Apresentação preparada pelo frigorífico Independência para explicar sua situação atual, justificando o pedido de recuperação judicial.
Para mais informações, acesse:
http://www.beefpoint.com.br/independencia-primeiras-explicacoes-sobre-recuperacao-judicial_noticia_51987_15_119_.aspx
2. Situação atual: a Companhia sofre de impactos negativos severos
tanto no âmbito operacional como financeiro
Operacional Financeiro
Queda excessiva na demanda pelos principais
Redução drástica de liquidez no mercado
países importadores levando ao excesso de financeiro
oferta de produtos
Cancelamento de operações de
Redirecionamento do volume exportado para o refinanciamento
mercado doméstico causando igualmente
Redução dos prazos de financiamento de
excesso de oferta e competição acirrada curto prazo para 30 dias
Queda de preços de venda em todos os
Aumento dos custos de financiamento
mercados
Aumento da necessidade de capital de giro
Preço do boi estável
Aumento da dívida devido a desvalorização
Preços da carne não compatível com preços cambial
da arroba do boi
Inadimplência em vários mercados
Crise de liquidez coloca em risco a Companhia
Resultado operacional negativo
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3. Medidas tomadas em 2008 e situação atual
Impactos da crise no setor da carne no Brasil
Impactos Medidas tomadas em 2008 Situação Fev/09
• Emissão do Eurobond de US$ 300 MM, em maio • Todos os segmentos dos mercados de capitais
de 2008, alongando o perfil da dívida do conLnuam fechados para emissores non‐
Fechamento dos mercados de capitais/
Independência investment grade
Escassez de funding a longo‐prazo
• Adequação do cronograma de invesLmentos para • Congelamento de todos os invesLmentos e gastos
2009/2010 não essenciais
• Manutenção da posição de caixa como “colchão
• Ausência total de linhas de financiamento de
de liquidez”
Escassez de funding a curto‐prazo capital de giro e exportação
• Busca de linhas alternaLvas de financiamento à
• Aumento expressivo dos spreads
exportação
• Redirecionamento de produtos para mercados
• Queda significaLva na exportação para todos os
Diminuição temporária dos pedidos por menos afetados (Brasil, Norte da África)
mercados, e como conseqüência aumento nos
alguns mercados importadores • Gestão aLva dos contratos de fornecimento,
estoques em toneladas
evitando aumento de estoques
• Aumento da taxa de desconto
• Perdas pontuais com antecipações a produtores
• Limite diário de volume de pagamentos à vista
Aumento de demanda por pagamento à vista
• Aumento da demanda por pagamentos a vista
• Intensificação das relações de parceria com
por parte do pecuarista, crescendo a
devido a incerteza dos produtores em decorrência
fornecedores em resposta à procura pelos
necessidade de capital de giro
dos problemas pontuais de alguns frigoríficos
pecuaristas por frigoríficos maiores e mais sólidos
como o Independência
• Atuação comercial seleLva para minimizar
• Perdas expressivas em função da renegociação
Aumento de pedido de prazo por parte dos impacto no capital de giro
generalizada das condições de venda tanto em
clientes • Renegociações pontuais de condições de
relação a preços como a prazos de pagamento
pagamento
3
4. Estratégia comercial adotada de outubro/08 a janeiro/09
Ações e objetivos
Retenção de estoques em outubro e novembro para venda em dezembro que tradicionalmente é
um mês de forte demanda e aumento de preços no mercado doméstico
Diminuição dos abates em dezembro para não sofrer pressão dos preços do gado, e concessão de
férias coletivas para redução dos custos fixos
Retomada forte dos abates em janeiro vislumbrando melhoria do mercado externo com base nos
seguintes históricos:
Tradicional diminuição da demanda no mercado interno no mês de janeiro resultando numa
baixa expressiva nos preços do boi no começo do ano
Valorização do dólar aumentando a competitividade brasileira em comparação a outros países
exportadores
Expectativa de maior demanda na exportação com manutenção e possível aumento de preços
depois de período de poucos embarques
4
5. Agenda
Situação atual do setor da carne brasileira
Impactos da crise financeira global no setor
Apuração atual da Companhia
5
6. Preços e volumes de venda caem mais do que o tradicional
Situação atual do setor da carne brasileira
O pico de preço do boi gordo ocorreu em outubro e
novembro resultando em estoques supervalorizados
No mercado interno, em dezembro, houve aumento
de volume, porém sem o aumento tradicional de
preços. Por outro lado, em janeiro, verificou-se um
aumento de oferta de carne decorrente da
diminuição das exportações, porém o preço
praticado recuou mais do que a baixa verificada no
preço do boi gordo
Preços e volumes de exportação despencaram em
janeiro e, devido aos níveis de preço do boi, o
retorno com as exportações foi negativo, apesar da
desvalorização do Real
A forte competição dos frigoríficos exportadores no
A operação se tornou deficitária, refletindo
mercado local pressionou os preços de carne
uma margem de EBITDA negativo de dois
desossada nos supermercados para baixo, não
dígitos
cobrindo os custos de produção
6
7. A queda no preço da arroba foi em linha com outros anos,
quando os preços de venda não tiveram queda excessiva
Evolução do preço do boi no período de outubro/08 – fevereiro/09
7
8. Volumes da exportação caíram quase o triplo da redução do
abate brasileiro, causando excesso de oferta de carne
Volume das exportações de carne brasileira e abate nacional
8
9. Queda expressiva nos volumes de importação dos principais
mercados do Brasil
Volume das exportações nos últimos meses
9
Fonte: MDIC/Secex ‐ Alice Web
10. Queda excessiva nos preços de venda não é acompanhada
pelo preço do boi causando resultados negativos
Preços da carne no mercado doméstico e nas exportações vs. preço do boi
10
11. Agenda
Situação atual do setor da carne brasileira
Impactos da crise financeira global no setor
Apuração atual da Companhia
11
12. Redução de liquidez e pressão sobre o capital de giro
Detalhes do impactos financeiros devido à crise
Redução de liquidez
• Ausência de oferta de linhas externas
• Cancelamento de limites e não renovação de
linhas existentes
• Consolidação dos bancos com redução de linhas
e limites
• Redução de limites devido à desvalorização
cambial (limites em Reais e liberações em
Dólares)
Aumento dos custos das linhas
• Em Dólares de 6% a.a. para 12% a.a.
