabaco experimentaram outras  drogas.  Experimentar tabaco e experimentar outras drogas Experimentar outras drogas Experimentar tabaco 18,6% Quadro 11 – Experimentar tabaco e experimentar drogas  
  • 29. 21    4.2.2.5   Relação entre experimentar tabaco e consumo de outras drogas    O Quadro 12, mostra a distribuição dos inquiridos que experimentaram tabaco  e  consomem  outras  drogas  por  tipo  de  consumo.  Destes  11,6%  destes  consumiram  outras drogas no último mês.  Experimentar tabaco e consumir outras drogas Consumo de outras drogas Mais de uma vez no último mês 2,3% Uma vez no último mês 9,3% Mais de 3 vezes Cannabis ao longo da vida 2,3% Uma a duas vezes Cannabis ao longo da vida 4,7% Uma a duas vezes Cannabis ao longo do último ano 7% Quadro 12 – Experimentar tabaco e consumos de outras drogas   4.2.2.6    Relação entre consumo de tabaco e consumo de outras drogas    O  Quadro  13,  mostra  a  distribuição  dos  consumidores  de  tabaco  e  outras  drogas. Do quadro observa‐se que  os  consumidores  crónicos  de  tabaco consumiram  outras drogas e que 33% dos que consomem tabaco pelo menos uma vez por semana  consumiram  outras  drogas  uma  vez  no  último  mês.  Da  relação  foi  possível  ainda  observar que 75% dos fumadores consumiram outras drogas no último mês.  Consumir tabaco e outras drogas Consumo de outras drogas Consumo de Consumo de tabaco todos os tabaco pelo menos dias uma vez/semana Mais de uma vez no último mês 25% 0% Uma vez no último mês 25% 33% Mais de 3 vezes Cannabis ao longo da vida 25% 0% Uma a duas vezes Cannabis ao longo da vida 25% 0% Quadro 13 – Consumos de tabaco e consumos de outras drogas   4.2.2.7    Relação entre  consumo de tabaco e o ambiente familiar    Foram  cruzados  os  dados  das  tabelas  Identificação,  Tabaco  e  Família.  Do  cruzamento  dos  dados  realça‐se  que  dos  9,8%  de  consumidores  de  tabaco 
  • 30. 22 (fumadores) todos têm mais facilidade em falar com a mãe, pai, irmão mais velho  e/ou irmã mais velha.   Desses 9,8% de consumidores de tabaco, 13,3% têm uma segunda casa do pai.  Destes  13,3%,  6,65%  visita‐a  às  vezes  e  6,65%  visita‐a  regularmente,  e  têm  mais  facilidade em falar com a mãe.        4.2.2.8    Relação entre o consumo de tabaco e o ambiente escolar    Dos  9,8%  de  consumidores  de  tabaco,  93,3%  gostam  da  escola.  6,6%  afirma  que os seus professores os pensam com capacidade inferior à média.   100% dos consumidores de tabaco afirma gostar de se juntar aos seus amigos  e vice‐versa, que os seus  amigos são  simpáticos e prestáveis e  que  estes os aceitam  como são.  4.3 Álcool  4.3.1 Experimentar álcool  Experimentar bebidas alcoólicas (n=153) Sim Não Não 33% Sim 67% Gráfico 5 – Experimentar bebidas alcoólicas No  que  toca  ao  experimentar  bebidas  alcoólicas,  as  bebidas  mais  experimentadas são a cerveja, seguida das bebidas destiladas seguidas do vinho. De  referir  que  dos  21%  que  afirmam  experimentar  vinho  19,7%  experimentaram  champanhe (vinho espumante). Salienta‐se ainda que as raparigas 9 e os jovens mais  velhos são os que mais experimentam bebidas alcoólicas.   9 Tendo  em  conta  que  a  amostra  tem  mais  18%  de  raparigas  do  que  rapazes,  aumentando  9%  ao  número  de  rapazes  e  diminuindo 9% ao número de raparigas, mantendo n=153 e a mesma distribuição da amostra por tipo de bebida experimentada,  continuaria a verificar‐se que as raparigas experimentam mais bebidas alcoólicas do que os rapazes. 
