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Docente: Dr. Fernando Blanco
Discentes: Hélio K. Júnior
           Manoel Xavier
Apresentação
  Inicialmente descrita por Hipócrates (460-
   377 aC).
  Asma é uma doença inflamatória crônica
   das vias aéreas, de origem multifatorial,
   caracterizada pela hiperresponsividade
   brônquica, obstrução e remodelamento
   das vias aéreas que acarreta episódios de
   broncoespasmo, sibilos, dispnéia,
   opressão torácica e tosse.
  Ocorrem como consequência da obstrução
   ao fluxo aéreo intrapulmonar .
Epidemiologia
    Constitui uma das doenças crônicas de maior
     incidência no mundo contemporâneo.
    No mundo: 300 milhões de indivíduos
     acometidos – com relatos de 255.000 óbitos
     por ano. (OMS, 2006)
    No        Brasil: 20 milhões de indivíduos
     acometidos - com óbito anual médio de 2.200
     pessoas.
    Cerca de 30% das crianças brasileiras
     apresentam sintomas indicativos de asma.
    4ª principal causa de internamento no SUS.
Epidemiologia

    A prevalência no mundo varia de 0,7 a 18,4%
     da população geral (OMS, 2000)
Epidemiologia

  Nas crianças há predomínio do sexo
   masculino, variando entre 3:2 a 2:1
  O índice passa para 1:1 entre os 10 e 12
   anos de idade.
    GINA.
Fatores de risco

     A asma é uma doença complexa e vários
      fatores podem atuar aumentando o risco de seu
      aparecimento, os principais são:
       Atopia
       Prematuridade
       Sexo
       Fumaça do tabaco
       Infecções respiratórias
       Aleitamento natural
Asma Atópica

  Atopia: predisposição genética a uma
   elevada produção de IgE específica para
   alérgenos ambientais.
  Alergia: reação de hipersensibilidade tipo
   I, mediada principalmente por mastócitos e
   eosinófilos.
  Desencadeamento da alergia:
   susceptibilidade genética + sensibilização
   ao alérgeno + fatores desencadeantes.
Fisiopatogenia
    A inflamação brônquica constitui o mais
     importante fator fisiopatogênico da asma.

    É resultante de interações complexas entre
     células inflamatórias, mediadores e células
     estruturais das vias aéreas.

    Está presente em pacientes com asma de início
     recente, em pacientes com formas leves da
     doença e mesmo entre os assintomáticos.
Fisiopatogenia

    Entre as células           Entre as células
     inflamatórias, destac       brônquicas
     am-se:                      estruturais
      os mastócitos             envolvidas:
      eosinófilos                as células epiteliais
      linfócitos T               as musculares lisas
      células dendríticas        as endoteliais
      macrófagos e               os fibroblastos
       neutrófilos                os miofibroblastos
Fisiopatogenia
Diagnóstico
    1) Anamnese:
      Dispnéia (crises noturnas ou pela manhã).
      Tosse crônica (noturna ou manhã/alérgenos/
       atividade física).
      Chieira (noturna/alérgenos/atividade física).

      Melhora espontânea ou pelo uso medicação
       especifica para asma (broncodilatadores/
       corticóides).
      Descartadas outras causas (bronquiolite viral,
       bronquiomalácia, aspiração de corpo estranho, etc).
      Escarro mucóide: opalescente ou branco
Diagnóstico
    2) Exame físico:
      Inspeção estática :avaliar abaulamento retrações,
       cicatrizes e lesões.
      Inspeção dinâmica: freqüência respiratória, tipo de
       respiração (torácica / abdominal) presença de
       tiragem.
      Palpação:expansibilidade, elasticidade e FTV.
      Percussão:Som claro pulmonar / maciço e
       Hipersonoro.
    Ausculta:
      Murmúrio vesicular.
      Ruídos adventícios
Diagnóstico

    3) Funcional
    Espirometria:
      Estabelecer o diagnóstico
      Documentar a gravidade da obstrução ao fluxo
       aéreo
      Monitorar o curso da doença e as modificações
       decorrentes do tratamento.
    Redução percentual de VEF1/CVF.
    Positivo para asma se VEF1PBD >
    Uma espirometria normal não exclui a doença.
Diagnóstico

    Verificação da hiper-responsividade das
     vias aéreas

      É medida através da inalação de substâncias
       broncoconstritoras (metacolina, carbacol e
       histamina).
                            ou
      Pelo teste de broncoprovocação por exercício.
Diagnóstico
     Diagnóstico em crianças menores de cinco
     anos
    Deve ser baseado em aspectos clínicos.
    50% das crianças apresentam pelo menos um
     episódio de sibilância nos primeiros anos de vida.
    As manifestações clínicas mais sugestivas de asma
     são:
      Episódios frequentes de sibilância (mais de uma vez por mês).
      Tosse ou sibilos que ocorrem à noite ou cedo pela manhã,
       provocados por riso ou choro intensos ou exercício físico.
      Tosse sem relação evidente com viroses respiratórias.
      Presença de atopia, especialmente rinite alérgica ou dermatite
       atópica.
      História familiar de asma e atopia.
Diagnóstico

