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A CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE MISSIONEIRA NO RIO GRANDE DO SUL E AS POLÍTICAS CULTURAIS NO SUL DO BRASIL, DEFESA DISSERTAÇÃO
1. UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL
PPGDR - Programa de Pós-Graduação em
Desenvolvimento Regional
A CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE MISSIONEIRA NO RIO
GRANDE DO SUL E AS POLÍTICAS CULTURAIS NO SUL
DO BRASIL
Mestrando: Muriel Pinto
Orientador: Profº Dr. Mozart Linhares da Silva
SANTA CRUZ DO SUL, 13 DE ABRIL DE 2011 1
2. PROBLEMATIZAÇÃO
Esse pesquisa problematiza como as políticas culturais
se constituem como articuladoras e legitimadoras de
narrativas identitárias, mais especificamente,como as
políticas culturais atuam na produção das identidades,
estereotipias sociais e as estratégias de planejamento
regional na região missioneira do Rio Grande do Sul?
3. OBJETIVOS
Objetivo geral
Analisar nas políticas culturais missioneiras o processo
de construção das narrativas da identidade regional,
voltado para a desnaturalização dos discursos
essencializados e estereotipados.
4. Objetivos específicos
Analisar a trajetória histórica das políticas culturais
federais e estaduais;
Analisar os elementos antropológicos e históricos que
constituem as narrativas acerca do tipo missioneiro;
Caracterizar o tipo antropológico do gaúcho missioneiro, a
partir das narrativas produzidas pelas políticas culturais
regionais;
Analisar o planejamento e os conceitos de cultura
inseridos nas políticas missioneiras;
Analisar o papel das políticas culturais na construção da
identidade missioneira.
5. FONTES DE PESQUISA:
Políticas culturais e turísticas internacionais, federais,
estaduais e missioneiras (Programas, projetos e convênios);
Publicações cientifícas: Teses, Dissertações, obras
bibliográficas, artigos científicos,
anais de eventos;
Projetos de pesquisas, estudos técnicos;
Leis e normas internacionais, federais e estaduais;
6. Materiais de divulgação turística;
Sites de Universidades, orgãos públicos e organizações
privadas;
Jornais;
Materiais cartográficos.
7. CAPÍTULO 1
TRAJETÓRIA HISTÓRICA DAS POLÍTICAS CULTURAIS
BRASILEIRAS
1.1 Estado Novo e as políticas culturais (1937-1945)
1.2 Governos populistas (1945-1964)
1.3 A consolidação da política cultural no Brasil
contemporâneo
8. CAPÍTULO 2
POLÍTICAS CULTURAIS NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL.
2.1 A institucionalização da política cultural no RS
2.1.1 IPHAE (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico
Estadual).
2.2 Principais Políticas culturais executadas.
2.2.1 Políticas museológicas
2.2.2 Políticas de valorização e difusão do
tradicionalismo gaúcho
2.2.3 LIC-RS (Lei de incentivo a Cultura do Estado do RS)
2.3 As Políticas Culturais e o turismo no RS
9. CATÍTULO 3
A CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE MISSIONEIRA
3.1 Análise das narrativas acerca do tipo missioneiro
3.1.1 Historiografia missioneira
3.1.2 Patrimônio missioneiro
3.1.3 Discurso identitário e tradições missioneiras
10. 3.2 Políticas culturais e turísticas executadas nas
Missões Jesuíticas Guarani no Rio Grande do Sul
3.2.1 Programa de Capacitação para conservação e
desenvolvimento sustentável das Missões Jesuíticas dos Guarani
(Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai)(2003-2005)
3.2.2 Rota Missões
3.2.3 Programa de Cooperação Instituto Andaluz de
Patrimônio Histórico (Sevilla-Espanha) e Instituto de
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IAPH-IPHAN)
3.2.4 Inventário de Referências Culturais Comunidade
Mbya-Guarani em São Miguel das Missões
11. Figura 2: Folder turístico Rota Missões
Fonte: Caminho das Missões
Figura 3:Folder turístico do Caminho das
Missões
Fonte: Caminho das Missões
11
12. 3.3 Análise estratégica e Cultural das Políticas Culturais na
Região Missioneira
3.3.1 Concepção de cultura nas políticas missioneiras
3.3.2 Concepção de identidade nas políticas
missioneira.
13. No caso das Missões, tanto a identidade gaúcha, como as identidades
européias tornam-se hierarquicamente dependentes da identidade dominante,
a missioneira.(existem diferenças entre a identidade misioneira).
Figura 5:
Localização
das micro-
3
identidades
missioneiras
e recursos
patrimoniais
na Região das
2
Missões.
1
MICRO-IDENTIDADES MISSIONEIRAS
Fonte: IPHAN; IAPH; URI, 2008. Adaptado pelo
Identidade missioneira-pampiana autor.
Identidade missioneira-reducional
13
Identidade missioneira-européia
14. CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Exposição de uma “visão” não essencializada sobre a construção
identitária regional, o que permitiu a uma percepção desnaturalizada
da concepção de cultura e de identidade inseridos no contexto dos
projetos culturais.
Maioria dos projetos regionais buscam interpretar os bens
patrimoniais missioneiros = visão imutável, cristalizada,
essencializada.(maior abrangência para os sítios arqueológicos).
A religiosidade missioneira expões diversos discursos que instigam
diversos sentidos (discurso da magia, da espiritualidade, da fé e do
sentido misterioso). Narrativas estas que são utilizadas pelo turismo
(“Terra sem males”).
14
15. A definição das micro-identidades está centrada na reflexão de poder
desnaturalizar as narrativas responsáveis pela construção da
identidade missioneira (identidade regional poderá ser vista não como
homogênea, autêntica, pura, mas sim pela busca da diferença, da
mobilidade, da troca). (turismo busca homogeneizar a região).
Procuramos demonstrar que estas micro-identidades regionais acabam
hibridizando-se e algumas vezes competindo com outras identidades
locais.