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3ª Série – 2º Bimestre - Eixo Temático: TECNOLOGIA E SOCIEDADE

                                    Nos sistemas tecnológicos do manhã – rápidos, fluidos e auto reguladores –
                               as máquinas lidarão com fluxo de materiais físicos; os homens com fluxo de
                               informação e percepção. Máquinas irão cada vez mais realizar as tarefas rotineiras;
                               os homens, as tarefas intelectuais e criativas. As máquinas, assim como os
                               homens, em vez de ficarem concentradas em fábricas gigantescas e cidades
                               industriais, estarão espalhadas através do globo, ligadas por um sistema de
                               comunicação, impressionantemente sensível, quase instantâneo. O trabalho
                               humano sairá da fábrica e do escritório massificado, para a comunidade e o lar.
                               (ALVIN TOFFLER, O choque do futuro)

                                    AVANÇOS DA TECNOLOGIA


       A tecnologia é um fenômeno recente na história da humanidade. Surge a partir da primeira
revolução industrial, ocorrida entre o final do século XVIII e início do século XIX e seu mérito reside na
substituição da força física do homem pela energia da máquina no processo de produção.
       Para Medeiros e Medeiros (1993) “a tecnologia é o conhecimento utilizado na criação ou
aperfeiçoamento de produtos e serviços, ou melhor, a tecnologia é o conjunto de conhecimentos, práticos
ou científicos, aplicados à obtenção, distribuição e comercialização de bens e serviços”.
       A tecnologia está presente em todos os setores da vida humana, permeando as diversas atividades
humanas, com o intuito de satisfazer desejos e necessidades, substituir, aliviar ou simplificar o esforço
físico e mental despendidos na realização das mais diferentes tarefas, bem como liberar energias para
tarefas mais criativas e interessantes. No entanto, alertam para os possíveis danos resultantes do mau uso
da tecnologia, como o desemprego e a destruição do meio ambiente. Técnica e tecnologia, na visão desses
autores, não são sinônimos, embora mantenham entre si um certo parentesco.
       Não há como negar o fascínio que a tecnologia exerce sobre o ser humano, materializada em
produtos caros e sofisticados, atualmente verdadeiros símbolos do mundo moderno. Quem, hoje, não
nutre um desejo secreto de possuir um telefone celular e utilizá-lo dirigindo um veículo monitorado por
um computador de bordo? Quem já não ficou sem dinheiro no final de semana e dirigiu-se
confortavelmente à cabine de um Banco 24 Horas, aproveitando também para pagar algumas contas e
efetuar aplicações financeiras? Esses são apenas alguns exemplos de inovações tecnológicas que fazem
parte do cotidiano do homem moderno, ampliadas a CAD dia pelas novas possibilidades da informática.
       No entanto, é necessário registrar o incômodo causado nos bancos, quando se tem pressa e o
sistema está fora do ar; a dificuldade causada pelos inúmeros botões do controle remoto da televisão, do
videocassete e do aparelho de som nos diferentes usuários de diferentes faixas etárias. E, nesse cenário
no qual a tecnologia ocupa o lugar de destaque, surge a seguinte questão: a tecnologia escraviza ou liberta
o ser humano? Atua contra ou a favor?


                        PROBLEMAS DA CIVILIZAÇÃO TECNOLÓGICA

         Na verdade, a tecnologia em si não é boa nem má. O uso que se faz dela, no entanto, pode trazer
benefícios ou prejuízos para a humanidade. Diversos autores com a concepção da técnica como um
recurso do qual os homens se utilizam para um aproveitamento mais benéfico, eficaz e eficiente da
natureza para sua sobrevivência e subsistência. Sob essa óptica, a tecnologia é vista como uma extensão
do processo de adaptação do ser humano à natureza: a relação do homem com a natureza é medida pela
técnica, relação essa geralmente revestida de um aspecto harmonioso, graças à intervenção positiva da
técnica.
         No entanto, a tecnologia tem sido alvo de críticas, por ser considerada dominação inconsequente
da natureza, a serviço de interesses comerciais, industriais, militares, entre outros, muitas vezes
inescrupulosos, cujos resultados podem ser prejudiciais ao homem.