             Diagnóstico diferencial
  Bastante amplo, principalmente em crianças
   menores de 5 anos de idade.
Classificação e gravidade


  Intermitente



                   • Leve
    Persistente   • Moderada
                   • Grave
Tratamento
  O principal objetivo no
   tratamento da asma é
   alcançar e manter o
   controle clínico.
  O tratamento tem sido
   dividido em cinco etapas.
  Cada paciente é alocado
   em um dos cinco estágios
   observando o tratamento
   atual e o nível de controle.
Tratamento
    Etapa 1: medicação de resgate para o alívio
     dos sintomas.
      β2-agonista de rápido início de ação (Salbutamol, Fenoterol ou
       Formoterol).
    Etapa 2: medicação de alívio mais um único
     medicamento de controle.
      Corticóides inalatórios em doses baixas.

    Etapa 3: medicação de alívio mais um ou dois
     medicamentos de controle.
      Associação de um corticóide inalatório em doses baixas com um
       β2-agonista inalatório de ação prolongada é a primeira escolha.
Tratamento
    Etapa 4: medicação de alívio mais dois ou
     mais medicamentos de controle.
      Combinação de corticóide inalatório em doses médias ou
       altas com um β2-agonista de ação prolongada.
      Como alternativa, pode-se adicionar um antileucotrieno
       ou teofilina à associação acima descrita.
    Etapa 5: medicação de alívio mais medicação de
     controle adicional.
      Adiciona-se corticóide oral às outras medicações de
       controle já referidas.
      Adição de anti-IgE é uma alternativa na etapa 5 para
       pacientes atópicos
Tratamento
    Observações
      Em pacientes que irão iniciar o tratamento,
       deve-se fazê-lo na etapa 2 ou, se o paciente
       estiver muito sintomático, iniciar pela etapa 3.
      Independentemente da etapa de tratamento,
       medicação de resgate deve ser prescrita para o
       alívio dos sintomas conforme a necessidade.
      Em crianças menores de cinco anos de idade,
       não é recomendado o uso de β2-agonista de
       ação prolongada, porque os efeitos colaterais
       ainda não estão adequadamente estudados
       nessa faixa etária
Tratamento
                 Prevenir Exacerbações
    Importante componente no estabelecimento do
     controle ideal da asma.
    É o desfecho mais importante por ser o de
     maior risco para os pacientes.
    Ocorrem principalmente nos pacientes com
     asma grave.
    Sua gravidade e frequência devem ser
     investigadas rotineiramente.
      Prevenir a aceleração da perda da função pulmonar.
      Evitar ou minimizar efeitos colaterais do tratamento.
Diretrizes da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia
                                  para o Manejo da Asma 2012
Caso clínico
     Paciente, sexo masculino, 17 anos, apresentava
      sibilância e dificuldade para respirar. Esses ataques
      ocorriam intermitentemente e não foram relacionados
      a nenhuma circunstância conhecida. Um raio-X de
      tórax foi normal, mas os testes de função pulmonar
      realizados quando ele estava sintomático
      demonstraram uma acentuada redução do VEF1, que
      melhorou significativamente depois que ele inalou
      puffs de agonistas Β2-adrenérgicos. A ele foi prescrito
      inaladores de agonistas Β2-adrenérgicos, mas como
      ele continuou a ter episódios de dispnéia, mudou-se a
      prescrição para corticosteróide inalatório, que
      propiciou muito maior alívio. Quatro anos depois, ele
      chegou à sala de emergência com severa limitação da
      respiração com oito horas de duração, alegando que
Caso clínico
     Na chegada à emergência, ele estava em considerável
      sofrimento; mal conseguia falar e sua frequência
      respiratória estava em 30 ipm. O exame físico apontou
      raros sibilos e murmúrios vesiculares quase ausentes.
      Também foi constatada a pCO2=88, pO2=35 e
      pH=6,9. Enquanto esperava o tratamento, o paciente
      sofreu uma parada cardíaca e não pôde ser
      ressuscitado. À necropsia, relevantes achados
      estavam limitados ao trato respiratório. Os pulmões
      estavam hiperinsuflados, tinha áreas focais de
      atelectasia e muitos dos brônquios estavam ocluídos
      por tampões mucosos viscosos e espessos.
Bibliografia
     Diretrizes da Sociedade Brasileira de
      Pneumologia e Tisiologia para o Manejo da
      Asma – 2012.
     R. Gupta et al. Corticosteroids: the mainstay in
      asthma therapy. Bioorg. Med. Chem.
      December 2004.
     The International Study of Asthma and
      Allergies in Childhood (ISAAC) Steering
      Committee. Worldwide variations in the
      prevalence of asthma symptoms. The
      European Respiratory Journal,12: 315-35,
      1998.