  • 31. 23 Experimentar bebidas alcoólicas (n=153) Totais Rapaz 8.º ano Rapariga Rapaz 10.º Rapariga 10.º 8.ºano ano ano Cerveja 48,4% 16,2% 28,4% 25,7% 29,7% Vinho 21% 18,8% 28% 21,9% 31,3% Bebidas destiladas 31,4% 9% 20,8% 23,9% 46,3% Outras 4,6% 0% 50% 0% 50% Quadro 14 – Experimentar bebidas alcoólicas 4.3.2 Consumo de álcool  O Quadro 15 deixa observar, no que toca ao consumo de bebidas alcoólicas, as  bebidas mais consumidas todas as semanas/meses são as bebidas destiladas, todavia  a maioria dos jovens refere que raramente ou nunca consome bebidas alcoólicas.   A  escola,  nas  respostas  dos  alunos  inquiridos,  apresenta  percentagens  de  consumos de bebidas inferiores às percentagens médias nacionais em todos os tipos  de consumo e tipos de bebida e às percentagens médias da OCDE relativamente ao  consumo todas as semanas/meses para todo o tipo de bebidas.  Consumo de bebidas alcoólicas (n=153) Todos os dias Todas as Raramente ou nunca semanas/meses Esc. Nac. OCDE Esc. Nac. OCDE Esc. Nac. OCDE Cerveja 0% 0,5% ---- 2% 7,8% 10,4% 98% 91,7% ---- Vinho 0% 0,4% ---- 0% 2,1% 4,5% 100% 97,5% ---- Bebidas destiladas 0% 0,3% ---- 7,2% 9,9% 14% 93% 89,8% ---- Outra 0% 0,4% ---- 0,7% 5,3% ---- 99,3% 94,3% ---- Quadro 15 – Consumo de bebidas alcoólicas 4.3.2.1   Comparação entre géneros  Dos Quadros 16 a 19 pode dizer‐se que de entre os géneros, são as raparigas  que menos afirmam consumir bebidas alcoólicas. Quanto ao consumo de vinho não se  registam  diferenças  entre  os  géneros.  No  que  diz  respeito  à  comparação  das  percentagens  de  consumo  de  bebidas  da  amostra  por  género  e  por  tipo  de  bebida  estas são todas inferiores às percentagens médias nacionais. 
  • 32. 24 Consumo de cerveja (n=153) Todos os dias Todas as Raramente ou nunca semanas/meses Esc. Nac. OCDE Esc. Nac. OCDE Esc. Nac. OCDE Rapaz 0% 0,7% ---- 3,2% 11,5% ---- 96,8% 87,8% ---- Rapariga 0% 0,3% ---- 1,1% 4,5% ---- 98,9% 95,2% ---- Quadro 16 – Consumo de cerveja Consumo de vinho (n=153) Todos os dias Todas as Raramente ou nunca semanas/meses Esc. Nac. OCDE Esc. Nac. OCDE Esc. Nac. OCDE Rapaz 0% 0,6% ---- 0% 3% ---- 100% 96,3% ---- Rapariga 0% 0,1% ---- 0% 1,3% ---- 100% 98,6% ---- Quadro 17 – Consumo de vinho Consumo de bebidas destiladas (n=153) Todos os dias Todas as Raramente ou nunca semanas/meses Esc. Nac. OCDE Esc. Nac. OCDE Esc. Nac. OCDE Rapaz 0% 0,5% ---- 7,9% 11,6% ---- 92,1% 87,9% ---- Rapariga 0% 0,1% ---- 6,7% 8,3% ---- 93,3% 91,6% ---- Quadro 18 – Consumo de bebidas destiladas Consumo de outras bebidas (n=153) Todos os dias Todas as Raramente ou nunca semanas/meses Esc. Nac. OCDE Esc. Nac. OCDE Esc. Nac. OCDE Rapaz 0% 0,7% ---- 1,6% 6,3% ---- 98,4% 93,1% ---- Rapariga 0% 0,2% ---- 0% 4,3% ---- 100% 95,5% ---- Quadro 19 – Consumo de outra bebida