                                    “A tecnologia é o Leviatã da modernidade. Leviatã que comanda. Quem
                               dirige e encomenda a pesquisa científica é hoje a tecnologia. Por isso, as
                               universidades perderam em grande parte o senso da ciência. Perdeu-o também o
                               próprio cientista, que está encarregado de pesquisar dentro de amplos programas
                               cuja finalidade ele desconhece. Quer dizer, pesquisa sem ver a finalidade da
                               pesquisa. Há pesquisas encomendadas por centros de tecnologias e feitas sem que
                               os cientistas jamais saibam de sua finalidade.” (BUZZI, 1987)




                                                                                                                1
Severino (1992) destaca a importância do desenvolvimento da ciência e da técnica para o
progresso da humanidade, adverte para os perigos da “instrumentalização da razão”:

                                     “E a ciência, que pretendia libertar os homens dos determinismos da
                               natureza, das doenças, da miséria, acabou se transformando numa nova forma de
                               opressão para os mesmos! A razão que construía a ciência, de razão libertadora,
                               como queriam os pensadores modernos, acabou se transformando em razão
                               instrumental que, por meio do controle lógico tecnológico, implantou uma
                               tecnocracia: toda a vida humana é conduzida e determinada pelos padrões
                               impostos pela ciência. E o que é pior, o poder da ciência e da técnica passa a ser
                               controlado e usado por grupos humanos na defesa de seus interesses particulares.
                               Ele se transformou num instrumento forte e adequado para a dominação e a
                               exploração políticas! A vida das pessoas não é mais referida a critérios éticos e
                               políticos, mas a critérios puramente técnicos! [...] Como se tudo se submetesse às
                               regras da produção industrial.”

         Para alguns pensadores, a tecnologia é um “mal implacável” e trouxe e trará consigo a alienação
e a eliminação do trabalho humano; a escravização do homem pelas máquinas; a perda da liberdade
individual e a invasão de privacidade em uma sociedade controlada e dirigida por dispositivos
eletrônicos; o esgotamento dos recursos naturais; a deterioração do meio ambiente e a constante ameaça
de destruição universal por meio de armas nucleares e drogas capazes de não apenas mutilar os seres
humanos, mas também provocar genocídio em massa.
         A saída está no meio termo, isto é, no encontro de soluções que permitam prever e minimizar as
dificuldades, os problemas e os riscos próprios de tudo aquilo que é novo, em especial do que se
denomina inovação tecnologia. Talvez não seja possível voltar a beber das águas de um como o Tietê, em
virtude da poluição; no entanto, seria bastante razoável se os peixes pudessem voltar a viver em suas
águas. Talvez não seja possível recuperar o que se perdeu da camada de ozônio, mas é importante
encontrar saídas para a eliminação dos gases poluentes.
         Nobert Wiener (1970), o “pai da cibernética”, embora ciente das dificuldades e embaraços que
possam advir da tecnologia, deposita confiança e esperança na lucidez humana capaz de encaminhar o
desenvolvimento tecnológico de modo a beneficiar a humanidade de forma positiva e satisfatória.
         São inegáveis, sem dúvidas, os benefícios das inovações tecnológicas: economia de tempo e
esforço na realização de inúmeras atividades; maior produtividade com mais qualidade; maior conforto e
bem estar, seja no lar ou no ambiente de trabalho; indivíduos mais esclarecidos e universalmente
instruídos pela abundância de informações e acúmulo de conhecimentos à disposição de todos na
moderna sociedade informatizada.
         Por outro lado, o mundo e a humanidade podem ser destruídos em poucos segundos; o aumento
desconfortável do desemprego estrutural lança milhares de seres humanos a uma situação de ócio forçado
e não planejado; a possibilidade de armazenamento de armazenamento de informações nos computadores
torna o indivíduo mais vulnerável e ameaça sua liberdade pessoal e sua privacidade, a manipulação de
toda uma sociedade por regimes totalitários, bem como a massificação e uniformização de padrões de
conduta, capazes de romper os limites geográficos de cada nação, transformando o mundo numa “imensa
aldeia global”, são riscos que ameaçam cotidianamente a existência do homem.