• Em Reais de 110% do CDI para 170% do CDI
Redução dos prazos para 30 dias com concentração de
vencimentos a cada mês e aumentando a pressão na
renegociação das renovações
Aumento da dívida devido à desvalorização cambial,
impactando os custos da dívida e consequentemente
o fluxo operacional
Cancelamento de operações de refinanciamento em
negociação
12
13. Agenda
Situação atual do setor da carne brasileira
Impactos da crise financeira global no setor
Apuração atual da Companhia
13
14. Cálculo do retorno do abate – MS/GO/MG
Custo total do abate (R$/@) Macho Fêmea
Preço da arroba 74,00 68,00
Frete da fazenda ao frigorífico 1,09 1,41
Imposto sobre venda 3,77 3,32
Custos fixos do abate 2,50 2,50
Custos variáveis do abate 3,86 3,86
Custo total do abate (R$/@) 85,22 79,09
Custo total do abate (R$/kg) 5,68 5,27
Receita total do abate (kg) Macho Fêmea
Preço da carne com osso 5,02 4,43
Preço do couro 0,11 0,11
Preço dos miúdos 0,52 0,52
Receita total do abate (kg) 5,65 5,06
Resultado do abate (R$/kg) Macho Fêmea
Receita total do abate (kg) 5,65 5,06
( ‐ )Custo total do abate (R$/kg) 5,68 5,27
( = )Resultado do abate (R$/kg) (0,04) (0,22)
Prejuízo de unidade que abate 1.000 animais (70% de machos e 30% de fêmeas)
Peso médio (@) 18,00 13,50
Prejuízo (R$ 6.678,00) (R$ 13.203,00)
Prejuízo diário total (R$ 19.881,00)
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15. Cálculo do retorno do abate – MT/RO
Custo total do abate (R$/@) Macho Fêmea
Preço da arroba 66,00 61,00
Frete da fazenda ao frigorífico 2,39 2,39
Imposto sobre venda 1,17 1,17
Custos fixos do abate 4,42 4,42
Custos variáveis do abate 5,69 5,69
Custo total do abate (R$/@) 79,67 74,67
Custo total do abate (R$/kg) 5,31 4,98
Receita total do abate (kg) Macho Fêmea
Preço da carne com osso 5,02 4,43
Preço do couro 0,08 0,08
Preço dos miúdos 0,52 0,52
Receita total do abate (kg) 5,62 5,03
Resultado do abate (R$/kg) Macho Fêmea
Receita total do abate (kg) 5,62 5,03
( ‐ )Custo total do abate (R$/kg) 5,31 4,98
( = )Resultado do abate (R$/kg) 0,31 0,06
Lucro de unidade que abate 1.000 animais (70% de machos e 30% de fêmeas)
Peso médio (@) 18,00 13,50
Lucro total por macho e fêmea R$ 59.220,00 R$ 3.402,00
Lucro diário total R$ 62.622,00
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16. Cálculo do retorno da desossa – Mix merc. doméstico e externo
R$/kg % do
(peça) total
Receita total da desossa (R$/kg) R$/kg
Traseiro
Custo total da desossa (R$/kg)
Filet mignon 11,06 3,4% 0,37
Contra filé 8,22 15,5% 1,27 Preço da carne com osso
(média ponderada macho/fêmea) 4,85
Alcatra 10,01 8,4% 0,84
Picanha 16,00 2,2% 0,35 Imposto sobre venda 0,12
Coxão mole 7,36 13,3% 0,98
Custos fixos da desossa 0,27
Coxão duro 6,40 8,8% 0,57
Custos variáveis da desossa 0,80
Lagarto 7,59 3,7% 0,28
Custo total da desossa (R$/kg) 6,04
PaLnho 7,13 8,1% 0,58
Músculo 6,90 6,3% 0,43
Outros itens 0,96 30,5% 0,29
Receita total do traseiro (R$/kg) 5,96
Dianteiro
Acém sem peito 5,18 16% 0,83
Resultado da desossa (R$/kg)
Paleta com músculo 5,18 29% 1,49
Receita total da desossa (R$/kg) 4,78
Pescoço 5,18 14% 0,74
( ‐ ) Custo total da desossa (R$/kg) 6,04
Peito 5,18 10% 0,51
( = ) Resultado da desossa (R$/kg) (1,25)
Outros itens 0,94 31% 0,29
Receita total do dianteiro (R$kg) 3,86 Prejuízo unidade 1.000 animais/dia (produção de 4.000 peças)
Ponta de Agulha Produção diária (kg) 220.000
Ponta de Agulha para salga (charque) 3,20 Prejuízo diário total da desossa (R$ 275.485,65)
R$/kg % do
Receita ponderada da desossa R$/kg
(peça) total
Traseiro 5,96 48% 2,86
Dianteiro 3,86 39% 1,51
Ponta de Agulha 3,20 13% 0,42
16
Receita total da desossa (R$/kg) 4,78