  • 33. 25 4.3.2.2 Comparação entre anos de escolaridade  Dos Quadros 20 a 23 pode observar‐se que são os jovens do 8.º ano que dizem  menos  consumir  as  bebidas  mencionadas.  As  percentagens  de  consumo  de  bebidas  por  ano  de  escolaridade  referentes  à  amostra  quando  comparadas  com  as  percentagens médias nacionais são todas mais favoráveis à amostra, isto é, inferiores.  Consumo de cerveja (n=153) Todos os dias Todas as Raramente ou nunca semanas/meses Esc. Nac. OCDE Esc. Nac. OCDE Esc. Nac. OCDE 8.º ano 0% 0,2% ---- 0% 5,1% 5% 100% 94,7% ---- 10.º ano 0% 1,1% ---- 4,1% 14,8% 16% 95,9% 84,1% ---- Quadro 20 – Consumo de cerveja por ano de escolaridade Consumo de vinho (n=153) Todos os dias Todas as Raramente ou nunca semanas/meses Esc. Nac. OCDE Esc. Nac. OCDE Esc. Nac. OCDE 8.º ano 0% 0,4% ---- 0% 1,5% 3% 100% 98,1% ---- 10.º ano 0% 0,6% ---- 0% 4% 6% 100% 95,5% ---- Quadro 21 – Consumo de vinho por ano de escolaridade Consumo de bebidas destiladas (n=153) Todos os dias Todas as Raramente ou nunca semanas/meses Esc. Nac. OCDE Esc. Nac. OCDE Esc. Nac. OCDE 8.º ano 0% 0,3% ---- 1,3% 6,7% 8% 98,7% 93,1% ---- 10.º ano 0% 0,6% ---- 13,5% 18,9% 20% 86,5% 80,5% ---- Quadro 22 – Consumo de bebidas destiladas por ano de escolaridade
  • 34. 26 Consumo de outras bebidas (n=153) Todos os dias Todas as Raramente ou nunca semanas/meses Esc. Nac. OCDE Esc. Nac. OCDE Esc. Nac. OCDE 8.º ano 0% 0,5% ---- 1,3% 6,7% ---- 98,7% 95,4% ---- 10.º ano 0% 0,7% ---- 0% 18,9% ---- 100% 89,4% ---- Quadro 23 – Consumo de outras bebidas por ano de escolaridade 4.3.2.3 Embriaguez  A  esmagadora  maioria  dos  inquiridos,  92,2%,  afirma  nunca  ter  estado  embriagado.  Embriaguez (n=153) 1 - 3 vezes 5,2% Quatro vezes ou mais 2,6% Nunca 92,2% Gráfico 6 – Embriaguez 4.3.2.3.1 Comparação entre géneros  No Quadro 24 pode‐se observar que as raparigas afirmam nunca se embriagar  numa  percentagem  superior  à  dos  rapazes.  As  raparigas  afirmam  também  ter‐se  embriago uma a três vezes numa percentagem superior à dos rapazes. Já os rapazes  afirmam ter‐se embriagado quatro ou mais vezes numa percentagem superior à das  raparigas que apresentam percentagem zero.   Comparando  as  percentagens  da  amostra  com  as  percentagens  médias  nacionais,  verifica‐se  que  as  percentagens  da  amostra  são  significativamente  mais  favoráveis à não embriaguez.   