                     TECNOLOGIA E DESIGUALDADE ENTRE AS NAÇÕES

         A tecnologia expressa e desenvolve os valores culturais existentes. Padroniza até as vidas e os
valores de seus usuários, como no caso do relógio, da máquina a vapor, da linha de montagem e do
computador. Através de sua dinâmica interna, a tecnologia faz exigências aos que a desenvolvem. Para a
organização de seus maiores projetos cria burocracias. A tecnologia habilita as pessoas e fazem coisas
que elas não poderiam ter feito de outro modo, embora certas escolhas tecnológicas excluam
inevitavelmente outras. Uma sociedade que preferiu o automóvel particular ao transporte coletivo terá
dificuldades em voltar atrás. Não obstante, tecnologia como tal não é autônoma, ela é criada por seres
humanos e está subordinada essencialmente aos valores culturais e decisões governamentais. O caminho
mais sensato é almejar um progresso limitado e manter seus inevitáveis custos em nível mínimo. Alguma
inovação tecnológica é essencial e desejável. Ela tem sido necessária à modernização de todas as
sociedades, e habilitará a nossa a sobreviver e melhorar. O desenvolvimento de novas tecnologias deve
ser encorajado e o treinamento de tecnólogos imaginativos, promovido. A tecnologia não ficará sob
controle social enquanto os partidos políticos não propuserem diretrizes específicas para tal. Com vistas à
aceleração desse processo, deverá haver o debate mais amplo possível a difusão de informações. Toda e



                                                                                                               2
qualquer faculdade humana pode ser mal usada. O homem pode usar sua inteligência para escravizar um
outro, sua imaginação para ludibriar, sua eloqüência para trair. Mas, se não usasse faculdades, onde
estaria? Usando seus poderes, o homem amplia continuamente o âmbito de suas realizações. A tecnologia
aumenta sua capacidade para fazê-lo.
          A tecnologia pode criar ou destruir, tornar o homem mais humano ou menos. Mas as
civilizações, como os indivíduos, devem correr riscos se quiserem progredir. Se exercermos prudência
para minimizar os danos da tecnologia e incentivar ao máximo seus benefícios, certamente valerá a pena
aceitar o risco.


               O PAPEL DA TECNOLOGIA HOJE – OS DESTINOS DO HOMEM

       Não há como negar o fascínio que a tecnologia exerce sobre o ser humano, materializada em
produtos caros e sofisticados, atualmente verdadeiros símbolos do mundo moderno. Quem, hoje, não
nutre um desejo secreto de possuir um telefone celular e utilizá-lo dirigindo um veículo monitorado por
um computador de bordo? Quem já não ficou sem dinheiro no final de semana e dirigiu-se
confortavelmente à cabine de um Banco 24 Horas, aproveitando também para pagar algumas contas e
efetuar aplicações financeiras? Esses são apenas alguns exemplos de inovações tecnológicas que fazem
parte do cotidiano do homem moderno, ampliadas a cada dia pelas novas possibilidades da informática.
       Nem todo mundo vê na tecnologia a solução para as dificuldades que o homem enfrenta. Muito
pelo contrário, ela tem sido apontada como a vilã da historia da humanidade que caminha para um futuro
sombrio, egoísta e constantemente ameaçado pela destruição engendrada pelas próprias inovações
tecnológicas. Nesse cenário pessimista, o homem aparece como a primeira vítima de sua própria criação.
A tecnologia escapa ao seu controle, cai nas mãos de grupos minoritários, movidos por interesses
particulares, que a utilizam muitas vezes de forma inescrupulosa para favorecer e beneficiar apenas um
número restrito de pessoas, em detrimento de uma maioria ingênua, iludida e facilmente manipulável,
seduzida por poucos atrativos exercidos pelos produtos da moderna tecnologia. Na cultura do ter em
substituição à cultura do ser, como conseqüência direta do desenvolvimento tecnológico. As necessidades
essenciais dos homens são substituídas por desejos imediatos e efêmeros, sendo o homem avaliado não
mais em função do que ele é, mas em função do que tem ou possui.
       Cabe ao homem rever e reavaliar o encaminhamento do desenvolvimento tecnológico, seguindo
adiante com todas as inovações que lhe possam ser úteis e examinando os riscos que ameaçam
despersonalizar a si mesmo e descaracterizar o ambiente em que vive. Essa reflexão em busca de uma
humanização da tecnologia deve e pode ser mediada pela filosofia, que fornecerá ao homem os subsídios
necessários para o estabelecimento de um novo modus vivend diante de um processo de transformação
irreversível.
       Mais do que nunca a nova sociedade tecnológica necessita de homens críticos e criativos de
enfrentar e direcionar de forma responsável o processo de mudanças que ocorrem em ritmo acelerado. A
humanização da tecnologia se fundamenta na ação livre e responsável do homem na tomada de decisões
para o redirecionamento do seu próprio futuro. Está nas mãos de cada homem em particular, e da
sociedade como um todo, o destino da humanidade e a possibilidade de uma existência pacífica e
harmoniosa.