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Asma

  • 1. Docente: Dr. Fernando Blanco Discentes: Hélio K. Júnior Manoel Xavier
  • 2. Apresentação  Inicialmente descrita por Hipócrates (460- 377 aC).  Asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas, de origem multifatorial, caracterizada pela hiperresponsividade brônquica, obstrução e remodelamento das vias aéreas que acarreta episódios de broncoespasmo, sibilos, dispnéia, opressão torácica e tosse.  Ocorrem como consequência da obstrução ao fluxo aéreo intrapulmonar .
  • 3.
  • 4. Epidemiologia  Constitui uma das doenças crônicas de maior incidência no mundo contemporâneo.  No mundo: 300 milhões de indivíduos acometidos – com relatos de 255.000 óbitos por ano. (OMS, 2006)  No Brasil: 20 milhões de indivíduos acometidos - com óbito anual médio de 2.200 pessoas.  Cerca de 30% das crianças brasileiras apresentam sintomas indicativos de asma.  4ª principal causa de internamento no SUS.
  • 5. Epidemiologia  A prevalência no mundo varia de 0,7 a 18,4% da população geral (OMS, 2000)
  • 6. Epidemiologia  Nas crianças há predomínio do sexo masculino, variando entre 3:2 a 2:1  O índice passa para 1:1 entre os 10 e 12 anos de idade.  GINA.
  • 7.
  • 8. Fatores de risco  A asma é uma doença complexa e vários fatores podem atuar aumentando o risco de seu aparecimento, os principais são:  Atopia  Prematuridade  Sexo  Fumaça do tabaco  Infecções respiratórias  Aleitamento natural
  • 9. Asma Atópica  Atopia: predisposição genética a uma elevada produção de IgE específica para alérgenos ambientais.  Alergia: reação de hipersensibilidade tipo I, mediada principalmente por mastócitos e eosinófilos.  Desencadeamento da alergia: susceptibilidade genética + sensibilização ao alérgeno + fatores desencadeantes.
  • 10.
  • 11. Fisiopatogenia  A inflamação brônquica constitui o mais importante fator fisiopatogênico da asma.  É resultante de interações complexas entre células inflamatórias, mediadores e células estruturais das vias aéreas.  Está presente em pacientes com asma de início recente, em pacientes com formas leves da doença e mesmo entre os assintomáticos.
  • 12. Fisiopatogenia  Entre as células  Entre as células inflamatórias, destac brônquicas am-se: estruturais  os mastócitos envolvidas:  eosinófilos  as células epiteliais  linfócitos T  as musculares lisas  células dendríticas  as endoteliais  macrófagos e  os fibroblastos neutrófilos  os miofibroblastos
  • 14.
  • 15. Diagnóstico  1) Anamnese:  Dispnéia (crises noturnas ou pela manhã).  Tosse crônica (noturna ou manhã/alérgenos/ atividade física).  Chieira (noturna/alérgenos/atividade física).  Melhora espontânea ou pelo uso medicação especifica para asma (broncodilatadores/ corticóides).  Descartadas outras causas (bronquiolite viral, bronquiomalácia, aspiração de corpo estranho, etc).  Escarro mucóide: opalescente ou branco
  • 16. Diagnóstico  2) Exame físico:  Inspeção estática :avaliar abaulamento retrações, cicatrizes e lesões.  Inspeção dinâmica: freqüência respiratória, tipo de respiração (torácica / abdominal) presença de tiragem.  Palpação:expansibilidade, elasticidade e FTV.  Percussão:Som claro pulmonar / maciço e Hipersonoro.  Ausculta:  Murmúrio vesicular.  Ruídos adventícios
  • 17. Diagnóstico  3) Funcional  Espirometria:  Estabelecer o diagnóstico  Documentar a gravidade da obstrução ao fluxo aéreo  Monitorar o curso da doença e as modificações decorrentes do tratamento.  Redução percentual de VEF1/CVF.  Positivo para asma se VEF1PBD >  Uma espirometria normal não exclui a doença.
  • 18. Diagnóstico  Verificação da hiper-responsividade das vias aéreas  É medida através da inalação de substâncias broncoconstritoras (metacolina, carbacol e histamina). ou  Pelo teste de broncoprovocação por exercício.
  • 19. Diagnóstico Diagnóstico em crianças menores de cinco anos  Deve ser baseado em aspectos clínicos.  50% das crianças apresentam pelo menos um episódio de sibilância nos primeiros anos de vida.  As manifestações clínicas mais sugestivas de asma são:  Episódios frequentes de sibilância (mais de uma vez por mês).  Tosse ou sibilos que ocorrem à noite ou cedo pela manhã, provocados por riso ou choro intensos ou exercício físico.  Tosse sem relação evidente com viroses respiratórias.  Presença de atopia, especialmente rinite alérgica ou dermatite atópica.  História familiar de asma e atopia.