  • 35. 27 Embriaguez (n=153) Nunca 1 a 3 vezes 4 vezes ou mais Esc. Nac. OCDE Esc. Nac. OCDE Esc. Nac. OCDE Rapaz 88,9% 73,1% ---- 4,8% 18,7% ---- 6,3% 8,2% ---- Rapariga 94,4% 76,9% ---- 5,6% 19,1% ---- 0% 4% ---- Quadro 24 – Embriaguez por género 4.3.2.3.2 Comparação entre anos de escolaridade  O  Quadro  25  deixa  observar  que  os  alunos  inquiridos  do  8.º  ano  nunca  se  embriagaram.  Já  os  alunos  inquiridos  do  10.º  ano  apresentam  percentagens  de  embriaguez a ter em conta.   Comparando  as  percentagens  da  amostra  com  as  percentagens  médias  nacionais  observa‐se  que  aquelas  são  significativamente  mais  favoráveis  à  não  embriaguez.   Embriaguez (n=153) Nunca 1 a 3 vezes 4 vezes ou mais Esc. Nac. OCDE Esc. Nac. OCDE Esc. Nac. OCDE 8.º ano 100% 78,1% ---- 0% 18,5% ---- 0% 3,3% ---- 10.º ano 83,8% 59,5% ---- 10,8% 28,2% ---- 5,4% 12,3% ---- Quadro 25 – Embriaguez por ano de escolaridade 4.3.2.3.3 Relação entre consumo de álcool e outras drogas  O cruzamento das tabelas Identificação, Álcool e Drogas permitiu observar que  não  existem  inquiridos  que  consomem  álcool  todos  os  dias  ou  todas  as  semanas/meses e outras drogas regularmente ou mais que uma vez.  4.3.2.4 Relação entre a embriaguez do tipo “quatro ou mais vezes” e o ambiente  familiar  Foram  cruzados  os  dados  das  tabelas  Identificação,  Álcool  e  Família.  Do  cruzamento  dos  dados  salienta‐se  que  dos  2,6%  que  afirmam  ter‐se  embriagado  quatro ou mais vezes, todos são do género masculino, vivem com mãe/pai e não têm  uma  segunda  casa,  0,65%  tem  mais  facilidade  em  falar  com  a  mãe,  1,3%  tem  mais 
  • 36. 28 facilidade  em  falar  com  o  irmão  mais  velho  e  0,65%  não  respondeu  à  pergunta  “Tens mais facilidade em falar com:”.  4.3.2.5 Relação entre a embriaguez do tipo “quatro ou mais vezes” e o ambiente  escolar  Do  cruzamento  das  tabelas  Identificação,  Álcool  e  Escola,  dos  2,6%  que  afirmam  ter‐se  embriagado  quatro  ou  mais  vezes  todos  são  do  género  masculino,  todos  gostam  da  escola,  1,95%  acham  que  os  seus  professores  os  pensam  com  capacidade  boa/média  e  0,65%  acham  que  os  seus  professores  os  pensam  com  capacidade superior à média.   Desses  2,6%,  100%  afirma  gostar  de  se  juntar  aos  seus  amigos  e  vice‐versa,  que os seus amigos são simpáticos e prestáveis e que estes os aceitam como são.  4.4    Outras drogas  4.4.1 Experimentar outras drogas  A  esmagadora  maioria  dos  inquiridos  refere  não  ter  experimentado  outras  drogas.    Experimentar outras drogas (n=153) Sim Não Sim 6% Não 94% Gráfico 7 – Experimentar outras drogas 4.4.1.1    Experimentar outras drogas por género  São os rapazes os que mais experimentam outras drogas.  
  • 37. 29 Experimentar outras drogas por género Sim Não Rapaz 7,9% 92,1% Rapariga 4,4% 95,6% Quadro 26 – Experimentar outras drogas por género 4.4.1.2   Experimentar outras drogas por ano de escolaridade  São os jovens do 10.º ano os que mais experimentam outras drogas.  Experimentar outras drogas por ano de escolaridade Sim Não 8.º ano 1,3% 98,7% 10.º ano 10,8% 89,2% Quadro 27 – Experimentar outras drogas por ano de escolaridade 4.4.1.3   Experimentação de tipos de outras drogas  No  Quadro  28,  pode‐se  observar  que  o  Haxixe/erva  apresenta  maior  percentagem. As percentagens da amostra são todas significativamente inferiores às  percentagens médias nacionais.  Experimentação de tipos de outras drogas (n=153) Experimentar os seguintes produtos: Escola Nacional OCDE Haxixe/erva 5,2% 8,8% ---- Estimulantes 0% 3,4% ---- LSD 0,65% 2% ---- Cocaína 0% 1,9% ---- Ecstasy 0,65% 1,8% ---- Medicamentos usados como drogas 0% 1,6% ---- Heroína 0,65% 1,4% ---- Doping 0,65% 1,2% ---- Quadro 28 – Experimentação de tipos de outras drogas