                                TECNOLOGIA E MEIO AMBIENTE

          A revolução energética caracteriza-se pela descoberta de novas fontes de energia, como a energia
solar, a geotérmica e a energia das marés e das fontes subaproveitáveis, como a energia dos ventos e das
correntes fluviais. Na verdade, o progresso da humanidade depende em grande parte do sucesso na busca
de novos recursos energéticos, em face da insuficiência e esgotamento dos atuais. No entanto, a energia
nuclear, a despeito de seus benefícios, não deixa de ser uma constante ameaça à sobrevivência da espécie
humana e do próprio globo terrestre.
          Sem dúvida, não há como negar os efeitos positivos da tecnologia, tanto quanto é preciso é
preciso atentar para seus efeitos negativos:
                                    “... Na agricultura, a revolução verde possibilita a abolição da fome;
                               entretanto, os alimentos não são distribuídos igualmente, e muita gente está
                               morrendo de fome. Nos transportes, na construção e no suprimento de energia, as
                               invenções melhoram a qualidade de vida; contudo, a produção energética e o
                               motor de combustão interna poluem o ar e a água. A energia nuclear torna possível
                               um holocausto nuclear, mas pode fornecer energia quando se esgotarem as
                               reservas de combustíveis fósseis...(KNELLER, 1980)



                                                                                                              3
REFERÊNCIAS:

ABBAGNONO, Nicola. Dicionário de filosofia. Trad., coord. e ver. por Alfredo Bosi et al. 2 ed. São
Paulo: Mestre Jou, 1982.

ENGUITA, Mariano F. Tecnologia e sociedade; a ideologia da racionalidade técnica, a organização do
trabalho e a educação. In: SILVA, Tomaz Tadeu da. Trabalho, educação e prática social; por uma teoria
da formação humana. Porto Alegre: Artes Médicas, 1991.

MEDEIROS, José Adelino e MEDEIROS, Lucília Atas. O que é tecnologia. 1 ed. São Paulo: Brasiliense,
1993.

SOUZA, Sônia Maria Ribeiro de. Um outro olhar: Filosofia. São Paulo: FTD, 1995.


SUGESTÃO DE FILMES:

A ilha

Hiroshima.




                                                                                                   4

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Tecnologia e desigualdade entre as nações