  • 20. Diagnóstico Diagnóstico diferencial  Bastante amplo, principalmente em crianças menores de 5 anos de idade.
  • 21. Classificação e gravidade  Intermitente • Leve  Persistente • Moderada • Grave
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  • 24. Tratamento  O principal objetivo no tratamento da asma é alcançar e manter o controle clínico.  O tratamento tem sido dividido em cinco etapas.  Cada paciente é alocado em um dos cinco estágios observando o tratamento atual e o nível de controle.
  • 25. Tratamento  Etapa 1: medicação de resgate para o alívio dos sintomas.  β2-agonista de rápido início de ação (Salbutamol, Fenoterol ou Formoterol).  Etapa 2: medicação de alívio mais um único medicamento de controle.  Corticóides inalatórios em doses baixas.  Etapa 3: medicação de alívio mais um ou dois medicamentos de controle.  Associação de um corticóide inalatório em doses baixas com um β2-agonista inalatório de ação prolongada é a primeira escolha.
  • 26. Tratamento  Etapa 4: medicação de alívio mais dois ou mais medicamentos de controle.  Combinação de corticóide inalatório em doses médias ou altas com um β2-agonista de ação prolongada.  Como alternativa, pode-se adicionar um antileucotrieno ou teofilina à associação acima descrita.  Etapa 5: medicação de alívio mais medicação de controle adicional.  Adiciona-se corticóide oral às outras medicações de controle já referidas.  Adição de anti-IgE é uma alternativa na etapa 5 para pacientes atópicos
  • 27. Tratamento  Observações  Em pacientes que irão iniciar o tratamento, deve-se fazê-lo na etapa 2 ou, se o paciente estiver muito sintomático, iniciar pela etapa 3.  Independentemente da etapa de tratamento, medicação de resgate deve ser prescrita para o alívio dos sintomas conforme a necessidade.  Em crianças menores de cinco anos de idade, não é recomendado o uso de β2-agonista de ação prolongada, porque os efeitos colaterais ainda não estão adequadamente estudados nessa faixa etária
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  • 29. Tratamento Prevenir Exacerbações  Importante componente no estabelecimento do controle ideal da asma.  É o desfecho mais importante por ser o de maior risco para os pacientes.  Ocorrem principalmente nos pacientes com asma grave.  Sua gravidade e frequência devem ser investigadas rotineiramente.  Prevenir a aceleração da perda da função pulmonar.  Evitar ou minimizar efeitos colaterais do tratamento.
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  • 31. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia para o Manejo da Asma 2012
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  • 36. Caso clínico  Paciente, sexo masculino, 17 anos, apresentava sibilância e dificuldade para respirar. Esses ataques ocorriam intermitentemente e não foram relacionados a nenhuma circunstância conhecida. Um raio-X de tórax foi normal, mas os testes de função pulmonar realizados quando ele estava sintomático demonstraram uma acentuada redução do VEF1, que melhorou significativamente depois que ele inalou puffs de agonistas Β2-adrenérgicos. A ele foi prescrito inaladores de agonistas Β2-adrenérgicos, mas como ele continuou a ter episódios de dispnéia, mudou-se a prescrição para corticosteróide inalatório, que propiciou muito maior alívio. Quatro anos depois, ele chegou à sala de emergência com severa limitação da respiração com oito horas de duração, alegando que
  • 37. Caso clínico  Na chegada à emergência, ele estava em considerável sofrimento; mal conseguia falar e sua frequência respiratória estava em 30 ipm. O exame físico apontou raros sibilos e murmúrios vesiculares quase ausentes. Também foi constatada a pCO2=88, pO2=35 e pH=6,9. Enquanto esperava o tratamento, o paciente sofreu uma parada cardíaca e não pôde ser ressuscitado. À necropsia, relevantes achados estavam limitados ao trato respiratório. Os pulmões estavam hiperinsuflados, tinha áreas focais de atelectasia e muitos dos brônquios estavam ocluídos por tampões mucosos viscosos e espessos.
  • 38. Bibliografia  Diretrizes da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia para o Manejo da Asma – 2012.  R. Gupta et al. Corticosteroids: the mainstay in asthma therapy. Bioorg. Med. Chem. December 2004.  The International Study of Asthma and Allergies in Childhood (ISAAC) Steering Committee. Worldwide variations in the prevalence of asthma symptoms. The European Respiratory Journal,12: 315-35, 1998.