  • 38. 30 4.4.1.4 Comparação entre géneros  Nos Quadros 29 a 33 apresentam‐se os produtos mais experimentados. Pode  observar‐se que são os rapazes que mais frequentemente referem ter experimentado  haxixe,  heroína  e  doping.  Já  as  raparigas  referem  ter  experimentado  mais  frequentemente LSD e Ecstasy.   À excepção dos produtos heroína e doping em relação aos quais não existem  referentes  nacionais,  pode‐se  constatar  que  as  percentagens  de  experimentação  da  amostra  são  inferiores,  relativamente  à  experimentação  de  todos  os  produtos  com  excepção  do  LSD  nas  raparigas  cujas  percentagens  são  iguais,  quando  comparadas  com as percentagens médias nacionais.     Experimentar haxixe Haxixe Sim Não Escola Nacional OCDE Escola Nacional OCDE Rapaz 7,9% 10,7% ---- 92,1% 89,3% ---- Rapariga 3,3% 7% ---- 96,1% 93% ---- Quadro 29 – Experimentação de haxixe por género Experimentar LSD LSD Sim Não Escola Nacional OCDE Escola Nacional OCDE Rapaz 0% 3% ---- 100% 97% ---- Rapariga 1,1% 1,1% ---- 98,9% 98,9% ---- Quadro 30 – Experimentação de LSD por género
  • 39. 31 Experimentar Ecstasy Ecstasy Sim Não Escola Nacional OCDE Escola Nacional OCDE Rapaz 0% 2,4% ---- 100% 97,6% ---- Rapariga 1,1% 1,4% ---- 98,9% 98,6% ---- Quadro 31 – Experimentação de Ecstasy por género Experimentar Heroína Heroína Sim Não Escola Nacional OCDE Escola Nacional OCDE Rapaz 1,6% ---- ---- 98,4% ---- ---- Rapariga 0% ---- ---- 100% ---- ---- Quadro 32 – Experimentação de Heroína por género Experimentar Doping Doping Sim Não Escola Nacional OCDE Escola Nacional OCDE Rapaz 1,6% ---- ---- 98,4% ---- ---- Rapariga 0% ---- ---- 100% ---- ---- Quadro 33 – Experimentação de Doping por género 4.4.1.5   Comparação entre anos de escolaridade  Dos  Quadros  34  a  38  pode‐se  constatar  que  são  os  jovens  do  10.º  ano  que  referem mais frequentemente que já experimentaram haxixe, LSD, Ecstasy, Heroína e  Doping. Os jovens do 8.º ano apenas dizem ter experimentado Haxixe.  As  percentagens  de  experimentação  de  todos  os  produtos  pela  amostra  quando comparadas as percentagens médias nacionais revelaram‐se inferiores. 
  • 40. 32 Experimentar haxixe Haxixe Sim Não Escola Nacional OCDE Escola Nacional OCDE 8.º ano 1,3% 5,2% ---- 98,7% 94,8% ---- 10.º ano 9,5% 17,1% ---- 90,5% 82,9% ---- Quadro 34 – Experimentação de haxixe por ano de escolaridade Experimentar LSD LSD Sim Não Escola Nacional OCDE Escola Nacional OCDE 8.º ano 0% 2,4% ---- 100% 97,6% ---- 10.º ano 1,4% 1,9% ---- 98,6% 98,1% ---- Quadro 35 – Experimentação de LSD por ano de escolaridade Experimentar Ecstasy Ecstasy Sim Não Escola Nacional OCDE Escola Nacional OCDE 8.º ano 0% 1,9% ---- 100% 98,1% ---- 10.º ano 1,4% 2% ---- 98,6% 98% ---- Quadro 36 – Experimentação de Ecstasy por ano de escolaridade
  • 41. 33 Experimentar Heroína Heroína Sim Não Escola Nacional OCDE Escola Nacional OCDE 8.º ano 0% ---- ---- 100% ---- ---- 10.º ano 1,4% ---- ---- 98,6% ---- ---- Quadro 37 – Experimentação de Heroína por ano de escolaridade Experimentar Doping Heroína Sim Não Escola Nacional OCDE Escola Nacional OCDE 8.º ano 0% ---- ---- 100% ---- ---- 10.º ano 1,4% ---- ---- 98,6% ---- ---- Quadro 38 – Experimentação de Doping por ano de escolaridade 4.4.2 Consumo de outras drogas  4.4.2.1   Consumo de outras drogas no último mês pelos inquiridos consumidores    Dos  3,3%  dos  inquiridos  que  se  dizem  consumidores,  no  último  mês:  0%  consumiram regularmente, 0,65% consumiram mais que uma vez e 2,6% consumiram  uma vez, conforme se pode observar no Gráfico 8.                     