  • 1. 3ª Série – 2º Bimestre - Eixo Temático: TECNOLOGIA E SOCIEDADE Nos sistemas tecnológicos do manhã – rápidos, fluidos e auto reguladores – as máquinas lidarão com fluxo de materiais físicos; os homens com fluxo de informação e percepção. Máquinas irão cada vez mais realizar as tarefas rotineiras; os homens, as tarefas intelectuais e criativas. As máquinas, assim como os homens, em vez de ficarem concentradas em fábricas gigantescas e cidades industriais, estarão espalhadas através do globo, ligadas por um sistema de comunicação, impressionantemente sensível, quase instantâneo. O trabalho humano sairá da fábrica e do escritório massificado, para a comunidade e o lar. (ALVIN TOFFLER, O choque do futuro) AVANÇOS DA TECNOLOGIA A tecnologia é um fenômeno recente na história da humanidade. Surge a partir da primeira revolução industrial, ocorrida entre o final do século XVIII e início do século XIX e seu mérito reside na substituição da força física do homem pela energia da máquina no processo de produção. Para Medeiros e Medeiros (1993) “a tecnologia é o conhecimento utilizado na criação ou aperfeiçoamento de produtos e serviços, ou melhor, a tecnologia é o conjunto de conhecimentos, práticos ou científicos, aplicados à obtenção, distribuição e comercialização de bens e serviços”. A tecnologia está presente em todos os setores da vida humana, permeando as diversas atividades humanas, com o intuito de satisfazer desejos e necessidades, substituir, aliviar ou simplificar o esforço físico e mental despendidos na realização das mais diferentes tarefas, bem como liberar energias para tarefas mais criativas e interessantes. No entanto, alertam para os possíveis danos resultantes do mau uso da tecnologia, como o desemprego e a destruição do meio ambiente. Técnica e tecnologia, na visão desses autores, não são sinônimos, embora mantenham entre si um certo parentesco. Não há como negar o fascínio que a tecnologia exerce sobre o ser humano, materializada em produtos caros e sofisticados, atualmente verdadeiros símbolos do mundo moderno. Quem, hoje, não nutre um desejo secreto de possuir um telefone celular e utilizá-lo dirigindo um veículo monitorado por um computador de bordo? Quem já não ficou sem dinheiro no final de semana e dirigiu-se confortavelmente à cabine de um Banco 24 Horas, aproveitando também para pagar algumas contas e efetuar aplicações financeiras? Esses são apenas alguns exemplos de inovações tecnológicas que fazem parte do cotidiano do homem moderno, ampliadas a CAD dia pelas novas possibilidades da informática. No entanto, é necessário registrar o incômodo causado nos bancos, quando se tem pressa e o sistema está fora do ar; a dificuldade causada pelos inúmeros botões do controle remoto da televisão, do videocassete e do aparelho de som nos diferentes usuários de diferentes faixas etárias. E, nesse cenário no qual a tecnologia ocupa o lugar de destaque, surge a seguinte questão: a tecnologia escraviza ou liberta o ser humano? Atua contra ou a favor? PROBLEMAS DA CIVILIZAÇÃO TECNOLÓGICA Na verdade, a tecnologia em si não é boa nem má. O uso que se faz dela, no entanto, pode trazer benefícios ou prejuízos para a humanidade. Diversos autores com a concepção da técnica como um recurso do qual os homens se utilizam para um aproveitamento mais benéfico, eficaz e eficiente da natureza para sua sobrevivência e subsistência. Sob essa óptica, a tecnologia é vista como uma extensão do processo de adaptação do ser humano à natureza: a relação do homem com a natureza é medida pela técnica, relação essa geralmente revestida de um aspecto harmonioso, graças à intervenção positiva da técnica. No entanto, a tecnologia tem sido alvo de críticas, por ser considerada dominação inconsequente da natureza, a serviço de interesses comerciais, industriais, militares, entre outros, muitas vezes inescrupulosos, cujos resultados podem ser prejudiciais ao homem. “A tecnologia é o Leviatã da modernidade. Leviatã que comanda. Quem dirige e encomenda a pesquisa científica é hoje a tecnologia. Por isso, as universidades perderam em grande parte o senso da ciência. Perdeu-o também o próprio cientista, que está encarregado de pesquisar dentro de amplos programas cuja finalidade ele desconhece. Quer dizer, pesquisa sem ver a finalidade da pesquisa. Há pesquisas encomendadas por centros de tecnologias e feitas sem que os cientistas jamais saibam de sua finalidade.” (BUZZI, 1987) 1
  • 2. Severino (1992) destaca a importância do desenvolvimento da ciência e da técnica para o progresso da humanidade, adverte para os perigos da “instrumentalização da razão”: “E a ciência, que pretendia libertar os homens dos determinismos da natureza, das doenças, da miséria, acabou se transformando numa nova forma de opressão para os mesmos! A razão que construía a ciência, de razão libertadora, como queriam os pensadores modernos, acabou se transformando em razão instrumental que, por meio do controle lógico tecnológico, implantou uma tecnocracia: toda a vida humana é conduzida e determinada pelos padrões impostos pela ciência. E o que é pior, o poder da ciência e da técnica passa a ser controlado e usado por grupos humanos na defesa de seus interesses particulares. Ele se transformou num instrumento forte e adequado para a dominação e a exploração políticas! A vida das pessoas não é mais referida a critérios éticos e políticos, mas a critérios puramente técnicos! [...] Como se tudo se submetesse às regras da produção industrial.” Para alguns pensadores, a tecnologia é um “mal implacável” e trouxe e trará consigo a alienação e a eliminação do trabalho humano; a escravização do homem pelas máquinas; a perda da liberdade individual e a invasão de privacidade em uma sociedade controlada e dirigida por dispositivos eletrônicos; o esgotamento dos recursos naturais; a deterioração do meio ambiente e a constante ameaça de destruição universal por meio de armas nucleares e drogas capazes de não apenas mutilar os seres humanos, mas também provocar genocídio em massa. A saída está no meio termo, isto é, no encontro de soluções que permitam prever e minimizar as dificuldades, os problemas e os riscos próprios de tudo aquilo que é novo, em especial do que se denomina inovação tecnologia. Talvez não seja possível voltar a beber das águas de um como o Tietê, em virtude da poluição; no entanto, seria bastante razoável se os peixes pudessem voltar a viver em suas águas. Talvez não seja possível recuperar o que se perdeu da camada de ozônio, mas é importante encontrar saídas para a eliminação dos gases poluentes. Nobert Wiener (1970), o “pai da cibernética”, embora ciente das dificuldades e embaraços que possam advir da tecnologia, deposita confiança e esperança na lucidez humana capaz de encaminhar o desenvolvimento tecnológico de modo a beneficiar a humanidade de forma positiva e satisfatória. São inegáveis, sem dúvidas, os benefícios das inovações tecnológicas: economia de tempo e esforço na realização de inúmeras atividades; maior produtividade com mais qualidade; maior conforto e bem estar, seja no lar ou no ambiente de trabalho; indivíduos mais esclarecidos e universalmente instruídos pela abundância de informações e acúmulo de conhecimentos à disposição de todos na moderna sociedade informatizada. Por outro lado, o mundo e a humanidade podem ser destruídos em poucos segundos; o aumento desconfortável do desemprego estrutural lança milhares de seres humanos a uma situação de ócio forçado e não planejado; a possibilidade de armazenamento de armazenamento de informações nos computadores torna o indivíduo mais vulnerável e ameaça sua liberdade pessoal e sua privacidade, a manipulação de toda uma sociedade por regimes totalitários, bem como a massificação e uniformização de padrões de conduta, capazes de romper os limites geográficos de cada nação, transformando o mundo numa “imensa aldeia global”, são riscos que ameaçam cotidianamente a existência do homem. TECNOLOGIA E DESIGUALDADE ENTRE AS NAÇÕES A tecnologia expressa e desenvolve os valores culturais existentes. Padroniza até as vidas e os valores de seus usuários, como no caso do relógio, da máquina a vapor, da linha de montagem e do computador. Através de sua dinâmica interna, a tecnologia faz exigências aos que a desenvolvem. Para a organização de seus maiores projetos cria burocracias. A tecnologia habilita as pessoas e fazem coisas que elas não poderiam ter feito de outro modo, embora certas escolhas tecnológicas excluam inevitavelmente outras. Uma sociedade que preferiu o automóvel particular ao transporte coletivo terá dificuldades em voltar atrás. Não obstante, tecnologia como tal não é autônoma, ela é criada por seres humanos e está subordinada essencialmente aos valores culturais e decisões governamentais. O caminho mais sensato é almejar um progresso limitado e manter seus inevitáveis custos em nível mínimo. Alguma inovação tecnológica é essencial e desejável. Ela tem sido necessária à modernização de todas as sociedades, e habilitará a nossa a sobreviver e melhorar. O desenvolvimento de novas tecnologias deve ser encorajado e o treinamento de tecnólogos imaginativos, promovido. A tecnologia não ficará sob controle social enquanto os partidos políticos não propuserem diretrizes específicas para tal. Com vistas à aceleração desse processo, deverá haver o debate mais amplo possível a difusão de informações. Toda e 2