  • 42. 34   Consumo de outras drogas no último mês pelos inquiridos consumidores (n=153) 0% 0,65% 2,60%   Gráfico 8 – Consumo de outras drogas no último mês pelos inquiridos consumidores         4.4.2.2   Consumo de cannabis ao longo da vida e no último ano    Consumo de cannabis ao longo da vida (n=153) Mais do que Uma a duas 3 vezes vezes 0,65% 1,35% Nunca 98% Gráfico 9 – Consumir cannabis ao longo da vida
  • 43. 35 Consumo de cannabis no último ano (n=153) Mais do que Uma a duas 3 vezes vezes 0% 1,96% Nunca 98,04% Gráfico 10 – Consumir cannabis no último ano 4.4.2.2.1 Comparação entre géneros  De  acordo  com  os  Quadros  39  e  40  são  as  raparigas  as  que  mais  referem  ter  consumido uma – duas vezes ao longo da vida e no último ano. Já os rapazes afirmam  ter consumido mais de três vezes ao longo da vida.   Comparando  as  percentagens  da  amostra  com  as  percentagens  médias  nacionais  aquelas  são  significativamente  favoráveis  a  comportamentos  mais  saudáveis.  Consumo ao longo da vida Nunca 1 – 2 vezes Mais de três vezes Esc. Nac. OCDE Esc. Nac. OCDE Esc. Nac. OCDE Rapaz 98,4% 91,4% ---- 0% 3,3% ---- 1,6% 5,2% ---- Rapariga 97,8% 94,6% ---- 2,2% 2,8% ---- 0% 2,7% ---- Quadro 39 – Consumo de cannabis ao longo da vida por género Consumo no último ano Nunca 1 – 2 vezes Mais de três vezes Esc. Nac. OCDE Esc. Nac. OCDE Esc. Nac. OCDE Rapaz 98,4% 92,5% ---- 1,6% 3% ---- 0% 4,5% ---- Rapariga 97,8% 95,2% ---- 2,2% 2,6% ---- 0% 2,2% ---- Quadro 40 – Consumo de cannabis no último ano por género
  • 44. 36 4.4.2.2.2 Comparação entre anos de escolaridade  Nos  Quadros  41  e  42  pode‐se  constatar  que  são  os  jovens  inquiridos  do  10.º  ano os que mais referem ter consumido ao longo da vida e no último ano.  Comparando  as  percentagens  da  amostra  com  as  percentagens  médias  nacionais  e  da  OCDE  aquelas  são  significativamente  favoráveis  a  comportamentos  mais saudáveis.  Consumo ao longo da vida Nunca 1 – 2 vezes Mais de três vezes Esc. Nac. OCDE Esc. Nac. OCDE Esc. Nac. OCDE 8.º ano 100% 96,3% ---- 0% 1,6% ---- 0% 2,1% ---- 10.º ano 96% 85,3% ---- 2,7% 6,4% ---- 1,4% 8,3% ---- Quadro 41 – Consumo de cannabis ao longo da vida por ano de escolaridade Consumo no último ano Nunca 1 – 2 vezes Mais de três vezes Esc. Nac. OCDE Esc. Nac. OCDE Esc. Nac. OCDE 8.º ano 100% 96,5% ---- 0% 1,9% ---- 0% 1,6% ---- 10.º ano 96% 87,4% ---- 4% 5,4% 5% 0% 7,2% 6% Quadro 42 – Consumo de cannabis no último ano por ano de escolaridade 4.4.2.3  Consumo de cannabis no último mês  100% dos inquiridos afirma nunca ter consumido cannabis no último mês.  Consumo de cannabis no último mês (n=153) Nunca 100% Gráfico 11 – Consumir cannabis no último mês