  • 3. qualquer faculdade humana pode ser mal usada. O homem pode usar sua inteligência para escravizar um outro, sua imaginação para ludibriar, sua eloqüência para trair. Mas, se não usasse faculdades, onde estaria? Usando seus poderes, o homem amplia continuamente o âmbito de suas realizações. A tecnologia aumenta sua capacidade para fazê-lo. A tecnologia pode criar ou destruir, tornar o homem mais humano ou menos. Mas as civilizações, como os indivíduos, devem correr riscos se quiserem progredir. Se exercermos prudência para minimizar os danos da tecnologia e incentivar ao máximo seus benefícios, certamente valerá a pena aceitar o risco. O PAPEL DA TECNOLOGIA HOJE – OS DESTINOS DO HOMEM Não há como negar o fascínio que a tecnologia exerce sobre o ser humano, materializada em produtos caros e sofisticados, atualmente verdadeiros símbolos do mundo moderno. Quem, hoje, não nutre um desejo secreto de possuir um telefone celular e utilizá-lo dirigindo um veículo monitorado por um computador de bordo? Quem já não ficou sem dinheiro no final de semana e dirigiu-se confortavelmente à cabine de um Banco 24 Horas, aproveitando também para pagar algumas contas e efetuar aplicações financeiras? Esses são apenas alguns exemplos de inovações tecnológicas que fazem parte do cotidiano do homem moderno, ampliadas a cada dia pelas novas possibilidades da informática. Nem todo mundo vê na tecnologia a solução para as dificuldades que o homem enfrenta. Muito pelo contrário, ela tem sido apontada como a vilã da historia da humanidade que caminha para um futuro sombrio, egoísta e constantemente ameaçado pela destruição engendrada pelas próprias inovações tecnológicas. Nesse cenário pessimista, o homem aparece como a primeira vítima de sua própria criação. A tecnologia escapa ao seu controle, cai nas mãos de grupos minoritários, movidos por interesses particulares, que a utilizam muitas vezes de forma inescrupulosa para favorecer e beneficiar apenas um número restrito de pessoas, em detrimento de uma maioria ingênua, iludida e facilmente manipulável, seduzida por poucos atrativos exercidos pelos produtos da moderna tecnologia. Na cultura do ter em substituição à cultura do ser, como conseqüência direta do desenvolvimento tecnológico. As necessidades essenciais dos homens são substituídas por desejos imediatos e efêmeros, sendo o homem avaliado não mais em função do que ele é, mas em função do que tem ou possui. Cabe ao homem rever e reavaliar o encaminhamento do desenvolvimento tecnológico, seguindo adiante com todas as inovações que lhe possam ser úteis e examinando os riscos que ameaçam despersonalizar a si mesmo e descaracterizar o ambiente em que vive. Essa reflexão em busca de uma humanização da tecnologia deve e pode ser mediada pela filosofia, que fornecerá ao homem os subsídios necessários para o estabelecimento de um novo modus vivend diante de um processo de transformação irreversível. Mais do que nunca a nova sociedade tecnológica necessita de homens críticos e criativos de enfrentar e direcionar de forma responsável o processo de mudanças que ocorrem em ritmo acelerado. A humanização da tecnologia se fundamenta na ação livre e responsável do homem na tomada de decisões para o redirecionamento do seu próprio futuro. Está nas mãos de cada homem em particular, e da sociedade como um todo, o destino da humanidade e a possibilidade de uma existência pacífica e harmoniosa. TECNOLOGIA E MEIO AMBIENTE A revolução energética caracteriza-se pela descoberta de novas fontes de energia, como a energia solar, a geotérmica e a energia das marés e das fontes subaproveitáveis, como a energia dos ventos e das correntes fluviais. Na verdade, o progresso da humanidade depende em grande parte do sucesso na busca de novos recursos energéticos, em face da insuficiência e esgotamento dos atuais. No entanto, a energia nuclear, a despeito de seus benefícios, não deixa de ser uma constante ameaça à sobrevivência da espécie humana e do próprio globo terrestre. Sem dúvida, não há como negar os efeitos positivos da tecnologia, tanto quanto é preciso é preciso atentar para seus efeitos negativos: “... Na agricultura, a revolução verde possibilita a abolição da fome; entretanto, os alimentos não são distribuídos igualmente, e muita gente está morrendo de fome. Nos transportes, na construção e no suprimento de energia, as invenções melhoram a qualidade de vida; contudo, a produção energética e o motor de combustão interna poluem o ar e a água. A energia nuclear torna possível um holocausto nuclear, mas pode fornecer energia quando se esgotarem as reservas de combustíveis fósseis...(KNELLER, 1980) 3
  • 4. REFERÊNCIAS: ABBAGNONO, Nicola. Dicionário de filosofia. Trad., coord. e ver. por Alfredo Bosi et al. 2 ed. São Paulo: Mestre Jou, 1982. ENGUITA, Mariano F. Tecnologia e sociedade; a ideologia da racionalidade técnica, a organização do trabalho e a educação. In: SILVA, Tomaz Tadeu da. Trabalho, educação e prática social; por uma teoria da formação humana. Porto Alegre: Artes Médicas, 1991. MEDEIROS, José Adelino e MEDEIROS, Lucília Atas. O que é tecnologia. 1 ed. São Paulo: Brasiliense, 1993. SOUZA, Sônia Maria Ribeiro de. Um outro olhar: Filosofia. São Paulo: FTD, 1995. SUGESTÃO DE FILMES: A ilha Hiroshima. 4